Avante, Avante, Pandavas Pandavas !!
[# 03] boletim de notícias do instituto Pandavas
Edição de inverno jun., 2022
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Edição de inverno jun., 2022
Você tem em mãos a Edição de inverno do boletim de notícias do instituto pandavas. Neste período de frio que se intensifica, marcado pelo solstício, nossa escola se aquece com uma linda (e inesquecível) fogueira na festa junina. Quem aí está com saudades desse arraiá? Ainda teremos Seminário Pedagógico Rumos Abertos, e muitas
outras novidades que alegram a comunidade. Nesta edição, inauguramos um espaço de textos reflexivos para enriquecer ainda mais essa leitura e compartilhamos novidades sobre eventos e arrecadações da nossa Comunidade que Sustenta a Educação. Boa leitura!
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Edição de inverno jun., 2022
[ nesta edição ]
1/ [ seminário Pedagógico ]
5/ 04
Rumos Abertos
2/
Próximos passos da CSE
6/ 09
travessias
[curso]
em tempos de pandemia
7/
Matheus Machado
Dia da família na escola
3/
8/ 11
não-violenta
Teatro de sombras e música
Quem somos nós no Pós?
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20
T
9/
Analu Cristina
4/ Agroecologia
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Mitologia Grega
Adolescência
comunicação
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Festa Junina
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[ agenda ]
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[ doações ] / [ créditos ]
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Tempo de plantar
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1/
“Quando falamos a respeito da educação, predizemos uma revolução, pois será graças a ela que cada coisa que conhecemos será transformada. Considero-a a última revolução: uma revolução não-violenta.” Maria Montessori
[seminário pedagógico] Rumos Abertos POR UMA REVOLUÇÃO NÃOVIOLENTA
Em 2022, vamos retomar os encontros presenciais com o Seminário Pedagógico Rumos Abertos do Instituto Pandavas, uma experiência imersiva de 3 dias em meio à Serra da Mantiqueira, em área de reserva da biosfera da Mata Atlântica. O “pós-pandemia” trouxe um elemento a mais no caldo de emoções de estudantes e educadores.
Vemo-nos diante de um panorama com o qual não sabemos lidar ao mesmo tempo em que temos que dar conta da defasagem de conteúdo e do próprio sentimento de solidão, abandono, falta de perspectiva. Que tal aproveitar esse cenário para buscar uma outra educação possível? Pautada pelo cuidado de si e das relações, esta edição do Seminário pretende discutir se a saída para essa situação está num olhar de autorreconhecimento, empatia e autoempatia, promovendo novas escolhas que possibilitem novos resultados. Não há maior alegria do que perceber que nós podemos chegar a resultados
incríveis a partir de faculdades adormecidas em nós. É nesses caminhos que queremos envolver a todos no xxv Seminário Pedagógico Rumos Abertos. Ainda nesse encontro, acontecerão momentos para experimentar práticas bem-sucedidas na nossa escola nas seguintes oficinas com educadores do Instituto Pandavas: Agroecologia com os jardineiristas Luiza Saturnino, Catarine Abayomi, Potyra Aguiar e Thiago Avelaneda, Autocuidado com Mayra Aguiar e Emanuele Costa, Ateliê Criativo com Marcela Guerra e Natália Vaz, Teatro com Maira Fanton e Música com Lia Aroeira e Agustin Kammerath.
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[ entrevista ]
Teremos também Ricardo Picchiarini, nosso convidado especial, que vai oferecer sua oficina de Comunicação Não-Violenta.
[ inscrições aqui ]
O encontro acontece nos dias 22, 23 e 24 de julho, pautado pelo Cuidado de si e das relações. As inscrições podem ser feitas no link ao lado. ←
Para entrar no clima dessa tradição da escola, conversamos com Mara Gerbelli, idealizadora do Seminário, sobre as edições anteriores. Preparem-se para já sentir um gostinho dessas trocas tão importantes para a instituição e para todos que participam.
