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Na Sombra de Márcia Manaia
by O Pilão
FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
2005 – Início da Licenciatura em Química Industrial na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC);
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2011 – Término do Mestrado em Química, área de especialização em Processos Químicos Industriais;
Madalena Bandeira, 1°MICF 2012 – Primeira experiência profissional como bolseira de investigação no Projeto “Reactivity of transition metal complexes in ionic liquids” no Instituto Superior Técnico - Universidade Técnica de Lisboa;
2013 – Bolseira de investigação no Projeto “Nanostructured human telomeric DNA electrochemical biossensor for screening anti-cancer drugs” na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra;
2017 – Início da ligação com a Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra como Assistente convidada no grupo de Métodos Analíticos e Bioanalíticos.
Por Ana Raquel Fernandes e Luana Rocha
O Pilão: É licenciada em Química Industrial e Mestre em Química, Processos Químicos Industriais pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Sempre desejou enveredar neste Curso? O Curso e a Faculdade corresponderam às suas expectativas?
Márcia Manaia: Nunca tive um desejo profissional bem definido. Não sou aquela pessoa que desde pequena dizia que queria ser cientista, professora, cabeleireira, polícia… A única certeza que sempre tive era que queria algo na área das Ciências. No momento da candidatura à Universidade identifiquei o Curso Química Industrial como aquele que reunia muitos dos meus interesses, não só pelo facto de ser numa área ligada às Ciências, mas também por ser uma vertente do curso de Química mais ligado aos processos industriais. O Mestrado na área de especialização em Processos Químicos Industriais serviu para consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos durante a Licenciatura. É difícil dizer se correspondeu ou não às expetativas, porque as expetativas vão sendo alteradas à medida que vamos vivendo e que nos deparamos com novas realidades, mas posso dizer que, até agora, foi a escolha certa e que me tem proporcionado grandes desafios a nível profissional e pessoal.
OP: Após a Licenciatura, como se tem desenvolvido o seu percurso profissional?
MM: Após terminar o meu percurso académico participei ativamente em dois projetos de Investigação e Desenvolvimento como bolseira de investigação. O primeiro projeto sobre a “Reactivity of transition metal complexes in ionic liquids” com a Doutora Isabel Correia no Centro de Química Estrutural do IST – Universidade Técnica de Lisboa - e o segundo projeto sobre “Nanostructured human telomeric DNA electrochemical biossensor for screening anti-cancer drugs” com a Doutora Ana Maria Chiorcea-Paquim no Laboratório de Eletroanálise e Corrosão do Instituto Pedro Nunes. A participação nestes projetos permitiu-me trabalhar na interface de grupos de investigação diferentes com diversos backgrounds e desenvolver os meus conhecimentos científicos. Depois de trabalhar nestes dois projetos, tive algumas experiências profissionais fora da área da minha formação que foram um marco importantíssimo ao contribuírem para a profissional que sou hoje. Por último, surgiu o projeto atual, ser assistente convidada no grupo de Métodos Analíticos e Bioanalíticos da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra e lecionar aulas laboratoriais na área de Química Analítica dos diferentes cursos da FFUC, onde sinto que contribuo para a comunidade académica ao mesmo tempo que sou desafiada a dar o meu melhor.
OP: Como se tornou Assistente Convidada na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra? Que ensinamentos tem tido ao longo desta experiência?
MM: Confesso que nunca tinha pensado nesta possibilidade, mas a oportunidade surgiu e decidi aceitar o desafio. Desafio este que se mostrou muito gratificante e que me tem permitido um crescimento profissional e pessoal incrível. É compensador saber que de alguma forma, posso contribuir para a formação dos alunos que já tive o privilégio de ter nas minhas aulas. Não tendo uma visão idílica do ensino e sabendo que é difícil chegar a todos os alunos da mesma forma, espero que pelo menos uma grande parte tenha aprendido comigo tanto quanto eu aprendo com eles todos os dias.
OP: Em geral, podia-nos revelar um pouco do seu trabalho realizado na FFUC? Que mais valias pode retirar desta experiência como Professora?
MM: Neste momento, estou a lecionar as aulas laboratoriais de Química Analítica e Bioanalítica, Metodologias Laboratoriais e Química Analítica aos diferentes cursos da Faculdade. A mais-valia que posso retirar desta experiência como professora é sem dúvida alguma o desafio e a aprendizagem constante, também a nível programático, mas, essencialmente, a nível de adaptação da exposição dos conteúdos aos alunos que tenho em aula.
OP: A par da vertente de Ensino, sabemos que teve
Bolsas de Investigação. Em que medida é que estas duas áreas se podem complementar?
MM: De uma forma geral, o ensino e a Investigação e Desenvolvimento são duas áreas que fazem parte da vida profissional de um Professor. Numa primeira instância, podemos pensar que são duas áreas distintas, mas a verdade é que se complementam. De uma forma resumida, podemos dizer que a investigação nos obriga a estar mais atualizados no que diz respeito aos avanços na ciência, novas técnicas e aplicações e isso faz com que, ao ensinarmos um determinado tema possamos tornar o seu conteúdo mais enriquecedor, inovador e apelativo.
OP: Fazer um Doutoramento já fez parte dos seus planos?
MM: O Doutoramento já fez parte dos planos e não está fora deles, talvez num projeto futuro.
OP: Qual o momento mais marcante da sua carreira e que nunca irá esquecer?
MM: É me difícil destacar um momento, mas arrisco dizer que o momento mais marcante foi a defesa do projeto final de Mestrado. Ainda que seja um marco que faz parte da vida académica, dou-lhe destaque por ser o ponto de partida para o despoletar da minha carreira profissional, bem como do início de todas as experiências importantes que foram acontecendo ao longo dos últimos anos.
OP: Que mensagem e conselhos gostaria de deixar aos estudantes da nossa Faculdade, futuros Profissionais de Saúde?
MM: Uma mensagem em jeito de conselho é que, seja o que for que venham a fazer na vossa vida profissional e pessoal também, que façam sempre o melhor que conseguirem, que sejam humildes, que agarrem os desafios, mas que também não tenham medo de começar de novo sempre que for necessário. Por último e principalmente que SEJAM FELIZES, sempre!
