Revista aviNews Brasil 3TRI 25

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A INFLUÊNCIA DA LUZ

NO BEM-ESTAR DAS

GALINHAS POEDEIRAS

Biotecnologia protegendo o futuro!

Proteção comprovada contra salmonellas paratíficas da matriz para progênie.

Proteção na origem, segurança na mesa.

O DESAFIO DE COMUNICAR A FORÇA E A RESPONSABILIDADE DO AGRO BRASILEIRO

OBrasil alcançou uma posição única no cenário mundial da produção de proteínas. Somos líderes na exportação de frango e referência global em eficiência produtiva, qualidade e segurança alimentar. Isso não é fruto do acaso, mas do investimento contínuo em ciência, sanidade e tecnologia, aliados ao esforço de famílias e empreendedores que construíram um setor sólido e inovador.

No entanto, ainda enfrentamos um desafio recorrente: não conseguimos comunicar ao Brasil e ao mundo, com a força necessária, a relevância e a seriedade do nosso trabalho. Enquanto seguimos batendo recordes de exportação, seguimos também sentados, muitas vezes, no banco dos réus, diante de acusações superficiais que não refletem a realidade da nossa produção.

A avicultura brasileira não é apenas competitiva — ela é sustentável em sua essência. Mais de 65% do nosso território está preservado, e cada propriedade rural mantém áreas obrigatórias de preservação permanente.

Avançamos na adoção de energias renováveis, no uso da biomassa e na geração de biocombustíveis a partir de resíduos da produção. Nossa pegada de carbono já é reconhecida em modelos internacionais de cálculo, e a integração entre eficiência produtiva, bem-estar animal e economia circular demonstra que estamos no caminho certo. Mas não basta produzir com qualidade e responsabilidade.

É preciso falar sobre isso, com clareza e consistência, para além da nossa própria bolha. A desinformação, muitas vezes, chega primeiro às escolas, às universidades, aos consultórios médicos e nutricionais.

Precisamos ocupar esses espaços, dialogar com formadores de opinião e mostrar a ciência e a tecnologia que estão por trás de cada frango e de cada ovo consumido. O mundo caminha para 8 bilhões de pessoas, e metade dessa população está concentrada em regiões que ainda demandam segurança alimentar e acesso a proteínas de qualidade.

O Brasil tem condições únicas de atender a essa necessidade, mas, para isso, precisamos avançar em um plano estratégico de país, superando gargalos logísticos, distorções tributárias e a falta de infraestrutura que ainda reduzem a nossa competitividade. A maior riqueza que produzimos não é apenas alimento. É emprego, renda, conhecimento e desenvolvimento espalhados para além das capitais e do litoral. Cidades inteiras foram erguidas em torno da força do agro, e famílias construíram histórias de sucesso a partir desse setor. Essa é uma narrativa que precisa ser valorizada, não desconstruída.

Temos orgulho do que fazemos. A liderança mundial que conquistamos só foi possível porque unimos ciência, resiliência e visão de futuro. Agora, nosso compromisso é ainda maior: continuar produzindo mais, melhor e de forma cada vez mais sustentável, com a consciência de que somos protagonistas não apenas de uma cadeia produtiva, mas de um capítulo fundamental da história do Brasil no mundo.

EDITOR AGRINEWS

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Periodicidade: trimestral

A revista aviNews Brasil é uma publicação nacional, editada em português, cujo editorial é direcionado à cadeia avícola, incluindo associações de avicultores, instituições de ensino, sindicatos, empresas e o Ministério da Agricultura e Pecuária. Os artigos, bem como informes publicitários não expressam a opinião dos editores. É proibida a divulgação total ou parcial de conteúdos publicados sem a autorização dos editores.

06

Automação em incubatórios: um caminho sem volta para a eficiência, qualidade e sustentabilidade

Mario Manichi Jr. Supervisor de Incubatórios da Copacol

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A importância de ampliar o leque de proteção contra Salmonellas em matrizes

Alceu Kazuo Hirata1 ; Luiz Eduardo Takano2 e Carlos Dalle Mole 3

1Coordenador de Território PR-MS Vetanco; 2Consultor Técnico Aves Vetanco; 3Gerente Técnico Comercial Biológicos Vetanco

22 30

Gestão de riscos: por que essa abordagem é tão importante na preparação de eventos futuros de influenza aviária?

Luís Gustavo Corbellini, Paula Dockhorn Seger e Kalinka da Conceição Monteiro Corb Science Solutions

Processamento de soja para obtenção de seus derivados e sua correta avaliação

Maitê Vidal Mendonça Nutricionista de aves na Agroceres Multimix

COBB-VANTRESS inaugura maior incubatório da América latina em Prata (MG), com investimento de R$ 60 milhões

36

Você sabe como determinar a vida de prateleira dos ovos e seus derivados?

Raquel Ribeiro Dias Santos RS Consultoria em alimentos e treinamentos ltda.

Médica Veterinária; Doutora em Ciência Animal Equipe técnica COBB LatCan

Manejo de micotoxinas na avicultura: saúde intestinal como estratégia-chave

Gerência Técnica Biochem Latam

Glicinatos: o que são e quais seus benefícios para as aves?

Marcos Adriano Pereira

Barbosa1 e Simara

Marcia Marcato2

1Doutorando em Zootecnia, UEM-PR; 2Professora do Departamento de Zootecnia, UEM-PR

A influência da luz no bem-estar das galinhas poedeiras

Édina de Fátima Aguiar

Doutora em zootecnia e assessora na Iniciativa MIRA

Produção de pintinhos saudáveis: pontos importantes da biosseguridade e da higiene em incubatórios 80

O impacto do isolamento térmico no desenvolvimento das aves e na economia do processo produtivo 60

Emerson Salum

Gerente Comercial de Isolamento Técnico, Agronegócio, Fibras de Polipropileno da Saint-Gobain Soluções para Construção

Porque a viragem dos ovos é importante?

Equipe técnica Aviagen

Renata Steffen

Me. Veterinária Especialista de incubatórios Brasil / América Latina

Vacinação em frangos de corte: o que os novos sistemas de produção precisam?

M.V. Esp. MSc. PhD. Jorge Chacón

Gerente de Serviços Veterinários –Ceva Saúde Animal – Brasil

Aavicultura moderna tem enfrentado mudanças significativas nos últimos anos, impulsionadas pelo aumento da demanda global por proteína animal, a necessidade de eficiência nos processos e os desafios relacionados à escassez de mão de obra qualificada.

Neste contexto, a automação de incubatórios vem ganhando protagonismo como uma solução estratégica para o setor.

AUTOMAÇÃO EM INCUBATÓRIOS: UM CAMINHO SEM VOLTA PARA A EFICIÊNCIA, QUALIDADE E SUSTENTABILIDADE

Incubatórios cada vez maiores, com capacidade de processamento de milhões de ovos por semana, exigem um nível de controle e eficiência que muitas vezes ultrapassa as possibilidades do trabalho manual.

Ao mesmo tempo, o desafio de encontrar profissionais capacitados para atividades repetitivas e fisicamente exigentes reforça a necessidade de investir em tecnologias automatizadas.

A DEMANDA CRESCENTE PELA AUTOMAÇÃO

Historicamente, os incubatórios operavam com processos predominantemente manuais, exigindo grande quantidade de trabalhadores para as atividades de seleção, transferência, carregamento de bandejas, limpeza, vacinação e expedição dos pintinhos.

Com o crescimento das plantas e aumento da competitividade no mercado, manter um grande contingente de funcionários tornouse inviável, tanto do ponto de vista financeiro quanto operacional.

Além disso, o setor enfrenta dificuldade na contratação e retenção de mão de obra. A rotatividade (turnover) elevada e o absenteísmo são problemas crônicos, impactando diretamente a produtividade e a qualidade dos processos.

Essas questões levam as empresas a buscar soluções que reduzam a dependência de trabalho humano intensivo, substituindo tarefas repetitivas por sistemas automatizados mais seguros, confiáveis e eficientes.

OBJETIVOS DA AUTOMAÇÃO EM INCUBATÓRIOS

As empresas que decidem investir em automação para seus incubatórios geralmente têm objetivos bem definidos, entre os quais se destacam:

Redução do número de funcionários:

Velocidade na operação: A automação permite o processamento de grandes volumes em menos tempo, o que é essencial em linhas de produção de alto desempenho.

Aumento da qualidade e e ciência dos processos: Sistemas automatizados garantem maior padronização e rastreabilidade, reduzindo falhas humanas e melhorando o desempenho técnico da incubação.

Redução de absenteísmo e turnover:

Ao eliminar tarefas desgastantes e perigosas, a satisfação e retenção dos funcionários tende a melhorar, diminuindo as taxas de afastamentos e rotatividade.

Com equipamentos que automatizam etapas como carregamento de ovos, vacinação, sexagem e contagem de pintinhos, o número de trabalhadores necessários para operar o incubatório diminui consideravelmente.

Redução de custos operacionais: Menor demanda de mão de obra, menor incidência de erros e aumento da e ciência se traduzem em redução de custos diretos e indiretos.

Melhoria na ergonomia:

A automação reduz o esforço físico e a exposição dos trabalhadores a movimentos repetitivos e cargas pesadas, colaborando com a saúde ocupacional.

BENEFÍCIOS DA AUTOMAÇÃO: EFICIÊNCIA, BIOSSEGURIDADE E

SUSTENTABILIDADE

Ao implantar automação, o incubatório passa a operar de forma mais eficiente e com controle mais rigoroso de seus processos.

Um dos benefícios mais expressivos é o aumento da eficiência operacional, com menor variação nos resultados e maior previsibilidade nos indicadores de eclosão e qualidade dos pintinhos.

Em termos de biosseguridade, os sistemas automatizados reduzem a exposição dos ovos e pintinhos à manipulação humana, diminuindo significativamente o risco de contaminação cruzada.

Equipamentos fechados, ciclos de limpeza programados e menor movimentação de pessoas tornam o ambiente mais seguro sanitariamente.

Outro aspecto importante é a rastreabilidade, uma vez que sistemas automatizados geralmente são integrados a softwares de controle e gestão, que permitem acompanhar dados como temperatura, umidade, tempo de incubação, produtividade por lote e desempenho por turno ou equipe.

A redução de custos a médio e longo prazo também é significativa. Embora o investimento inicial em automação seja elevado, os ganhos em produtividade, menor necessidade de retrabalho, economia em horas extras e menor rotatividade compensam ao longo do tempo.

Em um mundo cada vez mais voltado à sustentabilidade, a automação também contribui para o uso mais racional de recursos como água, energia e insumos.

Máquinas programadas operam com maior eficiência energética e geram menos desperdício, o que se traduz em menor impacto ambiental.

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DESAFIOS DA AUTOMAÇÃO EM INCUBATÓRIOS

Apesar dos inúmeros benefícios, a implementação de sistemas automatizados em incubatórios não é isenta de desafios.

Diversos fatores devem ser considerados na fase de planejamento e execução para garantir que a automação realmente agregue valor ao negócio.

1. Custo de implantação

O investimento inicial para automação é elevado. Sistemas modernos, com alta tecnologia embarcada, exigem capital significativo para aquisição, instalação e treinamento de equipe.

Muitas empresas de médio porte enfrentam dificuldades em viabilizar financeiramente esse processo sem apoio externo ou planejamento de longo prazo.

2. Espaço físico

Outro gargalo comum é o espaço físico disponível, muitos incubatórios não foram projetados inicialmente para comportar sistemas automatizados.

A instalação destes equipamentos muitas vezes exige alterações na planta do incubatório, adaptações em layout, reforço de estruturas e reconfiguração de linhas de produção e, por vezes, paralisações temporárias nas operações ou até mesmo inviabilizar as instalações em estruturas antigas ou mal projetadas.

3. Demanda por mão de obra qualificada

Embora a automação reduza a necessidade de operadores, ela aumenta a demanda por profissionais qualificados em manutenção, automação industrial e TI. Essa transição demanda treinamento contínuo e pode ser um obstáculo em regiões com escassez de técnicos especializados.

4. Manutenção e suporte

Equipamentos automatizados são, muitas vezes, complexos e dependem de suporte técnico especializado, geralmente fornecido pelos fabricantes.

A indisponibilidade de peças, atrasos no atendimento ou falhas na assistência podem comprometer a operação e gerar prejuízos.

5. Risco de inatividade

Problemas com conectividade, falhas em componentes eletrônicos ou falta de energia elétrica podem interromper o funcionamento dos sistemas automatizados.

SEGURANÇA DO TRABALHO E LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

Outro fator que deve ser observado é o atendimento à legislação brasileira de segurança do trabalho.

Como as plantas modernas contam com menos funcionários treinados para execução manual dos processos, essas falhas se tornam graves entraves operacionais.

Um cenário crítico ocorre quando há falha de um equipamento essencial, como um sistema automático de vacinação, contagem de pintinhos ou sistema de descarte de resíduos, e não há pessoal suficiente para executar essas tarefas manualmente.

Isso pode acarretar atrasos e prejuízos, evidenciando a necessidade de planos de contingência bem estruturados ou até mesmo a possibilidade da planta possuir equipamentos ou sistemas backup.

A automação precisa estar alinhada com normas como a NR-12 (Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos), que exige proteções físicas, dispositivos de parada de emergência, sinalizações adequadas e documentação técnica.

O uso de equipamentos importados é comum nesse setor, mas muitas dessas máquinas não atendem integralmente às exigências normativas brasileiras.

