Lusitânia Contact 11

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LUXEMBURGO

Pobreza infantil de família portuguesa choca o país

ECONOMIA

Saiba como fazer baixar o valor do IMI em 2015

SUÍÇA

PORTUGAL

CAROUGE O espírito boémio de Genebra

LOULÉ Um ponto estratégico no Algarve

www.lusitaniacontact.com

A REVISTA DA COMUNIDADE PORTUGUESA

Ano 3 • N.º 11 • Trimestral • Junho / Agosto 2015 Portugal 1,70€ • Suíça 2,50 CHF • Resto Europa 3,00€

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MARCO PAULO fala-nos sobre o seu novo album

«Diário» Com mais de 4,5 Milhões de discos vendidos, Marco Paulo revela ao público páginas do seu novo disco sem preconceitos ou artifícios.

Pág. 52


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11 Número

Ano III • Trimestral

editorial

Dois pontos... e boas férias Luís Bandadas Diretor

1. Com o período de descanso anual a chegar, as estradas são invadidas por tantos portugueses que vivem a milhares de quilómetros de Portugal: um percurso em busca da alegria de voltar a estar com familiares e amigos. Todos os anos, repetidamente, os noticiários dão notícias tristes de acidentes com veículos estrangeiros conduzidos por portugueses: um cenário que não gostaríamos de voltar a ver. Portugal tem uma grande comunidade no Luxemburgo, França, Alemanha e Suíça, países donde, normalmente, vêm de automóvel, pelo que devem pensar nisto. Para além de respeitar as normas, é importante parar regularmente para descanso, ingerir água ou sumos naturais, fazer refeições leves, ter uma condução defensiva: e boa viagem. 2. Um agradecimento aos leitores por mostarem compreensão, através de mensagens que nos têm chegado das mais diversas formas, a evolução da Lusitânia Contact, que agora está nas bancas com preço de capa. Foi um passo resultante do crescimento da revista, que está cada vez mais variada, o que exige uma estrutura mais profissionalizada de forma a corresponder às nossas e vossas expetativas. O aumento de custos do papel, da conceção gráfica e ainda da distribuição não nos deixou outra alternativa. A Lusitânia Contact é um órgão independente de qualquer interesse privado ou público, subsistindo apenas através do trabalho que desenvolve no sentido de trazer para junto de si franjas da nossa economia, cada vez mais numerosas, que acreditam na bondade e utilidade do nosso projeto para as comunidades portuguesas emigrantes e para os que, por agora, ainda acham que podem ter a qualidade de vida que almejam no seu Portugal. Ainda assim, fixámos um preço de acordo com o praticado no mercado, contudo, continua disponível gratuitamente nos principais locais de consulta pública. E em www.lusitaniacontact.com os nossos leitores podem também aceder, sem custos, ao conteúdo integral de cada edição. Aproveito para fazer a todos o convite para visitarem o nosso site, onde podem encontrar algumas agradáveis surpresas. Desde logo, a oportunidade de fazerem parte desta família. Porque nunca foi tão fácil e tão acessível financeiramente ser um assinante Lusitânia Contact.

Junho / Agosto 2015

índice

GRANDES TEMAS

06

Terras HELVÉTICAS CAROUGE

14

Terras LUSITANAS LOULÉ

34

LUXEMBURGO AUMENTA A POBREZA ENTRE PORTUGUESES

44

ECONOMIA O IMI EXPLICADO AOS EMIGRANTES

OUTROS DESTAQUES

11 12

E AINDA

ensino

50

MARCO PAULO

assinala 50 anos de carreira com novo disco

história e memória

32

Foi notÍcia em portugal

33

52

Foi notÍcia na suíça

ASSOCIAÇÃO CULTURAL LUSO-SUÍÇA LAÇOS (GENÈVE) Presente e futuro

34

lusofonia news

38 42 46

proteste

54

opinião

PRAGA REPÚBLICA CHECA Uma viagem de sonho

Ficha técnica

Diretor Luís Bandadas Editor Luís Pestana Colaboradores residentes Ana Figueiredo Alexandre Abreu Fernando de Pádua Flávio Borda D’Água Isabel Gomes Joaquim Vieira Luciana Graça

Agradecimento especial para esta edição Portugal: Câmara Municipal de Loulé Espacial Lurdes Gonçalves Manuel Henrique Figueira Miguel Dalla Vecchia Nuno Serra Pedro Alves Porfírio Pinheiro Reto Monico Ricardo Paes Mamede Rui Marques Sallete Rodrigues Sara Vitorino Fernandez Telma Ferreira

Suíça: Manuel Filipe Sousa Câmara de Carouge Cecília Campeas Stéphanie Vidonne Grafismo, fotografia e copy desk Gabinete técnico da Lusitânia Contact Departamento comercial comercial@lusitaniacontact.com

Publicidade (Região francesa) Luís Mata Tel.: 0041 (0) 76 510 22 44 (Regiões alemã e italiana) Manuel Correia Tel.: 0041 (0) 79 722 94 70 (Portugal) Luís Pestana Tel.: 00 351 913777190

saúde

Lusitânia Contact Portugal Largo Marquês Pombal, 9 – 1.º 2950-268 Palmela Tel. 00 351 21 233 4041 Telm. 00 351 91377190 info@Lusitaniacontact.com

Periodicidade Trimestral Tiragem 10.000 exemplares Depósito legal: 35727413 ISSN: 2297-2641

Correspondência Lusitânia Contact Suíça Cp 117 - 1211 Genève 8 Leia a Lusitânia Contact em: Suisse www.lusitaniacontact.com Tel.: 0041 (0) 22 329 77 86 Fax: 0041 (0) 22 329 77 86 Nota geral@lusitaniacontact.com O conteúdo dos artigos é da exclusiva responsabilidade dos seus autores.


Residentes no Estrangeiro

AQUI TAMBÉM SOMOS PORTUGAL. ESCRITÓRIO DE REPRESENTAÇÃO DA SUÍÇA Rue de Lausanne, 67/69 - 1202 GENÈVE

Telf: 022 908 03 60 | Fax: 022 908 03 69 | Email: geneve@cgd.pt Horário de atendimento: 2ª, 5ª e 6ª feira, 9h30 - 13h e 14h - 16h30 | 3ª feira, 9h30 - 13h00 | 4ª feira, 9h30 - 18h30 Delegado Comercial: Filipe Taveira - 0041 786 002 699

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A Caixa Geral de Depósitos, S.A. é autorizada pelo Banco de Portugal.


TERRAS HELVÉTICAS

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APENAS A DEZ MINUTOS DE BICICLETA OU A OITO DE ELÉTRICO DESDE O CENTRO DE GENEBRA, CAROUGE PROMETE CALOR E PROXIMIDADE. COM AS SUAS 287 LOJAS, 138 TERRAÇOS BISTROT NO VERÃO, UM MERCADO TRÊS VEZES POR SEMANA, UMA FEIRA DA LADRA UMA VEZ POR MÊS, TRÊS TEATROS, UM CINEMA, UM MUSEU, UMA PISCINA OLÍMPICA, É O CENÁRIO IDEAL PARA UMA VISITA EM JEITO

DE PASSEIO.

© Ville de Carouge

CAROUGE

© David Wagnières

Viva o espírito boémio de Genebra

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LUSITÂNIA CONTACT


C © Loris Von Siebenthal

onstruída no século XVIII por ordem do rei da Sardenha, para competir com Genebra, foi um importante lugar de passagem. Naquela época várias rotas internacionais convergiam em Carouge (quadrivium ou encruzilhada) depois de atravessar o rio Arve em direção Genebra. Homens e bens por ela iam assim circulando. Elevada à categoria de vila real em 1786 pelo Rei Victor Amadeus III, distingue-se por uma arquitetura única, bem como pela tolerância civil e religiosa pouco comum. Embora seja católica, Carouge recebe pro© David Wagnières

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TERRAS HELVÉTICAS testantes, maçons e judeus desde o início da sua história. Nos costumes a situação é semelhante. Em 1792, enquanto em Carouge havia apenas cerca de 5000 pessoas, já existiam mais de 140 pousadas, tabernas ou hospedarias. Após a queda de Napoleão ficou ligada a Genebra, sem muito entusiasmo por parte da sua população (Tratado de Turim, março de 1816). Hoje tem quase 21.000 habitantes e cerca de 2000 portugueses, que constituem quase um quarto da sua população estrangeira e 9,5% de população total. Tem 2,65 km2 de superfície, a maior parte plana, e está a uma altitude de 382 metros. É encimada por um planalto a sul, Pinchat, situado a 426 metros, protegida pelo Mont Salève e banhada pelo Arve. Carouge é um bom lugar para se viver.

carouge

© Barbara Haemmig

© Barbara Haemmig

Carouge mantém a tradição festiva e o número de acontecimentos nas suas praças e ruas confirmam esse espírito. Em junho, o Festival de Música invade-lhe as ruas. De 19 a 21 de junho transforma-se num palco gigante e acolhe muitos concertos de diferentes estilos musicais. Junte-se à sua população para vibrar com eles ao som dos grupos selecionados para a ocasião? Será um fim de semana de sucesso garantido! A 28, 29 e 30 de agosto realiza-se em Carouge a Vogue, a festa tradicional da vila, organizado pela Cartel de empresas, que encerra o verão. Durante três dias há concertos, passeios e espetáculos na Place de Sardaigne, sendo a festa completada com música e lanches.

As casas elegantes

Vila de Carouge: a arte de «bem comer»

A vila sarda cultiva esta arte epicurista. A tradição gourmet, centenária, é combinada com salgados e doces. Padarias, talhos, lojas de queijo, chocolatarias, fornecedores ou pequenos restaurantes... Delicie-se sem moderação e mime o paladar. E por que não trazer um bom pedaço de queijo, um pão de chocolate ou artesanal para saborear com os seus amigos?

A ATMOSFERA DE FÉRIAS!

Venha a Carouge desfrutar um café num terraço ensolarado, descobrir os produtos da região nos dias do mercado, três vezes por semana (quartas, tardes de quintas e manhãs de sábados), ou comprar objetos pouco comuns na feira da ladra no primeiro domingo de cada mês. Não deixe de experimentar a atmosfera especial que emana da Place du Marché: a convivialidade e a boa disposição em pleno coração da vila fá-los-á sentir em férias.

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LUSITÂNIA CONTACT

Passeie pelas ruas de Carouge e deixe-se seduzir pela beleza das suas casas e de toda a sua arquitetura. Oferecemos um passeio de cerca de uma hora, que lhe vai permitir que descubra o centro histórico: a sua arquitetura e a singularidade das suas casas. Vai-se apaixonar por uma vila projetada para artesãos, onde modéstia é sinónimo de charme mediterrânico. Originalmente, a maioria das casas em Carouge incluía um andar e fachadas sóbrias, algumas encimadas por uma cornija. A única © Diane Bouchet

fantasia decorativa estava, muitas vezes, nas portas: o tamanho e a aparência variavam e as arcadas eram semicirculares. Muitas casas têm mantido este aspeto: uma escada liga ao piso superior pelo lado de fora do jardim, dando para um corredor estreito. Apenas as casas de esquina são um pouco mais luxuosas. Observe também a escassez de varandas e quando existirem têm pequenas dimensões.

Os jardins secretos

Construída num quadriculado geométrico, Carouge esconde, por detrás das suas fachadas simples e sóbrias, inúmeros jardins interiores. Atualmente são lugares privados de relaxamento, anteriormente eram espaços privados das famílias que os cultivavam. Dão-lhe o charme discreto de uma vila com duas faces, uma ao longo da rua, outra do outro lado, nos pátios interiores. Estes jardins abrigam inúmeros poços para abastecimento de água, antes de esta ser canalizada, no último terço do século XIX. Com o tempo, estes jardins ou pátios foram ocupados por casebres, tendo sido a antiga Carouge salvaguardada pelo esforço de arquitetos e urbanistas, mantendo-se a maioria dos jardins e espaços verdes intactos. Muitos são privados, aqui e ali alguns estão abertos ao público: o Parc de la Mairie e o Triangle, no centro, são os mais conhecidos.


Piscinas

Passeiem como desejarem!

Tanto no inverno como no verão as piscinas de Carouge esperam por si! A piscina coberta de Pervenches, no inverno, como a de Fontenette, no verão, oferecem muitas atividades, sendo a maior parte gratuitas. Desporto e relaxamento fazem parte do programa.

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© Loris Von Siebenthal

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Mas dede vosvos sugerir umauma Mastemos temoso oprazer prazer sugerir caminhada de de Carouge. caminhadapelo pelocentro centro Carouge. Deixem-se pelas suas ruasruas Deixem-secativar cativar pelas suas estreitas, fachadas e poesia. estreitas,praças, praças, fachadas e poesia.

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Duração: 1 hora

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Comecem Place de de l’Octroi (parque Comecempela pela Place l’Octroi (parque de ouou paragem do do de estacionamento estacionamento paragem depois as as seguintes elétrico) ; sigam depois seguintes elétrico) 1 1; sigam ruas Rue Saint-Joseph, ruaseepraças: praças: Rue Saint-Joseph, Place Saint-Victor 2 2 Placedu duTemple, Temple,Rue Rue Saint-Victor no belo e Place ; entrem no belo Placedu duMarché Marché3 ;3entrem 4 ; 4 ; e surpreendente pátio do do Triângulo surpreendente pátio Triângulo passem Ancienne, atéaté o o passempela pelaRue Rue Ancienne, Rondeau o o Rondeaude deCarouge Carouge5 ;5sigam ; sigam 6 ,a 6 rue Boulevard , a rue Boulevarddes desPromenades Promenades du Jacques-Dalphin e e du Collège, Collège,a arue rue Jacques-Dalphin descubram exposição no Museu descubrama aatual atual exposição no Museu de terminem o opasseio passeio de Carouge Carouge 7 ;; terminem pelas Saint-Joseph. pelasruas ruasdedelalaFilature, Filature, Saint-Joseph. 8 e du regressando à à duPont-Neuf, Pont-Neuf, regressando Place Placede del’Octroi. l’Octroi.

Parc du Boulodrome

Situado na Route de Veyrier 57, rodeado por uma cercadura de vegetação, o Parc du Boulodrome e os seus terrenos oferecem espaços de lazer e jogos para crianças e adultos. © Loris Von Siebenthal

DESFRUTE DE UMA VISITA GUIADA!

Carouge, em parceria com a empresa Illico Viagens, organiza passeios temáticos de 1 hora e 15 minutos nos sábados de junho a outubro, às 11 horas, sem inscrição e a partir do centro da cidade: há seis temas, cada um ocupando três sábados. Antigas ruas, jardins, praças, fontes e monumentos são revelados aos visitantes num dia original, em que se fala de história, literatura, arte, se desfruta de uma visão a partir de cima, sobre a água e, em especial, se podem observar os jardins secretos em visitas privadas. Trata-se de uma grande iniciativa cuja proposta é renovada anualmente. Pode encontrar as datas das visitas em www.carouge.ch © Ville de Carouge

Cinema

Situado na Place du Marché, o Cinéma Bio propõe uma programação alternativa aos complexos de exibição com múltiplas salas.

Museu

O Museu municipal de Carouge abriu em outubro de 1984, na sequência de uma grande doação à cidade do pintor Emile Chambon. Desde então tem tido muitas exposições sobre vários temas. Localizado na Place de Sardaigne, está aberto gratuitamente de terça a domingo, das 14 às 18 horas, e a visita é gratuita.

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INFORMAÇÕES CONSULARES

S.

R.

CONSULADO-GERAL DE PORTUGAL EM GENEBRA

Porfírio Pinheiro porfirio.pinheiro@mne.pt

1 – Carreira de SEGUROS NO ESTRANGEIRO Quem tiver trabalhado num ou em vários países da União Europeia (UE), do Espaço Económico Europeu (EEE) não pertencente à UE , na Suíça (em virtude do Acordo sobre a Livre Circulação de Pessoas celebrado entre a UE e seus Estados Membros e a Confederação Suíça) ou noutros países que tenham um acordo internacional com Portugal (Acordo/Convenção bilateral), poderá ter direito a uma pensão de velhice em cada um deles desde que estejam reunidas as condições estabelecidas na legislação de cada país de trabalho. 2 –TOTALIZAçÃO DOS PERÍODOS DE SEGURO para obtenção do direito Se o trabalhador tiver contribuído, pelo menos durante um ano, num determinado país, esse país deverá pagar-lhe uma pensão. Mas se o período de seguro for insuficiente para adquirir o direito, poderá totalizá-lo com os anos de outros países, na medida do necessário,

PENSÃO DE REFORMA

(CARREIRA CONTRIBUTIVA EM DIVERSOS PAÍSES DA UE, EEE OU SUÍÇA) para lhe garantir o direito a uma pensão nesse país. [Exemplo: Portugal exige 15 anos de descontos. Se o Senhor X tiver uma carreira contributiva na Segurança Social Portuguesa com uma duração inferior a 15 anos (ex.: 6 anos), poderá pretender a totalização de 9 anos de carreira na Suíça com os 6 anos de seguro português para que o prazo de garantia de 15 anos se encontre satisfeito e tenha assim direito à reforma contributiva portuguesa]

3 – CÁLCULO EUROPEU DA PENSÃO DE REFORMA Se tiver trabalhado em vários países da União Europeia (UE), cada país efetuará um duplo cálculo da pensão: • O cálculo nacional (de acordo com as suas próprias regras e com base unicamente nas contribuições aí pagas) – (Prestação autónoma) • A totalização dos períodos contributivos registados em todos os países. O valor da pensão assim determinado é, de seguida, ajustado ao tempo efetivo de descontos efetuados nesse país: o valor devido em função do cálculo da pensão resultante dos períodos de contribuição nos dois Estados (somados); a respetiva redução na proporção do tempo efetivamente cumprido no Estado em causa - (Prestação proporcional) Nota: Tanto a Suíça como Portugal têm um sistema de cálculo de pensão proporcional. Assim, o cálculo comunitário é, normalmente, igual ao resultado proporcional nacional. Nestes termos, à Suíça basta-lhe proceder ao cálculo nacional. 4 – QUANTO SE RECEBE DE PENSÃO? O valor de cada pensão depende das regras de cálculo de cada país.

ONDE ESTAMOS

Lausanne: Lugano: Luzern:

A Lusitânia Contact está nos principais pontos de venda na Suíça, distribuída por Naville, Nilo e Lusomedia e pode ser consultada nos seguintes locais:

Bern: Carouge: Fribourg: Genève:

Embaixada de Portugal Europain Agência Leitão Consulado-Geral de Portugal Alsa - Eurolines Voyages (Escritório e autocarros da linha Portugal/Suíça/Portugal) Boulangeries BOM GOSTO Brasserie du Lignon Banco BPI Novo Banco

5 – QUE PAÍS PAGA AS PENSÕES DE REFORMA? Cada país da UE, EEE ou Suíça onde se tenha contribuído durante, pelo menos, um ano deve pagar uma pensão de velhice. 6 – IDADE DA REFORMA As idades de reforma podem ser diferentes consoante os países. (Pode acontecer que se receba uma pensão mais cedo num país e se tenha de esperar mais tempo para começar a beneficiar de pensão noutro país. Atenção: É importante informar-se, antecipadamente, sobre qual será a situação concreta se decidir antecipar ou adiar a pensão em cada país onde trabalhou, pois o facto de receber uma pensão mais cedo do que outra pode afetar os montantes a receber. 7 –A QUEM se dIRIGIR? Deve requerer as diversas pensões estrangeiras através da segurança social do país onde está a viver, exceto se nunca aí tiver trabalhado. Neste caso, deverá requerê-las no último país onde trabalhou. Nota: Cada país tem um Serviço de Relações Internacionais que funciona como organismo de ligação. Exemplo: na Suíça, a Caisse Suisse de Compensation - CSC, sita em Genebra, e, em Portugal, o Centro Nacional de Pensões, em Lisboa. Compete ao respetivo organismo de relações internacionais processar o pedido junto de todos os outros países de trabalho. 8 – MUDANçA DE RESIDÊNCIA E EXPORTAçÃO DA PENSÃO A pensão de reforma é exportável para qualquer país da UE, do EEE ou Suíça.

Banco Millennium BCP Banco Montepio Geral Banco Santander Totta Caixa Geral de Depósitos Cepeda Voyages Crédits Conseils - Versoix Épicerie du Lignon Finassur SA Ibercash SA Livraria Camões Novo Banco Banco Millennium BCP Casa Algarve – Aclens Império SA SEP Voyages Serviços Consulares de Portugal CeliMar - Consulting GmbH

LUSITÂNIA CONTACT

PENSÃO DE INVALIDEZ A maioria das regras acima referidas aplicam-se também às pensões por invalidez. Compete à autoridade respetiva do país onde ocorre a invalidez - (na Suíça, o Office Cantonal AI, via Caisse Suisse de Compensation – CSC, em Portugal, os Centros Distritais de Segurança Social – CDSS, via Centro Nacional de Pensões) – instruir o pedido junto de todos os outros países de trabalho. NOTA: A avaliação da incapacidade é feita através de relatórios médicos e outros exames ou documentos que explicam o estado invalidante. Todavia, importa salientar que não existe reconhecimento mútuo das decisões tomadas. Cada país decide e calcula segundo as suas próprias regras, pelo que pode acontecer que um beneficiário seja considerado inválido num país e não noutro ou noutros. ONDE OBTER MAIS INFORMAÇÕES As informações acima prestadas são de caráter geral. Para esclarecimentos complementares os interessados deverão contactar os organismos competentes nelas referidos ou, se estiverem inscritos no Consulado-Geral, poderão obter a versão mais extensa desta Nota. Consulado-Geral de Portugal em Genebra, fevereiro de 2015. Porfírio Pinheiro

Neuchâtel Novo Banco Sion: Serviços Consulares de Portugal Novo Banco Novomar - Voyages (Escritório e autocarros da linha Portugal/Suíça/Portugal) Zurich: Consulado-Geral de Portugal Novo Banco Banco Millennium BCP Banco Santander Totta Em toda a Suíça: Orange: na rede das 94 lojas desta operadora. Associações Portuguesas: enviamos um exemplar a todas as que conhecemos. Caso não recebam, peçam para: comercial@lusitaniacontact.com

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Nota: É necessário o número da conta bancária com os códigos IBAN e BIC/ SWIFT para transferências bancárias internacionais.


ENSINO

CONSELHO EUROPEU PARA PESQUISA NUCLEAR EM GENEBRA

Alunos do curso de Língua e Cultura Portuguesas visitam o CERN Os alunos do curso de Língua e Cultura Portuguesas visitaram as instalações do CERN, em Meyrin-Genebra. Participaram nesta atividade os alunos do 8.º ano do C.O. Pinchat e do 7.º e 8.º anos do C.O. de la Golette, acompanhados pelo professor Manuel Filipe Sousa.

E

sta visita, que teve lugar no passado mês de janeiro, enquadra-se no âmbito do tema «Novas tecnologias / atualidades», do programa dos cursos de Língua e Cultura Portuguesas. Teve como principais objetivos conhecer o trabalho desenvolvido neste centro de investigação científica, contactar com a comunidade científica portuguesa aí presente, conhecer o contributo português no âmbito da investigação científica internacional e descobrir o impacto e a importância das descobertas realizadas por este centro no quotidiano do cidadão comum. Após um pequeno diálogo informal, o Eng.º Tiago Lopes fez a apresentação do CERN, onde descobrimos um pouco da história desta instituição, dos seus objetivos e do seu funcionamento. O que mais impressionou os alunos foi a estrutura do LHC, que faz colidir dois grupos de partículas em velocidade próxima da velocidade da luz, num tubo de 27 km de extensão, construído a 100 m de profundidade.

Manuel Filipe Sousa Professor de LÍngua e Cultura Portuguesas filipesousaepe@hotmail.com

Foi uma aventura cheia de novidades. Das várias descobertas destaco as seguintes: os cabos utilizados no LHC totalizam uma distância equivalente a 10 vezes a distância da Terra ao Sol; a colisão gera temperaturas que podem chegar a biliões de graus, temperaturas superiores à do Sol; o objetivo principal deste centro é descobrir o que aconteceu nos momentos que se seguiram ao Big Bang, ou Grande Expansão (que é a teoria cosmológica dominante do desenvolvimento inicial do universo, que teve lugar há biliões de anos - 13,3 a 13,9 biliões) e que não provocou um novo Big Bang. Ficámos ainda a saber que, neste momento, os portugueses estão representados por 148 pessoas, entre engenheiros, físicos ou investigadores.

