Revista Número 26

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N0 26 Ano 8 [distribuição gratuita] ISSN 1981 3198 0DQDXV RXWXEUR D GH]HPEUR GH

Internet para todos Implantação da Rede de Comunicação do Amazonas vai diminuir os efeitos GDV GLVWkQFLDV JHRJUiĂ€FDV RWLPL]DU RV processos de gestĂŁo pĂşblica e promover o desenvolvimento da pesquisa PĂĄg. 30 SAĂšDE FHemoam garante segurança transfusional por meio de equipamentos e recursos humanos de alto nĂ­vel PĂĄg. 14 INTERIORIZAĂ‡ĂƒO Açþes estratĂŠgicas mudam a realidade de quem busca conhecimento nos municĂ­pios do Amazonas PĂĄg.51




SUMĂ RIO

Foto: JoĂŁo Luiz Ribeiro/FINEP

ESPAÇO DO LEITOR 07 CANAL CIÊNCIA 08

10

5REHUWR 9HUPXOP GD )LQHS aborda a corrida Ă inovação as HVWUDWpJLDV H RV GHVDĂ€RV GD ,7V

SAĂšDE 14

Segurança transfusional de sangue ao alcance de todos por PHLR GD SHVTXLVD FLHQWtĂ€FD

COMUNICAĂ‡ĂƒO 19 Iniciativas na ĂĄrea de &RPXQLFDomR &LHQWtĂ€FD fortalecem segmento

INCLUSĂƒO 24

Cartilha com orientaçþes båsicas sobre o Implante Coclear facilita o dia a dia de crianças implantadas

30

Rede Estadual de Comunicação serå implantada no Amazonas para otimizar internet

INOVAĂ‡ĂƒO 42

Investimentos aumentam competitividade de micro e pequenas empresas no Amazonas

INTERIORIZAĂ‡ĂƒO 51

Açþes estratÊgicas mudam a realidade de quem busca conhecimento nos municípios do AM

ORÇAMENTO 57

Retomada de investimentos DQXQFLDGD SHOR 0&7, WUD] QRYDV perspectivas para o setor

DIFUSĂƒO 60

Programas de apoio Ă participação H UHDOL]DomR GH HYHQWRV FLHQWtĂ€FRV e tecnolĂłgicos mudam cenĂĄrio da divulgação da ciĂŞncia

FORMAĂ‡ĂƒO 64

Capital intelectual do Estado tem sido fortalecido com investimentos na formação de recursos humanos

Seçþes Multimídia 18 Leitura acentuada 18

PESQUISA 46

Pesquisadores buscam estratÊgias no combate a doenças infecciosas e crônicas

CiĂŞncia responde 29 Radar de Oportunidades 41 Vida de cientista 56 Identidade 66


Foto: Stock.XCHNG

Omar JosĂŠ Abdel Aziz Governador do Estado do Amazonas JosĂŠ Melo de Oliveira Vice-Governador do Estado do Amazonas 2GHQLOGR 7HL[HLUD 6HQD SecretĂĄrio de Estado de CiĂŞncia, Tecnologia e Inovação do Amazonas - Secti-AM Maria OlĂ­via de Albuquerque Ribeiro SimĂŁo Diretora-Presidenta da Fundação de Amparo Ă Pesquisa do Estado do Amazonas - FAPEAM Andrea Viviana Waichman 'LUHWRUD 7pFQLFR &LHQWtĂ€FD Jorge Edson Queiroz da Silva Diretor Administrativo-Financeiro

3XEOLFDomR 7ULPHVWUDO GD )DSHDP desenvolvida pelo Departamento de DifusĂŁo do Conhecimento - DECON Editora-chefe &ULVWLDQH %DUERVD 07E $0

Editoria de Arte %HUQDUGR %XOFmR 3URMHWR *UiÀFR 'LDJUDPDomR &DUOD %DWLVWD 'LDJUDPDomR H 5{PXOR 3RUWR 3XEOLFLGDGH

Capa Carla Batista Fotos da edição Ricardo Oliveira Revisão Jesua Maia Colaboradores (GLOHQH 0DIUD (VWHUIIDQ\ 0DUWLQV -HVVLH 6LOYD -~OLR &pVDU 6FKZHLFNDUGW /XtV 0DQVXrWR 5DIDHOD 9LHLUD 5RVD 'RYDO 5RVLOHQH &RUUrD 6HEDVWLmR $OYHV 6LJULG $YHOLQR 8O\VVHV 9DUHOD e Vanessa Brito. FAPEAM 7UDYHVVD GR 'HUD V Q )ORUHV &(3 0DQDXV $0 7HO e-mail: decon@fapeam.am.gov.br ZZZ IDSHDP DP JRY EU 7ZLWWHU ZZZ WZLWWHU FRP IDSHDP e SHUPLWLGD D UHSURGXomR GRV WH[WRV desde que citados os autores e a fonte.


Foto: Ricardo Oliveira/ AgĂŞncia Fapeam

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revolução que a internet proporcionou nas atividades humanas ĂŠ uma das marcas da ĂŠpoca que estamos vivendo. 2V HIHLWRV VmR VHQWLGRV QDV UHODo}HV VRFLDLV HFRQRPLD HGXFDomR H QD &LrQFLD 7HFQRORJLD H ,QRYDomR &7 , &RQVHTXHQWHPHQWH KRXYH XP FUHVFLPHQWR H[SRQHQFLDO QD SURGXomR GH FRQKHFLPHQWR TXH WHP FRQWULEXtGR SDUD R DYDQoR GDV SUiWLFDV VRFLDLV ,VVR VLJQLĂ€FD TXH R DFHVVR j 5HGH 0XQGLDO GH &RPSXWDGRUHV p HVVHQFLDO SDUD R GHVHQYROYLPHQWR HFRQ{PLFR H VRFLDO GH XPD FLGDGH regiĂŁo ou paĂ­s. O cenĂĄrio de acesso Ă internet indica que o brasileiro estĂĄ entre os TXH PDLV XWLOL]DP R VHUYLoR R TXH OHYRX R 0LQLVWpULR GDV &RPXQLFDo}HV 0LQLFRP D HODERUDU R 3ODQR 1DFLRQDO GH %DQGD /DUJD 31%/ 2 SODQR YLVD PDVVLĂ€FDU DWp D RIHUWD GH DFHVVRV j EDQGD ODUJD H SURmover o crescimento da capacidade da infraestrutura de telecomuniFDo}HV QR 3DtV 0DV FRPR VH HQFRQWUD R 31%/ QR (VWDGR GR $PD]RQDV" 3DUD UHVSRQGHU D HVVD SHUJXQWD D UHSRUWDJHP GD 5HYLVWD $PD]RQDV )D] &LrQFLD RXYLX JHVWRUHV SHVTXLVDGRUHV H HPSUHViULRV GR VHWRU GH WHOHFRPXQLFDo}HV 1R (VWDGR R Âś3URMHWR 5HGH (VWDGXDO GH &RPXQLFDo}HV GR $PD]RQDV¡ SUHWHQGH FRQHFWDU RV PXQLFtSLRV GH $QDPm $QRUL &DDSLUDQJD &RDUL &RGDMiV H 0DQDFDSXUX FRP D LQVWDODomR GH UHGHV GH Ă€EUD yWLFD $ Ă€QDOLGDGH p LQWHUOLJDU R VLVWHPD S~EOLFR GH JHVWmR H disponibilizar pontos de acesso gratuitos Ă internet. 1HVWD HGLomR GD $PD]RQDV )D] &LrQFLD YRFr WDPEpP LUi OHU VREUH os investimentos promovidos pela FHemoam para se tornar referĂŞncia QD iUHD GH KHPDWRORJLD QD UHJLmR SRU PHLR GH Do}HV SDUD D FDSDcitação de pesquisadores e compra de novos equipamentos visando Ă PHOKRULD GD TXDOLGDGH WUDQVIXVLRQDO $OpP GLVVR YRFr SRGHUi FRQIHULU R FUHVFLPHQWR GD iUHD GH LQRYDomR QR (VWDGR XPD YH] TXH FDGD GLD PDLV PXLWDV HPSUHVDV WrP VLGR EHQHĂ€FLDGDV SHOR 3URJUDPD GH $SRLR Ă Pesquisa em Empresas na Modalidade Subvenção EconĂ´mica a MiFURHPSUHVDV H (PSUHVDV GH 3HTXHQR 3RUWH 3DSSH ,QWHJUDomR 2 SURgrama consiste em apoiar as micros e pequenas empresas interessadas no desenvolvimento de produtos e processos inovadores. 1D VHomR /HLWXUD $FHQWXDGD R GRXWRU HP (QWRPRORJLD 1HOLWRQ 0DUTXHV GD 6LOYD Gi FRPR GLFD GH OHLWXUD R OLYUR Âś&U{QLFDV VXEYHUVLYDV GH XP FLHQWLVWD¡ TXH WUDWD VREUH RV YiULRV kQJXORV GD KLVWyULD FLHQWtĂ€FD H SROtWLFD GR %UDVLO 3RU ~OWLPR R 6XSOHPHQWR ,QIDQWLO WUD] QHVWD HGLomR uma matĂŠria sobre os selos aplicados nas embalagens de produtos que sĂŁo elaborados com responsabilidade ambiental. Acompanhe e boa leitura! 6 AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA

Foram atendidas no terceiro trimestre de 2012, cerca de 440 demandas. Os assuntos mais recorrentes foram: esclarecimentos sobre editais, programas e pedidos de informaçþes sobre bolsas e estågios. Referente a este último item citado, a Fundação tem parceria com o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), que realiza seleção conforme as necessidades desta FAP, portanto, sugerimos aos interessados que façam seu cadastro e mantenham o mesmo atualizado no CIEE. Em caso de dúvidas, elogios, sugestþes, reclamaçþes e denúncias relativas à Fapeam, a ouvidora Anne Lêda e sua equipe estarão prontas para respondê-los e orientå-los. Para isso, basta enviar um e-mail para ouvidoria@fapeam.am.gov.br ou, se preferir, contate-nos pelo telefone (92)3878-4001. A ouvidoria da Fapeam mantÊm o compromisso de não deixar ninguÊm sem resposta.


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Plantas medicinais podem ajudar na FXUD GD FiULH

3DUD DFHVVDU R YtGHR XWLOL]H XP DSOLFDWLYR para leitura de QR Code RX GLJLWH R OLQN DEDL[R

KWWS \RXWX EH O -Çż<Z JB

Doutor em Biotecnologia, Renilto Frota de-â€? senvolveu uma pesquisa intitulada ‘Estudo H GHVHQYROYLPHQWR GH ĂŽWRWHUiSLFRV GH XVR odontolĂłgico com propriedade removedora de ELRĂŽOPH D SDUWLU GH HVSpFLHV YHJHWDLV DPD]{QL-â€? cas’. O projeto propĂľe a criação de produtos de XVR RGRQWROyJLFR SDUD PLQLPL]DU RV tQGLFHV GH GHQWHV FDULDGRV QD 5HJLmR $PD]{QLFD 2 HVWX-â€? GR FRQWRX FRP R DSRLR GD )DSHDP &RQĂŽUD

Acompanhe a )DSHDP

Curte aĂ­! Pce Fapeam 4XHU VDEHU FRPR RV DOXQRV GR (-$ DSUHQGHP LQJOrV EULQFDQGR" $FHVVH ZZZ SFHDPD]RQDV FRP EU Âł FRP Adriana Gama Do Nascimento em Manaus

Ederson Luis Paiva Jamyly Macedo #MDP\O\PDFHGR

4XH OHJDO 3UHFLVR DSUHQGHU DĂ€QDO D &RSD HVWi FKHJDQGR H vĂŁo empregar muitas pessoas que tiverem o curso de inglĂŞs.

57 @miceiadipaula: @Fapeam lança hoje edital do PCE para o interior do Estado KWWS PLJUH PH 30)$

Sampaio Patricia @SampaioPatri-

cia Qualidade das pesquisas do PCE surpreende avaliadores em ManacaSXUX $0 #)$3($0 ELW O\ 1&OUN'

Miceia Di Paula BelĂ­ssimo projeto *-*

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PROGRAMA CIÊNCIA NA ESCOLA É DESTAQUE NA BIENAL INTERNACIONAL DE SP

Foto: Ricardo Oliveira/AgĂŞncia Fapeam

8 AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA

$ GLYXOJDomR FLHQWtĂ€FD QR $PD]RQDV JDQKRX XPD IRUWH DOLDGD 7UDWD VH GD 5HGH $PD]RQHQVH GH 'LYXOJDomR H 'LIXVmR &LHQWtĂ€FD 5DGGLFL TXH FRQWD com a uniĂŁo de esforços de instituiçþes que tambĂŠm atuam com a popularização da ciĂŞncia, seja no ensino, na pesquisa ou no fomento, tais como a Fapeam, Secretaria de Estado de CiĂŞncia, Tecnologia e Inovação (Secti-AM), Instituto Nacional de Pesquisas da AmazĂ´nia (Inpa), Instituto LeĂ´nidas e Maria e Deane/Fundação Oswaldo Cruz (ILMD/Fiocruz), Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Instituto Federal do Amazonas (Ifam). A ideia de criação da rede surgiu tambĂŠm a partir da necessidade de fortaleFHU D OLQKD GH SHVTXLVD HP 'LYXOJDomR &LHQWtĂ€FD SDUD R (QVLQR GH &LrQFLDV pertencente ao Programa de PĂłs-graduação em Educação e Ensino de CiĂŞncias, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Interessados em conhecer mais sobre a Raddici podem acessar: http://www.forumraddici.com/

Foto: Stock.XCHNG

O Programa CiĂŞncia na Escola 3&( Ă€QDQFLDGR SHOR *RYHUQR do Estado do Amazonas, via Fapeam, foi um dos destaques da 22ÂŞ edição da Bienal Internacional de Livros, em SĂŁo Paulo, no perĂ­odo de 10 a 12 de agosto. O projeto ‘Copa do Mundo de Futebol da Fifa e as seleçþes campeĂŁs de 1958 a 2010’, levado ao grande pĂşblico daquele evento, foi realizado por nove alunos da Escola Municipal Manoel Chagas, localizada na comunidade Bonsucesso, Ă margem esquerda do Rio Amazonas, e coordenado pelo professor Ademar Lima, que foi convidado pela Editora Delicatta para participar da Bienal. O projeto, executado em uma zona ribeirinha de Manaus, teve duração de seis meses e alcançou um resultado bastante promissor, pois vai ser editado em formato de livro pela Delicatta.

REDE FORTALECE DIVULGAĂ‡ĂƒO CIENTĂ?FICA NO AMAZONAS

SNCT-AM FOCA NA SUSTENTABILIDADE E ERRADICAĂ‡ĂƒO DA POBREZA Sustentabilidade, erradicação da pobreza e economia verde sĂŁo os trĂŞs eixos principais trabalhados na Semana Nacional de CiĂŞncia e Tecnologia (SNCT) deste ano, em nĂ­vel nacional. O objetivo da Semana ĂŠ debater estratĂŠgias e mudanças necessĂĄrias para uma economia verde, que em conexĂŁo com um desenvolvimento sustentĂĄvel, contribua para a erradicação da pobreza e a diminuição das desigualdades sociais no PaĂ­s. No Amazonas, o evento ĂŠ coordenado pela Secretaria de Estado de CiĂŞncia, Tecnologia e Inovação (Secti-AM), com apoio de diversas instituiçþes parceiras. Neste ano, a Fapeam leva ao pĂşblico uma proposta inovadora em um estande sustentĂĄvel com o conceito de reutilização de materiais e interatividade com os alunos das escolas pĂşblicas e particulares do Amazonas. Terminais de jogos interativos, desenvolvidos com base em projetos de sustentabilidade H FROHWD VHOHWLYD Ă€QDQFLDGRV SHOD )DSHDP WDPEpP VHUmR UHFXUVRV XWLOL]DGRV FRP D Ă€QDOLGDGH GH DWUDLU R S~EOLFR SDUD R XQLYHUVR GD FLrQFLD


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Com a meta de tirar da prateleira o resultado de pesquisas cientĂ­ficas dos Ăşltimos 50 anos que possam ser transformadas em produtos e/ou processos inovadores, a Natura inaugurou, no mĂŞs de agosto, em Manaus (AM), o NĂşcleo de Inovação Natura AmazĂ´nia (Nina). Com o NĂşcleo, a empresa pretende estimular a formação de uma rede de pesquisa, envolvendo instituiçþes de CiĂŞncia, Tecnologia e Inovação, como a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Instituto Nacional de Pesquisas da AmazĂ´nia (Inpa), Centro de Biotecnologia da AmazĂ´nia (CBA) e Embrapa AmazĂ´nia Ocidental. Atualmente, a empresa de cosmĂŠticos investe 3% da sua receita liquida, aproximadamente R$ 150 milhĂľes, em inovação. Parte desse recurso serĂĄ destinada a açþes na regiĂŁo. O evento de inauguração foi realizado no EdifĂ­FLR &HOHEUDWLRQ 6PDUW 2IĂ€FHV QR Vieiralves, bairro Nossa Senhora das Graças, em Manaus. Segundo o titular da Secretaria de CiĂŞncia, Tecnologia e Inovação do Amazonas (Secti-AM), Odenildo Sena, a vinda da Natura ĂŠ consequĂŞncia do trabalho que vem sendo desenvolvido nos Ăşltimos dez anos na ĂĄrea de CT&I no Estado. “A empresa nĂŁo viria nesta direção se ela nĂŁo encontrasse um ambiente favorĂĄvel para seus interessesâ€?, avaliou.

AMAZONAS RECEBERĂ REUNIĂƒO PREPARATĂ“RIA DO FĂ“RUM MUNDIAL DA CIĂŠNCIA

Foto: Ricardo Oliveira

NĂšCLEO DE INOVAĂ‡ĂƒO NATURA AMAZĂ”NIA É INAUGURADO EM MANAUS

O Amazonas ĂŠ o Ăşnico Estado da RegiĂŁo Norte a receber uma reuniĂŁo PreparatĂłria do FĂłrum Mundial de CiĂŞncia, que serĂĄ realizado em 2013. As outras reuniĂľes estĂŁo marcadas para ocorrer em SĂŁo Paulo (SP), Salvador (BA), Recife (PE), Porto Alegre (RS) e BrasĂ­lia (DF). Para o evento, estĂĄ sendo criado um comitĂŞ estadual que irĂĄ organizar as açþes e atividades a serem desenvolvidas no Amazonas, durante este ano, e em 2013, durante o FĂłrum. A previsĂŁo ĂŠ de que haja vĂĄrios encontros em nĂ­vel estadual, alĂŠm de XPD UHXQLmR FRP R &RPLWr &LHQWtĂ€FR ,QWHUQDFLRQDO H FRP D $FDGHmia de CiĂŞncias da Hungria, que sĂŁo os organizadores do FĂłrum Mundial. Segundo informaçþes da Secretaria de Estado de CiĂŞncia, Tecnologia e Inovação do Amazonas (Secti-AM), o objetivo ĂŠ realizar eventos preliminares ao FĂłrum para se discutir as agendas da AmazĂ´nia. A reuniĂŁo em Manaus estĂĄ prevista para ocorrer nos dias 22 e 23 de novembro de 2012 e terĂĄ como tema proposto: CiĂŞncia, Biodiversidade e Proteção Ambiental. Com o tema ‘Science for Global Sustainable Development’, o 6Âş FĂłrum Mundial de CiĂŞncia deve ser realizado em novembro de 2013, no Rio de Janeiro (RJ). Criado em 1999, o FĂłrum tem o apoio da Organização das Naçþes Unidas para a Educação, CiĂŞncia e Cultura (Unesco) e foi concebido em Budapeste, na Hungria. O evento ocorre, bianualmente, desde 2003 e, pela primeira vez, ocorrerĂĄ fora de seu paĂ­s de origem, a Hungria.

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Foto: João Luiz Ribeiro/Finep

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Corrida rumo à Inovação Tecnológica

Q

uando a economia global då uma refreada, ela acirra a concorrência. 7HPRV TXH HVWDU SUHSDUDGRV SUD HQIUHQWDU R GHVDÎR GD FRPSHWLWLYLGDGH O Brasil estå caminhando, mas precisamos acelerar o passo�.

3RU 8O\VVHV 9DUHOD

O Brasil vive um momento particular quanto ao desenvolvimento da InoYDomR 7HFQROyJLFD ,7 LQVWLWXFLRQDO H no setor produtivo. Estando ligada Ă FRQFHSomR GH XP QRYR SURGXWR RX SURFHVVR GH IDEULFDomR EHP FRPR Ă agregação de novas funcionalidades ou caracterĂ­sticas ao produto ou ainda a um processo que implique em melhorias incrementais que resultem num efetivo ganho de quaOLGDGH RX SURGXWLYLGDGH D ,7 EXVFD imprimir uma maior competitividade no setor empresarial para inserir novos produtos e processos no merFDGR H FRQVHTXHQWHPHQWH SURPRver o desenvolvimento do PaĂ­s. 1HVVH VHQWLGR D PDLRU DJrQFLD GH Ă€QDQFLDPHQWR GR JRYHUQR D )LQDQFLDGRUD GH (VWXGRV H 3URMHWRV )LQHS VH estrutura para alcançar tais objetivos. O atual diretor de DesenvolvimenWR &LHQWtĂ€FR H 7HFQROyJLFR GD )LQHS 5REHUWR 9HUPXOP HFRQRPLVWD FRP doutorado em Economia pela UniverVLGDGH GH 6mR 3DXOR 863 IDOD FRP SURSULHGDGH VREUH DV GLĂ€FXOGDGHV GR 0&7, SDUD GHVWLQDU D TXDQWLGDGH GH UHFXUVRV TXH D iUHD GH &7 , realmente precisa para continuar a se desenvolver. Nesta entrevista Ă Revista Amazonas Faz CiĂŞncia HOH DERUGD D FRUULGD UXPR j LQRYDomR DV HVWUDWpJLDV H RV GHVDĂ€RV SDUD D SURPRomR GD ,7 QR %UDVLO

Amazonas Faz CiĂŞncia A ordem do dia hoje ĂŠ promover a Inovação 7HFQROyJLFD QR %UDVLO FRPR R VHQKRU avalia o cenĂĄrio brasileiro para DWHQGHU D HVVD GHPDQGD" Roberto Vermulm O Brasil tem GHĂ€QLGR H FRORFDGR D ,QRYDomR 7HFQROyJLFD FRPR XPD GDV SULRULdades e como uma das dimensĂľes estratĂŠgicas do desenvolvimento HFRQ{PLFR H VRFLDO LVVR SRUTXH D LQRYDomR VLJQLĂ€FD PDLV JHUDomR GH UHQGD PDLRU VDOiULR H PDLV YDORU DJUHJDGR DOpP GH XP PDLRU potencial de crescimento. EntĂŁo o %UDVLO FRP HVVD SHUVSHFWLYD HVWi GHĂ€QLQGR D LQRYDomR FRPR XPD GDV suas prioridades. 2 VLVWHPD QDFLRQDO GH &LrQFLD 7HFQRORJLD H ,QRYDomR &7 , Mi DYDQoRX EDVWDQWH PDV DLQGD WHPRV PXLWR D ID]HU VHMD QR UHHTXLSDPHQWR GDV LQVWLWXLo}HV QD IRUPDomR GH UHcursos humanos ou no fortalecimenWR GH XPD GDV SHUQDV GD LQRYDomR que ĂŠ o lado empresarial. AFC E o que falta para que isso DFRQWHoD" Vermulm Do lado das instituiçþes OLJDGDV j &7 , FRPR DV XQLYHUVLGDGHV QyV Mi WHPRV XPD KLVWyULD H DWp LQGLFDGRUHV GH GHVHPSHQKR TXH sĂŁo relativamente mais favorĂĄveis GR TXH R ODGR HPSUHVDULDO (QWmR

nĂłs temos que estimular o setor empresarial a realizar mais investimentos em inovação e desenvolviPHQWR WHFQROyJLFR H SDUD TXH LVVR DFRQWHoD QyV WHPRV TXH WUDEDOKDU WUrV GHWHUPLQDQWHV HVWUXWXUDO FXOWXral e conjuntural. AFC 1D SUiWLFD R TXH UHSUHVHQWDP HVWDV GHWHUPLQDQWHV" Vermulm A determinante de natureza estrutural seria a estrutura SURGXWLYD EUDVLOHLUD GDV HPSUHVDV UHVSRQViYHO SHOR EDL[R JUDX GH LQRYDomR QR 3DtV 'H PRGR JHUDO essa estrutura ĂŠ baseada em setores relativamente pouco intensiYRV HP WHFQRORJLD R TXH VH UHĂ HWH QR EDL[R LQYHVWLPHQWR GR VHWRU HPSUHVDULDO H SRUWDQWR QD EDL[D capacidade de gerar mais renda e mais valor. A estrutura econĂ´mica ĂŠ um destes elos que nĂłs precisamos trabalhar estruturando empresas e setores para vender tanto para o PHUFDGR LQWHUQR TXDQWR SDUD R H[WHUQR R TXH WUDQVFHQGH D XPD SROttica de inovação. Sobre o ponto de vista da dimenVmR FXOWXUDO QyV GHYHPRV FRQWLQXDU trabalhando na remodelação da postura do empresariado brasileiro em relação Ă inovação. NĂłs sĂł vamos conseguir isso por meio de LQVWUXPHQWRV H[SOtFLWRV H GLUHWRV GH AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA 11


