AlfraMagazine


Bimestral n.º 05 Janeiro 2023


Distribuição gratuita
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#Alfragide Secretário
Ana Luísa de Mello Vogal Fernando Augusto

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No ano de 2023, que agora começa, é tempo de conceber novas ideias, planificar, reencetar atividades e avançar com novos projetos Para 2023, a disposição do Executivo da Junta de Freguesia é a mesma de sempre: lutar pela melhoria da qualidade de vida (pelos direitos) dos fregueses de Alfragide Estamos no mesmo lugar com a mesma atitude positiva e continuaremos como sempre ao lado da população. Mantemos o espírito crítico, hoje como ontem, e executaremos as propostas que julgarmos mais adequadas, ouvindo as críticas, as recomendações e as sugestões vindas dos que residem em Alfragide.
O presente Magazine pretende ser uma porta aberta para a comunidade, desejando assumir um alcance muito mais alargado, destacando informação relativa à freguesia – pessoas, projetos, obras, eventos, serviços, etc.
Na senda do futuro, é intenção deste Executivo continuar a melhorar a informação prestada aos habitantes e aos que trabalham em Alfragide, e a todos aqueles que leem com interesse este magazine, de modo a satisfazer os seus propósitos
Da nossa parte, a confiança continua a ser o lema pelo qual nos regemos. Uma confiança que se conquista dia a dia, junto da população, e que é um dos nossos ativos mais preciosos
Votos de um excelente Ano Novo!
António PauloCom que idade e porque se começou a interessar pela política?
Por influência dos meus pais, desde muito jovem que me interesso por política, pois as conversas de política em casa entre amigos deles eram muito comuns, e eu ficava a escutar. Não conseguindo precisar a idade, mas lembro-me de ter 15/16 anos - de referir que atualmente tenho 41 anos - e ver os debates de opinião política na televisão Vibrava na altura das eleições e esperava ansiosamente pelo fecho das urnas e ver as primeiras projeções De referir que sou da geração em que o slogan era: “Soares é Fixe”, logo, independentemente das convicções políticas de cada um de nós, Mário Soares foi uma figura marcante na geração de 80/90 e que incutiu em muitos de nós o gosto pela política Somente em 2006 me filiei no partido a que pertenço até ao dia de hoje, e foi após esse momento que comecei a dedicar-me mais intensamente à política
O que o levou a aceitar/candidatar-se à junta freguesia de Alfragide?
Antes de mais uma introdução prévia Como referido na questão anterior, tenho 41 anos de idade e há 41 anos que tenho uma grande ligação a Alfragide Os meus avós e pais foram dos primeiros habitantes na zona denominada como Alfragide Norte, mais concretamente na Rua da Imprensa. O meu avô era jornalista, sendo que no início dos Anos 70 foi criada uma cooperativa entre jornalistas para a construção daquela rua e respetivas habitações, daí o nome da rua Era uma altura em que avós, pais e netos viviam na mesma casa, o nosso caso não era exceção
Portanto posso dizer que fui concebido em Alfragide (acho! ), nasci fisicamente em Alfragide, brinquei em Alfragide, estudei em Alfragide, trabalho em termos profissionais em Alfragide, e mais recentemente, faço parte de um executivo que foi eleito por Alfragide Costumo dizer a brincar que só faltam mesmo duas situações: casar em Alfragide e ser velado em Alfragide
Com tudo o que descrevi acima, e como tal fica demonstrada a importância que Alfragide tem para mim, pertencer ao Executivo da Junta de Freguesia com o intuito de melhorar a vida de todos os meus conterrâneos, é a melhor forma de eu poder retribuir, razão pela qual quando me foi endereçado o convite para o Executivo da Freguesia, não tinha como o recusar É na realidade um dever que tenho, e muito orgulho sinto eu por isso
