Comunidade.MS - Edição 03 - maio de 2017

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Campo Grande (MS), maio de 2017 - Ano 02 - Nº 03 - Circula nos bairros Aero Rancho, Jardim Leblon, Jardim União e regiões DISTRIBUIÇÃO GRATUITA WWW.COMUNIDADE.MS

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MAIS 2 MIL MORADIAS PROMETEM ATRAIR FAMÍLIAS PARA VIVER NO ANHANDUIZINHO E NO LAGOA Empreendimentos públicos e privados preveem conjuntos de apartamentos para 5 bairros das regiões, mas melhorias para os entornos ainda são dúvidas.

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Do União ao Oliveira, expectativa com futura obra da MRV inclui pedidos de intervenções em serviços públicos.

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Saiba porque o Jardim Antarctica e o Tarumã foram escolhidos para receber 300 habitações populares. Com deficit de 45 mil casas em Campo Grande, governo e prefeitura fecham parceria para buscar novas unidades.

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Entenda a razão de o recapeamento das ruas Brilhante e Guia Lopes não ter incluído (ainda) os cruzamentos

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Obra do corredor sul do transporte coletivo de Campo Grande avançou deixando algumas “valas” ao longo do caminho. CMO explica os próximos passos de projeto milionário. Página A2

Assaltante sofre acidente após crime e Sobrepeso gera alerta, e Capital ganha é espancado por 20 pessoas no Tijuca academia de musculação pública Página 8

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CAMPO GRANDE/MS, MAIO DE 2017 • ANO 2 • Nº. 03 PRIMEIRA COLUNA - Por Humberto Marques

Lama e 2018 O enquadramento de André Puccinelli pela Polícia Federal, dentro das investigações da Lama Asfáltica, é tratado como bomba de efeito retardado no cenário político de Mato Grosso do Sul. O Italiano é (ou era) considerado carta certa nas eleições de 2018. Segundo a PF, Puccinelli estaria à frente do esquema construído para desviar recursos públicos por meio de contratos de sua administração no governo de Mato Grosso do Sul (2007-2014), que envolveu de fraudes em obras públicas à impressão de livros.

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Por que o recapeamento das ruas Brilhante e Guia Lopes não incluiu os cruzamentos? Obras em vias do corredor sudoeste do transporte coletivo são feitas pelo Exército; CMO indica necessidade de intervenções nas esquinas

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Humberto Marques

Até a operação bater à sua porta na manhã de 11 de maio, Puccinelli centralizava debates sobre uma eventual candidatura a governador ou ao Senado. Planos que, conforme aliados e adversários, agora dependem da Justiça. Mesmo com a prisão, protagonistas da política estadual têm evitado descartar André Puccinelli de 2018. Nomes como o deputado federal Zeca do PT e o prefeito Marquinhos Trad (PSD), por exemplo, compararam a situação de André com a do ex-presidente Lula. “Você viu o que aconteceu com o Lula? Qualquer pesquisa coloca ele em primeiro lugar”, lembrou Marquinhos, citando que o ex-presidente petista, mesmo cercado pela Lava Jato, segue bem na preferência do eleitorado. No Estado, contudo, ainda faltam pesquisas de opinião. Reinaldo Azambuja (PSDB) disse que o governo estadual acompanha de perto os desdobramentos da Lama Asfáltica, a fim de aplicar punições às empresas que forem condenadas por participação em fraudes em gestões anteriores. O governador afirma que espera das autoridades uma apuração profunda e, confirmados judicialmente os ilícitos, que o Estado seja devidamente ressarcido. De volta a Marquinhos, o prefeito afirma que não vai aceitar pressão para a composição de sua administração. Segundo ele, reclamações de eventuais (ou potenciais) aliados sobre espaços no Paço Municipal não vão dar em nada. A ordem é economizar para reduzir os efeitos da crise.

Expediente Comunidade.MS é uma publicação sob responsabilidade da Comunidade.MS Empresa Jornalística-MEI (CNPJ 23.754.297/0001-86). Tiragem desta edição: 6.000 exemplares, distribuídos nos bairros Aero Rancho, Jardim Leblon, Jardim União e regiões. Diretor-Geral e Editor: Humberto Marques (MTb. 30.350/SP) Contatos: (67) 9-8111-8080 (Telefone e WhatsApp) redacao@comunidadems.com.br | comunidade.ms@mail.com jcomunidade.ms@gmail.com Acesse www.comunidade.ms ou www.comunidadems.com.br e fique por dentro das últimas notícias sobre as regiões urbanas do Anhanduizinho e Lagoa, em Campo Grande (MS)