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DSRLR DR LQYHVWLPHQWR QR TXH SRdemos chamar de ambiente Ă inovação para favorecer o desenvolvimento tecnolĂłgico. JĂĄ a questĂŁo conjuntural estĂĄ ligada ao momento e ao ambiente pelo qual vive o Brasil. NĂłs estamos sentindo uma certa instabilidade no ambiente econĂ´mico e isto tende a fazer com TXH DV LQVWLWXLo}HV SULYDGDV RX VHMD DV HPSUHVDV VH UHVWULQMDP QD sua ambição de inovar. Por conta GLVVR QyV WDPEpP SUHFLVDPRV WHU mecanismos que procurem amenizar e trabalhar este momento conjuntural de uma forma anticĂ­clica estimulando a inovação. AFC A polĂ­tica de investimentos em inovação hoje no Brasil ĂŠ satisIDWyULD" O Brasil hoje detĂŠm Vermulm XPD VpULH GH LQVWUXPHQWRV GLYHUVLĂ€cados de apoio ao sistema nacioQDO GH &7 , GHVGH R IRPHQWR QmR UHHPEROViYHO RV HPSUpVWLPRV FRP MXURV VXEVLGLDGRV RV LQFHQWLYRV Ă€VFDLV GD FKDPDGD Âś/HL GR %HP¡ GR 0&7, H D VXEYHQomR HFRQ{PLFD NĂłs conseguimos criar um bom apaUDWR GH LQVWUXPHQWRV PDV QyV WHPRV GLĂ€FXOGDGHV GH QDWXUH]D LQVWLWXFLRQDO HP LQWHJUi ORV 3RU LVVR QyV precisamos fazer com que estes instrumentos operem em conjunto. Os Ă€QDQFLDPHQWRV DLQGD TXH VRE MXURV VXEVLGLDGRV FRQVHJXHP HVWLPXODU RV LQYHVWLPHQWRV PDV DV HPSUHsas tendem a ser mais agressivas se conseguirem alĂŠm de diminuir o FXVWR GD LQRYDomR GLPLQXLU R ULVFR do investimento em inovação. Se eu conseguir casar o crĂŠdito com a subvenção eu vou unir instrumentos TXH UHGX]HP RV FXVWRV H RV ULVFRV 12 AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA

assim as empresas poderĂŁo assumir SURMHWRV PDLV RXVDGRV DPELFLRVRV H uma postura mais agressiva e ativa sob o ponto de vista do desenvolvimento e da inovação. AFC Dentro do cenĂĄrio de poWHQFLDOLGDGHV GH LQRYDomR GR 3DtV quais ĂĄreas precisam de maior DWHQomR SDUD VH GHVHQYROYHU" Vermulm 'H PRGR JHUDO WRGDV DV iUHDV VmR SULRULWiULDV R TXH muda ĂŠ o que vocĂŞ deve fazer em cada uma delas. Eu tenho desenYROYLPHQWR FLHQWtĂ€FR H WHFQROyJLFR H DSURSULDomR GHVVH VDEHU FLHQWtĂ€FR em todas as ĂĄreas do conhecimento e nas atividades econĂ´micas. O que muda ĂŠ o padrĂŁo de inovação de difusĂŁo do conhecimento em cada VHWRU H HP FDGD DWLYLGDGH ([LVWHP alguns setores econĂ´micos que sĂŁo mais geradores de progresso tĂŠcQLFR HQTXDQWR WHP RXWURV TXH VmR PDLV UHFHSWRUHV GH SURJUHVVR /RJR eu tenho que estimular os dois lados D DYDQoDUHP PDV PLQKD SROtWLFD para um ĂŠ diferente para o outro. A questĂŁo ĂŠ menos de setor e ĂŠ mais de vocĂŞ ter polĂ­ticas diferenciadas que lhe permitam dizer quais sĂŁo as tecnologias-chave para o PaĂ­s poder investir com maior ĂŞnfase. AFC De que forma a Finep pretende atuar para garantir o avanço GD LQRYDomR EUDVLOHLUD" Vermulm $ )LQHS GHĂ€QLX DOJXQV segmentos considerados estratĂŠgicos e de alto padrĂŁo de inovação e criou programas direcionados para estes segmentos como enerJLD VD~GH GHIHVD DHURHVSDFLDO SHWUyOHR H JiV HQWUH RXWURV TXH somam sete ou oito programas con-

siderados estratĂŠgicos. Por serem FRQVLGHUDGRV HVWUDWpJLFRV QyV WLYHPRV TXH EXVFDU HP PDLRU PHGLGD D LQWHJUDomR GRV LQVWUXPHQWRV de incentivo com condiçþes de fomento mais favorĂĄveis em relação DRV GHPDLV VHWRUHV PDV LVVR QmR VLJQLĂ€FD TXH D )LQHS Vy YDL DWXDU QHVWDV iUHDV SHOR FRQWUiULR HOD YDL continuar atuando para atender Ă s chamadas demandas espontâneas em todos os segmentos ligados Ă LQRYDomR SRLV VDEHPRV TXH HVVD demanda ĂŠ constante e crescente em todas as ĂĄreas do conhecimento e nos setores econĂ´micos. AFC 'H IRUPD VLPSOHV GLJD TXDLV serĂŁo as estratĂŠgias adotadas pela Finep para garantir as metas do setor de inovação no Plano EstraWpJLFR SDUD D &LrQFLD 7HFQRORJLD H ,QRYDomR GHĂ€QLGR SHOR *RYHUQR )HGHUDO" Vermulm Uma ação nesse sentido ĂŠ o lançamento do Programa InovaSHWUR GD )LQHS HP FRQMXQWR FRP R %1'(6 TXH FRQWD FRP 5 ELOK}HV em recursos para crĂŠdito e mais 150 milhĂľes pela Finep para subYHQomR ,VVR UHSUHVHQWD H[DWDPHQWH a integração dos instrumentos para IDYRUHFHU D LQRYDomR 1yV GHĂ€QLmos recursos para emprĂŠstimos e para projetos de desenvolvimento tecnolĂłgico de forma que para projetos com maior risco tecnolĂłgico VHUi DSOLFDGD D VXEYHQomR XP UHcurso nĂŁo reembolsĂĄvel. AFC Como o senhor avalia o interesse das secretarias estaduais de &7 , H GDV )$3V SRU WHPDV DWXDLV H relevantes para o desenvolvimento GR 3DtV"


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Vermulm NĂłs temos a consciĂŞncia de que a Finep sozinha nĂŁo consegue dar conta de todas as demandas de investimentos em tecnologia GR 3DtV QmR Ki FRPR SURPRYHU R desenvolvimento de forma centraOL]DGD VHMD SRUTXH R %UDVLO p XP PaĂ­s muito grande e a Finep ĂŠ Ăşnica ou porque o Brasil ĂŠ muito heteroJrQHR RQGH XPD SROtWLFD GHĂ€QLGD para o Rio de Janeiro pode nĂŁo apresentar as mesmas prioridades e condiçþes de ser operacionalizada em outros Estados. NĂłs jĂĄ estamos trabalhando com essa heterogeneidade. Nesse senWLGR DV )$3V DVVLP FRPR RXWUDV LQVWLWXLo}HV HVWDGXDLV SRGHP WUDbalhar de forma articulada e em parceria para que as grandes deĂ€QLo}HV GH QDWXUH]D QDFLRQDO VH WUDGX]DP HP Do}HV H DR PHVPR WHPSR FRQWHPSOHP DV SULRULGDdes regionais e estaduais. Dessa IRUPD HVWDPRV WUDEDOKDQGR HP conjunto potencializando competĂŞncias e recursos das FAPs e do JRYHUQR IHGHUDO SRU PHLR GD )LQHS DR PHVPR WHPSR TXH HVWDPRV dando vazĂŁo Ă s prioridades locais e regionais. A ação que estamos estruturando sobre a subvenção HFRQ{PLFD GHVFHQWUDOL]DGD TXH procura atingir empresas de peTXHQR SRUWH p XP H[HPSOR FODUR disso. Estamos concluindo a formatação desse programa junto ao Conselho Nacional de SecretĂĄrios Estaduais para Assuntos de CiĂŞnFLD 7HFQRORJLD H ,QRYDomR &RQVHFWL H DR &RQVHOKR 1DFLRQDO GDV Fundaçþes Estaduais de Amparo j 3HVTXLVD &RQIDS SDUD GHĂ€QLU um edital que vai lançar esta ação junto aos Estados.

([LVWH XP GpĂ€FLW QR YROXAFC me dos recursos hoje investidos em &7 , QR %UDVLO" 2X VHMD SRGHUtDPRV HVWDU LQYHVWLQGR PDLV H FRQVHTXHQWHPHQWH REWHQGR PHOKRUHV UHVXOWDGRV" Vermulm Apesar dos avanços e GH WXGR TXH FRQTXLVWDPRV SUHFLVDmos gastar melhor o que jĂĄ temos e SUHFLVDPRV GH PDLV GLQKHLUR SUHFLVDPRV VHU PDLV HĂ€FLHQWHV H WHU PDLV foco e cobrar mais resultados na aplicação dos recursos que jĂĄ esWmR GHĂ€QLGRV 0HVPR TXH HX IDoD LVVR R PRQWDQWH TXH HVWi GHĂ€QLGR ainda ĂŠ pequeno diante do desaĂ€R TXH R %UDVLO WHP QHVWH PRPHQWR da economia mundial. Precisamos JDVWDU PHOKRU RV UHFXUVRV H[LVWHQWHV e aumentar o montante de recursos para serem gastos no futuro. Para se ter uma ideia da diferença entre a demanda e a disponibiliGDGH GH UHFXUVRV HX SRVVR XVDU R H[HPSOR GD )LQHS H GR %1'(6 TXH lançaram um programa no PaĂ­s de HVWtPXOR j LQRYDomR TXH LQLFLDOPHQWH DORFRX R YDORU GH 5 ELOKmR PDV D GHPDQGD IRL GH 5 ELlhĂľes. NĂłs temos hoje uma grande GHPDQGD TXDOLĂ€FDGD R TXH PRVWUD que nĂłs ainda temos muito espaço SDUD PHOKRUDU D HĂ€FLrQFLD QR VLVWHPD GH &7 , AFC Como a Finep vĂŞ o papel GDV )$3V QHVVH SURFHVVR" Vermulm NĂłs temos uma situação que ĂŠ bastante diferenciada em alguns lugares. Sabemos que alguPDV )$3V HQIUHQWDP GLĂ€FXOGDGHV em relação a restriçþes e acesso a UHFXUVRV Ă€QDQFHLURV QRV VHXV (VWDGRV PDV VH ROKDUPRV RV LQGLFDGRUHV GH &7 , VREUH RV UHFXUVRV DSOLFD-

dos perceberemos que o montante dos recursos pĂşblicos proveniente dos Estados estĂĄ crescendo mais do que o da prĂłpria UniĂŁo. Nesta chamada que estamos fechando em SDUFHULD FRP RV (VWDGRV HVWDPRV GHĂ€QLQGR TXH GRV UHFXUVRV VHjam aplicados em temas de interesse e com prioridade estadual e os RXWURV HP WHPDV QDFLRQDLV $VVLP SRGHUHPRV FRPSRU D GHPDQGD QDFLRQDO VHP GHL[DU GH DWHQGHU jV questĂľes e prioridades estaduais. AFC Em quanto tempo o senhor vislumbra uma resposta positiva em relação aos esforços hoje direFLRQDGRV SDUD D iUHD GH &7 , QR %UDVLO" Vermulm $ iUHD GH &7 , QR %UDVLO SRU GHĂ€QLomR HQYROYH R ORQJR prazo. É uma dimensĂŁo de investimentos e de capacitação que necessita de tempo. Dizer que ĂŠ possĂ­vel dimensionar um prazo ou um tempo para um retorno ĂŠ difĂ­cil. Sabemos que ĂŠ preciso investir volumes cresFHQWHV GH UHFXUVRV SRUTXH FDGD YH] PDLV HVWDPRV QRV DSUR[LPDQdo da fronteira do conhecimento e entrando em uma ĂĄrea de risco. As ĂĄreas do conhecimento estĂŁo se reGHĂ€QLQGR R TXH PRVWUD TXH HVWDPRV passando constantemente por mudanças. Certamente vocĂŞ tem que investir cada vez mais e nĂŁo pode parar este investimento. Os resultados disso vocĂŞ sĂł consegue num horizonte largo de tempo. Sabemos que precisamos de investimentos SHVDGRV H LVVR p XUJHQWH

AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA 13


SAÚDE

Investimentos feitos pelo Governo do Estado na Fundação GH +HPDWRORJLD H +HPRWHUDSLD GR $PD]RQDV )+HPRDP garantem qualidade e segurança transfusional à população 3RU /XtV 0DQVXrWR

Segurança na transfusão de sangue

G

arantir segurança transfusional de sangue às pessoas que procuram a Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (FHemoam) é essencial para promover a saúde dos pacientes. Para que isso ocorra, são necessários investimentos na formação de recursos humanos, melhora na infraestrutura e fortalecimentos dos serviços de assistências prestados aos pacientes acometidos de doenças hematológicas. Saúde é vida, por isso, o Governo do Estado, via Fapeam, investiu entre 2003 e 2011, aproximadamente R$ 2,3 milhões na FHemoam. O resultado tem sido a muGDQoD QR SHUÀO LQVWLWXFLRQDO $ )+HPRDP GHL[RX GH DSHnas prestar assistência à saúde para se transformar em um centro de pesquisa na área de hematologia, que é referência na Região Norte. Atualmente, o hemocentro atua em três áreas distintas. A instituição é a responsável pelo atendimento hemoWHUiSLFR HP WRGR R $PD]RQDV 6LJQLÀFD TXH FDSWD GRDGRres, colhe sangue, avalia a segurança do sangue coletado e disponibiliza os produtos derivados. Além disso, presta atendimento a pacientes da área de onco-hematologia (câncer no sangue), pessoas com doenças hematológicas benignas, hemofílicos e pacientes com anemia hereditária e leucemias. Por último, a FHemoam dispõe de laboratórios com $0$=21$6 )$= CIÊNCIA


SAĂšDE

pia em cidades-polos do Amazonas, que irĂŁo FRQWDU FRP LQVWDODo}HV VRĂ€VWLFDGDV PDWHULDLV como fatores de coagulação, plasma fresco FRQJHODGR DOpP GH SURĂ€VVLRQDLV GH QtYHO MĂŠdio e TĂŠcnico para prestar os primeiros socorros aos pacientes. O objetivo ĂŠ evitar a perda de vidas. “Em casos extremos, por exemplo, um paciente acometido de dengue pode apreSUPERAĂ‡ĂƒO sentar diminuição no nĂşmero de plaquetas e, quando nĂŁo atendido rapidamente, pode 2V GHVDĂ€RV GD VD~GH FRQIRUPH )UDLML morrerâ€?, explicou Fraiji. tambĂŠm passam pela superação das barreiIsso ocorre porque a dengue ĂŠ uma enras logĂ­sticas amazĂ´nicas, pois o difĂ­cil aces- demia e pode acometer centenas de pessoas. so Ă s comunidades, o transporte dos pacien- “Se temos uma base no municĂ­pio, ĂŠ possĂ­tes para a capital e a demora para receberem vel garantir um atendimento rĂĄpidoâ€?, disse. os primeiros socorros tĂŞm exigido novas Existem vĂĄrias doenças hemorrĂĄgicas que formas de atuação da Fundação, como as tambĂŠm precisam de atendimento precoce, açþes promovidas na rede de atendimento como a pĂşrpura pĂłs-transfusional. no interior do Estado. “A reformulação do serviço de atendimento A reformulação passa pelos nĂ­veis de ĂŠ importante porque temos na AmazĂ´nia um assistĂŞncia, reorganização da gestĂŁo e incre- universo de desconhecimento enorme. HĂĄ coimento tecnolĂłgico, alĂŠm de novos produtos sas que acontecem somente aqui. Iremos imhemoterĂĄpicos. plantar instrumentos para tentar, com mais fa6HP GDWD DLQGD GHĂ€QLGD D )+HPRDP cilidade, conhecer as peculiaridades dos agravos pretende instalar oito nĂşcleos de hemotera- da saĂşdeâ€?, enfatizou.

Foto: Ricardo Oliveira/AgĂŞncia Fapeam

partilhados com o Sistema Ăšnico de SaĂşde (SUS), Instituto da Mulher e maternidades Ana Braga e Balbina Mestrinho, em Manaus. ´,VVR VLJQLĂ€FD TXH HVWDPRV SUHVWDQGR VHUviços, ensinando pessoas e ajudando a supeUDU RV GHVDĂ€RV TXH HQYROYHP R GHVHQYROYLmento da AmazĂ´niaâ€?, pontuou o diretor da FHemoam, Nelson Fraiji.

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Foto: Ricardo Oliveira/AgĂŞncia Fapeam

SAĂšDE

,VVR VLJQLÎFD TXH HVWDPRV SUHVWDQGR VHUYLoRV HQVLQDQGR SHVVRDV H DMXGDQGR D VXSHUDU RV GHVDÎRV TXH HQYROYHP R GHVHQYROYLPHQWR GD $PD]{QLD¨. Nelson Fraiji diretor do FHemoam

No interior do Estado, hĂĄ a prevalĂŞncia de doenças virais transmissĂ­veis pelo sangue que H[LJHP FXLGDGRV HVSHFtĂ€FRV 3DUD WHQWDU VRlucionar o problema, a FHemoam, em parceria com o MinistĂŠrio da SaĂşde (MS), estĂĄ implantando uma nova tecnologia, que estĂĄ em fase experimental, que compreende o Teste de Ă cidos Nucleicos ou NAT. Ela reduz a FKDPDGD ÂśMDQHOD LPXQROyJLFD¡ H LGHQWLĂ€FD R vĂ­rus em um espaço mais curto de tempo, apĂłs a contaminação.

SEGURANÇA TRANSFUSIONAL Conforme a coordenadora do setor de segurança transfusional da Fundação, Dagmar Kiesslich, o tempo em que o vĂ­rus permanece indetectĂĄvel nos testes cai de 22 para dez dias no caso do vĂ­rus transmissor da Aids; e de 35 para 12 dias em relação ao vĂ­rus da hepatite C. “Iremos realizar as anĂĄlises de amostras de pacientes do interior e de outros Estados amazĂ´nicos, como Acre, Roraima e RondĂ´nia. Essa responsabilidade exigiu toda uma reestruturação da rede de hemoterapia para envio e recebimento de bolsas de sangue. Dessa forma, iremos garantir maior segurança nas transfusĂľesâ€?, garantiu Kiesslich. Quanto Ă segurança transfusional, Kiesslich disse que a FHemoam, com o apoio da Fapeam, estĂĄ em processo de aquisição de 16 AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA

um sequenciador de genes, que irĂĄ garantir maior qualidade ao sangue e aos produtos dele derivados. Ela explicou que o equipamento permitirĂĄ YHULĂ€FDU PXWDo}HV QRV JHQHV GRV SDWyJHQRV uma vez que determinadas doenças hematolĂłgicas tĂŞm componentes genĂŠticos associados. SerĂĄ possĂ­vel, por exemplo, o sequenciamento dos vĂ­rus transmitidos por transfusĂŁo, como o do HIV e das hepatites C e B, considerados os mais comuns. O sequenciador vai permitir detectar as alteraçþes das bases de DNA e RNA GRV YtUXV 2X VHMD YDL DĂ€QDU H UHĂ€QDU R GLDJnĂłstico das doenças. A meta ĂŠ oferecer uma base para a assisWrQFLD PpGLFD VH VRĂ€VWLFDU ´6LJQLĂ€FD FULDU condiçþes estruturais para a realização de cirurgias de grande porte e tratar pacientes com doenças malignas. Hoje, a população interiorana acometida de algum agrave tem que ser transferida para Manausâ€?, apontou Fraiji. “O resultado ĂŠ gasto de tempo, perda de RSRUWXQLGDGH H GLĂ€FXOGDGHV RSHUDFLRQDLV H logĂ­sticas. O NAT garantirĂĄ um produto mais seguro para o interiorâ€?, destacou.

FORMAĂ‡ĂƒO DE RECURSOS HUMANOS Entre as açþes promovidas nessa ĂĄrea pela Fundação estĂĄ o curso ‘Training in Clinical Research for Transfusion Services’, que ca-


SAĂšDE

pacitou 18 alunos das RegiĂľes Norte, Nordeste e Centro-Oeste na elaboração de projetos de pesquisa sobre os serviços de segurança transfusional. Os palestrantes eram professores da Universidade da CalifĂłrnia, com larga experiĂŞncia na ĂĄrea. O conteĂşdo das palestras abrangeu as metodologias utilizadas para elaboração de proMHWRV GH SHVTXLVD FLHQWtĂ€FD $V DXODV foram tanto teĂłricas quanto prĂĄticas e possibilitaram a elaboração de seis projetos que foram submetidos Ă s agĂŞncias de fomento nacionais. A submissĂŁo dos projetos, segundo Fraiji, demonstrou a qualiGDGH GRV WUDEDOKRV Ă€QDLV DSUHVHQWDdos pelos alunos, do ponto de vista metodolĂłgico. Ele explicou que o curso tambĂŠm ajudou a alavancar a SURGXomR FLHQWtĂ€FD QR (VWDGR SRLV os pesquisadores que apresentaram propostas ao Conselho Nacional de 'HVHQYROYLPHQWR &LHQWtĂ€FR H 7HFnolĂłgico (CNPq) serĂŁo os futuros professores do Mestrado que, ao que tudo indica, serĂĄ oferecido pela FHemoam, em 2013.

PĂ“S-GRADUAĂ‡ĂƒO A proposta do Mestrado ĂŠ uma iniciativa da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e a FHemoam. Em junho desse ano, foram encaminhados Ă Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de NĂ­vel Superior (Capes) documentos para aprovação do curso, TXH VHUi MXOJDGR DWp R Ă€QDO GH A expectativa ĂŠ de que a proposta apresentada Ă Capes seja aprovada, FRQIRUPH DĂ€UPRX R GLUHWRU 6HJXQGR Fraiji, ao que tudo indica, no prĂłxi-

,UHPRV UHDOL]DU DV anålises de amostras de pacientes do interior e de outros Estados DPD]{QLFRV FRPR GR $FUH 5RUDLPD H 5RQG{QLD (VVD responsabilidade exigiu WRGD XPD UHHVWUXWXUDomR GD rede de hemoterapia para HQYLR H UHFHELPHQWR GH bolsas. Dessa forma, iremos JDUDQWLU PDLRU VHJXUDQoD nas transfusþes. Dagmar Kiesslich coordenadora do setor de segurança transfusional

mo ano, os projetos em execução irĂŁo abrigar os futuros alunos de Mestrado. “A expectativa ĂŠ de aprovação do FXUVR GHYLGR j FDUrQFLD GH SURĂ€VVLRnais na ĂĄrea de segurança transfusional. O subcoordenador da ĂĄrea esteve em Manaus e avaliou a proposta como meritĂłria. Isto ĂŠ, hĂĄ indĂ­cios de aprovaçãoâ€?, explicou. Caso aprovada, as atividades do curso iniciam em janeiro de 2013. Segundo o diretor, esse projeto vem sendo articulado no plano de gestĂŁo desde 2011, juntamente com o curso de Epidemiologia ClĂ­nica. “A vinda dos pesquisadores visitantes seniores, que ĂŠ uma ação da Fapeam, contribuiu com a consolidação dos proJUDPDV GH LQYHVWLJDomR FLHQWtĂ€FD H QD formulação das propostasâ€?, ressaltou o diretor da FHemoam. Fraiji salientou que ĂŠ uma ousadia apresentar uma proposta de Mestrado na ĂĄrea de Hematologia e Hemoterapia, pois existem universidades tradicionais no PaĂ­s que atuam nessa ĂĄrea, como por exemplo, a Universidade de SĂŁo Paulo (USP) de RibeirĂŁo Preto, e a Universidade Federal de SĂŁo Paulo (Unifesp). “Existem programas que tĂŞm fronteira com a ĂĄrea que atuamos, mas um programa com o nosso foco ĂŠ o terceiro no Brasil. Entendemos que hĂĄ uma carĂŞncia nas regiĂľes Norte e Centro-Oeste, que o Estado brasileiro esqueceu por dĂŠcadas e cabe a nĂłs agora rompermos com a condição de atrasoâ€?, ponderou

Quer saber mais? Acesse o site da FHemoam www.hemoam.org.br (92) 3655-0100 AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA 17


Foto: Ricardo Oliveira/AgĂŞncia Fapeam

/(,785$ $&(178$'$

NELITON MARQUES DA SILVA

Doutor em Entomologia pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), Ê professor titular da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e atual diretor da Faculdade de Ciências Agrårias (FCA) da instituição.

No livro ‘CrĂ´nicas subversivas de um cientista’, o autor Luiz Hildebrando Pereira da Silva, mĂŠdico de formação, disserta de forma Ă XLGD H HOHJDQWH VREUH YiULRV kQJXORV GD KLVWyULD FLHQWtĂ€FD H SROtWLFD do Brasil. Em 1964, Silva foi exilado do PaĂ­s, retornando em 1968, no auge da ditadura militar. Sua inquietude intelectual o levou ao exĂ­lio QRYDPHQWH R TXH SHUPLWLX VXD UHVLGrQFLD Ă€[D QR ,QVWLWXWR 3DVWHXU QD França. O autor tambĂŠm esteve na AmazĂ´nia, onde dedicou parte de VXD YLGD DFDGrPLFD H SURĂ€VVLRQDO SHVTXLVDQGR D PDOiULD HP 5RQG{QLD De leitura fĂĄcil e agradĂĄvel, a narrativa adotada pelo autor, acaba prendendo o interesse do leitor, sobretudo daqueles mais jovens, que tĂŞm, nesse livro, a oportunidade de conhecer aspectos curiosos da histĂłria recente do Brasil e de seus principais personagens, tanto no campo polĂ­tico quanto acadĂŞmico. (VFULWR QR IRUPDWR GH FU{QLFD R DXWRU DR PHVFODU IDWRV DXWRELRJUiĂ€FRV D UHĂ H[}HV FUtWLFDV GR FRWLGLDQR RIHUHFH XPD DPSOD YLVmR GDV LQTXLHWXGHV e incertezas que moldam a vida de um pesquisador engajado, que busca mudar a realidade do seu paĂ­s, construindo, mesmo que de forma tortuosa, a sua prĂłpria histĂłria. Certamente, esse ĂŠ um livro que deve estar sempre na cabeceira de todos aqueles que buscam agir localmente, porĂŠm, pensando de maneira universal. FICHA TÉCNICA: Autor: /XL] +LOGHEUDQGR Pereira da Silva Editora: 9LHLUD /HQW PĂĄgs.: 18 AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA

ONDE ENCONTRAR: KWWS ZZZ WUDYHVVD FRP EU

SITE O site www.feiradeciencias.com.br FULDdo por um obstinado professor que jå parWLFLSRX GH GLYHUVRV HYHQWRV FLHQWtÀFRV p UHcomendado para professores e alunos de GLIHUHQWHV IDL[DV HWiULDV GD HGXFDomR EiVLFD SRLV SURFXUD WUDQVPLWLU D FXOWXUD FLHQWtÀFD XWLOL]DQGR FRPR H[HPSOR DV )HLUDV GH &LrQFLDV 3DUD RV SURIHVVRUHV R VLWH FRQWULEXL FRP R SODQHMDPHQWR H H[HFXomR GH suas atividades acadêmicas por meio de H[SHULrQFLDV H DUWLJRV -i SDUD RV MRYHQV R VLWH SHUPLWH R DSUHQGL]DGR GDV FLrQFLDV especialmente da Física.

