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A aprender em Vila do Conde
No âmbito das disciplinas de educação física, de ciências naturais e de história, as turmas do 8º ano foram a Vila do Conde, no dia 19 de abril, ao Kayak Club de Azurara, ao Centro de ciência Viva e à Alfândega Régia / Nau Quinhentista. Depois de termos saído da escola cedo de camioneta, passamos todos umas horas extraordinárias. Na Nau, foi-nos explicado como teriam vivido os marinheiros nessa altura, as doenças mais comuns de que os marinheiros padeciam e como a embarcação funcionava. No interior, pudemos observar os aposentos da tripulação de cargos mais importantes, como capitão ou escrivão, pois apenas estes possuíam lugar específico para pernoitar, já que todos os outros dormiam ao relento. O engraçado é que as diferentes personagens estavam representadas através de esculturas humanas. Pudemos, também, aceder a todas as partes do barco e tirar muitas fotografias para investigar o passado histórico mais a fundo.
Ainda nos foi possível visitar um museu que estava ligado à Nau, a Alfândega Régia, cujo edifício se encontrava exatamente igual ao passado, tendo sido, apenas, vam maquetes de barcos antigos, sobretudo portugueses, e entre eles estava o navio que foi utilizado por Vasco da Gama para chegar à Índia. Também havia diversas esculturas humanas a representar os diversos intervenientes nas atividades da alfândega, como capitães de navios, juízes, entre outros.
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Após a nossa “investigação” à Nau e ao museu, o grupo II trocou com o grupo I e dirigiuse ao kayak. No Club, os alunos puderam experimentar este desporto em grupos de dois, cada um com uma pagaia (remo de kayak), tendo liberdade para levar o kayak a qualquer parte do rio que quisessem, desde que se visse do cais onde estavam os professores a observar-nos, caso algo corresse mal. Estava um dia agradável, e alguns alunos até aproveitaram para dar um mergulho.
Depois do almoço cheio de aventura, dirigimo-nos a pé até ao Centro de Ciência Viva de Vila do Conde
A primeira exposição interativa intitulava-se “A Água” e aí nós tocamos em conchas, animais vivos como estrelas-do-mar e diversos peixes. No Workshop “Morcegos às claras” entramos interativos sobre morcegos, aprendemos porque é que os morcegos andam com a cabeça para baixo, se são cegos, se serão seres com asas ou mesmo vampiros misteriosos, como é que uma mãe reconhece a sua cria no interior de uma colónia berçário, se os morcegos são todos pretos, como é que ouvem o som e sentem vibrações e fizemos experiências relacionadas com a frequência do som, algo que aprendemos na disciplina de físico-química. Devo acrescentar que a viagem de volta foi muito emocionante por sentirmos que tínhamos aprendido muito e duma forma a que não estávamos habituados - fora de uma sala de aula. Em suma, o que percebemos é que aprendemos de uma forma prática e que esta forma é muito mais interessante do que apenas ouvir e aplicar o que aprendemos. Apoio a ideia de que fazer visitas de estudo ajuda na educação daqueles que têm mais dificuldades a aprender, e não são, de forma nenhuma, uma perda de tempo .
Gabriela Moutinho, 8ºC