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SPECTRE A nova era
O primeiro Rolls-Royce totalmente elétrico tinha de corresponder a todas as expetativas. Pois bem, este super coupé de 5,45 metros de comprimento e quatro lugares acaba por consegui-lo: 585 CV de potência e pouco mais de 500 km de autonomia. Chega em 2023.

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Para não perder o comboio do futuro, a Rolls-Royce não podia deixar de optar por alguma espécie de eletrificação. Dito e feito: aqui está o seu primeiro modelo de produção, deixando de lado alguns concepts de mecânica idêntica como os 102EX de 2011 e 103EX (Vision Next) desvendado em 2016.
O novo modelo, que vai chegar ao mercado durante o ano de 2023, é um grande coupé de duas portas e quatro lugares assente na plataforma da marca Architecture of Luxury, comum aos vigentes Phantom, Ghost e SUV Culli- nan. Ao adotar baterias elétricas de alta tensão (700 kg, para um peso total de 2.975 kg) integradas no piso, na própria estrutura do veículo, incrementa a rigidez em 30%. Mede 5,45 metros de comprimento por 2,08 de largura e 1,56 m de altura, e a distância entre eixos ascende a 3,21 metros, mais ou menos idêntica ao extinto Phantom Coupé vendido entre 2008 e 2016 que, segundo os responsáveis, foi uma antecipação deste novo Spectre.

Work In Progress
Os mesmos responsáveis indicam que o sistema de propulsão ainda
Em destaque
• está em desenvolvimento, pelo que as especificações são apenas estimativas. Contudo, apontam para 585 CV em parceira com um avultado binário de 900 Nm. Por outro lado, a aceleração dos 0 aos 100 km/h rondará os 4,5 segun- dos! (brutal), enquanto a autonomia de acordo com o ciclo WLTP deverá alcançar os 520 km. Para manter tudo sob controlo, contará com um chassis com suspensão adaptativa preditiva Planar, com molas pneumáticas e barras estabilizadoras com capacidade para se desacoplarem de forma automática. Falamos de um desenho concebido para permitir aos amortecedores modificar a firmeza consoante o estado do piso, estado esse que é analisado pelo próprio veículo em tempo real através de um scanner que funciona com uma câmara trifocal.


Super Controlo
Por sua vez, o Spectre integra direção às quatro rodas, uma solução muito bem-vinda dado o seu comprimento, pois fixa um diâmetro de viragem de 12,7 metros (ou seja, manobra com bastante mais facilidade do que a imaginável, sobretudo estacionando ou movendo-se em espaços reduzidos) e melhora a estabilidade a alta velocidade. Como já é comum na marca, as portas, duas neste caso, são de abertura oposta à marcha, e de comprimento generoso para facilitar o acesso aos lugares trasei- ros, apesar da regulação elétrica das poltronas dianteiras. O próprio tablier mantém o desenho de outros Rolls-Royce, inclusive dos modelos clássicos da marca, com iluminação ambiente à base de diminutos pontos de luz extensíveis às portas e ao tejadilho.


A personalização, um dos argumentos da Rolls Royce, promete um leque infinito de opções, com diversos tipos de pele, madeira e molduras decorativas, vários tipos de costuras, elementos recicláveis, bordados das iniciais, frases e imagens…




Outros Detalhes
A Rolls-Royce explica que a grelha do Spectre é a maior de todas as que tem utilizado em modelos de produção, e não fica por aqui: é retro iluminada mediante 22 LED. Além disso, “calça” jantes em liga leve de 23’’ parcialmente carenadas, uma solução cada vez mais habitual no mundo automóvel para ganhar quilómetros de autonomia. Neste sentido, o primeiro elétrico puro da marca de produção em série anuncia um coeficiente aerodinâmico (Cx) de apenas 0,25.
