Especial Genéricos 2019

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Parte integrante do

GUIA DA FARMÁCIA DE

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ANO XXV |Nº 318 | MAIO DE 2019

ESPECIAL

GENÉRICOS

ACESSO AMPLIADO Os medicamentos genéricos combinam dois atributos muito importantes: qualidade e preço. O crescimento acima da média pode ser justificado pelo cenário econômico, que demanda maior economia por parte dos consumidores


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RIA O DIT

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20 ANOS DE HISTÓRIA

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Lei 9.787, que instituiu os medicamentos genéricos no Brasil, completou 20 anos de existência no último dia 10 de fevereiro. Nestas duas décadas, os genéricos mudaram radicalmente o panorama da indústria farmacêutica e se consolidaram como eixo central da ampliação do consumo de medicamentos no País, permitindo que milhares de brasileiros pudessem passar a seguir corretamente seus tratamentos, com economia e segurança. Eles combinam dois atributos muito importantes: qualidade e preço. O crescimento acima da média do setor farmacêutico também pode ser justificado pelo cenário econômico, que demanda maior economia por parte dos consumidores. Isso reforça o papel do segmento como instrumento de acesso a tratamentos eficazes no Brasil – os genéricos fornecem o mesmo efeito terapêutico do medicamento de referência, com preços muito mais acessíveis. Sendo assim, a possibilidade de economia sem riscos está fazendo com que grande parcela da população considere esta opção na hora da compra. Essa é uma das conclusões da pesquisa Análise do Perfil de Compra dos Shoppers em Farmácias – 2018, realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC),

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em parceria com a Universidade de Campinas (Unicamp) e com o Instituto Axxus. O levantamento, que teve como objetivo apurar as características de compras de medicamento pela população, apontou que o número de brasileiros que consideram essa opção na hora da compra é bastante expressivo, sendo que 45% dos consumidores apontaram adquirir medicamentos predominantemente genérico; e outros 55% compraram, predominantemente, os de marcas. Estes são os destaques do Especial Genéricos de 2019. Você verá que essa classe medicamentosa já venceu a desconfiança inicial e natural que enfrentou no mercado e hoje faz parte das opções de escolhas dos consumidores. Quanto maior a informação disponível e a educação dos brasileiros sobre esses medicamentos, maior tende a ser seu crescimento. O seu conhecimento é de igual importância, pois só por meio de conteúdo de relevância e de dados do mercado é que se consegue trabalhar com a categoria da melhor maneira possível e se faz um atendimento primoroso. Boa leitura! Lígia Favoretto Diretora de Conteúdo


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14 desempenho Não somente os consumidores tiveram vantagens com os medicamentos genéricos. Milhares de empregos foram criados no parque fabril das indústrias e ampliaram-se os investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos

08 Balanço A chegada dos medicamentos genéricos há 20 anos mudou o panorama da indústria farmacêutica. Somente em 2018, foram vendidas 1.4 bilhão de unidades no Brasil, volume 11,03% maior que o registrado em 2017. Para 2019, as projeções seguem positivas

24 Credibilidade Passada a fase de desconfiança natural do mercado em relação aos genéricos, atualmente, os consumidores entendem que eles têm um grande potencial a um bom preço competitivo

20 Ponto de venda Para os genéricos que são isentos de prescrição, o autosserviço deve seguir as mesmas regras existentes para as demais classes medicamentosas. Espaços diferenciados nas gôndolas garantem resultados em vendas

28 Atendimento Balconistas e farmacêuticos precisam ter a explicação na ponta da língua na hora de tirar as dúvidas dos clientes sobre os genéricos

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GENÉRICOS COMPLETAM 20 ANOS NO BRASIL COM SALDO POSITIVO QUANDO SURGIRAM NO PAÍS, EM 1999, SOFRERAM MUITA DESCONFIANÇA SOBRE EFICÁCIA E SEGURANÇA. PORÉM, HOJE, ESTÃO CADA VEZ MAIS INCORPORADOS ENTRE OS BRASILEIROS, REPRESENTANDO UM TERÇO DE TODO O SETOR DE MEDICAMENTOS TEXTOS KATHLEN RAMOS

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IMAGEM: SHUTTERSTOCK

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Lei 9.787, que instituiu os medicamentos genéricos no Brasil, completou 20 anos de existência no último dia 10 de fevereiro. Nestas duas décadas, os genéricos mudaram radicalmente o panorama da indústria farmacêutica e se consolidaram como eixo central da ampliação do consumo de medicamentos no País, permitindo que milhares de brasileiros pudessem passar a seguir corretamente seus tratamentos, com economia e segurança. No campo do acesso, os avanços foram marcantes. Segundo dados da IQVIA, hoje, os genéricos representam pouco mais de um terço de todo o mercado de medicamentos em unidades (33,9%). Em 2015, esse número atingia 27,4%. Em faturamento, movimentaram R$ 28,4 bilhões no último ano, alta de 69% no comparativo com 2015. Enquanto isso, os medicamentos de marca/similares e de referência alcançaram alta de 58,5% e 34,2%, respectivamente. “Os medicamentos genéricos combinam dois atributos muito importantes: qualidade e preço. O crescimento acima da média do setor farmacêutico também pode ser justificado pelo cenário econômico, que demanda maior economia por parte dos consumidores. Isso reforça o papel do segmento como instrumento de acesso a tratamentos eficazes no Brasil – os genéricos fornecem o mesmo efeito terapêutico do medicamento de referência, com preços muito mais acessíveis”, pontua a diretora comercial da Sandoz, Érica Sambrano. Ganham destaque, inclusive, medicamentos dirigidos para o tratamento de doenças crônicas que representam um considerável desafio para sistemas de saúde. Segundo mostra o ranking da IQVIA sobre medicamentos mais vendidos em volume e valor, os genéricos dirigidos ao tratamento de hipertensão arterial, como a losartana potássica e o maleato de enalapril, por exemplo, estão entre os mais vendidos.