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Exército e prefeitura informaram que as obras de recapeamento estão dentro do cronograma. Iniciadas em 13 de fevereiro deste ano, elas já passaram pelas ruas Guia Lopes e Brilhante, e vão chegar às avenidas Marechal Deodoro e Bandeirantes. Orçada em R$ 24 milhões, a obra vai recuperar 12 quilômetros de vias. A avenida Bandeirantes deve receber a fase final, haja vista que a ausência de drenagem em uma pista mais plana vão exigir investimentos maiores. A obra deve ser concluída em 2 anos –prazo que se expiraria no início de 2019. (HM) Por Humberto Marques A obra de recapeamento da rua Brilhante, que integra o corredor sudoeste do transporte coletivo de Campo Grande, já se aproxima do cruzamento com a avenida Marechal Deodoro. Mas “brechas” no asfalto implantado por equipes do Exército têm gerado dúvidas na população sobre como ficará a via. Leitores entraram em contato com o jornal Comunidade.MS para questionar o porquê de as obras não incluírem os cruzamentos. A exceção é o encontro da rua Guia Lopes com a avenida Salgado Filho, onde houve correções na pista. Além disso, nos trechos recapeados na Guia Lopes e na Brilhante, existem valas no pavimento –fazendo carros “pularem” na pista. “Fica estranho, porque parece que o serviço está pela metade e eles já es-

tão numa quadra à frente”, afirmou o serralheiro Joaquim Ribeiro, 48, morador do Jardim Marajoara (Anhanduizinho). “O importante é terminarem, mas a gente fica sem entender o porquê de ir pulando ruas”, disse a dona de casa Suzana dos Anjos, 51, que mora no Batistão (região do Lagoa).

Cruzamentos terão obras complementares A assessoria do CMO (Comando Militar do Oeste) informou que o recapeamento envolve os cruzamentos e as lacunas nas pistas. Nesses locais, o asfalto novo só será implantado depois que forem executados serviços de drenagem ou outros a serem fixados no solo –caso de tubulações de gás. “Tais pontos serão ata-

cados oportunamente após a implantação e/ou atuação de concessionárias durante a execução dos serviços”, destacou o CMO, em nota. O serviço deve incluir a implantação de valas até os cruzamentos e, dali, à rede de drenagem, de forma a permitir o escoamento das águas de chuvas. A Prefeitura da Capital, também via assessoria, informou que caberá ao Exército a execução de “todos os serviços atinentes ao recapeamento”, que vão da recomposição do pavimento ao sistema de drenagem, além da pista para transporte coletivo. As implantações da drenagem e do corredor de ônibus não tiveram início porque dependem do resultado da licitação do CMO visando a compra da tubulação e da massa asfáltica polimerizada para a pista do transporte coletivo, que está em andamento.

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Em 4 meses, 1,5 mil foram multados na Capital por dirigir sem habilitação Informação é do Detran-MS, que ressalta a importância do documento para dar mais segurança ao trânsito

Humberto Marques

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CAMPO GRANDE TEM 403 MIL CONDUTORES HABILITADOS, CONFORME NÚMEROS DO DETRAN-MS

Dados do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) apontam que, de janeiro a abril deste ano, 4.952 multas foram emitidas no Estado para pessoas que dirigiam veículos sem portar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação), PPD (Permissão para Dirigir) ou a ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotor), sendo 1.583 apenas em Campo Grande –uma média diária de 41 multas no Estado e de 13 na Capital. Em 2016, foram 16.057 multas no Estado por tal motivo. O porte do documento ao se dirigir é obrigatório, pois é ele quem irá confirmar se a pessoa está ou não apta a conduzir veículos.

Município tem 12 mil aspirantes à primeira habilitação, aponta Detran Atualmente, Mato Grosso do Sul possui 1.103.735 condutores, sendo 403.126 de Campo Grande. Já em relação a candidatos à primeira habilitação são 35.635 no Estado e 12.611 na Capital. “É muito importante que a sociedade se conscientize dos malefícios que as pessoas não habilitadas trazem ao trânsito. Por isso, nós, do governo do Estado, estamos intensificando a cada ano as fiscalizações para retirar das vias aqueles que não passaram pelo processo de formação”, frisou o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). (Humberto Marques com assessoria)

