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Parte integrante do ANO XXIV | Nº 299 | OUTUBRO DE 2017

CENÁRIO As mulheres são responsáveis por 80% das decisões de compra no Brasil. Varejistas do canal farma precisam conhêce-las para oferecer o melhor mix e atendimento especial

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EXPEDIENTE DIRETORIA Gustavo Godoy Marcial Guimarães Vinícius Dall’Ovo

Público determinante

EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto ASSISTENTE DE REDAÇÃO Laura Martins EDITOR DE ARTE Junior B. Santos ASSISTENTE DE ARTE Giulliana Pimentel DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVAS DE CONTAS Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) ASSISTENTE DO COMERCIAL Mariana Batista Pereira DEPARTAMENTO DE ASSINATURAS Morgana Rodrigues COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri DEPARTAMENTO FINANCEIRO Cláudia Simplício e Fabíola Rocha MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira MARKETING DIGITAL Bianca Pereira ASSISTENTES DE MARKETING Leonardo Grecco e Noemy Rodrigues COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Kathlen Ramos Revisão Maria Elisa Guedes Especial Mulher é uma publicação anual da Contento. IMPRESSÃO Prol Gráfica. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes. www.guiadafarmacia.com.br

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mulher brasileira precisa cumprir diversas exigências da sociedade. Estar bela e saudável é mais um atributo que passa a fazer parte do currículo feminino. Além disso, o aumento da expectativa de vida faz com que elas queiram apresentar o aspecto de jovialidade por mais tempo. O aumento do poder aquisitivo do público feminino faz com que elas tenham mais acesso à saúde e à beleza. A forma como a mulher lida com sua aparência e o quanto está disposta a gastar (tempo e dinheiro) com isto e o quanto isto é importante para sua vida vai depender de como ela conseguirá ter resultados nas interfaces que faz. Com a vida profissional, o número de relações aumenta. Se ela se cuida para o mercado de trabalho, acaba se cuidando mais também no âmbito pessoal.

Imagem: Shutterstock

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Pensando nesse público sempre presente em farmácias e drogarias, preparamos este suplemento especial, que traz reportagens que apresentam um panorama sobre a ascensão feminina na sociedade, bem como o poder de consumo que elas representam para o canal farma. As principais patologias que fazem parte de sua rotina e as maiores demandas de beleza. O objetivo é que seu ponto de venda (PDV) esteja preparado para fazer com que suas clientes sintam-se belas, convivam com segurança, se aceitem e fiquem bem consigo mesmas. Boa leitura. Lígia Favoretto Editora-Chefe

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Sumário 10

Panorama

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Cenário Cada vez mais independentes, as mulheres se tornam essenciais nas estratégias de varejo, fortalecendo a economia do Brasil. Poder de compra cresce conforme elas entram no mercado de trabalho

O público feminino está sempre em busca de novidades e produtos que o deixem saudáveis, com qualidade de vida e mais bonito em seu dia a dia, tornando-se um dos principais consumidores do canal farma

14 Beleza A preocupação com o envelhecimento e aparência de sua pele são alguns dos principais impulsionadores do mercado de nutricosméticos e dos produtos para a cútis. A orientação correta é essencial para que as mulheres saiam satisfeitas do ponto de venda

Contracepção Ainda que os preservativos e as pílulas anticoncepcionais sejam os métodos contraceptivos mais comuns e conhecidos, já existem outras maneiras de se proteger contra a gravidez, classificadas por métodos de barreira ou métodos hormonais

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Cólicas

A cólica, também conhecida por ia, é um dos sintomas mais norre disme comuns da menstruação. Entretanto, hoje, a indústria oferece uma série de medicamentos que podem ajudar

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Menopausa

São muitas as mulheres que visualizam a menopausa como uma fase ruim da vida. Mas diante de um perfil feminino moderno, que mantém a vida ativa por muitos anos, é fundamental que a qualidade de vida seja preservada

E mais: 25 - Candidíase 26 - Gravidez 32 - Incontinência Urinária

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Quando Quando oo assunto assunto éé contracepção, contracepção, qualidade qualidade éé fundamental. fundamental. 1 1

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Cenário

Mulheres no comando Estudando e trabalhando com carteira assinada, o público feminino fortalece a economia do País e se torna decisivo nas estratégias do varejo Textos Kathlen Ramos

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cima do gosto nato pelas compras – muito mais aguçado do que o do público masculino – está o poder que as mulheres têm assumido sobre o consumo. Aquelas que antes eram marcadas e reconhecidas apenas por atender às necessidades domiciliares, hoje, encaram dupla jornada, sendo desafiadas a equilibrar as tarefas de casa e a carreira. Essa realidade trouxe mudanças comportamentais, sociais e econômicas que não podem ser ignoradas pelo varejo na hora de elaborar estratégias de comunicação e atração efetivas. Afinal, elas crescem e se tornam alvo de muitos negócios. “A mulher tem uma importância muito grande. Hoje, 63% das decisões de compra, dentro de uma farmácia, são feitas por elas. E nos ou6 Especial Mulher

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PERFIL E COMPORTAMENTO DE COMPRAS FIDELIDADE: quando saem às compras de produtos, como cremes para a pele, maquiagem e perfumes, por exemplo, as mulheres são mais fiéis às marcas líderes do que os homens (19,3% vs. 16,3%)1.

CONFIANÇA: apesar da tecnologia e da variedade de canais informativos, o boca a boca com amigos ou familiares é o meio mais confiável para as mulheres, seguido pela conversa com outros consumidores e pelos jornais. Já as propagandas menos confiáveis, para elas, são aquelas feitas por SMS e por vendedores2.

INFLUÊNCIAS: 64,8% das brasileiras admitem que já mudaram seus hábitos de compra por causa das redes sociais. Entre as plataformas mais populares, estão o Facebook (89,2%), seguido pelo YouTube (43,4%) e pelo Instagram (34,4%). Os temas que mais mobilizam as postagens, compartilhamentos e acompanhamento das mulheres nas redes sociais foram culinária (65,1%), moda (46,8%) e beleza (40,3%)2.

VAIDADE: as mulheres vaidosas representam 36,4% da população feminina e elas gastam 48% acima da média das mulheres com produtos de cuidado pessoal, com uma frequência 17% maior. Elas têm de 19 a 35 anos de idade e moram, principalmente, no Nordeste, e Leste/Grande São Paulo. Costumam comprar mais no meio da semana e, de preferência, nos canais porta a porta, perfumaria e farmácia. Esse perfil de mulher é engajado por promoções bem efetuadas3.

ITENS ESSENCIAIS: mesmo com a crise, 83% das mulheres não pretendem conter gastos com produtos de higiene básica, como xampu, condicionador e sabonete; 58% delas não deixam de comprar artigos para o cuidado dos fios, como máscara, leave-in e óleos; 57% não abrem mão de maquiagem; 56% não abandonam os produtos para limpeza facial, como antirrugas e vitamina C; e 51% não deixam os perfumes fora da lista. A pesquisa aponta que o gasto com produtos de beleza e cosméticos de 2014 para 2015 aumentou para a maioria das mulheres (41% do total), sendo que 60% afirmam ter desembolsado entre R$ 50 e R$ 200 mensais com produtos com preços maiores ou de marcas mais caras4.

TEMPO: as mulheres com atividades remuneradas continuam se responsabilizando pelo trabalho doméstico não remunerado, o que leva à chamada “dupla jornada”. Assim, em 2015, a jornada total média semanal das mulheres superava em 7,5 horas a dos homens (53,6 horas semanais a jornada média total das mulheres e 46,1 a dos homens)5.

CANAIS DE COMPRA: 60% das mulheres variam entre a compra na loja física e na internet, levando em conta produto, preço e entrega; 15% dizem comprar, principalmente, em lojas físicas, mas pretendem comprar pela internet; 13% só fazem compras em lojas físicas e não têm o hábito de comprar pela web; 9% preferem comprar pela internet e compram em loja física quando não acham o produto de forma on-line; e 1% só efetua as compras pela internet, independentemente do prazo, produto ou preço4.