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REALIDADE DOS GENÉRICOS Porcentagem de participação dos genéricos no mercado de medicamentos. Em Valores a Preço Lista [preço máximo de um medicamento regulado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED)]: MAT* fev.-15

MAT* fev.-16

MAT* fev.-17

MAT* fev.-18

MAT* fev.-19

Genérico

24,7%

26,3%

26,5%

26,8%

27,1%

Referência

29,1%

27,7%

27,1%

26,2%

25,4%

Marca (similar)

46,2%

46,0%

46,3%

47,0%

47,5%

*MAT significa Moving Annual Total (Movimento Anual Total, em português)

Faturamento dos genéricos nos últimos cinco anos (Valores, a Preço Lista) MAT* fev.-15

MAT* fev.-16

MAT* fev.-17

MAT* fev.-18

MAT* fev.-19

Marca (similar)

31.446.897.343

36.086.787.670

40.974.177.127

45.556.571.098

49.855.891.360

Genérico

16.839.505.872

20.635.700.987

23.440.081.796

25.970.402.034

28.463.215.846

Referência

19.842.684.394

21.750.119.472

24.002.961.516

25.422.169.249

26.642.727.994

*MAT significa Moving Annual Total (Movimento Anual Total, em português) Fonte: IQVIA, auditoria de mercado PMB (Pharmaceutical Market Brazil), apenas canal varejo, total Brasil. Períodos em MAT (acumulado de 12 meses, com referência a fevereiro de 2019)

“As doenças crônicas acometem boa parte da população e exigem tratamento por toda a vida, o que implica em acompanhamento médico, consultas e acesso a medicamentos. Isso, obviamente, gera uma sobrecarga nos gastos com saúde”, analisa Érica, acrescentando que o genérico é decisivo no tratamento dessas doenças justamente porque facilita o acesso. “Seguros, eficazes e com preços menores que os medicamentos de referência, os genéricos se consolidaram como alternativa de tratamento para milhares de brasileiros que são afetados por doenças crônicas, especialmente em momentos de retração na economia”, sintetiza a executiva. O aumento exponencial do consumo também decorre do fato dos genéricos custarem, por lei, 35% menos que os medicamentos de referência. “O bionômio preço e qualidade que os genéricos representam foi fundamental para a ampliação do acesso a medicamentos no País”, diz a pre-

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sidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), Telma Salles.

RESULTADOS CONSISTENTES Só em 2018, foram vendidas 1.4 bilhão de unidades de medicamentos genéricos no País, volume 11,03% maior que o registrado em 2017. Para 2019, as projeções seguem positivas. “Esperamos manter o crescimento de dois dígitos, apesar da economia brasileira ainda estar em ritmo lento de retomada, uma vez que os genéricos são uma alternativa segura, confiável e mais econômica para os consumidores seguirem seus tratamentos”, projeta Telma. A indústria também comemora os resultados. Na Eurofarma, esta unidade de negócios conquistou a terceira posição e 11,8% de market share no ranking corporações em genéricos. Ainda em 2018, apresentou evolução [MAT (MAT significa Moving Annual Total, Movimento Anual Total, em português)] superior ao mercado e registrou faturamento de R$ 590 milhões,


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um crescimento de 19,9% sobre 2017. “Nossa expectativa é de manter sempre crescimento superior ao mercado”, apontou o diretor da Unidade Genéricos da empresa, Donino Scherer. Já a EMS pretende disponibilizar mais de 240 milhões de unidades (caixas de medicamentos) na categoria em 2019 – praticamente 30 milhões acima do volume total atingido no ano anterior. Com isso, a empresa prevê ampliar de 18 para 20 milhões o número de consumidores com acesso a esse tipo de medicamento por mês. A Unidade de Genéricos representa 33% dos negócios da EMS hoje. “Oferecemos esse tipo de medicamento para 96% das classes terapêuticas e continuaremos levando essa opção para cada vez mais áreas longínquas do Brasil”, afirma o diretor comercial da unidade de Genéricos da EMS, Aramis Domont.

DESAFIOS PARA O CRESCIMENTO O mercado norte-americano, por exemplo, é considerado um mercado maduro no setor de medicamentos genéricos. Segundo o Food and Drug Administration (FDA) – órgão que regula o setor de medicamentos no país –, nove em cada dez medicamentos prescritos são genéricos. Em volume, esses produtos respondem por mais de 80% do mercado. Já no Canadá, os genéricos representam mais de 70% de todo o setor. Entretanto, enquanto no mundo os genéricos estão consolidados há mais de 40 anos, no Brasil, eles ainda são muito recentes (a Lei dos Genéricos, que institui a indústria nacional do segmento, data de 10 de fevereiro de 1999). “Em países com mais tempo da legislação em vigor, como Espanha, França, Alemanha e Estados Unidos –, o mercado de genéricos já se encontra mais maduro. Por isso, acreditamos que esse segmento tem muito espaço para crescer também no Brasil, hoje o sexto maior mercado de medicamentos genéricos do mundo, atrás dos Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França”, pontua Domont. Telma reforça que embora em crescimento rápido, o Brasil ainda está longe de exibir o mesmo nível de participação de mercado dos genéricos verificado nestes países. “A diferença é que ainda somos um mercado jovem para os genéricos. Com o tempo e manutenção de políticas públicas de acesso, chegaremos lá”, projeta. Os tributos em cima dos genéricos – bem como em toda a classe de medicamentos – também continua sendo um desafio para o setor. “O valor varia de um estado para outro devido às diferentes alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cálculo de Substituição Tributária (ST), e demais encargos. A média gira em torno de 30%”, constata Scherer, acrescentando que outro desafio do setor é a informação.

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PRINCIPAIS CONQUISTAS DOS GENÉRICOS AO LONGO DE 20 ANOS AMPLIAÇÃO DO ACESSO: os genéricos mudaram profundamente o panorama da indústria farmacêutica no Brasil. E a principal conquista foi a ampliação do acesso a medicamentos no País. Com os genéricos, o consumo de medicamentos experimentou crescimento exponencial, especialmente no caso de substâncias destinadas a tratamentos de doenças crônicas, que exigem o uso contínuo pelos pacientes. REDUÇÃO DO CUSTO DE TRATAMENTO: esse aumento exponencial do consumo decorre do fato dos genéricos serem confiáveis, seguros e custarem, por lei, 35% menos que os medicamentos de referência. O binômio preço e qualidade que os genéricos representam foi fundamental para a ampliação do acesso a medicamentos no País. INCENTIVO À INOVAÇÃO: nestes 20 anos de história, os genéricos também contribuíram para o crescimento da economia brasileira e se transformaram no motor de renovação do complexo industrial da saúde. Com os genéricos, o parque fabril se modernizou, milhares de empregos foram gerados, ampliaram-se os investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e o Brasil passou a ocupar papel de exportador no mercado farmacêutico global. GANHOS PARA A INDÚSTRIA E PARA OS CONSUMIDORES: expertise regulatória, aprimoramento da qualidade e estímulo à concorrência foram benefícios diretos. O principal deles, entretanto, é ampliar o acesso da população a tratamentos eficazes, seguros e mais baratos. Aliviar gastos da população e dos sistemas de saúde públicos, que se tornam cada vez mais sobrecarregados, é outra grande conquista. Fontes: Sandoz; e Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos)

“Devemos seguir conscientizando a todos do elevado padrão de qualidade dos medicamentos genéricos produzidos pela indústria brasileira”, pontua o executivo da companhia.


