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BOLETIM INFORMATIVO SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ÉVORA Boletim N.º 13

1.º Quadrimestre de 2019

EM DESTAQUE

CERIMÓNIAS DA SEMANA SANTA Mensagem do Provedor..........................Pág. 2

Destaque ...................................................Pág. 6

Notícias .................................................... Pág. 3

Respostas Sociais ....................................Pág. 4


SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ÉVORA

Mensagem do Provedor Passámos recentemente as comemorações da Páscoa, que é das mais importantes – senão a mais – comemorações da tradição cristã. Essa comemoração relembra a crucificação de Cristo e exulta a sua ressurreição. Sem a Páscoa, ou seja, sem acreditarmos na ressurreição, a prá ca da fé cristã não teria o mesmo sen do. A Quaresma é sinónimo de tempo de reflexão, tempo de focarmos e de nos centrarmos no essencial para a nossa vida e na forma como concre zamos diariamente a nossa missão, a nossa visão e os nossos valores. Cumprindo a tradição, a Misericórdia de Évora realizou a Cerimónia do LavaPés, na Quinta-feira Santa, um humilde gesto, mas com uma simbologia tremenda. Tal como o Santo Padre lembrou “… Nós, cristãos, acreditamos e sabemos que a ressurreição de Cristo é a verdadeira esperança do mundo, a esperança que não decepciona (…)”. Também a Santa Casa da Misericórdia cumpre a missão de dar esperança a todas as pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade. Cumprindo e seguindo a nossa missão procuramos, através das nossas ações diárias e por via das nossas respostas sociais, restabelecer a dignidade humana de todos que nos procuram. Renovamos, através desta minha mensagem, o compromisso de con nuar a trabalhar e a dar resposta às necessidades e segurança a todos que procuram esta casa como forma de alento e buscam algum sen do e dignidade para con nuarem. Por úl mo, deixo a nota da abertura da nossa Igreja da Misericórdia de Évora ao culto. Depois de todo o processo de obra intenso que passou, a Igreja da Misericórdia, reabriu portas ao culto, no passado dia 16 de fevereiro de 2019. Francisco Lopes Figueira

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Igreja da Misericórdia reabre ao culto NOTÍCIAS

A Santa Casa da Misericórdia de Évora reabriu a Igreja da Misericórdia de Évora ao culto, no passado dia 16 de Fevereiro, momento assinalado com um conjunto de inicia vas de elevado valor simbólico e religioso para a Misericórdia e para a Irmandade. Na Eucaristia, presidida por Sua Excelência Reverendíssima o Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho enalteceu o papel da Misericórdia ao longo dos seus 5 séculos de história, destacando a prática das 14 Obras de Misericórdia, particularmente junto dos mais desfavorecidos. “(…) As Bem-aventuranças, vividas e proclamadas por Nosso Senhor Jesus Cristo cruzam-se com o Mandamento Novo do Amor e com a Oração que Ele mesmo nos ensinou; e de onde brotam as Obras de Misericórdia Corporais e Espirituais”. D. Francisco Senra Coelho abençoou os novos Irmãos realçando o seu papel na construção do futuro desta nobre Ins tuição. Este importante momento contou, ainda, com a par cipação do Coral Évora, dirigido pelo maestro Pedro Nascimento e acompanhado ao piano por Eduardo Proença, quer durante a Eucaris a quer nos momentos que a antecederam com a interpretação da obra Missa Brevis, do compositor Jacob de Haan.