Na sua opinião, quais as principais razões para os níveis tão elevados de abstenção (próximo de 50%) a nível nacional e dos mais elevados no concelho onde se insere a freguesia de Alfragide (57%) - dados Por data 2021
Alfragide especificamente tem tido uma abstenção menor à media nacional A título de exemplo, nas últimas eleições Legislativas em 2022, Alfragide teve uma abstenção na ordem dos 33%, e em termos de eleições Autárquicas, em 2021 a abstenção em Alfragide foi de aproximadamente 50%, no entanto não ficamos de todo satisfeitos por isso
Sabe-se que a abstenção na população mais jovem é bem maior que na população mais velha
Historicamente a população mais velha tem ainda bem presente a memória do que era viver em períodos onde a liberdade de escolha não existia, como tal, agora que essa liberdade existe e não há limitações algumas no que diz respeito às escolhas políticas, não desperdiçam a oportunidade para refletir a sua opinião e escolha no dia de votar
Por outro lado, a população mais jovem está muito desligada da política, e esse acaso creio que se deva essencialmente aos partidos políticos Há uma grande falta de comunicação entre a política e os jovens, sendo que a política tem de ir ao encontro dos jovens, tem de ir onde eles estão A forma de fazer política que existia há 20/30 anos, não é, quanto a mim, a melhor forma de fazer política atualmente O digital é onde está a população jovem, e é no digital onde a comunicação política tem de melhorar
Outro dos fatores que pesa bastante, é a descrença que existe na política Temos políticos brilhantes da Esquerda à Direita, mas temos também alguns políticos que contribuem para essa descrença Infelizmente os políticos que contribuem para essa descrença são os que têm maior visibilidade pública por serem aqueles que muitas vezes seguem uma política mais simplista, rasa e mais popular Aqui faço também uma crítica ao atual estado da nossa Comunicação Social
Existem muitas outras razões, mas estas penso que sejam as principais Cada qual terá a sua opinião sobre a abstenção, de uma forma genérica e simples esta é a minha
De acordo com os dados referidos na questão acima, que medidas podem ser tomadas para aproximar mais a população ou que esta manifeste um interesse maior sobre as questões autárquicas?
Essa é a pergunta do “milhão de dollars”, em todo o caso, sinto que Alfragide é um pouco a exceção à regra Pese embora nas Reuniões Públicas e Assembleias de Freguesia haja poucos fregueses a participar, quando andamos na rua, diariamente, muitos fregueses vêm ter connosco e com os funcionários da Junta para demonstrar respeitosamente alguns descontentamentos, partilhar sugestões de melhoria, dar os parabéns por alguma coisa que foi feita, etc. Sinto verdadeiramente que a população de Alfragide se interessa pela nossa freguesia e faz questão de o demonstrar pessoalmente Há claro ainda um longo caminho pela frente, uma vez mais voltamos à questão da melhoria da comunicação que é ainda deficitária
Quais os efeitos dos espaços verdes urbanos na saúde física e mental da população?
Penso que esta seja a questão de todas as que me foram dirigidas com a resposta mais consensual Não sendo psicólogo, mas dizendo aquilo que sinto, quem não se sente melhor num espaço que está bem cuidado, limpo e agradável à vista? Pese embora Alfragide tenha ainda muito a melhorar, sou da opinião que Alfragide deu um salto qualitativo quer seja na questão da higiene urbana como nos espaços verdes, como tal espero que se esteja a contribuir positivamente para a saúde metal e física dos Alfragidenses
Quais as maiores desafios que enfrenta com a gestão dos espaços verdes?