DVD/BLURAY O DVD CiĂŞncia e Tecnologia – A CiĂŞncia do SĂŠculo XXI GD %DUVD 3ODQHWD DERUGD WUrV WHPDV RV SURFHVVRV LQGXVWULDLV assim como suas aplicaçþes e tecnologias envolvidas; automação industrial que ĂŠ um grande avanço tecnolĂłgico e vem ganhando mais espaço nas indĂşstrias devido Ă produção em grande escala; e informaçþes sobre a aplicação da eletricidade na sociedade. Esse DVD ĂŠ recomendado SDUD RSHUDGRUHV GH SURGXomR WpFQLFRV HQJHQKHLURV H SURĂ€VVLRQDLV TXH DWXHP QD iUHD GD PHFkQLFD HQJHQKHLURV HOHWULFLVWDV H SURĂ€VVLRQDLV GD iUHD GH HQHUJLD EHP como estudantes e leigos interessados em obter conhecimento nas trĂŞs ĂĄreas citadas.

Ana Rita Arruda - Graduada em Pedagogia pela UniversiGDGH )HGHUDO GR $PD]RQDV FRP KDELOLWDomR HP $GPLQLVWração Escolar e Supervisão Escolar. Especialista em AdminLVWUDomR GH 5HFXUVRV +XPDQRV SHOD 8QLYHUVLGDGH )HGHUDO GD 3DUDtED H HP (GXFDomR H 7UDEDOKR SHOD 8QLYHUVLGDGH Federal do Amazonas.


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,QLFLDWLYDV GH SRSXODUL]DomR FLHQWtÀFD GHVHQYROYLGDV SHOD )DSHDP DYDQoDP QR Amazonas e tornam-se referência para outras agências de fomento no País. Por Sebastião Alves

C

LrQFLD SDUD HGXFDomR FLHQWtĂ€FD H WUDQVIRUmação de vidas por meio de informaçþes que contribuam para o desenvolvimento de um pensamento crĂ­tico sobre a realidade amazĂ´nica. Esse tem sido os princĂ­pios adotado pela Fapeam, que hĂĄ nove anos atua na popuODUL]DomR H QD LPSODQWDomR GH Do}HV TXH LQWHQVLĂ€TXHP D SURGXomR FLHQWtĂ€FD HVWDGXDO $V LQLFLDWLYDV WrP VLGR YLDbilizadas por meio do Programa de Apoio Ă Divulgação GD &LrQFLD &RPXQLFDomR &LHQWtĂ€FD TXH DWXDOPHQWH p referĂŞncia nacional na ĂĄrea. 2 SURJUDPD UH~QH SURĂ€VVLRQDLV GH 'HVLJQ 3XEOLFLdade e Propaganda, Relaçþes PĂşblicas, RĂĄdio e TV, Letras e Jornalismo, que produzem conteĂşdos voltados a disseminar a CiĂŞncia, Tecnologia e Inovação (CT&I) na internet e nas mĂ­dias mais tradicionais (impressos, programas de rĂĄdio e TV).

Com uma linguagem simples e de fĂĄcil compreensĂŁo, a sociedade tem acesso aos conteĂşdos de CT&I por meio do Portal da Fapeam, que reĂşne em um mesmo espaço matĂŠrias jornalĂ­sticas para website, rĂĄdio e televisĂŁo web, alĂŠm de disponibilizar os arquivos digitais de todas as ediçþes da revista Amazonas Faz CiĂŞncia. Ou seja, trata-se de XPD FRQYHUJrQFLD GH PtGLDV QDV PmRV GH SURĂ€VVLRQDLV H estudantes, que tĂŞm a oportunidade de colocar em prĂĄtiFD FRQFHLWRV VREUH MRUQDOLVPR FLHQWtĂ€FR HP XP HVIRUoR conjunto para popularizar a ciĂŞncia. 2V UHVXOWDGRV GR 3URJUDPD GH &RPXQLFDomR &LHQWtĂ€ca sĂŁo perceptĂ­veis ao colocar a CT&I na pauta diĂĄria dos veĂ­culos de comunicação do Estado. AlĂŠm disso, o programa inspirou outras Fundaçþes de Amparo Ă Pesquisa (FAPs) na implantação de equipes voltadas para a divulgação da ciĂŞncia, tal como a Fapemig, em Minas Gerais, e a Fapema, no MaranhĂŁo. AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA 19


2 3URJUDPD GH &RPXQLFDomR &LHQWtÎFD Ê um dos mecanismos para que possamos DYDQoDU QRV HVWXGRV GR -RUQDOLVPR H DVVLP FRPSUHHQGHU D FRQWULEXLomR TXH HVVD iUHD SRGH GDU DR GHVHQYROYLPHQWR VRFLDO H HFRQ{PLFR GR $PD]RQDV¨ Ivânia Vieira Jornalista e professora da Ufam

Outra importante iniciativa da Fundação ĂŠ a realização do PrĂŞmio Fapeam de JornalisPR &LHQWtĂ€FR TXH HP WHUi D HQWUHJD GD 4a edição da premiação aos jornalistas locais. O objetivo ĂŠ incentivar a prĂĄtica do jornalisPR FLHQWtĂ€FR SUHPLDQGR WUDEDOKRV GHVVD QDtureza que contribuam para a divulgação da ciĂŞncia nos meios de comunicação do Estado. AlĂŠm dessas açþes, a FAP em parceria com a Fiocruz AmazĂ´nia e Instituto de CoPXQLFDomR H ,QIRUPDomR &LHQWtĂ€FD ,FLFW Ă€QDQFLRX R FXUVR GH (VSHFLDOL]DomR HP -RUQDOLVPR &LHQWtĂ€FR H 6D~GH QD $PD]{QLD concluĂ­do em fevereiro de 2012, voltado para SURĂ€VVLRQDLV GD iUHD GH FRPXQLFDomR

TAREFA Ă RDUA ResponsĂĄvel pelas primeiras açþes relacionadas Ă popularização da ciĂŞncia na Fapeam, a jornalista Ivânia Vieira disse que quando foi convidada para implementar o primeiro projeto, isso lhe causou inquieta20 AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA

çþes, pois faltavam recursos humanos e Ă€QDQFHLURV HVSDoR ItVLFR H HTXLSDPHQWR para desenvolver o projeto. “Entretanto, sobrava vontade e otimismo em meio j ÂśFRQIXVmR 'HVFREULPRV SURĂ€VVLRQDLV generosos das mais diferentes ĂĄreas do conhecimento que traçaram as primeiras linhas do projeto da revista da Fapeam; articularam o primeiro banco de imagens; os protĂłtipos do programa que levou o nome prĂŠvio de ‘RĂĄdio CiĂŞncia’; o informativo Fapeam (impresso); e os DiĂĄlogos Jornalismo & CiĂŞncia, cuja primeira edição aconteceu no Sindicato dos Jornalistas 3URĂ€VVLRQDLV GR $PD]RQDVÂľ OHPEURX Professora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e atual editora do caderno de PolĂ­tica do jornal local A CrĂ­tica, Vieira pontuou que foram feitas proposituras para viabilizar os primĂłrdios que hoje se configuram como um programa robusto e, anos mais tarde, a insistĂŞncia e a teimosia fizeram com que

Foto: Clovis Miranda /A Critica

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Foto: Ricardo Oliveira/AgĂŞncia Fapeam

a iniciativa se consolidasse e desse certo. “As iniciativas para assegurar um espaço da comunicação no âmbito da Fapeam foram ampliadas vĂŞm sendo qualificadas e suas raĂ­zes aprofundadasâ€?, disse. A partir de 2005, o Programa de Apoio Ă Divulgação da CiĂŞncia foi estruturado e, de forma sistemĂĄtica, envolveu um conjunto PXOWLGLVFLSOLQDU GH SURĂ€VVLRQDLV TXH DODYDQcou essa linha de ação da Fapeam e promoveu grandes mudanças nesta ĂĄrea, nĂŁo somente no âmbito da Fundação e das instituiçþes de CT&I, mas tambĂŠm, nos veĂ­culos de comunicação do Amazonas. Percebe-se, conforme Vieira, a disposição da Fundação em manter sintonia com o pioneirismo, ao se criar possibilidades e oportunidades para o avanço da comunicaomR FLHQWtĂ€FD QR (VWDGR DOpP GH UHVSHLWDU D pluralidade e a qualidade no conhecimento H QRV VDEHUHV (OD DYLVRX TXH R GHVDĂ€R GRV gestores e dos participantes do programa ĂŠ assegurar esse diferencial e nĂŁo deixar que a acomodação faça parte do processo. Na ĂŠpoca da implantação das açþes de FRPXQLFDomR FLHQWtĂ€FD FRQIRUPH 9LHLUD os recursos eram reduzidos e foram aplicados nas primeiras açþes sem margem para sobras. Ela lembrou que ambos os ĂłrgĂŁos, Fapeam e Secretaria de Estado de CiĂŞncia, Tecnologia e Inovação (Secti-AM), foram criados com a responsabilidade de estruturar o Sistema Estadual de CT&I e reunir o que estava fracionado e fragilizado no âmbito da ciĂŞncia no Estado. ´2 &RPXQLFDomR &LHQWtĂ€FD WHP XPD WDUHID ĂĄrdua e isso o torna atraente. Primeiro, porque precisa promover diĂĄlogos entre a academia e a sociedade, utilizar as ferramentas de comuniFDomR FRQWHPSRUkQHDV LGHQWLĂ€FDU DV TXH PHOKRU DWHQGHP jV HVSHFLĂ€FLGDGHV GR $PD]RQDV e, segundo, constituir-se como fomentador de pesquisas, do fortalecimento dos nĂşcleos de pesquisa, aproximar-se, sem preconceito, das empresas de comunicação do Estado, das insti-

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tuiçþes de ensino e pesquisa e das organizaçþes VRFLDLVÂľ DĂ€UPRX

BONS FRUTOS Doutorando pelo Programa de PĂłs-Graduação em Sociedade e Cultura da AmazĂ´nia (PPSCA) e professor da Ufam, Renan Albuquerque, acumula uma vasta experiĂŞncia de 11 anos atuando nas redaçþes dos jornais de Manaus. Mas ele melhor conta que o Programa de Comunicação, em que foi bolsista, agregou conhecimento para sua vida SURĂ€VVLRQDO H DFDGrPLFD Os primeiros contatos com o jornalismo FLHQWtĂ€FR H DPELHQWDO FRQIRUPH $OEXTXHUque, ocorreram em 1999, no Instituto Nacional de Pesquisas da AmazĂ´nia (Inpa). Na ĂŠpoca, o doutorando atuava na divulgação dos projetos de pesquisa institucionais. Ele explicou que sentia falta de uma formação acadĂŞmica mais aprofundada. Por isso, especializou-se e fez mestrado em Psicologia, quatro anos depois de ter concluĂ­do o curso de graduação em Jornalismo. Para Albuquerque, ĂŠ notĂłrio o avanço da ciĂŞncia no Amazonas nos Ăşltimos dez anos. ´+RMH R MRUQDOLVPR FLHQWtĂ€FR p PXLWR PDLV pautado. A Fapeam foi a maior incentivadora do segmento no Estado, em função, principalmente, das bolsas concedidas e da estrutura para realizar o trabalho, via revista, incenWLYR IXQFLRQDO H YRQWDGH SROtWLFDÂľ DĂ€UPRX As expectativas de avanço da ciĂŞncia sĂŁo as melhores possĂ­veis, conforme Albuquerque. Todavia, ele disse que a divulgação cientĂ­fica deve ser implementada nas redaçþes atravĂŠs de espaços fixos para tal prĂĄtica. Em 2006, por exemplo, o jornal local Amazonas em Tempo, pioneiramente, criou, apesar das adversidades, um periĂłdico voltado para a divulgação de assuntos relacionados ao meio ambiente. O espaço serviu para importantes debates e reflexĂľes na ĂĄrea, naquele momento. AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA 21


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2 WHPSR HUD GLYLGLGR HQWUH DV DWLYLGDGHV GD $JrQFLD e as aulas na faculdade. Foi a receita ideal que atÊ hoje VHUYH GH EDVH SDUD D PLQKD DWXDO IDVH SURÎVVLRQDO PDV OHYR FRPLJR XP VHQWLPHQWR GH SDL[mR SHOD GLYXOJDomR FLHQWtÎFD e JUDWLÎFDQWH TXDQGR YHPRV R UHVXOWDGR GH LQYHVWLPHQWRV IHLWRV QD iUHD GD CT&, QR (VWDGR GR $PD]RQDV¨ Fabíola Menezes

PRIMEIRA EXPERIĂŠNCIA PROFISSIONAL

Ă€TXHL PXLWR IHOL]Âľ FRPSOHWRX Durante sua passagem pela AgĂŞncia Fapeam, Menezes consiEgressa do Programa de Comu- derou a experiĂŞncia como enriqueQLFDomR &LHQWtĂ€FD )DEtROD 0HQH]HV cedora, pois pĂ´de conviver com avaliou de forma positiva e emocio- SURĂ€VVLRQDLV GD iUHD H WURFDU FRnante sua participação no Programa, nhecimentos que lhe ajudaram em tendo sido sua primeira experiĂŞncia VXD FDUUHLUD SURĂ€VVLRQDO H HP VXD SURĂ€VVLRQDO ´$R SDUWLFLSDU GR SUR- vida pessoal. “O tempo era dividiFHVVR VHOHWLYR QmR Ă€TXHL HQWUH RV SUL- do entre as atividades da AgĂŞncia e meiros colocados. Mas nĂŁo desanimei as aulas na faculdade. Foi a receie tentei outros editais. Foi quando ta ideal que atĂŠ hoje serve de base me chamaram para substituir outra SDUD D PLQKD DWXDO IDVH SURĂ€VVLRQDO estudante bolsista do Programa. NĂŁo mas levo comigo um sentimento de pensei duas vezes, aceitei na hora e SDL[mR SHOD GLYXOJDomR FLHQWtĂ€FD e 22 AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA


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JUDWLĂ€FDQWH TXDQGR YHPRV R UHVXOWDGR GH Pesquisa em Linguagens, MĂ­dia e Moda da investimentos feitos na ĂĄrea da CT&I no Ufam (Mimo), dentre outros. Desde 2008, Estado do Amazonasâ€?, disse. eles tĂŞm impulsionado as pesquisas, o que nos permitiu sair de um patamar compactaPESQUISA EM COMUNICAĂ‡ĂƒO do para um mais dinâmico no processo de investigaçãoâ€?, destacou. A divulgação dos resultados dos trabaQuando propĂ´s a criação do Programa lhos produzidos pelos Programas de PĂłs- de PĂłs-Graduação Stritu Sensu, Monteiro Graduação Stricto Sensu em Comunicação pensou que o processo de construção nĂŁo no Brasil ĂŠ de vital importância para a com- se limitaria apenas em fazer, mas perpassapreensĂŁo dos fenĂ´menos comunicacionais, ria por possibilidades de realização. Signisociais, culturais e ambientais, uma vez que fica que agora ĂŠ o momento de transição esse trabalho começa na prĂłpria academia. para a pesquisa, considerada como eleO ambiente da pesquisa cria um espaço mento de transformação. para o diĂĄlogo, dissemina novos conheciĂ REA DE CONCENTRAĂ‡ĂƒO mentos e promove a integração entre proĂ€VVLRQDLV SHVTXLVDGRUHV H HVWXGDQWHV O PPGCCOM tem como ĂĄrea de conPara o subcoordenador do Programa de PĂłs-Graduação em CiĂŞncias da Comunicação centração os Ecossistemas Comunicacionais, (PPGCCOM), da Universidade Federal do que sĂŁo voltados para os processos de orgaAmazonas (Ufam), Gilson Monteiro, as pes- nização, transformação e produção das menquisas realizadas no âmbito da Comunicação sagens a partir das interaçþes entre sistemas tĂŞm apresentado um crescimento expressivo socioculturais e tecnolĂłgicos. Monteiro exquando comparadas a anos anteriores. Ele plicou que essas conectividades sĂŁo mediadas disse que grande parte desse avanço ocorreu pelas tecnologias de informação e comunicaapĂłs a criação do Programa, em 2008, consi- omR DWUDYpV GRV PDLV GLYHUVLĂ€FDGRV FyGLJRV derado um divisor de ĂĄguas para a pesquisa e suportes. Ou seja, envolvem o estudo das mensagens no contexto da complexidade em Comunicação no Amazonas. O PPGCCOM tem alcançado suas metas informacional e sistĂŞmica que abrangem os quanto Ă qualidade das pesquisas, conforme ecossistemas comunicacionais gerados pelas Monteiro, tornando-se referĂŞncia nessa ĂĄrea relaçþes entre as diferentes esferas da vida. Ao estudar o conceito de ecossistemas do conhecimento. Dessa forma, consolidase a partir da participação cada vez maior de comunicacionais, Monteiro defendeu que estudantes em eventos regionais e nacionais. ĂŠ perceptĂ­vel uma aproximação com o conEle informou que antes as pesquisas estavam ceito sobre sustentabilidade defendido nos em um estado embrionĂĄrio, restringindo-se dias atuais, ou seja, o estudo da ecologia aos nĂşcleos de pesquisas coordenados por profunda desenvolvido no Programa. Ele alguns professores da graduação, o que for- disse ainda que, dessa forma, a ideia de neceu a base para o avanço da produção cien- preservação ganha novo formato, passando para integração do homem com a natuWtĂ€FD HP &RPXQLFDomR GD 8IDP “Antes, tĂ­nhamos como referĂŞncia pro- reza. “Pesquisadores amazonenses, como jetos em nĂ­vel de graduação e o curso de Djalma Batista e Samuel Benchimol, deEspecialização, como o NĂşcleo de Pesquisa fendiam os ecossistemas comunicacionais, Interfaces, o Grupo de Pesquisa em SemiĂł- demonstrando que os pensadores locais jĂĄ tica da Comunicação (Mediação), Grupo de articulavam algo desse tipoâ€?, finalizou. AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA 23


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Cartilha com orientaçþes båsicas sobre o Implante Coclear e Programa de Reabilitação facilitam o dia a dia dos implantados em Manaus Por Rosa Doval

Para mim, o implante incluiu PLQKD ĂŽOKD QR PHX PXQGR +RMH ela sabe o que estĂĄ acontecendo ao redor dela. Interage com os colegas e jĂĄ estĂĄ inserida na escola estadual GH HQVLQR FRQKHFH DV YRJDLV H FXUVD R • SHUtRGR 4XDQGR RXYL PLQKD ĂŽOKDU FKDPDU PDPmH IRL XPD IHVWD¨

Foto: Ricardo Oliveira/ AgĂŞncia Fapeam

Keitiane Pimentel mãe de criança com implante coclear

$0$=21$6 )$= CIĂŠNCIA

Q

uando “se fala em surdez, imediatamente vem Ă nossa mente a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), porĂŠm poucas pessoas sabem que o surdo pode se comunicar de forma oral, desde que receba HVWtPXORV SDUD LVVRÂľ $ DĂ€UPDomR p GD SUHVLGHQWH GD $VVRFLDomR $PD]RQHQVH GH $SRLR DRV 'HĂ€FLHQWHV $XGLWLYRV e UsuĂĄrios de Implante Coclear (Amada), Tatiane Braga, ao se referir a outras alternativas e tecnologias assistivas GLVSRQtYHLV DRV GHĂ€FLHQWHV DXGLWLYRV A audição consiste na chave para a linguagem oral e ĂŠ uma forma de sentir o mundo. Sem ela, o indivĂ­duo perde parte do mundo real, passando a ter problemas emocionais e sociais. +RMH FRP R DYDQoR GD WHFQRORJLD RV GHĂ€FLHQWHV DXditivos tĂŞm a oportunidade de ouvir como a maioria das pessoas. Entre os dispositivos que facilitaram a vida desses GHĂ€FLHQWHV HVWi R ,PSODQWH &RFOHDU ,& SRXFR FRQKHFLGR pela população, mas que jĂĄ estĂĄ inserido no cotidiano de vĂĄrias crianças, principalmente no Amazonas, pela ação de duas pesquisadoras, Mariana Pedrett e Sandra Moreira, que buscam popularizar esse procedimento, por meio de uma cartilha explicativa sobre a nova tecnologia. A ideia da pesquisa surgiu no âmbito acadĂŞmico. Depois, tomou maiores proporçþes, por meio de um curso GH TXDOLĂ€FDomR UHDOL]DGR HP 6mR 3DXOR FRP D HTXLSH GD SHVTXLVDGRUD 9DOpULD 6FKPLGW *RIĂ€ FRRUGHQDGRUD GD equipe de fonoaudiologia do Hospital das ClĂ­nicas, da Faculdade de Medicina, da Universidade de SĂŁo Paulo. (VWH FXUVR IRL HVSHFtĂ€FR SDUD UHDELOLWDGRUHV GH SDFLHQWHV usuĂĄrios de implante coclear. Observando a carĂŞncia de informaçþes sobre a cirurgia em Manaus, as fonoaudiĂłlogas Mariana Pedrett e Sandra Moreira elaboraram uma cartilha com o apoio da Fapeam e em parceria com a Amada.


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3URSRQKR XPD EUHYH DQiOLVH DF~VWLFD VREUH D DTXLVLomR IRQpWLFD H IRQROyJLFD GD FULDQoD SRU PHLR GR 3URJUDPD GH $QiOLVH $F~VWLFD 3UDDW H em seguida, pretendo comparar com os dados OLQJXtVWLFRV GH FULDQoDV FRP DXGLomR QRUPDO¨ Mariana Pedrett fonoaudióloga

“Essa situação era preocupante, pois para a criança se submeter ao IC era necessĂĄrio ter acesso Ă terapia de habilitação e reabilitação de linguaJHP HP VXD FLGDGHÂľ DĂ€UPRX 3HGUHWW O otorrinolaringologista Luiz Avelino Jr. explicou que o Implante Coclear ĂŠ um dispositivo que substitui o ouvido de pacientes acometidos por surdez profunda, onde o aparelho auditivo tem ação limitada. O implante ĂŠ constituĂ­do de duas unidades: a unidade externa e a interna. A primeira, contĂŠm um microfone para a captação do som, um processador de voz que transforma o som em estĂ­mulo elĂŠtrico e uma antena que envia o estĂ­mulo para a unidade interna por meio da radiofrequĂŞncia. A unidade interna ĂŠ implantada no crânio cirurgicamente e reĂşne um receptor que capta os estĂ­mulos da unidade externa e um feixe de eletrodos que transfere o estĂ­mulo elĂŠtrico diretamente ao nervo auditivo. “ApĂłs a cirurgia, aguardamos a cicatrização adequada e entĂŁo ativamos o implante. DaĂ­ iniciamos o processo de reabilitação auditiva que inclui fonoterapia constante e direcionada ao desenvolvimento da linguagem. Essa ĂŠ a fase mais importante de todasâ€?, frisou. Segundo ele, ĂŠ necessĂĄrio ter muita disciplina e dedicação, alĂŠm de paciĂŞn-

cia. “Em intervalos regulares fazemos os o momento em que se capta a ativamapeamentos e ajustes no implante para ção do dispositivo. A pesquisa de Mestrado, sob orienPHOKRUDU D SHUFHSomR DXGLWLYDÂľ DĂ€UPRX tação do professor doutor em LinguĂ­sATENDIMENTO tica Aplicada, pela PontifĂ­cia Universidade CatĂłlica de SĂŁo Paulo (PUC-SP), Em Manaus, as crianças subme- Odenildo Teixeira Sena, ĂŠ um estudo WLGDV j FLUXUJLD Ă€FDYDP VHP DWHQGL- de caso e, de acordo com a mestranmento com o fonoaudiĂłlogo e otor- da, sĂł foi possĂ­vel ser desenvolvida rinolaringologista, o que efetivamente por meio do apoio da mĂŁe de uma das comprometia o resultado satisfatĂłrio crianças implantadas. O estudo contou da evolução linguĂ­stica do implantado. FRP R Ă€QDQFLDPHQWR GD )DSHDP SRU De posse desses dados, a pes- meio do Programa Institucional de quisadora Pedrett investigou em sua Apoio Ă PĂłs-Graduação Stricto dissertação de Mestrado em Letras, Senso (Posgrad). pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a ocorrĂŞncia do processo de aquisição da linguagem no implantado, desde

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PAVILHĂƒO AUDITIVO (ORELHA)

OSSO TEMPORAL

CĂ“CLEA TROMPA DE EUSTĂ QUIO

O APARELHO

CANAL AUDITIVO

TĂ?MPANO

A cĂłclea ĂŠ uma estrutura em formato de caracol constituĂ­da de cĂŠlulas ciliadas, pequenas terminaçþes nervosas, que modificam as ondas sonoras em impulsos elĂŠtricos e estimulam o nervo da audição a enviĂĄ-los ao cĂŠrebro, especificamente aos centros auditivos, permitindo o entendimento da mensagem. É neste local que os eletrodos sĂŁo implantados.

Unidade interna

Unidade externa

Inserida cirurgicamente. É composta por uma antena interna (1), receptor estimulador (2) e feixe de eletrodos (3).

É composta por um processador de fala, microfone, cabos e antena transmissora.

COMO FUNCIONA? Os sons são captados e conduzidos pelo cabo do microfone ao processador de fala (4); O processador de fala transforma o som em sinais codificados; Os sinais codificados são enviados para a antena transmissora (1); Esta antena envia os sinais à antena interna, via radiofrequência; A antena interna recebe os sinais e envia ao receptor-estimulador (2) que irå decodificar esses sinais e enviar a informação para o feixe de eletrodos (3) que estimularå as fibras do nervo auditivo; A informação elÊtrica Ê enviada às åreas auditivas do cÊrebro e a mensagem Ê interpretada.

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)RQWH 025(,5$ 6DQGUD 3('5(77 0DULDQD RUJV Implante Coclear: orientaçþes båsicas. Amazonas: Edua.


