Revista Jardim Zoológico | Julho 2016

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© Rui Bernardino

MAGAZINE Nº 22 · JULHO 2016

Leopardo-da-pérsia com instalação renovada. Os Dragões-de-komodo estão de volta ao Zoo. Entrevista a Francisco Lufinha.


{ 3.

} EDITORIAL

Conservar, reproduzir e reintroduzir.

4.

NASCIMENTOS

Órix-de-cimitarra

6.

FORA DE PORTAS

Venha

ao Jardim Zoológico num comboio selvagem. Boas-vindas selvagens.

9.

BASTIDORES

uerido mudei a casa! Q Sensibilizar o público para o enriquecimento ambiental. Website do Jardim Zoológico. Os Dragões-de-komodo estão de volta ao Zoo.

25.

TESTEMUNHO

Barral, Vamos ser Padrinhos.

26.

ENTREVISTA

Francisco Lufinha

28.

DENTRO E FORA

Os eventos dentro e fora do Zoo

30.

PASSATEMPOS

Sopa de Letras, Cruzadex, Palavras Cruzadas

FICHA TÉCNICA COORDENAÇÃO Serviço de Marketing DESIGN Serviço de Marketing TIRAGEM 2.000 exemplares

Coruja-das-neves


JARDIM ZOOLÓGICO

EDITORIAL

Conservar, reproduzir e reintroduzir Muitas espécies animais estão a desaparecer do Planeta. Esta é a realidade que enfrentamos actualmente e que o Jardim Zoológico tenta transmitir diariamente aos seus milhares de visitantes. São dias e dias dedicados à pedagogia, às famílias e, principalmente, à luta pela conservação da Natureza. Os Zoos são espaços onde se pode aprender e descobrir um mundo ao qual normalmente não se tem acesso — o mundo dos animais selvagens. Promovem a ligação entre espécies animais e a população, privilegiando o espaço para a aprendizagem, associada ao divertimento. É neste contexto que o Jardim Zoológico deixa de ser apenas um simples local lúdico, para ser uma instituição viva e em movimento, através de acções, campanhas e projectos de sensibilização da comunidade, que despertem o interesse pelo mundo animal, ajudando a formar mentalidades. Continuamos a apostar no enriquecimento do espaço, através da remodelação de algumas instalações. Exemplo recente disso, é a nova instalação dos Leopardos-da-pérsia, que nos últimos meses sofreu grandes alterações. É fundamental que as instalações dos animais se assemelhem cada vez mais ao habitat natural, sendo tudo planeado de forma a que se sintam como se estivessem no seu habitat de origem, levando-os a serem capazes de se reproduzir. Conservar, reproduzir, reintroduzir e educar, são hoje as nossas grandes preocupações e a razão principal da nossa existência. O Jardim Zoológico tem uma das maiores taxas de reprodução de todos os Zoos europeus, e, por isso, nesta edição, iremos dar a conhecer duas novas crias de Órix-de-cimitarra, que nasceram no início do ano, e também dois Dragões-de-komodo, uma espécie que está, também, em vias de extinção. Mas, para que a preservação e reprodução seja possível, é necessário um intenso trabalho de enriquecimento ambiental. Este trabalho, realizado por uma equipa especializada do Zoo, é essencial para estimular e desenvolver os comportamentos naturais de cada espécie. Os projectos do Jardim Zoológico vão além fronteiras e é com grande orgulho que vamos assistir, este Verão, à reintrodução na vida selvagem de dois Leopardos-da-pérsia, filhos do casal que o Jardim Zoológico enviou para a Rússia em 2012. Esta acção, realizada no âmbito do Programa Europeu de Reprodução dos Leopardos-da-pérsia, do qual o Jardim Zoológico é coordenador, representa o culminar de um dos mais importantes objectivos dos zoos e dos programas de reprodução – a reintrodução no habitat natural de espécies em vias de extinção. É com todos estes projectos que conseguimos manter o nosso Jardim Zoológico vivo, com a certeza e orgulho de que cumprimos a nossa nobre missão. A todos, funcionários, visitantes, voluntários, parceiros e amigos, um Muito obrigado. Bem hajam!

Francisco Naharro Pires Presidente

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JARDIM ZOOLÓGICO

NASCIMENTOS

sairc

2 Órix-de-cimitarra

O

ano 2016 não podia ter começado da melhor forma para o Jardim Zoológico. Duas fêmeas de Órix-de-cimitarra nasceram nos primeiros dias de Janeiro em Lisboa. «É o reconhecimento do nosso trabalho diário em prol da conservação e educação ambiental», garante José Dias Ferreira, curador de mamíferos. «As novas crias vêm confirmar que todos os esforços desenvolvidos para recriar o habitat natural estão a funcionar e os animais estão perfeitamente integrados.»