[ Hoje estamos encurralados e obrigatoriamente procurando por novos Rumos. Mas vocês enxergaram a necessidade de ampliar os horizontes lá em 89. O que vocês já viam naquele momento que os
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fez agir na vanguarda deste movimento tão urgente e necessário hoje? ] Em 1989, a gente vivia de forma bastante comunitária no Centro Pedagógico, os professores moravam aqui e nós éramos muito ligados e muito coesos, porém faltava uma maior circulação de ideias. Embora nós não fôssemos todos iguais, fôssemos diferentes e tivéssemos uma diversidade de formas de agir e de pensamento, nós estávamos muito isolados do mundo. A escola ficava muito mais isolada pelo fato de a estrada ser pior do que é hoje, de não ter tanta facilidade de locomoção. Nós tínhamos
só um carro, e também as dificuldades financeiras que nos impediam de sair do Centro Pedagógico para fazer cursos fora. Então surgiu a ideia de trazer pessoas pro Centro Pedagógico que trouxessem novas ideias, circulação de energia necessária para que a escola não se fechasse em si mesma.
[ Você pode contar um pouco mais sobre o histórico do seminário: quais grandes nomes passaram? Quais momentos foram inesquecíveis nesses encontros presenciais? ] No primeiro seminário, nós professores que morávamos aqui fomos
os responsáveis por todas as falas, por todas as oficinas. A ideia era divulgar nossas práticas e ao mesmo tempo trazer pessoas para comentar, para compartilhar nossos saberes e buscar novos conhecimentos que as pessoas pudessem nos trazer para. Então foi um grande sucesso. Nós tínhamos estipulado um limite de 20 vagas e acabamos recebendo 60 pessoas porque não tivemos coragem de não aceitar. E foram três dias de uma convivência muito estreita, muito rica. Aprendemos muito. Esse primeiro seminário marcou bastante o Centro Pedagógico e trouxe uma nova fase para nós. A gente vivia bastante
fechado e isso abriu as nossas portas para a entrada do mundo lá fora. Nos seminários seguintes, já começamos a convidar outras pessoas que conhecíamos e que tinham saberes importantes para nos transmitir. E a cada ano recebemos pessoas com bastante riqueza de conhecimento e não gostaria de citar porque posso esquecer pessoas importantes. Todas as pessoas foram importantes. Eu me sentiria injusta de citar apenas algumas. A convivência nos seminários presenciais, como a maioria das pessoas ficava alojada na escola, era uma troca riquíssima de
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livros, leituras, rodas de cantoria. Cada seminário foi muito especial.
aprendizagem, de conhecimento, de tudo o que se possa imaginar. A convivência estreita entre educadores e não educadores, interessados em educação, permitia uma energia vibrante entre todos os participantes. Isso foi marcante em todos os seminários. Não há um seminário que foi fraco, todos eram muito intensos. À noite, fazíamos discussões de filmes, às vezes conversas sobre
[ Dentro da esfera de uma atuação de vanguarda e até revolucionária, de entender a educação por uma perspectiva mais ampla, na qual se ressaltam os fatores humanistas, a importância da natureza e os saberes específicos dessa relação, como é ser/estar hoje em uma reserva reconhecida de mata atlântica, o que significa essa conquista e o que significou ao longo da história da escola ter lutado por essa causa? ] Estarmos vivendo numa reserva de mata atlântica é um presente que podemos dar para
os nossos alunos, para as famílias envolvidas e para a comunidade como um todo. É um presente mesmo porque antes não havia nada e hoje temos essa reserva maravilhosa, é o nosso oferecimento para todos que virão depois de nós. [ Você arriscaria uma sugestão para aqueles com ousadia para abrir caminhos no cenário em que nos encontramos hoje, assim como vocês têm feito ao longo desses mais de 40 anos? ] A minha sugestão para aqueles que querem trilhar um caminho dentro da educação é que observem, convivam com seu território e percebam onde
estão pisando e o que essa comunidade precisa. E aí, a partir disso, podem construir o seu projeto político pedagógico, mas sempre envolvido com o lugar onde a escola está inserida. Acho que esse é o melhor conselho, se é que se pode dar conselho.
Cada lugar é um lugar, cada experiência é única. E assim deve ser, para fazer sentido.