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GANHOS EM TODAS AS PONTAS NA MESMA PROPORÇÃO EM QUE OS CONSUMIDORES SÃO BENEFICIADOS PELA ECONOMIA NA HORA DO TRATAMENTO, A INDÚSTRIA TAMBÉM SE BENEFICIA COM UM MERCADO QUE SE FORTALECE CADA VEZ MAIS NO PAÍS

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IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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lém de gerar economia aos brasileiros, os genéricos foram fundamentais para fortalecer e renovar o complexo industrial da saúde no Brasil. Segundo afirma a presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), Telma Salles, com os genéricos, o parque fabril das indústrias se modernizou, milhares de empregos foram gerados e ampliaram-se os investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. “Hoje, mais de 120 laboratórios possuem linhas dedicadas à produção de genéricos no mercado brasileiro. São mais de 3.800 registros de medicamentos genéricos disponíveis em 21,7 mil apresentações disponíveis para os consumidores, cobrindo praticamente todas as doenças conhecidas”, pontua. Ainda segundo dados da PróGenéricos, as dez marcas de medicamentos mais vendidas no País possuem versões genéricas. Hoje, existem, no Brasil, medicamentos dessa classe para tratar mais de 95% das doenças conhecidas.

CRESCIMENTO CONSISTENTE Acompanhe, a seguir, os últimos resultados e investimentos da indústria de genéricos no País. EUROFARMA: a Unidade Genéricos da Eurofarma lançou dez moléculas no mercado em 2018, sendo duas exclusivas. “O lançamento de produtos segue sendo a maior alavanca de crescimento da empresa. Diferenciar-se em um mercado altamente competitivo e comoditizado como o de genéricos passa pela oportunidade de sair na frente da concorrência, manter um portfólio abrangente, uma política comercial saudável, um bom relacionamento com a cadeia de distribuição e uma boa imagem e reputação junto aos profissionais de saúde e consumidores”, disse a companhia, em resposta institucional. Hoje, a Eurofarma possui 186 apresentações de genéricos no portfólio. EMS: o laboratório farmacêutico EMS prevê 11 lançamentos de genéricos em 2019, incluindo medicamentos inéditos. Apenas com os novos medicamentos – entre eles, contraceptivos, anti-hipertensivos e anti-inflamatórios –, o laboratório deve atingir mais de 24 milhões de pacientes por ano. A companhia pretende aumentar a sua participação em 10% em unidades comercializadas nesse mercado até o fim do ano e planeja investir mais de R$ 50 milhões em ações de marketing para a promoção do seu pipeline de genéricos, incluindo os lançamentos. A EMS também pretende disponibilizar mais de 240 milhões de unidades (caixas de medicamentos) na categoria em 2019 – praticamente 30 milhões acima do volume total atingido no ano anterior. Com isso, a empresa prevê ampliar de 18 para 20 milhões o número de consumidores com acesso a esse tipo de medicamento por mês. A

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OS “10 MAIS” DO MERCADO Os dez medicamentos genéricos mais vendidos em unidades

Ranking

Produto

Laboratório

1.

Losartana Potássica mg

Neo Química

2.

Citrato de Sildenafila mg

Neo Química

3.

Losartana Potássica mg

EMS Pharma

4.

Losartana Potássica mg

Teuto Brasileiro

5.

Losartana Potássica mg

Medley

6.

Citrato de Sildenafila mg

Eurofarma

7.

Nimesulida mg

Cimed

8.

Levotiroxina Sódica mg

Merck

9.

Maleato de Enalapril mg

Teuto Brasileiro

10.

Hidroclorotiazida mg

Medley

Os dez maiores laboratórios de genéricos no canal varejo, total Brasil, no MAT* fev.19 (valores, em R$ a preço lista)

Ranking

Laboratório

1.

EMS Pharma

2.

Eurofarma

3.

Medley

4.

Neo Química

5.

Sandoz Do Brasil

6.

Aché

7.

Teuto Brasileiro

8.

Germed Pharma

9.

Cimed

10.

Nova Química

*MAT significa Moving Annual Total (Movimento Anual Total, em português). Fonte: IQVIA, auditoria de mercado PMB (Pharmaceutical Market Brazil), apenas canal varejo, total Brasil. Períodos em MAT (acumulado de 12 meses, com referência a fevereiro)

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Unidade de Genéricos representa 33% dos negócios da companhia hoje. BIOLAB: com 21 anos de história dedicados à produção de medicamentos de referência, a Biolab lançou, oficialmente, neste ano, a Biolab Genéricos, linha de medicamentos do setor que traz, consigo, o desafio de chegar ao mercado com um portfólio de produtos exclusivos e semiexclusivos. A entrada da Biolab em genéricos é resultado da compra da Actavis Brasil, empresa que pertencia à israelense Teva, maior fabricante de genéricos do mundo. “Hoje, estamos com aproximadamente 35 moléculas e, até a metade do ano, estaremos com 60 moléculas. Vamos manter nossa linha de prescrição e seguiremos, em paralelo, com a linha de genéricos”, conta o CEO da Biolab, Cleiton de Castro Marques. Hoje, na área de prescrição, a especialidade da farmacêutica se dá na área de cardiologia. Como consequência, os genéricos em cardiologia tendem a ser destaque na empresa, além do segmento de Sistema Nervoso Central (SNC), especialidade da Actavis. Somado a este investimento, a Biolab anunciou a abertura de uma nova fábrica em Minas Gerais (MG), com aporte de R$ 450 milhões, que será responsável tanto por medicamentos de marca quanto genéricos, categoria que o executivo reforça ser uma realidade no País. “Os genéricos atingem um mundo diferente do mercado de medicamentos de prescrição, que hoje está muito relacionado às grandes redes. Portanto, é uma oportunidade para entrarmos em novos mercados e atingirmos novos públicos. Pretendemos trazer mais capilaridade para os nossos produtos”, sinaliza Marques. NEO QUÍMICA: a empresa responde por cerca de um terço do faturamento líquido da Hypera Pharma, e os genéricos da marca representam cerca de 10% do faturamento líquido total da companhia. “A Neo Química tem um amplo pipeline de lançamentos para os próximos anos, e é um grande desafio garantir a execução com excelência de nossos lançamentos futuros. Neste ano, temos planos para lançar 16 novos produtos”, aponta a diretora-geral da unidade de negócios Neo Química, da Hypera Pharma, Ana Biguilin. SANDOZ: divisão do Grupo Novartis, está entre as líderes globais em genéricos e biossimilares. No Brasil, a Sandoz possui, atualmente, um portfólio de 90 moléculas e 254 apresentações, com os genéricos representando 65% do faturamento da empresa. Segundo comenta o gerente de marketing da Sandoz, Renato Suzuki, 2018 foi um ano marcado por uma instabilidade significativa no País e, por conta desse cenário, a

