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ANGELITA GAMA

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AZEITE BRASILEIRO

AZEITE BRASILEIRO

MÉDICA BRASILEIRA ESTÁ ENTRE AS CIENTISTAS MAIS INFLUENTES NO MUNDO

UMA DAS MAIS RENOMADAS GASTROENTEROLOGISTAS DO PAÍS, ANGELITA HABR-GAMA, FOI RECONHECIDA PELA UNIVERSIDADE DE STANFORD E INCLUÍDA NA LISTA DOS 2% DOS PROFISSIONAIS QUE MAIS CONTRIBUÍRAM COM O DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA PELO SEU TRABALHO PIONEIRO NO TRATAMENTO DE CÂNCER DE RETO

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POR LEILA LEMES BRANCO

Por muito tempo, a intervenção cirúrgica foi vista como a solução imediata para tratar pacientes com câncer de reto baixo, cujo procedimento poderia resultar em complicações gravíssimas ao doente. Mas foi uma brasileira que alterou o paradigma mundial quanto ao método de tratamento dessa doença. O nome dela é Angelita Habr-Gama, cirurgiã, pesquisadora e professora emérita da Universidade de São Paulo (USP), que no início dos anos de 1990 apresentou ao mundo o seu protocolo pioneiro de que pacientes que respondiam bem ao tratamento de radioterapia e quimioterapia, com desaparecimento total do tumor, não precisavam ser operados.

Referência mundial em coloproctologia, que estuda as doenças do intestino grosso, do reto e ânus, a cirurgiã brasileira foi reconhecida pela Universidade de Stanford como uma das profissionais que mais contribuíram com o desenvolvimento da ciência. Seu nome está na lista, atualizada no fim do ano passado, em que figuram os 2% dos cientistas mais influentes do mundo. O relatório foi produzido por especialistas liderados pelo professor emérito John Ioannidis, de Stanford, em parceria com a editora Elsevier BV.

Em conversa com a Trinova, Angelita compartilhou a importância desse prêmio para toda a nação. “Fiquei muito feliz por mim, pela medicina brasileira e pelo País. É um reconhecimento pela atividade global, de ensino, pesquisa e profissional às quais tenho me dedicado desde o início de minha atividade médica”, diz.

Angelita é considerada uma das mais renomadas gastroenterologistas do País e no auge de seus 90 anos se mantém ativa na profissão. Já são sete décadas dedicadas à ciência, iniciadas em 1952, aos 19 anos, quando ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Ao longo de sua trajetória, já acumulou conquistas importantes e pioneiras na área médica, abrindo espaço para o potencial da mulher nessa carreira. Angelita foi a primeira a fazer residência no Hospital das Clínicas de São Paulo e criou na instituição a disciplina de coloproctologia - área que estuda doenças do intestino grosso, reto e ânus. Também foi a primeira a chefiar o departamento de cirurgia da Faculdade de Medicina da USP e atualmente trabalha no Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

No início de 2020, de volta ao Brasil, após viagem à Europa, Angelita lançou sua biografia “Não, não é resposta” , escrita pelo jornalista e escritor Ignácio de Loyola Brandão. Dias depois foi diagnosticada com Covid-19, quando não se sabia quase nada da doença, e passou 50 dias entubada no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Recuperada, sem sequelas, a médica se considera uma sobrevivente e acredita que a experiência a fez valorizar ainda mais a vida.

PROTOCOLO “WATCH AND WAIT” Desde o início do século XX, o tratamento do câncer de reto se fundamentava na ressecção cirúrgica radical do segmento do intestino grosso no qual se direcionava a doença. De acordo com Angelita, a partir de 1928, tornou-se paradigma aceito mundialmente a chamada “amputação de reto” quando era detectado o câncer na última porção do intestino. “Nestes casos, a operação na busca de conseguir a cura do câncer incluía obrigatoriamente o estabelecimento do chamado ‘anus contra natura’ no qual a evacuação passa a ser realizada através de abertura artificial do intestino na parede anterior do abdômen, a colostomia definitiva, popularmente rotulada como ‘operação da bolsinha’. Este protocolo impunha ao portador do câncer verdadeira desfiguração do esquema corporal normal e obrigava ao uso definitivo e permanente de bolsa coletora de fezes”, explica Habr-Gama.

A revolução no tratamento do câncer do reto, com o protocolo da pesquisadora brasileira, iniciou com estudos após sua formação em cirurgia especializada na área da coloproctologia em um longo estágio no Hospital St. Marks, na Universidade de Londres, e no Hospital das Clínicas da USP, na década de 1970, em que mostrava que era possível preservar a complexa musculatura controladora da evacuação no ser humano.