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Foto: Ricardo Oliveira/AgĂŞncia Fapeam

Intervençþes ocorrem em grupos ou individualmente e têm como objetivo estimular a fala e a linguagem das crianças

PROGRAMA DE REABILITAĂ‡ĂƒO ApĂłs a confecção da cartilha, a pesquisadora resolveu criar um outro projeto de orientaçþes de forma presencial. O projeto deu origem ao Programa de Implante Coclear, que “Nessa pesquisa, proponho uma GH /LEUDV H WLQKDP GLĂ€FXOGDGHV GH propĂľe a reabilitação aos moldes da breve anĂĄlise acĂşstica sobre a aquisi- interagir no mais amplo aspecto com fonoaudiologia educacional voltada ção fonĂŠtica e fonolĂłgica da criança, o alunoâ€?, pontuou Pedrett. para apoiar Ă s crianças usuĂĄrias do IC por meio do Programa de AnĂĄlise O procedimento jĂĄ existe no Bra- da rede municipal de ensino e da coAcĂşstica (Praat) e, em seguida, pre- sil hĂĄ 30 anos, mas muita gente des- munidade em geral. tendo comparar com os dados lin- FRQKHFH D HĂ€FiFLD R TXH JHUD GLVFXVA fonoaudiĂłloga Mariana PeguĂ­sticos de crianças com audição sĂľes quanto Ă s estratĂŠgias pedagĂłgi- drett, a psicĂłloga Regina Marinho e normalâ€?, disse Pedrett. cas. Para a fonoaudiĂłloga, o implante a psicopedagoga Edna Santos forĂŠ um recurso tecnolĂłgico que devol- mam a equipe de apoio do PrograA PESQUISA ma. As intervençþes ocorrem em ve a audição da pessoa. Segundo ela, foi preciso des- grupos ou individualmente e tĂŞm De acordo com a pesquisa, foi PLVWLĂ€FDU DOJXPDV IDQWDVLDV VREUH como objetivo estimular a fala e a possĂ­vel constatar que havia um nĂş- o implante por parte da população, linguagem das crianças. PHUR VLJQLĂ€FDWLYR GH FULDQoDV XVXi- como, por exemplo, que a antena O programa foi implantado no rias do implante estudando em clas- transmissora atrai raios. “Isso nĂŁo Complexo Municipal de Educação ses regulares de escolas especiais que H[LVWHÂľ DĂ€UPRX Especial AndrĂŠ Vidal AraĂşjo, onde recebem esses alunos tanto da rede Com esse objetivo, foi elaborada cerca de dez crianças, na faixa etĂĄria municipal quanto da rede estadual de a ‘Cartilha sobre o Implante Coclear,’ de 2 a 13 anos, recebem atendimento. ensino. PorĂŠm, a pesquisadora per- com orientaçþes bĂĄsicas para os pais Para a psicĂłloga Regina Marinho, cebeu que nesses estabelecimentos a e responsĂĄveis pelas crianças que se o programa ĂŠ uma forma de auxiliar FRPXQLFDomR FRP HVVHV DOXQRV Ă€FDYD submeteram a este dispositivo. Nesse os pais e responsĂĄveis pelas crianças restrita ao uso das Libras. sentido, o implante requer acompa- implantadas, principalmente no que “Pudemos perceber que essas nhamento mĂŠdico e fonoaudiolĂłgico se refere Ă s atividades desenvolvidas crianças nĂŁo tinham apoio terapĂŞu- com frequĂŞncia, assim como a par- em casa. Para ela, nĂŁo basta apenas tico fonoaudiolĂłgico, os professores ticipação dos pais e responsĂĄveis no fazer a cirurgia, a criança tem que ter estavam habituados ao uso da comu- processo de estimulação da lingua- assistĂŞncia para que possa desenvolnicação pelo mĂŠtodo da linguagem gem no ambiente familiar ver uma aprendizagem satisfatĂłria. AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA 27


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“NĂłs atuamos como facilitadoras entre os pais e as crianças. 9HULĂ€FDPRV VH HVVHV SDLV HVWmR LQteragindo de forma correta com os Ă€OKRV LPSODQWDGRV VH HVWmR IDFLOLtando a aprendizagem e como eles estĂŁo se comportando, uma vez que o procedimento nĂŁo afeta somente a criança, mas sim toda a estrutura familiar a partir do momento em que essa criança passa a ser ouvinte. O empenho familiar ĂŠ muito importanteâ€?, frisou.

SOBRE A CIRURGIA

neiro dos Santos desenvolve hĂĄ 30 anos trabalhos voltados para alunos Em alguns Estados do PaĂ­s a surdos. De acordo com a professora cirurgia jĂĄ pode ser encontrada na HaydĂŠe dos Santos, gestora da escola, rede pĂşblica de saĂşde, porĂŠm em ela foi criada para atender estudantes Manaus o procedimento ainda ĂŠ re- do primeiro ano da Educação Infanalizado somente na rede particular. til ao terceiro ano do Fundamental. Os pais interessados podem pro- Logo em seguida, estendeu o atendicurar outros centros de implante mento atĂŠ o quinto ano. A partir de credenciados em outros Estados e 2004, passou a atender alunos atĂŠ o realizarem o chamado ‘Tratamento nono ano do Fundamental. Fora de DomicĂ­lio’ (TFD). “No inĂ­cio, começamos a trabaEm Manaus, os familiares rece- lhar com a metodologia da oralizabem apoio da Amada, fundada em ção, onde alunos desenvolviam a leiPARTICIPANTES DO PROGRAMA 2008 por um grupo de pais de crian- tura labial e atos gesticulatĂłrios com oDV FRP GHĂ€FLrQFLD DXGLWLYD $ $VVR- professores treinadosâ€?, informou. (QWUH RV EHQHĂ€FLDGRV GR 3URJUD- FLDomR WHP FRPR Ă€QDOLGDGH LQWHJUDU Hoje, a metodologia ĂŠ a lĂ­ngua ma estĂŁo os estudantes, Danilo Reis R GHĂ€FLHQWH DXGLWLYR QD VRFLHGDGH materna dos surdos: as Libras. “TraMendes, 8 anos, e Camila Rhaliandra, por meio da linguagem oral. balhamos com as duas lĂ­nguas, Libras 6 anos, que realizaram o implante hĂĄ Para Tatiane Braga, a falta de in- e LĂ­ngua Portuguesa, com orientação mais de dois anos. IRUPDomR SRU SDUWH GRV SURĂ€VVLR- da Secretaria de Estado de Educação Para a dona de casa, Francisca dos nais sobre o Implante Coclear, fez (Seduc), todos os procedimentos nĂŁo Santos, avĂł de Danilo, a iniciativa lhe com que ela iniciasse um movimen- sĂŁo diferenciados do ensino regular, deu a oportunidade de oferecer um to em torno da divulgação da nova nos diferenciamos apenas na metoatendimento especial ao neto. “A tecnologia. Ela ĂŠ mĂŁe do pequeno dologiaâ€?, explicou a gestora. iniciativa do programa ĂŠ bem-vinda JosĂŠ Luiz, de 7 anos, que nasceu Ainda segundo a gestora, apenas SDUD QyV TXH WHPRV Ă€OKRV LPSODQWD- com surdez profunda bilateral e uma aluna usuĂĄria de Implante Codos. Hoje posso dizer que o Danilo, hoje leva uma vida normal como clear estuda na escola. Ela acompaestĂĄ sendo bem acompanhado e o qualquer criança de sua idade. “Vi nha a turma, interage com os coleresultado ĂŠ positivo. Ele jĂĄ estĂĄ con- o implante como uma ferramenta gas e, aparentemente, nĂŁo apresenta seguindo chamar, tio, avĂł e outras TXH SRGH GDU DR GHĂ€FLHQWH DXGLWL- WHU GLĂ€FXOGDGHV ´$TXL HOD UHFHEH SDODYUDV ,VVR p PXLWR JUDWLĂ€FDQWHÂľ vo a oportunidade de ouvir, e isso ĂŠ somente a parte educativa, quanto Ă declarou a dona de casa. fantĂĄsticoâ€?, declarou Braga. reabilitação, ela faz em outro ĂłrgĂŁo. “Para mim, o implante incluiu Aqui trabalhamos com surdos, mas ASSISTĂŠNCIA NA ESCOLA PLQKD Ă€OKD QR PHX PXQGR +RMH as portas da escola estĂŁo abertas para ela sabe o que estĂĄ acontecendo ao receber todas as crianças, seja qual A Escola Estadual Augusto Carredor dela. Interage com os colegas IRU D GHĂ€FLrQFLDÂľ DĂ€UPRX e jĂĄ estĂĄ inserida na escola estadual de ensino, conhece as vogais e cursa R ž SHUtRGR 4XDQGR RXYL PLQKD Ă€Quer saber mais? lhar chamar mamĂŁe, foi uma festa. SĂł Fale com a pesquisadora o fato de ouvir a voz dela jĂĄ me deixa Mariana Pedrett - mariana.pedrett@yahoo.com.br feliz. Isso nĂŁo tem preçoâ€?, declarou a Site Amada- amadaassociacao.blogspot.com.br MĂŠdico Otorrinolaringologista Luiz Avelino Jr - dr_avelino@msn.com dona de casa Keitiane Pimentel, mĂŁe Site ClĂ­nica Otoclin- www.otoclin.med.br de Camila Rhaliandra. 28 AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA


รฃo ivulgaรง Foto: D

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O QUE ร ECONOMIA VERDE?

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O QUE CAUSA A TUBERCULOSE ? 'HERUDK 0HQGHV DQRV HVWXGDQWH GH SUp YHVWLEXODU $ WXEHUFXORVH 7% p FDXVDGD SRU XPD EDFWpULD (Mycobacterium tuberculosis) tambรฉm chamada de %DFLOR GH .RFK TXH DFRPHWH SUHIHUHQFLDOPHQWH RV SXOP}HV HPERUD SRVVD WDPEpP VH DSUHVHQWDU HP outros รณrgรฃos do corpo. A tuberculose รฉ transmitiGD DWUDYpV GR DU 4XDQGR RV GRHQWHV GH 7% SXOPRQDU WRVVHP HVSLUUDP RX IDODP LPSXOVLRQDP EDFLORV SDUD R DU WUDQVPLWLQGR DVVLP D EDFWpULD SDUD SHVsoas saudรกveis que estejam no mesmo ambiente YLUDO $ 2UJDQL]DomR 0XQGLDO GH 6D~GH 206 estima que um terรงo da populaรงรฃo mundial esteMD LQIHFWDGD FRP R EDFLOR GD WXEHUFXORVH SRUpP VRPHQWH FHUFD GH GDV SHVVRDV LQIHFWDGDV DGRHFHP DR ORQJR GD YLGD JUDoDV jV GHIHVDV do sistema imunolรณgico particular de cada ser huPDQR 7RGDYLD SHVVRDV DFRPHWLGDV SRU GRHQoDV TXH FRPSURPHWHP DV GHIHVDV GR RUJDQLVPR FRPR SRUWDGRUHV GR +,9 SHVVRDV GHVQXWULGDV GLDEpWLFRV H IXPDQWHV WrP XP ULVFR PXLWR PDLRU GH DGRHFHU Quando uma pessoa desenvolve a tuberculose JHUDOPHQWH DSUHVHQWD RV VHJXLQWHV VLQWRPDV WRVVH IHEUH VXRU QRWXUQR IDOWD GH DSHWLWH H SHUGD GH peso. A demora no diagnรณstico e tratamento ou o tratamento inadequado resultam na propagaรงรฃo da bactรฉria para outras pessoas. A tuberculose รฉ XPD GRHQoD FXUiYHO H SRGH VHU SUHYHQLGD PDV p necessรกrio que o doente cumpra rigorosamente o WUDWDPHQWR TXH GXUD QR PtQLPR VHLV PHVHV Respondeu: 0DUO~FLD GD 6LOYD *DUULGR FRRUGHQDGRUD GR 3URJUDPD (VWDGXDO GH &RQWUROH GD 7XEHUculose e pesquisadora da Fundaรงรฃo de Medicina 7URSLFDO )07 $0

Entende-se esse conceito como a economia TXH UHVXOWD QD PHOKRULD GR EHP HVWDU KXPDQR SURPRomR GD LJXDOGDGH VRFLDO UHGXomR GRV ULVFRV ambientais e da escassez ecolรณgica. Uma economia SDUD VHU FRQVLGHUDGD ยถYHUGHยท GHYH VHU DSRLDGD HP WUrV HL[RV UHGXomR GDV HPLVV}HV GH FDUERQR Hร FLรชncia no uso da energia; e dos recursos naturais e conservaรงรฃo da biodiversidade e manutenรงรฃo dos VHUYLoRV HFRVVLVWrPLFRV 3DUD D $PD]{QLD D HFRQRPLD YHUGH GHYH EXVFDU DGLFLRQDOPHQWH FRQVWUXLU SRQWHV HQWUH RV VDEHUHV WUDGLFLRQDLV H FRQWHPSRUkQHRV TXH LQFOXHP D &LrQFLD 7HFQRORJLD H ,QRYDomR Respondeu: 9LUJtOLR 9LDQD GRXWRU HP %LRORJLD da Evoluรงรฃo pela Universidade de Harvard e superintendente-geral da Fundaรงรฃo Amazonas 6XVWHQWiYHO )$6

O QUE Sร O FUNGOS

ENTOMOPATOGร NICOS? $GULDQR )HUUHLUD DQRV WpFQLFR GH (QIHUPDJHP Fungos entomopatogรชnicos sรฃo aqueles que SRGHP SDUDVLWDU LQVHWRV PDWDQGR RV RX incapacitando-os. Sรฃo conhecidos por infectar todos os estรกgios da vida dessas espรฉcies e sรฃo FRPXPHQWH HQFRQWUDGRV QRV KDELWDWV DTXiWLFR terrestre e subterrรขneo. Esporos microscรณpicos GHVVHV IXQJRV DGHUHP j VXSHUItFLH H[WHUQD GR LQVHWR H VRE FRQGLo}HV DGHTXDGDV JHUPLQDP GHVHQYROYHP KLIDV ร ODPHQWRV H FRORQL]DP R inseto. Essas cรฉlulas fรบngicas proliferam no corpo GR KRVSHGHLUR PDWDQGR R (VWHV IXQJRV PXLWDV YH]HV VmR XVDGRV QR FRQWUROH ELROyJLFR GH LQVHWRV e outras pragas de artrรณpodes em funรงรฃo das suas caracterรญsticas. Respondeu: $GHPLU &DVWUR H 6LOYD GRXWRU HP Ciรชncias Biolรณgicas pelo Programa de PรณsGraduaรงรฃo em Biotecnologia da Universidade do (VWDGR GR $PD]RQDV 8($

7i FRP G~YLGD" $ FLrQFLD UHVSRQGH 0DQGH VXD SHUJXQWD SDUD GHFRQ#IDSHDP DP JRY EU AMAZONAS FAZ CIร NCIA 29


CAPA

O Governo do Amazonas vai implantar uma Rede Estadual de Comunicação no Amazonas. A proposta ĂŠ diminuir os efeitos das GLVWkQFLDV JHRJUiĂ€FDV RWLPL]DU RV SURFHVVRV GH JHVWmR S~EOLFD H promover o desenvolvimento da pesquisa Por Rosilene CorrĂŞa

Rede de Comunicação:

o desafio do

Foto: Ivan Dias - AE

Amazonas

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CAPA

6mR PDLV GH NP GH ÎEUD TXH VDL GH 8UXFX DWp 0DQDXV $ 3HWUREUDV XVD HVVD ÎEUD SDUD PRQLWRUDU R JDVRGXWR Oi GR 5LR GH -DQHLUR H D ÎEUD HVWi VXEXWLOL]DGD (QWmR WLYHPRV D LGHLD GH EXVFDU esse compartilhamento� Odenildo Sena titular da Secti-AM

A

FRQĂ DJUDomR GD LQWHUQHW p XPD das marcas do tempo em que estamos vivendo e os efeitos dessa revolução atingem todas as esferas da atividade humana, moldando as relaçþes sociais, a economia e o avanço da educação, da CiĂŞncia, da Tecnologia e da Inovação. A informação e o conhecimento passaram a constituir nos dias atuais instrumentos de trabalho. Para tanto, o acesso ao serviço de internet ĂŠ considerado essencial para o desenvolvimento econĂ´mico e social de uma cidade por menor que ela seja. No Brasil, de acordo com R ,QVWLWXWR %UDVLOHLUR GH *HRJUDĂ€D H (VWDWtVtica (IBGE), o total de brasileiros, com mais de dez anos de idade, com acesso Ă internet disparou 75,3% entre os anos de 2005 e 2008, totalizando 56 milhĂľes de usuĂĄrios, em 2008. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Grupo Ibope, no primeiro trimestre de 2012, esse nĂşmero chegou a 82,4 milhĂľes, o que representa 42,4% da população brasileira, corresponde a um aumento de 5% ante o primeiro trimestre de 2011, quando o levantamento calculou que 78,2 milhĂľes de pessoas tinham acesso Ă internet. A pesquisa aponta ainda que o nĂşmero de usuĂĄrios ativos (que acessam o serviço ao menos uma vez ao mĂŞs), em casa ou no trabalho, em abril de 2012, foi de 48,9 milhĂľes uma

diminuição de 1,7% em comparação com o mĂŞs de março, e crescimento de 14% sobre os 42,8 milhĂľes de abril de 2011. Os sites de hotelaria (3,2%), gastronomia (5,5%), evenWRV GH QRWtFLDV GH Ă€QDQoDV H estilo de vida (8,2%) foram os que mais cresceram no perĂ­odo. Apesar do contĂ­nuo crescimento no nĂşmero de acessos, o PaĂ­s apresenta baixos nĂ­veis de penetração de banda larga. As projeçþes indicam que o Brasil atingirĂĄ aproximadamente 18,3 milhĂľes de acessos por banda ODUJD QR Ă€QDO GH R TXH FRUUHVSRQGH D cerca de 31,2 acessos a cada 100 domicĂ­lios. Embora a difusĂŁo do acesso por meio da banda larga no PaĂ­s apresente uma baixa difusĂŁo, o brasileiro estĂĄ entre os que mais usam o serviço de internet. Esse cenĂĄrio levou o MinistĂŠrio das Comunicaçþes (Minicom) a elaborar um Plano Nacional de Banda LarJD 31%/ FRP R REMHWLYR GH PDVVLĂ€FDU atĂŠ 2014, a oferta de acessos Ă banda larga e promover o crescimento da capacidade da infraestrutura de telecomunicaçþes no PaĂ­s. Um dos princĂ­pios do PNBL ĂŠ estimular o setor privado a investir em infraestrutura de banda larga, para estimular a competição do setor e reduzir as desigualdades regionais e sociais. As aplicaçþes proporcionadas por essa infraestrutura trazem benefĂ­cios Ă vida cotidiana, por meio, por exemplo, do forneciAMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA 31


CAPA

$ SUy[LPD HWDSD GR SURFHVVR GH LPSODQWDomR p R ODQoDPHQWR GDV OLFLWDo}HV S~EOLFDV TXH SHUPLWLUi D DTXLVLomR GRV HTXLSDPHQWRV SDUD H[SDQVmR GD LQIUDHVWUXWXUD GH FRPXQLFDomR¨ Aristóbulo Angelim assessor tÊcnico da Prodam

mento de acesso a informaçþes e serviços de saúde, educação, comÊrcio e entretenimento, bem como à economia, por meio da mudança de håbitos e processos de indivíduos, emSUHVDV H JRYHUQRV FRP UHà H[RV QD SURGXWLYLdade e competitividade. PorÊm, devido, principalmente, às desigualdades socioeconômicas presentes no País a difusão da banda larga não ocorre de maneira homogênea. O Estado de São Paulo, por exemplo, tem aproximadamente 40% dos acessos em banda larga e as regiþes onde os rendimentos mÊdios domiciliares são menores, possuem penetração de acesso em banda larga mais baixa. De acordo com o Censo de 2010, o percentual de domicílios que tinham microcomputador com acesso à internet na Região Sudeste era de 39,6%, mais que o dobro da Região Norte, que tinha apenas 15,4%.

REDE ESTADUAL DE COMUNICAĂ‡ĂƒO No Amazonas, uma iniciativa do Governo do Estado, por meio das secretarias de Estado de CiĂŞncia, Tecnologia e Inovação do Amazonas (Secti-AM), de Planejamento 32 AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA

e Desenvolvimento EconĂ´mico (Seplan), da Empresa de Processamento de Dados do Amazonas (Prodam) e da Fapeam, vai contemplar com o ‘Projeto Rede Estadual de Comunicaçþes do Amazonas’, os municĂ­pios de AnamĂŁ, Anori, Caapiranga, Coari, CodajĂĄs e Manacapuru. O projeto prevĂŞ a LQVWDODomR GH UHGHV GH Ă€EUD yWLFD FRP D Ă€nalidade de interligação do sistema pĂşblico de gestĂŁo e a disponibilização de pontos de acesso gratuito Ă internet. De acordo com o titular da Secti-AM, Odenildo Sena, a rede conta ainda com uma parceria tĂŠcnica da empresa Telecomunicaçþes Brasileiras S.A. (TelebrĂĄs) para viabili]DU D XWLOL]DomR GD Ă€EUD yWLFD GR JDVRGXWR Coari-Manaus pelo governo estadual, o que favorecerĂĄ a ampliação dos serviços de internet banda larga para os municĂ­pios localizados no traçado do gasoduto. “A Rede Estadual de Comunicação, entre outros benefĂ­cios, possibilitarĂĄ o desenvolvimento de projetos que necessitem de alta capacidade de banda de comunicação, como videoconferĂŞncia, telemedicina, ensino a distância e telefonia, graças Ă infraestrutura central bĂĄsica de suporteâ€?, informou.


Ă“RGĂƒOS INTERLIGADOS A proposta, segundo o secretĂĄrio, ĂŠ que os ĂłrgĂŁos governamentais estejam interligados por meio de uma infraestrutura de comunicação convergente. “Uma base capaz de transportar simultaneamente dados, imagens e vozâ€?, explicou. Ele informou que o projeto da Rede de Comunicação ĂŠ uma negociação feita com a Petrobras e a TelebrĂĄs. “Negociamos hĂĄ mais de XP DQR FRP HVVDV HPSUHVDV SDUD XVDUPRV D Ă€bra Ăłtica do gasoduto Coari-Manaus. SĂŁo mais GH TXLO{PHWURV GH Ă€EUD TXH VDL GH 8UXFX DWp 0DQDXV $ 3HWUREUDV XVD HVVD Ă€EUD SDUD monitorar o gasoduto lĂĄ do Rio de Janeiro e a Ă€EUD HVWi VXEXWLOL]DGD (QWmR WLYHPRV D LGHLD GH EXVFDU HVVH FRPSDUWLOKDPHQWRÂľ DĂ€UPRX De acordo com o assessor tĂŠcnico da Prodam, AristĂłbulo Angelim, 391 ĂłrgĂŁos das esferas estadual, municipal e federal serĂŁo EHQHĂ€FLDGRV FRP D LPSODQWDomR GD UHGH ´$ prĂłxima etapa do processo de implantação ĂŠ o lançamento das licitaçþes pĂşblicas, que permitirĂŁo a aquisição dos equipamentos, para expansĂŁo da infraestrutura de comunicaçãoâ€?, frisou. A previsĂŁo ĂŠ que essa fase do processo seja concluĂ­da ainda neste ano.

Foto: Paulo Liebert - AE

CAPA

Em Manaus, o sistema de comunicação do Governo jĂĄ interliga 80 ĂłrgĂŁos, por meio GR VLVWHPD GH FDEHDPHQWR GH Ă€EUD yWLFD TXH tem mais de 60 quilĂ´metros de extensĂŁo. “Atendemos hoje 15 municĂ­pios via satĂŠlite com velocidade de 11 Mbpm (Mega de TransmissĂŁo por Segundo), ĂŠ muito lenta. Criada essa infraestrutura, serĂĄ facilitada a LPSOHPHQWDomR GDV ÂśFLGDGHV GLJLWDLV (VVD Ă€bra chega a um ponto da cidade, via rĂĄdio, e serĂĄ distribuĂ­da para as localidades com velocidade em Gbpm (Giga de TransmissĂŁo por Segundo), ou seja, vai aumentar consideravelmenteâ€?, explicou Angelim. Na capital, a rede comporta o trĂĄfego de dados de inĂşmeros departamentos do Governo, como o Centro Integrado de Operaçþes de Segurança (Ciops) e a Delegacia Geral, que sĂŁo alguns dos principais usuĂĄrios do sistema. O Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM) e as secretarias de Estado de SaĂşde, da Educação, da Fazenda e de Governo (Susam, Seduc, Sefaz e Segov) tambĂŠm adotaram a rede como sistema de comunicação interinstitucional. Ă“rgĂŁos de outras esferas de Governo, como a administração federal e municipal AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA 33


CAPA

tambĂŠm jĂĄ utilizam esta tecnologia, para otimizar os sistemas de gestĂŁo. “Isso ĂŠ algo novo, sobretudo porque serĂŁo conectadas todas as instituiçþes pĂşblicas municipais, estaduais e federais, permitindo com que se amplie a inclusĂŁo dessas populaçþes num grande plano de cidadaniaâ€?, ressaltou o secretĂĄrio.

INVESTIMENTO ESTIMADO A negociação, segundo o titular da Secti-AM, estĂĄ bem avançada e o investimento para conectar esses municĂ­pios ĂŠ na ordem de pouco mais de R$ 8,57 milhĂľes para os seis municĂ­pios do trajeto Coari-Manaus. Sena explicou que apesar de os municĂ­pios de Iranduba e Novo AirĂŁo encontrarem-se no trajeto do gasoduto, ambos nĂŁo estĂŁo incluĂ­dos nesse primeiro momento do Programa. ´e TXH ,UDQGXED Mi FRQWD FRP XP recurso de R$ 2,5 milhĂľes, que sĂŁo proveniente de outro programa no qual o municĂ­pio estĂĄ contemplado por meio da SuperintendĂŞncia de Desenvolvimento da AmazĂ´nia (Sudam) e Seduc. O municĂ­pio de Novo AirĂŁo nĂŁo estĂĄ exatamente na rota do gasoduto, pois estĂĄ distante 80 quilĂ´metros do city gate, ou seja, estĂĄ muito longe do ponto de distribuiçãoâ€?, explicou.