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empresa teve um início de ano mais lento do que o previsto, que depois rumou para um crescimento. “Apenas em 2018, a Sandoz lançou novas apresentações em diversas áreas, como SNC, cardiologia, anti-infecciosos e gastro”, comenta Suzuki, acrescentando que, se analisado o histórico da Sandoz Brasil, percebe-se que, nos últimos três anos, a companhia dobrou as vendas, crescendo acima do mercado em todos os anos, ampliando a presença nas farmácias e atendendo mais pacientes. “O mercado brasileiro é muito expressivo e ainda tem muito para crescer, e a Sandoz continua investindo fortemente. Para os próximos cinco anos, a expectativa é de lançar 42 produtos, sendo 38 genéricos e quatro biossimilares”, revela o executivo da empresa. GRUPO CIMED: hoje, a CIMED possui mais de 100 apresentações diferentes no portfólio de genéricos, com moléculas que atendem às mais diversas classes terapêuticas, segundo descreve o gerente de genéricos da empresa, Rafael Godas. “A linha de genéricos da CIMED cresceu 34% no ano de 2018 em unidades vendidas segundo o IQVIA PMB. Esse crescimento veio por meio de diversos lançamentos, 11 no total, divididos em diversas classes terapêuticas”, conta.


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ATUAÇÃO NO AUTOSSERVIÇO PARA GARANTIR BOAS VENDAS ENTRE OS GENÉRICOS, É FUNDAMENTAL QUE, QUANDO ISENTOS DE PRESCRIÇÃO MÉDICA, ESSES MEDICAMENTOS ESTEJAM ACESSÍVEIS AO CONSUMIDOR

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entro da linha de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), uma parcela deles é constituída por genéricos. Segundo dados da IQVIA*, hoje, no segmento, 85,2% são medicamentos éticos (de prescrição) e o restante (14,8%) são populares (isentos de indicação médica). Portanto, pode-se explorar essa fatia no autosserviço, já que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autoriza essa prática. “A categoria de MIPs demanda uma organização de medicamentos em gôndola, facilitando a interação com o consumidor. O sortimento é essencial para que o ponto de venda (PDV) busque atender aos diversos perfis de paciente. Há genéricos disponíveis em algumas classes de MIPs, seguramente ótimas opções para garantir o acesso a tratamentos eficazes e mais baratos”, resume o gerente de marketing da Sandoz, Renato Suzuki.

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BENEFÍCIOS DOS GENÉRICOS AO CONSUMIDOR

MAIS ECONOMIA AOS USUÁRIOS: nestes 20 anos, os genéricos proporcionaram uma economia de mais de R$ 130 bilhões em gastos com medicamentos para os consumidores brasileiros.

DESCONTOS ACIMA DE 35%: a economia foi presumida com base no cálculo dos 35% de desconto previsto em lei em relação aos medicamentos de referência. Contudo, o valor é potencialmente maior, já que o indicador não captura os reais descontos praticados pela indústria, em média, muito maiores que o estipulado na legislação.

CONCORRÊNCIA SAUDÁVEL ENTRE OS FABRICANTES: sempre que um genérico novo é lançado, os fabricantes de medicamentos de referência se veem obrigados a reduzir os preços para manter a competitividade e isto também resulta em economia para o consumidor.

QUALIDADE GARANTIDA A UM PREÇO ACESSÍVEL: o sucesso dos genéricos se deve ao sólido arcabouço regulatório criado para o segmento no País. A Lei dos Genéricos foi inspirada na legislação de países maduros como Estados Unidos, Canadá e Europa, onde os genéricos são fundamentais para o tratamento de saúde dos consumidores. VANTAGENS AOS DOENTES CRÔNICOS: o uso de medicamentos para controle do colesterol, por exemplo, cresceu mais de 2.320% desde que a Lei dos Genéricos foi instituída em 1999. O consumo de anti-hipertensivos, voltados para o controle da pressão arterial, por sua vez, aumentou 743% nas últimas duas décadas e os medicamentos para o tratamento de diabetes registraram expansão de mais e 1.368% neste mesmo período.

Fonte: Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos)

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O ideal é que o consumidor tenha fácil acesso à compra desses produtos, com uma exposição prática e funcional, e sem interferência dos atendentes quanto à escolha entre as opções disponíveis. No entanto, o farmacêutico precisa estar de prontidão para oferecer qualquer esclarecimento, se assim solicitado. Esse profissional precisa estar apto a aconselhar o consumidor na leitura da bula dos medicamentos e orientá-lo quanto à forma de administração (posologia), à duração do tratamento, ao modo de ação, às possíveis reações adversas, contraindicações e interações com outros medicamentos/alimentos. “Por conta dessa possível necessidade de auxílio do usuário, o melhor local para alocar os MIPs são as prateleiras laterais bem próximas ao balcão de medicamentos”, aconselha a consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso. Garantir a visibilidade dos MIPs nas gôndolas é fundamental para que a categoria obtenha bons resultados. Entretanto, há muitas farmácias que não atuam de maneira rentável com a categoria. Segundo aponta a consultora, enquanto 100% das grandes redes trouxeram todo o portfólio de MIPs para fora do balcão, cerca de 50 mil farmácias independentes ainda mantêm a categoria na mesma área reservada aos medicamentos que exigem prescrição médica. “O correto posicionamento de MIPs e de seus subgrupos na área de vendas determina o sucesso e aumento mínimo de 27% nas vendas destes itens”, garante. Também é preciso pensar em uma forma de organização desses itens. A tarefa exige bom uso de conceitos de exposição, uma vez que se trata de uma categoria com centenas de SKUs (a sigla que representa o termo Stock Keeping Unit, em português, Unidade de Manutenção de Estoque, é definida como identificador único de um produto e é utilizada para manutenção de estoque). “No caso dos MIPs, seja na exposição de genéricos ou de produtos de marca, é importante sempre procurar organizá-los de acordo com uma lógica de necessidade do cliente: Dor e Febre; Gripe e Resfriado; Estômago, Fígado e Intestino; Calmante; Alergia; Vitaminas; Olhos; Primeiros Socorros. É interessante identificar bem essas categorias no PDV, com cores e descritivos. Outro ponto importante é manter todos os produtos devidamente precificados”, sugere

