Hell Divine Magazine 05

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Hell Divine: Ao longo dos anos vocês já trabalharam com diversos produtores, todos renomados em seu meio, como Harris Johns, Erik Rutan, Tchelo Martins e Andy Classen, este último, já presente em vários trabalhos. Como funciona o método de gravação do Krisiun e o que cada um desses profissionais colaborou para o amadurecimento da banda? Alex Camargo: Cada produtor contribuiu com sua experiência conforme a sua capacidade, mas foi com o Andy que começamos a encontrar a nossa sonoridade ideal, além do que ele se tornou um amigo, sempre interessado em trabalhar conosco e desenvolver nosso trabalho, tivemos outras opções, mas sabíamos que o Andy era o cara certo no final das contas. Hell Divine: Voltando um pouco no tempo. Todos sabem que a banda iniciou sua trajetória na cidade gaúcha de Ijuí, e posteriormente, Porto Alegre. Não há muitas informações sobre este começo, então, como eram aqueles dias? Alex Camargo: Bom, primeiramente nos envolvemos com a música em Ijuí, com alguns colegas de escola, inclusive tínhamos uma banda que fez algumas apresentações em Ijuí e na

stade do de volta!

região, tocamos em um festival em Catuípe com o velho Sacrario do Lots, que veio a tocar com o Leviathean mais tarde. O Max não fez parte dessa banda, mas era o fã n°1. Então fomos pra Porto Alegre onde formamos o Krisiun. Fizemos alguns shows principalmente com o Distraught, foi um período curto em Porto Alegre, tivemos a oportunidade de assistir o primeiro e clássico show do Sepultura em Porto Alegre, com abertura do Leviathean, ainda como trio. A primeira apresentação do Krisiun foi no colégio Rosário, no recreio da gurizada. Hell Divine: Participando da cena musical de Porto Alegre, vocês mantiveram contato com as principais bandas daquela época, seja indo em shows ou até mesmo convivendo juntos, ensaiando nos mesmos lugares, etc. Que tipo de influência Astaroth, Panic e Leviaethan tiveram sobre vocês? Alex Camargo: Verdade, o Astaroth foi uma grande influência, ainda em Ijuí, quando eles fizeram um show e foi uma loucura. O Moyses foi visitar o guitarrista Ivan anos depois, e olhando as fotos do Astaroth em Ijuí, o Moyses está na primeira fila. Depois veio o Leviaethan que era foda, a casa vinha abaixo, me lembro de um show memorável no Porto de Elis. Uma pena que o Alexandre veio a falecer, era um grande guitarrista e um grande cara. Hell Divine: Após se mudarem para São Paulo, enfrentando diversas dificuldades, lançaram seu primeiro trabalho, a demo “The Plague”, em 1992. Como foi chegar até este registro e em algum momento vocês chegaram a pensar em voltar para o RS? Alex Camargo: Estávamos determinados, sabíamos que não tinha volta. Com certeza passamos por grandes dificuldades, tínhamos que nos virar por fora pra fazer um dinheiro pra sobreviver, nunca baixamos a cabeça ou perdemos a honra e dignidade. Hell Divine: Em duas décadas de estrada, o Krisiun já dividiu o palco com grandes bandas, algumas delas consideradas as principais influências e que ajudaram a moldar sua sonoridade. De todas as turnês e de todas as loucuras na estrada, qual foi a banda mais legal de se excursionar e quais os momentos mais insanos que já passaram? Alex Camargo: Acredito que o Immolation seja uma das minhas bandas favoritas no conceito geral, os caras são muito tranqüilos e cavalheiros, mas quando sobem no palco transmitem uma música extremante sombria e agressiva. Forjamos grandes amigos nesse caminho, posso citar o Alex Webster (baixo, Cannibal Corpse) como outro caval07


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