Fontes: 1. Estudo global sobre a Confiança do Consumidor, realizado pela Nielsen e divulgado em 2016; 2. Série de pesquisas “O Perfil de Consumo das Mulheres Brasileiras”, desenvolvida pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL); 3. Estudo da Nielsen divulgado em 2016, que analisou as tendências de consumo para a mulher brasileira; 4. Pesquisa Beauty Plan 2016 da Glambox; 5. Estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça 1995-2015, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)

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Cenário

tros 37%, entendemos que elas também exercem influência, mandando o marido comprar o que desejam, por exemplo. São elas que decidem a higiene, a beleza e saúde da família”, constata o presidente do conselho das Farmácias Pague Menos, Francisco Deusmar de Queirós. Assim, cada vez mais presentes no mercado de trabalho, elas são, na mesma proporção, mais responsáveis por dar a palavra final nos gastos da família. “Além de ser considerado o maior impulsionador das vendas de produtos de beleza e cuidados pessoais no varejo, o público feminino, muitas vezes, é responsável pelas compras dos produtos de beleza dos maridos/namorados/filhos. O Relatório Mintel Fragrâncias – Brasil, de agosto de 2017, revelou, por exemplo, que 19% dos homens afirmaram usar perfumes comprados para eles por outras pessoas, como esposa, mãe e irmã”, comenta a especialista sênior de beleza e cuidados pessoais da Mintel, Juliana Martins. A participação das mulheres na economia, bem como sua importância na renda familiar, são comprovadas estatisticamente. Em 2015, o País já detinha 82,6 milhões de mulheres economicamente ativas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Comparados com resultados de 2005, houve um crescimento de 19,4%. Boa parte dessa conquista, sem dúvida, veio por meio da capacitação desse público. “Cinquenta e quatro por cento das pessoas que estudam de 11 a 15 anos são mulheres; e 58% das pessoas que estudam mais de 15 anos também são do público feminino”, mostra a tecnologista de informações estatísticas e geográficas do IBGE, Caroline Santos. Mais qualificadas, é natural que elas trabalhem mais e que cresça a responsabilidade dentro da renda familiar. “Se há um homem e uma mulher no domicílio que estão ocupando, a contribuição para o rendimento médio domiciliar desta mulher será de 38% do total”, constata Caroline.

Existe igualdade? A pesquisa Global Advisor Ipsos, apresentada em março deste ano, e que aponta os dados sobre feminismo e igualdade de gênero, indica que quase nove em cada dez entrevistados em todo o mundo (88%) afirmam acreditar na igualdade de oportunidades para ambos os gêneros e o número é elevado entre homens e mulheres (86% e 89%, respectivamente). Entretanto, 72% dizem que a desigualdade existe, atualmente, em termos de direitos sociais, políticos e econômicos. Quando os dados são analisados por país, a maioria também afirma que a desigualdade acontece – incluindo o Brasil, na quarta colocação, com 78%. “Essa aparente contradição reflete muito bem dois opostos da situação feminina no Brasil e no mundo. De um lado, observa-se um recente crescimento das manifestações pelo empoderamento da mulher, seja por meio de movimentos na internet ou nas ruas. Mas, de outro, está a manutenção de valores machistas e da desigualdade de gênero. A violência contra a mulher, diferenças de cargos e salários e baixa presença da mulher na política são alguns exemplos desta desigualdade real”, afirma a gerente da Ipsos, Narayana Andraus. Dados do IBGE comprovam a percepção de desigualdade apontada na pesquisa Ipsos, ao mostrar que, apesar de terem ganhado importância no mercado de trabalho, a renda da mulher ainda enfrenta discrepâncias. “De forma geral, a mulher recebe 76% do que os homens recebem”, complementa Caroline. Ainda em relação às desigualdades, ocupar cargos de liderança também é um desafio para elas, embora as estatísticas tenham melhorado. O número de mulheres líderes no Brasil subiu em 2016 em relação ao ano anterior, de acordo com a pesquisa International Business Report (IBR) – Women in Business, realizada pela Grant Thornton, em 36 países. A presença de mulheres em cargos de CEO passou de 5% em 2015 para 11% em 2016.

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Panorama

Público cativo Representando cerca de 70% dos clientes nas redes de farmácias, e estando no centro das estratégias de muitas indústrias, é fundamental entender as preferências e demandas das mulheres para garantir bons negócios

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s mulheres constituem um público que está cada vez mais preocupado com a qualidade de vida, os cuidados com a aparência, saúde e com a longevidade. Tais desejos estão diretamente ligados ao perfil das farmácias modernas, que preveem um atendimento privilegiando a prevenção de doenças e promoção da beleza e bem-estar. Portanto, boa parte das estratégias desenvolvidas pelo canal no País tem o público feminino no ponto central, conforme mostra o presidente executivo da Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto. “Muitas das decisões que uma rede toma hoje, seja no sortimento ou no gerenciamento por categorias, têm o foco femi10 Especial Mulher

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nino. Dos programas de saúde que desenvolvemos, embora não tenham um foco direto na mulher, elas são as maiores beneficiadas. São exemplos as campanhas de diabetes, colesterol e obesidade, doenças que têm a predominância feminina”, afirma, acrescentando que, além disso, 80% da força de trabalho das redes é constituída por mulheres. O objetivo é o de que essas colaboradoras possam entender melhor as necessidades dessas shoppers. “A definição do sortimento também tem, nelas, o foco principal. É um exemplo, a oferta de produtos como dermocosméticos e nutracêuticos”, acrescenta. Mas não é só nas farmácias que a preocupação com as mulheres se estende. A inImagens: Shutterstock

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HÁBITOS DE COMPRA FEMININOS Qual, ou quais, dos seguintes produtos você comprou em farmácias/ drogarias (lojas físicas ou na internet) para você ou sua família nos últimos seis meses? Selecionar todas as opções relevantes.

55%

Medicamentos vendidos sob prescrição médica

13%

Suplementos e vitaminas

49%

38%

Medicamentos isentos de prescrição médica

Produtos de higiene pessoal

19%

Produtos de beleza em geral

25%

Proteção solar

10%

Dermocosméticos

Qual, ou quais, se for o caso, das seguintes opções você usou ou estaria interessado em usar para cuidar de sua saúde? Selecionar uma resposta para cada item.

Usei Não usei, mas teria interesse em usar Não usei, e não tenho interesse de usar

Informações on-line para o diagnóstico de doenças (Exemplo: pesquisa no Google, site Portal da Saúde do governo):

Quiosques em que varejistas oferecem exames de saúde, como temperatura, pressão arterial, exames cardíacos:

Aplicativos de smartphone para monitorar a saúde (Exemplos: Monitor do Sono, MyFitnessPal):

Serviços personalizados de mensagem de texto (SMS) oferecido por farmácias com informações sobre a saúde (Exemplos: perda de peso, aconselhamento sobre saúde):

26% 31% 44%

17% 40% 43%

6% 28% 65%

8% 38% 54%

Considerando os seus hábitos de compra em farmácias/drogarias, com qual, ou quais, se for o caso, das seguintes afirmações você concorda? Selecionar todas as opções relevantes.

35% Prefiro farmácias/ drogarias onde posso comprar medicamentos com desconto

A compra de medicamentos genéricos em vez de medicamentos de marca é uma boa maneira de economizar dinheiro

35%

23% Normalmente, compro os produtos mais baratos

Normalmente, compro medicamentos comuns em grande quantidade (Exemplo: remédio para dor de cabeça) quando estão em oferta especial

14%

Fonte: Relatório Mintel Produtos Farmacêuticos – Brasil – janeiro de 2016

dústria também enxerga, nelas, um grande potencial para fortalecer suas marcas. “A mulher é a nossa principal shopper. Até mesmo na Gillette, reconhecida pela predominância de produtos masculinos, temos uma comunicação que se preocupa com o universo feminino, pois consideramos que o shopper,

muitas vezes, acaba sendo a mulher”, justifica o gerente de trade da P&G, Yuri Guazzelli. Importância semelhante é percebida pela Mundial. “Possuímos uma extensa linha de produtos voltada ao público feminino. Além disso, as mulheres têm grande poder de decisão de compra para as linhas masculinas e infanOutubro 2017 11

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Panorama

tis dessa categoria”, afirma a supervisora de marketing da empresa, Natália Arruda Marotta. No Grupo Cimed, grande parte da linha de Higiene & Beleza (H&B) é voltada para a mulher, não só pela relevância desta consumidora da farmácia, como também pelo fato de o mercado feminino ser o que mais cresce. “Noventa por cento dos nossos produtos de H&B são destinados à mulher. Constatamos, ainda, que mais de 60% da compra dessa mulher são produtos que não são para ela, mas para a família. Por isso é muito importante entender o seu comportamento e o perfil de consumo”, afirma o gerente executivo de trade do Grupo Cimed, Lucas Frias.