o diretor comercial da unidade de genéricos da farmacêutica EMS, Aramis Domont. Outra sugestão, ressaltada por Silvia, é que depois de agrupar os MIPs por indicação (analgésico, gastro, gripes, resfriados, etc.), eles sejam separados por subgrupos. Nessa organização secundária, os segmentos mais comumente usados são: dor e febre, antigripais, gastrointestinais, vitaminas, minerais e suplementos, cuidados com olhos e boca; sistema circulatório; sistema urinário; sistema reprodutivo; calmante e humor; perda de peso; e primeiros socorros. “A arrumação das gôndolas deve seguir a ordem decrescente de saída, por subgrupo, fazendo, portanto, com que os de maior giro apareçam mais bem colocados que os de menor saída. No entanto, nos quatro primeiros segmentos (dor e febre; antigripais; gastrointestinais; e vitaminas), devem estar mais às mãos do cliente”, sintetiza Silvia. “Cada segmento, certamente, tem uma árvore de decisão diferente e os fatores que mais influenciam a compra são: princípio ativo, marca, embalagem e preço (não necessariamente nesta ordem)”, lembra a fundadora da Connect Shopper e consultora de varejo e shopper marketing, Fátima Merlin.

CRITÉRIOS PARA PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA O Conselho Federal de Farmácia (CFF), por meio da Resolução 586/13, regulamentou a prescrição farmacêutica como atribuição clínica do farmacêutico. Dessa forma, ficou estabelecido que “o farmacêutico poderá realizar a prescrição de medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica, incluindo medicamentos industrializados e preparações magistrais – alopáticos ou dinamizados –, plantas medicinais, drogas vegetais e outras categorias ou relações de medicamentos que venham a ser aprovadas pelo órgão sanitário federal para prescrição do farmacêutico”. Por amparo da legislação, o farmacêutico é, então, autorizado a realizar uma anamnese e prescrever o MIP, sempre que acionado, e pedir que o paciente retorne à farmácia para monitorar a evolução do tratamento indicado. O farmacêutico pode, ainda, prescrever o encaminhamento do paciente a outro profissional, caso ele entenda que o problema foge do seu âmbito de atuação. Também é permitido que atue como educador em saúde, estimulando o paciente a mudar de hábitos de vida**.

*IQVIA, auditoria de mercado PMB (Pharmaceutical Market Brazil), apenas canal varejo, total Brasil. Períodos em MAT [MAT significa Moving Annual Total (Movimento Anual Total, em português)](acumulado de 12 meses, com referência a fevereiro). **Dados extraídos do Especial MIPs 2018, do Guia da Farmácia.

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DE OLHO NA QUALIDADE, EFICÁCIA E ECONOMIA ALIANDO O BINÔMIO ECONOMIA E QUALIDADE, 45% DOS CONSUMIDORES JÁ TÊM OS GENÉRICOS NA LISTA DE PREFERÊNCIAS

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possibilidade de economia sem riscos proporcionada pelos medicamentos genéricos está fazendo com que grande parcela da população considere esta opção na hora da compra. Essa é uma das conclusões da pesquisa Análise do Perfil de Compra dos Shoppers em Farmácias – 2018, realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC), em parceria com a Universidade de Campinas (Unicamp) e com o Instituto Axxus. O levantamento, que teve como objetivo apurar as características de compras de medicamento pela população, apontou que o número de brasileiros que consideram essa opção na hora da compra é bastante expressivo, sendo que 45% dos consumidores apontaram adquirir medicamentos predominantemente genérico; e outros 55% compraram, predominantemente, os de marcas. “Os genéricos já venceram uma desconfiança inicial e natural que enfrentaram no mercado e hoje já fazem parte

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ENTENDA AS DIFERENÇAS ENTRE AS CLASSES DE MEDICAMENTOS

das opções de escolhas dos consumidores. Eles possuem um grande potencial competitivo por causa da economia que proporcionam, sendo que os preços são fundamentais na escolha”, analisa o presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), Edison Tamascia. Para a diretora-geral da unidade de negócios Neo Química, da Hypera Pharma, Ana Biguilin, os genéricos já conquistaram ampla credibilidade junto à população e hoje são prescritos por médicos. “Quanto maior a informação disponível e a educação dos brasileiros sobre esses medicamentos, maior tende a ser seu crescimento”, diz. O gerente de genéricos do Grupo Cimed, Rafael Godas, também reforça que para aumentar a confiança dos consumidores, é fundamental o investimento em informação. “Ainda é preciso que o consumidor entenda que o genérico tem a mesma qualidade do medicamento referência. Que temos um órgão regulador extremamente exigente que garante uma produção com rigorosos padrões produtivos e que submete estes fármacos a testes de equivalência farmacêutica e bioequivalência a fim de garantir a qualidade e eficácia dos produtos comercializados pelas indústrias farmacêuticas”, analisa Godas. A pesquisa do IFEPEC aponta ainda a prioridade que o consumidor está dando ao preço em relação à marca na hora de adquirir medicamentos. Segundo a pesquisa, 33% dos consumidores acabaram comprando produtos diferentes do objetivo inicial e metade destes clientes buscava economia (50%). “É importante reforçar, porém, que o cliente não está indo contra a indicação médica, mas, sim, buscando uma alternativa real, sendo que o genérico possui a mesma substância ativa, forma farmacêutica e dosagem que o medicamento de referência”, complementa o executivo da Febrafar, acrescentando o que o estudo comprova uma característica muito comum nos brasileiros: não ser fiel ao produto que foi procurar em uma farmácia, ouvindo a indicação dos farmacêuticos. “O principal fator de intercambialidade é o preço, demonstrando que o brasileiro se encontra mais preocupado com o bolso”, reforça Tamascia.