De seguida, visitámos o local onde decorre uma experiência que se chama Atlas. Ficámos a saber que todos os países beneficiam das descobertas realizadas por este centro; que muitas descobertas realizadas já fazem parte do nosso dia a dia como, por exemplo, o sistema de internet que hoje temos ou as máquinas para a realização de exames de tomografia. Mais tarde, visitámos outro local onde decorre outra experiência – Alice – que se situa em França, e assim pudemos constatar a grandeza do CERN, que é um gigantesco círculo, com uma metade situada em França e a outra metade situada na Suíça. Observámos os materiais utilizados para construir os supercondutores. Vimos um desses supercondutores a ser testado, pois estes materiais são arrefecidos a 261 graus negativos. Por esta razão, o local onde se atingem, simultaneamente, as temperaturas mais elevadas e mais baixas da nossa galáxia é no CERN. Assistimos a uma apresentação multimédia sobre a história do primeiro acelerador de partículas, que se encontra desativado. A visita concluiu-se com a observação de uma réplica de um pedaço do túnel de 27 Km, situado a 100 metros de profundidade. Esta atividade foi muito interessante e enriquecedora. O feedback dos alunos foi muito positivo e constatei que são momentos como este que os motivam para a frequência dos nossos cursos.

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HISTÓRIA E MEMÓRIA

A primeira eleição presidencial em Portugal (agosto de 1911) NOTÍCIAS NA IMPRENSA SUÍÇA

Reto Monico Historiador retomonico@gmail.com

Postal ilustrado da época (Arquivo António Ventura)

Em junho de 1911, a Assembleia Constituinte, eleita a 28 de maio, nomeia uma comissão para elaborar o projeto da nova Constituição. O texto, apresentado a 3 de julho, depois de reformulado, é debatido pelos deputados.

E

ntra em vigor a 21 de Agosto. Três dias depois realiza-se a 1.ª eleição presidencial em Portugal, ganha por Manuel de Arriaga, com 121 votos, contra 86 de Bernardino Machado. Nesta ocasião, António José de Almeida e Brito Camacho – que aceitavam qualquer um exceto B. Machado – conseguem derrotar Afonso Costa, apoiante deste. A 29 de agosto, os seguidores de A. Costa formam o Grupo Parlamentar Democrático. A divisão no seio dos republicanos é inevitável. Esta eleição presidencial suscita comentários nos jornais da Confederação. Num breve editorial, logo no dia 25, o Neue Zürcher Zeitung explica por que Magalhães Lima não avançou, apesar das «excelentes qualidades», «grande cultura» e «enorme energia»: não era popular. Escreve ainda

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LUSITÂNIA CONTACT

Na varanda do Parlamento, o novo Presidente agradece as manifestações populares. À sua direita, pensativo, António José de Almeida; à sua esquerda, de barba branca, Anselmo de Braancamp Freire, presidente da Assembleia Constituinte. (Ilustração portuguesa, 4/9/1911).

que, depois da recusa de Braancamp Freire, os adversários de B. Machado apresentaram a candidatura de Arriaga, homem de confiança e velho republicano. O jornal de Zurique compara esta eleição a um conclave em que os cardeais não conseguem chegar a acordo. Elegem então um Papa com uma certa idade, que, em princípio, não ficará muito tempo, para prepararem melhor a nova eleição. Três dias mais tarde, o mesmo jornal publica um extenso artigo enviado de Lisboa sobre o novo chefe de Estado. Segundo o correspon-

dente na capital lusa, Arriaga não é menos radical do que B. Machado: trata-se de um verdadeiro republicano progressista. Porém, o primeiro presidente eleito em Portugal não gosta «de combates violentos e assanhados»: quer introduzir mudanças gradualmente, sem ferir «as suscetibilidades populares». Curiosamente, nos dois artigos, dão-lhe quatro anos a mais: 75 em vez de 71 (nasceu nos Açores em julho de 1840). Os dois principais diários da Suíça francesa comentam também esta eleição. A 27, Albert Bonnard, no Journal de Genève, diz que a eleição de Arriaga – um «republicano da primeira hora», «um jurisconsulto e um filósofo» – é um sucesso dos moderados Camacho e Almeida. «A vitória do Senhor Arriaga foi recebida com grande satisfação no país e na capital», afirma o redator do quotidiano genebrino – que compara esta eleição a um conclave inconclusivo –, visivelmente contente com o revés do grupo de A. Costa. A 27, no diário Gazette de Lausanne, Maurice Muret exprime a mesma opinião: «De todos os candidatos, foi

Os dois principais diários da Suíça francesa comentam também esta eleição. A 27, Albert Bonnard, no Journal de Genève, diz que a eleição de Arriaga – um «republicano da primeira hora», «um jurisconsulto e um filósofo» – é um sucesso dos moderados Camacho e Almeida. eleito o mais digno». No entanto, o resultado esteve indeciso até ao fim: M. Lima tinha dito não aceitar a eleição, mas não «se teria zangado» se o tivessem escolhido; por outro lado, B. Machado tinha «numerosos apoiantes». O redator do quotidiano liberal critica-o porque «fala como um grande demagogo» e, sobretudo, porque nos últimos tempos se aproximou dos «extremistas»: «A sua candidatura foi abertamente apoiada pelo mais vermelho ministro da jovem república, Afonso Costa». B. Machado na presidência teria nomeado A. Costa primeiro-ministro e Portugal teria virado à esquerda. A derrota


desta «conspiração», e o voto em favor de Arriaga, é uma boa notícia «para a república portuguesa», realça o jornalista de Morges. Esta eleição «expôs as profundas divergências entre os revolucionários», escreve La Liberté, a 28. O resultado «parece uma espécie de tapa-buracos que não satisfaz verdadeiramente ninguém», acrescenta o mesmo articulista, que prevê um futuro muito complicado para o novo chefe de Estado: «os mais ambiciosos entre os chefes revolucionários vão intrigar ferozmente contra o homem do compromisso que beneficiou [para ser eleito] das lutas entre os clãs». Estes vão fazer o impossível para o tornar «impopular» e para que renuncie ao mandato, conclui o diário católico de Friburgo. Outro jornal católico, Le Nouvelliste valaisan, reproduz a opinião de Homem Cristo, citando parte de uma entrevista a um jornal parisiense. Segundo o polemista de Aveiro,

25 de agosto de 1911: a Praça Marquês de Pombal no dia da revista militar em honra do novo Presidente. (Ilustração portuguesa, 4/9/11).

«graves distúrbios». No fundo, não muda nada, declara Homem Cristo: «A violência vai continuar porque o Senhor Arriaga não terá força para vencer a demagogia». «O seu papel será unicamente decorativo, como o do seu colega. o felizardo Armand Fallières?», pergunta La Sentinelle. O semanário

selheiros federais na questão da importação de carne congelada».

Esta eleição «expôs as profundas divergências entre os revolucionários», escreve La Liberté, a 28. O resultado «parece uma espécie de tapa-buracos que não satisfaz verdadeiramente ninguém», acrescenta o mesmo articulista, que prevê um futuro muito complicado para o novo chefe de Estado.

Manuel de Arriaga amamentando a jovem república (Almanaque ilustrado do Jornal O Zé, 1914, p. 8)

Arriaga é um homem honesto mas fraco, que poderá ser facilmente manipulado. É por isso que a Maçonaria o preferiu a M. Lima e B. Machado, cuja eleição teria sido considerada uma provocação e podia ter causado

socialista de La Chaux-de-Fonds interessa-se, essencialmente, pelo descontentamento popular por causa dos preços dos alimentos de primeira necessidade. Denuncia, em particular, os especuladores e os açambarcadores e manda um recado ao governo suíço quando comenta a decisão do ministro português de apresentar um projeto-lei para importar três milhões de litros de azeite: «Eis uma medida inteligente, que devia inspirar os nossos con-

«O MODELO DA CHETA ATUAL», capa do semanário O Zé, de 5/9/1911, que ironiza sobre a eleição de Arriaga: «Para a alegria dos talassas [monárquicos], continua a ser um MANEL e de sangue real». Na moeda, a imagem do Presidente com a inscrição «Manuel III de Portugal».

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Loulé D

o centro da cidade vê-se o Atlântico, que banha as suas praias, levando o nome de Portugal aos quatro cantos do mundo – Quinta do Lago, Vale do Lobo, Vilamoura – e tem como respaldo a serra algarvia, o próximo tesouro a descobrir na promoção do Algarve como região turística contemporânea, conjugando o sol e o mar com as tradições, a cultura e o turismo de bem-estar. Desde tempos imemoriais que Loulé atrai populações, a escrita mais antiga da Península Ibérica – conhecida por escrita do sudoeste, tartéssica ou turdeana – é um dos traços que comprovam estarmos numa terra com uma forte dinâmica histórica. A

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cidade de Loulé é a sucessora da Al’Ulyà islâmica, tendo sido conquistada por D. Paio Peres Correia, em 1249 e, dada a sua importância, tendo levado D. Dinis a instituir nela, em 1291, a única feira medieval algarvia. Loulé foi (e continua a ser) um território multicultural, hoje com pessoas de 92 nacionalidades a viver no concelho e a construir a identidade contemporânea do seu território. Prova desta convivência entre diferentes culturas – árabe, judia e cristã – encontramo-la nas mais antigas atas de vereação do país, datadas de 1384. Manifestação da vida vibrante que Loulé sempre teve encontra-se no seu património material, concretamente no seu

Castelo, com fundações islâmicas, reconstruído nos tempos de D. Paio e que alberga, hoje em dia, após ter sido local de descanso para diversos reis, vários equipamentos de interesse municipal ou nacional: o Museu Municipal; igrejas erigidas no século XIII sobre antigas mesquitas; as capelas do século XVII cuja arte retrata a devoção à Virgem; um dos mais entusiasmantes achados arqueológicos: os Banhos Islâmicos. Ao longo dos tempos este tem sido, sempre, um concelho a fervilhar de comércio e de atividade, albergando o mais antigo hospital da região, datado do século XV, que viria a estar integrado na estrutura organizativa da Santa Casa da


Cidade (cri)ativa LOULÉ ESTENDE-SE DESDE O ALENTEJO AO OCEANO ATLÂNTICO, FIGURANDO, ESTRATEGICAMENTE, NO CENTRO DA REGIÃO ALGARVIA, A POUCOS MINUTOS DO AEROPORTO INTERNACIONAL DO ALGARVE E NUM PONTO ONDE CONFLUEM AS PRINCIPAIS VIAS TERRESTRES DA REGIÃO.

Misericórdia. No comércio destacam-se, até meados do século XX, as exportações de frutos secos e uma intensa atividade de trocas alicerçada na área das artes tradicionais. Na segunda metade do século XX Loulé empreende um esforço de modernização das suas ofertas ao visitante, consubstanciando-se como o mais vibrante polo do turismo nacional. Com o turismo consolidado e uma oferta diversificada e capaz de servir o turista mais exigente, Loulé assiste, já em pleno século XXI, ao aparecimento de outras atividades inseridas na economia experiencial, evidenciando dinâmicas relevantes no que concerne às indústrias culturais e criati-

vas com ligação ao território e à maior atividade regional: o turismo. Neste último ano, por incentivo do poder local, dá-se a estruturação dessa dinâmica num projeto que se pretende agregador e potenciador das características endógenas do território, dos recursos naturais, da tradição e das suas gentes, capacidade inovadora e criativa denominada «Loulé Criativo». No âmbito deste projeto Loulé inscreve o seu nome, sendo a primeira cidade portuguesa, na Creative Tourism Network, aprofundando o cruzamento entre as artes tradicionais e os setores criativos, promovendo residências e workshops internacionais nos saberes ancestrais para a classe criativa,

apostando numa oferta dinâmica e atrativa de experiências criativas que ponham os turistas em contacto com os aspetos singulares da identidade e do património regionais baseados na filosofia do it yourself. Num mundo que tende para a homogeneização dos produtos por serem de mais fácil consumo, Loulé inverte a tendência e distancia-se dos produtos de consumo rápido (fast consumer products), centrando-se na produção de bens e serviços capazes de proporcionarem, a quem os adquire, uma experiência única e singular que reflete o seu território (terroir). Fica o convite para visitar o nosso site em www.loulecriativo.pt e vir conhecer as nossas gentes e atividades. N.º 11

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loulé

Cidade Europeia do Desporto EM PLENO ANO DE 2015, LOULÉ ASSUME-SE COMO CIDADE EUROPEIA DO DESPORTO, CONSOLIDANDO A EXPERIÊNCIA E A FAMA QUE ESTA ATIVIDADE NELA TEM TIDO DESDE OS TEMPOS EM QUE JOAQUIM AGOSTINHO PERCORRIA O ALGARVE, MONTADO NA SUA BICICLETA.

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1 Aproveitando a extensa rede de equipamentos desportivos de excelência, o presente ano será marcado por acontecimentos de diferentes expressões, tanto em dimensão como nas modalidades contempladas, reunindo a participação de atletas vindos de todas as partes do mundo. A Cidade Europeia do Desporto não poderia estar completa se não empreendesse um caminho de aproximação às populações do desporto e da prática do exercício físico, numa lógica do aumento do bem-estar e saúde da população, mas também do fomento dos valores olímpicos tão importantes para a sã convivência entre clubes e atletas. Os desenvolvimentos recentes da cidade de Loulé nunca poderiam existir se não estivessem assentes num consistente espectro de manifestações culturais de dimensão nacional e internacional. Começando pelos anos mais recentes, o Festival MED assume-se como um dos mais importantes festivais de músicas do mundo (world music) em Portugal. Criado em 2004, ano do Europeu de Futebol realizado em Portugal, imprime uma nova dinâmica ao circuito dos festivais de verão, proporcionando uma oferta diversificada que não é possível ser usufruída na maioria das formas como se

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apresenta em Portugal, constituindo-se como o único festival de dimensão suprarregional no Algarve. Em 2014, ano de festejar uma década, volta à sua estrutura de três dias de concertos: cheios de cores de países distantes e de cheiros a especiarias que se desprendem das comidas que o público leva consigo, enquanto se dirige para um dos cincos palcos na esperança de não ter perdido mais uma surpresa musical a que o MED nos foi habituando ao longo das suas edições. Outro dos acontecimentos marcantes da cidade é o seu Carnaval de Loulé, o carnaval civilizado mais antigo do país (1906), que é hoje uma marca incontornável na cidade. Durante três dias a cidade transforma-se em folia, alegria e muita diversão, arrastando milhares de pessoas que o querem viver na primeira pessoa. Além destes dois ex-libris, muitos outros grandes acontecimentos poderiam ser referidos, ficando apenas a nota de que a primeira Noite Branca de Portugal foi realizada em Loulé, aliando as noites quentes de verão com a dinamização comercial e o convívio saudável na descoberta de uma cidade que vive intensamente as suas manifestações.


A Mãe Soberana é a maior festa a sul do Tejo

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RECUANDO UM POUCO MAIS NO TEMPO, E FAZENDO JUSTIÇA AOS SEUS GRANDES SÍMBOLOS, CABE AQUI A REFERÊNCIA A UM DOS GRANDES POETAS PORTUGUESES – ANTÓNIO ALEIXO – CUJAS QUADRAS ESCORREITAS E COM UM ELEVADO SENTIDO DE JUSTIÇA SOCIAL FAZEM A COROA DO MAIOR POETA POPULAR PORTUGUÊS. O POETA EMPRESTA A SUA FIGURA ICÓNICA A UMA ESTÁTUA À PORTA DO CENTENÁRIO CAFÉ CALCINHA, SENTADO NA SUA MESA A ESCREVINHAR VERSOS, SERVINDO A SUA ESTÁTUA DE MODELO À QUE VIRIA A SER CONSTRUÍDA, POSTERIORMENTE, PARA OUTRO DOS POETAS «MAIORES DO QUE A VIDA»: FERNANDO PESSOA.

Legendas

1 MEETING DE NATAÇÃO 2007 © Luís da Cruz 2 CONVENTO DA GRAÇA © C. M. Loulé. 3 NOITE BRANCA 2008 © Luís da Cruz

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4 FESTIVAL MED 2008 © Mira 5 FACHADA DO CINE-TEATRO LOULETANO © C. M. Loulé 6 MERCADO © Hélio Ramos

7 MUSEU DE ARQUEOLOGIA © Helga Serôdio.

8 ERMIDA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO. © Hélio Ramos

Numa terra com um sentimento identitário tão forte como é o de Loulé, não poderia deixar de existir uma manifestação religiosa de elevada dimensão e impacto: a Mãe Soberana. Trata-se de um culto mantido nesta cidade desde o século XVI, que é um património cultural imaterial transmitido entre gerações de louletanos e a maior festa religiosa a sul do Tejo, estando atualmente a ser inscrita no Inventário Nacional de Património Cultural Imaterial. Loulé é, assim, um território riquíssimo na dimensão cultural, na vivência criativa e na atratividade turística. Muito mais haveria a dizer mas não havendo espaço para tal, e não nos querendo substituir ao leitor, fazemos o convite para que nos visite e descreva a sua experiência; será certamente muito mais interessante do que voltar a ler esta crónica e pensar que seria bom estar em Loulé. N.º 11

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loulé

O Ducado de Loulé O DUCADO DE LOULÉ, PARA ALÉM DA IMPORTÂNCIA QUE TOMA DURANTE O PERÍODO DA MONARQUIA CONSTITUCIONAL, ASSUME HOJE UM PAPEL CONSIDERÁVEL NA PRETENSA SUCESSÃO AO TRONO DE PORTUGAL.

Flávio Borda d’Água Historiador flavio@bordadagua.org

É

da autoridade e vontade real elevar a duques, viscondes e condes diversas pessoas da corte, assim como aqueles que se tenham ilustrado pelo bem do Reino. É, por exemplo, o caso de Sebastião José de Carvalho e Mello: D. José fá-lo, I Conde de Oeiras (1759), pelos seus bons e leais serviços, nomeadamente pela gestão da crise após o Terramoto de 1755; mais tarde, fá-lo-á Marquês de Pombal (1770). Dentro desta dinâmica real, João de Portugal, Regente de D. Maria II, cria, por decreto de 6 de julho de 1799, o Marquesado de Loulé, a favor de Agostinho Domingos José de Mendonça Rolim de Moura Barreto. Este título, atribuído em pleno alvoroço da circulação dos ideais da Revolução Francesa (1789), está intimamente ligado à Casa de Bragança. Por um lado, devido à sua criação por um membro da família dos Bra-

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ganças; por outro, quando algumas décadas mais tarde o Marquesado passou a Ducado, pelo decreto do rei D. Luís, de 3 de outubro de 1862. É nessa altura que o vínculo aos Braganças se torna mais forte, devido ao casamento entre Nuno de Mendonça, II Marquês de Loulé – ou seja, filho de Agostinho de Mendonça –, com a infanta D. Ana de Jesus de Portugal (1806-1857), a filha mais nova de D. João VI. Nuno de Mendonça torna-se, então, uma das personagens mais presentes no panorama político da Monarquia Constitucional durante o século XIX. Funda, em 1852, em plena Regeneração, o Partido Histórico, que pretende ser uma alternativa ao Partido Regenerador. Nuno de Mendonça lidera um partido que se quer forte e bem organizado. É através desta nova formação política que ocupa vários cargos ministeriais, chegando a Primeiro-Ministro do Reino em várias ocasiões (de 6 de junho de 1856 a 16 de maio de 1859; de 4 de julho de 1860 a 17 de abril de 1865 e de 11 de agosto de 1869 a 17 de maio de 1870). O Ducado de Loulé, para além da importância que toma durante o período da Monarquia Constitucional, assume ainda hoje um papel considerável na pretensa sucessão ao trono de Portugal. Quando o rei D. Manuel II morre no exílio, em 1932, a chefia da Casa de Loulé pertence a Constança Maria de Figueiredo Cabral da Câmara, IV Duquesa de Loulé. Embora hoje ninguém

ponha em causa que o pretendente ao trono de Portugal é D. Duarte de Bragança, uma linhagem do Ducado de Loulé reivindica também esse título. Uma situação que não é inédita, pois já assistimos a uma tal divisão entre os pretendentes ao trono de França: o Duque de Vendôme e o Conde de Clermont. Este último é descendente do rei Luís XIII, de Luís Filipe, e da sua esposa Isabel de Orleãs-Bragança, bisneta do Imperador D. Pedro II do Brasil e descendente dos reis de Portugal.

Marquesado de Loulé

Agostinho Domingos José de Mendonça Rolim de Moura Barreto (1780 - 1824) Nuno José Severo de Mendonça Rolim de Moura Barreto (1804 - 1875)

Ducado de Loulé

Nuno José Severo de Mendonça Rolim de Moura Barreto (1804 - 1875) Pedro José Agostinho de Mendoça Rolim de Moura Barreto (1830 - 1909) Alberto Nuno Folque de Mendoça Rolim de Moura Barreto (1923 - 2003) Pedro José Folque de Mendoça Rolim de Moura Barreto (1958 - )


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ESCRITORES

Lídia Jorge

o retrato da ruralidade algarvia QUEM PERCORRE O ALGARVE NA SUA FACETA MAIS GENUÍNA E SE ESQUECE DOS LUGARES-COMUNS QUE SÃO A PRAIA, OS HOTÉIS E A DIVERSÃO NOCTURNA, RECONHECE NA OBRA DE LÍDIA JORGE UM ALGARVE TANTAS VEZES DEIXADO PARA TRÁS, ESQUECIDO E SACRIFICADO, QUE AINDA HOJE PERSISTE.

Sara Vitorino Fernandez CLEPUL Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias sara.faria.fernandez@gmail.com

S

e os algarvios pudessem enumerar quais os escritores que melhor os representam, Lídia Jorge seria um dos nomes cimeiros. A sua obra, embora apresente diversas facetas e foque diversos temas, recorre às memórias e às referências da região onde nasceu para a composição dos cenários e das personagens. Nascida em 18 de Junho de 1946, em Boliqueime, concelho de Loulé, fez a sua formação académica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Filologia Românica. Foi professora do Ensino Secundário e exerceu em Angola e Moçambique durante os últimos tempos da Guerra Colonial. Publicou o seu primeiro romance, O Dia dos Prodígios, em 1980, e este foi logo aclamado como um dos romances mais inovadores na Literatura Portuguesa desde os finais dos anos 60 do século XX. A escritora

possui já uma obra considerável e foi galarideológica. Para os habitantes de Vilamanidoada com diversos e importantes prémios, nhos o «centro do mundo» não deixa de ser entre eles o Grande Prémio da Associação a aldeia, mesmo quando são visitados por Portuguesa de Escritores, o Prémio Correnforasteiros que lhes tentam impingir novas tes de Escritas, o Prémio Luso-Espanhol de ideias. Essa insistência na valorização da Arte e Cultura e o Prémio Vigílio Ferreira. mentalidade aldeã e rural é o alicerce da soFoi condecorada com a Grã-Cruz da Ordem brevivência da comunidade. do Infante D. Henrique pelo Presidente da Os fios condutores da acção do romance República Portuguesa e possui os graus de de Lídia Jorge são a rotina quotidiana da AlDama e Oficial da Ordem das Artes e Letras, deia de Vilamaninhos, a descrição do assomatribuídos pelo Presidente da República bro em relação à visão de uma cobra voadora Francesa. Também foi reconhecida na região e o efeito que este caso tem nos habitantes onde nasceu. A Biblioteca Municipal de Albuda comunidade. O recurso a um ambiente feira ostenta o seu nome de fantasia serve para e, em Dezembro de 2005, tornar o texto mais apeA ESCRITA DE LÍDIA JORGE aquando das comemoralativo e amenizar o traÉ RICA EM MEMÓRIAS ções do Dia da Universitamento de temas mais E VIVÊNCIAS. dade, a Universidade do controversos, como a Algarve concedeu-lhe o violência doméstica ou POSSUI JÁ UMA OBRA Doutoramento honoris a repressão feminina. CONSIDERÁVEL A originalidade deste causa. E FOI GALARDOADA romance também está Da sua extensa obra COM DIVERSOS patente na recusa de sidestaco o seu romance E IMPORTANTES PRÉMIOS. tuar a acção num cenário de estreia, O Dia dos Prourbano e privilegiar o redígios, como um retrato trato de uma ruralidade profunda e isolada. da comunidade rural algarvia do final do séO retrato que a autora faz de Vilamaninhos culo XX, mas que se mantém ainda no século poderia ser semelhante ao de tantas pequeXXI. Trata os temas da condição feminina e nas comunidades rurais algarvias. Quem do isolamento rural de uma aldeia algarvia percorre o Algarve na sua faceta mais genos finais da Ditadura Salazarista. O insulanuína e se esquece dos lugares-comuns que mento da aldeia de Vilamaninhos em relação são a praia, os hotéis e a diversão nocturna, ao «mundo exterior», através de referências reconhece na obra de Lídia Jorge um Algarve discretas à cidade de Faro e mesmo a Lisboa, tantas vezes deixado para trás, esquecido e faz saltar ainda mais à vista o abismo exissacrificado, que ainda hoje persiste. tente entre o cenário rural, tão dependente dos ciclos da Natureza, e o ambiente urbano, Nota: Por vontade da autora, este texto mantém a tão cioso da engrenagem social, política e ortografia anterior à do último Acordo Ortográfico.