Aprimorando as estratégias Diante da importância que as mulheres constituem para o varejo farma, é fundamental que as farmácias estejam atentas às demandas e oportunidades que podem surgir ao analisar seus principais desejos. O relatório Mintel Produtos Farmacêuticos, apresentado em janeiro de 2016, e que ouviu 1.500 brasileiros (750 mulheres e 750 homens) acima de 16 anos de idade em novembro do ano anterior, detectou, entre outros, os fatores mais importantes para elas na hora da escolha do ponto de venda (PDV). Quando a pergunta era: “Considerando as compras em farmácias/drogarias físicas, qual, ou quais, se for o caso, dos seguintes fatores são importantes para você na hora de decidir onde comprar?”, para as mulheres, as alternativas mais relevantes foram localização, para 50%; seguidas por preços baixos, 53%; abertas 24 horas, 31%; e especialistas disponíveis, oferecendo, por exemplo, aconselhamento ou diagnóstico gratuito, 10%. Portanto, apesar dos últimos esforços para ser reconhecidas e escolhidas como especialistas, constata-se que as farmácias podem aprimorar essa característica. Além da capacitação do time de farmacêuticos e balconistas, esses canais também podem se fortalecer com seus centros de conhecimento, seja em saúde ou beleza. Para saúde, os programas de farmácias clínicas, com atendimento de farmacêuticos

O QUE AS AGRADA E O QUE ELAS ESPERAM DAS FARMÁCIAS? COMODIDADE, MIX E ATENDIMENTO: seja entre homens ou mulheres, três pontos são importantes na escolha do canal farma pelos shoppers que frequentam este local: conveniência [resultado da forte expansão em número de ponto de venda (PDV) nos últimos anos, o shopper encontra, facilmente, uma farmácia próxima a sua casa ou trabalho]; sortimento sofisticado (o canal conta com um mix de produto diferenciado se comparado a outros canais e oferece uma experiência de compra positiva, em que é possível comparar produtos, testá-los e obter informações e recomendações por meio do balconistas); e atendimento especializado (a presença do farmacêutico e do balconista passa confiança ao shopper no caso de dúvidas). CONSULTORIA: 47% dos shoppers consideram importante ou muito importante a influência da indicação do balconista/farmacêutico na compra de produtos do autosserviço, segundo aponta o QuintilesIMS Pharmacy Shopper Study de 2017. LANÇAMENTOS: na categoria de beleza, lançamentos e inovações são fundamentais, sendo um dos principais drivers de crescimento da categoria no canal. Segundo o QuintilesIMS Pharmacy Shopper Study de 2017, 34% dos shoppers gastam mais do que o planejado quando encontram novidades e lançamentos na farmácia. Fonte: consultora de Marketing Consumer Health da QuintilesIMS, Ana Carolina Corrêa

com foco em prevenção e adesão ao tratamento, são um ótimo exemplo de como melhorar esses índices. Mas se a ideia da loja for a de se fortalecer como especialista em beleza, também há estratégias que podem ser adotadas com sucesso. “As farmácias têm dado espaço cada vez maior à venda de produtos de H&B pessoal, tendo como modelo drugstores de países, como os Estados Unidos”, comenta a especialista sênior de beleza e cuidados pessoais da Mintel, Juliana Martins, que enxerga, ainda, outras oportunidades para crescer nesse segmento, por meio de consultorias especializadas. “As marcas de produtos de cuidados com o rosto poderiam intensificar suas relações com as farmácias, para que os consumidores desses locais de compra sejam cada vez mais instruídos quanto aos benefícios dos produtos, incentivando-os à compra”, sugere. As parcerias com a indústria também abrem espaço para inovar. “A empresa de vending machine Social Vend Vendmini fez uma parceria com marcas de maquiagem no Reino Unido para distribuir maquiagem de graça aos consumidores, em janeiro de 2017. Para obtê-los, os clientes precisavam tirar uma selfie com as máquinas colocadas em diversas lojas, cafés, pontos de ônibus e estações de trem do país e depois postar suas selfies nas redes sociais com a hashtag #MAKEMEUP”, explica Juliana. Essa é uma nova abordagem, pois em vez de os consumidores comprarem produtos, estarão interagindo com as marcas que queiram realizar ações de marketing, promoções ou distribuir amostras grátis.

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Cútis renovada Pele ressecada é um sinal típico da desidratação. Produtos adequados são parte importante dos cuidados diários Diferentes fatores podem prejudicar a hidratação natural da pele, que tem, em sua parte mais externa, uma fina camada que funciona como uma barreira contra o meio ambiente, chamada de extrato córneo. De acordo com a gerente de marketing Brasil para Eucerin, Orietta Balbontin, a falta de umidade no interior da pele pode apresentar-se de diversas formas, variando desde a típica aspereza, descamação e pequenas rachaduras, à vermelhidão, inflamação e constante sensação de coceira e estiramento. Para tratar e evitar o ressecamento, as mulheres fazem uso dos hidratantes e dos óleos corporais. “O hidratante age na restauração e manutenção do filme hidrolipídico da pele, uma barreira protetora formada de água (suor) e óleo (sebo) que reveste toda a sua parte externa, mantendo o conforto e a elasticidade da pele. Assim, a hidratação proporciona uma boa sensação e ajuda a proteger o corpo, reconstruindo a barreira que nos protege de agressores externos”, revela a gerente de comunicação científica de La Roche-Posay, Barbara Gurgita. Os produtos podem ser: emolientes, umectantes ou selantes. Os emolientes preenchem os espaços entre as células que podem estar com os componentes naturais (ceramidas, ácidos graxos, entre outros) reduzidos, aumentando a proteção contra a desidratação. Já os umectantes atraem a água para as células da pele, mantendo-as hidratadas. Os selan-

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tes são mais pesados e de apelo sensorial menor. Eles agem impedindo a dispersão da água da pele para o meio ambiente. A dermatologista da Avène e Darrow, Dra. Ana Coutinho, explica que essas regiões, como cotovelos, mãos, joelhos e pés, devem ser tratadas diariamente durante ou logo após o banho. A manutenção começa na escolha de um sabonete mais hidratante ou um óleo de banho.

EXPOSIÇÃO CORRETA Para entender melhor as categorias e subcategorias, o gerente de gerenciamento por Categorias da Mind Shopper, Cristiano Samara, exemplifica como os produtos podem ser expostos. “Primeiramente, devem-se expor os hidratantes para uso específico, como os para mãos ou pés, seguidos dos óleos e, por fim, os outros hidratantes. Em cada um desses blocos, alocar as marcas e, dentro de cada marca, dar destaque para os itens de performance (hidratante que tem alguma substância específica para algum fim, como os anticelulites ou antiestrias). Por fim, separar as fragrâncias e os diferentes tamanhos de embalagens.”

Imagens: Shutterstock

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Bio-Oil® é um óleo de tratamento que ajuda a melhorar a aparência da pele com cicatrizes, estrias e tons de pele desiguais. Também contém óleos naturais, vitaminas e o ingrediente inovador PurCellin OilTM. Bio-Oil® é a marca mais vendida no segmento de cicatrizes e estrias em 20 países e está disponível em farmácias com preço sugerido de R$ 34,90 (60 ml).