Ainda só pesam cerca de 80kg e medem 1,20m, mas o seu crescimento pode levá-las, já adultas, aos 200kg e a atingir 1,75m de comprimento. As duas crias não só aumentam a família de Órix-de-cimitarra em Lisboa, como dão ainda mais esperança para a recuperação da espécie. A sua extinção na natureza, desde o início do século XXI, deve-se à caça intensiva com armas modernas, longos períodos de seca, desertificação e redução do habitat natural provocado pela expansão agrícola local e pelo pastoreio

NASCIDA EM:

Janeiro 2016 PESO: ±10kg ALTURA: ± 40cm SEXO: Fêmeas


JARDIM ZOOLÓGICO

NASCIMENTOS

de gado doméstico. Segundo as estimativas da IUCN (International Union for Conservation of Nature), em 1985 existiam cerca de 500 exemplares em estado selvagem, em países do Norte de África, como o Chade e o Níger. Quinze anos depois, acabaram-se os registos confirmados de avistamentos. «O Órix-de-cimitarra, com o estatuto de conservação de extinto na natureza, é um bom exemplo de como só num mundo perfeito não seriam precisos parques zoológicos. A verdade é que esta espécie não existe no habitat natural, só mesmo

em zoos», explica José Dias Ferreira. Conhecida pelos seus longos cornos curvados para trás, que podem ir até 1,20m de comprimento e se assemelham a uma cimitarra (espada tradicional de alguns povos do Médio Oriente, utilizada por antigos guerreiros muçulmanos) esta espécie herbívora vive em manadas de pelo menos 10 indivíduos, sempre com a presença de um macho dominante. Procura alimento ao fim do dia e ao amanhecer e resiste meses sem beber água directamente, retirando-a apenas das plantas que consome nas zonas áridas e desertas

de África. Cada fêmea pode ter uma cria por ano (a gestação dura oito meses e meio), amamentada até aos quatro meses, idade em que se torna independente da progenitora. O Jardim Zoológico continua assim a contribuir activamente para a conservação destes antílopes, seja no alojamento e cuidados em Lisboa, seja na participação no Programa Europeu de Reprodução e respectivo International Studbook, um manual de informação e boas práticas, seja ainda no apoio financeiro à criação de vários parques naturais no norte de África, cujo objectivo é estabelecer novos grupos para uma futura reintrodução na natureza. «Não é possível fazer isso sem utilizar a população que nós, zoos, temos estado a reproduzir», conclui José Dias Ferreira. «Os jardins zoológicos bons e modernos estão cada vez mais envolvidos em projectos de conservação no habitat natural.»

O Jardim Zoológico continua a contribuir activamente para a conservação do Órix-de-cimitarra.

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JARDIM ZOOLÓGICO ZOOLÓGICO JARDIM

FORA DE PORTAS

Venha ao Jardim Zoológico num comboio selvagem!

O

Jardim Zoológico e a Fertagus, transportadora do Grupo Barraqueiro, juntaram-se para contagiar os passageiros com o seu espírito selvagem e inovador. Durante o ano de 2016, as 4 carruagens decoradas irão despertar a atenção e curiosidade de todos os que atravessam o rio Tejo. Ao longo do comboio pode observar florestas, savanas e oceanos que, pela poluição e destruição de habitats têm sofrido uma enorme pressão, culminando na extinção de várias espécies.

Com esta iniciativa, o Jardim Zoológico e a Fertagus apelam à consciencialização dos passageiros sobre a necessidade de conservação dos habitats naturais e dos seus habitantes selvagens. Deste modo, a paisagem natural da região de Lisboa será pontualmente pintada pelas florestas da ilha de Sumatra, de onde são provenientes o Tigre e Orangotango, ou pelas florestas do Congo, onde se esconde o Okapi e onde o Gorila-ocidental-das-terras-baixas enfrenta a extinção. O Golfinho-roaz despertará consciências


JARDIM ZOOLÓGICO

FORA DE PORTAS

Com o apoio:

para a poluição de rios e oceanos. Isto, enquanto o Lince-ibérico, o felino mais ameaçado do mundo e autóctone de Portugal, chamará a atenção para os programas de conservação, onde o Jardim Zoológico participa activamente. «A Fertagus, enquanto transportadora certificada em qualidade, segurança e ambiente, é um meio de transporte amigo do ambiente, pelo que faz todo o sentido termos um comboio associado à temática da conservação.

Assim, logo que o Jardim Zoológico ceitou o desafio, abraçámos a ideia da preservação da vida animal e acompanhámos com muito entusiasmo a imagem e decoração deste comboio, que ficou "selvagem"!», refere Raquel Santos, responsável pelo Marketing e Gestão dos Espaços Comerciais da Fertagus. O trabalho criativo foi desenvolvido pelo Departamento de Design do Jardim Zoológico em colaboração com a agência Gingercandy.

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JARDIM ZOOLÓGICO

FORA DE PORTAS

Boas-vindas selvagens! O Jardim Zoológico lançou uma campanha para dar as boas-vindas a quem chega a Lisboa de avião ou barco. Até Outubro, todos os turistas vão ser desafiados a ter uma experiência selvagem na nossa capital.

Q SABE QUE ANIMAL É ESTE?

WHAT ANIMAL IS THIS?