Sem dúvida alguma falta de recursos humanos Em termos nacionais estamos felizmente num estado de pleno emprego, pelo que a carreira de Assistente Operacional não é a primeira escolha quando se procura por um novo trabalho Em situação de pleno emprego existem melhores opções de trabalho cujos os rendimentos mensais são superiores ao que está rigidamente tabulado para a Função Pública Temos aberto diversos concursos para a integração de novos funcionários, no entanto estes ficam muito perto de ficar sem candidatos De referir que um concurso para Assistentes Operacionais (ou qualquer outra carreira na Função Pública) demora cerca de 1 ano até à sua conclusão Ora em 1 ano muita coisa muda nas nossas vida, e quem está a concorrer a um concurso destes não pode ficar 1 ano à espera de ser admitido Muito honestamente a falta de recursos humanos é o maior desafio que encontro para a gestão dos espaços verdes Quase todos os dias é necessário fazer alguma “ginástica” no sentido de se organizar o trabalho
No entanto temos vindo gradualmente a aumentar os funcionários nos nossos quadros, mas não de forma abundante
Apesar de tudo, não posso deixar de dar um enorme agradecimento a todos os funcionários que estão alocados ao serviço da Gestão do Espaço Público. Raros são os dias que não me orgulho por alguma coisa que tenha sido executada. Vejo constantemente muita dedicação e brio naquilo que estão a fazer, e isso deixa-me muito feliz e com a esperança que Alfragide irá continuamente melhorar
Que técnicas de rega são utilizadas na freguesia de Alfragide, numa época em que a água começa a ser um bem escasso nalgumas zonas do planeta?
O Ano que passou foi um Ano particularmente exigente no que diz respeito ao tema da rega Neste dia em que estamos a fazer esta entrevista, já não estamos em situação de seca, aliás, com as chuvas dos últimas semanas, em termos nacionais passámos do “8 para o 80”, no entanto não será por isso que não iremos continuar a otimizar o máximo possível a rega dos nossos espaços verdes O exemplo tem também de partir de nós
Atualmente a Junta de Freguesia tem essencialmente duas formas de minimizar o problema, sendo que a primordial são as regas propriamente ditas Tradicionalmente as regas em épocas sem chuva são efetuadas duas vezes por dia, uma ao início da noite e outra um pouco antes do amanhecer A nossa opção tem sido fazer somente uma rega de madrugada, e em alturas de maior escassez de água fazemos uma rega de madrugada de dois em dois dias. Foi esta a regra que esteve em vigência no Ano transato, muito antes das indicações oficiais dadas pela Câmara nesse sentido
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Para além das regas propriamente ditas, a Junta de freguesia fez um grande esforço financeiro e humano no sentido de recuperar os sistemas de rega existentes na nossa freguesia Substituímos muitas centenas de metros de tubagens que já tinham fugas de água – de referir que os sistemas de rega em Alfragide têm cerca de 30 anos - e passámos muitos sistemas de rega que eram manuais para automáticos Neste momento devemos ter somente três zonas verdes que ainda têm um sistema manual, mas é nosso objetivo que este Ano passem a ser automáticos
A outra forma que a Junta esboçou para otimizar os consumos de água, é a reabilitação de muitos canteiros que estão um pouco por toda a freguesia Neste caso o investimento feito pela Freguesia foi e será ainda maior Para nós não faz sentido haver pequenos espaços de relvados, que em bom rigor não são visualmente atrativos e que são pequenas áreas onde é necessário um grande consumo de água para os manter. Nestas situações, o que estamos a fazer é substituir esses relvados por espaços mais aprazíveis visualmente e ecologicamente sustentáveis, com o recurso a plantas e arbustos que aguentem pouca rega, podendo assim os sistemas de rega com recurso a aspersores serem substituídos por sistemas de rega rota-a-gota
É o que se chama: uma situação “win-win”, ou seja, além de se poupar na água, está-se a tornar Alfragide com espaços bem mais bonitos
Dados os benefícios comunitários, ambientais e mentais, está pensada a disponibilização de algum terreno para iniciar uma Horta Urbana Comunitária em Alfragide?
Alfragide está perfeitamente consolidada e fortemente urbanizada Com isto o que quero dizer é que não há muitos terrenos disponíveis para se criar um projeto de hortas urbanas com alguma dimensão Estudou-se uma possibilidade de criação de hortas urbanas nuns terrenos que existem adjacentes à CRIL, no entanto os mesmos não mereceram um parecer favorável por parte das entidades competentes, especialmente em termos ambientais
No entanto é ainda um projeto que está na agenda do atual executivo Ter-se-á de ser muito imaginativo para este projeto poder avançar com segurança
Alguns espaços verdes da freguesia de Alfragide poderiam beneficiar de estruturas de apoio como cafés/quiosques, bem como wc. Está pensado algum desenvolvimento nesse sentido?
