Municiparios n20

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MUNICIPÁRIOS EM LUTA

MUNICIPÁRIOS EM LUTA Nº 20 • SÃO PAULO • 15 DE MAIO DE 2015 • TIRAGEM: 3.000 EXEMPLARES CONTRIBUIÇÃO SUGERIDA: R$ 0,25

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TODOS AO ATO EM FRENTE À PREFEITURA, DIA 20 É preciso paralisar as atividades dos servidores para arrancar as reivindicações da categoria

Os servidores municipais de São Paulo realizaram um ato no último ato dia cinco de maio em frente a Prefeitura. Esse ato ainda foi pequeno, mas pela primeira vez neste ano se demonstrou a insatisfação de toda categoria e a importância de ampliar a mobilização e colocar os trabalhadores da base nas ruas, não apenas os sindicalistas, mas os trabalhadores que trabalham de sol a sol, dia após dia. O ato reforçou a importância das mobilizações de milhares de municipários para o dia 20 de maio para se garantir a conquista da Campanha Salarial de 2015. Vejamos o que diz a própria diretoria do Sindsep (Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo): “O Governo do prefeito Fernando Haddad não cumpre com o que acorda e tem revoltado os trabalhadores. A Campanha Salarial dos servidores públicos municipais não tem fim. Compromissos fechados em 2013 se arrastaram por 2014 e em 2015 não há qualquer previsão de término. A mudança de secretários e assessores do prefei-

to se transformou num frágil álibi que mais expõe a falta de Planejamento do Governo, do que o respalda. Secretários mudam e isso não deveria justificar o recomeço de tudo, mas infelizmente parece que nada anda. A pauta de reivindicações de 2015 não obteve até o momento nenhuma resposta. O que é facilmente entendido. A Campanha Salarial de 2014 não foi encerrada. As opções pelas novas carreiras atrasaram. O pagamento dos valores retroativos não acontece e há temores de que seja postergado ainda mais, além de parcelado. E o governo não apresenta resposta efetiva para nada. Os trabalhadores do HSPM penam com bizarrices como a queda de salários e faz mais de um mês que o governo se comprometeu em apresentar as soluções. A data-base de 1º de Maio já foi desrespeitada. Quanto às mesas para 2015, nada. Enfim, é um desgoverno que incita a radicalização. No dia 5 de maio os trabalhadores foram à Prefeitura cobrar providências do prefeito. Houve dificuldade até para serem recebidos, e só com

muita pressão que o Governo recebeu a Comissão organizada pelo Sindsep. A falta de respostas deixou claro o porquê da dificuldade em receber, não haviam respostas razoáveis para nenhum dos questionamentos dos trabalhadores. A única saída foi reagendar a discussão com o Governo para o dia 12 de maio. Aguardamos que até lá, os interlocutores estejam devidamente preparados para a discussão. Paralisação - Enquanto o Governo não responde à pauta, organizaremos nossa mobilização. Dia 20 de maio faremos um grande Ato às 14 horas com paralisações organizadas setorialmente. Para construir esse Ato e as paralisações com a força necessária,

realizaremos atividades e plenárias em várias unidades entre os dias 13 e 19 maio, com a finalidade de organizar os setores e buscarmos as respostas no dia 20.” Quem fala isso não é a oposição Municipários em Luta/PCO, e sim os próprios diretores do sindicato, que fazem parte do mesmo partido do prefeito (PT). Por isso a oposição Municipários em Luta acha que é importante lotar o ato em frente à prefeitura no dia 20 de maio. Esse ato é fundamental para mobilizar toda a categoria e arrancar a pauta de reivindicação, a começar pelos 28% de aumento, R$ 28,00 de vale alimentação por dia, e a imediata mudança da Lei Salarial.