SE teve de pensar MAIS DO QUE 3 SEGUNDOS ESTÁ NA HORA DE NOS FAZER UMA VISITA

IF IT TOOK YOU MORE THAN 3 SECONDS TO GUESS IT'S TIME TO PAY US A VISIT

uem aterrar no Aeroporto de Lisboa terá várias espécies à sua espera. No corredor das chegadas, os turistas serão surpreendidos com colunas decoradas com imagens de pelo, penas e escamas. Para saber se os turistas conhecem bem o mundo animal ou se precisam de refrescar o conhecimento, o Jardim Zoológico lança o desafio de adivinharem a que animal corresponde cada revestimento. No Terminal de Cruzeiros de Santa Apolónia e no Jardim do Tabaco os turistas são também convidados a entrar num mundo selvagem com várias imagens de espécies emblemáticas. Estas imagens desafiam o turista a mudar de cenário, visitando o Jardim Zoológico, onde poderá conhecer cerca de 2000 animais de quase 300 espécies diferentes e envolver-se na crescente vegetação deste que foi o primeiro Jardim Zoológico da Península Ibérica. A criatividade destas imagens alusivas ao mundo selvagem do Jardim Zoológico é da responsabilidade de Duarte Pinheiro de Melo, da agência Humanista.


Camaleonis Festivus

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{10} BASTIDORES

JARDIM ZOOLÓGICO

"Querido, mudei a casa!"

© Rui Bernardino

A nova instalação do Leopardo-da-pérsia traz bom prenúncio de nascimentos ao Jardim Zoológico


BASTIDORES

O

© Carlos Nunes

s Leopardos-da-pérsia são felinos provenientes do Cáucaso e da Rússia, cujo risco de extinção exige cuidados redobrados. Também por isso, o Jardim Zoológico orgulha-se de coordenar um importante projecto de conservação deste predador de topo. O convite surgiu em 2012, justificado pela vasta experiência que o Jardim Zoológico apresentava na reprodução desta espécie. A entrada no projecto ficou assinalada pela cedência do casal reprodutor residente, ao Centro de Conservação de Leopardos-da-pérsia em Sochi, Rússia. O casal, Andrea e Zadig, não só teve uma excelente adaptação à nova casa como, após nove meses, deu origem às primeiras crias a nascer na Rússia nos últimos 50 anos. Em 2014, o casal reproduziu novamente. As crias de ambas as ninhadas estão agora a ser preparadas para a reintrodução na natureza. É importante perceber que animais sob cuidado humano directo não poderão ser reintroduzidos, tal como aconteceu com Andrea e Zadig. Apenas a geração seguinte, que sempre viveu em regime de semi-liberdade, sem contacto com o ser humano, terá essa oportunidade. Caso contrário, a escassez de alimento no habitat natural poderia levar os animais a aproximar-se, sem receio, de aldeias e cidades.

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© Rui Bernardino

JARDIM ZOOLÓGICO


{12} BASTIDORES

JARDIM ZOOLÓGICO

Instalação com utilização tridimensional, piscina biológica e muita vegetação O trabalho de readaptação dos espaços e modificação de conteúdos é um trabalho contínuo. As instalações dos Leopardos-da-pérsia no Jardim Zoológico reflectem essa mesma preocupação, podendo servir como exemplo para os restantes vinte zoos que integram este programa de reprodução. O Jardim Zoológico, ao coordenar esta espécie exemplifica um plano modelo na remodelação dos espaços. Não se trata apenas de um conjunto padronizado de soluções, mas sim de corresponder às necessidades de cada espécie dentro das possibilidades de cada instalação, potenciando-as e incentivando, assim, comportamentos naturais. Pretendeu-se diversificar as oportunidades de escolha na instalação e aproveitar em pleno todo o espaço disponível, dificultando

percursos e acessos. O crescimento em altura foi conseguido através da colocação de diversas plataformas com ligações estreitas e algo movediças entre estas e as árvores existentes no espaço. Várias escolhas são permitidas aos animais, proporcionando uma melhoria do seu bem-estar. Para além das estruturas aéreas, foram introduzidos túneis e zonas de diferentes substractos para enriquecimento da instalação. Foi acrescentada vegetação de modo a conferir maior número de zonas recatadas, importantes ao descanso desta espécie solitária. Pela primeira vez no Jardim Zoológico há plantas aquáticas que filtram água dos lagos das instalações, um processo natural que torna a instalação mais rica em termos ambientais. Para a remodelação, o Jardim Zoológico contou com o apoio da Dra. Marianne Hartman, etóloga suíça, especialista em comportamento felino,

São, coloca vegetação adequada ao habitat dos Leopardos.

António Melo, prepara terreno para a colocação de novas estruturas.