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EMPRESAS

algarve

GARVETUR, UMA REFERÊNCIA NO MERCADO IMOBILIÁRIO

O serviço ideal dos sonhos e do lazer A compra de uma casa para responder ao crescimento da família, usufruir do tempo da reforma ou aplicar as poupanças num investimento rentável é sempre uma decisão com grande impacto na vida do futuro proprietário: é a concretização de um sonho.

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compra de uma casa, para responder ao crescimento da família, usufruir o tempo da reforma ou aplicar as poupanças num investimento rentável, é sempre uma decisão com grande impacto na vida do futuro proprietário: é a concretização de um sonho. E a Garvetur é a mediadora imobiliária que há mais de 30 anos encontra o sítio certo e o imóvel apropriado para cada um dos seus clientes, precisamente para a concretização desse sonho. Consciente da importância que a aquisição de uma casa representa, «atua como um parceiro presente em todos os passos necessários, desde o início até à entrega das chaves: e sempre com toda a segurança». A garantia é dada por Reinaldo Teixeira, administrador da empresa fundadora do Grupo Enolagest, que já congrega mais de

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30 outras empresas a atuar no ciclo de investimento do setor imobiliário. Para o empresário, «só uma postura irrepreensível no mercado em relação aos clientes nos pode assegurar um capital de confiança essencial para fechar uma venda e concluir um contrato sem percalços». Considerando que a mediação tem um papel de extrema importância, pela sua capacidade de oferecer ao potencial cliente o produto mais vantajoso e que vá ao encontro das suas expectativas, Reinaldo Teixeira explica que «a criação da holding Enolagest é um projeto inédito em Portugal, ao aglutinar 35 empresas cuja filosofia assenta na prestação de serviços num clima de transparência, associado a uma profunda experiência que se traduz em laços de confiança com os seus clientes».

«Especializámo-nos no mercado algarvio, do qual temos um profundo conhecimento, e fazemos de todos os clientes, ao longo dos anos, verdadeiros amigos, que nos honram com a sua preferência». A maturidade, qualidade e profissionalismo das empresas do Grupo Enolagest proporcionam sinergias na prestação de consultoria e serviços a todo o parque imobiliário de investimento, mediação, compra, venda, construção, reabilitação, manutenção, reparação, decoração de interiores e de espaços exteriores, assim como na gestão de imóveis e na área de seguros ou ainda no aluguer e venda de viaturas. O grupo diversificou as suas atividades, entendendo-as agora às áreas da educação, da formação e da gestão de recursos humanos. Sediada em Vilamoura – um dos empreendimentos de referência da região – no concelho de Loulé, em pleno centro do Algarve, a Garvetur desde 1983 que, a par do setor imobiliário, presta serviços no alojamento de férias e turismo residencial. «Especializámo-nos no mercado algarvio, do qual temos um profundo conhecimento, e fazemos de todos os clientes, ao longo dos anos, verdadeiros amigos que nos honram com a sua preferência», enfatiza Reinaldo Teixeira.

Com lojas abertas na maioria das cidades algarvias, a Garvetur alargou as suas atividades ao arrendamento de habitações e, em 2012, expandiu a sua oferta a Lisboa, com a abertura de uma delegação na capital, investindo ainda numa rede de parceiros que abrange todo o país, de Norte a Sul, e diversificando também o tipo de propriedades: localizadas no litoral mas também em espaço rural ou citadino. Trata-se de uma rede que inclui ainda o Brasil, com ofertas de lazer ou de investimento. Se o Algarve é, em 2015, o mercado com maior potencial de valorização nos próximos meses, uma janela de oportunidades com condições vantajosas, em especial, no segmento da habitação, lojas e turismo residencial, é oferecida pela Garvetur aos seus clientes em todo o Portugal, através de uma vasta carteira de imóveis ou de terrenos que lhes permitirão concretizar os seus sonhos. Ou não fosse a mediação o serviço ideal para a concretização dos sonhos e das necessidades de lazer.



EMPRESAS

algarve

«Construímos relações fortes com os clientes» A Century 21 é uma marca global vibrante que integra a Century 21 Plaza - Tavira. É uma rede mundial com mais de 7000 agências em cerca de 73 países e mais de 130.000 agentes imobiliários. O Algarve tem grande diversidade e riqueza ambientais e aglomerados urbanos consolidados a partir de lugares há séculos enraizados na paisagem: um capricho do Mediterrâneo no espaço do Atlântico. A localização dá-lhe um clima ameno, com mais de 300 dias de sol no ano. Está acessível à maioria dos países da Europa, com voos de 2 a 3 horas até Faro, baratos, nas low cost. Tem acessos e infraestruturas de boa qualidade: hotéis, restaurantes e bares. É das regiões mais seguras e tranquilas na Europa e fica relativamente perto de Lisboa e Sevilha. Tem boas praias e é um dos melhores destinos de golfe, com 35 campos, alguns de excelência mundial. A este conjunto de recursos junta-se a hospitalidade das gentes e a língua inglesa que é fluentemente falada. O custo de vida é baixo. O mercado imobiliário no Algarve equilibra a oferta e a procura em função deste conjunto de recursos. É um mercado seguro, organizado para o turismo e para férias: em especial praia no verão e golfe no inverno. É um mercado equivalente a outros de prestígio (como o sul de França, Espanha ou Itália), com preços mais competitivos. É também reconhecida a qualidade da construção e o reduzido risco de desvalorização dos imóveis a médio e longo prazo. Comprar imóveis no Algarve (e no resto do país) é relativamente simples e os inter-

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venientes são profissionais nas suas áreas de ação: promotores, mediadores, notários, etc. Presentemente há facilidades de financiamento e boas condições por parte da banca, tanto nas taxas de juro como nos períodos de maturidade para pagar os compromissos. As entidades bancárias têm programas específicos de financiamento que contemplam as situações de residentes e de estrangeiros.

A CENTURY 21 PLAZA ESTÁ NO CENTRO HISTÓRICO DE TAVIRA, TEM O RAIO DE AÇÃO NO SOTAVENTO ALGARVIO, COM PARTICULAR INCIDÊNCIA NOS CONCELHOS DE TAVIRA, OLHÃO E VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO. A legislação imobiliária protege fiscalmente o comprador e os procedimentos são transparentes e simples. Há vantagens e beneficios, nomeadamente, o programa Visa Gold (Lei n.º 23/2007, de 4/7, art.º 90-A), que incentiva os estrangeiros não comunitários, assim como o regime para o residente não habitual (DL n.º 249/2009, de 23/9), que isenta ou reduz a tributação no IRS ou as pensões obtidas no estrangeiro para cidadãos oriundos de países da União Europeia. Destas condições resulta uma qualidade de vida tranquilida e segura, que põe o Algarve como uma das primeiras opções

para compra de residência permanente ou de férias. Tavira é uma das zonas que mais preserva as caraterísticas naturais. As fortes raizes históricas, os traços culturais, a beleza das paisagens e a calmaria das praias têm feito crescer a procura de imóveis de diversos tipos: apartamentos e pequenas moradias de férias junto à praia; moradias de luxo integradas em pequenas quintas ou em campos de golfe e resorts da região; terrenos para diversos fins. A Century 21 é uma marca global vibrante, que integra a Century 21 Plaza - Tavira. É uma rede mundial com mais de 7000 agências em cerca de 73 países e mais de 130.000 agentes imobiliários. Em Portugal iniciou a atividade em 2005, tem 80 agências e mais de 900 profissionais. Há 5 no Algarve e a perspetiva de abrirem mais em breve. «Somos uma equipa jovem, dinâmica, pautada pela ética e focada na prestação do melhor serviço. Esforçamo-nos, diariamente, por atender às necessidades dos clientes e ajudamo-los na compra, arrendamento e venda dos seus imóveis. Construímos com eles relações fortes porque conseguimos ir mais além. Isto explica a nossa liderança mundial. Localmente, e no médio e longo prazo, procuramos também essa liderança», destacou António Paixão, sócio gerente da Century21 Plaza Tavira.



EMPRESAS

algarve

A arte de crescer em plena crise IMOBILIÁRIA GOLDEN ALGARVE

A GOLDEN ALGARVE é uma marca registada pertencente à empresa GOLDEN PROPERTIES e nasceu em plena crise, no início de 2009, quando a maioria das empresas imobiliárias estavam a fechar portas.

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o entanto, Hugo Moreira e o seu sócio na altura, Gil Van Gelder, há longos anos a trabalhar neste ramo, tinham uma estratégia bem delineada e estavam decididos a fazer frente às dificuldades: «Se sobrevivêssemos nos anos de crise, quando a bonança voltasse certamente que estaríamos estabelecidos! Começámos a trabalhar em novos mercados, pois aqueles a que estávamos mais habituados estavam estagnados. A libra tinha um valor muito baixo e os irlandeses passavam por uma crise pior do que a nossa», relata Hugo Moreira à Lusitânia Contact. Uma grande aposta da GOLDEN ALGARVE foi também o mercado português, pois, como dizem estes empresários algarvios, «nem todos os portugueses estavam em crise». Tinha nascido o mercado das oportunidades, com preços abaixo do valor de mercado, e a GOLDEN ALGARVE começa a representar vários bancos, fundos imobiliários e leiloeiras no Algarve.

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e era também uma resposta (ou opção) para os clientes que compravam como investimento. Há menos tempo foi criado um novo departamento de arrendamentos de férias, de forma a oferecer mais uma opção aos seus clientes (neste caso proprietários). Com a introdução de novos mercados, surgiu, naturalmente, a necessidade de angariar também novos produtos, por isso a GOLDEN, com outra marca, neste caso a GOLDEN PROPERTIES (idêntica ao nome da empresa), subiu até à capital e a outros pontos do país: para se dedicar a uma realidade mais voltada para os grandes imóveis, prédios, hotéis e outro tipo de imóveis mais específicos. Em 2009 a GOLDEN ALGARVE tinha apenas três colaboradores, em 2015 já conta com dezanove: «Não pretendemos crescer mais em número de pessoas, mas continuar a crescer em volume de negócios». Hugo Moreira conclui, com convicção: «Seguramente que a empresa veio para ficar!»

«Não pretendemos crescer mais em número de pessoas mas continuar a crescer em volume de negócios». Em 2011 a GOLDEN ALGARVE passa a cobrir todo o Algarve e não apenas a zona de Vilamoura, Vale do Lobo e Quinta do Lago, onde tinha iniciado a atividade; foi alargada a equipa e o número de parceiros e de agentes no estrangeiro. Neste ano abre um novo departamento de arrendamentos anuais, pois a procura também tinha aumentado


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EMPRESAS

algarve à marca e tem posto a nossa credibilidade, com mais de 15 anos de experiência, ao serviço da mesma.

«Temos um plano de comunicação para projetos que vamos desenvolver em 2015, dando mais ênfase ao mercado internacional de forma a conseguirmos mais clientes oriundos de todo o mundo»

RICARDO CALIÇO, CEO DA BUYME PROPERTY

«A nossa implementação no mercado está acima das expectativas» Fundada em 2000, a Erainveste tem vindo a desenvolver a atividade de mediação imobiliária, especialmente no mercado imobiliário de Vilamoura e Quarteira. Após 20 anos de atividade, o seu crescimento contínuo e consolidado permitiu-lhe alcançar um lugar de destaque no negócio imobiliário algarvio. Em março, a empresa lançou a sua própria marca: a Buyme Property. A Lusitânia Contact conversou com Ricardo Caliço, que nos fez o ponto de situação da evolução deste novo projeto. Que balanço faz desde o início de atividade da empresa, em 2000? Faço um balanço muito positivo pois, felizmente, a minha empresa ainda está no mercado com mais entusiasmo do que quando iniciou a atividade. A Erainveste é uma empresa que tem vindo a crescer ao longo dos anos, tanto na produtividade como na rentabilidade e também na notoriedade no mercado. Tivemos alguns anos menos fáceis, pois a crise afetou todos os ramos de atividade, incluído o imobiliário. Nos anos da crise apostámos na consolidação da equipa e focámos o nosso trabalho no bom atendimento aos nossos clientes.

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LUSITÂNIA CONTACT

Em que ponto está a implementação do nome e da imagem da Buyme Property no mercado? Dentro do esperado ou aquém das expectativas? No dia 1 de março a Erainveste lançou a sua própria marca: a Buyme Property. Desde então considerámos que esta imagem era forte e verificámos que tem tido uma grande recetividade por parte dos clientes, que nos têm dado todo o seu apoio. Desde o início que esta marca foi pensada para ter uma vocação internacional de forma a entrarmos no mercado global. A implementação do nome Buyme Property está acima das nossas expectativas, pois temos uma equipa forte que tem dado valor

Quais os principais fatores que, na sua opinião, diferenciam a Buyme Property dos outros players do mercado? Na minha opinião, os principais fatores que a diferenciam são o facto de termos uma equipa coesa, unida, muito focada no trabalho personalizado com os clientes e nos resultados obtidos, assim como uma postura proactiva que se preocupa com as reais necessidades dos clientes. Queremos divulgar a marca internacionalmente para cativar e receber mais clientes. Somos cada vez mais procurados por franceses, ingleses, chineses, americanos e de outras nacionalidades. Que projetos para o futuro têm para o crescimento e a consolidação da Buyme Property? A pensar no futuro, temos uma forte componente de comunicação e marketing, diferenciando-nos dos outros pelas importantes parcerias internacionais que criámos. Estamos num momento de viragem, pelo que queremos mostrar o nosso valor no mercado e transmitirmos a ideia de que a nossa empresa é um bom local para se trabalhar. Temos um plano de comunicação para projetos que vamos desenvolver em 2015, dando mais ênfase ao mercado internacional de forma a conseguirmos mais clientes oriundos de todo o mundo. Que análise faz ao mercado imobiliário em Portugal? E no Algarve, em particular? O mercado imobiliário está a melhorar. Considero o nosso país atrativo para muitos estrangeiros, uma vez que é um dos mais seguros e hospitaleiros da Europa, oferece benefícios fiscais, não falando do clima, que para muitos é o principal fator para visitarem Portugal. Começamos a ver muitos casais entre 40 e 60 anos a procurar casa no Algarve, sendo esta uma forma de investir o seu dinheiro e de ganharem estabilidade. Os nossos clientes são maioritariamente este tipo de casais, principalmente estrangeiros, que procuram um local calmo para passar as suas férias e, no futuro, passar algum tempo da sua reforma com a família ou até mesmo residir de forma permanente.



EMPRESAS

algarve

INFRALOBO - EMPRESA DE INFRAESTRUTURAS DE VALE DO LOBO, E. M.

Trabalhar com elevados níveis de exigência EMPRESAS

Esta empresa algarvia opera num nicho de mercado muito específico, de grande valor acrescentado e elevados níveis de exigência (Vale do Lobo, Dunas Douradas e aldeamentos circundantes), onde a taxa de desemprego é praticamente nula. Tem atualmente cerca de 2256 clientes (domésticos e não domésticos) e uma área de atuação de 5 Km2.

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INFRALOBO é uma empresa municipal de capitais mistos e direito privado, detida em 51% pelo município de Loulé e em 49% pela Vale do Lobo, RTL, S.A., operando maioritariamente no setor dos denominados Serviços Públicos Essenciais (Abastecimento de água, Saneamento e Recolha de resíduos sólidos urbanos). É da responsabilidade da Câmara Municipal de Loulé, no que respeita ao mesmo concelho, a gestão do sistema de adução e distribuição de água doméstica, industrial, comercial e para rega, a gestão do sistema

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LUSITÂNIA CONTACT

de saneamento básico, a recolha de resíduos sólidos urbanos e a manutenção de infraestruturas, designadamente a construção e manutenção de redes viárias, espaços verdes, sistemas de drenagem de águas pluviais, rede de iluminação pública, estacionamentos públicos e limpeza de ruas, conforme resulta do disposto nas alíneas a), c) e l) do n.º 1 do art.º 13.º e dos artigos 16.º, 18.º e 26.º da Lei n.º 159/99, de 14 de setembro. A INFRALOBO - Empresa de Infraestruturas de Vale do Lobo, Lda. foi constituída em 22 de novembro de 1995, por escritura pública celebrada pelo notário privativo da Câmara Municipal de Loulé, sendo-lhe con-

feridas competências de gestão, conservação e manutenção, nomeadamente na área de distribuição e tratamento de águas, recolha e tratamento de efluentes domésticos e pluviais e serviços de limpeza e recolha de resíduos sólidos – competências para cujo exercício, aliás, foi expressamente constituída, conforme previsto nos seus estatutos. O capital social foi dividido em partes iguais entre os sócios: a Câmara Municipal de Loulé e a Empresa Turística de Vale do Lobo, Lda. A constituição da empresa foi publicada no Diário da Republica n.º 55 - III série, de 06/03/98. Em 18 de agosto de 1999 procedeu-se à atualização dos estatutos da INFRALOBO, para dar cumprimento ao D. L. n.º 58/98. Os novos estatutos foram publicados na III série do Diário da República n.º 37, em 14/02/2000, tendo então assumido a forma de empresa municipal e sendo o capital social repartido entre a Câmara Municipal de Loulé (51%) e a Empresa Turística de Vale do Lobo Lda. (49%). Em 17 de dezembro de 2008 procedeu-se a nova alteração dos estatutos para os adaptar à Lei n.º 53-F/2006, mantendo-se a estrutura acionista, tendo, no entanto, a empresa sido redenominada, passando a denominar-se Vale do Lobo Resort Turístico de Luxo, S.A., mantendo, no entanto, todos os direitos e obrigações. A INFRALOBO opera num nicho de mercado muito específico, de grande valor acrescentado e elevados níveis de exigência (Vale do Lobo, Dunas Douradas e aldeamentos circundantes), onde a taxa de desemprego é praticamente nula. Tem atualmente cerca de 2256 clientes (domésticos e não domésticos) e uma área de atuação de 5 Km2. O setor onde a empresa opera encontra-se regulado pela ERSAR (Entidade Reguladora do Setor da Água e dos Resíduos) para o cálculo dos tarifários e garantia de não abuso de posição concorrencial. A atividade está enquadrada no que se denomina como Serviços Públicos Essenciais (Lei n.º 23/96, de 26/07, alterada pela Lei n.º 12/2008, de 26/02, pela Lei n.º 24/2008, de 02/06, pela Lei n.º 6/2011, de 10/03, pela Lei n.º 44/2011, de 22/06, e pela Lei n.º 10/2013, de 28/01).


À data a empresa já apresenta um índice de 100% na cobertura do abastecimento de água, 100% no saneamento e 100% nos RSU (c/ 84% na recolha seletiva), com enquadramento nos objetivos estratégicos do PEAASAR e do PERSU.

Para além do enquadramento legal do setor, a empresa tem ainda de ter em atenção o enquadramento legal das empresas municipais (Lei n.º 50/2012, de 31/08, que revogou as Leis n.º 53-F/2006, de 29/12, e n.º 55/2011, de 15/11), do gestor público (D. L. n.º 71/2007, de 27/03) e das Finanças Locais (Lei n.º 73/2013, de 03/09). No que respeita às compras está enquadrada pelo Código dos Contratos Públicos (CCP), previsto no D. L. n.º 18/2008, de 29/01.

À data, a empresa já apresenta um índice de 100% na cobertura do abastecimento de água, 100% no saneamento e 100% nos RSU (c/ 84% na recolha seletiva), com enquadramento nos objetivos estratégicos do PEAASAR e PERSU. Num futuro próximo, a INFRALOBO, E.M. pretende implementar integralmente na sua área de intervenção o sistema de telemetria, como forma de melhorar o serviço prestado ao cliente mas também melhorar a eficiência na gestão deste recurso tão importante e escasso como é a água.

N.º 11

JUNHO 2015

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EMPRESAS

algarve

ASSOCIAÇÃO DE TURISMO DO ALGARVE

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LUSITÂNIA CONTACT

© C.M. Loulé

local. Nas ruelas até ao castelo «escondemabe qual é o segredo mais famoso da -se» os artesãos locais e o comércio de proEuropa? Há só uma resposta: o Algardutos regionais: o mel, a aguardente de meve. E qual a associação que melhor redronho e os bolinhos de amêndoa e de figo. presenta no exterior as entidades públicas e privadas do Algarve? Há, igualmente, só uma resposta: a Associação de Turismo do E a viagem continua Algarve (ATA). O objetivo da ATA é promover A Fonte da Benémola, em Querença, um e divulgar a região e seus produtos através sítio classificado, é de grande beleza e simde ações minuciosamente estudadas para os boliza a diversidade paisagística da região. mercados turísticos externos. Percorremos campos agrícolas e pomares até O clima ameno durante 365 dias, a costa chegarmos à ribeira da Fonte Menalva, cujas que abraça praias magnificentes banhadas águas têm poderes curativos e medicinais, pelo Atlântico das «descobertas», a multisegundo os habitantes. Seguindo pela galeria plicidade do alojamento, a movida noturna ripícola, somos surpreendidos por uma vae as ofertas diversificadas, algumas ligadas riada riqueza florística e faunística que vale à natureza do seu interior, fazem do Algarve a pena explorar. Outra localidade a visitar é um dos mais completos e variados destinos Alte, considerada por muitos a aldeia mais onde qualquer turista poderá sempre entípica do Algarve: aqui o tempo parece andar contrar um «segredo» por explorar. mais devagar, o que ajuda a explorar a riqueza Com as potencialidades descritas e muido local. tas mais ainda por explorar, cabe No litoral, o arrebatador e denà ATA a divulgação internacional so centro turístico de Quarteira AO CHEGAR da região e da marca Algarve. coexiste com a tradição piscatória AO ALGARVE Para ir ao encontro das neda cidade e a marina de VilamouSERÁ SEMPRE cessidades dos seus associados, ra, apenas a centenas de metros. RECEBIDO COM a ATA promove o Algarve junto Galardoada como a melhor MariUM SORRISO dos mercados que representam na Internacional 2015, até então CALOROSO E um elevado fluxo turístico para a mais premiada da Europa, tem ACOLHEDOR. a região (Reino Unido, Alemanha, requintados empreendimentos ESTA É UMA DAS Irlanda e Holanda), bem como nos turísticos, seis reputados campos RAZÕES QUE mercados emergentes onde cerde golfe e uma preciosa capaciO TORNAM UM tos produtos turísticos apresendade de alojamento de quatro e DOS DESTINOS tam uma crescente notoriedade: cinco estrelas. DE FÉRIAS MAIS Saúde e Bem-Estar, Desporto, FASCINANTES DA Não menos importantes são Turismo de Natureza e Turismo as sumptuosas estâncias de féEUROPA Cultural. rias e campos de golfe das praias A incansável ATA está presente em todas de Vale do Lobo e Quinta do Lago, bem como as feiras e workshops internacionais relaas intermináveis áreas naturais de pinhal, sapal e dunas incluídas no Parque Natural cionados com o setor, com o intuito de gerar da Ria Formosa, habitat de vida selvagem negócios e projetar mediaticamente o Algarque promove passeios de natureza e observe e os seus associados. vação de aves aquáticas. Se escolher Loulé, um dos 16 concelhos É por estas e por outras razões (que a da região, irá encontrar uma cidade interior própria razão desconhece) que este Algarve, debruçada para o mar, onde coabitam difeque nasce e renasce todos os dias iluminado rentes realidades e vivências, contribuindo pela luz do sol, alimentado pelo oxigénio da para uma oferta turística tão diversificada flora e acarinhado por todos os que por ele que demoraria a descrever. Na própria cidapassam, é uma região que transforma os de destaca-se o imponente Mercado Munisonhos em realidade e deixa em todos um cipal, de estilo neoárabe e fazendo parte da sentimento profundo difícil de descrever: a corrente artística Arte Nova, onde os fins de saudade. semana se enchem de cor e animação com a venda das melhores iguarias da produção Fonte: ATA


ESPECIAL FÉRIAS

Este Roteiro faz parte da edição n.º 11 da revista Lusitânia Contact e não pode ser vendido separadamente

reportagem

ESCRITÓRIO DE REPRESENTAÇÃO DA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS EM GENEBRA

A ponte entre dois países

Com a prioridade de prestar apoio e informação à comunidade portuguesa na Suíça, Isaura Rovisco aponta como «objetivo máximo assegurar a continuidade do serviço que se faz em Portugal», embora o escritório trabalhe também com clientes de outras nacionalidades que tenham interesses em terras lusas. Nuno Carvalho, Maria João Tomé, Isaura Rovisco e Felismina Júlio. Serviço esse que é «visto e reconhecido como uma om as portas abertas desde 23 de mais-valia para os clientes», uma vez que setembro de 1996, o Escritório de estes escritórios simplificam a vida de Representação da Caixa Geral de De- quem os procura. Em suma, «os escritórios pósitos (CGD) assume-se como o «ponto de representação da Caixa são uns facilitade contacto com Portugal», diz-nos Isaura dores», conclui a responsável. «Uma das nossas preocupações é capRovisco, a sua responsável, que recebeu a Lusitânia Contact para falar sobre os ser- tar e angariar para Portugal as gerações viços que prestam e as preocupações da de luso-descendentes». Embora seja cada vez mais difícil fazê-lo, devido aos laços instituição.