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RESPOSTAS SOCIAIS

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ÉVORA

Creche Rainha D. Leonor – A importância da creche

A creche é um espaço que pretende proporcionar às crianças, segurança, tranquilidade e formas de aprendizagem estimulantes, para que estas possam adquirir as competências necessárias por forma a explorarem o mundo que as rodeia. Para tal, é extremamente relevante considerar os sentimentos das crianças e as aprendizagens que os mesmos acarretam. As a vidades que planeamos, enquanto educadores, devem sempre ter presente, obje vos que incen vem novas aprendizagens e descobertas. Numa simples a vidade de experimentação de um novo alimento podemos proporcionar descobertas, através do tacto, do palato ou do olfacto, que consequentemente trarão uma mistura de sen mentos, que eles próprios terão de organizar com a nossa orientação. “É preciso que se fortaleça o compromisso moral e é co com essa pessoa que chegou para viver, para desfrutar da vida, para expressar e expandir a riqueza do mundo” (Didonet, 2013, p. 97). Para o fortalecimento deste compromisso moral e é co, é necessário que exista um bom envolvimento entre a creche e a família, de modo a que a vida da criança seja par lhada e os sen mentos da mesma respeitados, pois a família é “o primeiro e mais marcante espaço de realização, de desenvolvimento e de consolidação da personalidade.”(Miranda, 2002, p.11). Através de tudo isto, podemos criar um ambiente ideal para o desenvolvimento da criança, enquanto ser humano, ajudando-a a aceitar a sua individualidade e a respeitar a dos outros. Mariana Dias — Educadora de Infância da Creche Rainha D. Leonor

Misericórdia promotora de inclusão A Santa Casa da Misericórdia de Évora há mais de 500 anos desenvolve o seu trabalho social com base na inclusão, contudo em 2018 deu lugar de forma mais concisa à inclusão de indivíduos portadores de deficiência ou incapacidade através de uma parceria com a APPACDM de Évora, tendo assim incluído quatro funcionários em diversas áreas SAD, Lavandaria, Cozinha e Jardinagem. Acreditando esta Santa Casa que o cumprimento das suas obras de misericórdia não devem ser só para com os utentes, mas também para com os seus funcionários, quis ser uma en dade empregadora diferenciada e de apoio a indivíduos portadores de deficiência e incapacidade. Experiência de sucesso e de grande sa sfação, são exemplo disso a Sr.ª D. Ana Fernandes, que está integrada na cozinha desta Santa Casa e a Sr.ª D. Ana que a nível pessoal e profissional tem do um desenvolvimento louvável a caminho da sua autonomia e independência. É com orgulho que esta Santa Casa contribui para estes casos de sucesso e de inclusão. Madalena Oliveira Menéres – Diretora do Serviço de Apoio Domiciliário 4


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Pretende-se com estas dinâmicas trabalhar as a vidades de vida diária, principalmente em utentes em convalescença, ou com limitações devido a problemas de saúde que os deixaram mais limitados na mobilidade, ou devido a défices sensoriais e cogni vos, por exemplo no Acidente Cardiovascular, na Demência, entre outros. Com esta a vidade tem-se como obje vo: sensibilizar os idosos para a colaboração nas suas tarefas do dia-a-dia, através da exemplificação e aprendizagem de conceitos e estratégias adaptadas (estratégias de coping) às suas limitações sicas, sensoriais e cogni vas. Além, de es mular a sua par cipação a va nestas tarefas, estas a vidades promovem o sen mento de u lidade, a auto-es ma e o auto-conceito, entre outros bene cios, sendo o seu culminar na melhoria da autonomia nas a vidades básicas e instrumentais do quo diano. As a vidades básicas da vida diária estão relacionadas com as ações de auto-cuidado, mobilidade (transferências, locomoção, u lização de ajudas técnicas, subir e descer escadas), capacidade de se alimentar, com ou sem ajuda, higiene pessoal (banho, idas à casa de banho e controlo dos es ncteres), ves r, despir, calçar. Enquanto, as a vidades instrumentais da vida diária são a vidades que permitem a integração da pessoa na comunidade, de forma a gerir a sua casa e a sua vida, ou em contexto de lar manter o sen mento de u lidade e a autonomia em pequenas tarefas, com o intuito de retardar o aparecimento de sintomatologia associada a processos demenciais. Tais como, ir às compras, gerir o dinheiro, u lizar o telefone, limpar, cozinhar, u lizar os transportes, entre outros.