JARDIM ZOOLÓGICO

BASTIDORES

Dra. Marianne Hartman e Aires Colaço comentam os progressos do trabalho.

com trabalho de pesquisa desenvolvido ao longo de 25 anos, membro do IUCN (International Union for Conservation of Nature), Cat Specialist Group e da Behaviour Advisor do TAG (Taxonomic Advisory Group) e dos Felinos da EAZA (European Association of Zoos and Aquaria), um importante exemplo de partilha e ajuda entre zoos das diferentes partes do mundo. O objecto de estudo de Marianne é o Gato-selvagem-europeu, no entanto, o comportamento similar das duas espécies permite a esta especialista conseguir antecipar o comportamento dos leopardos relativamente às novas instalações. A etóloga suíça permaneceu uma semana em Lisboa,

Todo o complexo da Encosta dos Felinos tem sofrido modificações e melhoramentos. Nesta Encosta habitam também outras espécies de felinos, como por exemplo o Puma, o Lince-euroasiático e o Ocelote.

período durante o qual aconselhou técnicos portugueses em duas instalações contíguas preparadas para o acolhimento e reprodução de um casal de Leopardos-da-pérsia. A instalação ficou pronta dentro do prazo estipulado graças ao esforço conjunto de tratadores, jardineiros e funcionários do departamento de obras. O objectivo passa por criar uma descendência saudável que possibilite a reintrodução dos animais no seu habitat natural. O casal reprodutor que se encontra no Jardim Zoológico é composto por uma fêmea proveniente do Zoo de Munique (Alemanha), enquanto que o macho é filho de Andrea e Zadig, nascido em Lisboa.

Nova instalação dos Leopardos-da-pérsia.

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{14} BASTIDORES

JARDIM ZOOLÓGICO

Nova instalação, um pedaço do habitat natural? Há uma importante relação entre a instalação de um animal e o processo de preparação para a sua reintrodução. No último dia de estadia em Portugal, Marianne Hartman fez uma apresentação no auditório do Jardim Zoológico, onde descreveu o seu projecto com o Gato-selvagem-europeu, através do qual foi possível a todos os presentes entender melhor o processo de pré-reintrodução. Quando se remodela ou se constrói uma instalação não se procura recriar apenas uma parte do habitat natural, é fundamental perceber todas as estruturas e áreas importantes para o bem-estar dos animais, que permitirão desenvolver as competências necessárias para a sobrevivência. «O Gato-selvagem-europeu habita zonas de floresta, no entanto caça as suas presas

em zonas de prado. Ignorar uma das realidades traria lacunas na preparação dos animais», garante a especialista. Um dos principais desafios foi a simulação de situações de caça. As instalações convencionais não têm em conta esta preocupação, por isso tenta-se colmatar a falha com a utilização de enriquecimento alimentar. Esta solução, inicialmente positiva, pois mantém o animal activo e ensina a aplicar a mordedura fatal, acaba por ser apreendida pela espécie, que deixa de pensar em como chegar ao alimento. «Um animal, quando reintroduzido, não tem apenas de saber como apanhar e matar a presa, mas também como ser rápido e mais inteligente, ou seja, tem de aprender a procurar, a esperar e a utilizar os sentidos.» Baseado neste princípio, Marianne construiu 20 caixas automatizadas que dispersou por vários pontos da instalação de pré-reintrodução do Gato-selvagem-europeu.


JARDIM ZOOLÓGICO

© Carlos Nunes

BASTIDORES

Tal mãe, tal cria! Os animais aprendem a comportar-se no habitat natural por imitação da progenitora. «É importante que as progenitoras sejam contempladas com estímulos existentes no habitat natural», aconselha a etóloga. «A não estimulação de um comportamento poderá resultar numa cria mal preparada para a reintrodução.»

Ao longo do dia, um computador abrirá aleatoriamente as caixas. Se dentro de algumas são colocados ratos mortos, outras permanecem vazias. Antes de abrir, a caixa emite um sinal sonoro que coloca o gato em alerta para a possibilidade de o rato "sair da toca". Quando a presa "sai", o gato terá de agarrá-la rapidamente e mordê-la de seguida no pescoço de forma a conseguir retirar a corda que o segura à caixa. Apesar das 20 caixas diferentes, o estudo demonstra que os animais apercebem-se imediatamente quais as caixas que têm ratos, no habitat natural os gatos também sabem em que tocas estão os ratos. O objectivo deste enriquecimento é levá-los a aguardar pela saída do rato da "toca", estimulando desta forma a atenção. Ao observar o comportamento de animais a caçar, seja no seu habitat natural ou numa instalação com o dispositivo das caixas, Marianne conclui que operam e reagem da mesma forma.

Dra. Marianne Hartman

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JARDIM ZOOLÓGICO

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Sensibilizar o público para o

Enriquecimento

Ambiental É um dos "grandes objectivos" assumidos pelo grupo de enriquecimento ambiental do Jardim Zoológico. Mas o que significa exactamente essa expressão? E o que é que os visitantes devem saber? Deixemo-nos guiar pelas respostas de Teresa Fernandes e Lucília Tibério.

C

inco, são cinco. Teresa Fernandes, médica-veterinária, Lucília Tibério, bióloga, Ana Saraiva, responsável pelo serviço de nutrição, Telma Araújo, curadora de répteis e aves e Cláudia Correia, tratadora. É este o grupo de enriquecimento ambiental do Jardim Zoológico que planifica o trabalho diário, avalia as necessidades logísticas e os resultados obtidos, coordena actividades e organiza workshops, como o que trouxe a Lisboa, em 2014, Valerie Hare, a maior especialista nesta área e co-fundadora da revista Shape of Enrichment. «Foi um bom investimento», diz Teresa Fernandes. «Os tratadores gostaram imenso e isso agora revela-se. Temos conseguido manter o enriquecimento ambiental de uma forma mais regular. O objectivo do enriquecimento não é recriar o habitat natural dos animais. É criar oportunidades para que os animais mostrem comportamentos que teriam no habitat natural», esclarece Teresa Fernandes. «Recriar o habitat é muito difícil; em algumas situações, impossível. No fundo, o enriquecimento ambiental é uma aproximação comportamental. Não é uma aproximação visual, embora para muita gente isso fosse o ideal, mas não é, porque não é possível», acrescenta Lucília Tibério. Enriquecimento Ambiental: alimentar e físico.