C

que se vão perdendo, este objectivo conta com o esforço por parte da Caixa. «O patrocínio de eventos específicos que atraiam este público mais jovem é a solução», diz-nos esta responsável. Isaura Rovisco está desde julho passado à frente deste escritório da CGD em Genebra, mas a sua experiência neste âmbito é mais alargada. Esteve, desde 2010, na Bélgica e conta-nos que, nos últimos anos, «o número de pessoas que ia à Caixa tanto para pedir ajuda pessoal como para tentar arranjar emprego, procurar “dicas” sobre como e onde se dirigir para tratar de assuntos consulares, administrativos e burocráticos foi enorme». O apoio à internacionalização das empresas é apontado como «uma das mais-valias dos escritórios de representação», isto porque muitas vezes as empresas portuguesas «não têm contactos ou não conhecem o funcionamento do mercado». Texto: Daniela Costa


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V ESPECIAL FÉRIAS

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VI CIÊNCIA NO DIA-A-DIA

formato A4

A geometria das folhas de papel de

Manuel Henrique Figueira manuelhenrique@netvisao.pt

N

o dia-a-dia usamos as folhas de papel de formato A4, soltas ou em blocos, tantas vezes que nem nos damos conta, trata-se, para nós, de actos banais. O A4 é um formato-padrão usado em todo o mundo, com as medidas de 21,0 cm x 29,7 cm, as quais, podendo parecer estranhas não são, pois obedecem a uma lógica perfeita, tendo sido estabelecidas recorrendo à ciência Matemática. O ponto de partida, o A0, foi definido com os lados na proporção de um para raiz de dois, limitando a área equivalente a um metro quadrado. Desta escolha resultou um formato A4 bastante prático para o uso nos escritórios e no dia-a-dia. Ao dobrar-se qualquer formato ao meio obtém-se sempre um formato de número superior (A0 = A1 + A1 / A4 = A5 + A5, etc.); a sua construção mantém sempre a mesma proporção entre os lados do papel e as dimensões são arredondadas ao milímetro. Se quisermos calcular o peso de uma resma de papel, este formato-padrão facilita-nos as contas. O peso (ou «gramagem», como dizem os profissionais do ramo gráfico) é referido ao metro quadrado. Usa-se muito no dia-a-dia, por exemplo, o papel de 80 gramas. O que quer dizer que uma folha A0 (com 1 m2) pesa, exactamente, 80 gramas. Como numa A0 existem 16 folhas A4, e uma resma tem 500 folhas A4, basta dividir 500 por 16 para se saber quantas folhas A0 tem uma resma: 31,25. Multiplicando 31,25 por 80, temos o peso de uma resma de papel de 80 gramas de «gramagem»: 2,5 Kg. Também podemos fazer as contas de outra maneira, se uma folha A0

pesa 80 gramas, dividindo 80 por 16 obtemos 5 gramas como peso de uma folha A4. Como uma resma tem 500 folhas, multiplicando por 5 gramas dá 2,5 kg. Este formato foi adotado em Portugal em 1954 quando ainda vigorava a norma DIN (Deutsches Institute für Normung e. V.), e formalizado na norma ISO 216 (International Organization for Standardization). Para além do A4, esta norma estabelece outros, desde o maior, o A0, até ao menor, o A10, este apenas com 2,6 cm x 3,7 cm. Os formatos foram Série A (padrão ISO216) série A

série B

série C

4A0

1682 × 2378

2A0

1189 × 1682

A0

841 × 1189

B0

1000 × 1414

C0

917 × 1297

A1

594 × 841

B1

707 × 1000

C1

648 × 917

A2

420 × 594

B2

500 × 707

C2

458 × 648

A3

297 × 420

B3

353 × 500

C3

324 × 458

A4

210 × 297

B4

250 × 353

C4

229 × 324

A5

148 × 210

B5

176 × 250

C5

162 × 229

A6

105 × 148

B6

125 × 176

C6

114 × 162

A7

74 × 105

B7

88 × 125

C7

81 × 114

A8

52 × 74

B8

62 × 88

C8

57 × 81

A9

37 × 52

B9

44 × 62

C9

40 × 57

A10

26 × 37

B10

31 × 44

C10

28 × 40

Tamanhos de papel das séries A, B e C em milímetros (padrão ISO216)

definidos de forma a manter sempre a mesma proporção entre os lados do papel. O sistema definido pela norma ISO 216, para além da série A (a do formato A4), contempla mais duas séries de formatos: a série B, que se destina a envelopes para conter documentos da série A; e a série C, que se destina a envelopes um pouco menores, que levam menor quantidade de documentos da série A, apenas algumas folhas, por causa da grossura. Se quisermos um envelope para enviar uma brochura A4 (uma espécie de pequeno livro), devemos escolher o B4 (25,0 cm x 35,3 cm); se quisermos um envelope para enviar poucas folhas A4, devemos escolher o C4 (22,9 cm x 32,4 cm). A ciência Matemática está ainda presente na definição das dimensões dos envelopes. O sistema B é definido a partir da média geométrica de dois formatos A consecutivos: por exemplo, o B4 é definido calculando-se a média geométrica das dimensões dos formatos A4 e A3. O sistema C é definido por um processo semelhante: por exemplo, o C4 é definido calculando-se a média geométrica das dimensões dos formatos A4 e B4. Apesar de este sistema normativo estar hoje adotado em quase todos os países do mundo, a sua evolução foi lenta ao longo dos séculos, tendo a primeira ideia de normalizar as dimensões do papel partido do professor alemão de Física Experimental, Georg Christoph Lichtenberg (1742-1799), que defendia a normalização por razões estéticas e práticas. Acabámos de verificar que, por razões práticas, são evidentes as vantagens da normalização. No entanto, o facto de os profissionais das artes gráficas não usarem normalmente estes formatos nos cartazes ou nos magazines, isso põe em causa as vantagens estéticas que Lichtenberg defendia. Acresce que os norte-americanos nunca abandonaram o seu formato letter, que mede 8 x 11 polegadas (mais ou menos 21,6 cm x 27,9 cm). Quando usamos uma folha A4 no nosso dia-a-dia não nos ocorre que a ciência – no caso a Matemática − esteja tão envolvida como, de facto, pudemos constatar neste texto.


VII ESPECIAL FÉRIAS

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VIII curiosidades do mundo

Porque razão...

...o céu é azul? O que nasceu primeiro: o ovo ou a galinha? Já todos ouvimos falar deste mistério sobre o que nasceu primeiro, se foi o ovo ou a galinha. E ficamos sempre a pensar qual será a verdadeira resposta. Neste artigo vamos explicar cientificamente o que nasceu primeiro. O início do processo de formação do ovo acontece nos ovários da galinha. Por esta simples razão os cientistas deduzem que a galinha tem de nascer primeiro do que o ovo, facto essencial para existir a formação deste. Este estudo, realizado nas universidades de Sheffield e Warwick, no Reino Unido, dá como provado que nos ovários da galinha tem de estar presente a proteína que faz desencadear todo o processo que permite a formação do ovo. Esta proteína, a ovocledidina (OC-17), serve de catalisador para o crescimento do cristalino, essencial à constituição da casca do ovo. Todos nós julgávamos que era o ovo que nascia primeiro, mas com este «simples» estudo concluímos cientificamente que tem de ser a galinha a nascer primeiro. Através de um supercomputador, o Hector – High-End Computing Terascale Resources, da Universidade de Edimburgo, foi possível realizar uma potente ampliação de todo o processo de crescimento da casca do ovo, revelando que a tal proteína é, de facto, a responsável por dar início a este processo. Estas provas são importantes, principalmente no desenvolvimento de materiais de características novas e diferentes. Muitas das descobertas realizadas nos dias de hoje são possíveis através da inspiração que a Mãe-Natureza nos dá, revelando soluções simples para a criação e desenvolvimento de novos materiais. Estamos, por isso, constantemente a aprender com a Natureza e a conhecer e desenvolver novos materiais cientifica e tecnologicamente mais avançados.

Muitos de nós já nos questionámos sobre a razão de vermos o céu azul. Vamos então explicar porque o vemos em tons de azul. De noite o céu é escuro. Nele vemos milhares de estrelas e a Lua no seu grande esplendor. Quando o dia começa a amanhecer toda essa escuridão desaparece, dando lugar a um céu predominantemente azul. Mas por que razão o céu é azul e não de outra cor? O principal motivo fica a dever-se às partículas que existem na atmosfera. A luz solar atravessa essas partículas, nomeadamente átomos de oxigénio e nitrogénio, passando através delas a cor azul em muito maior quantidade devido a um fenómeno chamado «espalhamento Rayleigh». Este fenómeno físico diz-nos que a luz se espalha quando atravessa partículas de tamanho igual a um décimo do comprimento de onda da luz.

Como chega a cor azul aos nossos olhos

A luz do Sol, que nos chega apenas cerca de 10%, é constituída por todas as cores mas as partículas presentes na atmosfera fazem que a cor azul seja a que é espalhada de forma mais eficaz, sendo as restantes cores espalhadas noutras direções.

...se escrevem os nomes próprios com a inicial em letra maiúscula?

Será que já alguém se questionou sobre a razão pela qual os nomes próprios começam todos com letra maiúscula? Vamos neste artigo descobrir a razão para que tal facto aconteça. A letra inicial, do latim initialis, initium, é o nome dado a uma letra decorativa, normalmente uma maiúscula, que é usada no início de um parágrafo ou capítulo. Serve para mostrar que o texto começa naquela zona, sendo ainda usada na paginação contemporânea. Em textos medievais uma inicial podia ocupar uma página completa! Há muitos anos, na antiguidade clássica, todas as palavras eram escritas em maiúsculas, inclusivamente, os nomes próprios. As letras minúsculas foram criadas com base na letra carolíngia, por volta do século VIII. Existiu a necessidade de criar um alfabeto em minúsculas devido à dificuldade que existia em ler e escrever palavras em maiúsculas. Na Baixa Idade Média (séculos X-XV), quando a escrita e a cultura se refugiaram nos mosteiros, os livros passaram a ser vistos como objetos artísticos que valiam não só pelo seu conteúdo mas também pelo seu aspeto físico. As palavras começaram a ser escritas em minúsculas mas o começo de algumas passou a escrever-se em maiúsculas. Em alemão, por exemplo, todos os substantivos receberam a primeira letra maiúscula e em português e outras línguas românicas apenas os nomes próprios receberam a primeira letra igualmente maiúscula. Estas regras datam do século XII, servindo a maiúscula para marcar o início de um capítulo ou parágrafo e ajudando a identificar nomes próprios de pessoas em alguns documentos. Por volta do século XV, na altura do Humanismo, o uso da letra maiúscula foi imposto para criar a diferença entre um nome próprio de um substantivo comum semelhante, por exemplo, para diferenciar o nome próprio Rosa do substantivo comum rosa (planta).


IX ESPECIAL FÉRIAS

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X RECANTO DO LAZER

Truques & astúcias

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Combater as estrias No copo da misturadora de cozinha faça um creme caseiro com os seguintes ingredientes: a polpa de meio abacate, uma colher de chá de azeite e a polpa de uma folha de cato aloé vera. Misture tudo muito bem até obter uma pasta homogénea e aplique-a sobre a zona a tratar, espalhando-o com movimentos circulares durante alguns minutos. Deixe atuar durante 20 minutos. Por fim, lave com água fria.

Aliviar a urticária Em caso de urticária provocada pelo contacto com urtigas, aplique sumo de limão ou azeite sobre a zona atingida.

Queimaduras solares Para aliviar e regenerar a pele que sofreu queimaduras solares, ponha rodelas de pepino ou de batata sobre a zona afetada.

Crescimento das unhas Para fortalecer e favorecer o crescimento das unhas, misture uma colher de sopa de polpa de aloé vera com três gotas de azeite até obter uma pasta homogénea. Aplique-a sobre as unhas com a ajuda de um pedaço de algodão.

Queimaduras solares ligeiras Para tratar queimaduras solares ligeiras, misture duas colheres de chá de polpa de aloé vera, duas colheres de chá de mel e duas gotas de essência de alfazema. Aplique a mistura sobre a zona a tratar.

«Pano branco» ou «micose da praia» (pitiríase versicolor) Para tratar esta infeção fúngica superficial, conhecida popularmente por «impingem», corte um pepino e ponha-o a macerar dentro de um frasco com um litro de álcool durante três dias. Aplique-o sobre as manchas. Manchas nas mãos São normalmente provocadas pela exposição solar ou devido à idade. Aplique todos os dias um pouco de gel de aloé vera nas mãos. Pode também misturar uma colher de chá de vinagre de cidra com uma colher de chá de creme hidratante. Aplique esta mistura massajando as mãos durante 10 a 15 minutos e deixe agir durante toda a noite.

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XI ESPECIAL FÉRIAS

SERVIÇOS


XII horóscopos

Previsões com o Tarot Cigano por Patrícia Bernardo Uma dúvida?

Consulte um tarólogo na wengo.pt rubrica «TAROT»

Carneiro (21/3 − 20/4) Carta 9 (A Chuva) Esta carta simboliza as alegrias sinceras e os sentimentos vividos com grande profundidade. Amor: Tente exprimir o que sente de uma forma clara e objetiva. Não deixe que terceiras pessoas interfiram na sua relação. Profissão: Boa altura para fazer as mudanças pelas quais aguardava há já algum tempo. Pondere bem todas as decisões. Saúde: Sem problemas de ordem maior.

Touro (21/4 − 20/5) Carta 4 (O Equilíbrio) Esta carta simboliza o equilíbrio e o bem-estar. Amor: Uma notícia vinda de um familiar distante irá causar-lhe felicidade. Aproveite para preparar o encontro familiar que tem vindo a adiar. Profissão: Semana ideal para definir estratégias. Alguns projetos poderão agora encontrar a resolução esperada. Aposte em si! Saúde: Tendência para dores na coluna.

Gémeos (21/5 − 20/6) Carta 3 (O Mar) Esta carta simboliza mudanças positivas, quer no aspeto material, quer no espiritual. Amor: A sua definição de amor pode não estar a ser a mais correta. Pare para pensar pois só assim poderá evitar algumas reações menos positivas. Profissão: Um colega de trabalho poderá necessitar dos seus conselhos durante esta semana. Não se iniba de ajudar, lembre-se que «uma mão lava a outra». Saúde: Tendência para alguma irritabilidade.

Caranguejo (21/6 – 21/7) Carta 1 (O Mensageiro) Esta carta simboliza a concretização de objetivos. Amor: Aproveite para dar largas à sua imaginação esta semana, se possível, faça um programa a dois de forma a fortalecer a relação. A sua companhia vai agradecer-lhe. Profissão: O seu lado racional irá valer-lhe bastante durante esta semana, pelo que se deve preparar para resolver algumas questões. A sua opinião será bem respeitada. Saúde: Tendência para dores de cabeça.

Leão (22/7 − 22/8) Carta 12 (As Alegrias) Esta carta simboliza o contentamento e a felicidade. Amor: Proteger quem se ama nem sempre é o mais correto, pois por vezes é necessário dizer o que não se quer ouvir. Tente encarar a realidade e evitar dizer sim a tudo. Profissão: Algumas dúvidas que têm persistido poderão ser resolvidas esta semana. Saúde: Sem problemas de ordem maior.

Virgem (23/8 − 22/9) Carta 11 (A Magia) Esta carta simboliza o poder da mente, a força e a energia criativa. Amor: Evite tomar decisões precipitadas, fale primeiro antes de agir impulsivamente. Errar é humano. Cuidado com os erros cometidos! Profissão: Quanto mais depressa mais devagar. Não queira fazer tudo ao mesmo tempo, senão as coisas não correrão bem. Saúde: Tendência para infeções.

PREVISÃO BIMESTRAL (Junho e Julho) Balança (23/9 − 22/10) Carta 13 (A Criança) Esta carta simboliza a criança que cada um traz dentro de si. Amor: A distância pode não ser a resolução para os problemas. Não adie o inadiável ou poderá sofrer as consequências. Sinceridade acima de tudo! Profissão: A sua cabeça terá tendência a desviar-se das responsabilidades, o que lhe poderá criar problemas. Aprenda a separar as águas. Saúde: Sem grandes problemas

Escorpião (23/10 − 21/11) Carta 26 (Os Livros) Esta carta simboliza a vontade de aprendizagem. Amor: Uma situação que considerava perdida vai agora ganhar nova esperança de uma solução favorável. Não alimente fantasmas na sua cabeça. Profissão: Empenhe-se nos projetos que tem vindo a adiar. Se tiver a cabeça ocupada tudo correrá melhor. Saúde: Tendência para estados depressivos.

Sagitário (22/11 − 21/12) Carta 36 (A Vitória) Esta carta simboliza o triunfo perante todas as situações. Amor: Aprenda a definir um caminho, a fase de insatisfação em que se encontra poderá conduzir a cometer alguns erros, dos quais se poderá arrepender mais tarde. Profissão: Embora seja bem aceite no seu local de trabalho, não deve tomar atitudes impulsivas. As pessoas não são de ferro. Cada coisa a seu tempo. Saúde: A melancolia marcará a sua semana.

Capricórnio (22/12 − 20/1) Carta 15 (As Falsidades) Esta carta simboliza o inimigo oculto, aquele que nos atrapalha. Amor: A relação com os seus familiares encontra-se numa boa fase, pelo que quererá programar encontros que lhe trarão grande satisfação. Profissão: Conseguirá dar resposta a tudo com êxito. A meio da semana uma novidade trará uma radiante felicidade. Saúde: Tendência para estados gripais.

Aquário (21/1 − 19/2) Carta 14 (As Armadilhas) Esta carta simboliza o engano, a mentira e a traição. Amor: Os seus conselhos serão de grande utilidade para o seu par. Esta semana vai querer estar na sua companhia por todo o lado. Profissão: A sua amabilidade para com quem está à sua volta será meio caminho andado para desfazer alguns atritos do passado. Acabará a semana em sintonia. Saúde: Tendência para dores na coluna.

Peixes (20/2 − 20/3) Carta 16 (A Sorte) Esta carta simboliza o ser humano perfeito, o equilíbrio espiritual. Amor: As pessoas que estão à sua volta poderão reclamar a sua atenção, explique o porquê da sua distância: elas entenderão. Profissão: Estará muito empenhado em tudo o que lhe é pedido, faça intervalos para evitar o desgaste. Saúde: Tendência para o desgaste físico.


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XIV anedotas Investigações científicas demonstraram que o humor e o riso são excelentes para a saúde. Rir entre 10 e 20 minutos por dia reforça o sistema imunitário e elimina o stresse.

O SUPREMO PRAZER DO INFORMÁTICO Um informático está numa ilha deserta há 10 anos, depois de um naufrágio. Certo dia avista um ponto brilhante no horizonte e começa a segui-lo com o olhar. «Não é um navio», pensa. E o ponto aproxima-se: «Nem sequer é uma barcaça». E o vulto estava cada vez mais perto: «Também não é uma jangada» E eis que das águas emerge uma loiraça, equipada com um fato de mergulho. Dirige-se a ele e pergunta-lhe: – Há quanto tempo não fumas um cigarro? – Há 10 anos! Ela abre um bolso interior do seu fato impermeável e dá-lhe um cigarro. – Meu Deus, que bem que isto me está a saber! – E há quanto tempo não bebes um whisky? – Há pelo menos 10 anos, responde-lhe o rapaz, ainda atarantado. Então, ela abre outro bolso interior, tira uma garrafinha de whisky e dá-lhe! Ele bebe tudo de um trago, ainda descrente do que lhe estava a acontecer, mas radiante. A seguir, a loiraça começa a baixar o fecho principal do fato e pergunta-lhe: – E há quanto tempo é que não te divertes a sério? Ele começa a entrar em êxtase e grita, louco de felicidade: – Tu não me digas que tens aí um portátil?

FUTEBOL NO CÉU Dois grandes amigos, o Joaquim e o Manuel, eram completamente fanáticos por futebol. Certa vez o Joaquim perguntou ao Manuel: – Olha lá, Manuel, será que no céu também há futebol? – Espero quem sim! Olha, se concordares vamos fazer o seguinte, o primeiro que morrer volta para avisar o outro. – Combinado, respondeu o Joaquim. Alguns anos depois, o Joaquim bateu as botas e, passados alguns dias, apareceu no quarto do Manuel. – Manuel, Manuel! – Ai meu Deus, ai meu Deus, começa o Manuel a gritar! – Não te assustes, sou eu, o Joaquim. Venho dar-te a notícia de que há futebol no céu, como tínhamos combinado. – Mas isso é uma boa notícia, Joaquim. – Pois é, mas olha que eu também te trago uma má notícia, Manuel. – E qual é a má notícia, então. – É que no próximo domingo já podemos assistir de novo juntos a um jogo! O QUE DIZEMOS E O QUE OS OUTROS PODEM ENTENDER Uma distinta e bela senhora viajava num avião da Suíça para Portugal, ao lado de um simpático padre, com ar bonacheirão e já entradote na idade, com quem estabeleceu amena conversa. Às tantas perguntou-lhe: − Desculpe-me, senhor padre, posso pedir-lhe um favor? − Claro, minha filha, faça favor. − Encontrei uma máquina depiladora sofisticadíssima e não resisti a comprá-la. Mas ultrapassei os limites da declaração de compras e estou preocupada com a Alfândega. Será que o senhor me poderia ajudar a passá-la na Alfândega, escondendo-a debaixo da sua batina? − Claro que posso, minha filha, mas certamente que também saberá que eu não poderei mentir, é pecado! − O senhor tem um rosto que

inspira tanta confiança, padre, que estou certa de que não lhe farão nenhuma pergunta. E entregou-lhe a depiladora. O avião chegou a seu destino e, quando o padre chegou à Alfândega, o agente da polícia pergunta-lhe: − Então, senhor padre, tem algo a declarar? Ao que este respondeu prontamente: − Do alto da minha cabeça até a faixa na minha cintura não tenho nada a declarar, meu filho. Achando a resposta estranha, o agente da Alfândega perguntou-lhe: − Sim, então e da cintura para baixo? − Bem, da cintura para baixo tenho um aparelho maravilhoso, para uso doméstico, em especial para as mulheres, mas que nunca foi usado. Soltando uma sonora gargalhada, o fiscal exclamou: − Pode passar, senhor padre! Venha o próximo passageiro.

A CAIXA DE CORREIO DA LOIRA Num domingo, pela manhã, um homem cortava a relva calmamente quando a sua vizinha, loiraça, caminhou até à caixa de correio, abriu-a, fechou-a com força e voltou furiosa para casa. O homem lá continuou a aparar a relva quando, de novo a loiraça voltou. Ela caminhou a bufar até à caixa de correio, abriu, fechou, deu um soco na caixa e voltou para casa com cara de furiosa. Poucos minutos passaram quando aparece novamente. Com o andar impaciente, abre a caixa de correio, bate na caixa, grita e volta para casa a resmungar. O homem, já bastante curioso com a situação, pergunta-lhe: – Há algum problema, vizinha? Ao que ela responde: – Um problema é pouco! Aquele safado do meu computador não para de me mostrar um aviso a dizer-me que a minha caixa de correio está cheia! Como vê, chego aqui e nada.

Enviem as vossas anedotas e vamos todos rir!

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u k o d Su Em cada uma das 9 subdivisões quadradas da grade inteira (cada área de 3 células x 3 células) devem aparecer os números de 1 a 9, um número em cada célula (ou seja, sem repetição). Em cada linha e em cada coluna, agora considerando-se a grade inteira, também devem aparecer os números de 1 a 9, um em cada célula (também sem repetição).



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FOI NOTÍCIA LUSOFONIA EM PORTUGAL NEWS CINEMA PORTUGUÊS PERDE UMA DAS SUAS MAIORES REFERÊNCIAS

Faleceu o «imortal» Manoel de Oliveira

O

Presidente da República, Cavaco Silva, marcou presença no Porto, onde decorreram as cerimónias fúnebres do realizador Manoel de Oliveira, que morreu no passado dia 2 de abril. No local também estiveram o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e muitos admiradores do realizador português para um adeus ao «mestre». O ator norte-americano John Malkovich foi outra das personalidades que se deslocou ao Porto para as cerimónias presididas pelo bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos. Na homilia que fez durante a cerimónia fúnebre, que decorreu na igreja de Cristo Rei,

no Porto, o bispo auxiliar, D. Pio Alves, considerou que este «era o filme que, na sua longa vida, Manoel de Oliveira não tinha pressa de rodar».