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Nutracêuticos Perfil da categoria A categoria de vitaminas, em que os nutracêuticos estão inclusos, ainda tem baixa penetração entre os brasileiros. Para que alcancem mais representatividade, o grande desafio, hoje, é o consumidor saber que precisa desses produtos, o que denota o grande potencial de consumo da categoria. Como são muitos os que não se alimentam adequadamente devido à falta de tempo, esse público, principalmente, precisa saber dos benefícios. Dentro do mercado de nutracêuticos, há um grande potencial de crescimento1. De acordo com o relatório publicado pela Markets and Markets, há projeções de que as vendas mundiais da categoria devam atingir US$ 33,6 bilhões em 2018.

Perfil das consumidoras São muitas as mulheres que ainda não despertaram para a necessidade desses produtos. Algumas utilizam porque o médico prescreveu o ômega 3 ou cálcio, por exemplo, e depois começam a experimentar nutracêuticos para cabelo ou unhas. Há, ainda, aquelas que querem um xampu antiqueda, e depois migram para os nutracêuticos para os cabelos1.

Organização das gôndolas Esses produtos devem estar no autosserviço, em pontos quentes do ponto de venda (PDV) – que vão desde a entrada na farmácia até o balcão de medicamentos e terminam no caixa. Sugere-se, ainda, que os nutracêuticos e vitaminas sejam colocados próximos ao balcão de atendimento, por-

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que ainda é uma venda construtiva, que precisa ser mostrada para o shopper. Nas gôndolas, o ideal é separar os produtos por funcionalidade, já que a árvore de decisão de compras da categoria se dá por necessidade e não por fabricante1.

CONSULTORIA DE VENDAS • O termo ‘nutracêutico’ vem da junção de “Nutriente” + “Farmacêuticos”, pois os nutrientes têm a capacidade comprovada de proporcionar benefícios à saúde, como a prevenção e o tratamento de doenças2. • O farmacêutico deve estar apto a esclarecer dúvidas como “se os produtos podem engordar”, “se podem ser ingeridos durante a gravidez”, “quantas cápsulas devem ser tomadas por dia”, “se podem ser misturados com outros medicamentos”, entre outras. Esses esclarecimentos podem ser respondidos, aos farmacêuticos, com o auxílio da indústria1. Os treinamentos são muito importantes para a categoria1. Fontes: 1. Gerente executivo de trade do Grupo Cimed, Lucas Frias; 2. Equaliv

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Contracepção

Segurança, proteção e independência Além de evitar a gravidez, são diversos os métodos contraceptivos disponíveis que podem, acima de tudo, evitar doenças sexualmente transmissíveis. Entenda a indicação de cada um deles

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s métodos contraceptivos não só podem, como devem fazer parte do universo feminino. Afinal, além de evitar a gravidez quando indesejada, eles também significam relações sexuais seguras. Hoje, pode-se contar com múltiplas formas de contracepção, capazes de se adequar com o perfil e a necessidade da mulher. Entre eles, estão os métodos de barreira e hormonais. Segundo explica o ginecologista e obstetra especialista em Reprodução Humana da Criogênesis, Dr. Renato de Oliveira, os 18 Especial Mulher

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métodos de barreira são aqueles que evitam a gravidez com o impedimento da ascensão dos espermatozoides. Já a anticoncepção hormonal se dá pela utilização de drogas, classificadas como hormônios, em dose e modo adequados para impedir a ocorrência de uma gravidez não desejada ou não programada. “A anticoncepção hormonal é composta por até dois hormônios do ciclo menstrual feminino: estrogênio e progesterona. Dessa forma, pode ser um método combinado, com ambos os hormônios, ou apenas com progesterona”, explica. Imagens: Shutterstock

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O especialista mostra, a seguir, como funcionam os principais métodos contraceptivos disponíveis, reforçando que é fundamental buscar orientação e indicação médica para os melhores resultados.

Métodos de barreira Preservativos masculinos: também conhecidos como camisinha, são indicados para todas as relações sexuais sem fins reprodutivos, uma vez que, além de prevenir a gravidez, são o único método de evitar infecções sexualmente transmissíveis. Diafragma: é uma membrana de silicone em forma de cúpula, assemelhando-se a um anel flexível, com diversos tamanhos, a fim de melhor adaptação conforme o tamanho vaginal. Sua inserção deve ser feita de tal modo que cubra completamente o colo do útero e a parede vaginal anterior.

PÍLULA DO DIA SEGUINTE: SÓ PARA EMERGÊNCIAS A contracepção de emergência se dá pela ingestão de comprimido de progesterona (1,5 mg de levonorgestrel), em dose única, em situações de emergência, ou seja, quando há um risco de gravidez na falha de outros métodos. “Esse medicamento pode ser ingerido até cinco dias após a relação sexual. Porém, os melhores resultados ocorrem nos primeiros três dias, principalmente se até 24 horas”, aponta o ginecologista e obstetra especialista em Reprodução Humana da Criogênesis, Dr. Renato de Oliveira, ressaltando que este não deve ser um método anticoncepcional de rotina, uma vez que a dosagem é alta e pode acarretar efeitos colaterais (como náuseas, dores de cabeça e mal-estar), além de alterar o ritmo menstrual.

ANTICONCEPCIONAIS: SEGURANÇA NO USO Apesar das pílulas anticoncepcionais serem a escolha de 61% das mulheres que usam métodos contraceptivos no Brasil – segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no último ano, o País viu crescer o número de pessoas preocupadas com o surgimento de trombose causada pelo uso do medicamento. De acordo com o presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Dr. César Fernandes, esse crescimento se deu pela falta de informação das mulheres sobre o real risco de trombose devido ao uso das pílulas. Segundo o especialista, o número de mulheres com trombose causada pelo uso desses medicamentos é muito baixo do ponto de vista epidemiológico. “Os estudos mostram que o risco de uma mulher que toma pílula ter trombose é de oito, no universo de dez mil mulheres”, ressalta. O Dr. Fernandes ressalta que as mulheres devem ficar tranquilas, pois se tratadas com pílulas modernas, com baixos índices hormonais e indicadas para o seu perfil, os riscos de trombose caem ainda mais. Para eliminar qualquer dúvida, é imprescindível que as mulheres procurem um ginecologista para que, juntos, definam o melhor método anticoncepcional para ela e seu parceiro. “O papel do médico é fundamental no processo de escolha do anticoncepcional, pois ele é capacitado para analisar o histórico de saúde da paciente e oferecer alternativas que facilitem a vida dessa mulher”, finaliza.

Métodos hormonais Anel vaginal: este é um método combinado de fácil manuseio que deverá permanecer dentro da vagina por três semanas. Após uma semana de pausa, deve-se inserir um novo anel. O método não interfere nas relações sexuais e não limita atividades físicas. Pílula anticoncepcional: há mais de 150 combinações disponíveis, pois cada mulher possui uma necessidade e capacidade de adaptação. Há, por exemplo, combinações melhores para combater acne, melhorar inchaços e reduzir os sintomas da Tensão Pré-Menstrual (TPM). Adesivos transdérmicos: adesivo colado à pele, em rodízio de lugares, por três semanas. Após uma semana de pausa, inicia-se novo ciclo. Pode-se entrar na água com o adesivo. Dispositivo Intrauterino (DIU) Hormonal: o DIU liberador de progesterona (levonorgestrel) dura cinco anos e tem uma taxa de rejeição baixa. Injeções: há as mensais combinadas, e as trimestrais, apenas com progesterona. Práticas, minimizam o esquecimento nas tomadas diárias dos comprimidos. Outubro 2017 19

