Acontece - Abril/2011

Page 1

contece A I n fo rmati vo d o Insti tuto Fe d e ra l d e Pern am buco

An o VII · Nº 43 · Abril de 2 0 1 1

Investigadores do

conhecimento No aniversário dos grupos de pesquisa do IFPE conheça quem são os pioneiros e o caminho trilhado para desenvolver a investigação científica no Instituto

Orçamento Saiba quais as medidas que o IFPE vem adotando para se adequar ao ajuste econômico determinado pelo Governo Federal Página 2 Gestão Entrevista destaca as ações a serem adotadas na administração de 80 dias da primeira reitora do IFPE Página 3 Mulheres Mil Futuro do projeto em Pernambuco está assegurado com a renovação da parceria com o Senac, mas intenção do MEC é transformá-lo em programa de governo em todo o país Página 7 Reconhecimento A aposentadoria é um marco da vida de qualquer trabalhador, sobretudo para os servidores do IFPE que podem contar com homenagens e atividades de integração Página 8

Acontece · Informativo do Instituto Federal de Pernambuco

1


ECONOMIA

A tesoura do orçamento no IFPE Anúncio de cortes no Governo requer ‘‘jogo de cintura’’ por parte de gestores. Instituto já está atento às determinações. Carol Falcão A notícia pegou todo mundo de surpresa. Em fevereiro, a equipe econômica da presidenta Dilma Roussef anunciou um corte de R$ 50 bilhões no orçamento previsto para 2011. As medidas fazem parte do pacote de ajuste que o Ministério da Fazenda implantou para reduzir custos, a fim de atingir o superávit primário de 2011. No IFPE, as decisões do Governo Federal têm impacto direto no funcionamento da Instituição. “A priori, estamos vivendo um momento de contingenciamento de recursos. Medidas como emissão de passagens e diárias estão sendo avaliadas com mais moderação que o habitual”, explica o pró-reitor de Administração, Xistófanes Luna. Além disso, o montante de recursos para aquisição de material permanente também foi redimensionado. Outra indicação do Governo, acrescenta Luna, é o incentivo para que as compras sejam compartilhadas pelos ministérios e órgãos federais, como as atas de registro de preço, com o objetivo de baixar os preços nas licitações. “As medidas afetam mais a maneira como vamos gastar o dinheiro do que impõem um corte específico. O que for importante para a Instituição deverá ser mantido, sim”, defende o pró-reitor.

2

O corte também atinge os brasileiros que pretendem se tornar funcionários públicos. Segundo a equipe econômica do governo, estão suspensas as contratações de concursados e a promoção de mais processos seletivos durante 2011. A medida atinge em cheio os 23 selecionados no último concurso do IFPE para docentes e administrativos que atuariam, sobretudo, nos novos campi da Instituição. Segundo a Diretora de Gestão de Pessoas, Socorro Moreira, os professores aprovados já foram chamados para apresentarem a documentação necessária. “A contratação só depende, agora, da liberação de código de vagas, por parte do MEC. Além disso, já houve autorização para provimento dos cargos administrativos”, explica Socorro.

Aprovada para uma vaga de docente no campus Garanhuns, Maria Clara de Mendonça aguarda ansiosa pela contratação. “Já sou professora de instituição particular de ensino superior, mas ser professora de uma instituição como o IFPE é muito empolgante. Espero que isso se resolva logo”, diz.

Entenda o corte Boa parte do valor de R$ 50 bilhões virá do corte de emendas parlamentares e de bancada Haverá corte de 50% em diárias e passagens Em 2011, estão proibidos compra e aluguel de imóveis, além de aquisição de veículos para uso administrativo do Executivo Estão suspensas as contratações de concursados Mesmo com os cortes, a equipe econômica garantiu que os projetos sociais serão mantidos, bem como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Ano VII · Nº 43 · Abril de 2011