Portugal vai conhecer melhor a obra de Manoel de Oliveira

Vários filmes de Manoel de Oliveira estão a reaparecer nas salas. A notícia da sua morte levou muitas vozes a proclamar que os seus filmes sempre foram «pouco vistos». Mesmo não esquecendo o simplismo de tal generalização, que omite o considerável impacto de alguns títulos nas salas (incluindo Non ou a Vã Glória

de Mandar, de 1990), bem como os sucessos em DVD, o certo é que algumas interessantes iniciativas estão a procurar contrariar as formas de desconhecimento que, obviamente, continuam a existir em relação ao trabalho de Oliveira. Entre os títulos que estão a passar nas salas é inevitável destacar o reaparecimento de Ato da primavera (1963) e A Caça (1964). Desde logo, porque se tinham tornado raridades, sobrevivendo em cópias antigas e degradadas; depois, porque serão exibidos em versões restauradas pela Cinemateca Portuguesa depois reconvertidas para suporte digital.

PORTUGAL REGISTA NÚMEROS INÉDITOS

Urgências, cirurgias e consultas aumentaram em 2014 O número de cirurgias realizadas em hospitais públicos aumentou em 2014, atingindo um total de 557.339, mas os episódios de urgência também aumentaram, com cerca de 60.400 casos a mais do que no ano anterior, segundo dados oficiais. De acordo com os dados da atividade assistencial do ano de 2014, da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), pode concluir-se que, de uma maneira geral, a «atividade do SNS [Serviço Nacional

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de Saúde] mantém níveis de crescimento», atingindo um «valor inédito» nas cirurgias programadas. O número de cirurgias programadas em 2014 foi 557.339, sendo equivalente a um aumento de 1% ou a mais 6.603 cirurgias realizadas do que no ano anterior, revela a ACSS, especificando que, do total de intervenções cirúrgicas, 57,4% foram realizadas em ambulatório (em 2013 tinham sido 55,8%).


foi notícia na suíça

Crédito Agrícola inaugura Escritório de Representação na Suíça

Foto: Rita Castro, Licinio Pina, Renato Feitor e Ana Teixeira

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oi no passado dia 13 de abril que o grupo bancário português Crédito Agrícola (CA) inaugurou o terceiro Escritório de Representação fora de Portugal. Os clientes desta instituição poderão, a partir de agora, encontrar em Genebra o apoio necessário.

Este novo espaço vem concretizar a máxima do CA que é: «onde quer que vá, estamos ao seu lado», conta à Lusitânia Contact a responsável pelo escritório, Rita Castro. Este serviço do CA terá como missão «prestar apoio aos clientes no estrangeiro, facilitar o contacto com as agências do CA

Professores «desamparados» manifestam-se na Suíça

N

Texto: Daniela Costa

o mês de março os professores de Língua e Cultura Portuguesas na Suíça manifestaram-se em Genebra e Zurique. Como funcionários do Estado Português, ganham «menos de metade do salário dos professores suíços na mesma posição na carreira», explica a professora Anabela Morgado, uma das manifestantes. «Devido à crise em Portugal, os nossos salários têm vindo a ser reduzidos como foram os de tantos outros funcionários públicos. Nós temos a agravante da recente equiparação do franco ao euro», diz Anabela Morgado. O fim da taxa de câmbio fixa, em que um euro valia, no mínimo, 1,20 francos suíços, provocou uma redução de cerca de 20% nos salários destes funcionários do Estado Português na Suíça, o que ocorreu já nos vencimentos de fevereiro e março. «Já anteriormente era complicado, porque

viver na Suiça não é barato, mas com esta descida abrupta do salário os professores ficaram numa situação muito complicada», desabafa esta professora, que admite ainda que, para muitos colegas, a solução passará por deixar de exercer a profissão na Suíça. Foram enviadas cartas e uma petição, apoiada por alunos e encarregados de educação, para várias entidades em ambos os países. Os professores estão a «jogar em várias direções», pois sentem-se «desamparados» como se sente um «guerreiro abandonado no campo de batalha», remata Anabela Morgado. O Governo está a estudar a situção e, se não houver uma resposta rapidamente, os professores admitem encetar outras formas de luta. O ensino da Língua e da Cultura portuguesas na Suíça abrange 10.000 alunos e 85 professores, números avançados pelo sindicato UNIA.

em Portugal, potenciar o aproveitamento de oportunidades comerciais para os seus clientes e proporcionar informação sobre os investimentos no nosso país», pode ler-se num comunicado feito pelo grupo, aquando da inauguração. Rita Castro salientou a capacidade deste escritório para «dinamizar e desenvolver a relação com a Comunidade Portuguesa, com os clientes na Suíça, quer sejam particulares ou empresas, promovendo ainda a dimensão do CA e a modernidade do grupo». Em representação do grupo CA em Portugal estiveram presentes na inauguração o Presidente do Conselho de Administração Executivo, Licínio Pina, e o Administrador que tem o Pelouro do Negócio Internacional, Renato Feitor. O Embaixador português, Paulo Tiago Jerónimo da Silva, assim como o Cônsul-Geral de Portugal em Genebra, Miguel Calheiros Veloso, não faltaram à cerimónia, que foi animada por Mariana Correia, grande nome do fado, há muito radicada em Genebra, e seus músicos.

O país mais feliz do mundo é a Suíça Portugal está mais infeliz do que há três anos, a Grécia muito mais triste, a Nicarágua muito mais feliz, mas o país mais feliz do mundo é a Suíça. As conclusões são Relatório Mundial da Felicidade, que mostra os suíços como o povo mais satisfeito do mundo, seguidos, de perto, pelos islandeses, dinamarqueses, noruegueses e canadianos. O relatório, que foi editado pela primeira vez em 2012 a propósito da conferência das Nações Unidas sobre o tema, visa medir a felicidade de forma a influenciar as políticas públicas. E mostra que a riqueza (PIB) do país é importante mas está longe de ser o único fator. Os investigadores consideraram outros fatores, como o apoio social, a expectativa de uma vida saudável, a liberdade de escolha, a generosidade ou a perceção de corrupção. Portugal aparece na 88.ª posição no ranking da felicidade, imediatamente atrás da Sérvia, Roménia, Zâmbia, China, Montenegro, Jordânia e Paquistão, todos com um PIB per capita inferior, por exemplo. Na escala da felicidade e satisfação com a vida que levam, de 0 a 10, os portugueses ficam-se pelos 5,102 - menos 0,304 do que no relatório anterior, quando ocupava o 73.º lugar. Aliás, Portugal aparece como o país mais infeliz da Europa Ocidental.

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LUSOFONIA NEWS

Pobreza infantil de família portuguesa choca Parlamento do Luxemburgo

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eputados do Parlamento luxemburguês querem esclarecimentos da ministra da Família. O caso foi revelado pela televisão alemã ZDF. Trata-se de uma família portuguesa em dificuldades, e a televisão alemã ZDF fez uma reportagem sobre pobreza infantil no Luxemburgo, o que levou dois deputados socialistas a questionar o Governo no Parlamento luxemburguês. A reportagem, emitida no início de abril e partilhada também nas redes sociais, mostra uma mãe portuguesa com três filhos a viver num apartamento insalubre, apenas com um quarto para os quatro, um caso que os deputados socialistas consideram um exemplo da situação «das famílias monoparentais e do problema de alojamento». Segundo o canal de televisão ZDF, uma das crianças sofre de alergias respiratórias, um problema que é agravado pelas infiltrações e

bolores que cobrem as paredes do apartamento, situado na capital luxemburguesa, pelo qual a imigrante portuguesa paga 850 euros por mês. A situação agravou-se depois de esta imigrante ter ficado desempregada, o que a obrigou a recorrer aos supermercados sociais para poder alimentar a família. No âmbito parlamentar, os deputados socialistas Franz Fayot e Taina Bofferding citam um estudo da Câmara dos Assalariados que indica que em 2013 cerca de 46 por cento das famílias monoparentais viviam abaixo do limiar de pobreza, uma taxa que aumentou 19 por cento desde 1996 e que é superior à média da UE15 (32 por cento) nos 15 países que formavam a União Europeia até 2004. In DN

Emigrantes no Canadá processam Governo por discriminação Cerca de 150 emigrantes que trabalham da construção civil, na maioria portugueses, iniciaram, no final de novembro de 2014, um processo contra o Governo de Otava, província de Ontário, por acharem que são discriminados no processo de obtenção de residência. «Iniciámos o processo judicial a 26 de novembro de 2014 contra o Governo em Otava, porque ele está a dar prioridade aos emigrantes provenientes de Inglaterra, Irlanda e França, principalmente de Inglaterra e da Irlanda. Está assim a impossibilitar que os trabalhadores nas áreas da construção, da restauração e da mecânica, provenientes de Portugal, Itália e Polónia, possam ficar no Canadá com a residência permanente», afirmou Richard Boraks,

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advogado especializado em assuntos de imigração, em declarações à agência Lusa. Emigrantes provenientes de Itália, Portugal e Polónia têm laborado no Canadá com vistos de trabalho há pelo menos dois anos. Segundo o programa Federal Skilled Trades (FST), para se tornarem residentes permanentes têm de passar num teste linguístico de inglês bastante exigente. «Eles estão a dizer que não querem saber o dinheiro que tens, nem se és bom trabalhador ou não, nem há quanto tempo estás a trabalhar no Canadá, primeiro tens de passar no exame linguístico. A lei não diz isso, mas é o que o Governo está a fazer», justificou. In Mundoportugues.org

Tiago Rodrigues – Um campeão em Toronto Tiago Rodrigues tem 29 anos e há dois deixou a Póvoa de Varzim, rumo a Toronto, no Canadá, em busca de melhores condições de vida. Durante 13 anos foi praticante de atletismo ao mais alto nível, tendo-se sagrado campeão nacional e envergado as camisolas do Porto e do Sporting. Em 2012, fustigado por lesões, abandonou o atletismo e decidiu tentar a sorte noutro país. No Canadá exerce a profissão de taper, isto é, emassa (empasta) as paredes deixando-as prontas e lixadas para o pintor. Tudo o que está relacionado com fissuras, pregos e esquinas é resolvido pelo taper, cabendo-lhe a responsabilidade de deixar tudo pronto para ser pintado. In Lusoamericano.com


LUSOFONIA NEWS QUEM O DIZ É DIÁRIO NORTE-AMERICANO USA TODAY

Números relativos a 2014

30 mil portugueses rumaram ao Reino Unido ESTES DADOS SIGNIFICAM 1% A MAIS DO QUE NO ANO ANTERIOR, CONFIRMANDO UMA TENDÊNCIA DE ESTABILIZAÇÃO, REVELAM NÚMEROS OFICIAIS SOBRE AS INSCRIÇÕES NA SEGURANÇA SOCIAL BRITÂNICA. O boletim estatístico do Ministério do Trabalho britânico indica que, no ano passado, se inscreveram na Segurança Social 30.055 portugueses, mais 1% do que em 2013, que foram 30.012. Este ligeiro acréscimo contrasta com o considerável aumento de 47% observado nos 12 meses anteriores: em 2012 tinham-se registado apenas 20.044 portugueses, inscrição que é obrigatória para quem queira trabalhar no Reino Unido pela primeira vez. A tendência de estabilização já se tinha observado no boletim trimestral divulgado em novembro, que indicava que nos 12 meses entre setembros, de 2013 e 2014, tinham feito a inscrição 28.046 portugueses, apenas 0,77% menos do que os 28.263 registados no mesmo período de 2012 a 2013. Portugal desceu no ranking dos países com maior número de novos inscritos na Segurança Social britânica, da 5.ª para a 7.ª posição, devido às subidas acentuadas de imigrantes romenos e búlgaros, cujas restrições para trabalharem no Reino Unido terminaram em janeiro do ano passado. In jornalasnoticias.co.uk/noticias

Portugueses entre os mais criativos no Instagram O jornal inglês The Huffington Post elaborou uma lista com as dez contas mais criativas do Instagram: cinco delas são publicadas a partir de Portugal. Quatro são de portugueses e uma é de u m cidadão brasileiro a residir no Porto, de nome Wandson. A seleção que o jornal inglês levou a cabo foi feita em colaboração com a Huntgram, uma aplicação que funciona como uma espécie de curadoria do Instagram, e que foi lançada em novembro do ano passado depois de dois argentinos, Lucas Warat e Agustin Gotlib, terem viajado por mais de 50 países para conhecer os autores das contas mais originais do Instagram. In bomdia.lu

Portugal está a agitar o mundo dos vinhos nos EUA

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omeça assim o extenso artigo do USA Today sobre os vinhos portugueses, intitulado «Portugal está a abanar o mundo dos vinhos». Logo a seguir, explica que vinhos da região do Douro conquistaram três dos quatro primeiros lugares no ranking dos 100 melhores vinhos de 2014, da revista especializada Wine Spectator, incluindo o primeiro lugar, conquistado pelo Dow’s 2011 Vintage Port, do grupo Symington. O jornalista do USA Today escreve que, apesar de o Douro continuar a ser mais conhecido pelos seus Portos, os vinhos de

mesa da região «também estão a gerar agitação no mundo dos vinhos». Em terceiro lugar na lista da Wine Spectator está o vinho tinto Chryseia, também produzido pela família Symington, em colaboração com o enólogo francês Bruno Prats. Em quarto lugar está outro tinto (produzido) mais acima do rio Douro: o Quinta do Vale Meão 2011, descrito pela Wine Spectator como «um exuberante, sedutor tinto, preenchido por uma variedade de frutos escuros», descreve Paul Ames. In: mundoportugues.org

Trabalhadores da construção explorados no Luxemburgo O sindicato luxemburguês LCGB denunciou situações de exploração de portugueses recrutados por empresas de construção em Portugal, para trabalhar no Luxemburgo, em alguns casos durante sete dias por semana e com salários muito abaixo do mínimo luxemburguês. «Há situações catastróficas. As pessoas vêm com contratos negociados em Portugal que não respeitam a legislação luxemburguesa, e quando pedimos informação dizem que descontam o alojamento, o material, tudo», alertou o secretário sindical Paul de Araújo, do LCGB, durante uma conferência de informação para imigrantes recém-chegados organizada pelo Centro de Apoio Social e Associativo (CASA). Em alguns casos, os trabalhadores «são abandonados no Luxemburgo, porque os

salários não são pagos, e as pessoas ficam sem dinheiro nem meios financeiros para ficar ou voltar», frisou o sindicalista. Em causa estão «pequenas empresas de construção portuguesas» que aliciam os trabalhadores com salários «ligeiramente acima do mínimo em Portugal», em alguns casos de 600 euros, disse à Lusa Liliana Bento, responsável pelo sector da construção no LCGB. «Eles chegam aqui, nunca estiveram no Luxemburgo, ficam alojados em quartos por cima de cafés e, depois, há um chefe que os vai buscar de manhã e os leva de volta ao final do dia. Os salários são pagos numa conta em Portugal e alguns não têm sequer dinheiro de bolso», explicou a secretária sindical. In: DN

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LUSOFONIA NEWS

COMUNIDADE BEM-SUCEDIDA É UM FATOR DE RISCO

Portugueses são o alvo principal dos sequestradores na Venezuela O responsável pelo departamento de combate aos sequestros da Polícia Criminal explica a «preferência» dos criminosos pelo facto de ser uma comunidade bem-sucedida.

A

comunidade portuguesa na Venezuela, na ordem de um milhão de pessoas, é a mais atingida pelo flagelo dos sequestros, disse à agência Lusa o responsável pelo departamento de combate aos sequestros da Polícia Criminal, Anixo Sequeira. As razões apontadas para esta «preferência» dos criminosos prendem-se, essencialmente, com o facto de ser uma comunidade bem-sucedida. Anixo não foge à questão: «a maioria dos portugueses são comerciantes, lidam com muito dinheiro». Mas a outra razão é menos

lisonjeira, é que os portugueses, normalmente, não fazem queixa e pagam resgates e isso alimenta o interesse dos criminosos. Um dos casos emblemáticos de sequestros envolvendo a comunidade portuguesa ocorreu em 2012, quando um português esteve desaparecido quase um ano: «Dos Santos esteve 11 meses escondido num ”bunker”, debaixo do chão, sem ver o sol». Dos Santos foi sequestrado numa estação de gasolina, a família pediu a ajuda da polícia que conseguiu encontrá-lo e que deteve os sequestradores sem necessidade de resgate. In DN

EM CAUSA A GARANTIA DA REFORMA A TRABALHADORES ALEMÃES

Alemanha vai precisar de meio milhão de imigrantes por ano Um estudo alemão calcula que, sem imigração, o número de pessoas com idade para trabalhar registe até 2050 uma baixa de 36%. A economia alemã vai precisar de mais de meio milhão de imigrantes por ano para satisfazer as necessidades de mão de obra, de acordo com um estudo do Instituto do Mercado Laboral pedido pela Fundação Bertelsmann. Os números da imigração devem atingir

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anualmente 533 mil pessoas, para que sejam colmatadas as necessidades provocadas pela reforma dos trabalhadores alemães nascidos nas décadas de 1950 e 1960. Em 2014 a Alemanha aproximou-se do número pretendido, pois recebeu 470 mil pessoas, mas nos últimos 60 anos a média anual de imigrantes não ultrapassou 200 mil anuais. O estudo alemão calcula que, sem imigração, o número de pessoas com idade para

trabalhar registe até 2050 uma baixa de 36 por cento, o que significa um decréscimo de 29 milhões de pessoas dos 45 milhões que se encontram no ativo atualmente. As necessidades de mão de obra, segundo a mesma fonte, não se podem resolver apenas com o aumento do número de mulheres no mercado de trabalho nem sequer com o aumento da idade da reforma. In DN


Le Sud du Portugal

Portugal Circuit 1 semaine « Fly & Drive » Du 01 mai au 30 septembre 2015

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SEP Voyages vous propose un circuit de 7 nuits pour découvrir le Sud du Portugal. Ce circuit permet de découvrir différentes villes et d’apprécier le meilleur que le pays a pour vous offrir. Il démarre à Lisbonne, passant par Evora, Faro, Sagres, Setubal pour enfin revenir à Lisbonne. Une expérience inoubliable en termes de gastronomie, culture et plages magnifiques. Laissez-vous séduire par les charmes du pays! Hôtels proposés: Pousada de Lois à Evora (1 nuit) Pousada Palacio de Estoi à Faro (2 nuits) Pousada de Sagres (2 nuits) Pousada de São Filipe à Setubal (1 nuit) Hôtel Mundial 4* à Lisbonne (1 nuit)

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saÚDE saÚDE Perturbação da Personalidade Perturbação da

Personalidade

Rigor que gera o caos

Rigor que gera o caos

Perfecionistas, minuciosos e facilmente irritáveis. São alguns dos traços de quem tem perturbação da personalidade obsessivo-compulsiva. Um quadro clínico que, no limite, pode levar ao despedimento e ao divórcio

teste saúde 107 fevereiro/março 2014

Perfecionistas, minuciosos e facilmente irritáveis. São alguns dos traços de quem tem perturbação da personalidade obsessivo-compulsiva. Um quadro clínico que, no limite, pode levar ao despedimento e ao divórcio

teste saúde 107 fevereiro/março 2014

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Todos somos diferentes. Há pessoas teimosas, submissas, rabugentas ou alegres, há quem seja muito organizado e quem viva no meio da desorganização. São traços que definem a personalidade de cada um. No entanto, quando algumas das características pessoais geram problemas na interação com outras pessoas, ao nível emocional e na forma de lidar com o dia-a-dia, de modo regular e durante um período de tempo muito alargado, é provável que se esteja perante uma perturbação de personalidade. As perturbações de personalidade são uma resposta à incapacidade de adaptação ao stresse social, sendo diagnosticadas no início da idade adulta. Em comum as diferentes perturbações de personalidade têm o

Todos somos diferentes. Há pessoas teimosas, submissas, rabugentas ou alegres, há quem seja muito organizado e quem viva no meio da desorganização. São traços que definem a personalidade de cada um. No entanto, quando algumas das características pessoais geram problemas na interação com outras pessoas, ao nível emocional e na forma de lidar com o dia-a-dia, de modo regular e durante um período de tempo muito alargado, é provável que se esteja perante uma perturbação de personalidade. As perturbações de personalidade são uma resposta à incapacidade de adaptação ao stresse social, sendo diagnosticadas no início da idade adulta. Em comum as diferentes perturbações de personalidade têm o LUSITÂNIA CONTACT

Quem sofre de perturbação obsessiva-compulsiva da personalidade não reconhece os sintomas

Quem sofre de perturbação obsessiva-compulsiva da personalidade não reconhece os sintomas

facto de apresentarem sintomas duradouros que assumem um papel fulcral em grande parte, senão em todos, os campos da vida do doente. Por norma, mantêm-se ao longo do tempo e, para fazer o diagnóstico, o médico prestará atenção a diversos critérios: sintomas constantes e persistentes que não sejam resultado do uso de drogas ou álcool ou de outra desordem psíquica, e que se tenham manifestado ainda na adolescência ou início da idade adulta, controlo dos impulsos, funcionamento interpessoal, e modo de lidar com as emoções. “Como a nossa personalidade está em constante desenvolvimento, só é possível diagnosticar qualquer perturbação da personalidade no início da idade adulta. Antes

facto de apresentarem sintomas duradouros que assumem um papel fulcral em grande parte, senão em todos, os campos da vida do doente. Por norma, mantêm-se ao longo do tempo e, para fazer o diagnóstico, o médico prestará atenção a diversos critérios: sintomas constantes e persistentes que não sejam resultado do uso de drogas ou álcool ou de outra desordem psíquica, e que se tenham manifestado ainda na adolescência ou início da idade adulta, controlo dos impulsos, funcionamento interpessoal, e modo de lidar com as emoções. “Como a nossa personalidade está em constante desenvolvimento, só é possível diagnosticar qualquer perturbação da personalidade no início da idade adulta. Antes

disso, podemos falar de características, como a tendência para ser obsessivo, mas não podemos dizer que determinada criança ou adolescente tem uma perturbação da personalidade, porque ainda está em desenvolvimento”, esclarece Susana Oliveira, psicóloga do Hospital Júlio de Matos, no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa. À partida, quem sofre de uma perturbação de personalidade gera fortes reações em quem o rodeia. Contudo, para o paciente, são as pessoas que o rodeiam e as circunstâncias externas as responsáveis pelos seus problemas. Assim, em vez de tentar mudar, tenta mudar quem o rodeia. É quem o rodeia que deteta que algo está mal e acaba por conduzir a pessoa a uma primeira consulta.

disso, podemos falar de características, como a tendência para ser obsessivo, mas não podemos dizer que determinada criança ou adolescente tem uma perturbação da personalidade, porque ainda está em desenvolvimento”, esclarece Susana Oliveira, psicóloga do Hospital Júlio de Matos, no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa. À partida, quem sofre de uma perturbação de personalidade gera fortes reações em quem o rodeia. Contudo, para o paciente, são as pessoas que o rodeiam e as circunstâncias externas as responsáveis pelos seus problemas. Assim, em vez de tentar mudar, tenta mudar quem o rodeia. É quem o rodeia que deteta que algo está mal e acaba por conduzir a pessoa a uma primeira consulta.