A partir de 1991, no Hospital das Clínicas da USP, no Hospital Oswaldo Cruz em São Paulo, a médica, buscando a cura do câncer do reto de forma a reduzir o número de colostomias definitivas, passou a utilizar a radioterapia e quimioterapia de forma neoadjuvante, ou seja, antes de uma cirurgia, como também foi usada em outros países. “Observei que em todos os doentes ocorria a diminuição importante do tamanho e penetração do tumor, bem como que em cerca de 30% havia o desaparecimento total”, explica Angelita.

Foi dessa prática que foi estabelecido o tratamento conhecido mundialmente como “Watch and Wait”. “O nosso protocolo indica realizar primeiro a radioterapia e a quimioterapia. Com essa diminuição ou até desaparecimento do tumor, ao invés de operar os doentes, passei a observá-los, daí o nome ‘Watch and Wait’. Se não houvesse, durante o seguimento, recorrência do tumor, seguíamos com observação programada. Quando havia qualquer sinal de reaparecimento do tumor, era indicada cirurgia. Verifiquei não haver prejuízo às pessoas quando a operação foi diferida”, completa a cirurgiã.

Desde então já são mais de duzentos artigos científicos publicados e Angelita é reconhecida por alterar o paradigma mundial quanto ao método para o tratamento deste tipo de câncer. Foram anos de estudos, pesquisas e comprovações científicas que mudaram a vida de muitos pacientes. “Enfrentei muita resistência, porém, progressivamente, depois de apresentação sucessiva de nossos resultados, a estratégia ‘Watch and Wait’ foi aceita. Hoje o assunto é muito discutido e numerosos trabalhos têm sido publicados com resultados semelhantes aos nossos”, compartilha a médica destacando que, atualmente, com os protocolos mais modernos de radioquimioterapia, é possível ter o desaparecimento do tumor em mais de 50% dos casos e, então, poupar a indicação cirúrgica quando ocorre o desaparecimento total do tumor.

A IMPORTÂNCIA DO EXAME DE COLONOSCOPIA Os dados do Ministério da Saúde apontam que o câncer colorretal é o segundo mais frequente no Brasil. Atuante, na prevenção da doença, a cirurgiã Angelita Habr-Gama é fundadora da Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino (Abrapeci) e foi nomeada coordenadora no Brasil do Omge, que é o Programa de Prevenção do Câncer Colorretal pela Organização Mundial de Gastroenterologia.

Para a médica, a prevenção é essencial no diagnóstico precoce da doença e a realização do exame de colonoscopia regularmente pode salvar muitas vidas. “O câncer colorretal tem a particularidade de ser reconhecida a sequência do adenoma para câncer. Quando se retira com o colonoscópio um pólipo adenomatoso, interrompe-se essa sequência. A prevenção é assim feita. Da mesma maneira a colonoscopia permite o diagnóstico precoce de um câncer já instalado”, revela Habr-Gama.

Com a pandemia, o volume de colonoscopias feitas no país reduziu 60%, de acordo com uma pesquisa feita pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. Mas, Angelita faz um alerta: pessoas que já têm uma predisposição familiar, com parentes que tiveram câncer de intestino, devem estar mais atentos para fazer colonoscopia a partir dos 40 anos. Pessoas que não têm casos na família podem começar os exames a partir dos 50 anos.

Além dos fatores de risco genéticos e hereditários, o estilo de vida também influencia no desenvolvimento da doença. Para a médica, a má alimentação, com uma dieta pobre em fibras, rica em gordura animal e em corantes favorece a incidência desse tipo de câncer.

Não há segredo! Uma boa alimentação associada a hábitos mais saudáveis são cada vez mais determinantes na prevenção desta e de muitas doenças, além de aumentar as chances de uma vida mais longa e com saúde. Pense nisso!

PREVENÇÃO AINDA

É O MELHOR REMÉDIO CONTRA DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Bons hábitos de saúde e visita regular ao cardiologista ajudam a proteger o coração

POR LEILA LEMES BRANCO

TRINOVA — Como prevenir? FABIANA — A melhor forma de prevenir doenças cardiovasculares é controlando os fatores de risco, como hipertensão arterial, diabetes, obesidade, sedentarismo, tabagismo e dislipidemia (colesterol alto). Estes fatores, em grande escala, podem ser prevenidos e controlados por mudanças de hábitos e visitas regulares ao cardiologista.