RESPOSTAS SOCIAIS

Treino de atividades básicas e instrumentais da vida

Marisa Monteiro – Psicomotricista

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Cerimónias da Semana Santa DESTAQUE

A Igreja da Santa Casa da Misericórdia acolheu, uma vez mais, as Cerimónias da Semana Santa. A Páscoa é uma época vivida de forma intensa pela Irmandade da Misericórdia e pela nossa comunidade que con nuam a comparecer em força e a juntar-se às celebrações da Semana Santa. Contámos com a habitual Cerimónia de Lava Pés, cerimónia forte pelo simbolismo que encerra em si – a representação da humildade de Jesus, perante os discípulos. A Missa Solene foi presidida pelo Reverendíssimo Senhor Padre José Adolfo Vieira Duro e o Sermão do Mandato, este ano, ficou a cargo do Reverendíssimo Senhor Padre Alberto Brito, que no Sermão nos descreveu de forma minuciosa o ambiente vivido na noite em que Cristo Morre por nós na cruz: “(…) Lembremos ainda o grande sinal que acompanha o momento da morte de Jesus: “o sol nha-se eclipsado e o véu do Templo rasgou-se ao meio”. (Lc 23, 45). Só o Sumo Sacerdote podia entrar no grande lugar sagrado da morada de Deus: o Santo dos Santos. A par r da morte de Jesus, toda a humanidade pode tratar Deus por Pai, pode sentar-se à Sua mesa, pode pertencer à Sua família. Não somos nós que conquistamos o acesso a Deus! É a morte de Jesus que não lo merece! Aqui está a passagem para o Novo Testamento (…)”.

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DESTAQUE

Como habitualmente, as celebrações da Sexta-feira Santa iniciaram com a Solene Ação Litúrgica, a Recitação da Paixão, a Homilia e Oração dos Fieis, a Adoração da Cruz e Comunhão. A reunião da Irmandade teve lugar na Igreja do Calvário, seguida do ponto mais alto das celebrações – A Procissão do Enterro do Senhor. A Procissão saiu da Igreja do Calvário, a população compareceu massivamente e vemos uma impressionante moldura humana e muito expressiva em termos numéricos, seguiu o habitual percurso que culminou com a chegada à Igreja da Misericórdia e com a celebração da tumulação do Senhor. As cerimónias desta Sexta-feira Santa foram presididas pelo Reverendíssimo Senhor Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho.

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Porque celebramos o que celebramos IRMÃOS