São os ao trabalho e grande dificuldade trabalho e grande dificuldade São os e aoem atuar fora de um conjunto rígifamiliares atuar fora de um conjunto rígifamiliares e em do de regras rígidas, estabelecidas amigos os de regras rígidas, estabelecidas amigos os dopelo própriopaciente. paciente. próprio primeirosa a pelo primeiros contráriododoque queacontece acontece ■ ■ AoAo contrário detetar detetarque que nanaperturbação perturbaçãoobsessiva-comobsessiva-comalgo está mal. Perfeccionismo como (POC), no caso da perturalgo está mal. pulsiva Perfeccionismo como pulsiva (POC), no caso da perturdoença Devem levar bação da personalidade, quem doença bação dacondição personalidade, quem Devem levar sofre ■ Os resultados de um inquérito desta não aceita a a pessoa publicado na TESTE em ■ Os resultados deSAÚDE, um inquérito ideia de padecer de um problema sofre desta condição não aceita a a pessoa a procurar 2008, indicavam uma percentaNopadecer entanto, também nespublicado na TESTE SAÚDE, em ajuda médica mental. ideia de de um problema a procurar te caso, o perfeccionismo extremo gem de 38% dos inquiridos que 2008,ter indicavam umaObsessipercentamental. No necessidade entanto, também nessugeria Perturbação a absoluta de conajuda médica etrolo gem de 38% da dosPersonalidade inquiridos que va-Compulsiva te caso, o perfeccionismo extremo de que sofrem estas pessoas (OCPD). estes podem levar anecessidade comportamentos sugeriaAterconfirmar-se, Perturbação Obsessie a absoluta de condados podem indicar que esta é ritualizados. Mas, ao contrário do va-Compulsiva da Personalidade trolo de que sofrem estas pessoas uma perturbação algo comum em que acontece na perturbação ob(OCPD). A confirmar-se, estes podem levar a comportamentos Portugal. sessiva compulsiva, quando é um ■ Esta condição caracteriza-se dados podem indicar que por esta é desvio da personalidade que está ritualizados. Mas, ao contrário do uma diminuição na capacidade deem em causa, os comportamentos uma perturbação algo comum que acontece na perturbação obexteriorizar emoções “positivas”, repetitivos – que também podem Portugal. sessiva–compulsiva, quando é um como demonstrações de afeto, níocorrer não são resposta a uma Esta condição caracteriza-se veis■de perfeccionismo que impe-por desvio daApesar personalidade queimestá obsessão. de não ser dem o paciente de ter perspe- de possível, a sobreposição da POC uma diminuição nauma capacidade em causa, os comportamentos tiva global de um problema ou de e da OCPD é rara. “Sabemos que exteriorizar emoções “positivas”, repetitivos – que também podem uma situação, devoção excessiva 50 a 80% dos doentes com POC como demonstrações de afeto, níocorrer – não são resposta a uma veis de perfeccionismo que impeobsessão. Apesar de não ser imdem o paciente de ter uma perspepossível, a sobreposição da POC Fique a conhecer tiva global de um problema ou de e da OCPD é rara. “Sabemos que OitO cRitéRiOs de diagnósticO 50 a 80% dos doentes com POC uma situação, devoção excessiva Quando não há um diagnóstico

não têm uma personalidade pré-

Quando não há um diagnóstico precoce, a tendência é que o estaprecoce, a tendência é que o estado se agrave, com as consequentes do se agrave, com as consequentes implicações vida pessoal e laimplicações na na vida pessoal e laboral do indivíduo. boral do indivíduo.

não têm uma personalidade pré-mórbida obsessiva-compulsiva, -mórbida obsessiva-compulsiva, e a maioria dos doentes com esta e a maioria dos doentes com esta perturbaçãode depersonalidade personalidadenão não perturbação temPOC” POC” dizSusana SusanaOliveira. Oliveira. tem , ,diz ■■As As pessoas pessoas que que sofrem sofrem deste deste tipo de perturbação podem, detipo de perturbação podem, devido ao seu caráter metódico e vido ao seu caráter metódico exigente, alcançar algum sucessoe profissional. Contudo, relaexigente, alcançar algumas sucesso ções familiares, bem como com profissional. Contudo, as relaamigos, tendem a sofrer alguma ções familiares, como com pressão, devido bem à combinação amigos, tendem a sofrer alguma do distanciamento emocional e comportamento que pressão, devidocontrolador à combinação muitas vezes marcam a atitude do distanciamento emocional e destes pacientes. “Há determinacomportamento que das profissões quecontrolador valorizam pessoas muito meticulosas, muitas vezes marcam rigorosas, a atitude atentas detalhe.“Há Determinadas destes ao pacientes. determinaáreas como a financeira, ou tradas profissões que valorizam pesbalhos muito técnicos e minuciosoas muito meticulosas, rigorosas, sos beneficiam com este tipo de pessoas” afirma Susana Oliveira. atentas ,ao detalhe. Determinadas Contudo, quando a condição se áreas como a financeira, ou traagrava, são as características antebalhos muito técnicosque e minucioriormente valorizadas geram problemas. O facto se agarrasos beneficiam comdeeste tipo de rem aos pormenores e despendepessoas” , afirma Susana Oliveira. rem demasiado tempo leva à não Contudo, quando a condição se conclusão ou ao adiamento das agrava, Um são as características antetarefas. comportamento explicado pelovalorizadas medo de não perriormente queser geram feito na realização da tarefa. problemas. O facto de se agarra■ Os sintomas são difíceis de rerem aos pormenores e despendeconhecer e muito heterogéneos, orem quedemasiado constitui tempo um verdadeiro leva à não desafio paraou a família e os amigos conclusão ao adiamento das destes pacientes. A mesma pestarefas. Um comportamento exsoa que, no escritório, é extremaplicadoorganizada, pelo medo de não ter ser permente pode um comportamento caótico em casa, feito na realização da tarefa. se esta for uma esfera da sua vida ■ Os sintomas são difíceis de reque considera menos importante. conhecer e muito heterogéneos, Além do mais, qualquer indivíduo pode apresentar dos traços o que constituialguns um verdadeiro de caráter típicos desta desafio para a família e osperturamigos bação. Um profissional de saúde destes pacientes. A mesma poderá diagnosticar OCPDpesna soa que, no extremapresença de escritório, quatro ouémais das características específicas mente organizada, pode(ver ter caium xa). O diagnóstico só é feito quancomportamento caótico em casa, do estes traços de personalidade se estaem for conflito uma esfera daa sua entram com vidavida social, e laboral da pessoa, quefamiliar considera menos importante. quando Além do influenciam mais, qualquernegativaindivíduo

na presença de quatro ou mais destes oito critérios, pode ser diagnosticada a OcPd.

´ Fique a conhecer ´ OitO cRitéRiOs de diagnósticO ´ na presença de quatro ou mais destes oito critérios, pode ser diagnosticada a OcPd. ´´ ´´ ´ ´´ ´´

Preocupação com detalhes, regras, listas, organização, perdendo a noção dos objetivos. Perfeccionismo que impede a execução de tarefas.

Excessiva devoção ao trabalho, com exclusão das atividades de lazer e relações interpessoais.

Preocupação com detalhes, regras, listas, orgaInflexibilidade nos assuntos de ética, moralidade ou valores. nização, perdendo a noção dos objetivos.

Incapacidade de deitar fora pertences usados, Perfeccionismo que impede a execução de mesmo sem valor sentimental.

tarefas.

Relutância em delegar tarefas e trabalhar com outros, a não ser que se submetam à sua vontade.

Excessiva devoção ao trabalho, com exclusão das atividades deestilo lazeravarento: e relaçõesointerpessoais. Adoção de um dinheiro é ne-

cessário para enfrentar eventuais catástrofes.

Inflexibilidade nos assuntos de ética, moralidade ou valores. Exibição de rigidez e teimosia.

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Deverá ser um médico a diagnosticar a OCPD

Incapacidade de deitar fora pertences usados, mesmo sem valor sentimental.

Relutância em delegar tarefas e trabalhar com outros, a não ser que se submetam à sua vontade. Adoção de um estilo avarento: o dinheiro é necessário para enfrentar eventuais catástrofes. Exibição de rigidez e teimosia.

Deverá ser um médico a diagnosticar a OCPD

> pode apresentar alguns dos traços de caráter típicos desta perturbação. Um profissional de saúde poderá diagnosticar OCPD na presença de quatro ou mais das características específicas (ver caixa). O diagnóstico só é feito quando estes traços de personalidade entram em conflito com a vida social, familiar e laboral da pessoa, quando influenciam negativa-

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teste saúde 107 fevereiro/março 2014teste saúde 107 fevereiro/março 2014

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saÚDE saÚDE Perturbação da Personalidade

> ENTREVISTA

é fundamental ter apoio Susana Oliveira, psicóloga, alerta para a importância da família junto dos doentes com OCPD

teste saúde 107 fevereiro/março 2014

Que tratamento é feito no hospital Júlio de Matos? Primeiro, trabalhamos o insight (consciencialização). Estas pessoas não têm a noção de que são as características da sua personalidade que as prejudicam e promovem a doença – a depressão, a ansiedade, o que seja... Temos de as ajudar a perceber que as suas queixas têm por base a sua forma de pensar e de se comportar perante as situações. Depois temos de as ajudar a diminuir a produtividade, a aumentar a capacidade de sentir prazer, já que são pessoas que não têm atividades de lazer, por acharem que são uma perda de tempo e por não conseguirem usufruir delas. Há também que ajudá-las a lidar com as emoções, que é algo que evitam, a diminuir a obsessividade. Isto é feito através de estratégias distratoras, ajudando a pessoa a desafiar os pensamentos que tem e a ter pensamentos mais realistas, que a ajudem a diminuir a ansiedade que as obsessões geram. E trabalhamos a indecisão e a construção das crenças.

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é a perturbação que gera a depressão? Muitas das vezes. Uma pessoa que deixa de conseguir cumprir os objetivos ou que é repreendido, começa a deprimir porque, por um lado, é perfecionista e quer cumprir as tarefas, por outro, não o consegue fazer. São pessoas que não estão descontraídas, estão sempre em tensão muscular. Por vezes, dependendo da exigência da tarefa, a ansiedade pode levá-las a desenvolver perturbações de

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susana Oliveira Psicóloga, hospital Júlio de Matos, centro hospitalar Psiquiátrico de lisboa

pânico e ansiedade generalizada, que interferem no desempenho da função. a família é incluída na terapia? Se o meio familiar já estiver muito disfuncional, claro que sim. Temos um serviço especializado em terapia familiar. Numa primeira fase, é importante haver um tratamento individual para ajudar o doente e só quando este está mais disponível é que envolvemos a família. Qual a duração do tratamento? Depende da pessoa, do apoio que tem em casa, se tem um quadro familiar ou não e da forma como adere ao tratamento. Por norma aderem pouco. São processos muito demorados. Em média não se trata uma perturbação da personalidade num período inferior a um ano. Mas há pessoas que precisam de dois ou três anos, depende dos casos.

mente o quotidiano do indivíduo. ■ Falámos com um paciente diagnosticado com OCPD, cujo caso ilustra bem o quotidiano de alguém que padece deste tipo de perturbação. Nascido no final dos anos 40, em Lisboa, este paciente (que pediu anonimato), teve uma infância e adolescência complicadas. Emigrou, regressou a Portugal e passou por vários empregos. Foram a depressão e as sucessivas crises de pânico que o levaram a procurar ajuda médica. Contudo, só depois de consultar vários psiquiatras foi feito o diagnóstico de OCPD e, só um ano depois de iniciado o tratamento, o paciente admite ter começado a notar algumas mudanças. ■ A viver sozinho, dorme pouco, acorda cedo e deita-se tarde, e ocupa todo o dia com várias atividades que encara como verdadeiros “trabalhos”. Escreve, ouve música, intervém socialmente. “Nunca estou parado”, assume. Organizado e metódico, admite que estas características lhe causaram problemas no passado: “Gosto de tudo muito organizado e a maioria das criaturas está a borrifar-se para isso. Evidentemente, essas situações criavam conflitos entre mim e elas, que eu não sabia resolver.”

Risco de subdiagnóstico ■ O facto de não haver um autorreconhecimento do problema leva a que, em muitos casos, pessoas com esta perturbação não procurem ajuda profissional. Além do mais, em alguns casos, a perturbação pode ocorrer em simultâneo com casos de depressão grave, o que dificulta o diagnóstico. Assim, ainda é difícil traçar o mapa da população que é afetada pela OCPD. ■ Normalmente, o doente acredita que não tem problema algum e, consequentemente, não necessita de tratamento. Assim, o mais comum é chegar ao consultório para tratar outros problemas como ansiedade.


saÚDE

e energia e um tratamento mais prolongado. ■ Nem sempre é uma relação fácil. “Não reagem bem ao que é novo. Se fizermos determinadas sugestões terapêuticas quando ainda não estão preparados, não as irão seguir”, diz Susana Oliveira.

a família é importante

Por trás da aparente confiança, um paciente de OCPD esconde altos níveis de insegurança

são. Por baixo da capa tirânica de um paciente com OCPD esconde-se a necessidade de segurança e de controlo. A existência de uma rede de suporte familiar pode fazer a diferença. “Se a pessoa estiver muito isolada, o nosso trabalho acaba por ser dificultado”, admite a psicóloga Susana Oliveira.

falta o apoio

■ Viver com uma pessoa com este tipo de perturbação da personalidade não é fácil, já que família e amigos tendem a sentir-se controlados e, por vezes, tiranizados. Tanto o paciente como a família necessitam de apoio e compreen-

■ Atualmente, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não está preparado para lidar com a OCPD. Os tempos médios para uma consulta da especialidade de psicoterapia são elevados. De acordo com o nosso estudo publicado na edição de junho/julho de 2013 da TESTE SAÚDE, a espera por uma consulta no SNS ronda um mês. Também a frequência dos tratamentos não é a desejável, com 70% dos casos a referirem uma consulta mensal (ou menos) como a prática corrente no SNS, quando a periodicidade deveria ser semanal.

conheça as diFerenças

QuandO Os teRMOs cOnfundeM a perturbação da personalidade obsessivo-compulsiva e a perturbação obsessivo-compulsiva não são a mesma coisa.

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TESTE SAÚDE ACONSELHA

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como ajudar quem sofre de OcPd

Embora os termos sejam frequentemente confundidos, a Perturbação Obsessivo Compulsiva (POC) e a Perturbação da Personalidade Obsessivo-Compulsiva (OCPD) são duas situações distintas. Quem sofre de POC tende a ter pensamentos obsessivos e cria rituais elaborados, de forma a conseguir atenuar os níveis de ansiedade. Por exemplo, fechar a porta de um armário um número certo de vezes seguidas. Este tipo de pacientes tem consciência de que tanto os seus pensamentos involuntários como os rituais que criam saem fora da norma e sofrem com isso.

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Quem sofre de OCPD tem a convicção de que a sua forma de pensamento e atuação estão corretas. Por norma, são pessoas muito inflexíveis, teimosas, extremamente organizadas, meticulosas e com altos níveis de exigência. Na forma leve ou moderada desta perturbação, o paciente revela-se um excelente profissional, sobretudo em tarefas que impliquem atenção e minúcia. Com o agravar da situação, poderão surgir problemas ao nível laboral, já que a tendência para o conflito, o excesso de perfecionismo, a atenção ao detalhe e a dúvida constantes levam a que os objetivos finais não sejam considerados e que as tarefas deixem de ser concluídas.

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Os indíviduos com OCPD não sofrem com a sua condição, já que não a reconhecem. Com a progressão da perturbação, tendem a aparecer casos de depressão, ansiedade, dores de cabeça ou tensão muscular. São estes sintomas que levam a pessoa a procurar ajuda. Sendo uma alteração de personalidade, quanto mais tarde for feito o diagnóstico, mais difícil se torna a terapia.

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Quando a família sente que o doente apresenta sinais da perturbação e é problemático, deve ajudá-lo a procurar ajuda. Não tanto evocando os seus traços de personalidade, mas pelas queixas específicas, como depressão ou dores de cabeça.

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Envolva-a em atividades de lazer, ajude-a a relaxar e a tirar prazer da atividade.

Já com o tratamento em curso, e num processo negociado com o doente e o terapeuta, não convém reforçar comportamentos “doentes”. Ao valorizar em demasia um comportamento, por exemplo, a necessidade de ordem, estará a reforçá-lo.

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Aceite que o tratamento é um processo gradual, que evolui de acordo com o ritmo de cada doente.

teste saúde 107 fevereiro/março 2014

■ Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais eficaz se torna o tratamento. Por regra, a psicoterapia é o tratamento mais eficaz. Em alguns casos, poderá haver também recurso a medicamentos, de forma a lidar melhor com a ansiedade e depressão que, por vezes, lhe estão associadas. Para a OCPD, não existe terapia farmacológica. Como as pessoas com esta condição são, por norma, avessas ao conflito, a OCPD está entre as perturbações da personalidade mais facilmente tratáveis. Mas é um tipo de paciente que vai exigir do terapeuta mais trabalho

DecoProtest

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OPINIÃO OS PASSOS EM VOLTA

44 O PRESO

Joaquim Vieira Ensaista mailtovieira@gmail.com

A

onda de choque começou perto da meia-noite no aeroporto da Portela, estendeu-se depois aos meios bem informados da capital, em forma de rumor ensurdecedor, e, por fim, obtida a confirmação, atingiu todo o país como um terramoto ainda nessa mesma madrugada: o anterior primeiro-ministro português, José Sócrates, tinha sido detido à saída do avião, ao regressar de uma viagem a Paris. As suspeitas que desde logo se anunciou impenderem sobre ele não eram coisa de pouca monta: corrupção, branqueamento de capitais e evasão fiscal. A detenção de um ex-chefe do governo sob tais acusações, algo nunca visto em Portugal, foi um golpe profundo não só para a imagem do próprio perante os seus compatriotas como para a autoestima de um país que confiou nele em duas eleições consecutivas (na primeira das quais dando-lhe quase metade dos sufrágios). Não espanta, por isso, que o encarceramento do ex-líder do PS (entretanto remetido como preso preventivo à cadeia de Évora, onde lhe foi atribuído o número 44) tenha disputado com a falência do Banco Espírito Santo o título de acontecimento nacional mais importante do último ano para os órgãos de informação (com as sensibilidades mais à direita a escolherem a captura de Sócrates e as de esquerda a preferirem o tremendo colapso de uma das mais importantes casas portuguesas de crédito). Desde a noturna receção policial, o tema tem, naturalmente, vindo a ocupar o centro das discussões públicas em Portugal, seja nos debates televisivos, nos artigos de opinião ou até mesmo nas conversas pessoais. O que porém se verificou durante muito tempo é que a discussão não incidiu sobre o essencial, isto é, sobre a autenticidade dos factos que terão levado à abertura do processo de investigação a Sócrates, mas sobre o circunstancial: as condições da sua detenção. Os seus adeptos políticos, que não desmobilizaram após a derrota por ele sofrida em 2011, suscitaram temas como a necessidade de colocar o antigo líder socialista atrás das grades, o respeito pelo princípio da

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presunção da inocência, a suposta violação do segredo de justiça, o julgamento que estaria a ser feito na praça pública, a falta de acesso do suspeito à matéria do processo, o ato de prender para investigar em vez de investigar para prender e até as encomendas de livros que o detido pode ou não receber na cadeia (segundo um regulamento aprovado, aliás, pelo seu próprio governo). Isto apesar de as condições em que Sócrates tem estado a ser investigado não diferirem das que, em Portugal, rodeiam muitos outros suspeitos detidos, sejam eles celebridades ou não. Toda a gente acabou, assim, por se envolver na discussão destes tópicos e ninguém pareceu muito preocupado com a eventual circunstância de Sócrates, no exercício do múnus governativo, ter acumulado uma fortuna de 23 milhões de euros que colocou a recato num banco suíço (depois transferidos para Portugal ao abrigo de uma amnistia fiscal decretada por um dos seus executivos, isentando-o de 35 % de imposto sobre o total da quantia, sem perguntas das autoridades acerca da origem do dinheiro). Na minha ingenuidade, achava eu que estas alegações, sendo ou não verdade, é que deviam ocupar o espírito dos Portugueses e

levá-los a exigir um esclarecimento cabal e inequívoco. Mas não. Para os amigos de Sócrates (e, sobretudo, para os socialistas em peso) não tem sido tão importante saber se, enquanto primeiro-ministro, ele recebeu ou não verbas ilícitas, mas apenas se consegue ou não escapar à investigação judicial – uma ideia que acabou por se tornar dominante. É certo que, ao fim de seis meses de detenção, e depois de sucessivas derrotas dos seus recursos por decisões unânimes em tribunais superiores, o ambiente começa a mudar um pouco e todos parecem preparar-se já para enfrentar uma terrível realidade que vai traumatizar este país mais do que se pensa. Mas deixou-me muito apreensivo que isso não tivesse acontecido mais cedo. É que, enquanto pensarmos naqueles termos iniciais, significa que a corrupção não é preocupação primeira, tendo por isso espaço para continuar a florescer em Portugal. Nota da direção: No n.º 9 da revista, o Postal de Lisboa, intitulado «A cidade submersa», na página 29, saiu sem a fotografia do autor e os seus dados pessoais. Lamentamos o sucedido e pedimos desculpas ao nosso estimado colaborador Joaquim Vieira.


AURORA

FÉRIAS

Tempo para si, para os outros e para Deus

O tempo das férias deve proporcionar um período de encontro connosco, com os outros e com Deus. Tempo para ler, meditar, ouvir música, encontrar os amigos, passear, divagar e para melhor recuperar as energias gastas durante o ano.

Com as novas tecnologias, particularmente a internet e o telemóvel, estamos em contínua comunicação virtual ou real. Até o nosso repouso noturno pode ser interrompido ou perturbado a qualquer momento pelo telemóvel.

P.e Miguel Dalla Vecchia Missionário Scalabriniano miguel.dv@scalabrini.net

U

m atleta necessita de muito treino, trabalho e dedicação para alcançar os seus objetivos e vencer as competições em que participa. Cada um de nós também necessita de muito esforço para enfrentar as atividades quotidianas. Não nos podemos contentar com o mínimo ou com o insignificante esforço aparente, pois nunca chegaremos às conquistas ambicionadas. Com a chegada das novas tecnologias de produção e de comunicação, temos a impressão de que nos foi concedido mais tempo para o repouso e o lazer. Na realidade, o trabalho e o esforço físico diminuíram, mas as atividades intelectuais aumentaram, pois estamos sempre ligados aos mais modernos meios de comunicação, os quais estão sempre presentes nas nossas vidas onde quer que estejamos.

POR VEZES A COISA MAIS URGENTE E IMPORTANTE A FAZER É DESCANSAR, É DAR TEMPO AO NOSSO CORPO, À NOSSA MENTE, AO NOSSO SER PARA MELHOR PODERMOS RECOMEÇAR. NECESSITAMOS TAMBÉM DO LAZER, DAS FÉRIAS, PARA QUE POSSAM CONTRIBUIR PARA A NOSSA RENOVAÇÃO FÍSICA, MENTAL, EMOCIONAL E ESPIRITUAL. Apesar de tudo isto, ainda há quem saiba administrar a vida pessoal e profissional. Porém, tudo se amalgamou de tal forma que até as nossas residências se transformaram em locais de trabalho, de estudo e de lazer. Deus fez o mundo em seis dias e no sétimo repousou. Também nós necessitamos de repouso, de encontro, de tempo para refletir, para rezar e retomar forças para que a nossa vida seja menos agitada e mais vivida na sua plenitude. Sim, Deus descansou, abençoou o sétimo dia e santificou-o. Santificar significa «reservar para Deus», para si próprio. Pelo fato de descansar, abençoar e santificar o sétimo dia, Deus adverte-nos

para o fato de o homem, elevando consigo as demais criaturas, se dever voltar para Deus: onde tudo encontra repouso e fim. E nós, como vivemos o sétimo dia, ou seja, o Domingo, o dia em que relembramos a ressurreição do Senhor? Portanto, aproveitemos o tempo das férias para encontrar o autor da vida, da criação, do tempo e do espaço, para que o nosso tempo seja pleno de harmonia e de mais humanidade. Desejo-vos a todos vós, repousantes, merecidas e tranquilas férias com o Senhor da vida.

Horários da missão católica de língua portuguesa de Genebra ATENDIMENTO NA SECRETARIA: Terça a sexta: das 15h00 às 18h30 Sábados: das 9h00 às 11h30 MISSAS: Sábados, às 19h00 Domingos às 9h30, às 11h00 e às 18h00 Terça a sexta às 19h00 (na capela) HORÁRIOS DAS CELEBRAÇÕES DURANTE O VERÃO:

A partir do domingo, dia 14 de junho, e até o final de agosto, as missas serão celebradas no seguinte horário: Sábados: às 19h00 Domingos: às 10h00 e às 18h00 Av. de Sainte Clotilde, 14 bis 1205 - GENÈVE Tel. 022 70 80 190

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ECONOMIA VALE A PENA FICAR POR DENTRO DE UM IMPOSTO QUE NOS PESA MUITO NO BOLSO

O IMI explicado aos emigrantes Quadro 1

O QUE É O IMI? O Imposto Municipal sobre Imóveis, criado em 2003 pelo Decreto-Lei n.º 287, substituiu a Contribuição Autárquica. É um valor que ( Por Índice os proprietários de prédios urbanos (e rústicos) pagam anualmente. A receita recolhida é repartida por três entidades: Governo, 5%; 2 TAXAS câmaras municipais, 94%; juntas de freguesia, 1%. Manuel Henrique Figueira manuelhenrique@netvisao.pt

Este artigo visa informar os nossos compatriotas emigrados sobre um imposto muito pesado financeiramente, que incide sobre casas (e terrenos) que quase todos terão nas respectivas terras natais. E indicar os distritos (e câmaras) onde ele é mais baixo para se comprar casa para habitação ou rendimento.