mara gerbelli, Diretora do Instituto Pandavas
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voz da comunidade
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travessias adolescência em tempos de pandemia Matheus Machado, psicanalista e pai do João (4°.ano)
Pensar sobre adolescência é um exercício bastante frequente entre as famílias, especialmente pelos impasses e dúvidas que esse acontecimento nos impõe. Essa travessia em direção à fase adulta, pautada pela metamorfose do corpo infantil, dá mesmo o que falar. São questionamentos que não podem mais ser respondidos vagamente ou envelopados com o otimismo, por vezes fantasioso, que endereçamos às crianças. Um dos marcos da adolescência é justamente a constatação de que as promessas dos adultos não se concretizam. Os adolescentes, ou adoles, como são carinhosamente chamados em nossa escola,
descobrem que a palavra dos adultos não basta para que o mar turbulento, remexido por ondas sem fim de dúvidas, se acalme. O amor e o laço familiar já não são um porto seguro e, afinal, nossas mentiras são descobertas: - Não vai dar tudo certo se eu for obediente ou se eu fizer tudo o que me pedirem. Concluem que a vida pode ter um fim e passam a se questionar sobre o seu sentido. Com a queda das certezas e garantias afiançadas durante a infância e movidos pela própria curiosidade e empirismo, os adoles descobrem que a realidade é outra. Experiência que frequentemente produz ressentimento e insere os jovens em um processo
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de luto pela infância, ao mesmo tempo em que impõe um processo de pesquisa e busca de uma nova realidade. Essas investigações acontecem no espaço público, dentro do seleto círculo de confiança ou guardadas a sete chaves em pensamentos inacessíveis até mesmo ao mais fiel confidente. Nesses espaços, novas teorias a respeito do campo do outro são gestadas enquanto a autorização para serem aceitos como parte do mundo adulto não vem. Os limites, nítidos na infância, tornam-se opacos, é preciso exercitar a própria autonomia, movimento que certamente está sujeito a deslizes. Até onde posso
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ir? Até onde minha família pode saber? Em teoria, os adoles possuem potência física e intelectual para serem adultos, tanto que em sociedades tradicionais os marcos de passagem são demarcados pelas mudanças corporais e pelos ritos de passagem que legitimam socialmente esse acontecimento. Porém, em nossa organização social, esses sinais não são suficientes e, pior, não elegemos outras formas que evidenciem essa fronteira. Com isso, temos o seguinte cenário: sujeitos fisicamente e intelectualmente capazes de exercerem funções características de um adulto, inclusive
a procriação, sem desfrutarem do mesmo status social. Não são incomuns as falas dos adultos que, em situações convenientes, anulam movimentos destes sujeitos na busca por autonomia. Somos pura contradição: queremos autonomia, mas o medo de perder a autoridade e vê-los voar nos faz recuar; também estamos em luto pela criança que não existe mais. Entre essa imagem da criança presente na memória e o adulto que promete chegar, há esse banho-maria que chamamos de adolescência, tempo que requer uma mudança de estratégia
de nossa parte. Nesse sentido, quando nos aproximamos, vale a pena tentar não seduzi-los, falando e agindo como se soubéssemos de antemão o que é ser adolescente. Os adoles esperam, ao contrário, encontrar referências que, por sua diferença e sua presença, lhes apontem os limites da realidade e, ao fazê-lo, os reconfortem. Também é importante que se sintam legitimados, levados a sério, mesmo diante de ideias que não nos agradam ou sejam esdrúxulas. Devemos ter sempre em mente que a adolescência é um tempo que exerce atração. A potência, a energia e a infinidade de possibilidades que um adolescente carrega são
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Como podemos apoiá-los em suas dificuldades e transformações de maneira empática?
magnéticas e, por isso, invariavelmente estaremos atravessados pelos nossos próprios sonhos acerca do que deveriam ser. São muitos os desafios, especialmente depois do isolamento e do peso do período de pandemia, período no qual esses dilemas, suprimidos do campo público e restritos às redes sociais e à intimidade do âmbito familiar, são retomados com toda força. Precisamos nos lembrar que o movimento de volta aos encontros sociais é difícil para todos, mas especialmente para aqueles que perderam muito e dos quais se espera na mesma proporção.
comunicação não violenta quem somos nós no pós? Analu Cristina Consteladora Sistêmica e Escritora, mãe do Miguel (7°.ano)
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O retorno às aulas e outras atividades presenciais, a possibilidade de reencontrar familiares e amigues, o contato com o próprio corpo, bastante modificado durante o longo período de restrições de movimentos e atividades físicas, são coisas que entusiasmam e também assustam nossas crianças e jovens.
