O azeite foi a gordura alimentar que mais volumes perdeu em 2017, concretamente 5%. Um decréscimo que acumula à queda discreta de 2% registada no ano anterior, depois de um 2015 também penalizador para a categoria. Numa altura em que a alimentação saudável está na ordem do dia, era expectável assistir a um crescimento dos volumes de azeite, percecionado pelo consumidor como uma gordura mais saudável. Mas isso não aconteceu. Depois de um ano com níveis promocionais acima dos 60%, a categoria reduziu a atividade promocional, o que impactou os volumes. Este comportamento do azeite, contudo, não afetou positivamente a margarina e a manteiga, que também encolheram 3% e 2%, respetivamente. A aposta na inovação será, assim, determinante para alavancar os volumes, muito dependentes da atividade promocional.
Menos promoções, menos volumes nas
gorduras alimentares TEXTO Carina Rodrigues FOTOS Shutterstock
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A constante presença das gorduras alimentares em folhe- ra em que tanto se fala nos benefícios de uma alimentação saudável, to promocional não tem, em contrapartida, fomentado o e em que cada vez mais portugueses têm consciência da necessidade aumento do seu consumo no mercado nacional. No caso de adotar uma alimentação equilibrada, o consumo de azeite não tedo azeite, dizem os dados Nielsen HomeScan/Painel de nha disparado tanto quanto o esperado. No entanto, beneficiou de Lares para o ano móvel findo à semana 48/2017 que se continua alguma mudança nos hábitos de consumo, designadamente a transa reduzir o seu consumo em Portugal. Foram comercializados 34,5 ferência do consumo de óleo. milhões de litros, menos 5% que no período homólogo de 2016. Atualmente, o mercado do azeite encontra-se a ganhar novamente De facto, a redução do nível de atividade promocional, após um ano confiança. A consciencialização dos benefícios do azeite na saúde, o com valores acima dos 60%, teve impacto nos volumes por ocasião grande “trend” do momento, a par da inovação, serão fundamentais de compra. Os lares passaram a levar menos azeite em cada visita para alavancar novamente os volumes, num enquadramento em que à loja, mas, em contrapartida, passaram a gastar mais. Em valor, a os preços tendem a estabilizar. “É sabido que o azeite é uma gordura categoria do azeite cresceu 4%, para os alimentar mais saudável e, por isso, os AZEITE 155,7 milhões de euros. “Apesar dos úlnovos estilos de vida que procuram e se timos anos terem sido difíceis no sector, preocupam com uma alimentação sauo consumo está novamente a subir, mas, dável são os melhores embaixadores para principalmente, o consumo de produtos uma maior procura e consumo de azeite. de valor acrescentado, como os virgem A evolução do poder de compra, aliada extra. São cada vez mais valorizados pelo ao facto de termos um consumidor mais consumidor português, que tem maior exigente e conhecedor, obriga-nos a penconsciência dos benefícios de um azeite sar na segmentação como a forma mais de baixa acidez”, analisa Tiago Batel Deleficaz de responder às diferentes ocasiões gado, country Manager da Azeites Acesur e momentos de consumo”, defende Otto Portugal. Teixeira da Cruz, diretor de marketing e Assim se explica que, numa altuvendas da Sovena.