Sergio Larrain: um retângulo na mão - folheto

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SERGIO

LARRAIN UM RETÂNGULO NA MÃO “UMA BOA IMAGEM NASCE DE UM ESTADO DE GRAÇA”

Ilha de Chiloé, Chile, 1957 © Sergio Larrain/Magnum Photos

VAGABUNDAGENS Agnès Sire

Fotógrafo pelo gosto da vadiagem, pelo desejo profundo de estar no mundo e na pureza do gesto, o chileno Sergio Larrain, apesar de tudo, passou a maior parte de sua existência em retiro, praticando meditação, ioga, escrita e desenho. Deixou uma obra brilhante, uma espécie de meteorito cujo trajeto ele teve a sabedoria de interromper no momento em que concluiu que já não lhe proporcionava a liberdade esperada. Depois de muito tempo em busca de si próprio, foi num despojamento voluntário que o homem que também aspirou a ser escritor finalmente se encontrou. Pertencente a uma família da alta burguesia chilena, desde cedo Sergio Larrain (1931-2012) se esquivou à vida mundana praticada na casa do pai, um arquiteto e colecionador renomado. Apesar das relações difíceis entre os dois, o filho reconheceria mais tarde que, graças à riqueza da biblioteca familiar, pôde educar o olho e ter acesso à fotografia.


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