Sim, é um assunto que está a ser estudado internamente Não relativamente aos WC’s públicos, que não há para já perpetivas que venham a existir, mas sim relativamente à concessão de cafés/quiosques. Não posso avançar muito mais relativamente a este assunto pelo facto de estar ainda em fase embrionária De referir que somente no ano passado a competência da Ocupação da Via Pública foi descentralizada para a Junta de Freguesia, assim como também a gestão dos grandes parques urbanos É, portanto, uma matéria bastante recente para que se vejam resultados nesse sentido
Quais os projetos para Alfragide em 2023 relativamente as Espaços Verdes para 2023?
2023 penso que irá ser um excelente ano para Alfragide nesta matéria, arrisco até mesmo dizendo que vai ser um ponto de viragem
Iremos continuar a trabalhar fortemente na reabilitação dos Espaços Verdes, entre os quais a reabilitação de mais três rotundas, à semelhança do que foi feito na Rotunda da Força Aérea, na Estrada de Alfragide junto da PSP, na da Estrada do Zambujal e na da Estrada da Portela Desta vez iremos recuperar as rotundas na zona Norte de Alfragide. Quanto aos canteiros e pequenos espaços verdes que estão um pouco por toda a freguesia, iremos pelo segundo ano investir na reabilitação dos mesmos com recurso a novas plantas e arbustos ornamentais
No entanto, o maior passo qualitativo que vamos dar em 2023 irá ser no tratamento dos Espaços Verdes Como é sabido em termos de tratamento dos Espaços Verdes, Alfragide está dividida em duas zonas, a Zona 1 (da Estrada do Zambujal para Sul) e a Zona 2 (da Estrada do Zambujal para Norte), sendo que ambas as zonas estão adjudicadas via concursos a entidades externas para a respetiva manutenção Assim teve de ser devido ao número muito curto de funcionários que a Junta de Freguesia dispunha Apesar da dificuldade constante no recrutamento de trabalhadores, temos vindo paulatinamente a aumentar o número de funcionários, sendo que, por esse facto, a partir de fevereiro teremos todas as condições para que toda a zona central de Alfragide seja uma nova zona separada das restantes e seja mantida diariamente por uma equipa permanente de funcionários da Junta de Freguesia. Assim sendo, iremos depender somente de nós na manutenção desses espaços, sendo que esperamos a curto trecho expandir para a restante Freguesia Para isso, estamos também a aguardar receber brevemente maquinaria mais pesada que já foi adquirida no Ano passado, entre as quais tratores para o corte de relva, que irá agilizar o trabalho de corte, deixando mais tempo para os trabalhos de poda de arbustos, plantações, corte de ervas nos passeios, etc
Esta expressão – que hoje revivemos – foi usada, e ainda é, em todo o mundo ocidental, acompanhada de muito barulho (para assustar os espíritos que acompanhavam) e até de loiça partida (muito comum na Beira Baixa e Alentejo) Tudo isto para dar espaço a que o Novo Ano possa entrar
Alguns já se terão perguntado – e outros saberão – porque é que o Ano Novo começa no 1º dia de Janeiro
A resposta é simples: foi por decisão de Júlio César, daí o nome de calendário juliano, mais tarde ajustado pelo calendário gregoriano, que os cristãos ortodoxos rejeitaram, mas isso são “contas de outro rosário” que para aqui não interessam
Em 46 a.c., Júlio César alterou profundamente o calendário romano, baseando-se no calendário egípcio, a conselho do astrónomo Sosígenes
Em consequência, o calendário romano passou a contar com doze meses (o que não acontecia até aí) e os meses passaram a ter 30 e 31 dias, mais ou menos intercaladamente, com excepção de Fevereiro que, de 4 em 4 anos, tinha um dia extra (ante die sextum kalenda martias)
O primeiro dia do ano passou a ser o dia 1 de Janeiro, que coincidiria com o 8º dia posterior ao solstício de Inverno (que, com as alterações, corresponde ao nosso actual 25 de Dezembro) E isto porque as outras estações mudavam sempre 8 dias antes dos meses de Abril, Julho e Outubro.
