Edição 298 - Adesão ao tratamento

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ADESÃO

EMPODERAMENTO DO PACIENTE A Abbott, empresa global de cuidados para a saúde, marca seus 80 anos no Brasil convidando os brasileiros a refletir sobre a importância da conquista e manutenção da sua saúde e seus principais desafios. Para tanto, o laboratório idealizou a pesquisa Empoderamento do Paciente – importância e desafios, conduzida pela Nielsen Shopper Solutions, entre os dias dois e 20 de junho deste ano, com 960 pessoas, entre homens e mulheres, acima de 18 anos de idade, de capitais de todas as regiões brasileiras (Manaus e região metropolitana, Fortaleza, Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre), diagnosticadas com hipertensão (50%) ou diabetes (50%, sendo que 52% com diabetes tipo I, 33% com diabetes tipo II e 15% não se recordava ou não sabia qual tipo de diabetes possuía).

PATOLOGIAS DE GRANDE INCIDÊNCIA As duas doenças crônicas foram escolhidas devido às altas taxas de incidência e para as quais o envolvimento do paciente no tratamento é fundamental. Segundo levantamento do Ministério da Saúde (MS), na última década, o número de pessoas diagnosticadas com diabetes cresceu 61,8%. Já os hipertensos aumentaram 14,2%. No Brasil, são mais de 14 milhões de brasileiros com diabetes, um número menor apenas do que em países, como China, Estados Unidos e Índia. Números revelam mais de 30 milhões de hipertensos. “Esse aumento da prevalência do diabetes e da hipertensão é um fenômeno que acompanha o da expectativa de vida no nosso País e no mundo. A Abbott está atenta a isso e acredita na responsabilidade compartilhada entre pacientes, médicos, governo e a indústria no cuidado da saúde. Ao longo de 80 anos, trabalhamos para que os brasileiros vivam não apenas mais, mas melhor. A pesquisa, ao incitar essa reflexão tão importante, vai ao encontro do nosso propósito, diz o gerente geral da Abbott no Brasil, Juan Carlos Gaona. Segundo dados do estudo, hoje 54% das pessoas estão satisfeitas com a saúde e 46% insatisfeitas. As satisfeitas afirmam ter apresentado uma postura mais positiva no momento do diagnóstico, com sensações de tranquilidade, autoconfiança e determinação em mudar o rumo de sua vida. E é justamente entre elas que está o maior percentual das que conseguiram inserir em seu estilo de vida cinco importantes hábitos investigados: prática de exercícios físicos (64%), 50

GUIA DA FARMÁCIA SETEMBRO 2017

dedicação de mais tempo para si (62%), redução da jornada de trabalho (61%), adoção de uma dieta mais equilibrada (60%) e visita regular ao médico (58%). No outro extremo, o das insatisfeitas, apenas 30% dos pacientes adotaram essa mesma postura. O estudo revela que 59% das pessoas com hipertensão e diabetes têm na melhoria dos hábitos de saúde a principal chave para se sentir empoderadas; e o principal foco das preocupações tem sido a alimentação diária: 87% tentam realizar as principais refeições; 86% acham importante beber de seis a oito copos de água por dia; e 78% lutam para diminuir o sal. Porém, atualmente, apenas 24% seguem uma dieta com acompanhamento profissional. É importante destacar que a maioria das pessoas tem no diagnóstico um divisor de águas para uma mudança de vida. Para a maior parte delas (55%), a prática de atividades físicas, por exemplo, só se tornou uma realidade após o diagnóstico. A caminhada foi a escolha da maioria (63%). O estudo mostra também que a forma como a notícia é recebida influencia muito na postura que o paciente adotará dali em diante.

RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL A pesquisa mostra que, de modo geral, as pessoas consultadas se julgam autorresponsáveis por sua saúde. Entretanto, ainda é grande (mais de 40%) o índice de brasileiros com diabetes e hipertensão que interromperam o tratamento ao menos uma vez nos últimos cinco anos por indisciplina ou depois que os sintomas desapareceram. Um dado que requer atenção é o percentual daqueles que, apesar de saberem que têm diabetes ou hipertensão, ainda não iniciaram um tratamento médico por considerarem que a doença não é grave o suficiente: 15% das pessoas com diabetes e 12% das que apresentam hipertensão. A busca por informação também é outra ferramenta fundamental para o empoderamento das pessoas com diabetes ou hipertensão: 40% acessam sites de buscas e 28% procuram em sites específicos informações sobre a doença, prevenção, tratamento, medicamentos e profissionais de saúde. Mas a consulta na internet tem apenas caráter complementar, já que não substitui o contato com o médico. Grande parte dos entrevistados (92%) faz tratamento com acompanhamento médico e 85% confiam nos profissionais de saúde. Segundo a pesquisa, as principais barreiras para um tratamento ideal estão ligadas a recursos financeiros (59%).


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