INTEGRAĂ‡ĂƒO E DESENVOLVIMENTO

O secretĂĄrio frisou que a partir desse novo sistema de comunicação ocorrerĂĄ a atração de novos investimentos. “Em decorrĂŞncia da melhoria no acesso Ă comunicação hĂĄ a possibilidade de atrair novos investimentos para esses municĂ­pios. Isso $0$=21$6 )$= CIĂŠNCIA

$ 5HJLmR $PD]{QLFD SHODV FDUDFWHUtVWLFDV JHRJUiĂŽFDV GH UHOHYR H SHOD H[WHQVD ĂŻRUHVWD jĂĄ impĂľe barreiras QDWXUDLV j SUHVWDomR GH VHUYLoRV GH WHOHFRPXQLFDo}HV O papel da TelebrĂĄs ĂŠ auxiliar nas Do}HV TXH Mi VmR GHVHQYROYLGDV SHOR *RYHUQR (VWDGXDO Arthur Dayrell gerente de vendas da 7HOHEUiV

SURSRUFLRQD PDLV DĂ€UPDomR SDUD D população do interior. Hoje em dia, QHQKXP HPSUHViULR TXHU VH Ă€[DU num local que nĂŁo tenha um mĂ­niPR GH HVWUXWXUDÂľ DĂ€UPRX Sena acredita que a Rede possibiOLWDUi D Ă€[DomR GH GRXWRUHV QR (VWDdo. “Assim como os empresĂĄrios, os SURĂ€VVLRQDLV WDPEpP QmR VH Ă€[DP no interior devido Ă falta de infraHVWUXWXUD e GLItFLO PDQWHU XP GRXtor no interior, porque ele se sente isolado e nĂŁo quer atrasar a carreira GHOH ,VVR YDL IDFLOLWDU DWp D Ă€[DomR GH mĂŠdicos nos municĂ­pios, pois uma coisa ĂŠ vocĂŞ saber que vai estar lĂĄ e QmR YDL HVWDU LVRODGRÂľ DĂ€UPRX Outro aspecto positivo, de acordo com o secretĂĄrio ĂŠ o desenvolvimento da pesquisa. “A pesquisa tambĂŠm VHUi EHQHĂ€FLDGD 7HPRV QHVVDV FLGDdes unidades da Ufam, do Ifam e da UEA onde sĂŁo desenvolvidos estudos e projetos que serĂŁo favorecidos. O atendimento ao cidadĂŁo no interior ĂŠ algo que se delonga. Imagine que uma pessoa passa atĂŠ dois meses para tirar a primeira via da carteira de identidade, aqui na capital isso ĂŠ feito no mesmo dia, quando lĂĄ nĂŁo ĂŠ assim. Hoje, o cidadĂŁo preenche uma Ă€FKD H DTXHODV LQIRUPDo}HV FKHJDP na capital e a expedição leva em torno de dois meses, online nĂŁo, isso pode ser feito na hora, assim como a matrĂ­cula dos alunosâ€?, ressaltou.

CIDADES DIGITAIS Os municĂ­pios de Coari, Manacapuru e Manaquiri estĂŁo na lista dos 80 municĂ­pios selecionados pelo Minicom para participar do PNBL, que conta com investimento de R$ 40 milhĂľes do Governo


Foto: Stock.XCHNG

CAPA

)HGHUDO SDUD LQVWDODomR GH UHGHV GH Ă€EUD Ăłtica. Para atender essa demanda, a Secti-AM jĂĄ iniciou os diĂĄlogos com os representantes municipais com vistas Ă criação de comitĂŞs para atuar na implantação do projeto das Cidades Digitais. &RP HVVD Ă€QDOLGDGH VHUmR IRUPDGRV dois comitĂŞs por municĂ­pio, o gestor e o tĂŠcnico, que serĂŁo compostos por membros da Secti-AM, da Prodam e de instituiçþes de ensino e pesquisa, alĂŠm de representantes do governo e da sociedade civil organizada com objetivos de administrar o bom uso dos recursos do projeto e garantir a continuidade operacional com a implantação de um plano de manutenção da infraestrutura a ser montado nos municĂ­pios selecionados. A implantação desse projeto trarĂĄ inĂşmeros benefĂ­cios aos municĂ­pios, como a ampliação e oferta dos serviços pĂşblicos Ă população, redução do custo de telefonia e DXPHQWR H HĂ€FLrQFLD GD DGPLQLVWUDomR S~blica, por meio da informatização das rotinas administrativas. 2 DQHO GH Ă€EUD yWLFD FRQWHPSODUi GLYHUVRV pontos de acesso, atingindo escolas, hospitais, prefeituras, delegacias de polĂ­cia e ĂłrgĂŁos pĂşblicos das trĂŞs esferas da administração.

INTERNET SEM FIO GRATUITA Com a implantação da Rede, a ideia, segundo o titular da Secti-AM, ĂŠ acima de tudo deixar um sinal aberto em uma praça, como jĂĄ acontece em Manaus, para a população acessar gratuitamente os serviços de internet. “A Prodam jĂĄ abriu o sinal nos locais onde funcionam os serviços de Pronto- Atendimento ao CidadĂŁo (PACs) de Manaus. E a intenção ĂŠ fazer o mesmo nesses municĂ­pios, para que as pessoas acessem, atravĂŠs de seus computadores portĂĄteis, Ă rede utilizando WHFQRORJLD VHP Ă€RÂľ H[SOLFRX 6HQD Segundo o assessor tĂŠcnico da Prodam, os usuĂĄrios podem acessar, gratuitamente, a in-

ternet banda larga disponĂ­vel em todos os seis PACs na capital amazonense. “Essa ĂŠ uma iniciativa que faz parte do projeto ‘Amazonas Digital’, desenvolvido pela Prodam com a missĂŁo de promover a inclusĂŁo digital junto Ă s populaçþes sem acesso aos recursos de Tecnologia da Informação e Comunicaçãoâ€?, destacou.

LINHĂƒO A conexĂŁo dos municĂ­pios ĂŠ a primeira fase do esforço dos governos federal, estadual e municipal para ampliar o PNBL no Amazonas. Outra etapa envolve o linhĂŁo de TucuruĂ­, atingindo os municĂ­pios de Rio Preto da Eva, Itapiranga, Silves, Itacoatiara, UrucarĂĄ e SĂŁo SebastiĂŁo do UatumĂŁ. De acordo com o gerente de vendas para grandes clientes da TelebrĂĄs, Arthur Achilles Dayrell, a empresa tem participado de diversas negociaçþes que envolvem a utilização de rede com o objetivo de atender Manaus e as regiĂľes prĂłximas Ă capital. Ele explicou que a regiĂŁo tem caracterĂ­sticas que impĂľem algumas barreiras para o avanço das tecnologias. “A RegiĂŁo AmazĂ´nica, pelas caracterĂ­stiFDV JHRJUiĂ€FDV GH UHOHYR H SHOD H[WHQVD Ă Rresta, jĂĄ impĂľe barreiras naturais Ă prestação de serviços de Telecomunicaçþes. O papel da TelebrĂĄs ĂŠ auxiliar nas açþes que jĂĄ sĂŁo desenvolvidas pelo Governo Estadualâ€?, frisou. Uma das expectativas que, em breve, se consolidarĂĄ ĂŠ o caminho de chegada por Porto Velho-RO, alĂŠm de todos os esforços envolvidos no projeto do ‘LinhĂŁo de Tucuruí’. O gerente salientou que o PNBL possui uma premissa de atendimento que contempla uma atuação importante dos provedores de acesso que atuam na RegiĂŁo. “Na medida em que a rede for implementada e de acordo com a capacidade de banda disponĂ­vel pela TelebrĂĄs, os provedores de acesso poderĂŁo contratar diretamente esta capacidade de nossa empresa e, desta forma, oferecer os serviços aos usuĂĄriosâ€?, explicou. AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA 35


CAPA Veja abaixo a abrangência do projeto no Estado do Amazonas:

Iluminação da Fibra

-

Instalação do Ponto Provedor

R$ 547.173,74

Instalação dos Pontos Clientes

R$ 388.907,14

Internet

(10 Mbps x 24 meses)

-

Serviço de Segurança da rede

-

(24 meses)

Novo Airão Caapiranga

R$ 936.080,88

TOTAL

Iranduba

Foto: Ricardo Oliveira/ Agência Fapeam

Iluminação da Fibra

Iluminação da Fibra

-

Instalação do Ponto Provedor

R$ 643.253,74

Instalação do Ponto Provedor

Instalação dos Pontos Clientes

R$ 758.843,20

Instalação dos Pontos Clientes

Internet

(10 Mbps x 24 meses)

-

Serviço de Segurança da rede

-

(24 meses)

TOTAL

Coari

R$ 691.173,74

Instalação dos Pontos Clientes

R$ 493.248,08

Internet

(10 Mbps x 24 meses)

-

Serviço de Segurança da rede

-

(24 meses)

R$ 1.184.421,82

36 AMAZONAS FAZ CIÊNCIA

Serviço de Segurança da re TOTAL

Iluminação da Fibra

-

Instalação do Ponto Provedor

(10 Mbps x 24 meses)

(24 meses)

R$ 1.402.096,94

Iluminação da Fibra

TOTAL

Manacapuru

Internet

Instalação do Ponto Provedor

Codajás

Anori

Instalação dos Pontos Clientes Internet

(10 Mbps x 24 meses)

Serviço de Segurança da re (24 meses)

TOTAL


Foto: Ricardo Oliveira/Agência Fapeam

CAPA

Encontra-se no trajeto do gasoduto, por isso não está incluído nesse primeiro momento do Programa. (ver pág. 34)

R$ 413.173,74 R$ 616.560,10 -

ede

-

R$ 1.029.733,84

Anamã R$ 580.173,74

Iluminação da Fibra Instalação do Ponto Provedor

R$ 529.173,74

Instalação dos Pontos Clientes

R$ 341.479,44

Internet

(10 Mbps x 24 meses)

-

Serviço de Segurança da rede

-

(24 meses)

R$ 464.791,46

-

TOTAL

R$ 870.653,18

-

ede

-

R$ 1.044.965,20

)RQWH 6HFWL $0

ÓRGÃOS CONECTADOS Anori

47

Anamã

35

Manacapuru

62

Caapiranga

40

Codajás

51

Coari

77 Fonte: Secti-AM AMAZONAS FAZ CIÊNCIA 37


CAPA

Maria OlĂ­via SimĂŁo Diretora-presidenta da Fapeam

Dayrell informou que a empresa investirĂĄ em toda a RegiĂŁo Norte um total de R$ 66 milhĂľes. “Nesse sentido, uma das açþes jĂĄ foi XPD SDUFHULD Ă€UPDGD FRP D 3URGDP (VWH YDlor ĂŠ o resultado de aplicaçþes de recursos em construção prĂłpria, alĂŠm de acordos de compartilhamento de rede jĂĄ existentesâ€?, disse.

PIONEIRISMO EM REDES O Amazonas foi um dos primeiros Estados brasileiros a ter uma Rede Estadual de Pesquisa e Ensino. Segundo informaçþes da diretorapresidenta da FAP do Amazonas, Maria OlĂ­via SimĂŁo, a Fundação sempre teve uma visĂŁo de vanguarda por entender que a questĂŁo da comunicação ĂŠ vital para que o setor de CiĂŞncia e Tecnologia possa avançar no Estado. 38 AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA

“Nossa ação nessa ĂĄrea foi pioneira, quando em 2004 se iniciou o movimento da Rede Nacional de Pesquisas (RNP), tentando levar Redes para o Brasil. A Fapeam foi quem viabilizou o investimento inicial para constituir a Rede Estadual de Pesquisa e Ensino (Repam) associada Ă RNP, investimos nessa ĂĄrea porque a comunicação para transmissĂŁo de dados ĂŠ fundamental para desenvolver a pesquisaâ€?, disse Maria OlĂ­via SimĂŁo. A rede foi inaugurada em 2005, com a proposta de criar uma infraestrutura de transmissĂŁo de dados de alta velocidade para interligar as principais instituiçþes de ensino, pesquisa e desenvolvimento do Estado. O projeto foi desenvolvido e executado pela Secti-AM, com investimentos da Fapeam, em parceria com a RNP.

Foto: Ricardo Oliveira/AgĂŞncia Fapeam

6HP FRPXQLFDomR ÎFD PDLV GLItFLO LQWHJUDU RV Q~FOHRV GH SHVTXLVD QR LQWHULRU 6H QD FDSLWDO WHPRV GLÎFXOGDGHV GH FRPXQLFDomR QR LQWHULRU D VLWXDomR p EHP PDLV FRPSOLFDGD SULQFLSDOPHQWH GHYLGR DR IDWR GH TXH sem internet RV SHVTXLVDGRUHV ÎFDP LVRODGRV¨


CAPA

Pesquisador da UEA JĂşlio Tota em comunidade indĂ­gena, no Amazonas, apresenta tecnologia de ponta aos Dessana

Por meio da Repam, as principais instituiçþes de ensino e pesquisa foram interligadas. “O objetivo naquela ocasiĂŁo foi dar condiçþes para que os grupos de pesquisa pudessem ter melhores condiçþes de trabalho e que a pesquisa passasse a ser aplicada para melhoria da qualidade de vida da populaçãoâ€?, defendeu. O investimento inicial feito pela Fapeam, na primeira etapa da Repam, foi da ordem de R$ 1,21 milhĂŁo. Na ocasiĂŁo, a Rede era constituĂ­da pela Ufam, Instituto Nacional de Pesquisas da AmazĂ´nia (Inpa) e UEA. A interligação das instituiçþes deu ĂŞnfase Ă expansĂŁo e Ă modernização da infraestrutura para implantação de uma nova geração da internet. Na segunda etapa da Repam, iniciada em 2007, passaram a integrar a

rede, alĂŠm das instituiçþes de pesquisas, instituiçþes de Ensino Superior entre as quais a Fundação Centro de AnĂĄlise, Pesquisa e Inovação TecnolĂłgica (Fucapi), a Fundação Paulo Feitosa (FPF) e o Instituto de TecnoORJLD *HQLXV 2 DSRUWH Ă€QDQFHLUR GD )$3 do Amazonas, na segunda fase do projeto, foi em torno de R$ 600 mil. Naquele momento, a divulgação de esWXGRV FLHQWtĂ€FRV D LQWHJUDomR HQWUH XQLYHUsidades e unidades de pesquisa e a troca de informaçþes que exijiam grande capacidade de banda, foram facilitadas. As instituiçþes participantes passaram a ter acesso mĂştuo Ă SURGXomR FLHQWtĂ€FD DVVLP FRPR DR FRPSDUWLlhamento de projetos de educação a distância. “Esse foi o primeiro grande investimento de apoio Ă infraestrutura para desenvolAMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA 39


CAPA

INVESTIMENTOS EM COMUNICAĂ‡ĂƒO Os investimentos na ĂĄrea de comunicação sĂŁo de extrema importância, segundo a diretora-presidenta da Fapeam, Maria OlĂ­via SimĂŁo, pois eles facilitam a integração dos nĂşcleos de pesquisa localizados nos municĂ­pios do interior do Estado. “Sem comunicação fica mais difĂ­cil integrar os nĂşcleos de pesquisa no interior. Se na capital temos dificuldades de comunicação, no interior a situação ĂŠ bem mais

Quer saber mais? Acompanhe o site da Secti-AM: www.secti.am.gov.br

$0$=21$6 )$= CIĂŠNCIA

complicada, principalmente devido ao fato de que sem internet os pesquisadores ficam isoladosâ€?, destacou. De acordo com a diretora-presidenta, a sensação de isolamento por parte dos pesquisadores ĂŠ grande. “O pesquisador nĂŁo quer isso, ele quer estar integrado com as informaçþes. Essa troca de dados ĂŠ importante, por isso, a comunicação ĂŠ estratĂŠgica para o desenvolvimento da ciĂŞncia e para a interiorização desses nĂşcleos de pesquisaâ€?, esclareceu. Nesse sentido, a Fapeam irĂĄ destinar recursos da ordem de R$ 3 milhĂľes para o Programa Estadual de Comunicação. “A FAP serĂĄ responsĂĄvel pelo investimento. Estamos aguardando a sinalização da Secti para atuarâ€?, frisou. Maria OlĂ­via SimĂŁo frisou que o sistema de comunicação, iniciado em 2004 com a Repam, foi o pontapĂŠ inicial para estender os trabalhos. “Esse sistema de comunicação WHYH VXD HĂ€FiFLD FRPSURYDGD H SRU LVVR tornou-se um projeto de maior dimensĂŁo, cujos benefĂ­cios agora serĂŁo estendidos a outras localidadesâ€?, destacou. A Rede Estadual de Comunicação, entre outros benefĂ­cios, vai possibilitar o desenvolvimento de projetos que necessitem de alta capacidade de banda de comunicação. “Podemos citar alguns como as videoconferĂŞncias, telemedicina, ensino a distância que, com o aumento da velocidade de comunicação, gaQKDP PDLRU HĂ€FLrQFLD H SURGXWLYLGDGH ,VVR promove o desenvolvimento nĂŁo apenas da ciĂŞncia, mas de todos os municĂ­pios de forma LQWHJUDOÂľ Ă€QDOL]RX

Foto: Stock.XCHNG

ver o sistema de CiĂŞncia e Tecnologia no Amazonas. Foi um processo de articulação das instituiçþes federais e estaduais, capitaneado pelo Governo do Estado, por meio da Secti-AM e da Fapeamâ€?, salientou a diretora- presidenta. Entre as instituiçþes participantes estĂŁo o Ifam, o Centro de Pesquisas LeĂ´nidas e Maria Deane (CpqLMD) da Fiocruz, o Serviço GeolĂłgico do Brasil - SuperintendĂŞncia Regional de Manaus (CPRM), Embrapa AmazĂ´nia Ocidental, Inpa, Sistema de Proteção da AmazĂ´nia (Sipam), SuperintendĂŞncia da Zona Franca de Manaus (Suframa), UEA, Ufam, Museu do Homem do Norte, Fapeam, Centro de Ensino TecnolĂłgico do Amazonas (Cetam), Centro de Biotecnologia do Amazonas (CBA), Centro de CiĂŞncia, Tecnologia e Inovação do Polo Industrial de Manaus (CT-PIM ), Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (FHemoam), Governo do Estado do Amazonas, Prefeitura de Manaus e a empresa Manaus Energia.


RADA5 '( 2325781,'$'(6

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3RU (VWHUIIDQ\ 0DUWLQV H -HVXD 0DLD

VHomR 5DGDU GH 2SRUWXQLGDGHV YLVD GLYXOJDU HGLWDLV SDUD SHVTXLVDGRUHV H HP-� SUHVDV TXH TXHLUDP LQYHVWLU QD iUHD GH &7 , (VVDV H RXWUDV RSRUWXQLGDGHV tambÊm podem ser encontradas no portal da Secretaria de Estado de Ciência, 7HFQRORJLD H ,QRYDomR 6HFWL $0 1HVWD HGLomR FRQÎUD HGLWDLV GLVSRQtYHLV QD )DSHDP H QD )LQDQFLDGRUD GH (VWXGRV H 3URMHWRV )LQHS

1 Programa de Incentivo à Inovação nas Empresas Brasileiras

3 Edital do Piepi estĂĄ disponĂ­vel atĂŠ janeiro

O programa Finep Inova Brasil consiste em apoiar os Planos de Investimentos EstratĂŠgicos HP ,QRYDomR GDV (PSUHVDV %UDVLOHLUDV detalhados em metas e objetivos pretendidos durante o perĂ­odo de tempo do financiamento. O Programa tem como pĂşblico-alvo: MĂŠdia (PSUHVD 0pGLD *UDQGH H *UDQGH (PSUHVD

A Fapeam estå recebendo propostas de insWLWXLo}HV GH HQVLQR SHVTXLVD H LQRYDomR GR Estado do Amazonas interessadas em participar do Programa de Integração entre ,QVWLWXLo}HV GH (QVLQR 3HVTXLVD H ,QRYDomR 3yV *UDGXDomR 6WULFWR 6HQVX 3LHSL 3*66 )OX[R &RQWtQXR 3DUD SDUWLFLSDU GD WHUFHLUD FKDPDGD R LQteressado deve submeter proposta atÊ o dia 31 de novembro de 2011. O valor disponível SRU SURSRVWD p GH DWp 5 PLO

3DUD PDLV LQIRUPDo}HV DFHVVH KWWS ZZZ ÀQHS JRY EU SDJLQD DVS"SDJ

2 Inovapetro tem investimentos de R$ 3 bilhþes da Finep, BNDES e Petrobras O Programa Inovapetro Ê uma iniciativa conjunta da Financiadora de Estudos e 3URMHWRV )LQHS H GR %DQFR 1DFLRQDO GR 'HVHQYROYLPHQWR %1'(6 FRP R DSRLR WpFQLFR da Petrobras. Seu objetivo Ê fomentar projetos TXH FRQWHPSOHP SHVTXLVD GHVHQYROYLPHQWR HQJHQKDULD DEVRUomR WHFQROyJLFD SURGXomR H FRPHUFLDOL]DomR GH SURGXWRV SURFHVVRV H RX VHUYLoRV LQRYDGRUHV YLVDQGR DR desenvolvimento de fornecedores brasileiros para a cadeia produtiva da indústria de petróleo e gås natural. ,QRYDSHWUR EXVFD HPSUHVDV EUDVLOHLUDV H ou grupo econômico brasileiro com Receita 2SHUDFLRQDO %UXWD 52% VXSHULRU D 5 PLOK}HV LQGLYLGXDOPHQWH RX HP DVVRFLDomR 2 HGLWDO WHP UHFXUVRV QR YDORU WRWDO GH 5 bilhþes para os anos de 2012 a 2017. 3DUD VDEHU PDLV GR HGLWDO DFHVVH KWWS GRZQORDG ÀQHS JRY EU IXQGRVBVHWRULDLV subvencao/editais/EditalINOVAPETRO-201209-03.pdf

3DUD PDLV LQIRUPDo}HV DFHVVH KWWS ZZZ IDSHDP DP JRY EU HGLWDO SKS"FRG

4 Fapeam seleciona bolsistas para o RH-Doutorado O Programa de Apoio Ă Formação de Recursos Humanos PĂłs-Graduados do Estado do Amazonas (RH-Doutorado – )OX[R &RQWtQXR GD )DSHDP VHOHFLRQD SURSRVWDV GH SURILVVLRQDLV FRP RX VHP YtQFXOR HPSUHJDWtFLR UHVLGHQWHV QR (VWDGR GR Amazonas para participarem do programa. $ )XQGDomR GLVSRQLELOL]RX SDUD R HGLWDO 5 PLOK}HV 3DUD PDLV LQIRUPDo}HV DFHVVH KWWS ZZZ IDSHDP DP JRY EU HGLWDO SKS"FRG

Para saber mais sobre o Radar de Oportunidades 8WLOL]H XP DSOLFDWLYR SDUD leitura de QR Code ou acesse o site: KWWS ZZZ VHFWL DP JRY EU AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA


INOVAĂ‡ĂƒO

Investimentos em inovação aumentam a competitividade de micro e pequenas empresas no Estado do Amazonas 3RU (VWHUIIDQ\ 0DUWLQV Com colaboração de Rafaela Vieira e Rosilene Corrêa

ajuda a

O

criar

negĂłcios inovadores

empreendedorismo e a inovação estĂŁo cada vez mais fortalecidos no PaĂ­s. Gradativamente, o surgimento e desenvolvimento de projetos inovadores sĂŁo estimulados no setor produtivo. Segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2011 (GEM), o Brasil possui 27 milhĂľes de pessoas envolvidas em um negĂłcio prĂłprio ou na criação de um, Ă€JXUDQGR DWUiV VRPHQWH GD &KLQD H GRV (VWDGRV 8QLGRV O PaĂ­s aparece em terceiro lugar no ranking de 54 paĂ­ses analisados por esse estudo, que ĂŠ realizado anualmente e ĂŠ fruto de uma parceria entre o Sebrae e o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP). Nesse sentido, investir em polĂ­ticas pĂşblicas que contribuam para fortalecer o desenvolvimento sustentĂĄvel, a produção de riquezas e renda e a implementação de novos meios de satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das geraçþes futuras ĂŠ o que o Governo do Estado do Amazonas, por meio da Fapeam, vem fazendo. Para isso, tambĂŠm conta com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). As iniciativas sĂŁo viabilizadas por meio de programas que colaboram tanto para potencializar micro e empresas de pequeno porte na produção de produtos inovadores, quanto na formação de recursos humanos de alto nĂ­vel para atuar no setor produtivo. Programas de apoio Ă pesquisa e ao desenvolvimento de processos e produtos inovadores mostram que o conhecimento e a inovação sĂŁo fortes aliados das empresas, resultan $0$=21$6 )$= CIĂŠNCIA

do em excelentes negĂłcios e aumento de competitividade. Essas açþes podem ser vistas no Programa de Apoio Ă Pesquisa em Empresas na Modalidade Subvenção EconĂ´mica a Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pappe Integração), que visa apoiar as microempresas e empresas de pequeno porte interessadas no desenvolvimento de produtos e processos inovadores. Com investimentos da ordem de R$ 6 milhĂľes, sendo 5 PLOK}HV Ă€QDQFLDGRV SHOD )DSHDP H 5 PLOK}HV pela Finep, o programa contemplou na sua Ăşltima edição 24 projetos de diversas ĂĄreas: tecnologia da informação e comunicação, produtos alimentĂ­cios com insumos locais, engenharia de processo, biotecnologia, produtos e serviços ambientais, turismo ecolĂłgico e rural nas mesorUHJL}HV GR $PD]RQDV FLrQFLDV GD VD~GH Ă€WRWHUiSLFRV H Ă€WRFRVPpWLFRV Ă€EUDV DPD]{QLFDV ELRFRPEXVWtYHLV DUWHsanato, engenharia do processo, dentre outros.