Estão confusos? Os romanos ainda ficaram mais Nesse ano tiveram que acrescentarse vários dias ao ano anterior. Foi a confusão geral.
Vamos falar, agora, um pouco de Janeiro, porquê Janeiro, mês dedicado a Janus?
E aqui entra o mito
Ao contrário de quase todos os deuses do Olimpo, Janus não tem paralelo na mitologia grega, mas para os romanos simbolizava muito Devemos a Ovídio a história deste deus, inicialmente sem forma e com o nome de “Caos”
Aquando da criação dos elementos, essa massa informe transformou-se num deus que guardava o Olimpo e tal como as portas têm dois lados, Janus tinha duas faces, também Uma olhando para fora, outra para dentro, uma olhando o passado (a que tem barbas), outra olhando o futuro.
Em Roma, existia um templo dedicado a este deus, cujas portas só se fechavam em tempo de paz, o que segundo Tito Lívio, só aconteceu duas vezes em oito séculos. Mas porquê? – perguntarão Ovídio responde, adensando o mito: para que quando alguém vai à guerra, encontre aberto o caminho de volta. Para que a paz que reina no templo, não fuja pelas suas portas abertas
Janus representa a passagem
Desejo-vos, pois, um bom porvir, recordando que ele depende, nalguma medida, de nós mesmos.
• A autora não adoptou as regras do novo acordo ortográfico.
Eu odeio ser portadora de más notícias, especialmente notícias que vão provocar uma preocupante comoção nacional, mas a Bolacha Maria, a nossa tradicional e genuína Bolacha Maria, a bolacha que carrega a responsabilidade do nome de mais de metade das portuguesas, e que está na base de doces tão nacionais como o bolo de bolacha ou a serradura, não nasceu em Portugal
Podemos afirmar que é uma bolacha talvez mais importante e simbólica em Espanha do que aqui Mas antes de carregarmos os canhões e marcharmos em direção a Olivença, vamos à história porque a Maria também não é espanhola.
A história da Bolacha Maria nasceu na década de 1850 e divide-se entre Pushkin e Londres. Em Outubro de 1853, nasceu em Pushkin, a 26 km de São Petersburgo, Maria Alexandrovna, a quinta descendente e única filha do czar Alexandre II da Rússia Quatro anos depois, James Peek convidou o marido da sua sobrinha, George Hender Frean, para sócio numa recém-criada fábrica de bolachas perto da Torre de Londres. A história destas três personagens cruza-se quase 20 anos depois quando, em 1874, Maria Alexandrovna é pedida em casamento pelo segundo filho da Rainha Victoria, o Duque de Edimburgo Para celebrar o evento, a Peak Frean and Co decide lançar, no ano seguinte, uma bolacha comemorativa. Foi aqui que começou a história da famosa
Bolacha Maria
Feita com a forma de uma medalha comemorativa, a Bolacha Maria foi fabricada redonda, com o nome Maria estampado no centro e um pomposo rebordo feito com um padrão grego muito popular na Rússia da época Com uma receita simples e barata (farinha, óleo, açúcar e extracto de baunilha), as Maria biscuits rapidamente se tornaram um sucesso: primeiro, no Reino Unido; depois, no resto do mundo
Se a fama britânica se pode explicar pelo interesse à volta do casamento do príncipe, já o sucesso mundial tem mais a ver com a época O final do século XIX é essencialmente marcado pela Revolução Industrial, nascida no Reino Unido E as bolachas são dos produtos mais surpreendentes desta revolução.
Desde muito mais cedo que as bolachas eram produzidas, mas essencialmente por serem alimentos duradouros usados nas longas viagens de barco. Duras, secas e muitas vezes sem sequer levarem sal, eram produtos desprezados e raramente consumidos em terra.