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gestodeno + etinilestradiol. Indicação: contraceptivo oral. Contraindicações: trombose venosa profunda, tromboembolismo, doença vascular cerebral ou coronariana arterial, valvulopatias trombogênicas, distúrbios trombogênicos, trombofilias hereditárias ou adquiridas, cefaleia com sintomas neurológicos focais, diabetes com envolvimento vascular, hipertensão não-controlada, carcinoma da mama conhecido ou suspeito ou outra neoplasia, adenomas ou carcinomas hepáticos, ou doença hepática ativa, sangramento vaginal de etiologia a esclarecer, pancreatite associada a hipertrigliceridemia severa, gravidez confirmada ou suspeita, hipersensibilidade a qualquer um dos componentes. Advertências e Precauções: Relatou-se intolerância à glicose em usuárias de AOCs. Mulheres em tratamento para hiperlipidemias, hipertensas ou com história de depressão devem setr monitoradas. Fumar aumenta o risco de efeitos colaterais cardiovasculares sérios. O uso de AOCs está associado a aumento do risco de eventos tromboembólicos e trombóticos venosos e arteriais. Se houver sinais ou sintomas de alterações visuais, início de proptose ou diplopia, papiledema ou lesões vasculares retinianas, deve-se interromper o tuso. Distúrbios agudos ou crônicos da função hepática podem necessitar de descontinuação do contraceptivo. Este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes. Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez. Interações Medicamentosas: qualquer substância que reduza o tempo do trânsito gastrintestinal, rifampicina, rifabutina, barbitúricos, primidona, fenilbutazona, fenitoína, dexametasona, griseofulvina, topiramato, alguns inibidores de protease, modafinil, Hypericum perforatum, ritonavir, ampicilina e outras penicilinas, tetraciclinas, atorvastatina, ácido ascórbico, paracetamol, indinavir, fluconazol, troleandomicina, ciclosporina, teofilina, corticosteroides, lamotrigina, flunarizina. Reações adversas: cefaleia, incluindo enxaqueca, sangramento de escape/spotting, vaginite incluindo candidíase, alterações de humor, incluindo depressão, alterações de libido, nervosismo, tontura, náuseas, vômitos, dor abdominal, acne, dor, sensibilidade, aumento, secreção das mamas, dismenorreia, alteração do fluxo menstrual, alteração da secreção e ectrópio cervical, amenorreia, retenção hídrica/ edema, alterações de peso (ganho ou perda). Posologia: um comprimido amarelo no 1º dia do ciclo menstrual. Seguindo o sentido das setas marcados no blíste r, tomar um comprimido por dia, sempre no mesmo horário. Os 4 últimos comprimidos de cor marrom são inertes e deverão ser ingeridos com a finalidade de estabelecer o uso contínuo de Mínima. USO ADULTO. Registro MS: 1.8326.0050. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Material destinado aos profissionais de saúde habilitados a dispensar medicamentos. acetato de clormadinona + etinilestradiol. Indicação: contraceptivo oral e tratamento da acne papulopustular moderada em mulheres que desejam contracepção. Contraindicações: presença de risco de tromboembolismo venoso ou arterial, diabetes mellitus e hipertensão arterial não controlada, hepatite, icterícia, distúrbios da função hepática, prurido generalizado, colestase, síndrome de Dubin-Johnson ou de Rotor, distúrbios do fluxo biliar, tumores hepáticos, dor epigástrica intensa, aumento do fígado ou sintomas de hemorragia intra-abdominal, porfiria, tumores malignos sensíveis a hormônio, distúrbios graves do metabolismo lipídico, pancreatite associada à hipertrigliceridemia grave, cefaleia de enxaqueca ou intensa, enxaqueca com sintomas neurológicos focais, distúrbios sensoriais agudos, transtornos motores, aumento das convulsões epilépticas, depressão grave, otosclerose, amenorreia ou sangramento genital inexplicada, hiperplasia endometrial, hipersensibilidade a acetato de clormadinona, etinilestradiol ou qualquer dos excipientes. Advertências e precauções: as mulheres acima dos 35 anos fumantes devem utilizar outros métodos contraceptivos. O uso de COC está associado a risco aumentado de infarto do miocárdio, tromboembolismo, AVC, neoplasias hepáticas e doenças tromboembólicas venosas ou arteriais. Se houver aumento clinicamente signific5tativo da pressão arterial durante a administração de AIXA, o uso deve ser descontinuado. Em mulheres com história de hipertrigliceridemia ou história familiar dessa condição, o risco de pancreatite é maior durante a administração de COC. As diabéticas devem ser atentamente monitoradas enquanto tomarem contraceptivos hormonais. As mulheres com tendência a desenvolver cloasma devem evitar a exposição ao sol e à radiação ultravioleta. Os pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de lactase de Lapp ou má absorção de glicose-galactose não devem tomar este medicamento. Não deve ser utilizado durante a gravidez e a amamentação. O tratamento da acne com AIXA é estritamente limitado a mulheres que desejam a contracepção e para as quais o u so seguro do medicamento para contracepção foi cuidadosamente avaliado. Interações Medicamentosas: metoclopramida, carvão ativado, rifampicina, rifabutina, barbitúricos, carbamazepina, fenitoína, topiramato, griseofulvina, barbexaclona, primidona, modafinila, ritonavir, erva de São João, ampicilina, tetraciclina, ácido ascórbico, paracetamol, atorvastatina, fluconazol, indinavir, troleandomicina, diazepam, ciclosporina, teofilina, prednisolona, clofibrato, morfina, lorazepam, insulina ou hipoglicemiantes orais. Reações adversas: spotting, cefaleia, desconforto das mamas, náusea, corrimento vaginal, dismenorreia, amenorreia, humor deprimido, nervosismo, irritação, tontura, enxaqueca (e/ou piora dela), distúrbios visuais, vômitos, acne, sensação de peso, dor abdominal inferior, aumento da pressão sanguínea, fadiga, edema e aumento de peso. Piora da doença intestinal inflamatória crônica (doença de Crohn, colite ulcerativa). Posologia: o comprimido revestido deve ser tomado diariamente no mesmo horário por 21 dias consecutivos, seguidos de uma pausa de sete dias. Após o intervalo de sete dias inicia-se a próxima cartela. USO ADULTO. Registro MS: 1.8326.0006. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Material destinado aos profissionais de saúde habilitados a dispensar medicamentos. desogestrel. Indicação: anticoncepção. Contraindicações: hipersensibilidade à substância ativa ou a quaisquer dos excipientes, distúrbio tromboembólico venoso ativo, presença ou história de doença hepática grave, enquanto os valores ados testes de função hepática não retornarem ao normal, doença maligna sensível a esteroides sexuais conhecida ou suspeita, sangramento vaginal não diagnosticado, mulheres grávidas ou que suspeitam de gravidez. Precauções e Advertências: deve-ase avaliar a relação risco/benefício na mulher com câncer hepático. Deve ser descontinuado em caso de trombose, imobilização prolongada devido à cirurgia ou doença. Mulheres com história de distúrbios tromboembólicos devem ser alertadas sobre a possibilidade de recorrência. Pacientes diabéticas devem ser observadas durante os primeiros meses de uso. Mulheres com tendência a cloasma devem evitar exposição ao sol ou à radiação ultravioleta. Contém lactose, não deve ser administrado em pacientes com o raro problema hereditário de intolerância à galactose, à deficiência de lactase Lapp ou à má absorção de glicose-galactose. O desenvolvimento folicular ocorre e, ocasionalmente, o folículo pode continuar a se desenvolver além do tamanho que poderia atingir num ciclo normal. Pode ser administrado durante a lactação. Interações Medicamentosas: fenitoína, fenobarbital, primidona, carbamazepina, rifampicina, oxcarbazepina, rifabutina, topiramato, felbamato, ritonavir, nelfinavir, griseofulvina, produtos fitoterápicos contendo Hypericum perforatum (erva de São João ou St. John’s wort), carvão medicinal, ciclosporina. Reações adversas: alteração de humor, diminuição da libido, cefaleia, náusea, acne, dor nas mamas, menstruação irregular, amenorreia, aumento de peso, secreções mamárias. Posologia: deve-se tomar um comprimido ao dia durante 28 dias consecutivos. Cada cartela subsequente deve ser iniciada imediatamente após o término da anterior. USO ADULTO. Registro MS: 1.8326.0123. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Material destinado aos profissionais de saúde habilitados a dispensar medicamentos. fosfato de cálcio tribásico e colecalciferol - vitamina D3. Indicações: prevenção e tratamento auxiliar da desmineralização óssea (osteoporose); na osteomalácia, raquitismo e tratamento de hipocalcemia; como suplemento vitamínico e mineral durante a gestação e aleitamento materno. USO ADULTO. Registro no MS: 1.8326.0036. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Material destinado aos profissionais de saúde habilitados a dispensar medicamentos.