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MUNICIPÁRIOS EM LUTA

Existe trabalho terceirizado na prefeitura de São Paulo A terceirização é uma herança da direita, dos governos burgueses de Maluf, Pita, Kassab, e todos demais partidários da ditadura militar No primeiro de maio, o representante da prefeitura de São Paulo, Alexandre Padilha (PT), chegou a declarar que na prefeitura de São Paulo não há terceirizados. O senhor Padilha não conhece a realidade das terceirizações na cidade de São Paulo. Só para início de informação, nos Postos de Saúde, os trabalhadores da empresa que presta serviço com Ambulâncias ficam até quatro meses sem receber vale alimentação e vale transporte, e ainda atrasa em mais de uma semana o salário. O que não falta em São Paulo são empresas terceirizadas. A varrição das ruas, a coleta de lixos, as

limpezas de banheiros públicos, varrição dos cemitérios. Até mesmo os automóveis de várias secretarias, como por exemplo as viaturas do SFMSP (Serviço Funerário do Município de São Paulo), são terceirizados. Um caso totalmente exemplificador da devastação da terceirização é o que ocorre no HSPM (Hospital do Servidor Público Municipal), o aluguel de uma máquina de Mamografia por 300 mil reais por três anos, sendo que com esse valor se poderia comprar uma máquina de melhor qualidade e ser propriedade do hospital. Grotesco é saber que essa Mamografia alu-

gada faz a metade do serviço que a máquina municipal fazia. O primeiro de maio unificado organizado pela CUT e outras organizações colocou em evidência toda a importância da luta contra a terceirização. Todos que ali falaram se comprometeram a lutar ardentemente contra esse projeto que visa escravizar os trabalhadores. Sendo assim o PT, precisa acabar com todo o serviço terceirizado em seus governos. Principalmente na mais rica e principal ci-

dade da America Latina, a cidade de São Paulo. O prefeito Haddad precisa incorporar aos quadros da prefeitura todos os servidores terceirizados, dando a isonomia de direitos e salários. Toda a base do PT precisa exigir que os governos petistas acabem com as terceirizações nos serviços públicos.

NAS RUAS, DIA 29, EM BRASÍLIA Movimento operário deve lutar pela revogação do PL da terceirização Somente a mobilização dos trabalhadores, nas bases dos sindicatos, será capaz de barrar os ataques da direita golpista No 1º de Maio unificado, organizado pela CUT e outras organizações, foi aprovada uma paralisação nacional e um ato em Brasília no dia 29, contra o Projeto de Lei 4330 da Terceirização. Nesse dia, possivelmente o projeto estará em votação no Senado. Na Câmara dos Deputados, liderada pelo reacionário presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), o Projeto passou como um trator dentro e fora da Câmara. Em um dos dias de votação, a Polícia Militar de Brasília e a Polícia da Câmara agrediram brutalmente sindicalista e trabalha-

dores que protestavam do lado de fora. O chamado feito pelo presidente da CUT, Vagner Freitas, no 1o de maio para o ato do dia 29 revela uma nova etapa da própria direção da central, que está saindo da paralisia para uma luta aberta contra a direita. Mas é necessário aprofundar essa política. Para barrar a terceirização e todos os ataques da direita, o ato do dia 29 e outros que vierem não podem ser restritos à sindicalistas e ativistas como tem acontecido. É necessário mobilizar de fato o movimento operário real, nas bases dos princi-

pais sindicatos e categorias. É visível que até o momento, o PT e a direção da CUT tem dado peso na mobilização de setores do movimento popular, principalmente os companheiros trabalhadores rurais. Sem dúvida, é preciso mobilizar as bases do MST e outras organizações populares, mas é preciso ter claro que a única força capaz de derrotar os ataques da direita são as organizações operárias mobilizadas. Por isso, é preciso colocar em prática uma ampla campanha para movimentar as bases das categorias. É preciso ir na

base e mobilizar os metalúrgicos, os petroleiros, os químicos, os trabalhadores dos Correios, os professores. A CUT tem 3.600 sindicatos filiados e tem plenas condições de encher Brasília de trabalhadores, exigindo a retirada imediata do Projeto de Lei da Terceirização, que representa a volta da escravidão no País. O movimento operário brasileiro mobilizado é uma força poderosa, capaz de impor seus interesses. É preciso colocar os trabalhadores e os movimentos populares nas ruas para barrar a terceirização e o golpe da direita.


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