{18} BASTIDORES

JARDIM ZOOLÓGICO

Enriquecimento Ambiental: ocupacional.

E exemplifica: «Podemos ter uma instalação que não é aproximada visualmente ao habitat natural, mas que o é em termos de estímulos comportamentais, e isso é o importante no enriquecimento ambiental. Tem a ver com controlo. O animal controla o ambiente. Dá-lhe liberdade. Uma liberdade em cativeiro. O enriquecimento ambiental visa manter e estimular os comportamentos selvagens.»

Os tratadores são um dos eixos primordiais de qualquer

um dos cinco níveis de enriquecimento ambiental: alimentar, social, físico, sensorial e ocupacional. «Trabalham diariamente e directamente com os animais. Têm conhecimentos da sua biologia, que inclui a nutrição, do abrigo que utilizam, do tipo de habitat e das relações sociais que estabelecem nos grupos e até algum tipo de necessidades especiais», garante Lucília Tibério. «Os tratadores têm de conhecer os animais, saber que comportamentos teriam no habitat natural, para depois podermos aplicar incentivos, no fundo os tais itens de enriquecimento ambiental, que depois estimulam o aparecimento desses comportamentos, como sejam a procura do alimento», afirma Teresa Fernandes. Os chimpanzés são um bom exemplo. No habitat natural, comem formigas nas termiteiras com pequenos paus. «Não temos as termiteiras nem as formigas, mas tentamos que percam tempo a desenvolver algumas actividades», acrescenta, «nomeadamente através de puzzle feeders, alimentadores que têm labirintos ou algo que exige manipulação. Estamos assim a estimular a parte cognitiva dos chimpanzés.» Se com os chimpanzés é mais fácil levar a cabo diversos exercícios de enriquecimento ambiental, o mesmo não acontece com animais de grande porte, como os elefantes, os ursos, os rinocerontes, os hipopótamos ou os grandes primatas. «Não é pelos animais em si, é pelas

Enriquecimento Ambiental: alimentar e ocupacional.

ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL O QUE SIGNIFICA EXACTAMENTE ESSA EXPRESSÃO?

men A li t a r

Social

Promove a procura de alimento e a caça.

Tem em vista os hábitos sociais da espécie.


JARDIM ZOOLÓGICO

BASTIDORES

Enriquecimento Ambiental: alimentar e ocupacional.

infraestruturas da instalação», justifica Teresa Fernandes. «Imagine que colocamos um pneu que não esteja bem preso», aponta Lucília Tibério, «o elefante pode lembrar-se de atirar esse pneu cá para fora. É por isso que temos de ter todos os cuidados.» O dia-a-dia do grupo de enriquecimento ambiental é de aprendizagem contínua, tanto com as experiências que decorrem no Jardim Zoológico, como com os casos relatados em livros e revistas da especialidade. «Nós sabemos que há determinados tipos de objectos e de itens que não se podem utilizar com alguns animais. Imagine que colocamos uma caixa de papelão e que há um animal que come o papelão, nesse caso têm de ser retirados. Não é só pôr as coisas dentro da instalação. A segurança dos animais e do público está em primeiro lugar», reforça Teresa Fernandes.

Enriquecimento Ambiental: sensorial.

Palha, terra, paus, rochas, serapilheira, lama ou folhas secas são alguns dos materiais mais utilizados. «Também utilizamos muito reciclados de cartão e de plástico, que o público muitas vezes pode entender como "lixo".», explica Lucília Tibério. Por isso, o grupo de enriquecimento ambiental quer reforçar o papel de sensibilização junto do público que visita o Jardim Zoológico. «Um dos nossos grandes objectivos é tentar ensinar as pessoas sobre o que é que nós fazemos, porque é que utilizamos este tipo de materiais», diz Teresa Fernandes. Com as escolas, nas visitas guiadas, isso já está a ser feito. Na Páscoa ou no Halloween, por exemplo, fazemos uma programação de enriquecimentos alusiva a essas datas. Mas ainda temos mais para desenvolver nesta área.

upacional Oc

Sensorial

Físico

Estimula os animais, oferecendo ocupação para se manterem activos.

Estimula os animais, oferecendo-lhes cheiros e texturas diferentes.

Tem em conta as estruturas da instalação e a locomoção dos animais.

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Ursula Docilis TEM EM CASA ALGUÉM QUE ADORA ANIMAIS? APADRINHE UM DE VERDADE.