TRINOVA — Quais mudanças de hábitos seriam importantes? FABIANA — Evite o sedentarismo. Praticar exercícios físicos regularmente reduz em 14% os riscos de um infarto. Escolha uma atividade que dê prazer e seja divertida. Faça pelo menos cinco vezes na semana, por 30 minutos. Escolha alimentos saudáveis. Evite fast food. Opte por uma dieta variada composta por verduras, frutas, cereais, legumes e proteínas magras, além do consumo diário de no mínimo 2 litros de água. Não fume, pois fumar aumenta em 30% o risco de ataque cardíaco, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Controle o peso, visto que a obesidade aumenta a probabilidade de adquirir hipertensão, dislipidemia e diabetes. E por fi m, controle o estresse, pois este aumenta em 60% o risco de infarto e, em geral, se associa a outros fatores de risco, o que pode provocar excesso de atividade do sistema nervoso, levando ao aumento da pressão arterial. Para reduzir o estresse, a dica é praticar atividade física regularmente, fazer exercícios de respiração, investir em momentos de descanso e dormir bem.

Você sabia que a doença cardíaca é a principal causa de morte em todo o mundo nos últimos 20 anos? Para se ter ideia, juntos, o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC) matam, em todo o mundo, 17 milhões de pessoas – um terço da mortalidade total. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, no Brasil, a cada minuto, morre uma pessoa vítima de doença cardiovascular, totalizando cerca de 350 mil pessoas ao ano, sendo 55% homens e 45% mulheres. Para entender melhor o assunto e principalmente apontar caminhos na prevenção, a Trinova conversou com Fabiana Fumagalli Ribeiro, médica cardiologista, que deu dicas preciosas de como manter a boa saúde do coração. E acredite, boa parte depende da mudança de hábitos e do acompanhamento regular de um cardiologista.

TRINOVA — O que são doenças cardiovasculares? FABIANA — Doenças cardiovasculares são males que afetam a anatomia e/ou o funcionamento do coração, veias e artérias.

TRINOVA — Quais são as principais doenças cardiovasculares? FABIANA — Na lista estão: doença coronariana, doença cerebrovascular, doença arterial periférica, doença cardíaca reumática, cardiopatia congênita, trombose venosa profunda e embolia pulmonar. TRINOVA — Qual a idade ideal para começar a fazer um acompanhamento com um cardiologista? FABIANA — Em qualquer idade e que tenha sintomas como falta de ar, baixo desempenho ao exercício, dor no peito, palpitações e desmaios, o ideal é procurar ajuda de um cardiologista. E quando não houver o envolvimento dos fatores de risco, o recomendado é que homens realizem a primeira avaliação logo após completar 40 anos, e as mulheres, depois dos 45.

Rua Santa Cruz, 876 - sala 71 Ed. Santa Cruz - Limeira – SP 19 3445.7739 19 99652.1668 @fabianafumagalliribeiro

QUAL O IMPACTO DA CIRURGIA PLÁSTICA PÓS-BARIÁTRICA NA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES?

Aliando estética, saúde e bemestar, procedimento faz a remoção do excesso de pele e fl acidez, promovendo maior autoestima das pessoas após o período intenso de perda de peso

POR LEILA LEMES BRANCO

Acirurgia bariátrica traz grandes benefícios à saúde de pessoas com obesidade mórbida. O emagrecimento, naturalmente, é um dos ganhos mais evidentes desse procedimento e, junto com ele, vem o desejo de um corpo mais modelado e com contornos mais harmônicos e bonitos. E nisso, as cirurgias plásticas reparadoras se mostram como uma grande aliada na autoestima dos pacientes.

A médica cirurgiã plástica Mirella Cuziol, que realiza procedimentos reparadores em sua clínica na cidade de Piracicaba, destaca que as cirurgias pós-bariátrica são importantes para que as pessoas voltem a ter uma vida social ativa e com qualidade. “Muitas vezes, os pacientes fi cam constrangidos com o excesso de pele ou fl acidez do corpo após a grande perda de peso. Além disso, a quantidade de pele acumulada pode impedi-los de fazer determinadas atividades e em muitos casos, pode provocar infecções nas áreas em que a pele dobra. A cirurgia plástica promove qualidade de vida em todos os sentidos”, diz Mirella.