A necessidade de adaptação pode gerar atrasos na implantação, aumento de custos e até sanções em fiscalizações.

A segurança do trabalho também é impactada positivamente pela automação, pois há menos exposição a riscos como esforço físico excessivo, ruído, produtos químicos e agentes biológicos.

No entanto, é fundamental garantir que os operadores estejam capacitados para interagir com os sistemas de forma segura.

Incubação

CONCLUSÃO

A automação em incubatórios é um caminho sem volta para a avicultura industrial moderna. Ela permite padronizar processos, aumentar a eficiência, melhorar a rastreabilidade e garantir maior controle operacional, tornando-se um diferencial competitivo diante dos desafios enfrentados pelo setor.

No entanto, é fundamental que essa transformação tecnológica seja alinhada à capacitação da mão de obra humana.

O sucesso de um incubatório automatizado depende tanto da qualidade dos equipamentos quanto da competência dos profissionais que os operam e mantêm.

Cada planta de incubação é única, e por isso a automação deve ser customizada de acordo com o fluxo de produção, volume de ovos, layout disponível e capacidade de investimento de cada empresa.

A integração entre tecnologia e gestão eficiente será a chave para um futuro sustentável, produtivo e seguro na incubação avícola.

Automação em Incubatórios: Um Caminho sem Volta para a Eficiência, Qualidade e Sustentabilidade BAIXAR EM PDF

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A IMPORTÂNCIA DE AMPLIAR O LEQUE DE PROTEÇÃO CONTRA SALMONELLAS EM MATRIZES

AAlceu Kazuo Hirata¹ ; Luiz Eduardo Takano² e Carlos Dalle Mole³

² Consultor Técnico Aves Vetanco

salmonela é uma bactéria que causa doença em seres humanos e animais, sendo considerada uma das zoonoses mais importantes. É transmitida pela ingestão de alimentos contaminados e a carne de frango é um dos principais veículos de transmissão desta doença.

¹ Coordenador de Território PR-MS Vetanco

³ Gerente Técnico Comercial Biológicos Vetanco

Assim, a salmonela gera grandes perdas para a indústria avícola tanto para o mercado interno quanto para o mercado externo, onde cada vez mais os consumidores exigem um produto final de alta qualidade (PERIN et al., 2019).

Segundo dados do relatório anual da Associação Brasileira de Proteína Animal – ABPA (2025), o Brasil alojou, no ano de 2025, 60.479.731 cabeças de matrizes de corte, sendo que a produção brasileira de carne de frango foi de 14,972 milhões de toneladas.

Da produção total de carne de frango no Brasil em 2024, 65% da produção teve como destino o mercado interno e 35% foi destinada ao mercado externo. A carne de frango continua sendo a proteína animal mais consumida no Brasil, sendo o consumo per capita de 45,5 Kg por habitante (ABPA, 2025).

Levando em consideração o impacto econômico e de saúde pública que a salmonelose causa na indústria avícola, é importante ressaltar que medidas preventivas apenas no segmento de frangos de corte e nos abatedouros não são suficientes.

Assim, cuidados voltados às reprodutoras são essenciais para o sucesso na redução deste patógeno na cadeia avícola (ZHANG et al., 2019).

A salmonela pode ser transmitida via vertical, através do ovo, causando o nascimento de pintos infectados (BYRD et al., 1999; GAST et al., 2007).

A incidência de contaminação por Salmonella spp. nos ovos pode ser devido às características do sorovar, tais como a sua forte aderência à mucosa do trato reprodutivo e a capacidade de invasão das células da granulosa do ovário (WALES e DAVIES, 2011; BABU et al., 2016).

Além disso, pode ser transmitida, também, por via horizontal através da contaminação do ambiente, água, ração e outras espécies de animais que são reservatórios da bactéria como as aves silvestres e os roedores (TESSARI, 2003).

A principal forma de controle de salmonela em produção avícola é através das medidas de biosseguridade.

Associadas ao programa de biosseguridade, algumas ferramentas podem ser utilizadas no controle desta bactéria como o uso de antibióticos, ácidos orgânicos na água ou ração, prebióticos, probióticos e vacinação (VAN IMMERSEEL et al., 2005; PICKLER et al., 2012).

O uso de um programa vacinal tem se apresentado com uma efetiva medida de controle contra Salmonella em aves (VAN IMMERSEEL et al., 2005; BERGHAUS et al., 2011; PENHA FILHO et al., 2012), sendo considerada uma das estratégias mais eficientes para o controle das infecções devido a facilidade de implementação em diferentes processos produtivos em todo o mundo e o seu baixo custo de implementação (BARROW, 2007).

A Instrução Normativa n° 78/2003 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) determina o monitoramento dos plantéis em estabelecimentos matrizeiros, sendo que devem ser livres para Salmonella Gallinarum (Tifo Aviário) e Salmonella Pullorum (Pulorose), e livres ou controlados para Salmonella Typhimurium e Salmonella Enteritidis (SE) (BRASIL, 2003).

O uso de vacinas vivas para salmonelas paratíficas em estabelecimentos matrizeiros no Brasil foi liberado pelo MAPA no ano de 2017, através da IN nº 41/2017 e manteve o uso facultativo de vacinas autógenas desde que estas obedeçam à legislação vigente.

Até 2017, o MAPA somente permitia o uso de vacinas inativadas (bacterinas) para salmonelas paratíficas em estabelecimentos matrizeiros com o intuito de reduzir a infecção por SE (BRASIL, 2003)

Em estabelecimentos avozeiros, bisavozeiros e em granjas com linhas puras está vedado o uso de qualquer tipo de vacina contra Salmonella (BRASIL, 2017).

Para manter o plantel livre de enfermidades e oferecer imunidade para a progênie, um programa vacinal para as reprodutoras é necessário para garantir que, antes mesmo da progênie nascer, não existam patógenos que possam causar doenças (TORRES, 2000).

A utilização de vacinas de Subunidades, vivas atenuadas e inativadas em lotes de reprodutoras pesadas atua promovendo a redução da transmissão de Salmonella spp. pela via horizontal e vertical. A imunização via vertical tem como objetivo fornecer imunoglobulinas maternas à progênie.

Deste modo pode diminuir a prevalência e a carga de salmonela em lotes de frangos de corte e, consequentemente, reduzir a probabilidade de contaminação em produtos finais da indústria avícola (YOUNG et al., 2007).

As vacinas são usadas em aves para prevenir a infecção por Salmonella spp. através do desenvolvimento de imunidade adquirida (CERQUETTI e GHERARDI, 2000), podendo reduzir a taxa de transmissão tanto pela via horizontal quanto pela via vertical (INOUE et al., 2008) e diminuir a prevalência de ovos comerciais contaminados com o patógeno (BERGHAUS et al., 2011).

A proteção induzida pela resposta imune humoral reduz a invasão e colonização de Salmonella nos órgãos internos e sistema reprodutivo das aves, controlando desta forma a transmissão transovariana (via vertical) (SONCINI e BACK, 2001).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A vacinação das matrizes pesadas é uma boa ferramenta neste tipo de controle (ZUANASE, 2006).

Vacinas que estimulam a produção de anticorpos como a imunoglobulina A (IgA) são de grande importância para a prevenção da infecção das aves, pois, junto com os macrófagos e monócitos que estão associados a mucosa, formam a primeira linha de defesa contra a infecção causada pela salmonela (SHEELA et al., 2003).

A produção da IgA limita a colonização da mucosa intestinal, evitando assim a invasão e a multiplicação intestinal do patógeno (MUIR, 1998).

O uso de vacinas contra Salmonella spp. tem se demonstrado uma ferramenta útil, aliado aos procedimentos de biosseguridade, para manter a sanidade dos lotes e reduzir prejuízos econômicos, reduzindo dessa forma potenciais riscos à saúde humana.

A salmonela é um patógeno que sobrevive predominantemente nas aves, sendo potencializada através de falhas de biosseguridade e do controle de boas práticas em toda a cadeia avícola. O governo dispõe de resoluções de controle, fiscalização, monitorias e supervisão para redução desse patógeno.

As empresas produtoras de matrizes pesadas têm o objetivo de produzir ovos e progênies de boa qualidade.

Para que se consiga realizar o fornecimento de pintos saudáveis e livres de salmonela, elas devem investir em um bom e adequado programa de biosseguridade e também escolher um programa de vacinação que consiga promover a imunidade das aves.

O controle da salmonelose é um desafio para a saúde pública e para a indústria avícola devido ao isolamento de sorovares em diferentes setores.

Os animais portadores são fatores epidemiológicos importantes devido à ausência de sintomas e dificuldade técnica em detectá-los antes ou durante a inspeção sanitária das aves.

A importância de ampliar o leque de proteção contra Salmonellas em matrizes BAIXAR EM PDF

COBB-VANTRESS INAUGURA MAIOR INCUBATÓRIO DA AMÉRICA LATINA

EM PRATA (MG), COM INVESTIMENTO

DE R$ 60 MILHÕES

Nova unidade amplia a capacidade de produção da companhia e reforça a estratégia de fortalecer o Brasil como hub genético para AL e Canadá

Equipe técnica Cobb LatCan

ACobb-Vantress, líder global em genética avícola, iniciou oficialmente as operações de seu incubatório no município de Prata, em Minas Gerais.

Com investimento de R$ 60 milhões, a unidade é a maior e a mais moderna da empresa na América Latina e representa um marco importante na ampliação da capacidade de produção no Brasil, fortalecendo o país como hub de genética avícola para a região compreendida por América Latina e Canadá.

No fim de maio, o incubatório realizou sua primeira entrega de matrizes a clientes da companhia, marcando o início da operação.

Projetado com tecnologia de ponta e sistemas de automação de última geração, o incubatório tem capacidade para aumentar a produção da companhia em até 25%.

A nova unidade integra o plano de expansão da Cobb no Brasil e tem como objetivo suprir a crescente demanda dos clientes no país e no exterior.

Com projeto modular, a planta foi desenhada para permitir futuras expansões e contempla um centro de distribuição anexo, que recebe mercadorias, matérias-primas e demais insumos que serão utilizados na produção das granjas e do incubatório.

Esse modelo confere agilidade e maior segurança no fornecimento de insumos às demais unidades da empresa em Minas Gerais.

O incubatório de Prata está instalado em uma área construída de 5.200 m². O espaço abriga equipamentos modernos, como incubadoras de etapa única, esteiras automatizadas e máquinas de vacinação de última geração, oferecendo alto padrão de biosseguridade, rastreabilidade e eficiência produtiva.

Antes da implantação do incubatório, a companhia realizou amplo estudo ambiental e sanitário na região para garantir a ausência de criações avícolas ou suínas em um raio estratégico, seguindo rigorosamente os protocolos do modelo de compartimentação adotado pela Cobb.

A biosseguridade foi considerada em todas as etapas da estrutura, desde o fluxo interno de colaboradores até o sistema de ventilação, esgotamento sanitário e descarte de resíduos.

A unidade também está estrategicamente localizada às margens da BR 153, que atravessa o País e facilita o escoamento da produção para clientes, principalmente das regiões Centro-oeste, Norte e Nordeste.

Alinhado às práticas sustentáveis da companhia, o incubatório de Prata conta com uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) própria, para realizar o tratamento de todos os resíduos gerados por sua operação, além de coleta seletiva e descarte responsável.

Além disso, reuniu o conhecimento técnico das áreas de Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e Sanidade da companhia para garantir máxima segurança às atividades e aos colaboradores.

“A biosseguridade, a sustentabilidade e o bemestar animal foram os pilares que nortearam cada etapa deste projeto. Escolhemos a região de Prata de forma bastante criteriosa e alinhada aos princípios da compartimentação avícola, no qual atuamos de forma responsável e segura. Com a inauguração, a companhia se mantém em uma rota de crescimento sustentável, pronta para atender à demanda interna e externa”, explica Bernardo Gallo, vice-presidente da Cobb LatCan

Cobb-Vantress inaugura maior incubatório da América Latina em prata (MG), com investimento de R$ 60 milhões BAIXAR EM PDF

GESTÃO DE RISCOS: POR QUE ESSA

ABORDAGEM

É TÃO IMPORTANTE NA PREPARAÇÃO DE EVENTOS FUTUROS DE INFLUENZA AVIÁRIA?

Luis Gustavo Corbellini, Kalinka Monteiro, Paula Seger

Corb Science Solutions

Em 2025, pela primeira vez, o vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) H5N1, clado 2.3.4.4b, atingiu aves de granjas comerciais no Brasil.

Diante desse marco inédito para o setor avícola nacional, qual seria a melhor resposta para enfrentar essa situação?

O vírus da IAAP H5N1 foi isolado pela primeira vez em gansos doentes na China em 1996 Desde então, surtos graves de IAAP H5N1 em aves domésticas e de vida livre foram relatados, principalmente após dezembro de 2003, em mais de 60 países na Ásia, África e Europa.

Conforme relatado recentemente por Xie e colaboradores (2025), o clado 2.3.4.4b do vírus H5N1 apresenta características preocupantes, que indicam que este vírus se tornou uma ameaça crescente à saúde animal, ambiental e potencialmente à saúde humana, com rápida expansão geográfica e adaptativa.

O clado se espalhou rapidamente pela Eurásia e África até o outono de 2021. A migração de aves provavelmente facilitou a chegada do vírus à América do Norte no início de 2022 e em seguida à América do Sul, tornando-se o subtipo dominante circulante em aves.

Além de sua disseminação global, o clado tem potencial elevado de transmissão e adaptação entre espécies.