PADRINHOS DO ZOO Os seus pequenotes podem ser padrinhos dos nossos animais. Estarão a ajudar na conservação das espécies, acompanhando de perto os seus afilhados, enquanto crescem juntos. www.zoo.pt


WWW.ZOO.PT Website do Jardim Zoológico ultrapassa, pela primeira vez, as 800.000 visitas.

E

ste é o novo recorde anual, que supera em cerca de 151.000 visitas, o valor registado em 2014. Entre Janeiro e Dezembro do último ano, o endereço www.zoo.pt obteve 874.757 visitas, um total correspondente a um crescimento de 20,9% face a 2014.

Efectuando uma comparação com o ano 2013, verifica-se que neste período, as visitas ao website do Jardim Zoológico tiveram um acréscimo de 49%, enquanto nesse ano o site registou 588.043 visitas. A introdução de novidades, como uma área dedicada às plantas,

votação online, novos jogos e passatempos, bem como, uma actualização permanente dos conteúdos, tem contribuído para fidelizar visitantes e despertar o interesse de muitos outros.


© Carlos Nunes


JARDIM ZOOLÓGICO

BASTIDORES

Os dragões voltaram ao

ZOO Os maiores lagartos do mundo estão de regresso ao reptilário do Jardim Zoológico. Dois Dragões-de-komodo ainda juvenis com muito para mostrar, e surpreender os mais curiosos.

O

reptilário do Jardim Zoológico é novamente a casa de dois Dragões-de-komodo. Chegaram a Lisboa em Dezembro de 2015, provenientes da congénere inglesa de Colchester. Ainda não foram baptizados com nomes, mas sobre isso haverá novidades em breve. Para já, a notícia mais importante: a adaptação do casal (macho e fêmea) corre como o previsto. «Têm um ano e alguns meses de vida. São ainda juvenis, a atravessar a sua fase arborícola, sempre em cima das árvores. Comem ratos de diferentes tipos e tamanhos e algumas pequenas aves», explica Telma Araújo, bióloga e curadora de reptéis do Jardim Zoológico. «Vamos seguindo o seu peso para ver se a curva de crescimento está a ser feita de forma correcta. Tentamos dar-lhes uma alimentação que justifique um crescimento regrado e saudável.» O título de «maior lagarto do planeta» justifica-se pelos três metros de comprimento que atinge em adulto. Os dois Dragões-de-komodo que podem agora ser visitados em Lisboa, por miúdos e graúdos, encontram-se a meio do

caminho. «A parte boa de vê-los agora é que estão agarrados a paus ou em cima de estruturas», acrescenta Telma Araújo. No próximo ano já não observaremos este tipo de comportamentos, uma vez que passam a ser mais terrestres. Visitas é lá com eles ou não fossem os dragões das espécies mais procuradas no Jardim Zoológico. «As pessoas querem ver estes animais enigmáticos, que se aproximam do domínio do fantástico. As crianças que participam nos nossos ateliês perguntam sempre por eles.» O Zoo tem um historial antigo com os Dragões-de-komodo, pelo menos desde os anos 90. «Fomos dos primeiros jardins zoológicos europeus a receber estes animais, que vieram de reproduções ocorridas nos Estados Unidos e nas Canárias», garante a curadora. «Estivemos envolvidos nas análises às bactérias e à saliva, que utilizam para matar as presas, e nos estudos comportamentais em instalações. Acompanhámos, desde o início, o conhecimento científico e participámos no fornecimento de dados quando se sabia ainda muito pouco sobre os komodos.»

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{24} BASTIDORES

JARDIM ZOOLÓGICO

É o maior sáurio vivo. Os juvenis apresentam coloração verde com bandas em amarelo e preto, enquanto nos adultos a coloração é uniforme. A perda do habitat, a diminuição do número de presas naturais, a predação dos juvenis e a caça, por ser considerada um espécie perigosa para as populações humanas, são as suas principais ameaças.

Dois dos últimos dragões que passaram pelo reptilário viajaram até Singapura, no âmbito de um programa de reprodução internacional. «Temos um dever moral de ajudar na conservação destas espécies. Como isso é uma prioridade do Jardim Zoológico, se um coordenador da espécie diz que há um Dragão-de-komodo fêmea do outro lado do mundo, sozinho, e se o que tem a melhor genética para se conjugar é o macho que está em Lisboa, também sozinho, então é nossa obrigação tentar. Foi o que aconteceu. Só nos últimos anos alguns jardins zoológicos conseguiram reproduzir estes dragões na Europa: Praga, Barcelona e Colchester, por exemplo.» Com uma nova população a nascer, cabe a um grupo de especialistas analisá-la a nível genético e de proveniência. «É importante saber de onde vêm os machos e as fêmeas para assim chegarem aos zoos animais de diferentes origens que possam constituir-se em novos casais saudáveis, daí o cuidado na alimentação e no acompanhamento do crescimento. As espécies em risco de extinção que existem nos jardins zoológicos são a nossa arca de Noé.»