ENTREVISTA

Gestão feminina O IFPE será, pela primeira vez, dirigido por uma mulher. Qual a importância em desempenhar tal papel? O IFPE, de fato, terá a primeira mulher. Já o antigo CEFET foi dirigido, por 10 meses, pela psicóloga Maria Helena. Percebo o valor simbólico e a grande responsabilidade por ser a primeira mulher, em Pernambuco, a ocupar, mesmo por 84 dias, o cargo de reitora. Represento muitas mulheres que construíram um caminho profissional com dificuldades, mas com vontade de crescer na carreira e desempenhar um papel digno que traga novas conquistas, nesse momento histórico de ascensão feminina. Somos governados, hoje, por uma mulher. É grande a responsabilidade em substituir, em minha opinião, o melhor dirigente que esta Casa de Educação já teve, sem desmerecer e reconhecer o valor de seus antecessores. Serão apenas 80 dias de gestão. Haverá tempo hábil para imprimir uma marca própria ou será uma continuidade das ações anteriores? Represento a continuidade do trabalho do professor Sérgio, por ter participado, durante esses oito anos, de seu grupo gestor, mas todo profissional gosta de deixar a sua marca por onde passa. Estive à frente da direção do campus Recife e consegui, juntamente com a nossa equipe, deixar uma marca. Há boas práticas de gestão que serão mantidas e outras iniciadas. Não podemos reduzir o desempenho de uma Casa de Educação a aquisições e à burocracia que, de fato, são engessantes. Devemos ir além: ser pedagógicos, com foco na transmissão de valores, promovendo a interação entre os diversos atores sociais. Acontece · Informativo do Instituto Federal de Pernambuco

O que pretende fazer nesses 80 dias? Lançaremos uma pesquisa para identificar o grau de satisfação dos nossos servidores (professores e administrativos) e estudantes. Teremos um canal, no site, para receber críticas, propostas e sugestões para ajudar-nos em nossa gestão. Algumas ações podemos pontuar: o Projeto Reitor-Estudante por um dia, com espaço para um aluno, escolhido por seus pares, acompanhar o cotidiano na Reitoria para compreender e nos ajudar em alguns processos de gestão. Sugerir a criação de um Conselho de Pais, em cada campus. Iniciar as discussões para implantação de creches em nossos campi. Melhorar o fluxo de comunicação. Retornar as ações do “Portas Abertas”, iniciativa do professor Sérgio, aplicada no campus Recife, na qual teremos dia e horários para atendimento à comunidade de todos os campi. Consolidar as negociações com o setor privado, com vistas à criação da Fundação de Apoio. Nesse ponto, destaco o valioso auxílio do professor Enio Camilo nas articulações e da equipe da Proext, especialmente a servidora Keila, na formatação da proposta. Inserir os campi agrícolas na locomotiva do desenvolvimento pernambucano, no mesmo patamar em que estão os industriais. Essas são ideias iniciais que poderão ser debatidas e, mesmo com pouco tempo, ampliadas e melhoradas pelo próximo gestor. O que a comunidade pode esperar de sua gestão? Um conjunto de ações humanistas e de maior integração entre essa grande família IFPE, buscando aproximação de seus servidores e estudantes. Consolidar práticas de gestão, observando o ser humano e suas ne-

Com o desafio de ser a primeira mulher a estar à frente do IFPE, a nova reitora, Cláudia Sansil, destaca quais os planos para os quase três meses que ficará como dirigente máxima da Instituição e revela os novos rumos da gestão cessidades. Peço ajuda a todos para buscar, mesmo em um curto espaço de tempo, a realização profissional e a felicidade no trabalho. Somos privilegiados em atuar na área mais nobre da civilização: a Educação. Somos educadores que auxiliam a salvar vidas. Quantos adolescentes são vítimas de drogas, prostituição e outras mazelas que ainda não conseguimos eliminar? Ajudamos a transformar a sociedade, e com isso a sermos pessoas melhores. Conto com todos vocês e que Deus nos abençoe em mais esse grande exercício de aprendizado de vida.

Cláudia Sansil se prepara para comandar a Instituição por oitenta dias

3


PESQUISA

Quando a curiosidade se tra Os primeiros grupos de pesquisa do Instituto completam sete anos. A comemoração é dos pesquisadores, pelos resultados que a investigação científica vem trazendo para a instituição

Sofia Brandão e

Gil Aciolly

Fabíola Barbosa comemoram a expansão dos grupo de pesquisa: de quatro, em 2004, para 39 registrados atualmente