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MEDICAMENTOS BIOLÓGICOS: são moléculas complexas de alto peso molecular obtidas a partir de fluídos biológicos, tecidos de origem animal ou procedimentos biotecnológicos por meio de manipulação ou inserção de outro material genético (tecnologia do DNA recombinante) ou alteração dos genes que ocorre devido a irradiação, produtos químicos ou seleção forçada. Devido ao fato de muitos produtos poderem ser classificados como biológicos, tornou-se essencial estabelecer os limites de abrangência da norma que regulamenta o registro desses medicamentos. De acordo com a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 55/10, existem duas categorias de medicamentos biológicos no Brasil: os produtos inovadores que são denominados de “produtos biológicos novos” e as cópias que são denominadas de “produtos biológicos”. MEDICAMENTOS BIOSSIMILARES: os produtos desenvolvidos pela via de comparabilidade (chamados popularmente como biossimilares) são registrados por meio de uma comparação com o produto biológico comparador (produto biológico novo registrado com base em dossiê completo) e que pode viabilizar a extrapolação de indicações terapêuticas. O medicamento biossimilar é um medicamento muito semelhante, mas não idêntico, a um medicamento inovador de origem biológica. MEDICAMENTOS SINTÉTICOS: o fármaco utilizado no medicamento é obtido a partir de síntese química, ou seja, foi sintetizado a partir de uma rota de síntese química. MEDICAMENTOS SIMILARES: são aqueles que contêm o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresentam mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, e que são equivalentes ao medicamento registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária. Podem diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículo, devendo sempre ser identificados por nome comercial ou marca. MEDICAMENTOS GENÉRICOS: são aqueles que contêm o mesmo princípio ativo, na mesma dose e forma farmacêutica, são administrados pela mesma via e com a mesma posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência, apresentando eficácia e segurança equivalentes à do medicamento de referência, podendo, com este, ser intercambiável. A intercambialidade, ou seja, a segura substituição do medicamento de referência pelo seu genérico, é assegurada por testes de equivalência terapêutica, que incluem comparação in vitro, por meio dos estudos de equivalência farmacêutica e in vivo, com os estudos de bioequivalência apresentados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Fonte: farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti


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DÚVIDAS FREQUENTES

APESAR DOS GENÉRICOS PARECEREM BASTANTE CONSOLIDADOS NO MERCADO, AINDA HÁ MUITAS DÚVIDAS ENTRE OS USUÁRIOS SOBRE EFICÁCIA E PREÇOS. ACOMPANHE ALGUNS QUESTIONAMENTOS RECORRENTES

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IMAGEM: SHUTTERSTOCK

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desinformação sobre os genéricos é uma das razões para a desconfiança dos usuários, conforme alerta a farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti. “É interessante observar que ocorreu uma espécie de deterioração do termo ‘genérico’. Isto quer dizer que muitas pessoas utilizam essa expressão para produtos falsificados e, portanto, ilegais, o que é um enorme erro. Produto ilegal não pode ser qualificado com genérico. Medicamento genérico é um produto legal e deverá ser produzido conforme a legislação do segmento”, reforça a especialista. Acompanhe, a seguir, como orientar os consumidores sobre a segurança desses medicamentos. Os genéricos são, de fato, medicamentos seguros?1,2 Os genéricos, desde seu nascimento no Brasil, passam por rigorosos testes para obtenção de registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além de renovações periódicas do registro, há também inspeções rotineiras ou eventuais, o que assegura ao consumidor que o medicamento tenha a mesma qualidade dos produtos de referência no mercado. Conforme determina a Lei 9.787, e sua subsequente regulação, os genéricos só podem chegar ao consumidor depois de passarem por testes específicos, como o de bioequivalência, realizados em seres humanos, o que garante absoluta eficácia e segurança para médicos e pacientes. O complexo produtivo de medicamentos genéricos também está submetido a rigorosas regras de controle, que incluem Certificados de Boas Práticas de Fabricação (CBPFs), auditorias e controles internos e programas sistemáticos de farmacovigilância, entre outros quesitos de segurança. O que a farmácia pode fazer caso um paciente reclame por um medicamento genérico não ter apresentado o efeito esperado, ou apresentar efeito indesejado?3 Quando o usuário reclama de um medicamento (genérico ou não) por não ter apresentado o efeito esperado, ou apresentar efeito indesejado, inúmeras possibilidades podem ter ocorrido, como medicação administrada de maneira incorreta, interação com outros medicamentos ou até casos em que o fármaco foi exposto a condições de armazenamento doméstico fora das indicações do fabricante. Portanto, antes de atribuir uma razão à falta de efetividade do medicamento, há muitas situações a serem analisadas.

Após essa análise, o farmacêutico poderá: fazer a notificação sobre reação adversa a medicamento ou suspeita de queixa técnica (desvio de qualidade) de medicamentos junto ao Centro de Vigilância do Estado; ou orientar o usuário do medicamento para entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), a fim de que a indústria farmacêutica responsável possa avaliar as possíveis causas da reclamação efetuada. Os genéricos têm o mesmo efeito dos medicamentos de marca? A diferença entre eles é apenas o preço? 3 Sim. Os medicamentos genéricos podem ser considerados “cópias” do medicamento de referência. O medicamento de referência, que é a denominação recebida após o vencimento do prazo da patente do medicamento inovador, é fruto de descobertas científicas decorrentes de investimentos financeiros elevadíssimos. Os laboratórios investem anos em substâncias e testes para descobrir novos medicamentos que atuem de maneira segura e eficiente sobre um determinado sintoma ou doença. Após comprovação científica e aprovação regulatória, cria-se o direito à patente, em que o laboratório responsável pode atribuir uma marca e explorar o novo medicamento comercialmente com exclusividade, razão pela qual custa mais caro. Os genéricos e os similares são cópias do medicamento de referência, ou seja, não foram investidos montantes financeiros para o desenvolvimento de todas as etapas necessárias para a descoberta de sua molécula. Daí explica-se o custo menor. Os genéricos precisam ser quantos por cento mais baratos do que os medicamentos de marca? 2 Por lei, devem ser, no mínimo, 35% mais baratos do que o preço de tabela de seus respectivos medicamentos de referência. Essa regra vale desde a introdução da categoria no mercado brasileiro, como garantia de maior acesso da população a tratamentos de saúde. Do ponto de vista técnico, os genéricos são intercambiáveis entre si e com seus respectivos medicamentos de referência, oferecendo a mesma formulação e qualidade. Para manter o preço final reduzido ao consumidor final, a indústria pratica margens menores nos genéricos, garantindo a democratização do acesso aos brasileiros a produtos farmacêuticos seguros e eficazes. Por que o preço dos genéricos varia tanto entre as farmácias?4 As farmácias possuem proprietários, custos e estratégias diferentes. Portanto, a prática de preço torna-se uma decisão estratégica de cada estabelecimento, seja uma rede ou farmácia independente.