Regiões do corpo com maior acúmulo de pele

Em cerca de 90% dos pacientes da cirurgiã Mirella, a principal queixa é o excesso de pele no abdômen. Outras regiões que mais incomodam as pessoas são as mamas, tanto de homens quanto de mulheres. O acúmulo de pele nessa região traz muitas difi culdades, principalmente na prática de atividade física de maior impacto. A parte posterior do braço e as coxas também estão entre as regiões do corpo que apresentam essas sobras.

Mirella Cuziol é médica e mestre em cirurgia plástica. Ela é formada em Medicina pela Universidade Federal de São Carlos, com especializações em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pela Unesp de Botucatu. Atualmente é cirurgiã plástica no Hospital do Fornecedores de Cana de Piracicaba e docente da Universidade Anhembi-Morumbi de Piracicaba.

Quando a cirurgia pós-bariátrica pode ser feita?

Os procedimentos reparadores devem ser realizados somente quando a meta de peso estimulada pelos profi ssionais que auxiliam o paciente for atingida ou quando o peso for estabilizado, que geralmente leva de um ou dois anos após a bariátrica. “Essa condição é importante porque caso a pessoa ainda esteja no processo de emagrecimento poderá ter um novo acúmulo de pele”, explica a médica. Segundo Mirella, o próximo passo é avaliar o estado físico da pessoa. A bariátrica faz com que o paciente perca muitas vitaminas e exames pré-operatórios avaliam a sua saúde para garantir que esteja bem. Esse passo é importante para reduzir os riscos da cirurgia.

Atendimento humanizado e acolhedor “Cada pessoa que chega em meu consultório é única. Por isso, acolher suas vontades e alinhar as expectativas são princípios que prezo no meu atendimento. Após conversa e avaliação, juntos podemos decidir a cirurgia mais adequada e planejar esse procedimento de forma consciente e transparente”, revela a médica Mirella, que têm acompanhado resultados transformadores na vida de seus pacientes após a realização do procedimento com uma melhora importante na saúde mental, no bem-estar e na autoestima.

Rua Floriano Carraro, 365 Vila Rezende - Piracicaba 19 3421-6519 19 97122-8694 @dramirellacuziol

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OBESIDADE É UMA DOENÇA CRÔNICA E PRECISA DE ACOMPANHAMENTO MÉDICO

Endocrinologista Rayssa Chamma explica a importância da avaliação endocrinológica da obesidade e das patologias associadas, por ser uma doença complexa e multifatorial, em que 70% do peso de uma pessoa é influenciado pela genética

POR LEILA LEMES BRANCO

Estar atento ao controle de peso vai muito além de uma motivação estética. A principal razão para emagrecer deve ser a busca por saúde. O mundo vive uma epidemia de obesidade. A doença, que é considerada crônica, progressiva e reincidente, atinge um em cada cinco brasileiros, e atualmente, é a principal causa de morte em nosso meio, sem contar os preconceitos que afetam as pessoas que convivem com a doença.

Estudos mostram o aumento da incidência de ansiedade, depressão e isolamento social nesses pacientes. Seu desenvolvimento e tratamento são complexos. Não se trata apenas de escolhas alimentares ruins ou de ‘fechar a boca’. NÃO SE TRATA APENAS DE ESCOLHAS ALIMENTARES RUINS OU DE ‘FECHAR A BOCA’. GENES, HORMÔNIOS, AMBIENTE E EMOCIONAL TAMBÉM INFLUENCIAM NA INCIDÊNCIA E GRAVIDADE DA OBESIDADE.”

Genes, hormônios, ambiente e emocional também influenciam na incidência e gravidade da obesidade.

Em conversa com a Trinova, a endocrinologista de Piracicaba, Rayssa Chamma, também pós-graduada em Nutrologia Esportiva, explica a importância do acompanhamento médico no controle da doença e faz um alerta: “a manutenção do peso é parte fundamental do tratamento, e, nesse ponto, as visitas regulares ao endocrinologista são indispensáveis, visto que apenas 11% dos pacientes mantêm o peso perdido”.

TRINOVA — Quais os fatores de risco para obesidade? Como prevenir? RAYSSA — Vivemos em uma sociedade com potente estímulo à obesidade. A facilidade de acesso a alimentos calóricos e um estilo de vida mais sedentário são os principais fatores ambientais determinantes. Entretanto, a genética também está amplamente envolvida. Sabe-se que 70% do peso de uma pessoa é infl uenciado pelos genes, e o risco de desenvolver obesidade é maior quando se tem história familiar da doença. O sistema neuroendócrino, por meio dos hormônios da saciedade e do apetite, são fatores determinantes. Algumas medicações podem levar ao ganho de peso, assim como a exposição aos disruptores endócrinos (substâncias artifi ciais que afetam a função endócrina), poluição ambiental e algumas infecções. A prevenção é importante e não tem segredo. Atividade física e alimentação balanceada são os pilares de uma vida saudável e essenciais contra o ganho de peso. Associado a isso, a qualidade do sono, manejo do estresse, controle de álcool e tabagismo também são importantes.