APRENDIZADO CONSTANTE Para o coordenador do NĂşcleo de Estudos e Pesquisas em Inovação (Nepi), da Fundação Centro de AnĂĄlise, Pesquisa e Inovação TecnolĂłgica (Fucapi), Guajarino de AraĂşjo Filho, o programa possibilita um aprendizado por parte das empresas, que começam a adquirir competĂŞncia na gestĂŁo e elaboração de projetos. “O foco do programa ĂŠ a inovação e tecnologia, e ele contribui para isso. O recurso que ĂŠ ofereciGR SDUD XPD HPSUHVD GH PLFUR H SHTXHQR SRUWH p VLJQLĂ€FDtivo, apesar da contrapartida exigida. Esse apoio ĂŠ essencial


Foto: Ricardo Oliveira/AgĂŞncia Fapeam

INOVAĂ‡ĂƒO

NĂŁo tenho dĂşvidas de que o 3DSSH ,QWHJUDomR HP WHUPRV GH LQRYDomR H SROtWLFD S~EOLFD QR (VWDGR p R SURJUDPD GH PDLRU LPSDFWR SRLV p H[FOXVLYR SDUD LQRYDomR R TXH p VLJQLĂ€FDWLYRÂľ Guajarino AraĂşjo coordenador do NĂşcleo de Estudos e Pesquisas em Inovação da Fucapi

sonorização de livros. De acordo com o coordenador do projeto, Marivaldo Albuquerque, o inglĂŞs foi escolhido por ser um idioma universal e estar presente em praticamente em todos os lugares do mundo. JĂĄ a escolha do Espanhol foi em função de ser a principal lĂ­ngua da AmĂŠrica Latina. “O projeto atende a uma demanda reprimida por produtos inovadores que JDUDQWDP DSUHQGL]DGR DFHOHUDGR Ă H[Lbilidade para estudo e portabilidade do material e mĂ­dias utilizadasâ€?, destacou. A empresa desenvolveu uma plataforma de software que viabilizou a realização de dois projetos. O primeiro INOVAĂ‡ĂƒO NA Ă REA IRL GH FRGLĂ€FDomR GR OLYUR H R VHJXQGR EDUCACIONAL tratou da programação da caneta que faz a leitura. Albuquerque revelou que Contemplada na Ăşltima edição do hoje possui um ambiente no qual perPappe Integração, a empresa Pentop mite automatizar boa parte do processo, do Brasil desenvolveu um novo mĂŠ- pois antes a programação era feita matodo de ensino acelerado dos idiomas nualmente. A Pentop, este ano, pretende ,QJOrV H (VSDQKRO SDUD SURĂ€VVLRQDLV produzir cerca de 7 mil canetas e lançar do trade turĂ­stico do Brasil, por meio da em torno de 40 mil livros. produção de um software para ensino e SISTEMA DE GESTĂƒO EM aprendizagem. O material ĂŠ composto EFICIĂŠNCIA ENERGÉTICA por um kit formado por trĂŞs livros para ensino de InglĂŞs e para o Espanhol, um Desenvolver uma solução comlivro para o ensino de Turismo receptivo de ‘livros falantes e sete softwares de SOHWD GH VRIWZDUH GH *HVWmR GH (Ă€-

para a empresa desenvolver o produto, o processo e para contratar serviços especializadosâ€?, pontuou o pesquisador. Doutor em Engenharia de Produção, AraĂşjo destacou que cada edital lançado contribui para que as empresas se familiarizem com a ideia de que inovar nĂŁo ĂŠ um ‘bicho de sete cabeças’ e que a inovação ĂŠ possĂ­vel, independente do porte que a empresa possui. “NĂŁo tenho dĂşvidas de que o Pappe Integração, em termos de inovação e polĂ­tica pĂşblica no Estado, ĂŠ o programa de maior impacto, pois ĂŠ exclusivo para inovação, R TXH p VLJQLĂ€FDWLYRÂľ VDOLHQWRX

ciĂŞncia EnergĂŠtica (Sigefe) voltada Ă autogestĂŁo das empresas e sistematizar as melhorias contĂ­nuas ĂŠ o foco da empresa Solvetech Consultoria em Tecnologia Ltda., contemplada no Programa Pappe Integração. Conforme o coordenador da pesquisa e gerente comercial, Pierre Dantas, o software serĂĄ fornecido como serviço. “A Solvetech irĂĄ realizar a consultoria e a capacitação da empresa que utilizar o software de forma a permitir Ă contratante a execução de melhorias contĂ­nuas no sistema de gestĂŁo energĂŠtica. O resultado serĂĄ o desenvolvimento sistemĂĄWLFR GH VROXo}HV H SURMHWRVÂľ DĂ€UPRX A base tĂŠcnica utilizada ĂŠ a ISO TXH GHĂ€QH SDUkPHWURV GH qualidade em sistemas de gestĂŁo energĂŠtica, que possibilita estabelecer, documentar e implementar continuamente o sistema de gestĂŁo energĂŠtica de maneira sistemĂĄtica.

PRĂ“-INCUBADORAS FORTALECE EMPRESAS REGIONAIS

No Brasil, sĂŁo mais de 2,6 mil empresas instaladas em 384 incubadoras em todas as regiĂľes. De acordo com o estudo ‘AnĂĄlises e Proposiçþes soAMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA


Foto: Ricardo Oliveira/AgĂŞncia Fapeam

INOVAĂ‡ĂƒO

bre as Incubadoras de Empresas no PaĂ­s’, as empresas empregam mais de 16 mil pessoas. O levantamento foi realizado pelo MinistĂŠrio da CiĂŞncia, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec). Vendo as incubadoras como centros de inovação que podem oportunizar a implementação de negĂłcios inovadores, a Fapeam lançou no mĂŞs de maio desse ano a primeira edição do Programa de Apoio a Incubadoras de Empresas de Base TecnolĂłgica (PrĂł-Incubadoras), em parceria com a Secretaria de Estado de CiĂŞncia, Tecnologia e Inovação (Secti-AM). O edital teve por objetivo apoiar a manutenção de incubadoras existentes e promover a implementação de novas, por meio da melhoria de processos internos, mĂŠtodos de gestĂŁo e intercâmbio de princĂ­pios e conhecimentos. Foram disponibilizados para este edital recursos de R$ 1,7 milhĂŁo. “O programa visa fortalecer o movimento de incubadoras, preferencialmente de base tecnolĂłgica nos municĂ­pios amazonenses, via apoio tĂŠcnico, HFRQ{PLFR H Ă€QDQFHLUR SDUD LQFXEDGRras jĂĄ implantadas no Estado e apoiar aquelas em implantação, principalmenWH QR LQWHULRUÂľ DĂ€UPRX D GLUHWRUD SUHsidenta da Fapeam, Maria OlĂ­via SimĂŁo. Ela disse que o Programa faz parte do Plano de Ação 2012/2013 da FAP e consiste em uma forma de alavancar negĂłcios inovadores, tendo a estrutura ofertada pelas incubadoras como uma estratĂŠgia a mais para promover o empreendedorismo e a $0$=21$6 )$= CIĂŠNCIA

Guia sonorizado da empresa amazonense Pentop inovação no Amazonas. De acordo com Odenildo Sena, titular da Secti-AM, a iniciativa ĂŠ estratĂŠgica na medida em que se trata de uma ação que vem dando certo em todo o Brasil. Ele salientou que a ação tem projetado diversas empresas no cenĂĄrio nacional, com garantia de atuação no mercado, propiciado a geração de novos produtos e patentes, alĂŠm de contribuir para o aumento do nĂşmero de empregos e a melhoria da qualidade de vida da população. “Quanto maior o nĂşmero de empresas incubadas, mais cresce a perspectiva de avanço do setor industrial no (VWDGRÂľ DĂ€UPRX R VHFUHWiULR O PrĂł-Incubadoras tambĂŠm pretende promover sinergia entre as incubadoras atuais, propiciando fortalecimento para o movimento como um todo e tambĂŠm o prĂłprio envolvimento de outras entidades pĂşblicas responsĂĄveis pelo desenvolvimento regional, como a Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento EconĂ´mico (Seplan), Serviço de Apoio Ă s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/AM), o Instituto Eu-

valdo Lodi (IEL), entre outros. “O fortalecimento das incubadoras existentes, de forma a tornĂĄ-las autossustentĂĄveis, e a criação de novas incubadoras, principalmente no interior do Amazonas, tĂŞm estado na pauta de discussĂľes do governo e vĂŞm sendo apontados como alternativas para o desenvolvimento da regiĂŁoâ€?, salientou Maria OlĂ­via SimĂŁo. Atualmente, o Amazonas conta com oito incubadoras instaladas na capital e outras estĂŁo em processo de instalação no interior do Estado. Apesar dos esforços empreendidos por diversas instituiçþes, tanto pĂşblicas quanto privadas, o movimento e a cultura de incubação de empresas no Amazonas SUHFLVD VH LQWHQVLĂ€FDU SDUD DSUHVHQWDU resultados sĂłlidos e sustentĂĄveis. De acordo com Maria OlĂ­via, o Amazonas tem poucas incubadoras e uma apenas ĂŠ robusta. “Queremos potencializar esse espaço de empreendedorismo para geração de negĂłcios inovadores, haja vista o potencial dos insumos regionais e matĂŠrias-primas que precisam ser industrializadas e comercializadasâ€?, disse.


INOVAĂ‡ĂƒO

INCENTIVOS PARA FORMAĂ‡ĂƒO

VHUmR EHQHĂ€FLDGRV FRP EROVD PHQVDO vaga garantida. “A iniciativa de levar GH ,QLFLDomR &LHQWtĂ€FD -~QLRU (VSHFLDO este tipo de conhecimento Ă s escono valor de R$ 190. A bolsa ĂŠ concedi- las pĂşblicas com certeza ĂŠ mais um A ĂĄrea de Engenharia estĂĄ em pri- da durante dois anos do Ensino MĂŠdio. mecanismo capaz de aumentar o inmeiro lugar no ranking dos salĂĄrios mais Caso o estudante seja aprovado em cur- teresse dos alunos por algum dos dibem pagos no mercado de trabalho e ĂŠ sos ofertados por universidade pĂşblica, versos ramos de atuação do Sistema indispensĂĄvel para a industrialização e ele receberĂĄ no primeiro ano de gradua- Confea/Crea no mercado de trabapromoção da inovação no setor empre- ção uma bolsa de R$ 360. lhoâ€?, frisou. Engenheiro civil, Neto sarial. Apesar dos fatores positivos da As atividades contam com o auxĂ­lio destacou que toda e qualquer ação SURĂ€VVmR H VXD SRVLomR HVWUDWpJLFD SDUD de 12 professores da rede pĂşblica de en- que estimule o ingresso na ĂĄrea teca economia, a ĂĄrea ĂŠ umas das mais ca- sino, alĂŠm de dois doutores, um da ĂĄrea nolĂłgica ĂŠ importante e bem-vinda. UHQWHV GH SURĂ€VVLRQDLV TXDOLĂ€FDGRV de TI e outro de Engenharia da UniverPara o bolsista de Iniciação CientĂ­Dados do Conselho Nacional Fe- sidade Federal do Amazonas (Ufam), e Ă€FD -~QLRU 'DYL %HQQLHU GH DQRV deral de Engenharia e Agronomia mais oito tutores (quatro para cada ĂĄrea), que faz parte do Programa PrĂł-Enge(Confea) apontam que enquanto o que sĂŁo alunos de graduação oriundos nharias, a iniciativa ĂŠ um grande avanBrasil forma cerca de 40 mil engenhei- de universidades pĂşblicas do Amazonas. ço no ensino pĂşblico, uma vez que ros por ano, a RĂşssia, a Ă?ndia e a China Para o coordenador do PrĂł-Enge- incentiva os jovens a seguirem a carformam 190 mil, 220 mil e 650 mil, nharias, professor Disney Douglas, o reira de Engenharia. “Gosto muito de respectivamente. Entidades empresa- curso de Engenharia estĂĄ entre os mais MatemĂĄtica e FĂ­sica, entĂŁo, ĂŠ um inĂ­cio riais, como a Confederação Nacional concorridos, entretanto, a maioria dos para ingressar nessa ĂĄrea. Eu pretendo da IndĂşstria, tĂŞm feito estudos sobre o aprovados na ĂĄrea ĂŠ da rede particular seguir a carreira de Engenharia Eleimpacto da falta de engenheiros no de- de ensino. “Essa ĂŠ uma oportunidade trĂ´nica ou QuĂ­mica. Estou em dĂşvida, senvolvimento econĂ´mico brasileiro. Ă­mpar na formação. Vamos trabalhar os mas sĂŁo duas ĂĄreas extremamente imNo Amazonas, o cenĂĄrio tambĂŠm conteĂşdos que serĂŁo vistos no Processo portantes para o desenvolvimento do nĂŁo ĂŠ diferente. Mas a Fapeam, em par- Seletivo ContĂ­nuo (PSC) e Exame Na- nosso Estadoâ€?, informou Bennier. ceria com a Secti-AM e a Seduc, deu cional do Ensino MĂŠdio (Enem), entĂŁo, Durante todo o segundo semestre inĂ­cio no mĂŞs de julho ao Programa a chance deles entrarem em instituiçþes deste ano e todo o ano letivo do prĂłEstratĂŠgico de Indução Ă Formação de pĂşblicas irĂĄ aumentarâ€?, explicou. ximo, cada um dos alunos selecionaRecursos Humanos em Engenharias Conforme os dados do Conselho dos se dedicarĂĄ Ă s atividades. Para isso, QR $PD]RQDV 3Uy (QJHQKDULDV Ă€- Regional de Engenheiros e AgrĂ´nomos a Secretaria de Estado de Educação nanciado pela Fapeam, e ao Programa do Estado do Amazonas (Crea-AM), (Seduc) montou, no Instituto de EduEstratĂŠgico de Indução Ă Formação de o Estado possui mais de 16 mil en- cação do Amazonas (IEA), toda uma Recursos Humanos em Tecnologia da genheiros cadastrados, sendo que o estrutura de salas de aula e laboratĂłInformação (RH-TI) desenvolvido com maior nĂşmero ĂŠ na ĂĄrea de Engenha- rios para receber os estudantes, pelo recursos do CAPDA/Finep. ria Civil, seguido por Engenharia ElĂŠ- menos trĂŞs vezes por semana, para a Essas iniciativas visam estimular, a trica e Engenharia Mecânica. realização de atividades prĂĄticas exclupartir do segundo ano do Ensino MĂŠPara o presidente do Crea-AM, sivas correspondentes Ă s disciplinas dio, estudantes da rede pĂşblica, a segui- Telamon Barbosa Neto, a ĂĄrea tec- de LĂ­ngua Portuguesa, LĂ­ngua Inglesa, UHP FDUUHLUDV DFDGrPLFDV H SURĂ€VVLRQDLV nolĂłgica estĂĄ em expansĂŁo no Brasil MatemĂĄtica, FĂ­sica, QuĂ­mica e Filosorespectivamente, nas ĂĄreas de Engenha- H RV SURĂ€VVLRQDLV OHJDOPHQWH KDELOL- Ă€D WUDEDOKDGDV GH IRUPD LQWHUGLVFLSOLria e de Tecnologia da Informação. WDGRV H TXDOLĂ€FDGRV JHUDOPHQWH WrP nar por professores da rede pĂşblica. As atividades contam com investiQuer saber mais? mentos da ordem de R$ 1,6 milhĂŁo, senFale com o pesquisador do R$ 800 mil para cada programa. No Empresa: Solvetech – pierre.dantas@gmail.com total, 80 estudantes (40 para cada ĂĄrea) Empresa: Pentop – marivaldo@pentop.com.br NAS Ă REAS DE ENGENHARIA E

TI

AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA


PESQUISA

Pesquisadores buscam estratégias no combate a doenças infecciosas e crônicas no Amazonas

Foto: Ricardo Oliveira/Agência Fapeam

Por Sebastião Alves e Cristiane Barbosa &RODERUDomR /XtV 0DQVXrWR

$0$=21$6 )$= CIÊNCIA


PESQUISA

A

lteraçþes nos estilos de vida das sociedades contemporâneas, tais como mudanças dos håbitos alimentares, elevação do sedentarismo e aumento do estresse, aliadas ao aumento da expectativa de vida da população vêm contribuindo para o crescimento na incidência de doenças crônicas. Dados do MinistÊrio da Saúde (MS) apontam que cerca de 70% das causas de mortes atualmente correspondem a infartos, cânceres, doenças cardiovasculares, diabetes e doenças respiratórias, tornando-as um sÊrio problema de saúde pública. Em 2011, o MinistÊrio da Saúde lançou o Plano de Açþes EstratÊgicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) no Brasil (2011-2022) que visa preparar o Brasil para enfrentar e deter, nos próximos dez anos, as DCNTs, entre elas: hipertensão arterial, Acidente Vascular Cerebral, infarto, câncer, diabetes, tuberculose e doenças respiratórias crônicas. Segundo o documento, essas doenças constituem o problema de saúde de maior magnitude, atingindo fortemente camadas pobres da população e grupos mais vulneråveis, como a população de baixa escolaridade e renda. Na última dÊcada, observou-se uma redução de aproximadamente 20% nas taxas de mortalidade pelas DCNTs, o que pode ser atribuído à expansão da atenção primåria, melhoria da assistência e redução do consumo do tabaco desde os anos 1990, sendo um importante avanço na saúde dos brasileiros.

TUBERCULOSE 1R $PD]RQDV D SHVTXLVD FLHQWtĂ€FD GH DOWR QtYHO DOLDGD Ă assistĂŞncia nos institutos de saĂşde ĂŠ um dos caminhos que trazem novas perspectivas para a grande fatia da população acometida por um desses males. A tuberculose, por exemplo, ĂŠ uma das principais enfermidades que acomete os amazonenses, colocando o Estado como o pri-

meiro no ranking do registro entre os Estados com maior incidĂŞncia da doença no PaĂ­s. Nessa perspectiva, a pesquisadora da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) e coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose, MarlĂşcia da Silva Garrido, desenvolveu o ‘Estudo de MultirresistĂŞncia PrimĂĄria aos TuberculostĂĄticos HP 0DQDXV¡ 1D SHVTXLVD *DUULGR YHULĂ€FRX TXH Ki XPD grande tendĂŞncia para os pacientes desistirem ao longo do tratamento da tuberculose por conta de fatores como o alcoolismo, baixo nĂ­vel de escolaridade e no caso de pacientes soropositivos. ´e XPD UHFRPHQGDomR LQWHUQDFLRnal o inquĂŠrito sobre a situação da resistĂŞncia ou nĂŁo do bacilo. O levantamento ĂŠ feito para o entendimento do processo de contato das pessoas com a tuberculose. Os dados servem para ajudar na quebra da cadeia de transPLVVmR H WRUQDU R WUDWDPHQWR PDLV HĂ€FD] H HĂ€FLHQWHÂľ SRQWXRX *DUULGR $ tese contou com o apoio do Governo do Estado, via Fapeam, FMT-HVD, LaboratĂłrio Central de SaĂşde PĂşblica (Lacen) e PoliclĂ­nica Cardoso Fontes, onde as amostras dos pacientes foram coletadas. A Fapeam, o MS e o Conselho Nacional de Desenvolvimento &LHQWtĂ€FR H 7HFQROyJLFR &13T LQvestiram cerca de R$ 112 mil no projeto, no âmbito do Programa de Pesquisa para o Sistema Ăšnico de SaĂşde 33686 2 REMHWLYR IRL YHULĂ€FDU D prevalĂŞncia da multirresistĂŞncia do bacilo aos principais medicamentos (Rifampicina, Isoniazida, Tambutol e Estreptomicina) utilizados no tratamento.

MULTIRRESISTĂŠNCIA A pesquisa traz ainda informaçþes sobre casos de pacientes com resistĂŞncia aos medicamentos utilizados. Segundo Garrido, o estudo consistiu, inicialmente, em analisar a resposta de 1.048 pacientes aos remĂŠdios utilizados no tratamento da tuberculose. AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA


PESQUISA

quando o bacilo resiste ao tratamento de vĂĄrias drogas

Os resultados preliminares demonstraram que 23 pacientes apresentaram algum tipo de resistĂŞncia, mas somente em trĂŞs casos YHULĂ€FRX VH D PXOWLUUHVLVWrQFLD &RQVWDWRX VH tambĂŠm que os pacientes infectados nunca tinham tido a doença e foram contaminados por outros indivĂ­duos. “Os trĂŞs pacientes representam 1,7% dos casos de multirresistĂŞncia em Manaus. Pode-se dizer que este dado tambĂŠm se refere ao Estado do Amazonas, uma vez que a maioria da população vive na capital. A porcentagem ĂŠ maior que a nacional (1,4%). Contudo, ĂŠ menor que a mundial, mas ainda assim ĂŠ preocupanteâ€?, informou. Outra ação importante para o combate ao avanço da tuberculose ĂŠ o Programa TemĂĄtico Conjunto em DiagnĂłstico da Tuberculose, que conta com uma parceria entre a Fapeam e as FAPs do Rio de Janeiro (Faperj) e de Minas Gerais (Fapemig), com recursos iniciais de, aproximadamente, R$ 2 milhĂľes. O programa vai funcionar como uma rede para o desenvolvimento de pesquisas cooperativas entre os trĂŞs Estados para que os esforços sejam compartilhados de forma a gerar resultados mais promissores e em um menor espaço de tempo.

NĂ?VEL DE RESISTĂŠNCIA O bacilo ĂŠ considerado multirresistente quando nĂŁo responde Ă s duas primeiras das quatro drogas utilizadas no tratamento da doença, sĂŁo elas: Rifampicina, Isoniazida, Tambutol e Estreptomicina. Nos testes de sensibilidade foram analisadas as quatro drogas. Caso tivesse apresentado resistĂŞncia Ă s drogas de segunda linha, o bacilo seria considerado extensivamente resistente (nĂ­vel mais elevado).

HEPATITES VIRAIS NA AMAZĂ”NIA Uma outra doença crĂ´nica endĂŞmica da AmazĂ´nia ĂŠ a hepatite viral. A ciĂŞncia busca respostas para a melhoria da qualidade de $0$=21$6 )$= CIĂŠNCIA

atendimento e diagnĂłsticos dessa enfermidade. No Amazonas, hĂĄ grupos de pesquisa nas regiĂľes de LĂĄbrea, de EirunepĂŠ e do Rio Javari (Alto SolimĂľes), cujo objetivo ĂŠ analisar o impacto que os vĂ­rus causam na população. Nesse sentido, o doutor em Doenças Infecciosas, Wornei Braga, coordena a pesquisa intitulada ‘Hepatite de LĂĄbrea: estudo clĂ­nico, epidemiolĂłgico e virolĂłgico – proposta de implantação de vigilância e tratamento de portadores dos vĂ­rus das hepatites B e Delta’. Segundo Braga, nos municĂ­pios de Tabatinga e Atalaia do Norte sĂŁo desenvolvidos programas de tratamento junto Ă s populaçþes indĂ­JHQDV REHGHFHQGR D LWHQV FRPR LGHQWLĂ€FDomR de portadores, avaliação clĂ­nica, indicação sobre as necessidades e das condiçþes de reaOL]DomR GH WUDWDPHQWR 2 WUDEDOKR FLHQWtĂ€FR FRQWD FRP UHFXUVRV GR 33686 TXH p Ă€QDQciado pela Fapeam e pelo Conselho Nacional GH 'HVHQYROYLPHQWR &LHQWtĂ€FR H 7HFQROyJLFR (CNPq) e MinistĂŠrio da SaĂşde - Decit.

HEPATITE DE LĂ BREA 1D SHVTXLVD %UDJD YHULĂ€FRX TXH RV HVWXdos sobre hepatites virais na AmazĂ´nia começam a ter seus primeiros ensaios quando a regiĂŁo teve visibilidade com o surgimento da doença chamada de ‘Febre Negra de LĂĄbrea’ ou ‘Hepatite de LĂĄbrea’, no municĂ­pio homĂ´nimo (distante a 702 quilĂ´metros de Manaus), considerada uma das mais devastadoras doenças emergentes encontradas na AmazĂ´nica. “Trata-se de uma hepatite fulminante, causada pela associação de dois vĂ­rus da hepatite (B e Delta) provocando a destruição do fĂ­gado, com hemorragia interna e vĂ´mitos com VDQJXHÂľ DĂ€UPRX R SHVTXLVDGRU A enfermidade ĂŠ capaz de matar 90% dos infectados em atĂŠ seis dias. HĂĄ notĂ­cias de ocorrĂŞncia da doença na Calha do Rio JuruĂĄ, Alto SolimĂľes (parte Ocidental da AmazĂ´nia Brasileira) com registros tambĂŠm em paĂ­ses fronteiriços, recebendo denominaçþes prĂłprias para


Foto: Ricardo Oliveira/AgĂŞncia Fapeam

PESQUISA

cada localidade, como por exemplo, a hepatite de Santa Marta, na ColĂ´mbia, que apresenta os mesmos sintomas de ocorrĂŞncia no Brasil.