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Referências: 1. - Bula do produto Minima. 2. - Caruso S, Rugolo S, Agnello C, Romano M, Cianci A. Quality of sexual life in hyperandrogenic women treated with an oral contraceptive containing chlormadinone acetate. J Sex Med. 2009 Dec;6(12):3376-84. 3. - Chow P, Barbieri M, Magalhães J, Megale A, Neto AAL.Satisfação e percepções das usuárias brasileiras do contraceptivo oral combinado (COC) com clormadinona e etinilestradiol (CMA/EE#). Resultados do programa BELA**. Rev Bras Clin Terap. 2007;33(1):26-31. 4. - Wender MCO, Albernaz MA, Vilarinho A. Clormadinona/ etinilestradiol*: equilibrando contracepção segura e cosmética.Rev Bras Med 2006; (63) 11:583-90. 5. - Plu-Bureau G, Maitrot-Mantelet L, Hugon-Rodin J, Canonico M. Hormonal contraceptives and venous thromboembolism: an epidemiological update. Best Pract Res Clin Endocrinol Metab. 2013 Feb;27(1):25-34. 6. - Bjarnadóttir RI, Gottfredsdóttir H, Sigurdardóttir K, Geirsson RT, Dieben TO. Comparative study of the effects of a progestogen-only pill containing desogestrel and an intrauterine contraceptive device in lactating women.BJOG. 2001 ;108(11):1174-80. 7. - World Health Organization; Department of Reproductive Health. Medical elegibility criteria for contraceptive use. 5. Ed. Genebra: World Health Organization; 2015. Disponível em: http://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/Ex-Summ-MEC-5/en/. 8. - Champaloux Sw et al. Use of Combined Hormonal Contraceptives Among Women With Migraines and Risk of Ischemic Stroke Am J Obstet Gynecol, 2016. 216 (5), 489.e1-489.e7. 9. - Bula do produto Osteonutri .

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Menopausa

Fechando o ciclo Ondas de calor e crises de sudorese noturna são sintomas que podem acompanhar a mulher com o fim definitivo da menstruação. Mas para todos eles existem tratamentos hormonais e não hormonais

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menopausa é o termo usado para designar o momento da última menstruação, quando os ovários não têm mais óvulos para liberar e finaliza-se a produção do estrogênio estradiol, que é o hormônio mais atuante na fase reprodutiva feminina, segundo define a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp). Em média, a menopausa ocorre entre os 45 e 55 anos de idade e seu início só pode ser considerado após um ano do último ciclo menstrual. Entretanto, antes de falar sobre a menopausa, é importante entender o climatério, período que antecede o fim da menstruação, quando o organismo deixa de reproduzir, de forma lenta e gradativa, os hormônios estrogênio e progesterona. 22 Especial Mulher

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Não há uma data preestabelecida para o início dessa fase, que pode ser acompanhada por uma série de sintomas, como irregularidade menstrual, fluxos menstruais mais intensos, sensibilidade mamária e piora da Tensão Pré-Menstrual (TPM), segundo explica o ginecologista e obstetra da NotreDame Intermédica, Dr. Gilmar Osmundo. Entre o climatério e a menopausa, a mulher também pode sentir algumas transformações no organismo. “Os sintomas mais comuns são ressecamento vaginal e de toda a pele do corpo; ondas de calor (atingem entre 60% e 80% das mulheres); sudorese noturna; incontinência urinária; osteoporose – perda de massa óssea; diminuição da libido; insônia; alteração na distribuição da gordura corporal; diminuição da atenção e da Imagens: Shutterstock

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Menopausa

memória; depressão; e instabilidade emocional”, mostra. No período pós-menopausa há, ainda, maior risco para o desenvolvimento de algumas doenças, como as cardiovasculares, que aumentam aproximadamente de três a sete vezes no sexo feminino após a menopausa. “Percebe-se, também, o aumento dos níveis de colesterol, da pressão arterial e gordura abdominal, bem como maior incidência de casos de câncer de mama e diabetes”, alerta o médico.

Alívio dos sintomas Apesar do transtorno que pode causar, a ginecologista do Hospital Santa Cruz (SP), Dra. Patricia Bragaglia, lembra que a menopausa é um fenômeno natural e não uma doença. É importante, apenas, que entre o climatério e a última menstruação, se institua um adequado programa educativo, incluindo promoção de saúde e prevenção de doenças. “No climatério, devem ser realizados, periodicamente, exames para rastreamento de algumas neoplasias, como câncer de mama (mamografias e ultrassonografia das mamas), câncer de colo uterino (por meio da coleta do Papanicolau); monitoramento de doenças cardiovasculares (aferição da pressão arterial, solicitação do perfil lipídico, glicemia e exames de imagem); rastreamento de disfunções da tireoide; e checagem da osteoporose (densitometria óssea)”, descreve. Quando os sintomas aparecem de forma intensa, alguns médicos optam pelo tratamento via Terapia de Reposição Hormonal (TRH), que consiste na reposição dos hormônios produzidos pelos ovários antes da menopausa: estrogênio e progesterona. “Essa terapia traz como benefícios o alívio das ondas de calor, reduz os riscos de osteoporose e de diabetes tipo 2, traz efeitos positivos no humor e na qualidade do sono, diminui a irregularidade menstrual, melhora a função sexual e diminui as chances de câncer colorretal”, enumera o especialista da NotreDame Intermédica. Entretanto, esse método não é indicado ou necessário para todas as pacientes.

ALTERNATIVAS NATURAIS O uso de fitoterápicos pode ser uma alternativa aos sintomas do climatério, especialmente entre mulheres que não têm indicação para Terapia de Reposição Hormonal (TRH). A Natulab, por exemplo, oferece o PauseFemme, medicamento fitoterápico – de venda livre – composto por isoflavonas de soja (extrato seco de Glycine max), que têm ação semelhante aos hormônios femininos, e que trata os principais sintomas da menopausa, como ondas de calor no corpo e no rosto (fogachos) e crises de sudorese noturna, visando melhorar a qualidade de vida e o bem-estar da mulher nesse período. “O medicamento é uma opção às mulheres com contraindicação à TRH ou àquelas que desejam um tratamento não hormonal e de eficácia comprovada para alívio dos sintomas do climatério”, explica a analista de marcas da Natulab, Patricia Espindola.

“A TRH é utilizada em mulheres com menos de 60 anos de idade, nos anos iniciais do climatérico, e pelo menor tempo possível (no máximo, cinco anos)”, diz. A TRH também é contraindicada para pessoas que já tiveram ou possuem histórico familiar de câncer de mama ou endométrio; sangramento vaginal de causa desconhecida; doenças coronárias e cerebrovascular; doença trombótica ou tromboembólica venosa; e lúpus eritematoso sistêmico. “Para quem faz uso da reposição hormonal, os efeitos colaterais podem ser sangramentos menstruais, sensibilidade mamária, retenção de líquidos, cefaleia e enxaqueca”, pondera o Dr. Osmundo.