Consulte os genéricos comercializados: www.medicamentogenerico.com.br

Fontes: 1. Presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), Telma Salles; 2; Diretora-Geral da unidade de negócios Neo Química, da Hypera Pharma, Ana Biguilin; 3. Farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti; e 4. Eurofarma

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EMS: PIONEIRA NA PRODUÇÃO DE GENÉRICOS NO PAÍS FARMACÊUTICA ENTROU NESSE MERCADO EM 2000 E, DESDE 2013, É LÍDER NO SEGMENTO, COM MAIS DE 200 MOLÉCULAS E COBRINDO 96% DAS CLASSES TERAPÊUTICAS

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farmacêutica EMS foi pioneira na produção e comercialização de genéricos no Brasil, em 2000. E a força com que entrou nesse mercado fez com que, desde 2013, seja líder isolada com essa categoria de medicamentos no País. Com mais de 200 moléculas registradas e atendendo a 96% das classes terapêuticas, a EMS contabilizou, em 2018, um faturamento de R$ 4,5 bilhões e 211 milhões de unidades comercializadas no segmento. No ano passado, a empresa lançou duas novas moléculas e três novas apresentações de produtos. Os dois importantes lançamentos foram o Anastrozol e o Metilfenidato (sendo este o primeiro genérico do Brasil para Tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH).

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Com a entrada do laboratório no mercado de Metilfenidato, em três meses, a empresa conquistou 57% de market share em unidades do produto em território nacional (Fonte: IQVIA PMB Dezembro 2018). Ainda em 2018, a empresa encerrou com 15% de market share em reais e 14% em unidades comercializadas no segmento de genéricos. Com o intuito de tornar cada vez mais acessível o medicamento genérico no Brasil, a EMS está presente em mais de 64 mil pontos de venda (PDVs) em todo o País. Visando à prestação de serviços a esses PDVs, a empresa, por meio da unidade de genéricos, também investe em ações que se tornaram referência no setor farmacêutico. O ACADEMS, projeto de consultoria e capacitação envolvendo farmacêuticos, gestores de farIMAGENS: DIVULGAÇÃO

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mácias e proprietários de drogarias, é um exemplo. Afinal, essa ação já capacitou mais de 130 mil participantes.

PROJEÇÕES POSITIVAS Para 2019, a expectativa da EMS com o segmento de genéricos é de crescimento tanto em faturamento, quanto em unidades comercializadas. A empresa prevê, por exemplo, 11 lançamentos para o período. Entre eles, contraceptivos, anti-inflamatórios e anti-hipertensivos. Três deles serão genéricos inéditos e devem atingir uma participação de 4% no faturamento da unidade. Serão mais de 24 milhões de pacientes por ano que poderão ter acesso à saúde com essas novidades. Ainda para este ano, a companhia planeja investir mais de R$ 50 milhões apenas em ações de marketing para a promoção do seu pipeline de genéricos, incluindo os 11 lançamentos previstos. A empresa também planeja disponibilizar mais de 240 milhões de unidades (caixas de medicamentos) na categoria – praticamente 30 milhões acima do volume total em 2018. Com isso, prevê ampliar de 18 para 20 milhões o número de consumidores com acesso a esse tipo de medicamento por mês. Só em São Paulo, incluindo capital e interior, são quatro milhões de caixas de medicamentos genéricos da EMS circulantes por mês.

VASTO PORTFÓLIO Atualmente, a EMS foca seus esforços no lançamento de genéricos de alta complexidade, que são aqueles de difícil desenvolvimento. Nessa linha, um exemplo já presente no portfólio da empresa é a ciclosporina microemulsão genérica, um imunossupressor utilizado por pacientes no combate à rejeição de órgãos transplantados, produzido exclusivamente pela EMS em toda a América Latina há mais de 18 anos, um dos principais produtos exportados pelo laboratório. Hoje, a empresa é líder em 75 moléculas só no mercado de genéricos. As principais são: Bisoprolol; Moxifloxacino; Pioglitazona; Zolpidem; Desloratadina; Drospirenona+Etinilestradiol; Orlistate e Acetilcisteína (IQVIA – 2018). A companhia possui cerca de 500 apresentações de produtos nesse segmento, o maior portfólio de genéricos do Brasil, e continua investindo em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D).

A EMS, que possui mais de 100 patentes pelo mundo, também detém mais de 400 registros de medicamentos no exterior, o que mostra a força do laboratório. Além disso, a empresa exporta seus produtos para mais de 40 países, inclusive Alemanha e Inglaterra, que possui uma das legislações sanitárias mais rigorosas em todo o mundo, reforçando o padrão de qualidade internacional do laboratório.

O QUE FAZ A EMS SER REFERÊNCIA NO MERCADO FARMACÊUTICO? HISTÓRICO CONSISTENTE: pioneirismo, excelência e tradição, são treze anos consecutivos na liderança do mercado farmacêutico brasileiro. EQUIPE QUALIFICADA: mais de cinco mil colaboradores. VASTO SORTIMENTO: são mais de 2,6 mil apresentações de produtos, o maior portfólio do Brasil. Quatorze em cada 100 medicamentos vendidos no Brasil têm a marca EMS. FORÇA EM DIVERSOS SEGMENTOS: 33% do faturamento da EMS em 2018 veio da unidade de Genéricos. Outros 40% derivam da unidade de Prescrição Médica; e o restante é derivado das outras unidades de negócios [Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), Hospitalar e Marcas], todas com foco em inovação. INOVAÇÃO CONSTANTE: são mais de 100 patentes pelo mundo e vários pedidos de patente depositados no Brasil. O Centro de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da EMS recebe 6% do faturamento anual do laboratório em investimentos e conta com mais de 400 pesquisadores. Além dos genéricos de alta complexidade, de difícil desenvolvimento, a empresa aposta em inovação incremental e em movimentos de inovação substancial. Há ainda o investimento em inovação radical (por meio da Brace Pharma, empresa da EMS nos Estados Unidos); e nos medicamentos biotecnológicos (por meio da Bionovis, companhia que tem a EMS como uma de suas acionistas). A EMS acredita que investir em inovação e tecnologia é acima de tudo, garantir o acesso da população a terapias e soluções que contribuam para melhorar a qualidade de vida. RESULTADOS CONSISTENTES: foram R$ 13,7 bilhões de faturamento e 596 milhões de unidades (caixas de medicamentos) comercializadas em 2018 (IQVIA – MAT*dez. 2018) – crescimento de 6% em ambos os índices quando comparados aos de 2017. INVESTIMENTO CONTÍNUO: o parque fabril recebeu um aporte superior a R$ 800 milhões, valor caracterizado como o maior plano de expansão da história da EMS entre 2012 e 2017. Mais de 800 milhões de unidades/ano serão a capacidade produtiva com todas as unidades fabris em pleno funcionamento. *MAT significa Moving Annual Total (Movimento Anual Total, em português).