4

Em 2004, o então Cefet-PE começava a trilhar o caminho da investigação científica. Na época, os quatro primeiros grupos de pesquisa do Centro foram cadastrados no CNPq . Hoje, no aniversário de sete anos desses grupos, a instituição já com a nova nomenclatura de Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Pernambuco, luta para se consolidar também na pesquisa e na extensão. As notícias são boas. Os quatro primeiros grupos se multiplicaram e, atualmente, já são 39. Uma das pioneiras é a professora Sofia Brandão, líder do grupo de Pesquisas e Desenvolvimento de Produtos Tecnológicos, liderado também pelo professor Eduardo Alécio. Ela comemora o crescimento da pesqui-

sa no IFPE e ressalta o papel norteador dos grupos. “São os professores que formam os grupos que orientam os programas de bolsas como Pibic, Pibex, Pibit e Bia e, dessa forma, direcionam a pesquisa na instituição”, esclarece. Não é somente o número de grupos que cresce. Além dos 39, outros seis estão em processo de cadastramento. Aumenta também a quantidade de membros dos grupos já existentes. O grupo da professora Sofia, por exemplo, acaba de receber quatro novos pesquisadores, sendo três do campus Recife e outro do campus Barreiros. A ampliação, nesse caso, promoveu a integração dos trabalhos entre dois campi, através da pesquisa. A professora Fabíola Barbosa, do campus Recife, é uma das recémchegadas. Para ela, o ingresso no

grupo foi uma forma de aprofundar o que aprendeu no mestrado numa pesquisa já em andamento. “Esses saberes também são aplicados em sala de aula, pois a vivência no laboratório possibilita a prática na pesquisa”, argumenta. O grupo de Estudo e Pesquisa em Design, liderado pela professora Rejane Rêgo, e o de Engenharia e Desenvolvimento de Software, liderado por Katyusco de Farias e Aida Ferreira, também integram a lista dos pioneiros. Consolidação é a palavra de ordem nessa comemoração. E esse termo define outro pioneiro entre os grupos, o de Ecologia e Gestão SócioAmbiental de Ecossistemas Nordestinos, liderado pela professora Elba Ferraz. O grupo é o único que está em consolidação de acordo com o CNPq. Esse status é um reconhecimento que só é dado aos que cumprem uma série de requisitos como, por exemplo, orientação nos programas de pósgraduação e publicações em revistas científicas nacionais e internacionais. Dos 39 grupos de pesquisas cadastrados na Instituição, dez são na área de engenharia, nove na de ciência humanas e 6 na de ciência agrárias. Os números formam um retrato institucional e revelam o caráter multidisciplinar que, hoje, o IFPE possui. “Com a aglutinação dos campi agrícolas, crescemos na área agrária. Já o campus Recife é forte nas engenharias”, diz a pró-reitora de Pesquisa e Inovação, Ana Patrícia Siqueira. Segundo ela, a ideia é consolidar essas áreas, onde há maior número de publicações, doutores e mestres, e criar Ano VII · Nº 43 · Abril de 2011


ansforma em pesquisa cursos de mestrado a partir delas. Novos caminhos - Para se chegar até aqui, houve muitos caminhos trilhados. As bolsas institucionais, como as de iniciação científica (Pibic), inovação tecnológica (PibiTI) e extensão (Pibex), fortaleceram os grupos. Recentemente, foram criadas ainda bolsas específicas para professores, como a de auxílio ao pesquisador (APq) e de produtividade (BPq). A realização de eventos, como os fóruns de pesquisa e encontros de pesquisa e extensão, é outro tipo de iniciativa. Neste último caso, o evento foi itinerante. Todos os campi foram percorridos com o objetivo de identificar novos pesquisadores. “A gente procura desmistificar a pesquisa. O que é? Como fazer? Tudo isso foi explicado. A investigação científica começa do olhar curioso que se lança

sobre a natureza. São das inquieta- que desenvolvemos. Agora, quereções que surgem as melhores pesqui- mos ser reconhecidos na Pesquisa e sas”, ressalta a pró-reitora. na Extensão”, ressalta Ana Patrícia. O resultado de todas essas ações Alguns frutos de uma caminhada não poderia ser melhor. Do ano pas- que começou há sete anos começam a sado para cá, houve um aumento de ser colhidos. O que todos os pesquisa56,41% no número de grupos na Ins- dores ressaltam é que ainda há muito tituição, o que representa 17 novos a ser trilhado. O guia desse caminho grupos certificados. Já o número de é a curiosidade e o desejo pela evoprojetos cresceu 38,89%, desde 2010. lução do conhecimento, sentimentos Há dois anos, com a criação do típicos de quem faz pesquisa. IFPE e a junção das agrotécnicas federais, a instituição Grupos de Pesquisa do IFPE passou a ter uma nova identidade. As nomenclaturas Educação, Ciência e Tecnologia, que agora fazem parte do nome do Instituto, exigem ainda mais a consolidação da Pesquisa e da Extensão. “Já somos reconhecidos no Ensino, pelos 101 anos de trabalhos