Projeto do Sest/Senat oferece CNH gratuita Além de procurar o Centro de Formação de Condutores, o candidato à primeira habilitação pode realizar um pré-cadastro no site do Detran, pagar as taxas dos exames psicológico e médico e a emissão/validação do cadastro e realizar tais avaliações. Outra opção é o projeto CNH Social, oferecido pelo Sest (Serviço Social do Transporte) e Senat (Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), que permite treinamento para a categoria B (veículos de passeio) a jovens de baixa renda de forma totalmente gratuita. No site http:// www.sestsenat.org.br, na guia Projetos Especiais, há mais informações sobre o projeto –que podem ser obtidas também pelo telefone (67) 3348-8700. O projeto é totalmente gratuito. Para atender candidatos à primeira habilitação com deficiência, três CFCs do Estado têm veículos adaptados: CFC Grand Prix 13 de Maio (Campo Grande); CFC San Marino (Campo Grande) e Grand Prix (Dourados). Para as demais cidades, o Detran cede dois automóveis e uma moto preparadas para esssa pessoas. Outro serviço do Detran é o acompanhamento de intérprete da Libras (Língua Brasileira de Sinais). O processo pode ser solicitado nos CFCs até 15 dias antes da necessidade no próprio CFC. (HM com assessoria)


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Bairros verticais

Fotos: Humberto Marques

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Seis projetos da iniciativa privada e do poder público mudam perfil de moradias no Anhanduizinho e no Lagoa; previsão é de se construir quase 2 mil novos apartamentos nas duas regiões

As regiões urbanas do Anhanduizinho e do Lagoa passam por adensamento populacional que vai resultar no surgimento de moradias em espaços menores. A movimentação parte tanto do poder público como da iniciativa privada –na qual apenas uma empresa é responsável por dois grandes projetos multirresidenciais. A estimativa é de que quase 2 mil unidades habitacionais de 6 projetos serão erguidos, dois deles capitaneados pela MRV/Prime nas regiões do Oliveira (Lagoa) e no Parati (Anhanduizinho). Na segunda-feira (15), o Diário Oficial de Campo Grande trouxe autorização para que a MRV construa um condomínio com 416 apartamentos em uma área na rua Luís Coutinho –paralela à avenida Gabriel Spipe Calarge, que liga a rua da Divisão à avenida Filinto Muller, na região do Lago do Amor. O empreendimento está a cerca de 2 quilômetros de outro condomínio da MRV, próximo à UFMS. A MRV também adquiriu duas grandes áreas ao longo da avenida Petrópolis, entre a avenida Prefeito Lúdio Martins Coelho e a rotatória do União. A assessoria da empresa não deu detalhes sobre o projeto para o local –que ainda aguarda aprovação do pedido para desdobro (subdivisão) da área. A expectativa é de que o residencial seja lançado no último trimestre deste ano.

Projeto é “excelente” para a região, avaliam vizinhos das áreas Para vizinhos da área da MRV no Oliveira, a chegada dos prováveis vizinhos gera satisfação e apreensão. Isso porque, com o aumento no número de habitantes, espera-se aquecimento do comércio e, ainda, melhoria em serviços públicos que hoje já causam apreensão.

“Montamos (a loja) sem saber do condomínio. Será ótimo, podem ser mais clientes”, afirmou Denise Suguimoto, proprietária da União Hortifruti, em frente às áreas na Petrópolis. Da mesma forma, Sandra Moreira Gualberto, que tem uma panificadora próxima à rotatória da avenida Petrópolis, espera avanços, e não só para o comércio. “É excelente, e não só para o comércio, que vai ter mais clientes. Isso vai valorizar o bairro”, disse.

Trânsito e segurança são preocupações de moradores Por outro lado, elas também apontam para setores que vão exigir melhorias. Um deles é o tráfego: Denise afirma que a Petrópolis já sofre com o excesso de veículos em horários de pico, e se torna constantemente uma “pista de corrida” e local de acidentes. “Já presenciamos muitos acidentes aqui, inclusive no sábado e no domingo. Muita gente andando rápido e até entrando na contramão em cruzamentos”, afirmou. Para ela, a instalação de sinalização e de redutores de velocidade já se torna necessária. “A Petrópolis é bem perigosa, dependendo do horário. Antes, no cruzamento da Lúdio Coelho, tinha acidente direto. Puseram os semáforos e diminuiu. Faltou fazer isso na Petrópolis”, afirma o desempregado Joaquim Fialho, 21. Sandra espera que, com mais moradores, haja investimentos na segurança. Para ela, o bairro é visado por ladrões, problema que pode se agravar. A prefeitura afirma que só depois que for apresentada a GDU (Guia de Diretrizes Urbanísticas) do projeto é que ficarão claras eventuais intervenções –como reforma ou ampliação de prédios públicos.