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0 ,3 0 0 0 ,3 2 0

COMO É CALCULADO O IMI? 0 ,3 2 5 Multiplica-se a taxa aprovada anualmente 0 ,3 3 0 0 ,3 3 5 em cada município pelo VPT de cada casa. 0 ,3 4 0 O VPT é calculado pela Autoridade Tributária 0 ,3 5 0 (AT) – a que as pessoas ainda chamam Fi0 ,3 5 5 nanças – tendo em conta vários factores: lo0 ,3 6 0 calização, área útil, área não construída (nas 0 ,3 7 0 moradias), se tem garagem, piscina, rede de 0 ,3 7 5 saneamento, água, electricidade, gás, etc. 0O,3 8 0 0 ,3 8 6 VPT é normalmente inferior ao valor comer0 ,3 9 0 cial das casas, podendo ser superior se estas se desvalorizarem em épocas de crise.0A,3 9 5 0 ,4 0 0 taxa dos prédios rústicos é igual em todo o 0 ,4 1 5 país: apenas 1%. 0 ,4 3 0 0 ,4 4 0

Quadro 1

IMI DE 2 0 1 4QUADRO 1 ( A pagar em 2 0 1 5 ) IMI DE 2 0 1 4 = Prédios avaliados pelo CIMI= ( A pagar em 2 0 1 5 ) 1 TAXAS DAS=3Prédios 0 8 CÂMARAS avaliados pelo CIMI= / Frequência / Percent agens / Classes de TAXAS DAS 3 0 8 CÂMARAS 1 t axas) ( Por Índice / Frequência / Percent agens / Classes de t axas) % EM N.º DE % POR CLASSES RELAÇÃO CÂMARA % EM DE TAXA ÀS 08 N.º 3DE S % POR CLASSES RELAÇÃO TAXAS 2 CÂMARAS CÂMARA DE TAXA ÀS 3 0 8 S 137 4 4 ,4 8 % 4 4 ,4 8 % CÂMARAS 0 ,37 0 0 0 ,32 2 0 0 ,33 2 5 0 ,31 3 0 0 ,35 3 5 2 84 0 0 ,3 0 ,31 5 0 0 ,35 5 5 0 ,34 6 0 1 07 0 0 ,3 0 ,38 7 5 0 ,31 8 0 0 ,33 8 6 0 ,33 9 0 4 69 5 0 ,3 0 ,41 0 0 0 ,41 1 5 0 ,41 3 0

2 1,2377% 0 ,675 % 0 ,928 % 0 ,332 % 1 ,612 % 9 ,150 % 0 ,3 2 82 % 1 ,612 % 1 ,350 % 3 ,245 % 2 ,6 1 00 % 0 ,382 % 0 ,918 % 0 ,938 %

1 4 ,9 3 4% 0 ,3 4 62 % 0 ,312 % 0 ,312 %

4 4 ,4 8 %

4 4 ,4 8 %

2 ,2 7 % 4 ,9 4 % 0 ,6 51 % 0 ,9 8 % 0 ,3 2 % 1 ,6 2 % 9 ,1 0 %

1 4 ,9 4 %

0 ,3 2 % 1 ,6 2 % 1 ,3 7 % 1 ,3 01 % 3 ,2 5 % 2 ,6 0 % 0 ,3 2 % 0 ,9 8 % 4 ,9 4 % 0 ,9 81 %

1 1 ,3 7 %

1 4 ,9 4 % 0 ,3 2 % 0 ,3 23%,2 3 %

1 4 ,9 4 %

De 3 em 3 anos pode pedir-se a 0 ,4 5 0 1 ,915 % 0 ,46 4 0 0 ,3 2 % 3 ,2 3 % 0 ,362 % actualização do VPT, que pode baixar se 0 ,4 6 0 0 ,41 5 0 1 ,9 5 % 3 46 0 1 1 ,0 1 ,0 4 % 0 ,4 1 4% 0 ,3 21 % o preço por m2 de reconstrução baixar, 0 ,5 0 0 1 0 03,0 0 ,0 0 % -----------03,50 08 0 4 0% 1 1 ,01 40 % 1 1 ,0 4 % ou subir, no caso contrário (…). Mas 1 308 1 0 0 ,0 0 % 1 0 0 ,0 0 % -----------há anos-chave para fazer o pedido de Font e: Port al das Finanças. 1 1aldasfinancas.gov.pt / pt / main.jsp?body=/ imi/ consult arTaxasIMIForm.jsp ht t ps:/ / www.port Fonte: Portal das Finanças. Font e: Port al das Finanças. actualização junto da AT, o qual é grátis: 2 fixam em cada as taxas. htAs t ps:/câmaras / www.port aldasfinancas.gov.pt / pt / ano main.jsp?body=/ imi/ consult arTaxasIMIForm.jsp quando as casas fazem 2, 9, 16, 26, 41, 51 Em 2014 (a pagar em 2015) variam entre 0,3 e 0,5. 2 e mais de 60 anos desde a emissão da As câmaras fixam em cada ano as t axas. 2 em 2015) variam ent re 0,3 e 0,5. Em 2014 (a pagar As câmaras fixam em cada ano as t axas. Taxa mínima (0,3) Licença de Habitação. Taxas amigas dos munícipes Em 2014ainda (a pagarbastante em 2015) variam ent re 0,3 e 0,5. Taxa mínima (0,3) (0,32 a 0,35)

Taxa mínima Taxas que (0,3) se aproximam do meio da tabela (0,4) Taxas ainda bast ant e amigas dos munícipes (0,32 a 0,35)

Taxa a meio da tabela (0,4) O QUE É O VALOR PATRIMONIAL Taxas ainda bast ant e amigas dos munícipes (0,32 a 0,35) Taxas que se aproximam do valor máximo (0,5) TRIBUTÁRIO (VPT)? Taxas que se aproximam do meio da t abela (0,4) Taxas bastante penalizadoras para os munícipes É o valor atribuído a cada casa (ou terreno) Taxas que se aproximam do meio da t abela (0,4) Taxa a meio da (0,5). t abela (0,4) pela AT, calculado com base num conjunto Taxa a meio da t abela (0,4) Simulação um prédio de Valor Patrimonial Taxas que se aproximam dopara valor máximo (0,5) de factores objectivos, como os que referi Tributário de 120 mil euros, bastante corrente Taxas que se aproximam do valor máximo (0,5) acima, a que se acrescenta outros subjec Taxas bast ant após a avaliação CIMI: e penalizadoras para ospelo munícipes (0,5). tivos, como a vetustez das casas. A lista de Valor de IMI a pagar = VPT x Taxa. Taxas bast ant e penalizadoras para os munícipes (0,5). 120.000 x 0,3 = 360€ factores que indiquei não é exaustiva,-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------há -------------------- 120.000 x 0,35 = 420€ ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------muitos mais que constam na Ficha Modelo 120.000 x 0,4 = 480€ -------------------1, como, por exemplo, o preço por m2 de re120.000 x 0,45 = 540€ 120.000 x 0,5 = 600€ construção, definido ano a ano por Portaria do Governo. De 3 em 3 anos pode pedir-se Com o nosso nível de salarial, faz bastante diferença a actualização do VPT, que pode baixar se pagar 360€ ou 600€, especialmente se o titular da casa receber 500, 600 ou 700 euros de ordenado. o preço por m2 de reconstrução baixar, ou


subir, no caso contrário. Em épocas de crise do sector da construção civil, como a actual, tem baixado. Mas há anos-chave para fazer o pedido de actualização junto da AT, o qual é grátis: quando as casas fazem 2, 9, 16, 26, 41, 51 e mais de 60 anos desde a emissão da Licença de Habitação. QUANDO SE PAGA O IMI? Uma vez no ano, em Abril, para valores até 250 euros; duas vezes no ano, em Abril e Novembro, para valores entre 250 e 500 euros; três vezes no ano, em Abril, Julho e Novembro, para valores superiores a 500 euros. AS TAXAS SÃO IGUAIS EM TODOS OS MUNICÍPIOS DO PAÍS? Não, cada município escolhe a taxa que entender, dentro de um intervalo fixado pelo Governo: actualmente entre 0,3 e 0,5. As taxas são aprovadas pela Assembleia Municipal nos finais de cada ano e aplicam-se no ano seguinte. Podem ser consultadas no Portal das Finanças, escolhendo-se o ano, o distrito e o concelho. QUERO COMPRAR UMA CASA, COMO PODEREI SABER ONDE PAGO MENOS IMI? O Quadro 2 dá-lhe uma boa ideia do que têm sido as taxas em cada distrito ao longo de 12 anos. Depois, procure no Portal das Finanças, dentro de cada distrito, os municípios com as taxas mais baixas.

É POSSÍVEL FAZER BAIXAR O IMI? Sim, pedindo actualizações do VPT de 3 em 3 anos, tendo em atenção os anos-chave que referi acima. O pedido é grátis, bastando fazê-lo através da Ficha Modelo I, nas repartições da AT ou online no site. Pode também fazer baixar o IMI se instalar um painel solar.

QUADRO 2 Anos

2003

Distritos (Nota 3) Aveiro Beja Braga Bragança C. Branco Coimbra Évora Faro Guarda Leiria Lisboa Portalegre Porto Santarém Setúbal V. do Castelo Vila Real Viseu A. Heroísmo Horta P. Delgada Funchal Média nacional

0,2-0,5 0,44 0,45 0,44 0,34 0,39 0,48 0,47 0,46 0,35 0,47 0,48 0,42 0,49 0,46 0,49 0,44 0,42 0,40 0,31 0,37 0,44 0,37 0,43

Quadro 2

TAXAS MÉDIAS DE IMI NOS 22 DISTRITOS (Continente e Ilhas) (Nota 1) 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Intervalos das taxas (Nota 2) 0,2-0,5 0,2-0,5 0,2-0,5 0,2-0,5 0,2-0,4 0,2-0,4 0,2-0,4 0,2-0,4 0,3-0,5 0,44 0,42 0,41 0,40 0,36 0,35 0,35 0,35 0,36 0,39 0,39 0,39 0,37 0,36 0,36 0,35 0,35 0,35 0,42 0,40 0,39 0,38 0,36 0,35 0,35 0,35 0,34 0,30 0,27 0,30 0,30 0,27 0,27 0,27 0,29 0,34 0,40 0,37 0,39 0,40 0,33 0,30 0,30 0,30 0,32 0,43 0,41 0,41 0,39 0,38 0,38 0,38 0,38 0,37 0,45 0,42 0,41 0,40 0,36 0,34 0,34 0,33 0,34 0,47 0,46 0,45 0,43 0,37 0,37 0,37 0,38 0,40 0,33 0,31 0,33 0,33 0,31 0,31 0,31 0,31 0,35 0,44 0,43 0,43 0,41 0,37 0,37 0,37 0,37 0,37 0,47 0,45 0,45 0,45 0,39 0,39 0,39 0,39 0,37 0,40 0,42 0,42 0,39 0,35 0,32 0,32 0,32 0,32 0,48 0,46 0,46 0,45 0,38 0,38 0,38 0,38 0,39 0,45 0,44 0,42 0,42 0,37 0,36 0,37 0,37 0,38 0,48 0,49 0,49 0,48 0,40 0,40 0,40 0,40 0,42 0,43 0,40 0,39 0,37 0,33 0,33 0,34 0,35 0,35 0,40 0,36 0,36 0,35 0,32 0,31 0,33 0,35 0,34 0,39 0,36 0,36 0,35 0,33 0,33 0,32 0,32 0,34 0,33 0,27 0,30 0,24 0,26 0,24 0,26 0,26 0,34 0,35 0,21 0,23 0,23 0,22 0,21 0,24 0,21 0,30 0,44 0,21 0,24 0,26 0,24 0,24 0,28 0,28 0,34 0,34 0,36 0,35 0,34 0,33 0,33 0,32 0,32 0,34 0,41 0,38 0,38 0,37 0,34 0,33 0,33 0,33 0,35

2013

2014

0,3-0,5 0,35 0,34 0,34 0,33 0,31 0,36 0,36 0,39 0,36 0,37 0,38 0,32 0,38 0,37 0,40 0,33 0,34 0,34 0,34 0,30 0,36 0,33 0,35

0,3-0,5 0,35 0,34 0,34 a) 0,35 a) 0,31 a) 0,36 a) 0,37 a) 0,40 a) 0,37 a) 0,37 0,38 0,32 0,38 a) 0,37 0,41 0,33 0,36 a) 0,34 0,34 a) 0,30 a) 0,36 0,33 0,35

Nota 1: Considero apenas os prédios Avaliados pelo CIMI, porque o que pagaram os Não Avaliados, devido ao seu valor patrimonial tributário baixo, se situou dentro Nota 1:doConsidero apenas os prédios Avaliados pelo CIMI, porque o que pagaram os Não Avaliados, devido ao seu que é razoável exigir aos munícipes. patrimonial tributário baixo, situou dentro do que razoável exigir Nota 2: Osvalor intervalos das taxas variaram ao longo dos anos:se de 2003 a 2007, entre 0,2 e 0,5 / deé2008 a 2011, entre 0,2 eaos 0,4 / munícipes. de 2012 a 2014, entre 0,3 e 0,5. Nota 3:2: O Os valorintervalos apresentado de cadataxas distrito évariaram a média das taxas das câmaras Nota das ao longo dos desse anos:distrito. de 2003 a 2007, entre 0,2 e 0,5 / de 2008 a 2011, entre a) Em relação a este distrito ainda não constava no Portal das Finanças a totalidade das taxas de 2014 (IMI a pagar em 2015). As taxas em falta foram obtidas junto das câmaras. 0,2 e 0,4 / de 2012 a 2014, entre 0,3 e 0,5. BAIXA - Distrito com a taxa média mais baixa. Nota 3: O valor apresentado de cada distrito é a média das taxas das câmaras desse distrito. ALTA - Distrito com a taxa média mais alta. a) Em relação a este distrito ainda não constava no Portal das Finanças a totalidade das taxas de 2014 (IMI a pagar em 2015). As taxas em falta foram obtidas junto das câmaras. BAIXA - Distrito com a taxa média mais baixa. ALTA - Distrito com a taxa média mais alta.

TEM DE SE PAGAR SEMPRE IMI? Sim, no entanto, há isenções para casos especiais, por exemplo, entidades com determinados fins públicos ou sociais. E para o cidadão comum há dois tipos de isenção: 1.º - Se tiver rendimento do agregado familiar até 15.295€ e VPT da casa até 66.500€ nunca paga IMI; 2.º - Se adquirir uma casa para habitação própria (não para rendimento, como, por exemplo, para alugar) com VPT até 125.000€ não paga IMI durante três anos após a compra, mas tem 6 meses de prazo para a habitar e torná-la o seu domicílio fiscal. No caso de ser emigrante não há prazo para ocupar a casa após a compra. QUAL A SITUAÇÃO DAS TAXAS EM 2015? Como referi, não só as taxas diferem de município para município, como há muitos que, por causa da crise, as têm baixado para não sacri-

ficar os munícipes. E também como política de atracção de pessoas para os concelhos. O Quadro 1 mostra-nos as taxas nas 308 câmaras. Com a crise muitas optaram pela taxa mínima, e só não o fizeram as mal geridas, que por isso têm muitas dívidas, ou aquelas cujos autarcas não têm sensibilidade social. Isto porque a receita global do IMI tem vindo a subir bastante nos últimos anos, devido à avaliação geral das casas, e também porque, a partir de 2015, acaba a Cláusula de Salvaguarda, que impedia grandes aumentos. Se não se perde receita, antes pelo contrário, não se justifica taxas altas. QUAIS AS TAXAS DE IMI NO PAÍS DESDE 2003? O Quadro 2 mostra-lhe como tem evoluído as taxas deste imposto ao longo dos anos por distrito. O site da AT tem toda a informação, câmara a câmara.

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saÚDE saÚDE

BIG BANG DA SAÚDE NO 3.º MILÉNIO

Um bom passeio a pé é o melhor calmante Prof. Fernando de Pádua Médico cardiologista e Professor universitário professor@fpfpadua.pt

E

OS QUATRO «O QUE SOMOS» PARA UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA: O QUE COMEMOS; O QUE BEBEMOS; O QUE FUMAMOS; O QUE NÃO NOS MEXEMOS. AQUI VÃO ALGUMAS RECOMENDAÇÕES, SIMPLES MAS VITAIS, NO VERDADEIRO SENTIDO DA PALAVRA, RETIRADAS DE MUITA EXPERIÊNCIA PESSOAL, DA VIVÊNCIA DO PROGRAMA CINDI EURO E DAS DETERMINAÇÕES DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE.

m qualquer parte do mundo haverá interessados em saber como se pode ter mais saúde e melhor qualidade de vida, evitando as doenças crónicas não transmissíveis (ou não infeciosas), com destaque para as cardiocerebrovasculares que silenciosamente nos atingem, sobretudo quando não sabemos que as atitudes e comportamentos menos saudáveis são a sua causa! Aí está a chave para a conquista

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da boa saúde e bem-estar, numa vida com mais qualidade. A minha Fundação Prof. Fernando de Pádua e o Rotary International, em parceria, puseram em marcha o Big Bang da Saúde no 3.º Milénio, isto é, a difusão rápida (por via eletrónica, chegando a todo o Planeta) das atitudes e comportamentos menos saudáveis que, repetidos ao longo da vida, nos podem causar doença e sofrimento, contri-

buindo muitas vezes para uma morte mais precoce. Envolva-se também neste projeto! Vale a pena saber o que fazer, como fazer, assim como ser solidário transmitindo esses conhecimentos a familiares e amigos!

MANTENHAM-SE ATIVOS TODOS OS DIAS, EM TODAS AS IDADES (…), OS PREGUIÇOSOS, GORDOS, COM HIPERTENSÃO OU DIABETES, TENTEM FAZER DOIS PASSEIOS DE MEIA HORA CADA. Sobre o que vamos tentar fazer – ensinar saúde, com palavras simples - todos devem ser solidários educando os mais próximos e transmitindo-lhes as informações recebidas, com as adequadas recomendações que vos vamos deixar. Uma boa ideia será aproveitar um acontecimento marcante, como, p. ex., o Ano Novo, para iniciar uma Vida Nova, com mais e melhor saúde! E porque não assumir também uma Cultura de Saúde Solidária, militando pela saúde de outros? Aqui vão algumas recomendações, simples mas vitais, no verdadeiro sentido da palavra, retiradas de muita experiência pessoal, da vivência do Programa Cindi Euro e das determinações da Organização Mundial da Saúde. 1 - Os jovens (os Sub-20, dos zero aos 19 anos) não fumem, tabaco ou outras drogas, pela vossa saúde. São todas muito prejudiciais, contribuindo para as doenças cardiocerebrovasculares, pulmonares e até cancros! Depois de começar é muito difícil parar! Não


saÚDE

BEBAM POUCO ÁLCOOL! COMO REGRA GERAL, NÃO BEBAM, DIARIAMENTE, MAIS DO QUE 1 PEQUENO COPO DE VINHO, 2 CERVEJAS OU 2 PEQUENAS DOSES DA BEBIDA ALCOÓLICA MAIS COMUM NO VOSSO PAÍS. comecem! Se já fumam, parem e expliquem aos mais novos dentre vós porquê é tão prejudicial fazê-lo. É a primeira causa de morte evitável, por isso a melhor decisão é não começar! 2 - Mantenham-se ativos todos os dias, em todas as idades, por exemplo passeando

pelo menos meia hora em passo de marcha, rápida se possível. Os preguiçosos, gordos, com hipertensão ou diabetes, tentem fazer dois passeios de meia hora cada. Não se deixem engordar, mantenham o peso dos 20 anos ou de antes de se casarem. O desejável é ter menos kilos do que os centímetros de altura acima de um metro: tem 1,80 m ou 1,70 m, tenha menos de 80 ou 70 kg. 3 - Reduzam o mais possível o sal na alimentação! Não o usem à mesa e saibam que os molhos nos restaurantes têm muito. O hábito de pôr sal na comida é corrente, mas a maior parte das pessoas não sabe que é uma das causas mais importantes de hipertensão arterial, que, se não tratada, pode levar à morte por doença coronária, insuficiência renal ou acidente vascular cerebral. 4 - Comam mais vegetais, legumes, fruta, alternem peixe e carne e evitem o excesso de gorduras. Controlem o peso, façam exercício e não deixem aumentar a barriga, porque a gordura abdominal é mais prejudicial! Têm de reduzir a barriguinha. Bebam pouco álcool! Como regra geral não bebam, diariamente, mais que 1 pequeno copo de vinho, 2 cervejas ou 2 pequenas doses da bebida alcoólica mais comum no vosso país. Os problemas ligados ao excesso de álcool são muitos: peso a mais, tensão alta, fígado doente, cérebro destruído lentamente, sem falar nos acidentes e violência.

ACREDITEM:

– SOMOS O QUE COMEMOS, e demais é mau! Como é mau passar fome. – SOMOS O QUE BEBEMOS, o álcool em excesso, além da doença orgânica (cirrose do fígado, doença mental, cardíaca ou cancro) é também causa de violência e morte, por acidente de viação ou de trabalho, em terra, no mar ou no ar. – SOMOS O QUE FUMAMOS, com doença pulmonar crónica ou cancro causados pelo tabaco ou outras drogas em que estejamos viciados. – SOMOS TAMBÉM O QUE NÃO NOS MEXEMOS, o exercício físico diário ajuda a manter menos peso e melhor tensão arterial e reduz o açúcar e o colesterol no sangue. A inatividade facilita a obesidade, hipertensão, diabetes e também origina alguns cancros.

Mantenham uma boa qualidade de vida e aprendam a lidar com o stresse diário (sobressaltos ocasionais, grandes desafios, ou dificuldades permanentes) sós, com ajuda de amigos, psicólogos ou psiquiatras. Usem o stresse como estímulo em vez de o sofrer e se transformarem em doentes.

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saÚDE saÚDE

Aproveite as férias e saia do sedentarismo

Telma Ferreira Fisioterapeuta telmaferreira20@hotmail.com

Caminhar ao nascer do sol na praia ou percorrer os campos por onde se corria quando se era criança, tudo isto é importante para manter os músculos e as articulações fortes

Visitar ou revisitar locais em que as deslocações possam ser feitas a pé, evitandose, ao máximo, a utilização do carro, que deverá ser usado apenas quando for estritamente necessário: o meio ambiente agradece e o nosso corpo também.

Fazer passeios de bicicleta, procurando encontrar parceiros de aventura para se partir à descoberta da região onde se está. Andar de bicicleta fortalece os músculos dos membros inferiores, assim como os pequenos músculos dorsais, prevenindo dores nos joelhos e da coluna vertebral.

Nadar no mar ou numa piscina, a natação é o desporto mais completo que existe, exercita praticamente todos os músculos do corpo. Se não sabe nadar, faça apenas movimentos dentro de água, a resistência desta ajuda a fortalecer os músculos, os ossos e as articulações.

O SEDENTARISMO É UM DOS GRANDES INIMIGOS DO CORPO HUMANO Mergulhadas num dia a dia rotineiro e sem grandes oportunidades para compensar as horas de trabalho passadas em frente ao computador ou a realizar tarefas repetitivas, as pessoas queixam-se de falta de tempo para se exercitarem. A falta de exercício pode causar vários problemas no sistema locomotor (ossos, músculos e articulações) e também no sistema cardiovascular. O desempenho de uma atividade física regular, mesmo simples, permite viver de forma mais saudável e proporcionar uma melhor qualidade às nossas vidas. Depois de alguns meses de trabalho chegam finalmente as férias, e com elas as mudanças de hábitos diários. Deste modo, a falta de tempo deixa de ser desculpa para não nos exercitarmos. Independentemente de as férias serem passadas na praia, no campo, na montanha ou numa pequena aldeia em que se tenha nascido, há, com certeza, uma panóplia de atividades que se poderá fazer para manter a saúde.

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Investir nas aulas de grupo proporcionadas por algumas autarquias: dança, aeróbica, yoga, etc. Exercita o corpo e permite conhecer novos amigos.

Procurar nas redondezas de onde se está um parque, hoje em dia a grande maioria das cidades e das vilas tem espaços verdes onde se podem encontrar aparelhos para fazer exercício físico semelhantes aos que encontramos num ginásio: mas agora grátis e ao ar livre.

Praticar algo que dê prazer: quem gostar de jardinagem, bricolagem ou de qualquer outra atividade que faça sair da rotina, não deverá hesitar em aproveitar as férias para as pôr em prática.

Brincar com os filhos, netos, sobrinhos ou filhos de amigos, as crianças têm uma energia contagiante e, conseguindo-se acompanhá-las, de certeza que o nosso corpo ganhará com isso.


BEM ESCREVER

«Ter que» ou «ter de»?

Comentário

Caso

Luciana Graça Professora de Português, Latim e Grego

Como sabem, moro numa aldeia do distrito de Aveiro, servido pelo Centro Hospitalar do Baixo Vouga. Ora, acontece que tomámos conhecimento, então, de duas acções do mesmo que nos tocaram de uma forma muito especial, sentindo, por isso, que TÍNHAMOS QUE – ou TÍNHAMOS DE? – fazer especial menção a ambas. Por um lado, e para assinalar o Dia da Mulher, cabeleireiras profissionais aceitaram proporcionar um momento diferente (um corte de cabelo, um penteado…) a utentes internadas no hospital de Estarreja. Por outro lado, de molde a assinalar o Dia do Doente com AVC, foi apresentada a obra «Retratos de esperança», um livro com emocionantes relatos de doentes que sofreram, precisamente, um AVC.