A história, por quem participou dela “O pioneirismo das pesquisas no IFPE surgiu da necessidade de expor ideias e resultados de projetos criados em sala de aula. no curso

A comunidade, então, passou a saber que a nossa pesquisa trazia divisas para a instituição.

TADS (Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas). Tinha

Novos projetos subsidiados surgiram, mas na época não havia

a certeza de que alguns projetos podiam ser publicados em congres-

professores em TADS que pudessem liderar com eles. Também, con-

sos, como assim o foram. Provocamos a gestão por diversas vezes

seguimos parcerias com os Cefets de outros estados. Chegamos a

sobre a necessidade de termos uma área, ainda como CEFET-PE, que

receber convites para liderar projetos dentro do próprio MEC. Con-

fizesse articulações com órgãos de fomento à pesquisa para o nível

seguimos instituir o primeiro MINTER (Mestrado interinstitucional)

de graduação: CNPq, CAPES.

UFCG x Cefet-PE.

Um dos requisitos para se associar a tais órgãos era ter grupos

Ser pioneiro em liderar um grupo de pesquisa na época em que a

de pesquisas formalizados. Na época, criamos o grupo GRENDES

instituição não via pesquisa como uma de suas bases foi um trabalho

(Grupos de Engenharia e Desenvolvimento de Software) com ape-

que exigiu muita dedicação e esforço. Eu fazia de tudo um pouco:

nas dois professores e três alunos, sem nenhum subsídio ou insumo

procurava cadeiras não utilizadas para assentar alunos, passava fios

financeiro.

elétricos, procurava editais, escrevia procedimentos para pagamento

A verdade é que tivemos que descobrir quais os caminhos para

de bolsas, delegava tarefas a alunos, pesquisava, administrava recur-

criar grupos de pesquisa, e isso demandou muito esforço de tempo,

sos. Foi assim, foi ótimo, pois eu acreditava que minhas convicções

emocional, e de negociação para fazer com que o Cefet entendesse a

sobre a pesquisa estavam certas.”

necessidade de priorizar a pesquisa.

Katyusco de Farias Santos – líder de grupo

Depois dos primeiros resultados do grupo, fomos convidados

de pesquisa, também é gerente e modera-

pelo MEC para fazer parte do projeto SIEP Gerencial (http://www.

dor do canal de comunicação Pesquisado-

renapi.gov.br/siep-gerencial/conheca-o-projeto). Recebemos labora-

res-Cefet-PE, que integra os interessados

tório e auxilio financeiro. Com isso, a gestão do Cefet reconheceu a

na pesquisa. Atualmente é doutorando em

nossa competência e recebemos apoio para implantar nosso núcleo.

Informática na UFCG.

Acontece · Informativo do Instituto Federal de Pernambuco

5


PESQUISA

Centro consolidará

Futuro Centro irá abrigar as ações de pesquisa do Instituto

Toda a documentação foi preparada. O convênio já foi assinado. A expectativa dos pesquisadores, agora, está voltada para a liberação de R$ 1.622.109,53, valor aprovado para a construção do Centro de Pesquisa do IFPE. Os recursos são provenientes do Programa de Infraestrutura - Proinfra, fruto de uma parceria entre Minis-

pesquisa

tério da Ciência e Tecnologia e Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Uma licitação já está sendo preparada com o objetivo de contratar a empresa que será responsável pelo projeto básico executivo. A coordenação do Centro conseguiu a licença prévia ambiental, necessária ao início das obras, e já se movimenta para conquistar o licenciamento definitivo. O empreendimento, que será erguido no campus Recife, contará com 14 salas de pesquisadores, dez laboratórios, um auditório, além de uma incubadora. Está previsto, ainda, a instalação de um Núcleo de Inovação Tecnológica. A construção do Centro vai alavancar o crescimento da pesquisa na instituição e também a oferta de cursos de pós-graduação.