TRINOVA — Quais são os principais tratamentos? RAYSSA — A base do tratamento consiste em mudança de estilo de vida, e, quando necessário, medicação e cirurgia. Temos quatro medicamentos aprovados em bula no Brasil: sibutramina, orlistat, liraglutida e a associação de naltrexona com bupropiona. Existem outras medicações aguardando aprovação, consideradas off label contra a obesidade, ou seja, aprovadas para outras condições, mas com efeito, comprovado em estudos, na perda de peso. As principais são: semaglutida, topiramato e a tirzepatida, que chegará em breve no Brasil e promete revolucionar o tratamento da obesidade. Todas as medicações e a cirurgia bariátrica dependem de avaliação e indicação médica. TRINOVA — Qual a importância de um acompanhamento endocrinológico? RAYSSA — Além de realizar o diagnóstico de obesidade, o endocrinologista avalia a composição corporal do paciente por meio da bioimpedância, patologias associadas, nível de gordura visceral e taxa metabólica basal, para prescrever o tratamento mais adequado. Outros pontos que considero importantes na avaliação do paciente são: padrão alimentar, história socioeconômica, presença de transtornos alimentares, qualidade do sono e saúde intestinal, para propor as mudanças de estilo de vida, incluindo planejamento alimentar com a quantidade adequada de calorias e macronutrientes. E, somente após isso, avalio a necessidade de prescrição do tratamento com medicamentos, exames e acompanhamento multidisciplinar com psicólogo, nutricionista, educador físico e outros especialistas. O acompanhamento visa ajudar o paciente a emagrecer e manter o peso para uma vida saudável.

Endocrinologista Rayssa Chamma CRM 192410/ RQE 102551, pós-graduada em Nutrologia Esportiva e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Rua Professor Luís Curiacos (edifício Trio Lindenberg), 109 - sala 316 Piracicaba – SP 19 99636-6566 @dra.rayssachamma

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Chegou a sua empresa!hora de regularizar

A partir do momento de abertura do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) a empresa tem início as suas atividades e, com isso, novas obrigações lhe são cabíveis. Será necessário, por exemplo, manter em dia seus registros contábeis, pagamento de impostos, entrega das obrigações acessórias, entre outras ações. Mesmo uma empresa sem movimento ou inativa não está isenta de suas obrigações, e se nenhuma operação foi realizada desde então, é possível que a empresa conte com pendências fiscais, documentos em atraso ou encargos inadimplentes. Mas por que devo regularizar minha empresa? Ter o CNPJ irregular leva à diversos problemas que o impedem de realizar práticas cotidianas da empresa, como não poder emitir notas fiscais ou movimentar a conta bancária Pessoa Jurídica. Além disso, o atraso no envio de documentos ou falta de pagamentos de tributos podem causar sérias consequências para sua ORGANIZAÇÃO, gerando processos criminais ou encerramento de atividades, por exemplo. As situações cadastrais consideradas irregulares são as seguintes: SUSPENSA • Quando a empresa não cumpriu com as obrigações naquele ano, apresentou problemas nos dados entregues à Receita ou está em investigação por possível fraude. INAPTA • Aparece após 2 (dois) anos com as dificuldades da situação SUSPENSA – pois a empresa segue irregular e não apresentou as devidas correções. BAIXADA • Quando a empresa está extinta, mediante solicitação ou mediante ação da própria Receita – o que pode ocorrer após 5 anos sem apresentar as informações à Receita Federal. NULA • O que representa um CNPJ inválido, porque há problemas cadastrais em outras instâncias, como duplicata de Inscrição Estadual, por exemplo. Como é feita a regularização? A regularização é feita através DE ACESSOS ESPECÍFICOS EM AMBIENTES VIRTUAIS TRIBUTÁRIOS da Receita Federal, onde se identificará sua situação cadastral atual e o que não estiver de acordo. NESSE PROCESSO DEVERÁ SER indicado o que é necessário ser feito, as indicações dos documentos necessários e pagamentos faltantes, conforme cada caso. PARA TODO ESSE PROCESSO, TER OS CERTIFICADOS DIGITAIS SE FAZ EXTREMAMENTE NECESSÁRIO PARA UMA EFETIVA REGULARIZAÇÃO, BEM COMO MANUTENÇÃO DAS CONDIÇÕES REGULARES DE OPERAÇÕES DE SUA EMPRESA Conte com os MELHORES PROFISSIONAIS para lhe auxiliar!