Penso que algo importante seja percebermos, e ajudálos a perceber, o momento especial que vivemos coletivamente. Sentimos muito medo e precisamos aprender a conviver com ele. Tivemos perdas, vivemos lutos e estamos constantemente em contato com outras pessoas que viveram situações similares ou ainda mais tristes. O mundo foi chacoalhado e os jovens, cada vez mais conectados, precisam dar conta de todas as transformações que se processam internamente e fisicamente, sendo permeados
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constantemente por um excesso de informações externas bastante difíceis de digerir até mesmo para pessoas adultas. Tudo isso gera bastante ansiedade, que nada mais é do que o próprio medo do futuro, o medo de não saber o que virá e a dificuldade em se manter no presente. Ajudar a identificar e nomear os sentimentos e nos colocarmos à disposição para ouvir, sem fazer juízo de valores ou oferecer conselhos, pode ser a forma mais efetiva de estabelecer uma relação próxima com nossos filhos e filhas, uma relação que lhes permita falar sobre si e se conhecer. Empatia não é se colocar
voz da comunidade
no lugar do outro. Isso seria impossível, afinal, vivemos nossa infância e adolescência num mundo completamente diferente! Fomos educadas de maneira diferente e isso nos moldou para a vida. Empatia tem a ver com conexão, olho no olho, escuta atenta e disponibilidade. Para oferecer uma escuta empática, é preciso deixar de lado nossas questões pessoais e manter um estado de presença e respeito, um desejo real de acolher tudo o que vier do outro, inclusive coisas que não são agradáveis de se ouvir. Muitas de nós nunca recebemos esse tipo de atenção em nossas famílias
e, por isso, às vezes, temos muita dificuldade em apenas ouvir e estimular o jovem para que se abra, quando ele sentir necessidade, e para que saiba identificar essa e outras necessidades e expressá-las. Não importa muito o assunto: nós não precisamos nos interessar pelos mesmos assuntos dos adolescentes e, sim, nos interessarmos por eles. É urgente desconstruirmos a velha ideia de que filhos são “um projeto nosso que pode ou não dar certo na vida” e enxergá-los como seres humanos em desenvolvimento, capazes de se responsabilizar por si e por sua comunidade, cada vez mais livres para realizar suas próprias
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escolhas e aprender a lidar com as alegrias, frustrações e todos os outros sentimentos que surgirem de maneira natural. Espero que essas reflexões possam te ajudar a ter mais empatia consigo mesma e a se autoeducar para melhor apoiar os pequenos! Para se aprofundar nessa abordagem, busque por cnv (Comunicação NãoViolenta) e bom estudo! Um abraço, ANALU Cristina
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4/
agroecologia tempo de plantar
O outono é uma época excelente para o trabalho na horta. Com o clima mais ameno, sem excesso de chuvas, muitas plantas encontram o ambiente ideal para se desenvolver, assim como as crianças do Pandavas, na aula de Agroecologia, que também têm desenvolvido novas habilidades nessa frente. Os jardineiristas aproveitaram a chegada da estação para realizar um plantio com as crianças. Após a preparação dos canteiros, realizada em parceria com o gt Horta, as aulas foram super produtivas e cada turma preparou o seu canteiro com diversidade e riqueza de alimentos que serão consumidos na escola. A turma do 5° ano ficou a cargo da irrigação.
Depois de pesquisar tipos de irrigação em diferentes momentos no mundo, em aula, fizeram as conexões para trazer água ao espaço. A Agroecologia no Pandavas se constrói enquanto prática pedagógica coletiva de experimentação e descobertas dos estudantes. Estudantes e professores juntos trazem ideias, criam e desenvolvem projetos e manejam os agroecossistemas locais – sempre coletivamente, em busca de descobertas empíricas. Seguindo os princípios do Instituto, durante as aulas e práticas de agroecologia, são trabalhados a autonomia, a responsabilidade e o cuidado entre estudantes e educadores.