Bolsas

Para quem está enveredando pelo caminho da ciência, as bolsas desempenham papel fundamental: estudantes de baixa renda podem contar com recursos financeiros e assim poderem estudar em vez de trabalhar. Ainda há o aspecto da formalização da pesquisa, que contribui para o enriquecimento do currículo de quem conquistou uma. Mas, é o conhecimento proporcionado pela ciência que representa o maior valor de uma bolsa. A estudante Rúbia Ramos, 18 anos, do curso de Gestão de Turismo conhece bem os benefícios de ter uma bolsa. Durante um ano, ela foi bolsista Bia do Projeto “Viver Noronha”, que tem o objetivo de capacitar os residentes da ilha. “Cresci muito. Aprendi sobre pesquisa, mercado e empreendedorismo. O conhecimento será indispensável para meu futuro profissional”, diz a jovem, que já está de olho em outra bolsa. Desta vez, vai tentar conquistar uma Pibic. O número de bolsas no IFPE acompa-

6

Gráfico mostra a evolução das bolsas de pesquisa do IFPE

nhou o crescimento dos grupos de pesquisa. Subiu de 49, em 2008, para 124, em 2010. Além da quantidade, houve um compartilhamento com todos os campi do Instituto. Antes havia uma concentração no campus Recife. Hoje, há bolsas voltadas para os projetos como a Bolsa Produtividade ao Pesquisador – Bpq, financiadas pelos campi e destinadas à produção da área, como aquisição de materiais de laboratórios. Já a Apq é um auxilio ao professor, líder do grupo de pesquisa. Recentemente, houve a criação da PibiTI, destinada às pesquisas de inovação tecnológica, também financiadas pela instituição.

Modalidades de bolsas Pibic · Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica. Há nas modalidades técnico e superior e são financiadas com recursos próprios da Instituição. Pibex · Voltadas para a extensão, aproximando a Instituição à comunidade. Também são financiadas pelo IFPE. CNPq · Bolsas de iniciação científicas financiadas com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Outras · Bolsas financiadas por outras Instituições como a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco – Facepe. É o caso da Bia, uma bolsa de incentivo acadêmico destinado a oriundos da rede pública de ensino e também e das bolsas Pibic Júnior.

Ano VII · Nº 43 · Abril de 2011


NOVIDADES

Formando gestores públicos Primeira especialização a distância a caminho da conclusão Carol Falcão Os cerca de 200 estudantes da pós-graduação a distância do IFPE já entraram na reta final para a conclusão do curso. A turma, primeira na sua modalidade, reúne um perfil variado de profissionais que atuam no serviço público nos níveis municipal, estadual e federal. Em comum, eles reconhecem a importância de uma formação na área de gestão

pública. “Cada vez mais, o servidor público precisa se profissionalizar. É nossa obrigação realizar o trabalho da maneira mais eficaz e eficiente possível”, defende Isaac da Silva, estudante no pólo Ipojuca. O curso faz parte do Programa Nacional de Formação em Administração Pública (PNAP), que tem por objetivo oferecer cursos de bacharelado em Administração Pública, especialização em Gestão Pública e especialização em Gestão em Saúde. Funcionando em cinco pólos, distribuídos nas cidades de Ipojuca,

Pesqueira, Surubim, Santa Cruz do Capibaribe e Palmares, a especialização tem carga horária de 510 horas/ aula, distribuídas em 16 disciplinas, em dois módulos. Segundo o coordenador do curso, Marcelo Alexandre de Vasconcelos, os estudantes já estão recebendo orientações para fazerem o Trabalho de Conclusão. “A partir de dois de julho, começam as apresentações, nos pólos”, explica. Ainda de acordo com Alexandre, o curso foi tão bem sucedido que haverá uma segunda turma a ser oferecida ainda este ano.