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Candidíase

Um reflexo da baixa imunidade Patologia vaginal é a causa mais frequente de infecção local. Problema pode estar relacionado com o uso de antibióticos, anticoncepcionais com elevadas doses de hormônios ou diabetes descompensada

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rdor e coceira na região vaginal, dor durante a relação sexual e eliminação do corrimento vaginal em grumos podem ser sinal de candidíase, doença que tende a ser bastante comum no universo feminino. Segundo explica a ginecologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dra. Maria Rita Curty, muitas mulheres já foram diagnosticadas, pelo menos uma vez na vida, com esse problema, causado por algum dos tipos do fungo Candida, presente em cerca de 20% da população feminina. Esse fungo convive em harmonia com outros microrganismos da flora vaginal. Entretanto, o problema se dá quando há uma proliferação demasiada de Candida albicans ou Candida glabrata em relação aos outros microrganismos presentes. “Normalmente, há suspeita de desequilíbrio na flora quando ocorre o sintoma de prurido (coceira) vulvar, vaginal e na região da virilha”, comenta a Dra. Maria Rita, acrescentando que os ginecologistas conseguem identificar o problema por meio de avaliação visual, devido à vermelhidão; ou em análise, por meio de um espéculo, aparelho que observa o colo do útero e identifica se as paredes vaginais estão avermelhadas e/ou com secreção esbranquiçada. O diagnóstico do fungo também pode ser visto no resultado do exame de Papanicolau, onde a secreção é colhida e analisada microscopicamente. A principal causa para o aumento do fungo Candida no organismo é a queda da imunidade. “Isso pode acontecer pelo uso de antibióticos, anticoncepcionais com elevadas doses de hormônios, diabetes descompensada, en-

tre outros motivos. É um fungo comum, mas que, com a imunidade baixa, se prolifera pelo meio propício que é a vagina com suas mucosas, úmida e quente”, explica a Dra. Maria Rita. Outros fatores também podem levar à doença. “O calor ou as altas temperaturas causadas por roupas apertadas ou de tecidos inadequados podem predispor ao aparecimento do fungo”, acrescenta a também ginecologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dra. Aline Teixeira Bueno Muniz.

Tratamento e prevenção De acordo com a Dra. Maria Rita, a candidíase pode ser evitada com hidratação diária, alimentação regrada com nutrientes e vitaminas, boas noites de sono e atividades que amenizem o estresse. O consumo de vitamina D e probióticos (bactérias que fazem bem) também costuma ser eficaz em pacientes que apresentam os sintomas repetidamente. Para tratamento, são receitados antifúngicos via oral e em cremes ou pomadas vaginais. “Se não cuidar, além da maior proliferação fúngica, podem ocorrer alterações na quantidade de bactérias, com aparecimento de secreção amarela esverdeada, agravando os sintomas e necessitando de antibiótico”, alerta. Quando o tratamento se dá por via vaginal, a Dra. Aline cita que os principais ativos utilizados são o butoconazol, clotrimazol, miconazol, terconazol, nistatina e tioconazol. Já via oral, a principal substância utilizada é o fluconazol. “Após dois a três dias do início do tratamento, já é possível observar a grande recuperação. Mas mesmo que haja melhora, é fundamental que o tratamento seja concluído conforme indicação médica”, reforça. Outubro 2017 25

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Gravidez

Mitos e verdades sobre a gestação Especialmente na primeira gravidez, são muitas as dúvidas que a mulher pode ter em relação à sua rotina até o nascimento do bebê, e muitas delas chegam ao balcão da farmácia. Esclareça alguns questionamentos

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maternidade, sem dúvida, é um divisor de águas na vida de toda mulher. Apesar de ser um momento esperado e planejado por muitas, quando ele, de fato, acontece, são diversas as dúvidas que podem ocorrer. Portanto, é fundamental que farmacêuticos estejam aptos a responder algumas delas. Confira: Qual a veracidade dos testes de gravidez vendidos em farmácias? Hoje, eles seguramente podem chegar a ter 99% de precisão1. Tingir os cabelos durante a gestação é uma prática segura ou não? Apesar de não existir nenhum estudo que comprove os riscos dessa prática, a maioria dos obstetras indica evitar o uso de tinturas com amoníaco no primeiro trimestre. Os riscos relacionados a isso são baixos, mas todo o cuidado é pouco. Por isso, recomenda-se o uso de xampus tonalizantes ou tintura sem amônia somente depois dos três primeiros meses de gestação1. Que tipos de produtos podem e não podem ser usados na pele nessa fase? Protetor solar, hidratantes e repelentes podem ser utilizados sob orientação médica de um dermatologista, por exemplo. Já algumas medicações de combate à acne e para tirar manchas de pele não são recomendadas nessa fase1. As gestantes estão, de fato, mais suscetíveis a manchas de pele? É possível evitá-las?

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Sim. Durante a gravidez, podem surgir manchas em formato de placas irregulares na região da face, capazes de atingir também as aréolas mamárias, axilas, a linha entre o umbigo e a região púbica, além da face interna das coxas. Elas se acentuam, geralmente, durante a gravidez até o parto, tendendo a regredir em seguida. As causas, provavelmente, estão relacionadas a fatores hormonais próprios da gestação, genéticos e provocados ou acentuados pela ação do sol. O ideal, assim, é evitar exposição solar em horários de maior intensidade de luz e adotar o uso de protetores solares nas áreas expostas e chapéu para inibir a ação da radiação ultravioleta2. O inchaço do corpo também é recorrente em gestantes? O edema (ou inchaço) é comum devido ao acúmulo de líquido, principalmente decorrente da alteração circulatória comum na gravidez, que prejudica o retorno venoso, especialmente nas veias das pernas. É importante, no entanto, considerar que o edema pode ser anormal quando acomete o rosto, as mãos, a região acima do púbis e as costas na região sacral. Esse inchaço pode estar relacionado a uma complicação da gravidez, chamada de pré-eclâmpsia, e que precisa de atendimento médico emergencial. O edema nas pernas pode ser evitado ou minimizado pela prática de atividade física, adotando posturas que facilitem o retorno venoso e pelo uso de meias elásticas2.

Fontes: 1. Ginecologista do Hospital Leforte, Dra. Fernanda Cristina Antunes de Araújo. 2. Coordenador de Obstetrícia do complexo Hospitalar dos Estivadores de Santos, Dr. Francisco Lazaro Pereira de Sousa

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Cólicas

Dor com dia e hora marcados Quando o período menstrual se aproxima, junto com ele, pode surgir a cólica menstrual, incômodo que faz parte da rotina de muitas mulheres

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erca de 50% das mulheres sofrem com cólicas menstruais de intensidade variada em algum momento da vida. Esse sintoma, marcado como o mais comum que acompanha a menstruação, se dá por uma dor pélvica, no baixo ventre. “Ela ocorre durante a menstruação, devido à liberação de prostaglandina, substância que faz o útero contrair para expulsar o sangue menstrual”, explica a ginecologista do Fleury Medicina e Saúde, Dra. Patricia de Luca. 28 Especial Mulher

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Clinicamente, a cólica menstrual tem algumas classificações. A cólica primária, por exemplo, é a que existe desde a primeira menstruação; e a secundária é a que surge após um período de ciclos menstruais indolores. “A cólica menstrual primária, também chamada dismenorreia primária, não tem causa conhecida. Já a secundária pode ser provocada por doenças, como inflamações pélvicas, endometriose, miomas e estenose cervical, que é o estreitamenImagem: Shutterstock

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to do canal do colo do útero por onde sai o sangue da menstruação”, mostra a Dra. Patricia. Já em relação à intensidade da dor, ela pode ser bastante variável. “Existem mulheres que são mais ou menos sensíveis à dor, que têm mais ou menos fluxo menstrual, e isto tudo influencia. De qualquer maneira, o motivo da cólica precisa ser investigado por um médico”, adverte a ginecologista e coordenadora da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho, Dra. Bárbara Murayama.

Formas de tratamento Os medicamentos geralmente usados contra a cólica menstrual são os anti-inflamatórios não hormonais e os antiespasmódicos, segundo informa a Dra. Patricia. “Os primeiros agem por meio de sua ação analgésica e os outros, promovendo o relaxamento da musculatura uterina e, assim, a diminuição das contrações que provocam a dor”, explica. As pílulas anticoncepcionais podem ser uma forma de prevenção, conforme explica a Dra. Bárbara, acrescentando que, seja qual for o tratamento ou forma preventiva, é importante buscar auxílio médico. “Qualquer medicamento precisa ser usado com critério. O uso crônico de anti-inflamatórios, por exemplo, pode levar a problemas renais”, alerta a especialista. Entre os tratamentos não medicamentosos, pode-se citar o calor local, por meio de bolsa de água quente no baixo ventre, que é capaz de promover alívio aos sintomas.