O vírus apresenta alta capacidade de infectar mamíferos terrestres e aquáticos (raposas, gatos, visons, vacas leiteiras e leões marinhos), bem como tem potencial de adaptação ao receptor humano (α-2,6) encontrado principalmente no trato respiratório superior.

Apesar de esporádicas, infecções humanas pela IAAP H5N1 apresentaram aumento recente, com 93 novos casos registrados entre 2020 e 2024 e crescimento ano a ano nesse período.

No total, entre 2003 e 2024, a Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou 954 casos humanos em 24 países, resultando em 464 mortes — o que corresponde a uma taxa de letalidade de 48,64%.

No Brasil, o clado 2.3.4.4b já foi identificado em diversas espécies de aves silvestres. No Rio Grande do Sul (RS), há registros de mortalidade de leões-marinhos ao longo da costa e, no município de Montenegro, onde ocorreu o primeiro foco em granja comercial em maio de 2025, o vírus também foi detectado em joão-de-barro (Furnarius rufus). Essas ocorrências reforçam o potencial de disseminação geográfica e interespécies deste clado.

A emergência do vírus H5N1 clado 2.3.4.b alterou o cenário epidemiológico. Enquanto um estudo conduzido por Corbellini e colaboradores em 2012 apontava para um risco muito baixo de introdução do vírus H5N1 parental oriundo da China no Brasil, atualmente tal risco é classificado como elevado, considerando os casos confirmados em aves silvestres e domésticas registrados em 2023.

Nesse novo contexto, torna-se ainda mais relevante o uso sistemático de ferramentas que apoiem a antecipação, o monitoramento e a resposta a eventos sanitários de alta complexidade.

Entre essas ferramentas, destaca-se a avaliação de riscos, fundamental para a gestão de riscos, que permite a criação de alertas e a identificação de cenários incertos, o que facilita a tomada de decisões baseada em informações relativas aos riscos.

O risco é avaliado considerando tanto a probabilidade de introdução do vírus da influenza aviária no território brasileiro/granjas comerciais quanto o potencial impacto decorrente desse evento.

Em um trabalho conduzido pela Corb Science no Rio Grande do Sul em 2023, foi aplicada uma Avaliação Rápida de Risco (ARR) com base na metodologia Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), estruturando o risco de incursão e disseminação do clado 2.3.4.4b do vírus H5N1 em diferentes tipos de granjas.

A ferramenta permitiu organizar o raciocínio epidemiológico de forma sequencial, identificando os caminhos mais prováveis de infecção a partir de aves silvestres, os principais fatores de exposição e as incertezas que interferem na propagação do vírus.

O modelo facilitou a tomada de decisão em contextos de alta complexidade e incerteza, fornecendo uma base objetiva para revisão das estratégias de vigilância, biosseguridade e comunicação de risco.

Como resultado, foi possível identificar que a capacidade de contenção do vírus está diretamente relacionada ao tipo de granja afetada, às barreiras físicas de bioexclusão e ao preparo institucional para responder a uma epidemia de grande escala.

A análise também permitiu propor ações práticas diante das incertezas identificadas — como reavaliação de protocolos de resposta diante de uma epidemia em larga escala, categorização de risco por perfil de produção avícola e definição de critérios para priorização territorial.

Como a Avaliação Rápida de Risco (ARR) apoia a gestão da Influenza Aviária?

Organizar Raciocínio Epidemiológico

Mapeia rotas de introdução do virus, fatores de exposição e pontos criticos de biosseguridade

Antecipar Cenários Incertos

Identi ca variáveis ou cenários com maior grau de incerteza e propõe respostas proporcionais ao risco

Classi car Risco por Per l Produtivo

Permite diferenciar o risco entre granjas comerciais, de subsistência ou outros tipos de criações alternativas

Priorizar Territórios e Ações

De nindo critérios para alocação estratégica de recursos

O modelo de ARR, aplicado naquele momento em 2023 indicou que o risco de ingresso do vírus era alto — e poderia ser classificado como muito alto, diante da incerteza quanto à magnitude potencial da epidemia em granjas comerciais.

Symphiome™ Manejo preciso do microbioma

Quando se trata de saúde intestinal ótima, o microbioma deve funcionar como uma orquestra tocando em perfeita harmonia. A frente desta orquestra está Symphiome™, um biótico de precisão único, o primeiro de seu tipo. Seu modo de ação único aumenta as funções metabólicas intrínsecas do microbioma da ave, que permite a ativação de rotas metabólicas benéficas, independente da composição da microbiota. Symphiome™ otimiza a resiliência das suas aves ao estresse entérico, melhora o bemestar e reduz emissões.

Se não formos nós, quem será? Se não for agora, quando?

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Otimiza a resiliência ao estresse entérico
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Já não se tratava de questionar se o vírus chegaria a uma granja comercial, mas sim quando isso ocorreria.

Ao adotar a ARR como apoio à tomada de decisão, o setor avícola passa a contar com uma estratégia prática e eficiente para lidar com ameaças sanitárias de grande impacto. Essa ferramenta contribui para transformar análises técnicas em ações concretas para a gestão de riscos, fortalecendo a capacidade de resposta diante de desafios complexos.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) possui um plano de vigilância para Influenza Aviária e Doença de Newcastle, com ações contínuas de monitoramento em diferentes segmentos da avicultura nacional e aves de vida livre.

Desde a primeira confirmação do vírus da IAAP no Brasil, em 15 de maio de 2023, já foram detectados 177 focos da doença até o momento:

171 em aves silvestres

5 em aves de subsistência

1 em aves comerciais

A área no raio de 10 km do foco confirmado na granja de aves comerciais em Montenegro (RS) continha 540 estabelecimentos, sendo apenas 2 de granjas comerciais.

O foco foi prontamente controlado pelo Serviço Veterinário Oficial e, após 28 dias, o Brasil informou oficialmente à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) o fim do vazio sanitário, conforme previsto nos protocolos internacionais. Com a notificação, o país se autodeclara livre da IAAP.

O foco foi registrado apenas em uma granja comercial, sem disseminação para outras propriedades, sendo que os principais impactos observados se relacionaram ao fechamento de mercados.

Diante dessa experiência, torna-se oportuno refletir sobre a capacidade de resposta frente a cenários mais complexos:

Se no próximo ano forem registrados 2, 5 ou até 10 focos em granjas comerciais, qual será o nível de preparação do país?

Quais os impactos econômicos e sanitários caso o restabelecimento do status de livre da IAAP leve 56 dias, em vez dos 28 registrados em 2025?

E, sobretudo, que medidas adicionais — preventivas ou reativas — poderiam ser adotadas para fortalecer a resiliência do sistema de vigilância e resposta?

A cenarização de incertezas é uma ferramenta útil para prever possíveis situações relacionadas à IAAP e ajudar a planejar respostas apropriadas.

Ao criar diferentes cenários futuros, é possível se preparar para várias situações e tomar decisões mais seguras, mesmo diante de muita incerteza.

Assim, organizações e profissionais conseguem aumentar a capacidade de adaptação e responder melhor a desafios inesperados.

A estratégia de cenarização de incertezas, como parte integrante da gestão de riscos, pode ser particularmente útil diante do atual contexto da IAAP no Brasil.

Há também incertezas associadas à reação dos mercados, à agilidade da resposta institucional a grandes surtos e à própria percepção pública sobre a segurança do consumo de produtos avícolas.

Tais variáveis podem interagir de forma complexa, demandando um modelo estruturado para antecipação de cenários.

Ao analisar as tendências, torna-se plausível considerar que o aumento da circulação viral pode gerar cenários com impacto ampliado sobre a cadeia produtiva. A título de exemplo, pode-se projetar três cenários ilustrativos:

Um cenário de controle pontual, com poucos focos isolados e resposta e ciente, semelhante ao ocorrido em Montenegro (RS);

A identificação dos principais fatores de incerteza permite antecipar variáveis críticas que podem comprometer a contenção e a resposta ao vírus. A prevalência real do clado 2.3.4.4b do vírus H5N1 em aves silvestres ou mamíferos no Brasil, por exemplo, permanece desconhecida, o que compromete a previsibilidade sobre novos focos.

Soma-se a isso a possibilidade de crescimento sustentado do número de casos ano após ano, como já vem sendo observado em outras regiões.

Um cenário intermediário, com múltiplos focos em diferentes estados e necessidade de medidas regionais de contenção; e

Um cenário de ampla disseminação, com di culdades de contenção, perdas econômicas signi cativas, aumento signi cativo da mortalidade animal, retração comercial e desgaste da con ança social.

Ao desenvolver esses cenários com base nas incertezas mapeadas, torna-se possível avaliar previamente os impactos potenciais, identificar fragilidades sistêmicas e estruturar planos de contingência mais robustos.

A partir dessa estrutura, a cenarização contribui diretamente para o fortalecimento da capacidade de resposta.

Para cada cenário, é possível estabelecer estratégias específicas de mitigação — como intensificação da vigilância em áreas prioritárias, revisão de planos de emergência sanitária, comunicação diferenciada com o consumidor e coordenação interinstitucional para garantir agilidade nas ações.

Cenarização: impacto da disseminação da in uenza aviária na produção

Isolada

Focos isolados

Poucos focos isolados e resposta e ciente, com impactos baixos à cadeia produtiva

Ampla

Com isso, a ferramenta reduz a vulnerabilidade frente ao inesperado, melhora a qualidade das decisões, promove inovação em estratégias de adaptação e consolida uma visão estratégica mais clara para enfrentar eventos de alta incerteza como a IAAP.

Considerando o aumento da circulação do H5N1 e a complexidade envolvida em sua contenção, verifica-se que estruturas meramente reativas já não atendem às necessidades atuais.

A elaboração de cenários a partir de incertezas evidencia um avanço na maturidade da gestão de riscos, permitindo a conversão de dados e informações em conhecimento prático.

Múltiplos focos Ampla disseminação

Focos dispersos em diferentes estados, exigindo medidas regionais de contenção

Di culdade de controle, perdas econômicas, mortalidade de aves e retração comercial

A própria lógica da cenarização pressupõe monitoramento contínuo, permitindo revisar os cenários à medida que novas informações são incorporadas.

Mais do que antecipar acontecimentos futuros, o objetivo é promover uma preparação adequada por meio de metodologia, objetividade e responsabilidade no âmbito setorial.

Gestão de riscos: Por que essa abordagem é tão importante na preparação de eventos futuros de influenza aviária?

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APROCESSAMENTO DA SOJA PARA OBTENÇÃO DE SEUS DERIVADOS E SUA CORRETA AVALIAÇÃO

Maitê Vidal Mendonça Nutricionista de aves na Agroceres Multimix

soja em grão é uma das principais matérias-primas da alimentação animal, amplamente utilizada por sua composição nutricional altamente favorável.

Rica em óleo (cerca de 20%) e proteína (em torno de 40%), ela oferece um perfil de aminoácidos equilibrado, alta digestibilidade e boa disponibilidade de mercado, especialmente em países como Brasil, Estados Unidos e Argentina, que juntos concentram a maior parte da produção mundial.

Apesar de suas vantagens nutricionais, a soja não pode ser utilizada crua na alimentação animal devido à presença de fatores antinutricionais. Entre os principais estão:

Inibidores de tripsina, Lectinas, Ácido fítico, Oligossacarídeos, Glicinina, ß-conglicinina, entre outros.

Esses fatores comprometem a digestão e absorção de nutrientes, afetam a integridade da mucosa intestinal, reduzem o aproveitamento proteico e prejudicam o desempenho zootécnico.

Os inibidores de tripsina e lectinas são particularmente relevantes. Os inibidores interferem na ação das enzimas pancreáticas, provocando redução da digestão proteica e aumento da secreção pancreática, o que pode causar hipertrofia do órgão e queda de desempenho.

Já as lectinas se ligam a estruturas da mucosa intestinal, danificando microvilosidades e dificultando a absorção de nutrientes.

Esses compostos se dividem entre termolábeis, que podem ser inativados com tratamento térmico (como os inibidores de tripsina, lectinas e goitrogênios), e termoestáveis, como o fitato e oligossacarídeos, que resistem ao calor e requerem estratégias adicionais, como a adição de enzimas exógenas (proteases, fitases, etc.) nas dietas.

Dessa forma, o processamento da soja é essencial para torná-la segura e eficaz como ingrediente alimentar. Entre os principais métodos estão:

Tostagem (seca ou a vapor),

Extrusão,

Micronização,

Micro-ondas e O uso de “jet-sploder”.

O objetivo é inativar os fatores antinutricionais, aumentar a disponibilidade de nutrientes e melhorar a palatabilidade dos subprodutos resultantes, como o farelo de soja, óleo, soja semi-integral e soja desativada.

O farelo de soja, principal subproduto da indústria processadora, é a principal fonte de proteína na alimentação de aves e suínos. Existem dois métodos principais de extração do óleo da soja:

Mecânico (expeller) e, Por solvente (hexano).

A extração por solvente é a mais comum e eficiente. Nela, o grão passa pelas etapas de limpeza, quebra, remoção da casca, laminação, expansão, extração com hexano e tostagem.

A casca pode ou não ser reincorporada ao farelo, resultando em dois tipos de produto final: o farelo com casca (42 a 46% de proteína bruta) e o farelo sem casca ou Hi-pro (até 48%).

Durante o processo, a fração líquida extraída, chamada de miscela, contém óleo e solvente. Após separação e recuperação do hexano, obtém-se o óleo bruto, que pode passar por refino, degomagem, branqueamento e desodorização.