FOCOS VIRAIS A regiĂŁo AmazĂ´nica ĂŠ bastante conhecida por apresentar focos de hepatites virais que sĂŁo doenças do fĂ­gado causadas pelos vĂ­rus conhecidos de ‘abecedĂĄrio’. Segundo Braga, a população conhece as Hepatites A, B, C, D e ( FRP HVSHFLĂ€FLGDGH YLUDO DSUHVHQWDQGR GLIHrenças epidemiolĂłgicas e clĂ­nicas. (OH H[HPSOLĂ€FRX TXH D +HSDWLWH $ FDXVD GRença aguda com taxa de letalidade de uma morte a cada 100 mil casos e, apĂłs a cura, o paciente nĂŁo apresenta sequelas. Uma das causas da doença ĂŠ a sua associação com a ausĂŞncia de condiçþes bĂĄsicas de saneamento e de higiene pessoal. As hepatites B, C e D tĂŞm maior ocorrĂŞncia na AmazĂ´nia, inserindo a regiĂŁo como a primeira no ranking mundial. Segundo o pesquisador, 15% da população da regiĂŁo do Rio Javari apresenta a doença, considerada uma taxa 30 vezes maior pela Organização Mundial de SaĂşde (OMS). A trĂ­ade viral hepĂĄtica apresenta caracterĂ­sticas distintas, disse o especialista, que ressalta sobre a ocorrĂŞncia de oscilação tanto na forma aguda quanto na crĂ´nica. Esta Ăşltima apresenta doenças no fĂ­gado, evoluindo para cirrose e atĂŠ mesmo ao câncer hepĂĄtico. Braga lembra que, antes da criação da FapeDP DV GLĂ€FXOGDGHV SDUD DGTXLULU UHFXUVRV SURvenientes de ĂłrgĂŁos de pesquisas nacionais, se tornavam um verdadeiro martĂ­rio. “A competição injusta entre pesquisadores locais e os do sul do PaĂ­s, com uma vasta produção deixavam RV SHVTXLVDGRUHV ORFDLV GR ODGR GH IRUD GRV Ă€QDQFLDPHQWRV SDUD SHVTXLVDÂľ DĂ€UPRX

DOENÇA DE CHAGAS A doutora em Entomologia e professora do Programa de PĂłs-Graduação em Medicina Tropical (PPMT), da Universidade do Estado

do Amazonas (UEA), Maria das Graças Vale Barbosa, disse que na RegiĂŁo AmazĂ´nica, a Doença de Chagas sempre foi considerada uma zoonose e nos Ăşltimos anos, vem sendo reconhecida como uma importante antropozoonose emergente, com centenas de casos descritos nas Ăşltimas dĂŠcadas. Segundo ela, entre os fatores que podem estar contribuindo para que esta realidade ganhe maiores dimensĂľes estĂĄ a intensa transformação da paisagem causada pelo desmatamento e a migração populacional de ĂĄreas endĂŞmicas para a AmazĂ´nia, com a possibilidade da introdução nĂŁo intencional de cepas do Trypanosoma cruzi (protozoĂĄrio causador da Doença de Chagas) transmitido, principalmente, por um inseto da subfamĂ­lia Triatominae, conhecido popularmente como barbeiro. Barbosa coordena a pesquisa intitulada ‘Estudo da Dinâmica da TransmissĂŁo da Doença de Chagas no Amazonas’, que foi motivada pelos elevados Ă­ndices de atendimento na FMT-HVD de casos de doenças infecciosas e parasitĂĄrias, com caracterĂ­sticas agudas. A pesquisa ĂŠ viabilizada por meio do PPSUS. O objetivo da pesquisa envolve uma sĂŠrie de determinantes biolĂłgicos e sociais realizados a partir de estudos sobre os mamĂ­feros silvestres, humanos e os insetos vetores para entender melhor a dinâmica da transmissĂŁo da doença na regiĂŁo. “Os fatores biolĂłgicos estĂŁo ligados Ă grande diversidade de reservatĂłrios silvestres uti-

medida de frequĂŞncia de Ăłbitos por determinada causa inclui o homem no ciclo do parasita

AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA


PESQUISA

INVESTIMENTOS EM REDE DE PESQUISA DE SAĂšDE Entre as diversas iniciativas da Fapeam para apoiar pesquisas em VD~GH GHVWDFD VH R 3URJUDPD GH 3HVTXLVD SDUD R 686 *HVWmR &RPSDUWLOKDGD HP 6D~GH 33686 HP SDUFHULD FRP R 0LQLVWpULR GD 6D~GH 06 &RQVHOKR 1DFLRQDO GH 'HVHQYROYLPHQWR &LHQWtILFR H 7HFQROyJLFR &13T H D 6HFUHWDULD GH (VWDGR GH 6D~GH 6XVDP sendo uma das prioridades da FAP por envolver os principais atoUHV GD SUHVWDomR GH VHUYLoRV QD iUHD QR (VWDGR 3DUD JDUDQWLU DV SHVTXLVDV QD iUHD GH 6D~GH UHFHQWHPHQWH D )Dpeam lançou um programa visando atrair pesquisadores nacionais e estrangeiros para fortalecer os grupos de pesquisa do AmazoQDV 2 3URJUDPD $omR (VWUDWpJLFD &7 , ² 6D~GH ² )XQGDo}HV GH 6D~GH 3HFWL $0 6D~GH YDL LPSODQWDU H DSULPRUDU SHVTXLVDV TXH FRQWULEXDP FRP D PHOKRUD GD SUHVWDomR GRV VHUYLoRV GH VD~GH H RX SURJUDPDV HVWDGXDLV GH FRQWUROH GH GRHQoDV 3DUD LVVR SUHYr QRYRV LQYHVWLPHQWRV QD iUHD GD VD~GH IRUWDOHFHQGR D UHGH GH pesquisa entre instituiçþes da regiĂŁo. Integrante das açþes do Governo do Amazonas para este fim o 3HFWL $0 6D~GH YDL LQMHWDU PDLV 5 PLOK}HV HP HVWXGRV FLHQWtILFRV SDUD PHOKRULDV QD iUHD GD VD~GH SRVVLELOLWDQGR R LQJUHVVR de pesquisadores de outros Estados do Brasil e atĂŠ estrangeiros no SURJUDPD YLVDQGR j WURFD GH H[SHULrQFLDV QD SHVTXLVD HQWUH DV fundaçþes de saĂşde do Estado e outros grandes centros. “A atração de pesquisadores de diferentes localidades impulsiona D FDSWDomR GH UHFXUVRV GH LQVWLWXLo}HV GH RXWUDV SDUWHV GR 3DtV DOpP GH IRUPDU H IL[DU UHFXUVRV KXPDQRV QD UHJLmRÂľ DILUPRX D GLUHWRUD SUHVLGHQWD GD )DSHDP 0DULD 2OtYLD

352-(726 (VWXGR GH 0XOWLUUHVLVWrQFLD 3ULPiULD DRV 7XEHUculostĂĄticos em Manaus; +HSDWLWH GH /iEUHD HVWXGR FOtQLFR HSLGHPLRlĂłgico e virolĂłgico – proposta de implantação de vigilância e tratamento de portadores dos vĂ­rus das hepatites B e Delta. (VWXGR GD 'LQkPLFD GD 7UDQVPLVVmR GD 'RHQça de Chagas no Amazonas 02'$/,'$'( 1. Programa Pesquisa para o SUS: GestĂŁo ComSDUWLOKDGD HP 6D~GH 33686 2. Programa Pesquisa para o SUS: GestĂŁo ComSDUWLOKDGD HP 6D~GH 33686 3. Programa Pesquisa para o SUS: GestĂŁo ComSDUWLOKDGD HP 6D~GH 33686 COORDENADORES 'UD 0DUO~FLD GD 6LOYD *DUULGR )07 +9'

'U :RUQHL 6LOYD 0LUDQGD %UDJD )07 +9'

'UD 0DULD GDV *UDoDV 9DOH %DUERVD 8($

50 AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA

lizados pelo T. cruzi para completar seu ciclo de vida, resultando num intenso FLFOR GH WUDQVPLVVmR VLOYHVWUHÂľ DĂ€UPRX

CRONOLOGIA DA DOENÇA A pesquisadora comentou que o primeiro caso no Amazonas foi registrado em 1980, procedente do municĂ­pio de SĂŁo Paulo de Olivença (distante a 985 quilĂ´metros de Manaus) e, no ano

VHJXLQWH FRQĂ€UPRX VH R SULPHLUR HP Manaus. A partir daĂ­, vĂĄrios casos foram registrados procedentes de outros municĂ­pios. Barbosa salientou tambĂŠm que, em 2004, ocorreu o primeiro surto agudo da doença no Amazonas oriundo de TefĂŠ e, em 2007, ocorreu outro HP &RDUL H QR DQR VHJXLQWH FRQĂ€Umou-se o primeiro em Manaus. A partir daĂ­, vĂĄrios casos foram registrados procedentes de outros municĂ­pios. Barbosa salientou tambĂŠm que, em 2004, ocorreu o primeiro surto agudo da doença no Amazonas oriundo de TefĂŠ e, em 2007, ocorreu outro em Coari. Na ocasiĂŁo, o estudo estava se formatando em Coari, TefĂŠ e Manaus, com Ă€QDQFLDPHQWR GD )DSHDP 06 H &13T Desde entĂŁo, pelo menos mais dois surWRV DJXGRV IRUDP QRWLĂ€FDGRV H HP WRdos, os pacientes tinham em comum a histĂłria de terem ingerido o açaĂ­.

TRANSMISSĂƒO A doença ĂŠ causada por um protozoĂĄrio, o Trypanosoma cruzi, que se hospeda em animais invertebrados e vertebrados durante seu ciclo de vida. Os invertebrados sĂŁo insetos triatomĂ­neos que nas ĂĄreas endĂŞmicas do nordeste, sudeste, centro-oeste e sul vivem dentro das residĂŞncias, mas, na AmazĂ´nia YLYHP QD Ă RUHVWD QmR VmR GRPLFLOLDGRV e os vertebrados podem ser marsupiais (mucuras), roedores silvestres, dentre outros, inclusive o homem, que se insere no ciclo do parasita acidentalmenWHÂľ DĂ€UPRX %DUERVD

Quer saber mais? Fale com os pesquisadores Wornei Silva Miranda Braga (FMT-HVD) - wornei.braga@hotmail.com Maria das Graças Vale Barbosa (UEA) - gbarbosa@fmt.am.gov.br Marlúcia Garrido (FMT-HVD) - marlucia.garrido@gmail.com


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Açþes estratÊgicas mudam a realidade de quem busca conhecimento nos municípios do Amazonas Foto: Ricardo Oliveira/Agência Fapeam

3RU 8O\VVHV 9DUHOD

Interiorização do conhecimento Ê realidade no Amazonas

O

Estado do Amazonas possui nĂşmeros que impressionam por sua grandiosidade: ocupa uma ĂĄrea maior que 1,5 milhĂŁo de quilĂ´metros quadrados e abriga 62 municĂ­pios, contabilizando uma população de mais de 3,3 milhĂľes de habitantes, segundo o Ăşltimo levantamento do ,QVWLWXWR %UDVLOHLUR GH *HRJUDĂ€D H (VWDWtVWLFD ,%*( Exatamente por ter estas peculiaridades, a interiorizaomR GDV Do}HV FLHQWtĂ€FDV QR $PD]RQDV QmR VH FRQVWLWXL HP uma ação simples ou de fĂĄcil execução, muito pelo contrĂĄULR DV GLPHQV}HV FRQWLQHQWDLV H DV EDUUHLUDV JHRJUiĂ€FDV GD UHJLmR WRUQDP HVWD WDUHID GHVDĂ€DGRUD H RQHURVD Apesar de recente, o esforço de interiorização do Ensino Superior e TecnolĂłgico, assim como o desenvolvimento do conhecimento nessas localidades do Estado dependem de polĂ­ticas de educação e na ĂĄrea de CiĂŞncia, Tecnologia & Inovação (CT&I) intensas e que dependem dos governos

Federal, Estadual e Municipal. Nesse sentido, o Estado do Amazonas estå perto de dar um dos mais importantes passos para a interiorização do conhecimento. Isso porque o governador Omar Aziz anunciou, em julho deste ano, a construção da Cidade Universitåria da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), projetada para ser construída no município de Iranduba, localizado na Região Metropolitana de Manaus, à margem direita do Rio Negro.

MARCO NA CONSOLIDAĂ‡ĂƒO A Cidade UniversitĂĄria ĂŠ considerada um marco na consolidação da UEA, que supera uma dĂŠcada de existĂŞncia e conta com investimentos iniciais de R$ 300 milhĂľes para infraestrutura e construção de espaços acadĂŞmicos. Instalada numa ĂĄrea de 13 mil metros quadrados a AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA 51


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cidade reunirĂĄ todas as unidades da UEA da capital, fortalecendo a integração entre os cursos e dispondo de estrutura urbana completa, com espaços residenciais, comerciais, eixos viĂĄrios, ĂĄreas de lazer e turismo, equipamentos pĂşblicos, como terminal rodoviĂĄrio, hospital, delegacia, Corpo de Bombeiros, ĂłrgĂŁos de serviços de cidadania, entre outros. “Os universitĂĄrios vĂŁo ter estudo, moradia e alimentação gratuitos, para depois que se formarem poderem voltar aos seus municĂ­pios e suprir a carĂŞncia do interior em diversas ĂĄreas GR FRQKHFLPHQWRÂľ DĂ€UPRX R JRYHUnador Omar Aziz. O projeto prevĂŞ ainda uma Vila AgrĂ­cola, que funcionarĂĄ como um campus rural para os cursos de Agronomia e Engenharia Florestal; e um Centro TecnolĂłgico, cujo principal objetivo ĂŠ atrair instituiçþes de pesquisa tecnolĂłgica, agĂŞncias de fomento, incubadoras de empresas, parques tecnolĂłgicos, entre outros empreendimentos do setor. AlĂŠm da construção da Cidade UniversitĂĄria, o governo prevĂŞ o plano de expansĂŁo para o interior, com a construção de nĂşcleos em dez municĂ­pios, alĂŠm da modernização das instalaçþes dos jĂĄ existentes. Assim, a UEA passarĂĄ a contar com 27 unidades em municĂ­pios localizados em pontos estratĂŠgicos do Estado, formando uma rede de atendimento com capacidade de atingir todo o territĂłrio amazonense. “Com a expansĂŁo, teremos maiores condiçþes de ampliar o nĂşmero de vagas e criar novos cursos para atender Ă s demandas do mercado e, principalmente Ă s necessidades das populaçþes amazonensesâ€?, destacou Aziz. 52 AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA

INTERIORIZAĂ‡ĂƒO VIA FAPEAM

&RP D H[SDQVmR WHUHPRV PDLRUHV FRQGLo}HV GH DPSOLDU R Q~PHUR GH YDJDV H FULDU QRYRV FXUVRV para atender às demandas do mercado e, principalmente às QHFHVVLGDGHV GDV SRSXODo}HV DPD]RQHQVHV¨ Omar Aziz governador do Amazonas

Na mesma linha, a Fapeam tem tido, desde a sua criação em 2003, a preocupação de fomentar açþes de CT&I no interior do Estado. Um dos programas pioneiros e de desenho inĂŠdito no PaĂ­s foi o Programa Jovem Cientista AmazĂ´nida (JCA), lançado jĂĄ no primeiro ano de atuação da Fundação, cuja forma de apoio integra instituiçþes de pesquisa da capital com unidades de educação bĂĄsica no interior do Estado. O programa surgiu como forma de iniciar um processo bidirecional de intercâmbio de saberes, por meio do qual as populaçþes do interior passam a conhecer as iniciativas de pesquisa e se integram a elas e o pesquisador passa a conhecer as realidades do interior do Estado. Para a diretora-presidenta da Fapeam, Maria OlĂ­via SimĂŁo, o governador Omar Aziz indica de forma contundente que ĂŠ importante envidar esforços para interiorização das açþes de CT&I como eixo transversal das desigualdades do Amazonas em bases sustentĂĄveis. “A Fundação tem feito um esforço institucional intenso para potencializar, cada vez mais, a oferta de fomento em CiĂŞncia, Tecnologia e Inovação para o interior do Amazonas, mas ela lembra que esse movimento de interiorização das açþes relacionadas Ă educação superior e Ă oferta de fomento CT&I ĂŠ algo bem recente na histĂłria do Estadoâ€?, disse. Este processo foi desencadeado a partir do engajamento da UEA, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e do Instituto Federal do Amazonas (Ifam) para a instalação de unidades acadĂŞmicas permanentes


Foto: Ricardo Oliveira/AgĂŞncia Fapeam

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em diversos municĂ­pios e a partir da contratação de professores e tĂŠcnicos para atuarem nestas unidades. Segundo a diretora, “isso deu origem ao que chamamos de processo de formação de comunidaGHV FLHQWtĂ€FDV QHVVDV ORFDOLGDGHV as quais passaram a expressar sua QHFHVVLGDGH GH TXDOLĂ€FDomR HP Qtvel de pĂłs-graduação, como forma GH DSULPRUDU R ID]HU FLHQWtĂ€FR QR interior do Estadoâ€?. O JCA, como ação pioneira, jĂĄ teve quase R$ 2,5 milhĂľes investidos em trĂŞs ediçþes lançadas, sendo a Ăşltima, em 2012, exclusivamente direcionada a questĂľes associadas Ă s Ă reas Protegidas do Amazonas. O programa, que nesta Ăşltima edição teve como parceiros a Secretaria de Estado de CiĂŞncia, Tecnologia e Inovação (Secti-AM), a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentĂĄvel (SDS), a Secretaria de Estado para os Povos IndĂ­genas (Seind), a Secretaria de Estado de Educação (Seduc-AM) e, ainda, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), tem a proposta de fomentar um processo bidirecional de intercâmbio de saberes nas arĂŠas protegidas.

Investimentos permitem alcançar todos os municípios do interior do Estado

FORMAĂ‡ĂƒO E EDUCAĂ‡ĂƒO Outra iniciativa com papel importante na interiorização da CT&I ĂŠ o Programa CiĂŞncia na Escola (PCE/Fapeam/Secti/Seduc/Semed/FAS/Semed-Itacoatiara) e o Programa Institucional de Bolsas GH ,QLFLDomR &LHQWtĂ€FD -~QLRU 3LELF JĂşnior/Fapeam/CNPq), programas direcionados a todos os 62 municĂ­pios amazonenses realizados com o apoio das secretarias Estadual (Seduc) e Municipal (Semed) de educação e Instituiçþes de Ensino Superior (IES) e institutos de pesquisas. Por meio destes programas, professores e alunos dos ensinos Fundamental e MĂŠdio sĂŁo estimulados a desenvolverem pesquisas que promovam o conhecimento e o desenvolvimento da comunidade escolar e do entorno da escola. Para isso, os envolvidos diretamente no projeto recebem bolsas para garantir a dedicação Ă pesquisa e o desenvolvimento das atividades. Esses programas tĂŞm grande repercussĂŁo no interior do Amazonas.

EDUCAĂ‡ĂƒO CIENTĂ?FICA O PCE foi criado com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de habilidades relacionadas Ă educaomR FLHQWtĂ€FD QDV HVFRODV S~EOLFDV e, ainda, contribuir com a formação continuada dos professores, promovendo a democratização do espaço escolar, de forma a contribuir com a elevação da qualidade de ensino nas escolas das redes pĂşblicas estadual e municipal de educação. O programa, apĂłs cinco ediçþes, jĂĄ possibilitou a inserção no universo da pesquisa de mais de 2 mil estudantes de escolas pĂşblicas do interior do Estado. Para se ter noção do alcance do Programa, sĂł na Ăşltima edição, 22 municĂ­pios tiveram projetos aprovados e desenvolvidos, o que ĂŠ um feito a se comemorar em se tratando de um estado continental. A professora do municĂ­pio de Barreirinha (a 331 quilĂ´metros de Manaus), Eliana JordĂŁo, que coordenou um projeto no âmbito do PCE acredita que o incentivo do governo e da )DSHDP p VLJQLĂ€FDWLYR SRLV SHUPLWH AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA 53


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Localização dos campi da UEA, UFAM E IFAM no Estado do Amazonas IFAM

UFAM

1. Coari 2. SĂŁo Gabriel da Cachoeira 3. Presidente Figueiredo 4. LĂĄbrea 5. MauĂŠs 6. Tabatinga 7. Parintins

9

1. Campus do Polo Alto Solimþes - Benjamin Constant 2. Campus do Polo MÊdio Solimþes - Coari 3. Campus do Polo Vale do Rio Madeira – Humaitå 4. Campus Universitårio "Dourval Varela Moura" – Parintins 5. Campus Universitårio "MoisÊs Benarrós Israel" – Itacoatiara

15 3 7

3 6

UEA 1. Parintins 2. Tabatinga 3. TefĂŠ 4. Coari 5. LĂĄbrea 6. Manacapuru 7. ManicorĂŠ 8. MauĂŠs 9. SĂŁo Gabriel da Cachoeira

2

6

2 1

10. HumaitĂĄ 11. EirunepĂŠ 12. Boca do Acre 13. Carauari 14. Novo AripuanĂŁ 15. Presidente Figueiredo

5

2

13

8

7 4

11 5

5

4

1

3

4 1

14

10

12

a compra de materiais para o desenvolvimento de pesquisas, que acabam servindo como recurso pedagĂłgico para todos os professores e para os alunos aprimorarem a elaboração e a apresentação de seus trabalhos. “A expectativa ĂŠ que estas iniciativas continuem atendendo aos municĂ­pios do interior do Estado como Barreirinha, que ĂŠ distante e quase isolado. Particularmente, o desenvolvimento de pesquisas no interior muda a vida do professor que gosta de pesquisar, pois permite conhecer melhor a realidade local, como ĂŠ caso do projeto sobre evasĂŁo escolar desenvolvido por mim junto com os alunos. Como resultado disso, conseguimos nos aproximar destes estudantes e reduzir o Ă­nGLFH GH HYDVmR QD HVFROD e JUDWLĂ€FDQWH SHUFHEHU HVWH UHVXOWDGRÂľ DĂ€UPRX Para a estudante KĂŠdima dos Santos, participar do projeto foi uma exSHULrQFLD PXLWR JUDWLĂ€FDQWH ´)D]HU parte do projeto melhorou meu de $0$=21$6 )$= CIĂŠNCIA

sempenho na escola, lembro que antes era relapsa e nĂŁo tinha muito interesse nos estudos, porĂŠm, com o projeto, passei a ter mais responsabilidade e comecei a focar nos estudosâ€?, frisou. Com o engajamento da UEA, da Ufam e do Ifam que compĂľem o sistema estadual de CT&I, hĂĄ um efetivo movimento de interiorização, principalmente a partir da instalação de unidades acadĂŞmicas nos municĂ­pios que desencadearam um processo de formação de comunidades FLHQWtĂ€FDV QHVVDV ORFDOLGDGHV O envolvimento dos alunos neste processo culminou com a criação GH SURJUDPDV GH ,QLFLDomR &LHQWtĂ€FD (IC), tambĂŠm apoiados com bolsas da Fapeam, por meio do Programa GH $SRLR j ,QLFLDomR &LHQWtĂ€FD 3DLF que jĂĄ concedeu cerca de 600 bolsas a estudantes de graduação do interior e propiciou a criação dos primeiros grupos de pesquisa no interior do Estado. A partir destes investimentos, es-

tas comunidades passaram a expresVDU VXD QHFHVVLGDGH GH TXDOLĂ€FDomR em nĂ­vel de pĂłs-graduação, como IRUPD GH DSULPRUDU R ID]HU FLHQWtĂ€FR Isso levou a Fapeam a criar, em 2006, o Programa de Apoio Ă Formação de Recursos Humanos PĂłs-Graduados para o Interior do Amazonas (RH Interiorização), que passou a ofertar bolsas de doutorado e de mestrado para estudantes do interior selecionados para cursar pĂłs-graduação em Manaus ou em outros Estados. “O RH-Interiorização passou a ofertar bolsas de doutorado e mestrado para estudantes do interior do Estado interessados em desenvolver pesquisas. O resultado desse trabalho ĂŠ que, atĂŠ o primeiro semestre de 2012, 127 estudantes de 15 municĂ­pios do interior do Estado, sobretudo aqueles onde hĂĄ a presença da UEA, Ufam e Ifam, jĂĄ foUDP EHQHĂ€FLDGRV FRP EROVDV VHQGR de mestrado e 28 de doutoradoâ€?, enfatizou a diretora-presidenta da Fapeam.