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[ aulas de agroecologia da turma da tarde: p. 13., p.14 - à esq. plantio/ p. 14 - à dir. irrigação / p. 15 colheita ]
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5/
os os próximos próximos passos passos da CSE
Em 2021, nasceu nossa Comunidade que Sustenta a Educação (cse) com o propósito de dar continuidade a algo que sempre esteve na base do Centro Pedagógico Casa dos Pandavas, um modelo de educação humanista, comprometido com a diversidade, solidário e fraterno. Na contramão da lógica individualista e predatória, este formato “resiste à mercantilização da educação e ousa re-existir” em uma proposta de compromisso comunitário e de construção democrática. [ leia o manifesto na íntegra aqui ]
Como entidade beneficente reconhecida pelo Certificado de Entidades Beneficentes de Assistência Social na Área de Educação (cebas), temos o compromisso de ter pelo menos 50% dos alunos como bolsistas, sendo que hoje temos aproximadamente 60% de bolsistas parciais e integrais, garantindo uma diversidade socioeconômica significativa em nossa comunidade escolar. Com essa nova fase de cse nasce também o gt Gestão Financeira e Administrativa, que vêm se debruçando sobre os dados financeiros da escola de maneira minuciosa e responsável para oferecer
suporte consistente às nossas tomadas de decisão e para garantir a adequação aos parâmetros do cebas. Os desafios para a manutenção desse modelo são muitos e, desde o início da elaboração da cse, sabíamos que a contribuição financeira das famílias, que são hoje nossa principal fonte de receita, não bastariam. “Também são parte fundamental desta estrutura os contribuintes que apoiam a escola independentemente de terem filhos estudando conosco”, como diz o nosso manifesto, uma vez que entendemos que a educação é de responsabilidade de todos e que um projeto pedagógico como o nosso é um
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investimento em inovação e sustentabilidade. Já contamos com o apoio de dezenas de pessoas físicas e chegou a hora de ampliar nossa base de sustentação trazendo Pessoas Jurídicas para compor essa rede. Nos meses de abril e maio, o gt Captação de Recursos trabalhou na elaboração de um projeto para submissão ao Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente (cmdca) de Monteiro Lobato, abrindo caminho para as empresas destinarem ao Instituto parte de seus impostos devidos. Desse modo, oferecemos uma preciosa oportunidade para empresas que estejam alinhadas aos
compromissos éticos do Instituto Pandavas de se tornarem apoiadoras sem custo, uma vez que poderão destinar parte de seus impostos ao projeto. Quer saber mais como vai funcionar este tipo de doação? Escreva para o gt Comunicação e Projetos em pandavas.gtcp@gmail.com.
Você sabia que empresas podem doar parte de seu imposto devido ao Pandavas?
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mitologia mitologia grega/ grega/ uma abordagem ecologista e decolonial
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Há 22 anos, Rodrigo Reis (esquizoanalista, compositor e regente, mestre em artes da cena, doutorando em arteeducação pelo IA-UNESP) realiza um curso especial sobre Mitologia Grega. No segundo semestre, Rodrigo ministrará este programa para toda a Comunidade do Instituto Pandavas para auxiliar na campanha de arrecadação financeira da escola. A mitologia grega eurocentrada, as cosmologias oriundas da diáspora africana e as cosmologias dos povos originários compõem as bases sócio-culturais e psicológicas dos brasileiros – ânima brasilis. O curso “Mitologia grega: uma
abordagem ecologista e decolonial” tem como foco o estudo da mitologia grega, porém confronta suas estruturas eurocêntricas e patriarcais, imprimindo questionamentos ecologistas em direção a uma abordagem decolonial. O objetivo desse curso é dispor ferramentas (filmes, videoclipes, músicas, imagens, obras de arte, leituras, etc.) e processos metódicos para instaurar
uma autonomia em relação ao estudo das mitologias. Serão abordados os aspectos sócio-culturais, arquetípicos e interpessoais dos mitos gregos a fim de construir uma visão contemporânea de como o mito compõe e afeta nossas vidas.
Encontro de abertura [ gratuito ] 8 de agosto, seg., às 18h30
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Duração 9 encontros às seg., das 18h30 às 21h
7/
Datas 15, 22 e 29 de ago. / 5, 19 e 20 de set. / 3, 10 e 17 de out. Fechamento imersivo: 29 de outubro, sáb., das 14h às 20h (contação e fogueira) Contribuição 3x R$ 100,00 Turma mínima de 16 pessoas Consulte sobre bolsas parciais (14). Serão dadas bolsas integrais (10) aos funcionários do Pandavas.
Mais informações e inscrições pelo email pandavas.gtcp@gmail.com
teatro de sombras e música
Em maio, a escola recebeu visitas especiais que trouxeram um pouco mais de arte e cultura para as turmas da tarde. As crianças tiveram a oportunidade de ver uma apresentação de teatro de sombras, mais um oferecimento dos nossos amigos da Cia. Quase Cinema, e ouvir as músicas de Eduardo Agni, músico e ex-professor do Pandavas, que faz um trabalho de resgate das canções dos povos tradicionais, os guardiões da floresta.