Também são gerados subprodutos como lecitina, borra ácida e óleo neutro. Outros derivados incluem a proteína texturizada de soja e o concentrado proteico de soja, com alto teor proteico e reduzido teor de fibras e antinutrientes.

Contudo, o sucesso do processamento depende do equilíbrio entre tempo, temperatura e umidade. O subprocessamento não inativa completamente os antinutrientes, enquanto o superaquecimento pode reduzir a qualidade proteica.

Isso ocorre por reações como a de Maillard, que reduzem a biodisponibilidade da lisina ao uni-la a açúcares, formando compostos não digestíveis. Essa reação, além de reduzir o valor nutricional, altera a coloração e pode comprometer a palatabilidade.

Animais alimentados com soja superprocessada apresentam redução de desempenho, com menor ingestão de aminoácidos digestíveis como lisina, metionina e treonina.

Além disso, compostos formados durante o superaquecimento podem afetar negativamente a mucosa intestinal, prejudicando a função de barreira e aumentando o risco de inflamações.

Dada essa complexidade, é essencial monitorar a qualidade do processamento por meio de análises específicas: Atividade ureática (IAU):

Avalia a desnaturação da urease, enzima sensível ao calor. Grãos crus apresentam IAU de 2,0–2,5. Para produtos processados, recomenda-se valores inferiores a 0,10, sendo o ideal ≤ 0,05.

Solubilidade proteica em KOH (0,2%):

Mede o grau de desnaturação das proteínas. Valores ideais para soja processada estão entre 80–85%. Valores baixos indicam superaquecimento; altos, aquecimento insuficiente.

Análise de inibidores de tripsina:

Avalia o quanto os inibidores de tripsina reduzem a atividade da enzima tripsina. Valores mais baixos indicam que o processamento térmico foi suficiente para inativar os inibidores.

Índice de dispersibilidade de proteína (PDI):

Avalia a solubilidade das proteínas em água, com resposta linear ao aumento do tempo de processamento. PDI entre 15% e 30% é considerado adequado.

Relação lisina reativa/lisina total:

Indica o quanto da lisina total está disponível biologicamente. Relações mais altas significam menor impacto do calor.

Historicamente, o IAU era utilizado como substituto indireto da medição dos inibidores de tripsina, mas estudos recentes mostram que não há correlação consistente entre eles.

A variabilidade entre cultivares, plantas de processamento e metodologias laboratoriais limita a confiabilidade do uso isolado do IAU como indicador da qualidade do farelo.

Gráfico 1. Correlação entre Inibidor de Tripsina e Atividade Ureática

Amostras

UA = 0,0035 x TI + 0,0388

r2 = 0,0068

de Tripsina (TI,

Gráfico adaptado de Chen et al. (2020)

Além disso, avaliações visuais e físicoquímicas também são recomendadas no recebimento da matéria-prima, como verificação de cor, odor, ausência de insetos, umidade, e presença de materiais estranhos.

A análise dos teores de proteína bruta, fibra bruta e umidade também são fundamentais para ajustar corretamente as formulações.

A soja processada adequadamente contribui para uma nutrição mais eficiente, rentável e sustentável.

Considerando que o farelo de soja pode representar até 35% da dieta de aves, pequenas variações em sua qualidade impactam diretamente os resultados produtivos e econômicos.

Embora o farelo de soja tenha composição relativamente estável, podem ocorrer variações nutricionais entre amostras, influenciadas por fatores como cultivar, método de cultivo, armazenamento e processamento.

Por isso, a padronização do processamento e o controle rigoroso da qualidade são indispensáveis para garantir a digestibilidade, eficiência nutricional e desempenho zootécnico.

Monitorar parâmetros como atividade ureática, inibidores de tripsina, solubilidade proteica e lisina reativa é fundamental para assegurar a qualidade do insumo e o sucesso da produção animal.

Saiba mais sobre o assunto: Processamento da soja para obtenção de seus derivados e sua correta avaliação

Processamento da soja para obtenção de seus derivados e sua correta avaliação BAIXAR EM PDF

VOCÊ SABE COMO DETERMINAR A VIDA DE PRATELEIRA DOS OVOS E SEUS DERIVADOS?

Raquel Ribeiro Dias Santos

RS Consultoria em alimentos e treinamentos ltda.

Médica Veterinária

Doutora em Ciência Animal

Determinar o prazo de validade, especialmente dos ovos, é fundamental para produtores e consumidores. Mas como se define a vida de prateleira desses produtos? Quais fatores influenciam essa validade?

O prazo de validade indica o período em que o produto permanece seguro para consumo, sem risco de infecções ou intoxicações causadas por microrganismos ou toxinas bacterianas.

Também é o tempo em que o produto mantém suas características físico-químicas, sensoriais e nutricionais, conforme declarado no rótulo.

O prazo de validade começa a partir da fabricação. Para ovos, a Portaria 1179 do Ministério da Agricultura, no artigo 2º, define que a data de fabricação corresponde à provável data de postura, que deve ser usada para calcular a vida de prateleira e a validade do produto.

No Brasil, a data de validade é responsabilidade do fabricante e obrigatória para todos os alimentos. A Anvisa não estipula prazos.

Para o estudo da vida útil, o fabricante deve considerar aspectos microbiológicos, físicoquímicos, nutricionais e sensoriais.

Indústrias, granjas e laboratórios devem seguir os parâmetros exigidos pela legislação. Recomenda-se consultar a Portaria SDA/MAPA nº 1179/2024, que classifica ovos por peso (Jumbo, extra, grande e médio), e o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, que em seus artigos 225 e 226 define as categorias A e B para ovos em natureza.

Os parâmetros microbiológicos são essenciais e a Portaria 161/2022 da Anvisa deve ser consultada. Para ovoprodutos, é importante considerar a Portaria 728/2022, que regula a identidade, qualidade, características visuais, organolépticas e parâmetros microbiológicos do ovo pasteurizado e desidratado.

Após conhecer os parâmetros legais, é importante destacar os fatores que influenciam a vida de prateleira dos produtos, eles são intrínsecos, ligados ao alimento, e extrínsecos, relacionados ao ambiente ou processamento.

Entre os fatores intrínsecos podemos citar a atividade de água que é o parâmetro que mede a disponibilidade de água no alimento que estará disponível para as diversas reações, é também chamada de água livre ou não ligada, de forma geral, os alimentos são classificados com baixa, média ou alta atividade de água.

A alta atividade de água aumenta a perecibilidade do produto, pois fornece substrato para reações físico-químicas e multiplicação microbiana. O ovo é um produto com alta atividade de água por isso, é mais suscetível a multiplicação microbiana. (Aw 0,97)

Outro fator intrínseco a ser considerado é o valor de pH, que são bons indicadores do frescor dos ovos. No ovo fresco o pH pode variar entre 7,7 podendo chegar até 9,0 - 9,7 (estocagem), os ovos refrigerados a 8°C apresentam menor aumento do pH em comparação aos armazenados à temperatura ambiente (25°C).

A perda de qualidade dos ovos durante o armazenamento está fortemente relacionada à perda de água e dióxido de carbono, influenciada principalmente pela temperatura e umidade do ambiente.

Entre os impactos, destaca-se a diminuição da capacidade emulsificante, o que pode afetar diretamente sua aplicação em preparações culinárias e industriais. (Ferreira, 2013)

De acordo com Scott e Silversides (2000), com o tempo, o ácido carbônico dissolvido no albúmen se dissocia em água e gás carbônico (H₂CO₃ ↔ H₂O + CO₂), que é gradualmente liberado através dos poros da casca.

Essas alterações no albúmen são significativas para a qualidade interna do ovo, pois a redução da concentração de ácido carbônico compromete o sistema tampão natural, resultando em um aumento do pH dessa fração.

Esse aumento da alcalinidade pode comprometer a estrutura das proteínas do albúmen, levando à redução de sua viscosidade e à alteração de propriedades sensoriais e funcionais do ovo.

Fatores intrínsecos que afetam o prazo de validade incluem a estabilidade e qualidade das matérias-primas, essenciais para garantir a segurança dos alimentos (Anvisa, 2025).

Nos ovos, a integridade da casca e da clara (cascas com peso específico maior e menos poros oferecem maior resistência à penetração bacteriana, como da Salmonella), os métodos de coleta, a temperatura e o transporte influenciam diretamente a vida de prateleira.

Entre os fatores extrínsecos que influenciam diretamente a vida de prateleira dos ovos, destacamse o tipo de processamento aplicado, as condições de armazenamento e a escolha da embalagem.

Celebramos 80 anos de excelência em genética avícola, impulsionando a produtividade e a qualidade na produção de ovos.

Agradecemos a confiança de nossos clientes e parceiros ao longo dessa trajetória.

Atenciosamente, Equipe H&N International

Um exemplo relevante é a lavagem dos ovos, prática ainda debatida quanto ao seu impacto na durabilidade do produto. A etapa é facultativa nos estabelecimentos de ovos, mas deve ser realizada de forma adequada por aspersão e com temperatura entre 35 a 45 °C por meios mecânicos para não favorecer a penetração de microorganismos.

Entre os fatores extrínsecos, a temperatura de armazenamento é um dos mais críticos. Estudos demonstram que temperaturas mais baixas prolongam significativamente a validade dos ovos.

De acordo com Lana et al. (2017), ovos mantidos a 26,5°C preservam o padrão de excelente qualidade por apenas 06 dias após a postura, enquanto aqueles armazenados a 7,3°C mantêm essa qualidade por até 30 dias.

A umidade relativa do ambiente também exerce grande influência. Níveis elevados favorecem a proliferação de fungos e comprometem a integridade da casca.

Por isso, o controle rigoroso da umidade nas salas de classificação e o uso de equipamentos eficientes para secagem após a lavagem são medidas essenciais, assim como a avaliação periódica da eficácia do processo de secagem.

A determinação do prazo de validade pode ser feita por métodos diretos ou indiretos. Os métodos diretos, embora mais demorados, são mais precisos por simularem condições reais de armazenamento.

Já os indiretos são mais rápidos e podem utilizar estudos de estabilidade acelerada, que consistem em expor os produtos a condições extremas, como altas temperaturas, umidade ou exposição à luz.

Ovos

Em ambos os casos, é fundamental garantir que o laboratório siga boas práticas, especialmente no controle de temperatura e umidade. Também é necessário considerar a variabilidade entre lotes e os impactos do armazenamento e transporte.

Alguns dos testes que podem ser realizados para determinação da vida de prateleira são:

Índice de albúmen,

Índice de gema,

Determinação das unidades Haugh,

Análises microbiológicas,

Análises sensoriais e

Análises bromatológicas principalmente para ovos enriquecidos.

De acordo com a RDC nº 727, de 1º de julho de 2022, é responsabilidade do fabricante informar corretamente o prazo de validade na embalagem do produto.

A data pode ser antecedida por expressões como:

“consumir antes de...”,

“val:...”.

“válido até...”

“validade...”

A forma de apresentação da data deve seguir critérios definidos:

para produtos com validade igual ou inferior a três meses, deve-se indicar dia e mês;

para aqueles com validade superior a três meses, devem constar mês e ano.

Definir a vida de prateleira dos ovos exige atenção aos fatores intrínsecos e extrínsecos, bem como ao cumprimento das normas vigentes.

Cabe ao fabricante garantir, por meio de estudos confiáveis, que o prazo informado represente a real segurança e qualidade do produto até o consumo.

Você sabe como determinar a vida de prateleira dos ovos e seus derivados?

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Referências sob consulta da autora

derivados?

MANEJO DE AVICULTURA:

MICOTOXINAS NA SAÚDE INTESTINAL COMO

ESTRATÉGIA-CHAVE

Aprodução avícola moderna enfrenta inúmeros desafios para garantir o desempenho zootécnico e a saúde das aves.

Dentre esses, a presença de micotoxinas nos ingredientes da ração é um dos mais relevantes. As micotoxinas são metabólitos tóxicos produzidos por fungos filamentosos, que contaminam os grãos usados na alimentação animal.

Mesmo em baixas concentrações, essas toxinas podem comprometer severamente o desenvolvimento das aves, afetando diretamente sua saúde intestinal, desempenho produtivo e resposta imunológica.

Gerência Técnica Biochem Latam

Além disso, as aves estão entre as espécies mais sensíveis, ficando atrás apenas dos suínos.

Entre as micotoxinas mais comuns na avicultura estão:

Aflatoxinas (AFs), que afetam principalmente o fígado e têm ação imunossupressora;

Fumonisinas (FBs), que provocam alterações no metabolismo de esfingolipídios, prejudicando as células intestinais;

Zearalenonas (ZEA), que têm efeitos estrogênicos, alteram a função reprodutiva e podem prejudicar a mucosa intestinal;

Tricotecenos, (como a DONdesoxinivalenol) que inibem a síntese proteica e afetam diretamente a integridade intestinal e,

Ocratoxinas A (OTA), que prejudicam os rins e também alteram a permeabilidade intestinal.

Essas toxinas podem estar presentes simultaneamente nos ingredientes, gerando efeitos aditivos ou sinérgicos, o que agrava os prejuízos para a saúde das aves.

O intestino é um dos principais órgãos-alvo das micotoxinas, uma vez que é uma das primeiras barreiras de contato entre as toxinas ingeridas e o organismo animal.

Os efeitos podem ser diversos, no entanto, existem quatro efeitos principais:

ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DA MUCOSA INTESTINAL

Micotoxinas como DON e FBs reduzem a altura das vilosidades e aumentam a profundidade das criptas intestinais.

