A Colheita 54

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Que Natal E

stá chegando o Natal! O mundo se agita! É um grande evento. Presentes, festas, musicais, palavras bonitas, bichinhos no presépio. Chegam as promoções do tão esperado dia. Será que o Noel vai se lembrar de mim? Todos os anos isso se repete, em um dia certo na agenda. Nós, pastores, iniciamos um movimento da crítica ao assédio do comércio, declaramos nos púlpitos das igrejas um alerta geral ao não-consumismo e dizemos palavras e mais palavras sobre o verdadeiro sentido do Natal. Ao mesmo tempo, começamos a preparar nossas festividades: “Neste ano, o musical não pode falhar. Será o melhor que já apresentamos”. Vislumbramos um templo cheio de gente a prestigiar o quanto sabemos “fazer uma festa de Natal de verdade”. Lemos Lucas, sobre o nascimento do Messias, ficamos maravilhados com a “grande multidão do exército celestial” e nossos olhos brilham por promover a maior festa do ano para encerrá-lo com chave de ouro. Algo precisa nos intrigar em tudo isso! O mesmo Lucas que lemos antes também diz: “Lhes nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor”. Que tipo de salvação anunciada é essa? À semelhança da cultura do dia especial no calendário, nós anunciamos o nascimento de Jesus esperando que as pessoas sensibilizadas acenem por recebê-la e, nos dias que se passam, sem foco no senhorio de Cristo, acabam por se acomodar descansando sobre o que receberam: a vida. Assim, somos instigados a olhar para o

de pastor para pastor

é esse?

Cristo que lança esperança no coração dos primeiros discípulos ao ouvirem dele: “Segue-me”. “Segue-me”. Quando observamos a autoridade do Mestre sobre os espíritos imundos; quando ele, com gestos diversos, promove curas; quando nos choca ao dar um novo significado ao amor dizendo: “ame os seus inimigos”; quando uma pecadora recebe mais atenção que os promotores do jantar; quando a fome é saciada; quando mais discípulos são enviados; quando as discriminações são quebradas; quando somos responsabilizados por vestir, saciar a fome e promover paz, enxergamos quem é Cristo. Vemos o que devemos ser a partir do momento em que entendemos o Natal. Que Natal é esse? Dia 25 de dezembro ou todos os dias do ano? Algo mais é preciso saltar à nossa frente com tudo isso! Palavras que lancem luz sobre intenções no nascimento do Messias. Preocupar-se com a ordem dada para prosseguir na Missão. Precisamos entender que o Cristo está menos interessado em resolver nossa vida e mais interessado em que olhemos para ele e façamos como ele fez. Devemos estar em Missão. Devemos participar do nascimento de Cristo todos os dias no coração da humanidade. Que façamos uso da autoridade que nos foi dada e repliquemos as mesmas atitudes daquele que nos salvou. Como líderes, temos a missão de gerar discípulos de Jesus menos interessados “no que ganhar” e mais interessados em novos nascimentos. Jaelson Guedes Pastor da Igreja Batista Redenção, em Goiânia/GO.


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