A Revolução Industrial modernizou o mundo das bolachas, não só as tornou mais saborosas e com uma validade mais prolongada, mas também descobriu novas formas de embalamento que permitiam produzir bolachas em larga escala, mantendo a textura e o sabor durante mais tempo O comboio foi essencial numa alternativa mais suave de transporte, em comparação com as estradas esburacadas, permitindo o envio de bolachas para distâncias mais longas sem que estas chegassem partidas ao destino
Se a produção melhorou os hábitos de consumo alteraram-se radicalmente Com os stria, "os snacks tornaram-se cada vez is". E as bolachas são a forma perfeita
Na viragem para o século XX, as Bolachas Maria já eram produzidas em Portugal e Espanha. Cá são ultra-populares, mas em Espanha são um símbolo. Fabricadas no país desde o início do século, as galletas Maria tornaram-se um verdadeiro ícone de prosperidade a seguir à Guerra Civil. Depois de anos de guerra e de fome, o governo de Franco lançou uma campanha nacional para a produção de trigo, o que acabou por resultar num excedente.
Os preços baixaram e, com as sobras decorrentes da produção de pão, as panificadoras começaram a produzir Bolachas Maria em larga escala e a preços baixos
O produto tornou-se tão popular que era oferecido nos cafés, acabando mesmo por virar um símbolo de prosperidade económica usado pelo Franquismo
Hoje, segundo o livro The Oxford Companion to Food, as "galletas" Maria representam quase metade das bolachas produzidas em Espanha Mas também são vendidas em locais tão distantes como o Japão. Tudo porque pouca gente resiste àquele sabor equilibrado e não demasiado doce e àquela textura dura que aguenta três ou quatro mergulhos num copo de leite quente sem transformar a bolacha numa massa disforme. Eu cá continuo a preferi-las em sanduíche, com manteiga no meio.
Uma ótima bolacha para si onde quer que a Maria esteja!
O executivo da JFA agradece a presença das muitas pessoas que visitaram a nossa Aldeia Natal, e de todos os expositores por enobrecerem o nosso evento com os seus produtos e serviços. Uma palavra especial de agradecimento aos nossos funcionários, que foram incansáveis e tornaram possível esta iniciativa.
No passado dia 6 de janeiro, realizou-se o almoço de Dia de Reis com os séniores do município da Amadora na Quinta Valoásis, em A-dos-cunhados, com 5 freguesias representadas
No dia 10 de janeiro, realizou-se a visita ao Museu do Azulejo. Inserido na Festa de Natal que o próprio Museu organizou para este dias, foi possível visitar o Convento da Madredeus e assistir ao Concerto de Natal realizado pelo grupo Vox Angelis
No âmbito da Festa de Natal Sénior, realizou-se, no Cineteatro D João V, o espetáculo do Quorum Ballet – “Quebra Nozes”, seguido da oferta de um lanche natalício e de um brinde
No dia 26 de novembro, o ator, músico e nosso vizinho Rui Melo veio contar uma história a quem quis ouvi-la. Os pais também estiveram incluídos. No final, os miúdos ilustraram, sob a forma de desenho, a experiência da história e música que ouviram
No dia 20 de janeiro realizou-se mais um Workshop inserido no projeto 'Amadora Compassiva', onde os participantes receberam informações essenciais sobre o Testamento Vital.
Obrigado a todos os presentes, e ao sempre disponíve, Dr António Folgado
As nossas artistas do Ateliê de Costura, que se reúnem todas as quartas-feiras no nosso Espaço Alfragide, decidiram dar um toque aconchegante a algumas árvores da nossa Freguesia localizadas na Rua Alberto Aldim.
O processo ainda não se encontra concluído, mas já podemos perceber que criatividade e cor não faltam nesta quadra festiva que estamos a celebrar
No dia 10 de dezembro, estivemos na Festa de Natal da Associação Partilha do Zambujal. Numa festa cheia de animação e agradecemos a gentileza pelo certificado entregue
impresso em papel reciclado. Por uma Alfragide mais verde!
