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Recentemente, o Hospital Dona Helena fez um processo de captação de órgãos que poderia beneficiar cinco pessoas, no mínimo. Como a equipe de captação funciona e qual a importância da sintonia dos profissionais neste momento? Para o sucesso de um transplante, a equipe de médicos e da enfermagem tem que estar em sintonia desde a suspeita diagnóstica, durante o processo de manutenção do potencial doador e, sobretudo, na abordagem familiar. Essas etapas bem feitas são essenciais para o sucesso. Santa Catarina se destaca como um dos cinco principais Estados doadores de órgãos no Brasil. Qual a contribuição de Joinville para esse quadro? Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), no primeiro semestre de 2012, o Estado liderou o ranking nacional no número de doadores de órgãos por milhão de população (PMP), alcançando o índice de 26,6 PMP, número maior que o registrado em 2011, que foi de 25,4 doadores por milhão de população. Joinville vem apresentando um papel importante no processo, sobretudo a partir de 2011, quando, no 14º Congresso Sul-Brasileiro de Medicina Intensiva, realizado na cidade com apoio do Dona Helena, foram elaboradas as diretrizes para manutenção de múltiplos órgãos no potencial doador adulto falecido. O objetivo das diretrizes foi o de nortear e uniformizar os cuidados prestados ao doador falecido, otimizando o processo da doação e, consequentemente, incrementando o número e a qualidade dos
transplantes. Atualmente, existem equipes de profissionais em Joinville que fornecem treinamento para as outras cidades catarinenses. Qual a principal dificuldade no processo de captação de órgãos? Hoje, as causas de não efetivação de potenciais doadores são falta de notificação (às vezes por não reconhecimento da morte encefálica), recusa familiar, parada cardíaca, contraindicação médica e problemas logísticos. É possível intervir em algumas dessas variáveis mediante educação continuada, capacitação dos profissionais da área da saúde e otimização de todo processo logístico
O ideal é que a sociedade fale sobre esse tema em conversas informais, expressando seu desejo de doar órgãos. da captação. O que ainda é preciso evoluir para que as pessoas aceitem mais facilmente a possibilidade de doar órgãos? O ideal é que a sociedade fale sobre esse tema em conversas informais, nas quais cada um possa expressar o seu desejo. Campanhas como o Dia Nacional de Doação de Órgãos, que ocorre em 27 de setembro, são uma oportunidade para disseminar mais informações a respeito do assunto, sobre o conceito de morte encefálica, da quantidade de pessoas que necessitam de um transplan-
te e do tempo de espera nas filas. O Hospital Dona Helena dispõe de uma estatística das doações de órgãos? Segundo dados estatísticos do SC Transplantes, que é a Central de Captação, Notificação e Distribuição de Órgãos e Tecidos no Estado, em 2013, o Dona Helena figura na 21ª posição, dentre os 35 hospitais catarinenses cadastrados, quanto ao número de notificações e de doações efetivadas. Conforme dados da Comissão Intrahospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), do HDH, foram registrados 158 óbitos de janeiro a setembro de 2013. Dentre esses, quatro foram por morte encefálica, sendo que houve uma doação, duas recusas de familiares e uma parada cardíaca. Vale ressaltar que o Dona Helena não é o hospital de referência no atendimento de vítimas de traumatismo crânio-encefálico em Joinville, que é uma das principais causas que podem levar à morte encefálica. Quando é possível captar órgãos para a doação? Quais critérios são avaliados? O que determina o uso de partes do corpo para transplante é o estado de saúde do potencial doador. Em geral, se aceita os seguintes limites, em anos: rim (75), fígado (70), coração e pulmão (55), pâncreas (50), válvulas cardíacas (65), córneas (sem limite), pele e ossos (65). Não podem ser doadores pacientes portadores de doenças infecciosas incuráveis e câncer generalizado, ou, ainda, aqueles com doenças que, por sua evolução, tenham comprometido o estado dos órgãos.
DH[notícias] Nº 123 • nov/dez 2013
Enxaqueca afeta
15% da população brasileira m botox Tratamento co crises e trazer pode diminuir s da aos paciente qualidade de vi No Brasil, calcula-se que entre 15% e 40% da população sofre com algum tipo de dor crônica. A enxaqueca está entre as principais. De acordo com um perfil epidemiológico traçado pela Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC), aproximadamente 15% dos brasileiros padecem com a dor de cabeça tipo enxaqueca. A patologia figura entre as maiores causadoras de faltas no trabalho, além de promover mudanças de humor, menor rendimento e risco maior para acidente vascular cerebral (AVC). Para tais pacientes, um tratamento inovador vem sendo apresentado. É a aplicação de toxina botulínica, o famoso botox, para diminuir as crises. Wladimir Kümmer, médico coordenador do Serviço de Neurologia do Hospital Dona Helena, explica que a toxina começou a ser utilizada na área neurológica após estudos e observações que relataram melhora da enxaqueca em pacientes que utilizavam o botox com fins estéticos. Hoje, a prática já é aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento preventivo da migrânea crônica em adultos. São classificadas nesse grupo pessoas que têm dores de cabeça com frequência, durante 15 dias por mês e por três meses consecutivos. O estudo que baliza o uso do botox para o tratamento de enxaqueca envolveu 1.384 pacientes de 122 centros da Europa e dos Estados Unidos. Durante a pesquisa, o número de pessoas com dor
Wladimir Kümmer demonstra pontos de aplicação de toxina botulínica
de cabeça diminuiu 50%, depois do uso da toxina. “É uma alternativa para um tratamento que, geralmente, é realizado com remédios diários fortes. Com o botox, podemos obter resultados similares com menos efeitos colaterais”, ressalta. O paciente com enxaqueca é avaliado pelo médico e, se for constatada a síndrome de dor crônica, poderá fazer aplicações a cada três meses. Se depois da primeira e da segunda aplicações a pessoa não apresentar resultados positivos, o tratamento pode ser abandonado e sugerida uma nova estratégia. O objetivo da toxina botulínica é impedir um ciclo vicioso que envolve o envio de informação do cérebro para gerar inflamação nos terminais nervosos e o consequente reenvio dessa informação para que apareça a dor. Com os resultados positivos no tratamento de enxaqueca, a toxina botulínica também vem sendo utilizada no tratamento de sequelas de derrame e paralisia infantil, dor de cabeça, dor lombar crônica, fasceíte plantar, câimbra do escrivão, espasmo hemifacial, bem como alguns sintomas da doença de Parkinson. A medicação tem como propriedade relaxar a musculatura, facilitando os movimentos e melhorando a dor e o desconforto. Não é um tratamento curativo, mas quando bem indicado e aplicado traz benefícios para a qualidade de vida do paciente.
Fique atento à dor de cabeça quando • Não tiver histórico de sofrer com a doença • O padrão da dor mudar • Depois dos 50 anos • For atrelada a outro problema, como tumores e traumatismos
Cuide de sua saúde • Fique atento aos causadores da enxaqueca • Mantenha uma rotina de atividades físicas • Evite alimentos industrializados e fortes, como queijos, vinhos e cafeína • Tente alterar hábitos inadequados
O Serviço de Neurologia do Hospital Dona Helena fica no 10º andar do Centro Clínico. Para agendar uma consulta, ligue: (47) 3451-3543.
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Um trabalho conjunto que pode salvar vidas
Glauce Lippi de Oliveira
ENTREVISTA