MRV PREPARA PROJETO PARA A REGIÃO DO UNIÃO E OLIVEIRA; TRÂNSITO NA PETRÓPOLIS PREOCUPA MORADORES

Governo e prefeitura firmam parceria para a contratação de casas populares Governo do Estado e Prefeitura de Campo Grande firmaram na segunda-feira (15) parceria para contratação de casas populares. De acordo com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), não há um número de unidades preestabelecido, mas a luta será para viabilizar o maior número possível. “O programa Minha Casa Minha Vida está com contratações abertas e exatamente na fase de seleção de empreendimentos. A vinda do prefeito Marcos Trad foi para unirmos esforços no sentido de viabilizarmos o maior número de unidades possível, considerando que a última contratação em Campo Grande ocorreu em 2012”, disse o governador. “O grande sucesso desse programa, com a qualidade que ele tem, é a parceira entre os governos federal, estadual e municipal. Essa união de esforços é que vem resultando na construção de cada vez mais moradias realizando sonhos e dando mais qualidade de vida à nossa população ”, prosseguiu Reinaldo.

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De 10 mil moradias entregues pelo governo, 1,9 mil foram na Capital Conforme a diretora presidente da Agência Estadual de Habitação, Maria do Carmo Avesani, o objetivo é diminuir o deficit habitacional e dar condições de moradia digna a mais famílias. Dados da Agência revelam que desde o início da atual gestão, em 2015, foram entregues 9.774 moradias em Mato Grosso do Sul, sendo 1.922 na Capital. Avesani informou que na gestão de Reinaldo o governo contratou 3,6 mil casas populares. Marquinhos frisou o número crescente de famílias que aguardam a casa própria. “Os programas habitacionais para a população de Campo Grande ficaram parados por cinco anos. Por isso, essa parceria entre município, Estado e governo federal é de extrema importância a fim de combater o deficit habitacional atual de 45 mil famílias que aguardam a oportunidade de ter a casa própria”. (HM com assessoria)

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Entidades tentam emplacar projetos para mais de 1.000 apartamentos Pelo poder público, quatro projetos residenciais prometem atrair mais de 1.000 moradias nas regiões do Anhanduizinho e Lagoa. Neste caso, são imóveis da faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida Entidades. Dois dos projetos, com 192 apartamentos cada, serão construídos no Paulo Coelho Machado (Anhanduizinho) pela Conssol (Sistema Integrado de Economia Solidária). Além deste, há dois projetos no Lagoa: 112 apartamentos no Jardim Antarctica (região do Leblon) e 208 no Tarumã (atrás da Coophavila 2), sob a tutela do Iedhi (Instituto de Educação, Desenvolvimento Humano e Institucional). “A entidade organiza a demanda pelos critérios e seleciona quem vai morar”, disse Roberto Alexandre da Cunha, diretor-presidente do Iedhi. No MCMV Entidades, não são as organizações sociais quem constroem os imóveis: elas contratam o empreendimento, após aprovação do projeto no Ministério das Cidades, coordenam a obra e sele-

cionam beneficiários. “Elaboramos a proposta, contratamos a empresa, que poderia também elaborar esse projeto, e buscamos o viabilizar, conforme prerrogativas da Caixa Econômica Federal”, afirmou Cunha. O projeto inclui a engenharia interna e externa, não prevendo impactos na região –como a necessidade de escolas, creches e postos de saúde. “O Ministério das Cidades prioriza projetos em áreas já com acesso a serviços comuns”, explicou o diretor-presidente do Iedh. Caso o projeto seja aprovado em Brasília, os futuros mutuários serão selecionados entre associados à entidade responsável pela obra. “Eles [beneficiários] podem fazer parte de qualquer cadastro, da Emha [Agência Municipal de Habitação] ou Agehab [Agência Estadual de Habitação], mas têm também de integrar o da entidade”. Na seleção, será verificado se o mutuário atende exigências da Emha, sendo aplicados critérios na distribuição –como mães com o maior número de crianças. (HM)

PMCG/Divulgação

CONDOMÍNIO NO JARDIM CANGURU COM 272 APARTAMENTOS FOI O ÚLTIMO PROJETO HABITACIONAL ENTREGUE PELA PREFEITURA

A Emha vai selecionar famílias com renda bruta de até R$ 1,8 mil mensais para os empreendimentos do MCMV Entidades. Grupos familiares liderados por mulheres, portadores de deficiência física, famílias com mais filhos menores de 14 anos e há mais tempo na Capital estão entre as que terão prioridade. Os mutuários devem se inscrever nas entidades. As áreas dos residenciais do MCMV Entidades pertencem ao poder público, e são mantidas sob sigilo a fim de evitar invasões ou outro fator que atrapalhe a aprovação das propostas em Brasília. Enéas Carvalho, diretor-presidente da Emha, explica que o município não têm recursos para desapropriar áreas mais próximas ao centro, bem mais caras que na periferia. O déficit habitacional da Capital, hoje, é de 45 mil unidades. O último projeto entregue tem 272 apartamentos, no Jardim Canguru (Anhanduizinho). Outras 260 moradias no Residencial Rui Pimentel, no