Isso resulta em menor área de absorção de nutrientes e pior conversão alimentar. Em infecções subclínicas, essa atrofia pode não ser perceptível externamente, mas afeta diretamente o ganho de peso e a uniformidade do lote.

ALTERAÇÕES NA BARREIRA EPITELIAL

A integridade da barreira intestinal depende de junções intercelulares (tight junctions) que controlam a permeabilidade do epitélio.

Diversas micotoxinas comprometem essas junções, permitindo a translocação de bactérias patogênicas e toxinas para a corrente sanguínea, fenômeno conhecido como “intestino permeável” (leaky gut).

DESEQUILÍBRIO DA MICROBIOTA

INTESTINAL

A microbiota intestinal atua como um ecossistema essencial para a digestão, imunidade e defesa contra patógenos.

Micotoxinas alteram o perfil dessa microbiota, reduzindo a diversidade e favorecendo o crescimento de bactérias indesejáveis, como Clostridium perfringens, agente causador da enterite necrótica, dentre outras, como Salmonella spp., E. colli. e etc.

MODULAÇÃO DO SISTEMA

IMUNE INTESTINAL

A mucosa intestinal possui intensa atividade imunológica.

Micotoxinas como as aflatoxinas e tricotecenos interferem nessa resposta, inibindo a produção de anticorpos, alterando o número de células imunes e comprometendo a resposta a vacinas. Isso aumenta a susceptibilidade das aves a infecções bacterianas, virais e parasitárias.

A prevenção e o controle das micotoxinas exigem uma abordagem multifatorial, que envolve desde a produção agrícola até a formulação e suplementação da ração. As principais estratégias incluem:

Boas práticas agrícolas e de armazenagem

Análise e monitoramento de ingredientes

Uso de adsorventes de micotoxinas

Suporte à integridade intestinal

Pensando nisso, a Biochem disponibiliza soluções que contribuem de forma preventiva para a redução dos efeitos deletérios das micotoxinas

sobre a saúde intestinal e animal, que muitas vezes passam despercebidas devido à falta de controle no campo e fábrica de ração.

A Biochem oferece uma estratégia integrada para auxiliar no enfrentamento dos diversos fatores de risco que afetam as aves.

Para isso, conta com tecnologias desenvolvidas na Alemanha, presentes em seus produtos, que atuam como ferramentas no suporte à redução dos desafios entéricos associados às micotoxinas e agentes patogênicos.

O principal objetivo é promover a integridade intestinal das aves.

QUAIS AS SOLUCÕES E O QUE ESPERAR DO PROGRAMA DE SAÚDE INTESTINAL DA BIOCHEM PARA AVES?

O programa de saúde intestinal da Biochem tem ação preventiva através do uso de produtos como adsorventes de micotoxinas e probióticos.

Sendo que, os adsorventes são substâncias adicionadas à ração que se ligam às micotoxinas no trato gastrointestinal, impedindo sua absorção.

Podem ser de origem mineral (como bentonita e sepiolita) e/ou orgânica (paredes celulares de leveduras, por exemplo).

Já o TechnoSpore é um probiótico de última geração desenvolvido para uso em diversas espécies animais, formulado com a cepa probiótica Bacillus coagulans DSM 32016.

Já os probióticos, são microrganismos vivos que tem ação benéfica ao hospedeiro, modulando a microbiota e oferecendo suporte à integridade intestinal, que inclusive é afetada negativamente pelas micotoxinas.

Esses compostos auxiliam na regeneração da mucosa, no equilíbrio da microbiota e na modulação da resposta imune.

Dentro do seu programa de saúde intestinal, a Biochem apresenta o adsorvente B.I.O.Tox.

Essa cepa foi selecionada cuidadosamente por sua estabilidade, resistência ao calor, capacidade de produção de ácido lático e, principalmente, por seus efeitos benéficos sobre a microbiota intestinal.

O Bacillus coagulans DSM 32016 é uma bactéria formadora de esporos, com uma vantagem única: combina as propriedades benéficas das bactérias ácido-láticas (como a produção de ácido láctico) com a resistência dos bacilos esporulados.

Com uma formulação desenvolvida na Alemanha e validada cientificamente por diversos ensaios, o B.I.O.Tox é mais que um simples adsorvente, já que atua de forma estratégica na mitigação dos efeitos negativos das micotoxinas, sobre a integridade intestinal, sistema imune e desempenho produtivo. Suas principais ações incluem: Adsorção eficiente e de amplo espectro: Composto por argilas purificadas e modificadas, além de carvão e parede celular de levedura, o B.I.O.Tox apresenta alta afinidade por várias micotoxinas de interesse na produção animal, sem interferir na absorção de nutrientes essenciais.

Isso significa que ele sobrevive ao processamento térmico da ração, ao pH ácido do estômago e se torna ativo no intestino das aves. Sendo suas principais funções:

Compete por nutrientes com bactérias patogênicas estabilizando a microbiota;

Produz ácido lático, criando um ambiente hostil a patógenos;

Estimula a microbiota benéfica;

Pode melhorar a digestibilidade dos nutrientes da dieta.

A combinação de B.I.O.Tox e TechnoSpore na alimentação das aves pode potencializar os benefícios observados com o uso individual dos produtos.

Na prática, o uso concomitante dessas tecnologias oferece suporte ideal para um plantel mais saudável, produtivo e competitivo, alinhado ao compromisso de entregar um alimento seguro e de alta qualidade ao consumidor final.

Estudos realizados mundialmente e no Brasil demonstram que a adoção do programa de saúde intestinal da Biochem, com inclusão dos produtos B.I.O.Tox e TechnoSpore nas dietas, resulta em benefícios consistentes, dentre eles:

Melhora na consistência das fezes;

Melhora da integridade intestinal e equilíbrio da microbiota;

Maior homogeneidade de lotes e suporte ao desempenho zootécnico;

Ferramenta efetiva dentro de estratégias de produção livres de antibióticos promotores de crescimento.

Apoia a função imunológica das aves;

Tanto o B.I.O.Tox quanto o TechnoSpore incorporam tecnologia de produção alemã com comprovação científica e resultados consistentes a campo, mesmo em diferentes condições de desafio e regiões ao redor do mundo.

Com base técnica sólida, tecnologia de ponta e benefícios comprovados, esses produtos se consolidam como ferramentas estratégicas para produtores que buscam suporte ao desempenho e produção sustentável.

Desenvolvidos pela Biochem, empresa global em soluções para a produção animal, B.I.O.Tox e TechnoSpore se consolidam como ferramentas eficazes para os desafios da avicultura moderna.

Escolhendo os produtos, você investe em inovação com resultados práticos e consistentes para enfrentar os crescentes desafios da produção.

A avicultura é dinâmica, e eficiência, sustentabilidade e bem-estar animal são pontos chave para o sucesso da atividade. Conte com quem está alinhado a esses objetivos. Conte com a Biochem

Para mais informações a Biochem está à disposição. Entre em contato pelo e-mail sac@biochem.net.

GLICINATOS: O QUE SÃO E QUAIS SEUS BENEFÍCIOS PARA AS AVES?

Marcos Adriano Pereira Barbosa¹ e Simara Marcia Marcato² ¹Doutorando em Zootecnia, UEM-PR ²Professora do Departamento de Zootecnia, UEM-PR

Os minerais utilizados na nutrição avícola podem ser classificados de acordo com sua composição e origem de formação inicial.

É comum, ao analisarmos as fórmulas de ração, dentro dos premixes encontramos minerais inorgânicos, como os sulfatos. Contudo, com o avanço tecnológico na nutrição avícola, novas fontes de minerais, como os minerais orgânicos, vêm surgindo e se destacando.

Em comparação com os minerais inorgânicos, os orgânicos possuem particularidades importantes. Eles necessariamente precisam estar combinados com uma molécula orgânica para facilitar a absorção.

Sendo mais comum esses estarem complexados com carboidratos, proteínas complexas ou, ainda, apenas com seus componentes, os aminoácidos.

Quando um mineral está complexado com um aminoácido, ele é denominado de quelato de aminoácido, isso se dá, pois, nessa junção, existe obrigatoriamente uma ligação entre um íon metálico, e um dos vinte aminoácidos existentes.

Nessa junção, o aminoácido atua como quelante, onde, formando ligações coordenadas e com alto grau de estabilidade com o metal (Han et al., 2019)

Sabendo que um quelato de aminoácido é uma fonte orgânica de minerais, os glicinatos, que consistem no complexo entre a glicina e um mineral, são, consequentemente, classificados como orgânicos.

Esses compostos orgânicos são indicados para a nutrição animal, especialmente na avicultura, devido as suas características.

Ao complexarmos um íon metálico com uma molécula orgânica, como a glicina, eleva-se a solubilidade do metal (mineral) e melhora a sua digestão, absorção, biodisponibilidade e uso dessa fonte pelas aves.

Além dessas características, essa ligação entre os dois, faz com que os minerais estejam mais protegidos contra as interações entre moléculas ao longo do trato gastrintestinal das aves, fazendo com que a sua integridade seja mantida, até o momento em que ele é absorvido no intestino das aves (Wang et al., 2017).

Os glicinatos se tornam benéficos devida a sua complexidade com a glicina, aminoácido essencial, que compõe inúmeras proteínas e desempenha funções importantes e necessárias ao organismo.

Quando ele se complexa através de quelatos com alguns minerais, esse aminoácido apresenta alguns benefícios importantes, como melhora na absorção e tolerância digestiva dos minerais, elevando a eficácia da suplementação e contribuindo com os benefícios próprios do aminoácido, dentre eles melhoria no bem estar e suporte ao sistema nervoso das aves (Wang et al., 2017)

Existem alguns íons metálicos que a glicina é capaz de se complexar para formar um glicinato, são eles:

Além disso, quando se utiliza os glicinatos se é capaz de prevenir a deficiência do Fe, Cu, Zn e Mn, ou até mesmo corrigir o desbalanço nutricional dessas fontes na nutrição avícola.

Os glicinatos ainda possuem outras características que justificam a sua utilização na nutrição das aves, pois, são mais estáveis em grande variação de pH e de temperatura, o que faz com que ele apresente uma melhor eficácia mantendo suas propriedades, durante as etapas que de produção, armazenamento, transporte e manuseio até chegar ao comedouro das aves (Liu et al., 2017).

Ao utilizar glicinatos na nutrição avícola, proporcionamos uma atividade mais sustentável, uma vez que por ser uma molécula orgânica e complexada, seu uso pelos animais é superior o que reduz a liberação de resíduos no meio ambiente, diminuindo a acidificação da água e do solo e a contaminação dos mesmos (Liu et al., 2017).

Esses já são fontes bem estabelecidas da união entre os aminoácidos e os minerais, devido a estabilidade e a solubilidade, existente entre eles, quando comparadas as formas não quelatadas desses minerais.

Ferro (Fe) Zinco (Zn)
Cobre (Cu) Manganês (Mn)

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Para as aves os benefícios de se utilizar glicinatos na nutrição são vários. Quando a glicina está complexada com o Cu, Mn, Zn e Fe proporciona a melhoria na produtividade e na qualidade dos produtos avícola.

O glicinato de cobre ao ser usado, é capaz de reduzir a excreção fecal do cobre pelas aves, potencializando o seu uso nutricional, direcionando os benefícios para a produção de carne e ovos.

Estudos mostram que ao usar uma fonte mineral orgânica de cobre, em especial os glicinatos, ocorre a melhora de indicies zootécnicos na avicultura, devido a sua particularidade no processo digestivo e metabólico.

Além disso, os glicinatos de cobre melhoram a saúde intestinal, uma vez que tem efeito bacteriostático e bactericida em patógenos como E. coli e Salmonella, ajudando a controlar a microbiota intestinal, reduzindo o risco de doenças entéricas nas aves (Haldar et al., 2023).

A qualidade no empenamento das aves também é melhorada, pois, o cobre é um mineral essencial para a formação de colágeno, elastina e queratina, e por ser mais biodisponível, os glicinatos elevam a participação do Cu nesse processo.

Outro benefício de usar essa forma orgânica é que com a presença desse mineral orgânico no organismo das aves, as enzimas ligadas a resposta imune como a superóxido dismutase (SOD), possui uma melhor resposta (Jarosz et al., 2018)

Estudos com glicinatos de manganês demonstram que o uso dessa fonte mineral na avicultura pode promover melhorias significativas na formação óssea das aves.

Também foram observados efeitos positivos na qualidade da casca dos ovos, como maior espessura e poros menores, fatores que contribuem para a preservação da qualidade interna dos ovos e para o desempenho reprodutivo das aves. Nos frangos de corte, os benefícios incluem melhora na capacidade absortiva intestinal e maior rendimento de carcaça (Araujo et al., 2009).

Assim como os glicitanos supracitados, o de zinco também possui uma maior biodisponibilidade, quando comparado as fontes inorgânicas desse mineral como os sulfatos.

Ao avaliar essa fonte para frangos de corte Zhu et al. (2022), observaram uma melhora no ganho de peso diário das aves e melhor conversão alimentar, além de relatar aumento nos nives de proteína total e albumina no soro, o que revela que os glicinatos de zinco interferem de maneira positiva no metabolismo proteico das aves.

A avaliação do glicinato de zinco na dieta de gansos demonstrou efeitos benéficos em diversos parâmetros, como qualidade óssea, integridade intestinal, capacidade antioxidante e resposta imunológica.