O Dragão-de-komodo é uma espécie endémica de quatro ilhas da Indonésia: Komodo, Rinca, Gilli Motang e Flores. Se as três primeiras são áreas protegidas que integram o Komodo National Park, na costa oeste da ilha de Flores foi restabelecida a Reserva Natural Wae Wuul, onde decorre, desde 2005, um programa internacional de conservação in situ (no habitat natural) apoiado pelo Jardim Zoológico. «Após 20 a 30 anos de trabalho com Dragões-de-komodo começamos a ter algum conhecimento sobre a sua biologia, que tem como resultado estes sucessos recentes na reprodução.» A investigação internacional feita por biólogos como a Telma Araújo permite-nos hoje saber que estes dragões, quando adultos, pesam entre 100 a 150kg, têm caudas e membros muito robustos e fortes, são solitários e atingem a maturidade sexual entre os 9 e os 10 anos, com um período de incubação de 8 a 9 meses (24-26 ovos). São exímios predadores, caçando por emboscada, mesmo animais de maior dimensão, uma vez que segregam um "caldo bacteriano" bastante tóxico em cada ataque.


JARDIM ZOOLÓGICO

CURTAS

Padrinho

Vamos ser padrinhos! Barral é o mais recente parceiro do Jardim Zoológico.

F

undada em Lisboa, numa farmácia no coração da cidade, em 1835, a Barral foi criada com o compromisso de promover a saúde e o bem-estar da pele de toda a família, assentando para isso em valores como inovação, especialização, credibilidade, responsabilidade e excelência. Adquirida pela Angelini Farmacêutica em 2000, a Barral tem alargado a sua gama de produtos específicos para o canal Farmácia e Áreas de Saúde e Bem-Estar. A marca não descura a responsabilidade social, tendo uma forte preocupação com a

sociedade, nomeadamente ao nível do meio ambiente e seus principais intervenientes, os animais. Para dar continuidade ao trabalho que tem sido desenvolvido e zelar por este compromisso, a Barral decidiu apadrinhar o Leão-africano, do Jardim Zoológico, que irá chamarse Max. Baptizado com o nome da mascote dos produtos Barral BabyProtect, a ideia é dar a conhecer melhor esta espécie, contribuindo de alguma forma para a proteger em harmonia com o seu habitat natural. Com Barral, protecção com grande, sempre!

Max, a mascote Barral.

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{26} ENTREVISTA

JARDIM ZOOLÓGICO

Lufinha Recordista mundial de kitesurf Francisco Lufinha, já esteve 48 h a viajar no mar, percorrendo os 874 km de Atlântico que separam a cidade de Lisboa da Ilha da Madeira. Fez esta ligação sem paragens para comer ou dormir, alcançando o record mundial da maior travessia em kitesurf. Fotografias © JFF/João Ferrand

Como surgiu esta paixão pelo mar? Esta paixão surgiu desde que eu tinha duas semanas, porque tive a sorte de ser levado para um barco com os meus pais. Eu nasci em Agosto e a partir desse Verão fiz sempre férias no mar e, com isso, acabei por me habituar muito ao mar e aos desportos náuticos.

Uma das missões do Jardim Zoológico é a conservação das espécies e dos seus habitats. Este é um tema que o preocupa, dado a sua ligação ao mar? Sem dúvida! O tema das pescas, da poluição e muitos outros estragos que são causados pelo Homem e que vão degradando a natureza dia após dia são uma preocupação muito grande.

Durante as suas odisseias, tem presente a preservação do ambiente, mais concretamente do mar? De que maneira? O meu desporto não precisa de combustíveis, o que é uma coisa bastante boa e que me anima. Sempre que vou treinar, vou eu e o vento. Há toda uma produção de equipamentos por trás que, essa sim, emite resíduos, mas a tendência é eliminá-los.

Golfinhos dão força a Lufinha.


JARDIM ZOOLÓGICO

ENTREVISTA

O Jardim Zoológico vive na memória de todos os portugueses. De alguma forma marcou a sua infância? Não sei bem quantas vezes fui ao Jardim Zoológico enquanto miúdo, mas certamente foram muitas. Com pais, com a escola, lembro-me de ir com a minha madrinha, e era o auge. Hoje em dia noto uma grande diferença, as instalações dos animais são mais espaçosas e abertas, e mais aproximadas ao habitat natural. Há uma evolução muito positiva, uma das coisas que me deixa muito contente.

A minha equipa e eu estamos coordenados no sentido de que nada vai para o mar, tudo aquilo que não for biodegradável volta para o barco, para posteriormente ser reciclado ou deitado ao lixo. Tem algum episódio mais marcante, que queira partilhar? No último desafio de 2015, onde liguei Lisboa à Madeira, passadas 33h, comecei a alucinar por causa da falta de sono. Comecei por ver uma espécie de algas género Harry Potter, a passar por baixo de mim como se me puxassem para dentro do mar, pus a mão dentro de água e percebi que não eram reais. Mas, a mais caricata foi quando comecei a ver um bicho, que de uma lado parecia uma ilha e do outro uma

baleia branca a reflectir a lua com um olho enorme e um smile a dizer “está tudo bem”. Depois, entre mim e o kite estavam dois vultos que pareciam um espécie de golfinhos com tentáculos de polvo. Sem olhar mais, levantei o kite e continuei a travessia. Qual é o seu animal preferido? O meu animal preferido é sem dúvida o golfinho. É aquele que mais curiosidade me desperta. Passando para terra, também gosto muito do gorila. É um animal que impõe bastante respeito e, por ser tão parecido connosco, podemos identificar-nos com ele em muita coisa.