Moradias do MCMV são ‘oportunidade’ para a Capital, diz presidente da Emha As escolhas dos locais que podem receber projetos do MCMV Entidades se devem a fatores que vão da falta de recursos da prefeitura para desapropriar áreas até a existência de locais públicos para este fim. Enéas José de Carvalho Netto, diretor-presidente da Emha, explica que o governo federal abriu uma “oportunidade” para a construção de moradias do Minha Casa,

Minha Vida Entidades, depois de um longo período sem novos projetos públicos e de cortes drásticos no orçamento da União no setor. “Assim que o prefeito [Marquinhos Trad] assumiu, fomos a Brasília falar da possibilidade de contratações, e eles sinalizariam que possivelmente seriam liberados recursos para 170 mil unidades no país”, disse Enéas. Do total,

100 mil sairão pelo FAR (Fundo de Arrendamento Residencial), 35 mil no Programa Nacional de Habitação Rural e 35 mil no Fundo de Desenvolvimento Social –que inclui o MCMV Entidades. No fim de março, o governo anunciou que daria apenas 30 dias para os municípios habilitarem entidades para o projeto, com preferência às já inscritas no Ministé-

rio das Cidades, para acelerar trâmites. Na Capital, um chamamento público em poucos dias levou à escolha da Conssol e do Iedh. “Essas 1.004 unidades [no total] não quer dizer que já está OK. Podem ser mais ou menos, conforme o projeto da entidade”, disse Enéas. “Vamos ainda trabalhar na linha do FAR e do programa de habitação rural”. (HM)


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Mato e abandono tomam conta de áreas públicas

CAMPO DE FUTEBOL DO ANAHY FOI TOMADO PELO MATO; NO DESTAQUE, PRAÇA DO AERO RANCHO QUE AGUARDA REFORMA HÁ 2 DÉCADAS

Com chuvas, matagal dominou praças do Anahy e no Aero Rancho; Capital busca parcerias para bancar manutenção Fotos: Humberto Marques

Por Humberto Marques A falta de conservação de áreas de lazer nas regiões do Anhanduizinho e Lagoa, em Campo Grande, têm deixado moradores preocupados. Com as chuvas de abril, até locais que haviam passado por manutenção voltaram a “ganhar” o mato alto, um atrativo para animais peçonhentos e criminosos. Além de tornar inviável o uso dos espaços públicos. A situação foi flagrada pelo Comunidade.MS no campo de futebol do Jardim Anahy, na região do Lagoa; e em uma praça no setor 1 do Conjunto Aero Rancho, no Anhanduizinho. O matagal dificulta a visibilidade e aumenta o cenário de abandono das áreas. Conforme a prefeitu-

ra, a solução do problema depende de parcerias com empresas ou o governo federal –como a que se negocia para parques como o Ayrton Senna, com o aporte recursos federais para sua revitalização e construção de novas estruturas.

Campo de futebol na Vila Anahy foi tomado por matagal Na Vila Anahy, o campo no cruzamento das ruas Carlos Chagas e Mogi das Cruzes está sem uso. A pista de caminhada ainda é usada por moradores, ao passo que, no campo, o mato se misturou ao gramado. “É uma pena que isso esteja assim, porque deixa todo mundo com uma opção a menos de lazer”, dis-

se um aposentado que vive nas imediações. “Ainda dá para caminhar, mas é triste ver um espaço como este ficar largado”.

Praça aguarda pela sua primeira reforma em 30 anos No setor 1 do Aero Rancho, o quadrilátero formado pela avenida Vereador Thyrson de Almeida (prolongamento da avenida Ernesto Geisel) e as ruas Jackie Gleason, Antônio Albuquerque e Arquiteto Álvaro Mancine deveria abrigar uma praça. Ali, porém, há apenas estruturas de concreto em meio ao matagal e árvores plantadas pelos moradores. “Moro aqui há quase 30 anos e, desde que entre-

garam o bairro, essa praça está assim”, disse um morador da Jackie Gleason. Segundo ele, o mato ainda não atrai criminosos, mas se torna um ponto negativo para a região pelo cenário de abandono. “E isso aqui ainda estava ‘menos pior’, porque a prefeitura passou semanas atrás roçando o terreno. Mas veio a chuva e o mato cresceu”, destacou ele, apontando a estrutura de concreto no centro da área. “Depois que inaugurou o bairro e vieram pessoas que destruíram os bancos e a cobertura deles, nunca foi consertado”. Na rua Arquiteto Álvaro Mancine o mato circunda o entorno do ponto de ônibus, dificultando a vida de quem precisa usar o transporte coletivo no local.