Entre os resultados observados, destacam-se o aumento no comprimento e na densidade óssea da tíbia, a redução da permeabilidade intestinal e a maior expressão das proteínas de junção estreita.

Houve também um aumento nas populações de Lactobacillus e Bifidobacterium, acompanhado por uma redução nos níveis de citocinas inflamatórias no soro, tíbia e ceco.

A melhoria da capacidade antioxidante foi atribuída ao aumento das enzimas catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GSH-PX), o que contribuiu para a redução na produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) e de malonaldeído (MDA) (Zulfiqar et al., 2025).

Quando o glicinato de ferro é utilizado na alimentação de frangos de corte, em comparação a fontes inorgânicas, possui uma maior capacidade de elevar o conteúdo desse mineral no sangue, fígado e ossos das aves.

Além disso, ele contribui para elevar a resistência óssea desses animais, o que sugere uma melhoria na qualidade e na sustentação do esqueleto de frangos de corte (Winiarska-Mieczan et al., 2023).

Já a utilização da mesma fonte de ferro para galos de cinquenta dias demonstrou uma potencialização na resposta imune dessas aves quando comparado a minerais inorgânicos. Isso se justifica, pois, o glicinato de ferro estimulou mecanismos de defesa celular, assim como a produção de células citotóxicas o que resulta em promoção da resposta natural do organismo ao desenvolvimento de inflamação (Jarosz et al., 2016).

Ao avaliar os efeitos benéficos dos glicinatos na nutrição avícola, eles se destacam como uma alternativa superior às fontes minerais inorgânicas tradicionais, como os sulfatos.

Disponível em:

Os glicinatos, formados pela complexação de íons metálicos com a glicina, oferecem uma série de vantagens, como maior estabilidade, solubilidade e biodisponibilidade no trato gastrointestinal das aves.

Esses benefícios resultam em melhor aproveitamento dos nutrientes, menor excreção fecal de minerais e, consequentemente, menor impacto ambiental.

Além da eficiência nutricional, os glicinatos apresentam efeitos positivos sobre:

Saúde intestinal,

Imunidade,

Metabolismo proteico,

Qualidade óssea e

Qualidade reprodutiva das aves.

Minerais como ferro, zinco, cobre e manganês, quando administrados na forma de glicinatos, proporcionam melhorias significativas nos índices zootécnicos, no rendimento de carcaça, na qualidade dos ovos e na resposta imunológica dos animais.

Portanto, a inclusão estratégica de glicinatos nas formulações de rações representa uma abordagem nutricional mais eficiente, segura e sustentável, com impactos positivos diretos sobre o desempenho produtivo e o bem-estar das aves, consolidando seu papel como ferramenta valiosa na modernização da avicultura.

Glicinatos: o que são e quais seus benefícios para as aves?

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Referencias sob consulta dos autores

O IMPACTO DO ISOLAMENTO TÉRMICO NO DESENVOLVIMENTO DAS AVES E NA ECONOMIA DO PROCESSO PRODUTIVO

Emerson Salum Gerente Comercial de Isolamento Técnico, Agronegócio, Fibras de Polipropileno da Saint-Gobain Soluções para Construção

Abusca por eficiência na avicultura tem impulsionado a adoção de soluções inovadoras. Entre elas, o isolamento térmico em estruturas de aviários desponta como um fator determinante para o bem-estar animal e a rentabilidade do produtor.

A manutenção de uma temperatura interna estável nos aviários, independentemente das variações climáticas externas, minimiza o estresse dos frangos, um fator que impacta diretamente o ganho de peso e a conversão alimentar.

A aplicação de soluções como a lã de vidro, desenvolvida com foco no agronegócio, demonstra resultados consistentes na redução do estresse térmico das aves e na otimização dos custos operacionais.

O conforto térmico é um pilar para o desenvolvimento saudável das aves.

Dados de campo confirmam que aviários com isolamento térmico apresentam temperaturas internas mais homogêneas e controladas, mesmo diante de picos de calor ou frio.

Essa estabilidade contribui para um ambiente propício ao crescimento das aves, refletindo-se em melhores índices de produtividade.

Além do impacto direto no desenvolvimento animal, a economia de energia representa um benefício significativo, podendo alcançar até 30% de redução nos valores gastos com esse insumo.

A regulação térmica proporcionada pelo isolamento reduz a necessidade de acionamento constante de sistemas de aquecimento e resfriamento.

Estudos de caso em diferentes regiões do Brasil, como nos estados de São Paulo, Paraná e Goiás e envolvendo diferentes tamanhos e estruturas e quantidades de aves armazenadas, evidenciam uma redução substancial no consumo de energia elétrica em aviários que fazem uso da solução para isolamento térmico.

Essa diminuição no uso de um insumo de alto custo impacta positivamente a margem de lucro dos produtores, tornando a operação mais viável economicamente.

Quando o assunto é inovação é outro diferencial importante. Produtos como o Midfelt Agro 100mm, feltro de lã de vidro, são fruto de um intenso trabalho de pesquisa e desenvolvimento e foram concebidos especificamente para o setor agropecuário.

Sua composição, a partir de vidro 80% reciclado, alinha-se às principais demandas do setor.

A segurança é outro atributo relevante: o material é incombustível, não goteja em caso de incêndio.

Já pela ótica da biosseguridade, a lã de vidro é um produto que possui propriedades antifúngicas e antibacterianas, contribuindo para um ambiente mais higiênico e seguro para as aves e profissionais.

Além disso, é um material que não atrai e não é fonte de alimento para roedores e insetos.

Em resumo, a implementação de soluções de isolamento térmico em aviários transcende a simples melhoria estrutural.

Ela representa um investimento estratégico que proporciona conforto térmico às aves, impulsiona seu desenvolvimento, e gera uma economia substancial de energia, impactando diretamente a rentabilidade do produtor.

A inovação e os diferenciais técnicos desses produtos consolidam sua posição como um elemento essencial para a avicultura moderna e eficiente, impactando diretamente em uma maior competitividade para o mercado brasileiro diante de outros players globais.

O impacto do isolamento térmico no desenvolvimento das aves e na economia do processo produtivo BAIXAR EM PDF

POR QUE A VIRAGEM DOS OVOS É IMPORTANTE?

Equipe Técnica Aviagen

Aviragem inadequada compromete o desenvolvimento das membranas embrionárias e a circulação. A membrana cório-alantoide, a área vascular e o líquido sub-embrionário são necessários para transportar água, nutrientes e gases respiratórios dentro do ovo.

Se os ovos não forem virados, ou o ângulo de virada for muito raso, o desenvolvimento do embrião é afetado, reduzindo a viabilidade e a eclodibilidade.

Os pintos serão pequenos, eclodirão tardiamente e sua penugem ficará pegajosa com albúmen não absorvido.

A viragem ajuda a direcionar e redirecionar o fluxo de ar através da incubadora. Em alguns projetos, ela pode evitar o desenvolvimento de pontos aquecidos.

Em outros, pode ser útil nivelar as bandejas no final da incubação para melhorar o fluxo de ar sobre os ovos.

Quais são os fatores importantes na viragem de ovos?

Tempo – A viragem dos ovos é necessária desde o dia da postura até o 15º dia da incubação.

Frequência – Os ovos devem ser virados a cada por hora.

Ângulo – Os ovos devem ser virados de 38 a 45 graus em relação à linha horizontal a cada virada.

Procedimento para a verificação da viragem dos ovos – Frequência de viragem

Suavidade – Nos estágios iniciais da incubação, o embrião possui vasos sanguíneos muito delicados, que podem se romper se a viragem não for suave. ETAPA 1:

Acompanhe a primeira viragem completa após o início do trabalho da máquina e observe se o mecanismo de viragem está funcionando suavemente e abrangendo todo o ângulo de viragem em ambas as direções.

Muitas incubadoras modernas possuem sensores automáticos de viragem. Eles são úteis, mas nem sempre são totalmente confiáveis. Sempre realize verificações visuais também.

Durante a incubação, verifique cada incubadora pelo menos 3 vezes ao dia, observando a direção em que as bandejas estão inclinadas. Analise a incubadora, verificando cada carrinho e abrindo as portas, se necessário.

Mantenha o intervalo entre as verificações consistente e em um número ímpar de horas para garantir que a inclinação alterne da esquerda para a direita em verificações sucessivas.

Tabela 1: Planilha de registro de amostra contendo um problema de viragem no dia 3.

Número da incubadora 33 Data da eclosão 30 de agosto de 2023 Lotes Levenhall, McArthur

Verificação

Correia dos ventiladores Ok

Barras de aquecimento Ok

Bicos de umidificação limpos

Verificação de gotejamento

Funcionamento da viragem

Funcionamento do alarme

Limpeza e desinfecção

T ampa do sensor de umidade aberta

Verificação do termômetro da porta

Verificações pré-incubação

Procedimento para a verificação da viragem dos ovos – Ângulo de viragem

ETAPA 1:

Verifique regularmente o ângulo de viragem nas incubadoras carregadas como parte da rotina de acompanhamento da incubadora.

ETAPA 2:

Verifique os ângulos de viragem usando um medidor de ângulo (Figura 1) ou um aplicativo adequado em um celular (Figura 2).

Use a bandeja plástica da incubadora como referência, não o suporte de metal, pois eles podem diferir. É importante garantir que o que está sendo medido corresponde ao está realmente acontecendo com os ovos.

Dan

Dan

Dan

Dan

Dan

Dan

Dan

Dan

Bob

Figura 1: Medindo o ângulo de viragem com um medidor de ponteiro e um medidor digital.
Figura 2: Medindo ângulos de viragem usando um aplicativo como o Angle Meter Pro

ETAPA 5:

ETAPA 3:

Coloque o dispositivo de medição escolhido em uma bandeja central carregada em cada carrinho da incubadora, leia o ângulo de viragem e, em seguida, retire o medidor de ângulo.

ETAPA 4:

Use o mecanismo de viragem da incubadora para mover as bandejas na direção oposta de inclinação e faça a medição novamente, visto que os ângulos podem não ser os mesmos. Não mova as bandejas manualmente.

Meça o ângulo de viragem novamente e registre os dados (Tabela 2).

Observação: Os ângulos de viragem tendem a se desviar ao longo do tempo; visto que esse desvio costuma ser gradual, pode ser difícil percebê-lo a menos que seja medido regularmente e os registros sejam mantidos.

Sinais de viragem inadequada

Aumento da mortalidade embrionária precoce quando o problema de viragem ocorre entre 0 e 7 dias de incubação.

Aumento da mortalidade embrionária tardia devido a problemas entre a postura e o 15º dia.

Incubatório:

Data Nº da incubadora Posição na máquina Ângulo esquerdo Ângulo direito Ação tomada

25 de junho 15 lado esquerdo, fileira da frente, carrinho esquerdo 45 43 Ok

25 de junho 15 lado esquerdo, fileira da frente, carrinho central 45 45 Ok

25 de junho 15 lado esquerdo, fileira da frente, carrinho direito 38 38 Apenas Ok

25 de junho 15 lado esquerdo, segunda fileira, carrinho esquerdo 44 42 Ok

25 de junho 15 lado esquerdo, segunda fileira, carrinho central 43 41 Ok

25 de junho 15 lado esquerdo, segunda fileira, carrinho direito 32 34

Verifique o mecanismo de viragem - barras de viragem inclinadas

Tabela 2: Registro do ângulo de viragem.
Medição do ângulo de viragem
Sunnybank Hatchery

Falha da membrana cório-alantoide (CAM) em envolver completamente o albúmen, deixando uma área sem vasos sanguíneos na extremidade menor do ovo (Figura 3), aglomerados de albúmen não absorvido em embriões mortos tardiamente (Figura 4) e áreas pegajosas em pintos eclodidos (Figura 5).

causando penugem pegajosa em pintos chocados

Aumento da frequência de malposições, especialmente a Malposição 2, com o embrião de cabeça para baixo (Figura 6).

Causas possíveis - Sem viragem

Se a viragem falhar no início, após a postura dos ovos, ou se observações consecutivas durante a incubação mostrarem as bandejas inclinadas da mesma maneira, pode haver um problema de viragem.

Figura 3: CAM incompleta na extremidade menor do ovo.
Figura 4: Albúmen não absorvido em embriões em estágio avançado
Figura 5: Albúmen não absorvido
Figura 6: Malposição II, pinto de cabeça para baixo.

Ative o mecanismo de viragem imediatamente para verificar se está funcionando. Caso contrário, verifique as seguintes causas possíveis:

O carrinho não está totalmente engatado no mecanismo de viragem.

As rodas do carrinho estão gastas, impedindo que o mecanismo de viragem se alinhe corretamente.

Falha no sensor de viragem.

Falha de software ou programação incorreta.

Não há ar ou energia no dispositivo.

Dispositivo de viragem com defeito.

Causas possíveis - ângulo de viragem incorreto

Ângulos de viragem abaixo de 38 graus são muito baixos. As causas possíveis incluem:

Barras de viragem tortas (geralmente máquinas maiores).

Desgaste no mecanismo de viragem.

Baixa pressão de ar no mecanismo de viragem acionado por ar comprimido.

As máquinas são modificadas de forma que não há espaço para o ângulo de viragem completo.

Se os ângulos forem menores que 38 graus e não puderem ser ajustados, aumentar a frequência de viragem para mais de uma vez por hora (até 3 vezes por hora) pode limitar algumas perdas, mas não todas. No entanto, a taxa de falhas e a necessidade de reparos nos sistemas de viragem aumentarão proporcionalmente.