Na Quarta-feira de cinzas, alguém me fez a pergunta: porque celebramos? Ao que repliquei: Porque todo o ser humano é um ser celebrante. Celebrar é, uma a vidade humana. Celebram-se aniversários, festas nacionais, bodas de prata, de ouro... A festa está presente em qualquer cultura. É um “tempo forte”, especial, que rompe a monotonia diária. Uma comunidade festeja o que considera importante. Como se deduz, as celebrações não pertencem exclusivamente ao domínio religioso. No entanto todo o ser religioso é um celebrante. A celebração da fé é elemento fundamental e estruturante de qualquer religião. Também as festas e celebrações religiosas respondem ao desejo profundo de avaliar a vida, sublinhando o essencial. Por isso, introduz aí um fator novo: a relação com Deus. Celebrar envolve pois, a totalidade do nosso ser. A fé cristã não se reduz a um conjunto de ideias sobre Jesus Cristo; enquanto relação que é, exige o envolvimento de todas as nossas capacidades comunica vas. Celebramos porque na Liturgia, Cristo está especialmente presente. Isto está bem patente na SACRO-SANCTUM CONCILIUM (Cons tuição Conciliar sobre a Sagrada Liturgia) no nº 7: “Cristo está sempre presente na sua Igreja, especialmente nas ações litúrgicas. Está presente no Sacri cio da Missa quer na pessoa do ministro(…), quer principalmente sob as espécies eucarís cas. Está presente com o seu poder nos Sacramentos (…). Está presente na sua Palavra, pois é Ele que fala ao ser lida na Igreja se lê a Sagrada Escritura. Está presente, enfim, quando a Igreja reza e canta, Ele que prometeu: “onde es verem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles” (Mt 18, 20)” O que celebramos na Quaresma? “Quaresma” provém do la m “Quadragesima” e significa “quarenta dias” Chamamos Quaresma ao período de quarenta dias (quadragesima) dedicado à preparação da Páscoa. Na Bíblia, o número 40 tem um sen do especial, é um período de preparação em vista de um grande acontecimento: Assim o Dilúvio durou 40 dias e 40 noites... foi a preparação para uma nova humanidade; Durante 40 anos passou Israel no deserto... a caminho da Terra Prome da; Durante 40 dias e 40 noites, caminhou Elias até chegar à Montanha de Deus; Durante 40 dias e 40 noites, Moisés e Jesus jejuaram no início da Missão. Assim os 40 dias da Quaresma, são também um tempo especial de conversão pessoal, na tenta va de deixar-se transformar pela vida fecundada pelo Evangelho; expressão de comunhão e par lha, na busca de construir uma verdadeira fraternidade. No Domingo de Ramos, celebramos a entrada solene de Jesus em Jerusalém e preparamo-nos para reviver a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. Neste úl mo Domingo da Quaresma somos convidados a contemplar Deus que, por amor, desceu ao nosso encontro, par lhou a nossa humanidade, fez-Se servo dos homens, deixou-Se matar para que o egoísmo e o pecado fossem vencidos.

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Porque celebramos o que celebramos (cont.) IRMÃOS

O Domingo de Ramos é, assim, a “porta de entrada” da Semana Santa e, portanto, para chegar à Páscoa. Na Quinta-feira Santa, iniciamos o TRÍDUO PASCAL, o tempo mais sagrado do ano litúrgico e da vida do cristão, no qual se celebram os Mistérios principais de nossa fé. Da Liturgia de Quinta-feira Santa, brotam três realidades: - o dom da EUCARISTIA, como memorial da Sua gloriosa paixão e morte. Nela, Cristo é o Cordeiro Pascal da nova Aliança. Convertendo o pão no Seu Corpo e o vinho no Seu Sangue, Cristo torna-se alimento para a nossa caminhada e penhor de salvação. “Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu hei-de ressuscitá-lo no último dia, porque a minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue, uma verdadeira bebida” (Jo 6,54-55). - o dom do SACERDÓCIO ministerial , instituído por Jesus na ceia juntamente com a eucaristia, para torná-la possível na Igreja através dos tempos e lugares. “… tomou o pão, dado graças, partiu-o e disse: «Isto é o meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória de mim…”.(1Cor 11,24-26). Cristo está sempre con-nosco na Eucaristia, graças ao Sacerdócio ministerial. - o dom do AMOR FRATERNO, manifestado no gesto expressivo do lava-pés. Cristo demonstra assim que “Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir…” (Mt 20.28). É neste ambiente que Jesus dá aos seus seguidores um mandamento novo: “ que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei” (Jo 13,34) Na Sexta-feira Santa, celebramos a Paixão e Morte de Jesus, o silêncio, o jejum e a oração devem marcar este dia. Ao contrário do que muitos pensam, a Paixão não deve ser vivida em clima de luto: mas de profundo respeito e meditação diante da morte do Senhor que, morrendo, foi vitorioso e trouxe a salvação para todos, ressurgindo para a vida eterna. Deve ser um dia de meditação, de contemplação do amor de Deus que nos “deu o Seu Filho único para que quem n’Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). A Liturgia da Paixão do Senhor não tem a celebração da Eucaristia, mas apenas a distribuição da comunhão. Além de uma introdução e conclusão silenciosa, a Liturgia deste dia tem três momentos distintos: A Liturgia da Palavra que nos apresenta uma síntese da vida e da ação de Jesus: - Ele é o Servo que carrega os pecados da humanidade (1ª Leitura); O Único Sacerdote e Mediador entre Deus e a humanidade (2ª Leitura); O Rei Universal que dá a vida (Evangelho). A adoração da Cruz; Jesus celebrou a sua Páscoa, “passando” através de uma morte dolorosa e humilhante, para chegar à Ressurreição gloriosa. Honrando a Cruz, adoramos e agradecemos a Jesus o seu Amor. O Rito da Comunhão: Não se celebra neste dia a Eucaristia, no entanto, pela Comunhão do “Pão que dá a Vida”, consagrado em Quinta-feira Santa, somos “batizados” no Sangue de Jesus. Assim, unidos à fonte da vida sobrenatural ficamos cheios de força para passarmos da morte do pecado à alegria da ressurreição. No final do dia de Sexta-feira Santa, realiza-se a procissão do “Enterro do Senhor”. Jesus morreu e foi sepultado. Tudo parecia ter acabado. Tudo normal, tão igual a toda a gente… O verdadeiro funeral de Jesus teve pouca gente, porque razão neste dia se reúne uma pequena multidão? Que vamos fazer? Participar num ato cultural? Cumprir uma tradição, um rito? Participamos nessa procissão porque afinal o sepulcro ficou vazio. Aquele que o soldado trespassou, o que foi sepultado, ao terceiro dia ressuscitou e continua vivo no meio de nós. Participar nessa procissão é estarmos unidos a Maria, a Mãe de Jesus e nossa Mãe e deixar que ELA nos guie a CRISTO RESSUSCITADO que nos convida a construir um mundo melhor, Um mundo de Paz, de Justiça, de Amor. Santa Páscoa Diácono José Carlos Fraústo – Membro da Mesa Administrativa / Culto