Capital não tem recursos para a manutenção de todas as praças Conforme a assessoria da prefeitura, a revitalização de praças depende de gestões junto ao governo federal e parceiros da iniciativa privada, já que o orçamento atual foi recebido sem recursos exclusivos para a manutenção de todas as praças da cidade. O atual orçamento –publicado em 29 de dezembro

de 2016 no Diário Oficial de Campo Grande– prevê R$ 178,7 milhões para “gestão de serviços urbanos e acessibilidade”. A rubrica inclui diversas intervenções, entre elas a revitalização e implantação de acessibilidade em 64 praças (40 que deveriam ter sido feitas em 2015, 12 no ano passado e

12 em 2017), implantação de 10 academias ao ar livre pela cidade e a troca de 267 mil lâmpadas da iluminação pública, entre várias outras ações. As áreas citadas na reportagem não estão na relação. Até que sejam obtidos recursos para revitalizar as praças, destaca a assessoria, são feitas ações pon-

tuais em locais de maior fluxo e em situação considerada mais crítica. Em paralelo, o Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano) busca apoio de empresários para que “adotem” áreas públicas, arcando com a manutenção, por meio do Propam (Programa de Parceria Municipal). (HM)

Na Vila Anahy, iluminação das ruas preocupa Na região do campo da Vila Anahy, outra preocupação dos moradores envolve a iluminação pública. Segundo eles, lâmpadas nos postes emitem uma luz fraca. Na rua Carlos Chagas, por exemplo, somada à falta de poda nas árvores, a baixa potência das lâmpadas deixa o local às escuras. “Aqui a gente colocou um spot para iluminar a entrada de casa. Sem isso, fica difícil. As luzes dos postes são amarelas, muito fracas. E tem algumas árvores que dificultam a iluminação”, disse um morador da rua, que também pediu para não ser identificado. A prefeitura não deu detalhes sobre projetos para a iluminação nos bairros. À imprensa, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) informou que espera análise da Procuradoria Jurídica sobre recente decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul que considerou ilegal a suspensão da cobrança da taxa de iluminação entre julho de 2016 e janeiro deste ano. A intenção é verificar se há a possibilidade de se aplicar cobrança retroativa, isto é, de o contribuinte pagar agora os valores não recolhidos. Estima-se que, com a suspensão da Cosip (Contribuição sobre Serviços de Iluminação Pública) –promulgada em julho de 2016 pela Câmara–, a cidade deixou de arrecadar cerca de R$ 42 milhões. A modernização, iniciada na administração de Alcides Bernal (PP), envolve a troca de luminárias por sistemas de LED, como os instalados nas avenidas Afonso Pena, no Centro, e Arquiteto Vilanova Artigas, ao lado do parque Ayrton Senna. Marquinhos pediu ao Tribunal de Contas do Estado autorização para continuar a troca das lâmpadas, suspensa em 2016 por suspeita de irregularidades. (HM)

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MOVIMENTA, CAMPO GRANDE! Com 58% da população acima do peso, objetivo da prefeitura é fazer o campo-grandense se mexer

Humberto Marques

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br Os candidatos mais populares de cada partido, no jargão político Trajeto aéreo RioSão Paulo Doença de Beethoven

© Revistas COQUETEL

(?) canônicas: divisões do dia (Rel.)

Parente no (?) de topo da Ajuste de árvore ge- Conduta: nealógica o TAC

Conteúdo do pulmão Verbo de ligação

Região das Bolsas de Xangai e Seul

A pessoa que não é interessante (fig.)

Argolas que formam uma corrente Sabrina (?), apresentadora e ex-BBB

Sétima nota musical Sol, em inglês

Condição da carne comprada no açougue Vassala Signo cujo símbolo é o carneiro

AYRTON SENNA GANHOU A PRIMEIRA ACADEMIA PÚBLICA DE MUSCULAÇÃO DA CAPITAL

(?) Aguiar, jornalista Roedor sem cauda Sufixo de "israelita" Despir (roupa)

Definir (os números vencedores da loteria)

A "tribo" das franjas e tênis coloridos (?) na cara: prenda do "Passa ou Repassa" (TV)

Aves como a protagonista de "Rio" (Cin.)