Momento em que bate o seu próprio record mundia, 2015.

Pode revelar a sua próxima odisseia? A próxima odisseia será em torno dos Açores, pois o meu sonho é ligar todo o território português em kitesurf. Terá uma actividade já este ano e uma segunda no próximo ano. Neste desafio, espero que haja muita vida marinha. Gostaria de encontrar baleias, golfinhos, tubarões, tudo o que houver na natureza. Tem alguma mensagem que gostasse de deixar aos leitores? Nunca deixem de apoiar o Jardim Zoológico. Com mais ou menos dificuldades, é preciso conservar o nosso planeta e sem os zoos perdemos a capacidade de repor e manter algumas das espécies já em extinção.

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dentro&fora Veja o que se passou dentro e fora do Jardim Zoológico nos últimos meses.

Dia da Mãe Peça de teatro "Aladino"

Apresentação do filme "Zootrópolis"

Apresentação do filme "Muito à Frente"

Apresentação da série "A Guarda do Leão"

Exposição de Orquideas

Páscoa com o Panda do Kung Fu


BTL › Feira Internacional de Turismo

Fehispor › Feira Hispano Portuguesa, em Badajoz

Pet Festival › Salão dos Animais de Estimação


{30} PASSATEMPOS JARDIM ZOOLÓGICO

Cruzadex

Sopa de Letras

Por Paulo Freixinho

Por Paulo Freixinho

Tendo como ajuda as letras já colocadas, preenche a grelha com as seguintes palavras:

SOLUÇÕES SOPA DE LETRAS HORIZONTAIS: Manchas; Patilhas; Ameaçado; Endémica; Trepador; Montado. VERTICAIS: Orelhas; Tapada; Carnívoro; Felino; Malcata; Mértola.

AMEAÇADO; CARNÍVORO; ENDÉMICA; FELINO; MALCATA; MANCHAS; MÉRTOLA; MONTADO (HABITAT); ORELHAS; PATILHAS; TAPADA; TREPADOR

4 Letras › CAÇA 5 Letras › CAUDA; FORTE; LUTAS; PADAR; RINCA; VERDE 6 Letras › BURACO; DIURNO; FLORES; KOMODO; LÍNGUA; SÁURIO 7 Letras › LAGARTO; OVÍPARO; RESERVA; ROBUSTO 8 Letras › PREDADOR 9 Letras › CARNÍVORO; EMBOSCADA; SOLITÁRIO; TERRESTRE 10 Letras › VULNERÁVEL 11 Letras › CONSERVAÇÃO

SOLUÇÕES CRUZADEX HORIZONTAIS: Carnívoro; Solitário; Predador; Padar; Vulnerável; Língua; Emboscada; Caça; Flores; Robusto. VERTICAIS: Conservação; Rinca; Lagarto; Verde; Forte; Sáurio; Terrestre; Buraco; Diurno; Ovíparo; Komodo; Cauda; Reserva; Lutas.

Procura na sopa de letras as 12 palavras da lista, relacionadas com o tema Lince-Ibérico. Não há palavras na diagonal.

Palavras Cruzadas Por Paulo Freixinho

VERTICAIS: 2 › (…)-da-pérsia, tiveram recentemente direito a instalações melhoradas no Zoo. 3 › Podes encontrá-los no website do Zoo, na área do Zoo Kids. 4 › Nome do pequeno gorila macho, cujo nome significa "forte e poderoso", e que tem encantado visitantes e tratadores celebrou recentemente 1 ano de vida. 7 › Nome da cria de Rinoceronte-branco nascida, em 2014 no Jardim Zoológico. 8 › (...)-vermelho, é uma espécie endémica dos Himalaias. 10 › (...)-de-cimitarra, a espécie está extinta na Natureza mas no Jardim Zoológico de Lisboa nasceram duas crias

SOLUÇÕES PALAVRAS CRUZADAS HORIZONTAIS: 1›Elefante; 4›Java; 5›Pérgola; 6›Tanja; 9›Auditório; 11›Férias. VERTICAIS: 2›Leopardo; 3›Passatempos; 4›Jahari; 7›Andile; 8›Panda; 10›Órix.

HORIZONTAIS: 1 ›(...)-africano, é o maior animal terrestre do mundo. 4 › Nome da girafa mais velha dos zoos europeus, tem 33 anos de idade e 5 metros de altura. 5 ›(…)dos Padrinhos, zona do Zoo onde estão os nomes de quem apadrinha um animal. 6 › É a mãe da fêmea Gibão-de-mãosbrancas que nasceu recentemente no Jardim Zoológico. 9 ›(...) do Jardim Zoológico, está situado na área gratuita do Zoo, sendo livre o seu acesso. 11 › Campo de (...). O Jardim Zoológico desenvolve anualmente três por ano, no período da Páscoa, Verão e Natal.


O Jardim Zoolรณgico agradece a todas as empresas que o apoiam. Fornecedores Oficiais

Patrocinadores Oficiais

Padrinhos



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