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18 SAÚDE

ABRIL2012

SAÚDE É ...

Secção da responsabilidade da Unidade de Saúde Publica do ACES do Zêzere

A Saúde Oral nos Jovens do Zêzere No presente, a cárie dentária é ainda uma das doenças crónicas que mais afecta a população mundial, principalmente a infanto-juvenil. Preocupada com esta situação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu que em 2020 todos os Estados europeus devem de ter pelo menos 80% das crianças de 6 anos livres de cárie e aos 12 anos a média de dentes cariados (C), perdidos (P) e obturados (O) por criança (CPO) não deve ultrapassar o valor de 1,5. Constituído o Agrupamento de Centros de Saúde do Zêzere (ACES), a Coordenação da Saúde Oral (SO) da Unidade de Saúde Pública sentiu necessidade de conhecer a realidade dentária da população de 6, 9 e 12 anos na sua área geográfica de influência. Assim nasceu o estudo de prevalência “A Cárie Dentária

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na População Escolarizada do ACES do Médio Tejo II – Zêzere: Situação Actual”. A recolha de informação foi efectuada por higienistas orais, em Maio e Junho de 2011. Para esse efeito, foram observados 458 alunos distribuídos aleatoriamente pelos concelhos de Abrantes, Constância, F. Zêzere, Tomar, Sardoal e V. N. Barquinha. Aos 6, 9 e 12 anos apenas 50%, 22% e 46% dos alunos do ACES se encontram livres da doença. Comparando com o último estudo nacional (2005), podemos afirmar que a nossa situação é menos favorável aos 6 anos (média nacional: 50,9%) mas é melhor aos 12 (média nacional: 28,1%). Também o CPO de 1,27 observado aos 12 anos é inferior ao nacional (1,48) e ao valor estabelecido pela OMS para 2020. No concelho de Abrantes, os va-

lores referentes aos alunos livres de cárie aos 6, 9 e 12 anos são de, respectivamente, 64, 22 e 41%. Que interpretação deve ser dada a estes valores? Pois bem, em nossa opinião estes valores poderiam ser bem melhores. Para isso, bastaria aumentar a consciência individual sobre a importância da saúde oral numa vida saudável. A escovagem dentária como rotina diária, o consumo moderado de alimentos/bebidas açucaradas, o uso de substitutos do açúcar, a utilização de suplementos de flúor e a participação activa em programas de prevenção são os pequenos gestos que fazem as grandes diferenças. No presente e no futuro. E sempre que possível, a consulta do higienista oral e do médico dentista, não apenas quando estamos em sofrimento, mas também por motivos e atitudes preven-

tivas. Não nos podemos esquecer que só eles aplicam os selantes de fissuras, poderosa arma defensiva dos dentes permanentes, incluída nos programas de prevenção que desenvolvemos nas escolas da nos-

sa área de influência e que, por isso e se os pais quiserem, acessíveis à população jovem do nosso ACES. Filipa Serra Coordenadora de Saúde Oral


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