Apostando na responsabilidade social Após muitos esforços, está mantida a parceria entre o Senac e o IFPE para continuação do projeto Mulheres Mil. O projeto, que existe desde 2005, começou a funcionar mesmo em 2007. Naquele período, a então Diretora de Extensão, Cláudia Sansil, passou a ser a gestora e buscar parcerias. Com o Senac era fundamental, pois o módulo prático não teria condições de ser realizado no antigo Cefet. “Foram muitas idas e vindas, muitas reuniões e persistência”, relata Sansil. A Pró-Reitora explica que até março o pagamento dos insumos, usados nas aulas, estava assegurado pelo convênio com o governo canadense. Com o fim da parceria, cada Instituto ficou responsável, financeiramente, pelo projeto até novas determinações da Setec/Mec, que vai transformar o projeto num programa de governo e política afirmativa para todo país. Ao longo do Mulheres Mil foram ofertadas oficinas de chocolate, licores e reaproveitamento alimentar, Acontece · Informativo do Instituto Federal de Pernambuco

Renovação da parceria entre IFPE e Senac garante continuidade do projeto Mulheres Mil

pela UFRPE, além de artesanato com a confecção de sandálias estilizadas. A proposta é estimular as mulheres a permanecerem no projeto, além de gerar renda. O IFPE ainda é o único Instituto que mantém a preocupação em cuidar dos filhos das assistidas, com a oferta de práticas recreativas realizadas por estudantes de Turismo e supervisionadas pela gestora. O trabalho gerou até uma cartilha com várias atividades. Com a renovação da parceria, o Senac passa a assumir, além de pro-

fessores e instalações, os insumos. A meta é qualificar profissionalmente 120 mulheres da comunidade Chico Mendes, localizada em Areias. A primeira turma será formada em maio. Para a diretora regional da entidade, Lígia Leite, é um projeto de grande responsabilidade social. “Todos estamos comprometidos e buscaremos influenciar outras unidades do SENAC no Brasil a adotarem o Mulheres Mil e demais projetos sociais semelhantes a este. Sem dúvida, uma espetacular experiência”, sintetiza a dirigente.

Reunião no Senac garante continuidade do Mulheres Mil. Com a parceria, 120 mulheres serão capacitadas

7


VALORIZAÇÃO

Um adeus para festejar Iniciativas promovem a valorização de quem tanto se dedicou à Instituição, um justo reconhecimento aos que ajudaram a escrever a centenária e rica história do IFPE Ações do Instituto valorizam aposentados. Chá literário (acima e ao lado) é marcado pelo reencontro de velhos amigos. Na formalização da aposentadoria, servidor é homenageado (abaixo à esquerda). Atividades artísticas também são opção para aposentados que querem manter vínculo com a Instituição.

Patrícia Yara

EXPEDIENTE

Trabalhar dignamente ao longo de anos e finalmente chegar ao momento de alcançar a tão sonhada aposentadoria. Para muitos essa realidade talvez esteja um pouco distante; mas, para aqueles que deram duro o suficiente e conquistaram esse direito, o momento é, sim, de festejar. Pensando na importância dessa conquista, a Diretoria de Gestão de Pessoas criou um setor exclusivo para agilizar e controlar os processos de aposentadoria. A Coordenadoria de Aposentadoria e Pensão é responsável também pelo atendimento do servidor já aposentado que visita o Instituto a fim de buscar contracheques e realizar recadastramentos. A responsável pelo setor, Rosângela Aguiar, conta que sempre quando

uma aposentadoria é oficializada, é feita uma singela comemoração para o recém-aposentado, que recebe uma cópia da portaria de aposentadoria e um certificado de reconhecimento pelos serviços prestados. Este ano, foram cinco aposentadorias e mais duas estão em andamento. “Não se trata de uma despedida, mas sim de uma homenagem”, ressalta. Cultura – Para facilitar o reencontro dessa turma, o Instituto criou o “Chá Literário”, que, mensalmente, reúne novos e antigos aposentados numa tarde de entretenimento e bate-papo. Mas, as ações de valorização dessa categoria não param por aí. A Coordenação de Desenho do campus Recife oferta anualmente o curso de Desenho e Pintura, garantindo ainda mais a integração do aposentado com servidores ativos e estudantes.

Reitora: Cláudia Sansil| Textos: Carol Falcão, Gil Accioly, Cláudia Sansil e Patrícia Yara | Revisão: Verônica Rodrigues | Diagramação: Adriana Oliveira, Gabriella Almeida e Karoline Nóbrega | Jornalista Responsável: Patrícia Yara (DRT: 2807) | Reprodução: F&A Gráfica e Editora | Tiragem: 5.000 exemplares

8

Ano VII · Nº 43 · Abril de 2011


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.