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DIAMANTE É PALAVRA-CHAVE NO REPOSICIONAMENTO DA SANDOZ

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REFORÇANDO OS CONCEITOS DE QUALIDADE LAPIDADA INTERNACIONALMENTE, FARMACÊUTICA APOSTA EM REPOSICIONAMENTO DA MARCA E APRESENTA NOVAS EMBALAGENS

onsiderado uma das pedras mais resistentes e valiosas do mercado, o diamante foi a inspiração para o novo reposicionamento da marca Sandoz. “Para a criação desse conceito, a empresa desenvolveu uma série de pesquisas de mercado responsáveis por apontar que um dos principais pilares na hora do consumidor escolher um medicamento é a qualidade”, segundo comenta o gerente de marketing da Sandoz, Renato Suzuki.

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“O consumidor quer ter a certeza de que escolheu uma empresa em que possa confiar a qual vai entregar o efeito esperado daquele medicamento. Quando falamos de padrão de qualidade e exploramos o tema de ‘padrão diamante’, o consumidor relaciona isto como qualidade excepcional. Isso faz parte do DNA da Sandoz e do Grupo Novartis, que é um cuidado muito grande com a qualidade dos nossos produtos, em todas as nossas fábricas no mundo. Por isso, afirmaIMAGENS: DIVULGAÇÃO

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POR QUE A SANDOZ TEM PADRÃO DE QUALIDADE1 DIAMANTE?

mos ter uma qualidade lapidada internacionalmente”, justifica o executivo. Diante desse conceito, a Sandoz reforça seu posicionamento de “Padrão de qualidade1 internacional, por um preço2 que cabe no bolso”, afirma Suzuki. Para mais informações, acesse: www.padraodiamante.com.br.

NOVAS EMBALAGENS As embalagens também fazem parte do reposicionamento da marca Sandoz no mercado e, para tanto, mudanças contemplarão toda a linha de produtos. São cerca de 500 materiais de embalagens que passaram por alterações e estão chegando ao mercado desde o último mês de abril. “Estamos valorizando mais o nome da empresa, bem como destacando o fato de que a Sandoz faz parte do Grupo Novartis, o que não era tão evidente nas embalagens anteriores. Continuamos usando o tom azulado, cor que, agora, foi enriquecida com linhas que lembram as faces do diamante”, ressalta o executivo. “As embalagens estão mais clean e mais visuais, dando um destaque diferenciado nas gôndolas, o que facilita a escolha e o entendimento do consumidor”, acrescenta a diretora comercial da empresa, Érica Sambrano.

LIDERANÇA3: a Sandoz é uma líder global em biossimilares, antibióticos genéricos e medicamentos oncológicos genéricos. Está presente em mais de 160 países. QUALIDADE LAPIDADA INTERNACIONALMENTE3,4: a empresa faz parte do Grupo Novartis, que possui mais de 60 fábricas espalhadas pelo mundo. Todas respeitam os mais rigorosos padrões de qualidade. Na linha de embalagens, por exemplo, não há deblistagem, sem reaproveitamento de comprimidos já embalados. Já a área de garantia de qualidade conta com um sistema automatizado de duplo check de pesagem, minimizando erros humanos. Para a segurança dos colaboradores, apenas homens atuam nas linhas de produção hormonal. A empresa também garante a qualificação de fornecedores, com 100% de auditorias presenciais pelo mundo. MISSÃO DE MELHORAR E PROLONGAR A VIDA DAS PESSOAS3: contando com a contribuição de aproximadamente 23 mil colaboradores, a Sandoz alcança, anualmente, mais de 500 milhões de pacientes no mundo. ACESSO A MEDICAMENTOS DE ALTA QUALIDADE3: o portfólio da Sandoz conta com medicamentos de marca, genéricos e tratamentos complexos, como oncológicos e biossimilares. Globalmente, atua com aproximadamente mil moléculas das principais áreas terapêuticas, como anti-infecciosos, cardiológicos, Sistema Nervoso Central (SNC), saúde feminina e masculina, entre outros. INOVAÇÃO E PIONEIRISMO3: em 1886, a marca Sandoz foi criada na Suíça; em 1929, a empresa apresentou o Calcium Sandoz; em 1951, a primeira penicilina oral; e, em 1972, descobriu o efeito imunossupressor da Ciclosporina (usada até hoje em transplantes). Já em 2006, foi marcante o lançamento do primeiro biossimilar do mundo5; e em 2018, ganhou destaque com a apresentação da primeira terapia digital prescrita (em parceria com a Pear Therapeutics, lança nos EUA uma plataforma digital para o tratamento de dependência química em uso combinado a medicamentos)6.

Fontes: 1. Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF) publicado no Diário Oficial da União (DOU), em 16/7/2018. Resolução 1.838, de 12 de julho de 2018; 2. Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Resolução CMED 2, de 5 de março de 2004, art.12; 3.Site Sandoz disponível em: www.sandoz.com.br. Acesso em fevereiro de 2019; 4. Procedimentos internos da Sandoz; 5.Site Sandoz. Disponível em: www.sandoz.com. Acesso em fevereiro de 2019; 6. Sandoz and Pear Therapeutics announce launch of reSET® for treatment of patients with Substance Use Disorder. Disponível em: https://www.sandoz.com/news/mediareleases/sandoz-and-pear-therapeutics-announce-launch-reset-treatment-patients-substance. Acesso em abril de 2019.

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Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) portal.anvisa.gov.br Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos) www.progenericos.org.br Biolab www.biolabfarma.com.br Conselho Federal de Farmácia (CFF) www.cff.org.br EMS www.ems.com.br Eurofarma www.eurofarma.com.br Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) www.febrafar.com.br Food and Drug Administration (FDA) www.fda.gov Guia da Farmácia www.guiadafarmacia.com.br

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Grupo Cimed www.grupocimed.com.br Hypera Pharma www.hyperapharma.com.br Instituto Axxus axxus.institute/ Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC) www.febrafar.com.br/ferramentas/ifepec IQVIA www.iqvia.com Neo Química www.neoquimica.com.br Sandoz www.sandoz.com.br Universidade de Campinas (Unicamp) www.unicamp.br Universidade de São Paulo (USP) www5.usp.br


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