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O negócio
das
caixas
A moda e a beleza continuam a dominar o mercado, mas não há limites para quem quiser entrar no negócio de caixas de subscrição. Gaming, produtos capilares, kits de refeição, lâminas de barbear, fitness, meias (sim, meias) e pet care têm, hoje em dia, uma colocação proeminente. Serviços como o Stitch Fix e o recentemente anunciado Prime Wardrobe da Amazon trouxeram um toque mais personalizado ao conceito, adicionando uma experiência de curadoria ao negócio da subscrição. Negócio que se apresenta como “win-win” para marcas e clientes. Estes recebem uma variedade de produtos que normalmente não podem comprar de outra forma. As marcas têm a oportunidade de os alcançar fora da loja física ou comércio online, oferecendo produtos introdutórios na esperança de que prossigam para uma compra completa da sua gama. Em essência, os serviços de assinatura são uma plataforma de descoberta. Uma ferramenta de marketing simples e efetiva, que se perceciona como um serviço de luxo a um preço acessível.
TEXTO Bárbara Sousa FOTOS D.R.
As raízes do comércio por subscrição podem ser vinculadas aos primórdios do marketing por correspondência. Revistas, jornais e empresas locais de entrega de alimentos foram alguns dos pioneiros. Do Blue Book da Tiffany, nos anos 1800, à génese do catálogo Sears Roebuck, as marcas foram continuamente melhorando o fator de conveniência associado à compra em casa. E o marketing apenas tornou tudo mais fácil. O Columbia Record Club estabeleceu um padrão para os serviços de subscrição,
no início da década de 1970, ao oferecer um novo LP de música todos os meses. Em 1996, este serviço tinha 16 milhões de assinantes. Hoje, o foco está nas caixas de subscrição. Muitos associam a origem do “boom” desta indústria ao lançamento da Birchbox, em 2010. A lista de assinantes da Birchbox subiu rapidamente para 45 mil em apenas um ano e, em 2015, contava com mais de um milhão e mais de 800 parceiros da indústria, segundo dados da Forbes.