• «ter de» exprime um dever, uma obrigação, uma necessidade ou um desejo, podendo significar «dever», «ter obrigação de», «precisar», «querer»; • «ter que» significa «ter algo que» , «ter algo para»; esta construção é utilizada quando o «que» é um pronome relativo e, antes dele, podemos subentender palavras como «coisa(s)», «algo», «muito», «pouco», «nada»; • de acordo com a ideia presente no caso em análise, devemos utilizar a construção «ter de» («tínhamos de»), a significar «devemos», «precisamos», «queremos»; • eis dois exemplos parecidos, mas em que o significado é distinto: a) «O meu filho não vai sair, porque tem que estudar.» – ou seja, ele tem o que estudar, tem matéria para estudar; a tónica está colocada na quantidade de estudo (que ele tem) e não no dever de estudar; b) «O meu filho não vai sair, porque tem de estudar.» – ele tem o dever/a obrigação/a necessidade de estudar; daí que não possa sair.

Em síntese tínhamos que fazer especial menção tínhamos de fazer especial menção

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HORÁRIO DE ATENDIMENTO: SEGUNDA A SEXTA: DAS 17:00H ÀS 20:00H SÁBADO: DAS 09:00H ÀS 17:00H DOMINGO: DAS 09:00H ÀS 12:00H

r-nos, a t i s i v Venham o agradecidos ui t m s o m e si ta i V ficar a s s pela vo

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Marco Paulo «Diário» entrevista a...

AS PALAVRAS DITAS E REGISTADAS NAS FOLHAS DE UM DIÁRIO MUSICAL

lança o seu

Em abril, Marco Paulo apresentou o mais recente álbum de originais intitulado «Diário». Trata-se de um registo que nos conta histórias que de tantos podiam ser, mas que identificamos como sendo apenas nossas. Luís Pestana

«Para este disco fui buscar a inspiração à necessidade de satisfazer as minhas fãs e os portugueses que gostam de me ouvir»

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As palavras e as melodias, encontramo-las em canções como «O que é que fazes esta noite», «Queria tanto, tanto» ou ainda em «Eu viverei» ou nos temas «Mulher de 50» e no apaixonante «Rosas para minha mãe». No «Diário», as músicas e as letras, mas, essencialmente, a voz de Marco Paulo, apresentam-se numa conjugação perfeita que reflete uma personalidade vibrante, carismática e lutadora, a imagem merecidamente refletida no espelho do sucesso de um verdadeiro ícone musical do nosso panorama musical.

os portugueses que gostam de me ouvir. Três anos depois da saída do álbum «Vida», senti a vontade de gravar novas músicas. Foi maravilhoso voltar ao estúdio. Acha que ainda vai conseguir surpreender os seus admiradores e ganhar outros novos para a sua longa lista de fãs ou, pelo contrário, teme alguma reação negativa? Espero que este CD ainda os surpreenda, mas se não for possível, paciência, não vem mal ao mundo. Mas vou fazer o possível para que o público tenha uma reação o mais simpática possível. Não tenho razão de queixa das minhas fãs nem dos portugueses. Ficou surpreendido por, numa fase tão adiantada da sua carreira, conseguir lançar um álbum de originais, o que não aconteceu muitas vezes ao longo de todos estes longos anos, ou já estava tudo devidamente programado? Eu faço as coisas que me dão prazer e não fiquei surpreendido, já estava tudo pensado, quer comigo, quer com o meu produtor.

«Deixo ao critério do público escolher as suas canções preferidas, pois todas elas são muito bonitas»

Como descreve este seu álbum e onde foi buscar inspiração para lançar um novo trabalho apenas 3 anos depois do último? Descrevo-o como um disco bonito, muito variado e agradável de se ouvir. Tem desde músicas alegres a temas mais calmos, com a voz sempre presente e o estilo sempre romântico. Fui buscar a inspiração à necessidade de satisfazer as minhas fãs e

Quais as canções que espera virem a ter uma maior visibilidade e porquê? E quais são as grandes apostas deste trabalho? Não sei. Deixo ao critério do público escolher as suas canções preferidas, pois todas elas são muito bonitas. Porque eu

«Aos portugueses a viver no estrangeiro desejo-lhes as maiores felicidades, muita saúde e que os seus sonhos se tornem realidade»

gravei as canções que escolhi. Agora que o CD já não é meu, será, portanto, o público que dirá quais as canções da sua preferência e que terão sucesso popular. Da minha parte gosto de todas elas. A determinada altura, o Marco Paulo disse que fazia, maioritariamente, versões de músicas internacionais porque não tinha quem escrevesse para si em Portugal. Os títulos destas novas canções são muito

intimistas. As ideias para as letras foram suas? Como decorreu esse processo? Os meus maiores sucessos foram sempre versões mas, recentemente, senti necessidade de gravar originais. Como tal, encontrei as pessoas certas, o Ricardo Landum e o Jorge do Carmo. Dei algumas ideias que foram aceites e não foi nada difícil. Pode dizer-nos como vai ser a sua agenda para promover este álbum em Portugal e no estrangeiro? Em Portugal estarei nas rádios, na imprensa escrita e em todos os programas de televisão a cantar e a dar entrevistas, que é sempre aquilo de que o público gosta; no estrangeiro ainda não sei. Todo este trabalho será acompanhado pelos concertos ao vivo, quer em Portugal, quer fora do país. A Lusitânia Contact tem uma forte ligação com a Alemanha, a Suíça, a França e o Luxemburgo. Neste momento marcante para o Marco Paulo, o que tem a dizer aos nossos emigrantes nestes países? O que podem ainda esperar de si? Aos portugueses a viver nestes países desejo-lhes as maiores felicidades, muita saúde e que os seus sonhos se tornem realidade. São quatro países onde eu já atuei diversas vezes e onde fui sempre muito bem recebido, espero que continuem a gostar do meu trabalho como cantor. Com 50 anos de carreira ainda se sente com capacidade física e anímica para fazer este esgotante trabalho a 100%? O mais possível e espero ter saúde para continuar a fazer o que tenho feito até agora. Onde se vê daqui a 5 anos? A lançar outro álbum ou este será o «canto do cisne» da sua longa e bem premiada carreira? O futuro só a Deus pertence e, como tal, não sei o que possa estar a fazer daqui a 5 anos. Não sei, possivelmente estarei a gravar um novo disco.

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ASSOCIAÇÕES

ASSOCIATION CULTURELLE LUSO-SUISSE LAÇOS (GENÈVE)

Laços com todos e para todos

A Lusitânia Contact visitou esta associação em Genève e falou com José Sebastião, um dos fundadores e atual presidente da direção. A ACLSL nasceu em 2013 com o objetivo de «não ser uma associação que trabalhe apenas para uma comunidade específica, mas antes com todos e para todos os que falam a língua de Camões, porque há uma necessidade de divulgar e promover a cultura lusófona», sublinhou o dirigente.

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Laços tem também por objetivo promover ações para divulgar a participação cívica das comunidades lusófonas na vida local. Neste momento existem oito destas comunidades em Genebra, cada uma tem as suas associações que trabalham de costas voltadas, cada uma por si. O elo entre estas comunidades é a língua e a cultura lusófonas. Estava dado o mote para a conversa com José Sebastião.

gam de 20 francos para os custos do dossiê e mais 12 francos anuais. Quais são os benefícios de se ser sócio desta instituição? É essencialmente o prazer de trabalhar para um projeto útil e necessário do ponto de vista cultural e cívico.

Para que alguém se possa tornar sócio tem de ter nacionalidade portuguesa ou ser originário de uma determinada região ou cidade de Portugal? Quando foi fundada a Laços? Não. Qualquer pessoa pode ser sócio. A Foi fundada em 16 de maio de 2013. Laços conta hoje com sócios portugueses, guineenses, suíços, bolivianos, caboHá quantos anos é sócio da instituição? -verdianos, angolanos, colombianos e Desde a sua fundação e atualmente sou o italianos. Qualquer um pode ser sócio, presidente da Direção. Anteriormente já tive independentemente o cargo de presidente da nacionalidade. Aliás, da Assembleia-Geral. «A LAÇOS CONTA HOJE COM fazer-se sócio é muito SÓCIOS PORTUGUESES, Que motivos o levaGUINEENSES, SUÍÇOS, BOLIVIANOS, simples! Basta apenas ram a aceitar este CABO-VERDIANOS, ANGOLANOS, preencher um boletim de inscrição. desafio? COLOMBIANOS E ITALIANOS. Em primeiro lugar, a TODOS PODEM SER SÓCIOS, Que atividades desennatureza dos projetos INDEPENDENTEMENTE volve a vossa associada associação, são diDA NACIONALIDADE». ção? ferentes e inovadores, Temos desenvolvinão ficam confinados do atividades de caráter cultural. No a uma só comunidade; ao contrário, tentaano passado trouxemos à Suíça quatro -se juntar as comunidades lusófonas de poetas lusófonos, a que se juntaram Genebra e os suíços em projetos culturais quatro poetas suíços. Editámos um livro comuns. Em segundo lugar, os projetos da de poesia que foi lançado na festa da Laços têm sempre uma componente destiLaços, uma festa lusófona. Pretendemos nada à promoção cívica e à integração. também divulgar os artistas plásticos lusófonos na Suíça. Organizámos ainda Que razões o levam a continuar neste cargo debates sobre os direitos e deveres que exige tanta dedicação e esforço? cívicos. Apoiámos escritores lusófonos Essencialmente os projetos e as novas na Suíça. ideias diferentes que temos. Além disso, A associação está ativa também em propenso que o projeto da Laços traz algo de jetos destinados às crianças e estamos importante à cultura lusófona em Genebra. a preparar uma feira do livro lusófona e É verdade que nem sempre é fácil, mas outros projetos interassociativos. A Laços «quem corre por gosto não cansa», como se foi a primeira associação portuguesa costuma dizer. a organizar a edição de um livro entre lusófonos e suíços e a fazer um concurso Qual o número total de sócios efetivos nesde fotografia. te momento, isto é, com as quotas em dia? Neste momento temos 38 sócios, que pa-


Fundadores da Laços:

José Sebastião, João Lopes Pica, Jorge Duarte, Paulo Dias, Henrique da Costa, Amaral Xavier, Manuela Canana, Christophe Dias e José Goncalves. Atuais órgãos diretivos: Direção:

José Sebastião, presidente; Jorge Duarte, vice-presidente; Zanodaide Dantas, secretário; Fernando Ribeiro, tesoureiro; José Gonçalves, Henrique da Costa e Joaquim Aguiar, vogais. Assembleia-Geral:

Estamos a preparar um livro de poesia de Quais são os objetivos que têm para este autores lusófonos e suíços, que será feito mandato? nas duas línguas: O primeiro objetiem português e em vo é preparar, em francês. junho deste ano, «A ASSOCIAÇÃO ESTÁ ATIVA Temos ainda mais em conjunto com TAMBÉM EM PROJETOS três objetivos: divulgar outras associações, DESTINADOS ÀS CRIANÇAS E artistas plásticos lusóum encontro de três ESTAMOS A PREPARAR UMA FEIRA fonos na Suíça; desendias que se intitula DO LIVRO LUSÓFONA E OUTROS volver projetos na área «Cidadania e intePROJETOS INTERASSOCIATIVOS.» infantil; desenvolver gração: encontros e projetos de promoção fronteiras». E, no fim da participação cívica e do ano, outro de dois associativa. dias, incluindo uma feira do livro, uma festa e um festival gastronómico lusófonos.

João Monteiro, presidente; Christophe Dias e José Saraiva, vogais. Conselho Fiscal:

Paulo Dias e Manuela Canana. Coordenadora em Portugal:

Ana Casanova.

Coordenador dos Núcleos de Pais e Encarregados de Educação:

Ilídio Morgado. Endereço:

Association Culturelle Luso-Suisse Laços Maison Kultura 52, Rue de Montbrillant 1202 Genève

Fotos: Carlos Serra

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VIAGEM DE SONHO

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m Praga as sugestões aparecem ao virar de qualquer esquina. Num barco, num passeio romântico pelo rio Moldava para ver a cidade por outra perspetiva. Há vários tipos de barcos, desde os pequenos, mais simples, até os maiores, mais luxuosos. A maioria inclui explicações gravadas em vários idiomas, para que, no percurso, não seja perdido nenhum ponto de interesse. Há muitos cruzeiros que oferecem almoço e jantar a bordo, alguns com música ao vivo. Existem barcos de jazz e disco-barcos.

NÃO DEIXE DE ANDAR PELAS RUAS E BECOS DO BAIRRO HRADCANY, QUE RODEIA O CASTELO DE PRAGA. É MARAVILHOSA A PARTE CHAMADA NOVO MUNDO, PRÓXIMA DA IGREJA DE LORETO, DA ESTRADA DO MOSTEIRO DE STRAHOV E ATÉ À TORRE DE PETRIN.

Praga

PRAGA É UMA CIDADE QUE EMANA UM ROMANTISMO ESPECIAL. A CHAMADA «PÉROLA DO ORIENTE» TEM A PARTICULARIDADE DE SER UMA VIAGEM DE SONHO EM QUALQUER ÉPOCA DO ANO. Praga tem a Torre Petrín, que se pode subir até ao topo para contemplar a bela vista panorâmica da cidade. E pode dar-se um passeio de carruagem pela Cidade Velha. Uma experiência muito especial e clássica é ir aos recantos emblemáticos da cidade. Ou uma noite inesquecível com ópera e jantar. Quase todos os dias acontecem espetáculos de ópera e balé. Algumas empresas oferecem a possibilidade de ir buscar os turistas, levá-los a assistir a ópera e depois desfrutar um jantar gourmet. Não deixe de andar pelas ruas e becos do bairro Hradcany, que rodeia o Castelo de Praga. É maravilhosa a parte chamada Novo Mundo, próxima da Igreja de Loreto, da estrada do Mosteiro de Strahov e até à Torre de Petrin.

Perca-se nas ruas de Malá Strana e na Cidade Velha ao anoitecer. Respira-se nelas o espírito de Kafta, Kundera, Hus, Carlos IV, do soldado Svejk e de milhares de praguenses que fazem parte da história da cidade. Ou num dos terraços ou instalações ao ar livre onde também é ótimo poder desfrutar uma boa cerveja, um delicioso copo de vinho ou um cocktail de licor Becherovka – como o Beton (cimento em português), que é o licor (Be), com a água tónica (ton). Romantismo «extremo». Um casal que aprecie emoções fortes com certeza que desfrutará experiências intensas, tais como saltos de paraquedas, voos de balão, parapente, bungee jumping, escaladas, ... Algumas atividades podem ser realizadas na capital, enquanto outras são praticadas noutros lugares.

ROMANTISMO «EXTREMO». UM CASAL QUE APRECIE EMOÇÕES FORTES COM CERTEZA QUE DESFRUTARÁ EXPERIÊNCIAS INTENSAS, TAIS COMO SALTOS DE PARAQUEDAS, VOOS DE BALÃO, PARAPENTE, BUNGEE JUMPING, ESCALADAS, ... ALGUMAS ATIVIDADES PODEM SER REALIZADAS NA CAPITAL, ENQUANTO OUTRAS SÃO PRATICADAS NOUTROS LUGARES.

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«A Pérola do Oriente»

E um copo de vinho em Praga. Há empresas que oferecem visitas a tabernas, casas de vinhos, restaurantes ou adegas para provar o vinho. Para um bom jantar é imprescindível uma garrafa de um bom vinho. Não só as cervejas checas merecem ser bebidas. Ou uma sessão de jazz. Praga conta com lugares interessantes para assistir a um concerto de jazz num ambiente íntimo. Clubes de jazz como Agharta, Reduta, U Staré paní, Charles Bridge Jazz Club, Jazz Dock ou Ungelt esperam por si na cidade. A Ponte Carlos é um lugar mágico ligado a numerosas lendas e também aos escritores e compositores checos. Partindo da Cidade Velha, em direção ao castelo, chegando quase ao final da ponte, à esquerda, há uma escada dupla levando a Kampa. A partir desses locais com história e belas vistas sentirá estar a desfrutar uma Praga especial. Por tudo isto é seguro dizer que, quem decidir visitar esta cidade de mil encantos, não se irá arrepender.

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Verão, férias…

i ín u iq b e d o p r o c .e ..

… mostra mais nem o que mostra menos que o é não ho ban de o fat r lho me «O disfarça o que temos de mau» e bom de os tem que o a str mo que Éo Bastet Figueiredo Cabeleireira ultrafeminina.PT

O

Verão aí está para nos aquecer a alma, nos encaminhar até às merecidas férias e nos permitir deixar os grossos casacos em casa e para exibirmos a nossa feminilidade fresca, simpática e descontraída. Está também, é claro, pois não há bela sem senão, na hora de dar atenção ao nosso corpo para estarmos na melhor forma quando o calor chegar. Bem sei, minhas amigas, que por mais que nos digam que o «corpo de biquíni» se prepara com muita antecedência, esta é uma premissa que teimamos em não seguir, ou não tivéssemos, nós, portuguesas, o hábito de deixar tudo para a última hora… Falando em biquíni, podemos também dar atenção ao que iremos vestir para nos deleitarmos ao sol. Neste ponto, o imperativo é saber escolher e isso implica ter esta noção. O melhor fato de banho não é o que mostra mais nem o que mostra menos… é o que mostra o que temos de bom e disfarça o que temos de mau.

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Por isso, não se deixe ir em modas e ponha a cabeça a funcionar. Para muitos, o Verão também trás consigo a promessa de reunião com a família, com a pátria e com amigos que estão longe. Os sentimentos sempre à flor da pele, e aquela lágrima teimosa que insiste em permanecer no canto do olho cada vez que olhamos para cada um deles, com a sensação bem presente de que estivemos demasiado tempo ausentes. Todos estes sentimentos são normais, razoáveis e compreensíveis e isso deve ser vivido e não, de alguma forma, escondido. Organize lanches e jantares simples e leves em que possa estar horas a conviver com essas pessoas. Só nesse convívio as nossas saudades se poderão aliar e poderemos recarregar baterias para enfrentar o recomeço de tudo quando o Verão terminar. Claro está que saber receber é uma arte e que, lá por serem os seus amigos de sempre ou os seus familiares mais directos, isso não significa que largue os pratos em cima da mesa e o tacho com os acepipes ainda a borbulhar no meio deles. Seja esmerada, os seus convidados vão sentir-se honrados com a sua boa recepção. Para decorar as mesas estivais use

flores do campo, frutas frescas e velas aromáticas. Dê lugar a uma música de fundo escolhida para a ocasião, em vez da televisão. Organize passeios a pé com os seus próximos de modo a que possa usufruir da sua companhia e estreitar, ao máximo, os laços que vos unem.

Falo-vos disto porque as mulheres são, sem dúvida, o sol de uma casa e não se tente convencer do contrário. As mulheres têm em si uma sensibilidade e uma visão diferentes, um carinho único. Dedique-se aos seus convidados e verá como isso é tão compensador. No caso de ser você a convidada, não deixe de levar uma flor para a dona da casa e um docinho para as crianças, caso haja. E falando de tudo isto, temos também que pensar em arrumar as bagagens, o que


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para eles. Seja criativa e use a imaginação, se pode revelar num bico-de-obra bastante faça-os sentirem-se amados e importantes difícil de resolver. O que levar, o que deixar, na sua vida. o que não podemos dispensar e o que Quando se teimamos em acrescentar mas já não cabe planifica algo em lado nenhum. com as crianças Na hora das bagagens a gestão de e para elas, a conflitos entre homens e mulheres pode boa organitornar-se um constrangimento sério à zação é sonossa liberdade. A tal ponto acontece que berana, caso todas nós já olhámos para o nosso amado e contrário, pensámos que o melhor sítio para as coisas todas que já não cabem seria o banco do penduas boas ra! Adiante, se conseguir enfiar tudo no intenções veículo e seguir viagem, mesmo que amuase podem da, sem que, no entanto, nenhum dos dois tornar no mais peça peremptoriamente profundo caos. o divórcio, par mais Os mais novos rabéns: vocês Este Verão, seja uma mulhe . têm de conhecer são um casal bonita, feminina e atraente resistente! tes o plano e seguir Aposte em tecidos leves, cor as explicações Para evitar o, nã que lhe devem conflitos e e rqu po e, joviais ser dadas à esquecimentos num novo visual? priori. As horas de última hora, devem estar pré-estipuladas, bem como as faça uma lista do que quer levar segunactividades de lazer a realizar. Explique-lhes do o plano de férias que traçou. Escolha tudo em pormenor e mostre-se disponível roupas, acessórios e maquilhagens que se para responder às suas dúvidas. Não fuja enquadrem nas actividades que escolheu e ao estipulado, pois se tudo correr como nos locais que vai frequentar, maximizando, combinado terá a confiança e a cooperação deste modo, o seu espaço disponível. dos miúdos … afinal, é por eles que nos Nas férias as crianças e os jovens tamsacrificamos tanto. bém necessitam de momentos construídos

A mala não fecha, o marido uma reclama, os filhos obrigam a itiva com bagagem digna de uma de presidencial, por fim, você, tem is igua s jean de es par levar vários mas de cores diferentes. Para finalizar em beleza, retenha estas minhas considerações: falemos mais um pouco sobre nós mesmas. O calor dá-nos a liberdade de vestir roupas mais sensuais e de mostrar um pouco mais da nossa pele, use isso com inteligência e perspicácia. Cuide da sua beleza, de si, da sua família e divirta-se com os seus amigos. Ame, viva e desfrute a vida! Marcamos encontro para depois do Verão… até lá estarei disponível para qualquer dúvida no site da vossa revista em www. ultrafeminina.pt

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DESPORTO

Desporto não é só atletas Pedro Alves Antigo campeão de Hóquei em Patins pedroalves8@gmail.com

«Como em qualquer prova de desporto, nem só os atletas participam, apesar de serem, normalmente, as grandes figuras. Não posso deixar de dar os parabéns ao enorme trabalho realizado por alguns treinadores, dirigentes, pais e anónimos»

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desporto é uma das maiores actividades de interação cultural entre os povos, pois permite o contacto com outros países, pessoas e, claro, com as suas próprias culturas: podemos dizer que desporto e cultura estão interligados. Posso falar na primeira pessoa, pois desde jovem comecei a perceber como foi importante para mim o desporto, aquando das minhas deslocações ao estrangeiro através do clube que representava ou da seleção nacional de hóquei em patins. É uma mais-valia para qualquer desportista o contacto com outras realidades, viaja-se, compete-se e, sobretudo, atinge-se objetivos, junta-se o útil ao agradável. É o caso dos atletas de que irei falar, que provam que o desporto português vai «de vento em popa» pelo mundo fora nas mais diversas modalidades. Começo por falar do 7.º Campeonato do Mundo para Nadadores com síndrome de down, em que os nossos atletas conquistaram 5 medalhas (duas de prata e três de bronze); da seleção feminina de Futsal, que foi 2.ª classificada no Torneio

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Mundial realizado na Costa Rica; da dupla portuguesa composta por António e João Matos Rosa, que assegurou o 2.º lugar na classe 470 na Taça do Mundo de Vela, na Austrália; da portuguesa Telma Santos, que no Badminton revalidou recentemente o título no Open de Kibutz Hatzor, em Israel, ao vencer na final a croata Dorotea Sutara, depois de, em setembro passado, ter conquistado o Open na Colômbia; da Seleção Nacio-

nal de Patinagem Artística, que nos diversos escalões conquistou 21 medalhas na Taça da Europa, realizada no Luso, em Portugal. Finalmente, a atleta Teresa Almeida sagrou-se campeã do mundo de Bodyboard no Chile, depois de em Outubro, em Marrocos, conseguir o título de vice-campeã europeia. Como em qualquer prova de desporto, nem só os atletas participam, apesar de serem, normalmente, as grandes figuras, não posso deixar de dar os parabéns ao enorme trabalho realizado por alguns treinadores, dirigentes, pais e anónimos. Por isso mesmo quero frisar o trabalho desenvolvido pelo pugilista português Mário Costa, que reside nos EUA, o qual tem como função treinar jovens em situações de risco, evitando, assim, que entrem em maus caminhos. Oferece-lhes aulas no seu ginásio, que abriu há 25 anos, atitude que está na origem da recente distinção escrevendo o seu nome no passeio da fama do boxe, na cidade de New Jersey. Motivos de orgulho do desporto nacional: evoluir como desportistas mas, sobretudo, como seres humanos!



Carros de aluguer ou rent-a-car em Portugal


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