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Cuidar do Idoso IRMÃOS

Velhice Anos mais prolongados no tempo… Maior “vulnerabilidade”; Vidas interrompidas; Afetos comprome dos!!! Alterações mentais… Dificuldades motoras; Solidão/limitação na convivência social; Falta de tempo por parte dos familiares; E desresponsabilização de “alguns”. Longa experiência de VIDA.

Maria José Saragoça Membro da Mesa Administra va / Recolhimento Ramalho Barahona

Cuidar do IDOSO é MUITO EXIGENTE São várias as premissas essenciais: 1. Sensibilidade/Conhecimento; 2. Disponibilidade Interior; 3. Ser Solidário; 4. Ser Responsável. Qualquer sinal diferente do quo diano é um “alerta”!!! Está implícito: 1. O “diálogo” entre os pares e funcionários; 2. O Incen vo ao exercício sico/mobilidade; 3. O Rela vizar/Desmis ficar o passado mais nega vo; 4. O Posi vismo na “acção”; 5. A Promoção da saúde sica e mental; 6. O Transmi r um “sorriso” /Alegria; 7. O Acompanhamento Espiritual; 8. O Cul var o gosto pela VIDA… São desafios constantes e diários nesta franja da sociedade tão frágil, que nos obriga/implica numa missão deveras gra ficante. Como fazer: - Intervenção concertada da equipa mul disciplinar; Direção, Serviço Social, Psicologia, Psicomotricidade, Animação Sociocultural, Médico e Enfermagem - Desenvolvimento de a vidades no interior e, exterior da ins tuição Fomentar espaços de convívio; Estreitar os laços familiares; Organizar eventos fes vos; Intervir com voluntários (Pastoral Universitária) em vários campos (Cuidar; Escutar; Sorrir/Animar) É SER SOLIDÁRIO COM COMPROMISSO Em todo o po de intervenção tem que estar subjacente o valor primordial da VIDA: O RESPEITO PELO SER HUMANO Para finalizar, como a época é de reflexão e paz (Quaresma), deixo-vos um poema, cuja autoria é da Madre Teresa de Calcutá.