A Ejetec Inteligência Contábil conta com equipe de profissionais capacitados e aptos para avaliar as pendências fiscais, definir o escopo do trabalho e regularizar a situação cadastral da empresa, garantindo-lhe o pleno funcionamento dentro das obrigações fiscais. Com mais de 35 anos de mercado, certificação pelo Programa de Qualidade de Empresas Contábeis (PQEC) e ISO 9001, a Ejetec possui alta expertise em contabilidade empresarial para atender com excelência empresas de pequeno, médio e grande porte com qualidade e confiança.

SAÚDE MENTAL DOS PAIS INFLUENCIA NO COMPORTAMENTO DOS FILHOS

POR LEILA LEMES BRANCO

Educar fi lhos não é uma tarefa fácil e em cada fase novos desafi os aparecem. Por outro lado, a pandemia, a tecnologia e tantas outras mudanças no estilo de vida das famílias trouxeram realidades que levaram os pais ou responsáveis a terem um novo olhar para uma relação de vínculo afetivo com os fi lhos.

Para a Mentora Parental em Educação Empática e Educadora Parental, Thays Senna, as crianças aprendem observando o que os responsáveis estão fazendo. “Não adianta falar e ter uma postura diferente. Nossos fi lhos fazem o que nós fazemos. Por isso, o melhor jeito de ensinar ou provocar uma mudança de comportamento é pelo exemplo”, destaca a educadora.

A boa notícia é que os adultos responsáveis podem aprender a reformular a maneira de lidar com as crianças e adolescentes com ajuda profi ssional. Atualmente há mentorias para auxiliar pais, mães ou outro responsável na educação familiar. Estas mentorias ajudam os responsáveis a criarem os fi lhos com uma educação consciente e respeitosa, trazendo harmonia nas relações parentais. “Minha missão é ajudar pais, mães ou outro responsável na jornada com suas crianças, ressignifi cando crenças e criando a própria relação de afeto, com respeito e leveza”, explica Thays.

MENTORIA PARENTAL Na mentoria parental, a ideia dos encontros é entender o comportamento dos adultos, incentivando o seu autoconhecimento em relação às crenças, ao que aprendeu em seu núcleo familiar e estão replicando, de forma consciente ou não, na relação com os fi lhos. “O aprendizado é pelo espelhamento, ou seja, trabalhando o comportamento dos pais ou responsáveis, naturalmente estou transformando o comportamento da criança ou do adolescente. O objetivo é entender a identidade dos adultos e, assim, oferecer ferramentas para aplicar na educação em casa, respeitando a personalidade de cada um. Não é uma receita de bolo. Cada família vive uma realidade e nos atendimentos a gente consegue orientar de forma personalizada”, detalha Senna.

As mentorias são feitas com os responsáveis, em um programa de quatro encontros, e atendimentos individuais para que cada um possa se autoconhecer e redescobrir como ter um vínculo saudável e de afeto com seus pequenos. “Tem muitos pais/responsáveis e fi lhos que não possuem vínculo afetivo. Os pais ou responsáveis são o centro de equilíbrio emocional para eles. A qualidade do vínculo familiar é importante na formação de uma nova geração”.

TUDO COMEÇOU EM CASA Formada em farmácia, Thays é mãe de Pietro, 16 anos, e Luiza, de 9 anos. Como sempre se interessou por estudar sobre como educar os fi lhos, fez uma formação em educação positiva para fortalecer o vínculo com Pietro, que estava entrando na adolescência. “Gostei tanto que comecei a compartilhar o que aprendi com amigas e percebi o quanto estava fazendo bem às suas famílias”.

Com esses resultados, Thays decidiu se especializar no tema concluindo inúmeros cursos. Atualmente faz atendimento on-line e presencial e tem ajudado muitas mães, pais ou responsáveis do Brasil e até do exterior com seus atendimentos.

CLÍNICA INFINITY

Rua João Machado Gomes Júnior 309 Vila Cláudia - Limeira – SP 19 99894-6400 @thays.sennaa

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