REQUALIFICAÇÃO DA ROTUNDA DAS TRÊS ESCOLAS
O destaque desta requalificação é o facto de esta rotunda estar no meio de três escolas (EB23 Almeida Garrett, EB1 Alto do Moinho e Escola Luís Madureira-SCMA). A opção criativa foi adicionar elementos escultóricos relacionados com a educação/ensino com o uso das cores plasmadas na nossa bandeira nacional
Na continuação do trabalho de Requalificação dos Espaços Ajardinados da nossa freguesia, o executivo da JFA escolheu esta zona da Av das Laranjeiras n ºs 12 a 18, para esta intervenção. A mesma estava necessitada de recuperação, otimização da rega, melhoramento na qualidade das espécies arbustivas plantadas e arranjo paisagístico
A
A Junta de Freguesia de Alfragide tem feito um esforço significativo na reabilitação de vários espaços verdes da nossa freguesia, com o objetivo de tornar esses espaços mais agradáveis, como também de preparar a nossa freguesia para períodos de escassez de água que possam ocorrer no futuro Para isso, a JFA tem vindo a substituir canteiros de relva por canteiros com arbustos e a otimizar também os respetivos sistemas de rega
l f r a g i d e é e s p a ç o p ú b l i c o
Tiago Pombal, 41 anos, três filhos, é farmacêutico substituto na farmácia da Quinta Grande que pertence à sua mãe Maria José Pombal e, trabalha com a sua irmã, Ana Pombal, também farmacêutica, sendo então uma farmácia familiar.
Por que se tornou farmacêutico?
Sempre tive paixão pela ciência e tecnologia, e como a minha mãe é farmacêutica foi a opção mais forte no campo das ciências
E o que é ser farmacêutico?
Temos que ver que a profissão de farmacêutico tem várias vertentes, desde farmácia comunitária, farmácia hospitalar, industria, entre outros. No meu caso, como farmacêutico comunitário, é estarmos na primeira linha no contacto com o utente, quer seja no aconselhamento quer seja no encaminhamento para outras entidades de saúde.
Chegou a trabalhar noutra farmácia?
Apenas em termos de estágio, de resto sempre na farmácia da quinta grande
Que mensagem gostaria de dar aos alunos que estão a pensar seguir o curso de ciências farmacêuticas?
Que é uma profissão com variedade enorme em termos de oportunidades, existem poucas profissões com estas características Podemos estar em contacto com o público em geral, trabalhar num laboratório de análises clínicas, na indústria farmacêutica ou no próprio hospital
Esta fase da pandemia pela qual passamos veio sublinhar aquilo que é o papel do farmacêutico?
A meu ver tivemos um papel importantíssimo nessa fase Sempre tivemos as portas abertas, e conseguimos controlar a procura excessiva que houve no início, impedindo que houvesse rotura de medicamentos essenciais E fomos também um porto seguro para todas as dúvidas que houve nessa altura Infelizmente, nunca houve um grande reconhecimento por parte das entidades ao nosso papel como técnicos de saúde.
Defina a vossa farmácia familiar numa frase ou palavra?
Acho que a melhor maneira de definir é mesmo essa palavra, familiar Existem poucas hoje em dia, onde o principal é a saúde do utente e o bom uso da medicação. E também o cuidado que temos com os nosso próprios colaboradores para que eles possam transmitir a nossa maneira de trabalhar e estar aos nosso utentes Um local de trabalho saudável é meio caminho andado para um bom funcionamento.
Se pudesse ajudar qualquer pessoa no Mundo, quem seria? E por quê?
Gostaria que houvesse um plano nacional de ajuda aos idosos mais necessitados Existem várias situações onde vemos as pessoas a ter que escolher qual dos medicamentos têm que tomar por não terem dinheiro Eram essas pessoas que gostaria de ajudar dentro das nossas possibilidades
Uma seleção de eventos especialmente dedicados àquele que é, muito provavelmente, o público mais exigente do mundo.
Daremos continuidade aos ateliers de cultura e pintura e, durante o mês de fevereiro, divulgaremos vários workshops. Esteja atento às vias de comunicação, nomeadamente às nossas redes sociais
É já no próximo dia 22 de fevereiro a comemoração dos 43 anos da Junta de Freguesia de Alfragide junte-se a nós!
No auditório da SCMA (Santa Casa Misericórdia da Amadora), às 18 horas esperamos por si com muitas surpresas!