Perspicaz (?) Turner, cantora

Nativo do Rio Grande do Norte

Aqui está "As Mil e (?) Noites", livro

Irmão de Rômulo, na mitologia romana Rádio (símbolo)

Desfazem (equívoco)

(?) 51, zona militar secreta nos EUA

Ator baiano conhecido pelos papéis em "Lado a Lado" e "Mister Brau", entre outros 64

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“É inadmissível que, a cada 10 campo-grandenses, 6 estão acima do peso, vulneráveis a doenças decorrentes do uso de álcool, tabagismo, da alimentação inadequada e da falta de atividade física”, afirmou o prefeito Marquinhos Trad (PSD). “É inquestionável que a prática esportiva faz bem à saúde”, emendou o prefeito, ao lembrar que o projeto envolve acompanhamento médico dos participantes. O Belmar Fidalgo deve ser o próximo parque a receber uma academia pública de musculação, a partir de parcerias com a iniciativa privada. A meta é levar estruturas do tipo a todos os grandes parques da Capital. No mesmo dia, a Cassems (Caixa de Assistência aos Servidores Públicos de Mato Grosso do Sul) lançou no parque o Desafio Saúde, que oferece atividades físicas a participantes entre 30 e 50 anos –entre treino funcional, grupo de corrida e caminhada, boxe executivo e pilates solo– que sejam beneficiários do plano. (HM)

Apropriado Membro da ABL (bras.)

T A E R E A R A RO S M S S O S S A E LO S S C R I S N R U U A D O A R I I T A E A R S A R R R E A A MO S

Dados da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) preocuparam. Em meio a 53 mil entrevistas feitas pelo Ministério da Saúde com brasileiros acima de 18 anos pelo país, constatou-se que Campo Grande é a segunda capital em índice de sobrepeso. Segundo a Vigitel, 58% dos campo-grandenses entrevistados admitiram estar acima do peso –percentual abaixo apenas de Rio Branco (AC), onde 60,6% da população reconheceu os quilinhos a mais. O problema do sobrepeso é o aumento do risco de doenças cardiovasculares e a queda na qualidade de vida. Para o combater, vale de uma alimentação saudável à realização de atividades físicas. Neste sentido, a Prefeitura da Capital decidiu agir. Em 13 de maio (sábado), o parque Ayrton Senna (Aero Rancho, no Anhanduizinho) recebeu a primeira Academia Pública de Musculação da cidade, com cerca de 250 vagas. Após avaliação física, inscritos em condições começaram a malhar, sob orientação de professores de Educação Física da Secretaria de Educação. Com a estrutura –montada em parceria com a Valdir Materiais de Construção–, o Ayrton Senna recebeu pista de mountain bike de 2,6 quilômetros e uma ciclovia de 500 metros.

Profissional que define pautas do jornal

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Por Humberto Marques

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Mark Chapman, para John Lennon

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CAMPO GRANDE/MS, MAIO DE 2017 • ANO 2 • Nº. 03

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COMUNIDADE.AQUI

Assaltante rouba mulher, sofre acidente em fuga e é espancado por 20 no Tijuca Rapaz que cometeu o crime foi apontado como autor de outro furto na região

Por Humberto Marques Campo Grande registrou mais um caso de “justiça com as próprias mãos”, quando a população resolveu tomar providências e reagir contra um criminoso. Desta vez, o caso ocorreu no Jardim Tijuca –região do Lagoa–, no início da noite de sábado (13). Um assaltante de 25 anos foi perseguido e espancado por cerca de 20 pessoas, depois de assaltar uma mulher. Conforme informações do boletim de ocorrência, o criminosos e um comparsa abordaram a vítima por volta das 19h30 próximo a um condomínio na região da rua Panambi Vera. A mulher informou

aos policiais que saía de casa, quando uma motocicleta Honda Biz, com o condutor e o passageiro, reduziu a velocidade ao avistá-la. Então, a dupla anunciou o assalto. Os ladrões insinuaram estarem armados e mandaram a mulher entregar a bolsa. Um dos criminosos, que estava na garupa, desceu da moto para tomar os pertences dela. A vítima viu um carro e pediu socorro aos ocupantes.

Assaltantes fogem em moto e batem em caminhonete Nesse momento, os assaltantes fugiram do local, mas foram perseguidos pelo automóvel e acabaram batendo a moto em uma caminhonete que manobrava para deixar a garagem de uma casa nas proximidades. O fato chamou a atenção de vizinhos. Um dos assaltantes foi apontado como

sendo autor de outro furto na região, e foi agredido. Já o seu comparsa consegui escapar. Com o ladrão, foi encontrada uma faca. A Polícia Militar foi acionada enquanto fazia rondas na região por um casal em uma moto, que informou às autoridades que um ladrão havia sido detido por populares e que achavam que ele seria morto. Ao chegarem ao local do crime, a PM avistou cerca de 20 pessoas, que fugiram rapidamente. O caso foi registrado como roubo na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga. Após checagem, descobriu-se que a moto usada no roubo havia sido furtada em 3 de maio. O autor que foi agredido, por sua vez, tinha passagens por homicídio, agressão e violência doméstica. Não havia notícias a respeito da localização do comparsa até o fechamento desta edição.