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dia da família na escola
No dia 7 de maio as famílias do Ensino Fundamental i puderam desfrutar de uma manhã memorável na escola com sarau, exposição de artes, vivência musical e piquenique. O sarau contou com cantoria, leituras de poesias, leitura dramática e biográfica, teatro de fantoches
confeccionados pelas crianças e muita emoção. Em dinâmica coordenada pela professora e musicista Lia Aroeira, pais e filhos cantaram e dançaram juntos PO HAMÉK, cantiga de saudação dos Krenak que, em tradução livre, nos convida a cantar juntos, cantar bonito, batendo palmas e pés.
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Vamos todos cantar juntos Cantar bonito, cantar bonito
Na gran tondon mûm gri Na gran tondon mûm gri Grí erehé, grí erehé Po Hamék, po hamék Po hamék, grí erehé Grí erehé, po hamék
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festa JUNINA
No início de julho, no dia 2, acontece a nossa tão esperada Festa Junina. Uma festa que reúne toda a comunidade escolar, desde os preparativos até o dia da celebração. O tradicional festejo conta com a cerimônia da lanterna na abertura, fogueira, apresentações musicais, muita comida típica e barraca de brincadeiras, entre outras surpresas. Vai ser lindo poder voltar a festejar com toda a comunidade reunida. Para que a festa aconteça, todos os Grupos de Trabalho (gt) estão envolvidos. A equipe do gt Alimentação já preparou um cardápio delicioso (e inclusivo)
com bolinho caipira, caldinhos, canjica e cuscuz paulista, entre outras maravilhas. O time do gt Manutenção está a cargo de montar as estruturas das barraquinhas, o gt
Eventos realizou uma pesquisa sobre brincadeiras tradicionais juninas para acontecer nas barracas e está articulando as ações de arrecadação de prendas e prêmios.
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[ agenda ] No início de julho, no dia 2, acontece a nossa tão esperada Festa Junina. Uma festa que reúne toda a comunidade escolar, desde os preparativos até o dia da celebração. O tradicional festejo conta com a cerimônia da lanterna na abertura, fogueira, apincadeiras tradicionais juninas para acontecer nas barracas e está articulando as ações de arrecadação de prendas e prêmios. “Apoiados nos princípios da sustentabilidade e voluntariado, arrecadaremos brinquedos usados e em bom estado para serem entregues como prendas nas brincadeiras”, diz Aline Alves, representante deste gt.
junho 26
[reserve a data!] Festa Junina do Pandavas
sábado 02 julho 18h
julho 02 Festa Junina 04 Início das Férias e Reunião de famílias 22, 23 e 24 Seminário pedagógico 26 Volta às aulas agosto 13 Família na Escola 15, 22 e 29 Mitologia grega 27 Festa das regiões setembro 11 Assembleia de Escola 17 Reunião de famílias 19 e 20 Mitologia grega [ Em virtude da instabilidade provocada pelo aumento de casos de COVID, todas as atividades presenciais estão sujeitas a alterações. ]
Fiquem atentas e atentos às próximas divulgações e chamados para colaborar! Enquanto isso, que tal assistir a esse vídeo sobre as origens das tradições juninas. [ confira aqui ]
Assembleia de Escola
A festa está chegando!
programese
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[ doações ]
Como você pode ver nas notícias deste boletim, muitas famílias e amigos estão presentes no dia a dia do Pandavas com o apoio voluntário em diversas frentes e grupos de trabalho. Mas há também outros canais de doação em que você pode ajudar financeiramente a escola.
[ créditos ]
[ COLABORADORES DESTA EDIÇÃO ]
[ Campanha Re corrente ] benfeitoria.com/ pandavasautonomo Acesse e conheça o trabalho realizado e escolha o valor da sua doação mensal.
Quer contribuir com o projeto do trabalho do Pandavas?
[ pix ] EMAIL/ pandavas@ institutopandavas.org.br [ Transferência bancária ] Banco do Brasil Agência 6739-3 Conta corrente 881-8 Instituto Pandavas cnpj 10.510.836/0001-90
editoração e redação Cindy Quaglio Joana Ricci
Esse conteúdo é produzido de maneira coletiva. Se você tem alguma sugestão de tema ou quer apresentar uma ideia, entre em contato com o gt Comunicação e Projetos pelo e-mail > pandavas.gtcp@gmail.com
revisão Henrique Toledo peças gráficas e fotografias Acervo Instituto Pandavas desenho da capa Otto Rocha (5°.ano) projeto gráfico Maroca Sampaio