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Poema da Paz O maior remédio: o o mismo A maior sa sfação: o dever cumprido A força mais potente do mundo; a fé As pessoas mais necessárias: os pais A coisa mais bela de todas: O AMOR!”

IRMÃOS

“O dia mais belo: hoje A coisa mais fácil: errar O maior obstáculo: o medo O maior erro: abandonar A raiz de todos os males: o egoísmo A distração mais bela: O trabalho A pior derrota: o desânimo Os melhores professores: as crianças A primeira necessidade: comunicar-se O que traz felicidade: ser ú l aos demais O pior defeito: o mau humor A pessoa mais perigosa: a men rosa O pior sen mento: o rancor O presente mais belo: o perdão, O mais imprescindível: o lar A rota mais rápida: o caminho certo A sensação mais agradável: a paz interior

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Contributos da animação sociocultural para o envelhecimento Animar pode ser um processo complexo dado o público-alvo com quem trabalhamos diariamente. A planificação de a vidades que se ajustem aos novos desafios impostos pelos idosos, é um processo rigoroso e de conhecimento extenso dos idosos com que trabalhamos. A importância da animação de idosos, é facilitar a par cipação na vida social, o desempenho de um papel a vo e criar “acontecimentos de vida” ao alterar a ro na diária. Desta forma, a animação funciona como um es mulo permanente para as capacidades mentais, sicas e afe vas é considerada como um fator determinante para a qualidade de vida dos mais velhos, preservando a sua autonomia passando a ser um suporte de comunicação dentro do qual o aspeto relacional é privilegiado e faz da animação um elemento decisivo na qualidade de vida de uma ins tuição. Uma das caraterís cas mais posi vas da animação é o facto dela possibilitar ao idoso que as suas qualidades interiores se revelem e lhe deem sustentação, equilibrando-o e sobrepondo-se às perdas que no geral o a ngem nesta etapa da vida. A própria palavra “animação” significa o sen do de dar ânimo, dar vida. Algo que tem uma grande importância nesta faixa etária. Em contexto lar, é importante que se quebrem barreiras, através da dinamização de a vidades de animação sociocultural para que o idoso se sinta ocupado e ú l e de alguma forma se sinta autónomo na realização dessas mesmas a vidades. Assim, a intervenção do Animador na Terceira Idade inclui, portanto, a prevenção de declínios prematuros, potenciar-lhes a sua qualidade de vida bem como usufruir da mesma, o que pode e deve incluir o contacto com outros públicos, nomeadamente as crianças. Podemos concluir, que o animador tem o papel de evitar um envelhecimento acentuado e subs tui-lo por um envelhecimento posi vo. No entanto, surgem SENTIMENTOS, a vocação e o gosto pela profissão e é aí que todo esse processo flui de forma mais simplificada. Para que o trabalho possa ser concre zado de forma posi va, os sen mentos, a sensibilidade e o cuidado com os idosos devem ser o ponto principal. O essencial é desenvolver um trabalho que leve a animação socio-cultural a um nível de importância a que, aos olhos da sociedade, seja possível reconhecer a sua importância na promoção de um envelhecimento a vo e bem-sucedido face às adversidades que a vida, e o processo de ins tucionalização provocam. Rute Belga – Animadora Sociocultural

Ficha Técnica Propriedade: Santa Casa da Misericórdia de Évora Contribuinte: 500 745 846 Rua Mendo Estevens, 6 7000-865 ÉVORA

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Telefone: 266 748 830 Fax: 266 747 509 Email: geral@scmevora.pt URL: www.scmevora.pt www.facebook.com/scmevora

Director: Francisco Lopes Figueira (Provedor) Redação: Mesa Administrativa, Conselho de Ética e Colaboradores Paginação: Ana Talhinhas Periodicidade: Quadrimestral

Tiragem: 500 exemplares Impressão: Gráfica Eborense Depósito Legal: 392222/15 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA


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