Por que a viragem dos ovos é importante?

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GENÉTICA PARA A

SUSTENTABILIDADE

Guiando a inovação e o progresso na indústria avícola para um futuro sustentável.

A INFLUÊNCIA DA LUZ NO BEM-ESTAR DAS GALINHAS POEDEIRAS

Édina de Fátima Aguiar

Doutora em zootecnia e assessora na Iniciativa MIRA

Aambiência é um fator que influencia diretamente o bem-estar das aves, estando intimamente relacionada às suas respostas fisiológicas e comportamentais.

Entre os diversos elementos que compõem o ambiente interno dos galpões, destaca-se a iluminância, cuja adequação é essencial para garantir a saúde e o desempenho produtivo das poedeiras.

A visão é um dos sentidos mais desenvolvidos nas aves, e sua percepção visual é bastante distinta da dos seres humanos. Por isso, para promover um alto grau de bem-estar, é fundamental considerar diversos aspectos da iluminação, como:

a duração da exposição luminosa, sempre levando em conta as especi cidades do sistema visual das aves

o comprimento de onda

o tipo de luz (natural e/ou arti cial)

o tipo de lâmpada utilizada

a intensidade luminosa

As aves percebem a luz não apenas pelos olhos, mas também por meio de fotorreceptores localizados no hipotálamo, que desempenham um papel crucial na regulação neurohormonal. A luz captada ativa os fotorreceptores hipotalâmicos, estimulando a liberação do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH).

Este, por sua vez, atua na hipófise, induzindo a produção do hormônio luteinizante (LH) e do hormônio folículo estimulante (FSH), os quais se ligam aos receptores das células da granulosa dos folículos ovarianos, promovendo a síntese de estrogênios, androgênios e progesterona, conforme o estágio de desenvolvimento folicular.

Esse mecanismo complexo influencia diretamente as funções reprodutivas, comportamentais e as características sexuais secundárias das aves.

Além disso, a luz atinge a glândula pineal e a hipófise através da parte superior do crânio, impactando diretamente o fotoperíodo e, por consequência, o estado imunológico, a taxa de crescimento e a produção hormonal das aves.

Assim, uma iluminação adequada contribui para que as aves mantenham um ciclo circadiano saudável (diurnonoturno).

O espectro eletromagnético da luz natural abrange uma faixa de comprimentos de onda visível ao olho humano; no entanto, as aves possuem uma capacidade visual ampliada, podendo enxergar na faixa do ultravioleta.

Isso lhes permite uma percepção mais rica de cores e uma resposta fisiológica acentuada a comprimentos de onda situados no final do espectro visível, como o vermelho e o laranja, cores que apresentam maior capacidade de penetração transcraniana (até mil vezes mais que as cores frias), estimulando, assim, a produção de hormônios reprodutivos em maior intensidade.

Adicionalmente, a intensidade luminosa deve ser cuidadosamente controlada, pois níveis inadequados de luz podem inibir a manifestação de comportamentos naturais essenciais ao bem-estar, como ciscar, empoleirar-se e interagir socialmente.

As aves possuem especial sensibilidade à coloração roxa, demonstrando uma percepção mais rápida e acentuada em relação a tons como verde e azul.

Essa sensibilidade visual diferenciada reforça a importância de uma iluminação adequada ao seu espectro de visão, respeitando suas necessidades fisiológicas e comportamentais.

A anatomia visual das aves também contribui para sua visão altamente desenvolvida. Seus olhos, localizados lateralmente na cabeça, garantem um campo de visão mais amplo.

O olho das aves contém cinco tipos de cones, sendo um deles sensível à radiação ultravioleta e outro — o cone duplo, especializado na detecção de movimentos rápidos e lentos.

Além disso, o tamanho relativamente grande dos olhos, aliado à alta densidade de células fotorreceptoras e conexões neurais mais complexas com o nervo óptico, assegura uma percepção visual altamente eficiente.

Figura 1: Diferença entre a visão de seres humanos e aves em relação ao espectro de luz. Adaptado de Peche (2017).

As aves são altamente responsivas à luz artificial, o que torna fundamental a escolha adequada do tipo de lâmpada a ser utilizada nos galpões.

pelo MAPA para uso na presença de animais.

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Essa discussão tem ganhado destaque, especialmente por sua relação direta com a obtenção do índice de iluminância ideal para estimular tanto as respostas fisiológicas quanto comportamentais das aves.

A cor da luz emitida pelas lâmpadas pode interferir significativamente no comportamento das aves, influenciando aspectos como estresse, agressividade e bem-estar geral — fatores que, por sua vez, afetam diretamente a produtividade, incluindo a qualidade e quantidade de ovos produzidos.

Cada tipo de lâmpada possui características distintas. As lâmpadas incandescentes, por exemplo, têm baixo custo inicial e fornecem uma iluminação uniforme, mas apresentam desvantagens como alta geração de calor, elevada emissão no espectro vermelho (comprimento de onda mais longo) e custos operacionais mais altos, o que pode comprometer o conforto térmico das aves.

As lâmpadas fluorescentes, por outro lado, oferecem maior eficiência luminosa e podem reduzir em até 70% o consumo de energia elétrica. Elas também garantem uma percepção mais clara e brilhante do ambiente, facilitando o manejo e a inspeção das aves.

Mais recentemente, as lâmpadas LED (Diodo Emissor de Luz) têm se destacado por sua alta eficiência energética, durabilidade e baixo aquecimento.

Além de representarem uma alternativa sustentável, os LEDs permitem ajustes finos na intensidade e na composição espectral da luz, o que os torna promissores para simular de forma mais precisa a luz natural.

Estudos continuam sendo conduzidos para desenvolver tecnologias que reproduzam fielmente as condições ideais de iluminação natural.

Como as aves distinguem claramente os fotoperíodos, ou seja, a diferença entre dias curtos e longos, é possível implementar programas de luz que combinem iluminação natural e artificial.

Pesquisas demonstram que, quando essa combinação é bem manejada, as aves permanecem mais ativas e demonstram maior frequência de comportamentos naturais.

No entanto, ainda são necessários mais estudos para compreender de forma ampla a influência de variáveis como o comprimento de onda e as flutuações no espectro luminoso.

Outro aspecto relevante é o tempo necessário para que os estímulos luminosos surtam efeito nas aves, conhecido como fase fotossensível.

A sensibilidade à luz ocorre entre 10 e 15 horas de exposição diária; após esse período, as aves tornam-se fotorefratárias, ou seja, não respondem mais ao estímulo luminoso.

Dessa forma, fotoperíodos curtos não ativam essa fase, enquanto dias mais longos estimulam os hormônios reprodutivos e podem melhorar o desempenho produtivo e o bem-estar.

É importante destacar que, em dias ensolarados, galinhas criadas ao ar livre ou em galpões com janelas recebem níveis elevados de luz.

Com o tempo nublado, o espectro vermelho da luz natural é parcialmente obscurecido, predominando os tons azulados. No nascer e no pôr do sol, ocorre o oposto: há um aumento na intensidade da luz vermelha, o que influencia positivamente o comportamento de empoleiramento e reduz o risco de amontoamento.

Assim, considerando tanto a fisiologia transcraniana das aves quanto os princípios de bem-estar animal, recomenda-se a utilização preferencial da luz natural, especialmente ao final do dia. Esse manejo contribui para a expressão de comportamentos naturais, maior conforto térmico e melhor adaptação ao ambiente de criação.

É importante ressaltar que caso não seja utilizada luz natural de forma exclusiva, alguns pontos devem ser atentados para garantir melhores condições de bemestar às aves:

A iluminação deve ser uniforme em todo o aviário, pois as aves tendem a se amontoar nos locais mais escuros e neles realizar a postura na cama.

A cada período de 24 horas, o sistema de iluminação no aviário deverá proporcionar:

Um período mínimo de 8 horas de luz artificial contínua e/ou de luz do dia

Um período mínimo de 6 horas de escuridão contínua ou do período natural de escuridão

Para iluminação artificial deve-se utilizar um programa de redução e aumento gradual da iluminância, permitindo que as galinhas se preparem para o escuro ou claro.

Deve-se fazer o uso de um potenciômetro, dimmer ou timer para auxiliar no manejo da iluminação. Essa medida auxilia na manifestação do comportamento natural de empoleirar.

Os níveis de iluminação durante o dia devem permitir luminosidade suficiente para que as aves possam expressar seus comportamentos naturais e serem inspecionadas sem dificuldade.

A intensidade de luz na altura das aves não deve ser menor que 20 lux.

A luz natural ainda pode influenciar de maneira positiva sobre a saúde das aves, pois quando captada, pode sintetizar a Vitamina D, que é requerida para o adequado metabolismo do cálcio e fósforo, para a formação e fortalecimento dos ossos, bico, patas e a casca do ovo, preservando sua saúde positivamente, evitando problemas de pernas e na produção dos ovos.

Diante de todos os aspectos abordados, a iluminação configurase como um fator ambiental essencial para o bem-estar das aves, influenciando diretamente tanto a expressão de seus comportamentos naturais quanto a sua produtividade, especialmente na postura de ovos.

Sempre que possível, recomendase o uso da luz natural, pois ela oferece às aves as condições ideais de comprimento de onda, intensidade e duração de exposição, favorecendo o equilíbrio fisiológico, mental e comportamental, além de contribuir para um ambiente de criação mais harmonioso e sustentável.

A influência da luz no bem-estar das galinhas poedeiras

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Referências sob consulta da autora.

Feito com bi-quelato.

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PRODUÇÃO DE PINTINHOS SAUDÁVEIS: PONTOS IMPORTANTES

DA BIOSSEGURIDADE E DA HIGIENE EM INCUBATÓRIOS – PARTE I

Ase desafiando e se movimento em direção a um sistema de produção livre de antibiótico, e quando utilizado sendo muito conservador e de moléculas preferencialmente não utilizadas na saúde humana.

A biosseguridade rigorosa é o nosso desafio na prevenção, controle e limitação da exposição a agentes bacterianos, virais e parasitarias na cadeia avícola.

Diferença entre sanidade avícola e biosseguridade

Sanidade avícola está correlacionada à saúde das aves e segurança de seus produtos.

O incubatório tem por objetivo ter resultados de grande produtividade com altos números de eclosão e a entrega de um pintinho de alta qualidade livre de patógenos que possam comprometer o seu desempenho a campo.

Biosseguridade é um conjunto de práticas que visa prevenir, controlar e limitar a entrada/ propagação de doenças.

A sanidade do incubatório começa com a saúde dos ovos recebidos das matrizes, que está correlaciona da com plano de vacinal adequado a matrizes e principalmente medidas como a desinfeção e limpeza das granjas e a prevenção de fatores de riscos que podem causar danos aos ovos embrionados antes mesmo de chegar ao incubatórios.

O incubatório é o elo e transformação e ligação entre os matrizeiros e a produção do frango de corte, pois na planta temos:

Recebimento de ovos de matrizes de diversas origens

Nascimento de pintinhos de diversas origens

Expedição de pintinhos para vários locais.

Incubação

Qualidade dos ovos

A matéria prima, o ovo, é o início do gerenciamento de risco de contaminação cruzada, qualidade de pintinho alinhado à resultado zootécnico aos 7 dias de vida e resultados de eclosão.

Os ovos recebidos no incubatório, sendo ovos de ninho ou de cama, devem ter uma rastreabilidade clara ao chegar na planta com no mínimo duas identificações:

lote/granja e data de produção.

Após o recebimento há avaliação da qualidade dos ovos por amostragem ou 100 % reclassificados na sala de ovos e enviados para sala de estoque para posteriormente serem remanejados para as cargas de incubação conforme a programação da planta de incubação.

Os dados da monitoria da qualidade dos ovos já trazem uma riqueza de informações de como vai estar a qualidade do pintinho e dados da eclosão.

Na classificação deve sempre ser observado as questões de qualidade de casca com:

Avaliações de micro trincas

Sujidades de casca

Casca na

Ovos comerciais

Posicionamento dos ovos na bandeja

Pois todos estes parâmetros de avaliação interferem no resultado final.

APONTANDO NA DIREÇÃO CERTA

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Karla Bordin

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Luis Carrasco

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A avaliação é importante, porém também se faz necessária nos ovos de cama/piso, pois eles representam uma fatia importante na incubação.

Exemplo: se temos um lote de 60.000 matrizes com 2% de ovos de cama, temos uma média de 1200 ovos/dia. Na incubação montamos a carga com 5 dias de estoque (6000 ovos cama).

Em uma máquina 129.024 ovos estes 6000 ovos de cama representam 4,65% da carga da incubadora.

Estes resultados então são demostrados no trabalho de Peric et al. (2022) no qual avaliou os resultados de eclosões de 4 categorias relacionadas ao local da postura dos ovos (Tabela 1).

Os ovos de chão sujo tiveram uma diferença de eclosão geral 15,55% a menos em relação aos ovos de ninho, sendo que 7,53% desta diferença é dos ovos contaminados.

Tabela 1: Efeito do local de oviposição e análise dos parâmetros de eclosão, peso e Comprimento do pintinho. Fonte: adaptado de Peric et al. (2022)

Parâmetro

Incubação
Ninho de ovos
Ovos de ninho, colocados no chão
Ovos de chão, limpos Ovos de chão, sujos

Procedimento de biosseguridade

Todos os pontos da biosseguridade são de grande importância e devem estar sendo realizados.