Tragédia no Santa Emília: mulher é encontrada morta horas depois de perder a guarda do filho de 8 anos Uma mulher de 39 anos foi encontrada morta no dia 11 em frente à sua casa, na rua Vitória Zardo, no Santa Emília –região do Jardim São Conrado, no Lagoa. O achado se deu horas depois de ela ter sido informada que perdeu a guarda do filho de 8 anos, encontrado em situação de abandono. Populares relataram que a mulher permaneceu deitada no banco desde as 13h, o que não causou estranhamento pois ela costumava ficar no local, principalmente depois de consumir bebidas alcoólicas. Mas, diante da demora, os vizinhos chamaram o Corpo de Bombeiros, que constatou a morte. Parentes da vítima informaram que ela estava deprimida depois de saber que o filho havia sido levado pelo Conselho Tutelar na noite anterior. O fato ocorrera, conforme relatos, depois que a mulher brigou com a

irmã –em uma ocorrência atendida pela Polícia Militar, na qual a tia e a avó do menino teriam sido agredidas. Depois da sucessão de fatos, ela teria se embriagado. A PM não constatou sinais de violência ou agressão no corpo. Na noite anterior à morte da mulher, seu filho foi resgatado da casa pelo Conselho Tutelar. Ele foi encontrado sujo e sem se alimentar. A PM, conforme o registro da ocorrência, foi acionada para atender um caso de abandono de incapaz. O garoto disse que passou o dia preso em casa, sem comida, algo que seria frequente, segundo testemunhas. Diante da ocorrência envolvendo a irmã e a avó do menino, não se considerou segura sua permanência com ambas. Ele foi levado à Polícia Civil, sendo em seguida encaminhado a um abrigo. (HM)

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Operação prende 3 em investigação sobre aborto cometido por adolescente Três pessoas foram presas temporariamente pela Polícia Civil na terça-feira (16) em Campo Grande, por envolvimento no aborto cometido por uma adolescente de 17 anos no Guanandi –região do Anhanduizinho. A garota teria sido coagida a interromper a gravidez, que estava na 21ª semana. A Operação Herodes foi realizada pela Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude) em parceria com a Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), e é resultado de investigações iniciadas em 15 de março. A operação cumpriu decisão da 1ª Vara do Tribu-

nal do Júri de Campo Grande. A Polícia Civil também recolheu computadores e telefones dos envolvidos, e buscou medicamentos abortivos de venda proibida no Brasil.

Mãe é acusada de ser a mentora do crime Dentre os presos está a mãe da adolescente, uma mulher de 37 anos, acusada de ser a mentora do aborto, um amigo dela (de 39) e uma enfermeira. Pelas apurações, a mãe teria ordenado o aborto, tendo a ajuda do amigo para ocultar o corpo e intermediar a compra do medicamento

usado para forçar a morte do feto –obtido com a enfermeira. Uma quarta pessoa, que vendeu o produto, também foi investigada. O caso veio à tona depois que o namorado da garota relatou às autoridades o aborto. A Polícia Civil foi ao endereço informado por ele, e encontrou o feto enterrado no quintal de casa –em uma caixa de sapato embalada com uma sacola de supermercado, com três rosas e um terço dentro. A garota disse que usou remédios caseiros para forçar o aborto –o que, segundo os policiais, não teve eficácia–, e teria feito tudo sozinha. A mãe havia negado envolvimento. (HM)

A delegada Aline Simão, da Deaij, apontou que dificilmente a adolescente teria condições de, depois de ter abortado – procedimento que se arrastou por dois dias, período em que ela disse ter consumido apenas o chá abortivo, sem se alimentar, o que reduziria seu vigor físico–, abrir uma cova. Isso porque haveria também grande perda de sangue no processo. A garota não tinha marcas nas mãos que indicassem o uso de ferramentas pesadas. O buraco de 1,20 metro por 60 cm seria trabalho de um adulto, sendo considerado responsabilidade do amigo da mãe. Quando a Polícia Civil esteve na casa na primeira vez, havia avistado o pedreiro. Conforme testemunhas, ele teria chegado ao local cerca de duas horas antes das autoridades –e, a uma hora de a polícia ir ao local, as ferramentas (uma pá e uma enxada) teriam sido emprestadas. O homem também teria ajudado na compra dos abortivos. Outra questão que chamou a atenção foi o “zelo” ao se enterrar o feto. “Jamais quem quer dispensar um feto faria um enterro. E ela fez, inclusive com três rosas e um terço, e depois ligou desesperada para o namorado”, disse a delegada. Ainda de acordo com a policial, as prisões são decorrentes de iniciativas dos investigados de prejudicar as apurações, orientando testemunhas e destruindo provas, por exemplo. (HM)

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