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A IRO STRO/FEVERE I V EI
E N TR | JA ENº49/2018 n.
“As insígnias
portuguesas são “players” muito competitivos nas geografias onde estão presentes” TEXTO Bruno Farias FOTOS Sara Matos
A Deloitte lançou a edição de 2018 do estudo Global Powers of Retailing, que mostra que as receitas agregadas das 250 maiores empresas de retalho, a nível mundial, atingiram os 4,4 biliões de dólares, no ano fiscal de 2016, correspondente ao exercício encerrado até junho de 2017, num crescimento de 4,1%. Jerónimo Martins e Sonae registam uma evolução significativa, subindo ambas oito posições neste ranking historicamente liderado pela Walmart. A Jerónimo Martins é hoje o 56.º maior retalhista a nível mundial, a sua melhor posição de sempre, fruto de um crescimento de cerca de 6,5% no seu volume de negócios. Já a Sonae ascendeu ao 167.º lugar, tendo os proveitos gerados pelo negócio de retalho ultrapassado, pela primeira vez, a fasquia dos cinco mil milhões de euros. Para aprofundar as conclusões deste estudo, que analisa o desempenho obtido pelo sector do retalho, a Grande Consumo conversou com Pedro Miguel Silva, Associate Partner de Retail & Consumer Products da Deloitte, que não tem dúvidas ao perspetivar que vai haver ainda muita mudança no retalho e que 2018 será um ano entusiasmante.
Grande Consumo - Quais são as principais conclusões que se podem retirar da mais recente edição do estudo Global Power of Retailing? Pedro Miguel Silva - As principais conclusões que tiramos da edição deste ano do Global Powers of Retailing têm a ver, essencialmente, com três vertentes. Por um lado, o contínuo cres-
cimento e a ascensão da Amazon e de outras plataformas digitais. A Amazon alcança o sexto lugar, ainda antes da consolidação da aquisição da Whole Foods. Em sentido inverso, as insígnias mais dependentes do formato “big box” estão em queda acentuada e, para estas, a saída vai no sentido dos formatos de conveniência e da omnicanalidade.