Porém temos três fatores muito importantes dentro do dia a dia da planta de incubação para a geração de pintinhos de alta qualidade livre de patógenos que possam interferir no desempenho zootécnico durante o seu desenvolvimento a campo.

Erradicação da doença

Monitoramento

Auditorias

Plano contingência

Educação continuada

Higienização:

O programa de higienização deve atuar em três principais pontos:

Prevenir a entrada de patógenos,

Evitar a contaminação cruzada ou transporte de patógenos dentro do incubatório e/ou nos materiais utilizados e

Minimizar/ eliminar o crescimento da carga bacteriana ou fúngica.

A falha na higienização acarreta prejuízos sendo diretamente por diminuição da eclosão, maior percentual de pintos eliminados, aumento de ovos contaminados, aumento da mortalidade inicial aos 7 dias, ou indiretamente por infecções subclínicas que podem levar a uma diminuição do desempenho dos pintinhos em ganho de peso e aumento da conversão alimentar nos primeiros dias de vida.

Incubação

Pontos importantes que devem ser observados no programa de higienização, para ser ter a eficiência nos procedimentos:

Tempo e diluição dos produtos utilizados (detergentes e desinfetantes);

Tipo de sujidades a serem eliminadas;

Frequência de limpeza nos locais –pois cada local exige uma frequência diferente de higienização conforme a movimentação do processo local;

Procedimentos descritos de linguagem simples e aplicável no processo do dia a dia e

Estabelecer pontos críticos de controle no processo

A utilização inadequada dos desinfetantes em relação a concentração de diluição e tempo de ação pode ocasionar resistência bacteriana. A resistência bacteriana aos desinfetantes, bem como a coresistência com antibióticos, representam sérios riscos à saúde pública.

No trabalho de Carvalho et al. (2017) comparou cepas de E. coli padrão com cepa de E. coli APEC em relação a resistência ao desinfetante de cloreto de benzalcônio. Nos resultados (Tabela 2) podemos evidenciar a resistência das APEC em tempo e concentrações diferentes.

Tabela 2: Escherichia coli padrão e número de isolados Escherichia coli de alta patogenicidade -APEC (n = 10) inativados (sensíveis) pelo cloreto de benzalcónio em quatro concentrações e três tempos de contato, a temperatura de ±20°C

(ATCC 25922)

Não inativada

S = sensível; R = resistente.

Produção de pintinhos saudáveis: Pontos importantes da biosseguridade e da higiene em incubatórios – Parte I BAIXAR EM PDF Item Tempo de contato

Além dos cuidados com higienização, outros pilares complementam a biosseguridade nos incubatórios. Esses pontos serão abordados na próxima edição da revista aviNews Brasil de 2025.

Incubação

VACINAÇÃO EM FRANGOS DE CORTE: O QUE OS NOVOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO PRECISAM?

M.V. Esp. MSc. PhD. Jorge Chacón Gerente de Serviços Veterinários – Ceva Saúde Animal – Brasil

INTRODUÇÃO

O Brasil possui uma indústria avícola cada vez mais dinâmica, exigente e em crescimento. Segundo a ABPA, nos últimos 10 anos, registrou-se um crescimento de 20% na produção de carne de frango, enquanto o PIB do país cresceu apenas 6,5% no mesmo período.

Esta maior exigência da indústria avícola vem levando a adequações no sistema de produção de frango de corte, as quais vêm dificultando o controle efetivo dos patógenos e o manejo da ambiência nos aviários, resultando em desafios sanitários e queda da produtividade.

Entre as principais mudanças e suas consequências negativas se destacam:

Vazio sanitário efetivo de menor duração

Procedimentos de limpeza e desinfecção simplificados.

“Enquanto um bom processo de limpeza e desinfecção elimina 80% dos patógenos, um segundo processo reduzirá os patógenos em 99%. O problema é que em casos de vazios curtos, não dá nem para fazer um único processo bem-feito”.

Processos de limpeza e desinfecção de equipamentos menos eficientes.

Menor eliminação dos patógenos presentes no aviário e procedentes do lote anterior.

Tempo insuficiente para preparar da pinteira, realizar os manejos de pré-aquecimento e montagem de equipamentos e pontos de aquecimento.

Maior reaproveitamento de cama

Persistência dos patógenos presentes no aviário e procedentes do lote anterior.

Liberação de amônia e outros gases desde os primeiros dias de criação do novo lote de aves.

Aumento da presença de pragas como cascudinhos, moscas e outros insetos, muitos deles vetores de patógenos.

Aumento da densidade populacional de criação

Maior dificuldade para garantir qualidade de ambiência adequada e manejo de cama.

Maior persistência dos patógenos.

Maior número de aviários em áreas geográficas

Maior circulação de patógenos na região geográfica, principalmente em regiões onde não se realizam os alojamentos por microrregião.

Desta forma, um lote de frangos pode se infectar com patógenos que ingressam na granja durante o ciclo produtivo, mas também poderão se infectar com patógenos que infectaram o lote anterior e sobreviveram no aviário após vazio sanitário curto e processos de limpeza e desinfecção deficientes.

“Em um estudo recente comprovamos que além da E. coli e Salmonela spp., patógenos virais como o vírus da doença de Gumboro e o vírus variante da Bronquite infecciosa (BI) podem manter-se viáveis após processo de vazio sanitário e procedimentos rotineiros de tratamento de cama”.

S

Nesta situação, os pintinhos estão sendo expostos aos patógenos desde o primeiro dia de vida.

Muitas vezes, as infecções precoces originadas por patógenos presentes desde o alojamento das aves não serão controladas pelas vacinas aplicadas no incubatório, principalmente por aquelas que levam várias semanas para estabelecer imunidade competente.

A consequência de uma infeção dependerá de vários fatores, destacando o nível de virulência do agente infeccioso o que pode resultar em sinais leves (espirros), moderadas (aerossaculite) até severas (morte).

No caso da aerossaculite, o mais comum é ter coexistência de várias causas (Gráfico 1).

Gráfico 1. Principais causas de aerossaculite em aves comerciais

Baixa umidade

Excesso de pó

Reação pós

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

REQUERIDAS DAS VACINAS

As vacinas são importantes ferramentas imunoprofiláticas destinadas a criar resistência precoce e duradoura nos indivíduos imunizados.

Porém, o estímulo do sistema imune das aves deve acontecer causando o mínimo prejuízo sanitário e produtivo no lote.

SEGURANÇA

As vacinas, principalmente as vivas desenvolvidas por processos de atenuação insuficientes, podem causar problemas futuros no lote imunizado, sendo os mais comuns:

Reações pós-vacinais: decorrentes de uma replicação intensa, agressiva e prolongada do agente vacinal nos tecidos respiratórios das aves.

Este tipo de replicação persistente não apenas danifica desnecessariamente os tecidos respiratórios, mas também os predispõe a lesões e infecções adicionais.

Este efeito fica mais evidente quando lotes imunizados com vacinas reativas sofrem também de problemas de qualidade de ar (principalmente no inverno), resultando em um problema respiratório agravado.

Ar frio
Amônia

Um exemplo de esta situação se teve com o uso da cepa vacinal La Sota da Doença de Newcastle, a qual aplicada nos frangos levava a sérios distúrbios respiratórios.

As reações pós-vacinais levam a problemas adicionais como:

uso de antibióticos para combater as infecções bacterianas decorrentes, e queda do desempenho produtivo devido ao mal-estar derivado dos distúrbios respiratórios.

No caso das vacinas contra Doença de Newcastle (DN) e Laringotraqueíte infeciosa (LTI) as vacinas vivas vêm sendo substituídas rapidamente pelas vacinas vetorizadas, as quais, por não conter vírus vivos da DN e LTI, não causam nenhuma reação nem problema de segurança.

Assim, prefere-se as vacinas mais seguras, sustentadas por trabalhos conduzidos de forma controlada e validadas no campo.

Um estudo conduzido em isoladoras com frango de corte imunizados com diferentes cepas vacinais da Bronquite infecciosa disponíveis no Brasil, avaliou a segurança de programas vacinais mesurando aos 7 e 11 dias pós vacinação a reação clínica (sinais respiratórios), lesões macroscópicas (aerossaculite) e atividade ciliar (nível de ciliostase).

Os resultados mostram diferentes graus de agressividade causados pelos programas vacinais no trato respiratório das aves (Gráfico 2).

No caso da Bronquite infecciosa, a reatividade das vacinas está relacionada ao nível de atenuação da semente viral, com isto se espera diferentes níveis de segurança entre as diferentes opções disponíveis no mercado.

Estes resultados explicam as diferentes observações obtidas a nível de campo.

“O vírus da Bronquite infecciosa, contém material genético instável, o que leva a instabilidade biológica. Assim, o desenvolvimento de vacinas a partir de vírus de campo deve ser realizado com os mais altos padrões de segurança e suportado com metodologias inovadores e validados para não gerar problemas no campo”.

Gráfico 2. Segurança de programas vacinais contra a Bronquite infecciosa em frango de corte criados em isoladoras. (Adaptado de Chacón et al., AAAP 2025)

Escore clínico (7 e 11 dias pós vacinação)

BR(IBras)+MassBR(IBras)+Var2BR(IBras)+Mass+Var2BR(B)+MassMass+Var2BR(B)+Mass+Var2 Negativo

Grupo e cepas vacinais

Ciliostase (7 e 11 dias pós vacinação)

BR(IBras)+MassBR(IBras)+Var2BR(IBras)+Mass+Var2BR(B)+MassMass+Var2BR(B)+Mass+Var2 Negativo

Grupo e cepas vacinais

Aerossaculite (7 e 11 dias pós vacinação)

BR(IBras)+MassBR(IBras)+Var2BR(IBras)+Mass+Var2BR(B)+MassMass+Var2BR(B)+Mass+Var2 Negativo

Grupo e cepas vacinais

Reversão da patogenicidade: quando bactérias e vírus são inadequadamente atenuados, podem recuperar sua patogenicidade inicial causando, após passagens sequenciais ave-ave, a doença para a qual foram desenvolvidas.

As vacinas vivas para a doença da Laringotraqueíte infecciosa são um exemplo de vacinas reconhecidas pela sua capacidade de recuperar sua patogenicidade devido à instabilidade biológica do agente atenuado.

Rolagem viral: outro aspecto negativo das vacinas com processo de atenuação inadequado é a capacidade do vírus de passar de ave a ave, e de aviário para aviário de forma ilimitada.

“Para estimular o sistema imune das aves, é necessário replicação limitada nas células alvo por um curto período e com uma taxa de replicação controlada”.

A rolagem viral traz prejuízos produtivos e distúrbios clínicos respiratórios. O fator de reprodução R define a capacidade de transmissão dos microrganismos em hospedeiros específicos.

O Gráfico 3 mostra o índice de Reprodução R do vírus da Bronquite infecciosa vacinal e de campo.

Gráfico 3. Fator de Reprodução de vírus da Bronquite infecciosa

R < 1 (Cepa vacinal H120)

R > 1 (Virus sub-atenuado)

R = 19, 6 (virus de campo)

+80 aves infectadas

Enquanto a cepa vacinal H120 tem um valor inferior a 1 (são necessárias duas aves vacinadas para contaminar uma ave não vacinada), o valor R de um vírus não atenuado é próximo a 20 (ou seja, uma única ave infectada contaminará 20 aves).

Similarmente, um vírus vacinal insuficientemente atenuado terá instabilidade biológica e molecular podendo infectar mais de uma ave, e dessa forma, o vírus “rolará” indefinidamente dentro e depois fora do aviário.

Embora as reações pós-vacinais e rolagem viral estão relacionadas à estabilidade genética e biológica das vacinas, elas também podem acontecer caso o processo de vacinação seja deficiente.

PRECOCIDADE

No caso do alojamento de lotes de pintinhos em aviários previamente contaminados (herança do lote anterior), é fundamental iniciar a resistência ativa no menor tempo possível, com o uso de vacinas bem aplicadas e que estimulem rapidamente o sistema imune.

Práticas para estimular resposta imunológica precoce:

Vacinação in ovo: antecipa o início do estímulo imunológico em três dias comparada à vacinação ao primeiro dia.

Uso de vacinas precoces: a precocidade de proteção de uma vacina é dependente do processo de atenuação do agente vacinal ou da construção do vírus vetor e não da tecnologia vacinal.

S

No caso das vacinas vetorizadas, a precocidade, ou seja, a rapidez para conferir proteção efetiva está relacionada a vários fatores:

Gráfico 5. Início de proteção contra o desafio de vírus velogênico da Doença de Newcastle em frangos de corte.

Início de proteção clínica contra Doença de Newcastle

As diferenças durante a construção do vírus vetor, influenciará diretamente na taxa de replicação do vírus vetor, o que a sua vez definirá o início da proteção clínica.

Isto explica as diferenças entre o início de proteção conferida por exemplo entre as diferentes vacinas mono e duplo inserto HVT contra a Doença de Newcastle (Gráfico 4 & 5).

Gráfico 4. Início de proteção contra o desafio de vírus velogênico da Doença de Newcastle em aves SPF.

Início

de desa o (Semana pós vacinação)

No campo, é possível verificar a precocidade do agente vacinal através de:

Estudos de pega vacinal utilizando técnicas moleculares, ou

Indiretamente através da soroconversão induzida pelo agente vacinal.

Para algumas vacinas vetorizadas existem kits de ELISA específicos que permitem detectar e quantificar os anticorpos induzidos por vacinas vetorizadas por cada fabricante.

Vacinação em frangos de corte: o que os novos sistemas de produção precisam?

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