Grande Consumo N. º 37 2016

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É um facto que o movimento dos chamados “free-from” está em ascensão. Entre 2011 e 2014, a percentagem de lançamentos de produtos alimentares reclamando ter baixo/reduzido ou nenhum teor de alérgenos aumentou consideravelmente, dos 11% para os 28%, segundo a consultora Mintel. Uma outra pesquisa conduzida pela Innova Market Insights apurou que, no período de 12 meses terminado em abril de 2015, um em cada dez lançamentos de produtos alimentares e bebidas feitos a nível mundial referia-se a propostas sem glúten. Os produtos “free-from” são uma das grandes tendências no mercado da saúde e bem-estar a nível europeu, sector que cresceu, em valor, 11% em 2014 e que, de acordo com as estimativas da Euromonitor, deverá continuar a expandir-se a uma taxa média anual de 5% até 2020.

“Free-from” mercado em forte expansão TEXTO Carina Rodrigues FOTOS Sara Matos

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ENTA

n.º3 7/20 16 | JANE IRO/ FEVE REIR O

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Em Portugal, os produtos “free-from” estão também em crescimento. Fonte do Continente confirma que o mercado português dos produtos dietéticos tem crescido, ano após ano, a dois dígitos, terminando 2015 com um crescimento de mais de 25% face ao ano transato. “Do valor global do mercado, uma fatia considerável reporta à área dos “free-from”, onde as bebidas vegetais se destacam pelo seu peso tanto em valor como em quantidade”. Também no Grupo Auchan se tem testemunhado este crescimento da procura e especificamente dos produtos sem glúten. Tendência que, segundo Paulo Monteiro, diretor de Nutrição, Saúde e Bem-estar daquele grupo retalhista, tudo indica que continue a manter-se. “No último ano, esta categoria evoluiu, no Jumbo, cerca de 20% em clientes e 40% em vendas. A tendência de crescimento é clara: nos últimos três anos crescemos cerca de 100% em vendas”. Procura O crescimento deste mercado deve-se, em primeira instância, a

uma maior procura por parte dos consumidores. Por um lado, tem aumentado o número de pessoas diagnosticadas com alergias ou intolerâncias alimentares, que são o principal público-alvo dos produtos “free-from”. Em Portugal, por exemplo, 1% a 3% da população deverá sofrer de doença celíaca, uma patologia crónica e autoimune, para quem está estritamente proibida a ingestão de produtos com glúten. Número que, no entanto, não deverá ser um


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