Poder da alimentação Para amenizar a dor da cólica menstrual, assim como da Tensão Pré-Menstrual (TPM), uma dieta equilibrada e saudável também pode ajudar. “Durante o período das cólicas, os alimentos mais indicados são a soja e seus derivados, chás, frutas e hortaliças, leite desnata-

ENDOMETRIOSE: QUANDO A CÓLICA PODE SER UMA DOENÇA Ao se falar sobre cólica menstrual, é importantíssimo diferenciá-la da endometriose, enfermidade cuja cólica é um dos sinais mais recorrentes. Segundo afirma a radiologista e médica responsável pela ultrassonografia geral do RDO Diagnósticos Médicos, Dra. Luciana Cristina Pasquini Raiza, a endometriose é uma das principais causas que levam à infertilidade. Podendo afetar até sete milhões de brasileiras, a doença está presente entre 10% e 15% das mulheres em idade reprodutiva; e em até 50% daquelas com infertilidade. Mas o problema pode ser superado se for tratado. “É importante identificar precocemente a doença para instituir o tratamento mais adequado a cada caso”, orienta. Caracterizada pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina, a endometriose tem três tipos: superficial, profunda e endometrioma (forma ovariana). Segundo a Dra. Luciana, os principais sintomas são a cólica menstrual; dor pélvica crônica, não relacionada ao ciclo menstrual há pelo menos seis meses; dispareunia de profundidade (dor durante a relação sexual no fundo da vagina); alterações intestinais e/ou urinárias cíclicas, que ocorrem durante o período menstrual. O diagnóstico pode ser feito por meio de ultrassonografia transvaginal e de ressonância magnética. “Ambas vão identificar lesões profundas”, esclarece a radiologista. Para a endometriose, também existe tratamento. “Uma das formas de tratamento é por meio de medicações à base de hormônios”, sinaliza a ginecologista e coordenadora da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho, Dra. Bárbara Murayama. Entre eles, podem ser indicadas as fórmulas compostas pelo hormônio dienogeste, que age diminuindo a produção e a ação do hormônio estradiol. Esses medicamentos atuam no alívio de sintomas, como dor pélvica e sangramentos menstruais dolorosos.

do ou sem lactose, sementes, azeites e oleaginosas, peixes e chocolate amargo ou com 70% de cacau”, enumera a especialista do Fleury. Segundo ela, o azeite, as sementes (nozes, amendoim ou amêndoas) e as frutas cítricas também são benéficos; bem como os chás de erva-cidreira, framboesa, gengibre, camomila e boldo. Por outro lado, alguns alimentos podem piorar o quadro. “Embora não seja cientificamente comprovado, indica-se que, nesse período, sejam evitadas as carnes vermelhas, os doces em excesso e os alimentos com muitos carboidratos”, sinaliza a especialista do Hospital 9 de Julho. Segundo a Dra. Patricia, também é prudente evitar chá preto, café, refrigerantes e outros tipos de bebidas com alta concentração de cafeína, além dos alimentos muito gordurosos ou produtos derivados do leite. Outubro 2017 29

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Quebrando tabus Apesar de impactar um grande número de pessoas, a incontinência urinária ainda é um tema que gera constrangimento aos acometidos. Entretanto, a disfunção pode ser prevenida e tratada com naturalidade

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stima-se que, no decorrer da vida, cerca de uma em cada quatro mulheres apresentarão incontinência urinária, problema caracterizado pela perda involuntária de urina. Segundo explica o coordenador do Departamento de Urologia Feminina da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Dr. Carlos Bellucci, a suscetibilidade da disfunção au32 Especial Mulher

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menta com a idade, sendo mais prevalente entre pessoas acima dos 65 anos. Mas, seja qual for a idade, a doença acarreta um importante impacto na vida dos acometidos. “A disfunção é causa frequente de isolamento social, restrição de atividades recreativas, bem como de problemas psiquiátricos, como ansiedade e depressão”, comenta o Dr. Bellucci. Imagens: Shutterstock

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Incontinência Urinária

Tratamento e prevenção

TIPOS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM MULHERES INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO: é a perda de urina que ocorre ao tossir, espirrar, caminhar, correr, pular. Acontece quando os músculos do assoalho pélvico (que cobrem a cavidade inferior da bacia e sustentam os órgãos que estão no abdômen) são forçados durante esforço físico e se tornam enfraquecidos ou alongados demais. Isso leva a perdas urinárias em episódios, podendo ocorrer em gotas ou em grande quantidade. Não existem medicamentos para esse tipo de incontinência urinária e as recomendações de tratamento estão na fisioterapia e na cirurgia. INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE URGÊNCIA: é a perda de urina associada a um desejo súbito e urgente de urinar, que acontece porque o indivíduo não consegue chegar ao banheiro a tempo. É o que ocorre na bexiga hiperativa, uma situação na qual o músculo detrusor (que forma a bexiga urinária) se contrai involuntariamente, mesmo se a bexiga não estiver cheia. Muitas vezes, a pessoa precisa urinar com muita frequência e, em algumas situações, a urina escapa antes de chegar ao toalete. Essa condição pode ser tratada de diversas maneiras, incluindo medicamentos, estímulos elétricos com equipamentos de fisioterapia, uso de toxina botulínica e implantes de estimuladores elétricos nas raízes nervosas. INCONTINÊNCIA URINÁRIA MISTA: algumas mulheres podem sofrer os dois tipos de incontinência urinária ou sintomas que podem ser dos dois tipos, condição chamada de incontinência mista. Nesses casos, podem ser necessários exames mais específicos (urodinâmicos), que ajudam a ter um diagnóstico preciso para escolher o melhor tratamento. INCONTINÊNCIA URINÁRIA PARADOXAL: se dá quando a bexiga está extremamente cheia e a perda urinária ocorre por uma espécie de transbordamento. Nesse caso, o problema é a incapacidade de esvaziamento da bexiga, mas o sintoma é a perda de urina. É o que acontece em pessoas que perdem a sensibilidade da bexiga e não percebem que ela está cheia. O tratamento, para essa condição, consiste em melhorar o esvaziamento da bexiga. Fonte: coordenador do Departamento de Urologia Feminina da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Dr. Carlos Bellucci

Alguns estudos demonstram, ainda, forte correlação entre a presença de incontinência urinária e piores parâmetros relacionados à sexualidade da mulher. “As mulheres portadoras de incontinência urinária tendem a evitar o intercurso sexual por se sentirem desconfortáveis (por exemplo, pelo cheiro de urina) e pelo risco de apresentarem incontinência urinária durante o ato sexual”, justifica o médico.

Embora a incontinência urinária seja cercada por muitos tabus, é importante que os agentes de saúde – inclusive farmacêuticos – desmistifiquem o assunto, para que ele possa ser visto e tratado com naturalidade. Aliás, existem, inclusive, formas de prevenção. “Algumas medidas podem diminuir a chance de incontinência urinária, como manutenção do peso ideal, prática de atividades físicas e abandono do tabagismo. Entretanto, alguns aspectos, como hereditariedade, número de gestações e de partos, são fatores de risco que não são modificáveis”, pondera o especialista da SBU. Em relação ao tratamento, existem inúmeras opções e a avaliação de um médico urologista é crucial para determinar qual ou quais as possibilidades mais adequadas para cada caso. “As opções de tratamento incluem desde técnicas de fisioterapia da musculatura da pelve, medicamentos e cirurgias minimamente invasivas, com pequenas incisões”, enumera o médico, reforçando que a maioria das pacientes pode obter cura quando tratada adequadamente.

Soluções da indústria Diante de uma doença que acomete mais de dez milhões de pessoas, entre homens e mulheres, a indústria trouxe um novo conceito para as fraldas geriátricas. Muitas delas, inclusive, passam a ser denominadas de roupas íntimas descartáveis, garantindo mais discrição e conforto aos usuários. “Queremos devolver, para essas pessoas, a confiança de fazerem tudo que sempre fizeram sem preocupação. Por isso, o foco do nosso lançamento foi assegurar, aos consumidores, uma solução que permita manter uma rotina com conforto, segurança e discrição”, afirma a diretora de marketing de Bigfral, Marina Inserra.

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