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DESENVOLVIMENTO NO INTERIOR

DESAFIOS 8P GRV HQWUDYHV Mi LGHQWLĂ€FDdos em demandas apresentadas Ă Fapeam e que ainda necessita ser superado, consiste em equipar os laboratĂłrios e unidades de pesquisas recĂŠm-construĂ­dos nos campi do interior. Para enfrentar este problema, estĂĄ sendo delineado um programa de apoio Ă infraestrutura laboratorial para o interior. Outra ação que estĂĄ em fase de preparação ĂŠ uma SURSRVWD GH EROVD SDUD Ă€[DomR GH doutores mais atraente para as instituiçþes do interior do Estado. “O fortalecimento das parcerias com as secretarias de Estado e governos municipais para a oferta de programas voltados para a realidade do interior, possibilita uma grande quantidade de açþes que vĂŁo alĂŠm da capacitação, pois contribuem para quebrar o isolamento destes SURĂ€VVLRQDLVÂľ IULVRX D GLUHWRUD SUHsidenta da Fapeam. $V GLĂ€FXOGDGHV JHRJUiĂ€FDV HP princĂ­pio, sĂŁo tambĂŠm e, sobretudo, de ordem logĂ­stica e de falta de soluçþes tecnolĂłgicas. No Estado, os serviços de telefonia e internet no interior sĂŁo precĂĄrios, atĂŠ mesmo nos maiores centros. As pessoas se locomovem, por exemplo, de uma parte Ă outra praticamente no mesmo tipo de embarcaçþes hĂĄ sĂŠculos. “Esses sĂŁo apenas alguns exemplos de problemas crĂ´nicos que podemos e devemos resolver com robustos e sistemĂĄticos investimentos em CT&Iâ€?, lembrou a diretora-presidenta da Fapeam, destacando que as açþes da instituição hoje, sejam aquelas direcionadas a pesquisadores individuais, seja a instituiçþes de

$WXDOPHQWH D 8($ RIHUWD FXUVRV GH JUDGXDomR TXH GLVWULEXtGRV HP PXQLFtSLRV FRQVWLWXHP XP WRWDO GH FXUVRV SDUD XPD FRPXQLGDGH GH PLO HVWXGDQWHV PDWULFXODGRV VHQGR PDLV GH PLO QR LQWHULRU H PLO QD FDSLWDO 2X VHMD TXDVH GRV DOXQRV GD 8QLYHUVLGDGH HVWmR QR LQWHULRU UHDĂ€UPDQGR R FRPSURPLVVR GD 8($ HP H[SDQGLU R Ensino Superior para todo o Estado do Amazonas. 3DUD R UHLWRU GD 8($ SURIHVVRU -RVp $OGHPLU GH 2OLYHLUD R ODQoDPHQWR do projeto da Cidade UniversitĂĄria tem um valor incomensurĂĄvel para D XQLYHUVLGDGH H SDUD R $PD]RQDV GH PRGR JHUDO ´7HUHPRV PDLV VDODV GH DXOD H RXWURV DYDQoRV FRPR SRU H[HPSOR JDUDQWLU TXH WRGDV DV XQLGDGHV GD FDSLWDO HVWHMDP SUy[LPDV XPDV GDV RXWUDV R TXH GR SRQWR GH YLVWD GH JHVWmR FRQWULEXLUi PXLWR SDUD REWHUPRV DLQGD PDLV PHOKRULDV QDV URWLQDV DFDGrPLFDVÂľ GHVWDFRX Aldemir acredita que nĂŁo se pode ignorar o valor do projeto tamEpP SDUD D FLGDGH GH 0DQDXV TXH WHUi XP QRYR SROR H SDUD R Estado do Amazonas porque “nĂŁo hĂĄ desenvolvimento de um Estado VHP FRQKHFLPHQWRÂľ A obra da Cidade UniversitĂĄria iniciarĂĄ com a construção da Reitoria e GRV SUpGLRV GH &LrQFLDV GD 6D~GH &LrQFLDV 6RFLDLV H GH 7HFQRORJLD $ SUHYLVmR GH LQDXJXUDomR p SDUD R SULPHLUR VHPHVWUH GH “Com a Cidade UniversitĂĄria vamos consolidar esse projeto vitorioso TXH IRL D FULDomR GD 8($ XP SDWULP{QLR GR SRYR DPD]RQHQVHÂľ GLVVH R JRYHUQDGRU DR UHVVDOWDU TXH D REUD FRPSOHWD GD FLGDGH XQLYHUVLWiULD serĂĄ para as futuras geraçþes. “Muitas obras serĂŁo construĂ­das nos prĂł[LPRV DQRV QD iUHD GH LQIUDHVWUXWXUD SUpGLRV HP ORJtVWLFD PDV QDGD VH FRPSDUD DR LQYHVWLPHQWR IHLWR QD HGXFDomRÂľ UHVVDOWRX

pesquisa ou a micro e pequenas empresas, procuram fomentar soluçþes para esses gargalos. Um exemplo dessa pråtica Ê a participação da Fapeam em um projeto criado pelo MinistÊrio da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) denominado Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs), capitaneado no Estado pela Secti-AM para fortalecer a matriz produtiva dos municípios onde estes centros estão instalados (no caso do Amazonas: São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga, Coari, Itacoatiara, Låbrea e Parintins). O programa visa, por meio de açþes tÊcnicas, a inserção de inovaçþes tecnológicas às políticas públicas e à prestação de serviços especializa-

dos, integrados Ă s vocaçþes socioeconĂ´micas regionais, desdobrando-se na geração de emprego da melhoria de qualidade de vida da população local. De igual forma, sĂŁo compostas articulaçþes com a Secti-AM e outros agentes do Estado e as agĂŞncias feGHUDLV SDUD GDU UHVSRVWD DRV GHVDĂ€RV deste Estado Continental. “O resultado dessas açþes, longe GH VLJQLĂ€FDU D UHVROXomR GDV GHVLJXDOdades que o interior enfrenta em relação Ă capital, sem dĂşvida, traduz-se em melhores oportunidades para o desenvolvimento destas localidades por meio da CiĂŞncia, Tecnologia e ,QRYDomR (VWDUHPRV LQWHQVLĂ€FDQGR nossos investimentos nesta direçãoâ€?, enfatizou a diretora-presidenta. AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA 55


Foto: Ricardo Oliveira/ AgĂŞncia Fapeam

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“SINTO QUE O IMPOSSĂ?VEL NĂƒO EXISTE QUANDO ACREDITAMOS EM NOSSOS SONHOSâ€?. Por Firmino Nascimento Filho*

Atualmente trabalhando na ĂĄrea de melhoraPHQWR JHQpWLFR YHJHWDO PDLV HVSHFLĂ€FDPHQWH FRP a cultura do guaranĂĄ, na Embrapa AmazĂ´nia Ocidental, sinto que o impossĂ­vel nĂŁo existe quando acreditamos em nossos sonhos. Sonhando com o mundo da pesquisa, no ĂşltiPR VHPHVWUH GR FXUVR GH $JURQRPLD HP Ă€] quase uma aventura, indo de carona de TupĂŁ (SP), minha cidade natal, a BrasĂ­lia (DF), com o intuito de conseguir um estĂĄgio no Centro Nacional de Recursos GenĂŠticos da Embrapa (Cenargen). Tudo isso para conhecer mais a fundo os processos de investigação nessa ĂĄrea do conhecimento. No meio do caminho, abracei a oportunidade de WUDEDOKDU QD &RVWD GR 0DUĂ€P SRU GRLV DQRV e 1981), com a cultura da soja. Nesse trabalho, fazĂ­amos a introdução de cultivares de soja atravĂŠs de intercâmbio com o Centro Nacional de Soja da Embrapa (CNPSO), em Londrina (PR). Em junho de 1982, fui contemplado com bolsa, indo para o TerritĂłrio Federal de Roraima, cumprindo a primeira fase de aperfeiçoamento. Na segunda fase, em 1983, passei a frequentar as aulas no Instituto de GenĂŠtica da Universidade de SĂŁo Paulo, na Esalq, onde conclui o mestrado em GenĂŠtica e Melhoramento de Plantas. Ao tĂŠrmino, em 1984, se cumpria a terceira e Ăşltima fase da bolsa, quando fui contratado pela Embrapa de 56 AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA

Manaus para dar continuidade aos trabalhos de pesquisa em que continuo atÊ hoje. Com tese defendida na mesma årea, em 2003, na Universidade Federal de Viçosa (UFV), todas as pesquisas estão voltadas para a melhoria de vida dos nossos guaranacultores, por meio do programa de melhoramento genÊtico do guaranazeiro, conduzido pelo órgão, que jå produziu 16 cultivares. As novas tecnologias implementadas pela Embrapa contribuem diretamente com o meio ambiente, considerando que a produção das plantas dessas cultivares Ê atÊ dez vezes maior que a das utilizadas em plantios tradicionais. Por um lado, mostra que para se produzir uma determinada quantidade de guaranå em rama (sementes secas), Ê necessårio uma årea dez vezes menor evitando, dessa forma, o desmatamento. Em se tratando da resistência genÊtica a doenças, não hå necessidade de aplicação de agrotóxicos, evitando a contaminação do solo da cultura. Nesse aspecto, sinto-me orgulhoso e honrado em fazer parte da equipe de pesquisa, que vem hå mais de 30 anos trabalhando para melhorar os processos que envolvem a cadeia produtiva dessa tão importante cultura para a nossa região.

* Doutor em Melhoramento GenÊtico, pela Universidade Federal de Viçosa (UFV/MG), pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuåria (Embrapa Amazônia Ocidental).


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0&7, DQXQFLRX SDUD LQMHomR GH LQYHVWLPHQWRV na årea o que possibilitarå a recuperação do setor 3RU 9DQHVVD %ULWR HVSHFLDO SDUD $)&

Foto: Ricardo Oliveira/AgĂŞncia Fapeam

A

previsĂŁo de aumento do orçamento do MinistĂŠrio da CiĂŞncia, Tecnologia e Inovação (MCTI) para 2013 traz uma grande expectativa para o segmento. A notĂ­cia vem apĂłs dois anos de cortes e redução de investimentos na ĂĄrea por parte do governo federal, que deixaram sequelas na ĂĄrea de CT&I. Setores como a infraestrutura, recursos humanos e a continuidade de açþes e projetos sofreram abalos com a estagnação de investimentos, causando prejuĂ­zo para a CiĂŞncia e sociedade brasileira. O Instituto Nacional de Pesquisas da AmazĂ´nia (Inpa) estĂĄ entre as instituiçþes que recebem recursos diretos do MinistĂŠrio da CiĂŞncia, Tecnologia e Inovação (MCTI). O diretor-presidente do Inpa, Adalberto 9DO DĂ€UPRX TXH RV FRUWHV UHVXOWDUDP HP FRQVWUDQJLmentos para a gestĂŁo do instituto. AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA 57


Foto: Ricardo Oliveira/AgĂŞncia Fapeam

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1RVVD GHPDQGD GH UHFXUVRV p EHP PDLRU GR TXH DV TXH WHPRV UHFHELGR (QWUH DV Do}HV IDOWD UHVROYHU R SUREOHPD GR TXDGUR DGPLQLVWUDWLYR H DPSOLDU D SDUWH GR parque de pesquisas que foi perdida ao longo do tempo�. Adalberto Val diretor do Inpa

“Nossa demanda de recursos ĂŠ bem maior do que as que temos recebido. Entre as açþes, falta resolver o problema do quadro administrativo e ampliar a parte do parque de pesquisas que foi perdida ao longo do tempoâ€?, ponderou. Ele ressaltou a importância dos recursos para a manutenção de polĂ­ticas pĂşblicas e para as açþes de popularização da CiĂŞncia entre a sociedade. “Os recursos sĂŁo imprescindĂ­veis para o desenvolvimento cienWtĂ€FR H SDUD D DSUR[LPDomR GDV Do}HV MXQWR Ă sociedadeâ€?, concluiu.

REPERCUSSĂƒO NOS ESTADOS Os efeitos do menor repasse de recursos em nĂ­vel federal tambĂŠm afetam a adoção de polĂ­ticas pĂşblicas nos Estados e municĂ­pios, na avaliação do diretor do Inpa, Adalberto Val. “Enquanto o Governo Federal pensa no incentivo em nĂ­vel mais nacional, os estaduais pensam nos investimentos em nĂ­vel estadual. Os investimentos em nĂ­vel federal repercutem nos Estadosâ€?, disse. Adalberto Val destacou o papel preponderante das Fundaçþes de Amparo Ă Pesquisa em todo o PaĂ­s neste processo. “Nos Ăşltimos 8 a 10 anos, tivemos um perĂ­odo de investimento PXLWR VLJQLĂ€FDWLYR HP GXDV YHUWHQWHV SULQFLpais: uma na parte de custeio e outra na capacitação de recursos humanos. E, nesse mesmo perĂ­odo, tivemos uma evolução no nĂ­vel dos Estados, onde a gente passa de uma Ăşnica Fun58 AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA

dação de Amparo Ă Pesquisa em SĂŁo Paulo para a existĂŞncia de fundaçþes de amparo em TXDVH WRGRV RV (VWDGRV EUDVLOHLURVÂľ DĂ€UPRX 5HVSRQViYHO SHOR DYDQoR QR Ă€QDQFLDPHQto de pesquisas nas mais diversas ĂĄreas do coQKHFLPHQWR FLHQWtĂ€FR H WHFQROyJLFR QR (VWDdo, nos Ăşltimos anos, a Fapeam tambĂŠm contabiliza as consequĂŞncias da estagnação. Para a diretora-presidenta da Fundação, Maria OlĂ­via SimĂŁo, os recursos para CT&I afetam a gestĂŁo das polĂ­ticas pĂşblicas em todo o PaĂ­s. “CiĂŞncia, Tecnologia e Inovação sĂŁo elementos transversais para o desenvolvimento, imprescindĂ­veis para qualquer nação. As descontinuidades ou rupturas de polĂ­ticas de Estado preocupam, uma vez que nĂŁo representam estagnação apenas, mas tambĂŠm retrocesso, e colocam em xeque a promissora perspectiva de crescimento que se tem, em escala mundial, em relação ao Brasil e extensivamente Ă sua polĂ­tica de Estado para CT&Iâ€?, destacou.

DESCONTINUIDADE DE AÇÕES EM CT&I Para o reitor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), JosĂŠ Aldemir de Oliveira, os investimentos sĂŁo fundamentais para a formação de conhecimento e eliminam o risco de descontinuidade de açþes. “Necessitamos formar novos conhecimentos, formar pessoas, investir na estrutura para a pesquisa, em novas descobertas e criarmos as condiçþes para a inovaçãoâ€?, disse.


§1mR Ki VDtGD SDUD QyV DWLQJLUPRV XP GHVHQYROYLPHQWR HFRQ{PLFR H VXVWHQWiYHO GR SRQWR GH YLVWD DPELHQWDO H GR SRQWR GH YLVWD VRFLDO VH QmR WLYHUPRV FRQKHFLPHQWR¨

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Foto: Ricardo Oliveira/AgĂŞncia Fapeam

JosĂŠ Aldemir de Oliveira reitor da UEA

MCTI PREVÊ AUMENTO NO ORÇAMENTO

FAPS DEVEM TER PAPEL COMPLEMENTAR

O reitor da UEA tambĂŠm criticou a falta de compromisso do Governo Federal com as instituiçþes estaduais no decorrer dos Ăşltimos anos. SegunGR HOH DV IXQGDo}HV GH Ă€QDQFLDPHQto, como a Fapeam, devem ter apenas funçþes complementares no que diz respeito ao repasse de recursos para pesquisas e projetos. Quando questionado sobre as diĂ€FXOGDGHV HQFRQWUDGDV SDUD DWHQGHU Ă demanda de recursos, Oliveira lembrou que a instituição conta exclusivamente com recursos estaduais, o que faz com que a polĂ­tica de formação de professores e pesquisadores VH WRUQH XP GHVDĂ€R “Trata-se de um projeto de Estado e criamos as condiçþes para que a Fapeam nĂŁo perca a capacidade de Ă€QDQFLDU SHVTXLVDV H TXH WHQKDPRV a capacidade de buscar os meios de Ă€QDQFLDPHQWRV HVWDGXDLV RX IHGHUDLV para que nĂŁo tenhamos prejuĂ­zos na infraestrutura de pesquisas, formação de professores e na continuidade dos estudosâ€?, ressaltou.

MANIFESTAÇÕES EM PROL DA CIĂŠNCIA A difusĂŁo e a divulgação da ciĂŞncia foram apontadas como principais armas para que a sociedade esteja consciente das açþes na ĂĄrea de CT&I e para que os cidadĂŁos se tornem atores nas manifestaçþes pela conquista de espaço em polĂ­ticas pĂşblicas federais. O diretor do Inpa avaliou como necessĂĄrios os protestos da sociedade civil organizada e gestores. “Considero fundamental que a sociedade se manifeste, nĂŁo sĂł a sociedade organizada, mas a sociedade de XPD IRUPD JHUDO e SUHFLVR HQWHQGHU TXH TXDQGR OHYDPRV XP Ă€OKR DR KRVpital para tomar uma vacina, na criação daquela vacina ou de outro remĂŠdio, hĂĄ um mundo imenso de informaçþes, houve o trabalho de muitos cientistas e eles sĂł podem desenvolver mais trabalhos como esse por meio dos investimentos que sĂŁo proporcioQDGRV SHOR (VWDGRÂľ H[HPSOLĂ€FRX 9DO Outro enfoque diz respeito Ă posição estratĂŠgica da AmazĂ´nia no cenĂĄrio de CiĂŞncia, Tecnologia e Inovação. A regiĂŁo ĂŠ considerada pro-

2 VHFUHWiULR H[HFXWLYR GR 0LQLVWpULR GD &LrQFLD 7HFQRORJLD H ,QRYDomR 0&7, /XL] $QW{QLR (OLDV DQXQFLRX QR ~OWLPR GLD GH VHWHPEUR TXH R RUoDPHQWR GD SDVWD ministerial previsto para o ano de GHYH DXPHQWDU SDUD 5 bilhĂľes. A informação foi divulgada durante a abertura do FĂłrum Conjunto dos Conselhos Nacionais de SecretĂĄrios Estaduais para AsVXQWRV GH &7 , &RQVHFWL H GDV Fundaçþes Estaduais de Amparo Ă 3HVTXLVD &RQIDS HP *UDPDGR 56 6HJXQGR R VHFUHWiULR R YDORU p VXSHULRU DR PRQWDQWH GHVWLnado pelo Governo Federal para D iUHD GH &7 , QHVWH DQR TXH IRL GH 5 ELOK}HV missora para o desenvolvimento econĂ´mico com base na sustentabilidade ambiental. “NĂŁo hĂĄ saĂ­da para nĂłs atingirmos um desenvolvimento econĂ´mico e sustentĂĄvel, do ponto de vista ambiental e do ponto de vista social, se nĂŁo tivermos conhecimento. Trata-se de uma regiĂŁo estratĂŠgica que tem de buscar alternativas para formar pessoas e investir no conhecimentoâ€?, concluiu o reitor da UEA, JosĂŠ Aldemir de Oliveira. AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA 59


DIFUSÃO

Programas de apoio à participação e realização de eventos científicos e tecnológicos mudam cenário da divulgação de pesquisas 3RU /XtV 0DQVXrWR

Quem não se comunica, se trumbica”. A célebre frase dita por José Abelardo Barbosa de Medeiros, mais conhecido por Chacrinha, foi um dos bordões mais repetidos durante seu programa ‘Cassino do Chacrinha’, exibido pela Rede Globo de Televisão nos anos de 1980. O ‘Velho Guerreiro’, como Chacrinha também era chamado, foi considerado um grande comunicador do rádio e da televisão e muitas de suas expressões se popularizaram entre seus expectadores. $ IUDVH UHÁHWH D LPSRUWkQFLD H D QHFHVVLGDGH GH VH FRmunicar bem. Não se trata apenas de passar a informação, é preciso se fazer compreendido. Na Ciência não é diferente. Pesquisadores precisam divulgar os resultados de suas pesquisas para demonstrar a importância da ciência para a melhoria da qualidade de vida da população. No Amazonas, ações voltadas para apoiar a divulgaomR FLHQWtÀFD WrP FRQWULEXtGR SDUD IDFLOLWDU D YLGD GH SHVquisadores, que até pouco só podiam contar com o apoio da instituição a que pertenciam. “Isso não era fácil”, como contam os pesquisadores ouvidos pela reportagem da Revista Amazonas faz Ciência. Muitos não tinham como promover o intercâmbio de 60 AMAZONAS FAZ CIÊNCIA


DIFUSĂƒO

informaçþes por meio da realização GH HYHQWRV FLHQWtĂ€FRV RX PHVPR YLDjar para outros Estados e para fora do PaĂ­s para apresentar trabalhos. Hoje, a realidade ĂŠ diferente. Programas como o de Apoio Ă 3DUWLFLSDomR HP (YHQWRV &LHQWtĂ€FRV e TecnolĂłgicos (Pape) e o de Apoio j 5HDOL]DomR GH (YHQWRV &LHQWtĂ€FRV H TecnolĂłgicos no Estado do Amazonas (Parev), da Fapeam, tĂŞm mudado R FHQiULR GD GLYXOJDomR FLHQWtĂ€FD H da ciĂŞncia no Estado. Contemplada em quatro editais do Parev, a pesquisadora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Selda Vale da Costa, disse que a AmazĂ´nia ĂŠ carente de apoio empresarial SDUD DV iUHDV FLHQWtĂ€FDV H FXOWXUDLV Ela ressaltou que o apoio do Estado ĂŠ fundamental para a realização de eventos, pois permite a troca de informaçþes e conhecimentos, alĂŠm de propiciar a visibilidade da produção local. “Ao apoiar eventos como a MosWUD $PD]{QLFD GH )LOPH (WQRJUiĂ€FR R 3DUHY SRVVLELOLWD D TXDOLĂ€FDomR GD produção audiovisual da regiĂŁo e, ao mesmo tempo, abre espaço para a UHĂ H[mR VREUH D LPDJHP FRQVWUXtGD pelos outros e por nĂłs sobre a regiĂŁo. Antes da existĂŞncia do Programa era mais complicado ter o apoio instiWXFLRQDO Ă€QDQFHLUR SDUD SURPRYHU esse tipo de encontroâ€?, ponderou. Doutora em Antropologia, Costa disse que o Programa contribuiu com o suporte de passagens e estadia para viabilizar a vinda de convidados especiais, que sĂŁo o nĂşcleo fundamental da troca de conhecimentos. A pesquisadora ressaltou que a realização da Mostra AmazĂ´nica do Filme EtnogrĂĄfico ampliou a divulgação da produção audiovisu-

al local e regional. AlÊm disso, tem permitido conhecer produçþes de outros Estados, alÊm de abrir espaços para a participação de realizadores locais em eventos nacionais e atÊ internacionais.

2 3DUHY SRVVLELOLWD D TXDOLÎFDomR GD SURGXomR DXGLRYLVXDO GD UHJLmR H DR PHVPR WHPSR DEUH HVSDoR SDUD D UHïH[mR VREUH D LPDJHP FRQVWUXtGD SHORV RXWURV H SRU QyV VREUH D UHJLmR $QWHV GD H[LVWrQFLD do Programa, era mais complicado ter o apoio LQVWLWXFLRQDO ÎQDQFHLUR SDUD SURPRYHU HVVH WLSR GH encontro�

“Agradeço Ă Secti (Secretaria de Estado de CiĂŞncia, Tecnologia e Inovação) e Ă Fapeam pelo apoio dado na UHDOL]DomR GRV HYHQWRV FLHQWtĂ€FRV DR longo desses seis anos de existĂŞncia, Ă FRQĂ€DQoD QR QRVVR WUDEDOKR H QR UHconhecimento de que cultura e artes sĂŁo fundamentais para a evolução do ser humano, e sĂŁo portas abertas para D UHĂ H[mR VREUH DV GLYHUVDV GLPHQsĂľes do homem, unindo o racional e o sensĂ­vel, o imaginĂĄrio e a realidade, a poesia e a ciĂŞnciaâ€?, declarou.

CIĂŠNCIA CHEGA AO INTERIOR DO AMAZONAS

Contemplado em seu primeiro edital do Parev, em 2008, com o apoio de R$ 15 mil, o pesquisador da Escola AgrotĂŠcnica Federal de SĂŁo Gabriel da Cachoeira (distante 852 quilĂ´metros da capital), Rinaldo Sena Fernandes, destacou que o apoio da Fapeam permitiu aumentar a divulgação dos trabalhos realizados pelos alunos do municĂ­pio durante a 4ÂŞ Semana de CiĂŞncia e Tecnologia do Alto Rio Negro. Selda Vale da Costa Na ocasiĂŁo, os estudantes pudepesquisadora da Ufam ram participar de ciclos de palestras VREUH Âś(GXFDomR SURĂ€VVLRQDO H GLYHUsidade’, com pesquisadores da UniConsequentemente, a Mostra versidade Federal Rural do Rio de Japassou a ser conhecida em outros neiro (UFRRJ), do Instituto Federal Estados e os pesquisadores locais de Educação, CiĂŞncia e Tecnologia começaram a ser convidados para (Cefet/RN) e do Instituto Federal do SDUWLFLSDU FRP VHXV Ă€OPHV HP HYHQ- Amazonas (Ifam). TambĂŠm foram tos nacionais. Este ano, Costa par- realizados cursos e exposição de pĂ´sticipou da ComissĂŁo Julgadora do teres com os trabalhos de alunos bolPrĂŞmio Pierre Verger de Ensaio sistas do Programa Institucional de )RWRJUiĂ€FR H GH 9tGHR (WQRJUiĂ€FR %ROVDV GH ,QLFLDomR &LHQWtĂ€FD -~QLRU da Associação Brasileira de Antro- (Pibic Jr.), apoiados pela Fapeam. Com o apoio do Parev, houve a pologia (ABA), considerado o mais possibilidade de divulgação dos traimportante concurso na ĂĄrea. AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA 61


DIFUSĂƒO

projetos de produção e distribuição de materiais educativos (vĂ­deos, cartilhas, programas radiofĂ´nicos), prioritariamente, no interior do Estado do 6HP VRPEUD GH G~YLGDV VH QmR IRVVH R DSRLR GD Amazonas para estudantes dos ensi)DSHDP WDOYH] MDPDLV FRQVHJXLULD UHDOL]DU R WUDEDOKR HP nos Fundamental e MĂŠdio. A iniciativa atende Ă polĂ­tica de XPD FRPXQLGDGH LQGtJHQD GLVWDQWH GD FLGDGH GH 6mR popularização da ciĂŞncia do Estado, *DEULHO )HOL]PHQWH FRQVHJXL UHDOL]DU H IXWXUDPHQWH que investe e incentiva a disseminaYRX SUHFLVDU GH DSRLR SDUD D SXEOLFDomR GH XP OLYUR QR ção e a democratização da informaTXDO DSUHVHQWDUHL DR PHLR FLHQWtĂŽFR HVSpFLHV ĂŻRUHVWDLV ção sobre a produção do conheciSDUWLFXODUHV H LPSRUWDQWHV QD YLGD GRV SRYRV LQGtJHQDV GR mento em CiĂŞncia e Tecnologia. A meta ĂŠ fazer com que museus, cen$OWR 5LR 1HJUR¨ tros de pesquisa, parques e outros Rinaldo Fernandes espaços de ciĂŞncia, com recursos de pesquisador do Ifam atĂŠ R$ 50 mil por projetos, possam apoiar a realização de exposiçþes, IHLUDV RĂ€FLQDV PLQLFXUVRV SDOHVWUDV balhos, segundo o pesquisador. Fer- eira (AM)’ ĂŠ resultado do trabalho entre outras atividades interativas nandes disse que foram produzidos feito em SĂŁo Gabriel. em locais pĂşblicos. As atividades 500 exemplares do livro-resumo do “Sem sombra de dĂşvida, se nĂŁo de popularização da ciĂŞncia aprovaevento, tanto impresso quanto em fosse o apoio da Fapeam, talvez, ja- das no âmbito do Edital 018/2011 mĂ­dia digital (CD-ROM), que foram mais conseguisse realizar o trabalho serĂŁo promovidas durante a SNCT enviados Ă s escolas da sede e do in- em uma comunidade indĂ­gena dis- de 2012, no qual foram selecionados terior de SĂŁo Gabriel, bem como a tante da cidade de SĂŁo Gabriel. Fe- 21 projetos que tratam dos mais vatodas 36 Escolas AgrotĂŠcnicas (atu- lizmente, consegui realizar e, futura- riados assuntos como, por exemplo, almente Institutos Federais) existen- mente, vou precisar de apoio para a QuĂ­mica, Biodiesel, CiĂŞncia da Comtes na Rede Federal. publicação de um livro, no qual apre- putação, Engenharia, PetrĂłleo e GĂĄs, “NĂŁo sĂł o Parev, mas todos os VHQWDUHL DR PHLR FLHQWtĂ€FR HVSpFLHV entre outros. programas da Fapeam sĂŁo de ex- Ă RUHVWDLV SDUWLFXODUHV H LPSRUWDQWHV trema importância para a ciĂŞncia na vida dos povos indĂ­genas do Alto EVENTO INTERNACIONAL RECEBE no Estado, pois os editais nacio- Rio Negroâ€?, avisou. APOIO DA FAPEAM nais sĂŁo muito concorridos e, quase POP C&T sempre, nĂŁo priorizam o Amazo(YHQWRV FLHQWtĂ€FRV LQWHUQDFLRQDLV nasâ€?, salientou Fernandes. Para ajudar a popularizar a ci- tambĂŠm tĂŞm recebido apoio da FapeSegundo Fernandes, o apoio da Fapeam tambĂŠm tem sido importan- ĂŞncia no interior do Estado, a FAP am, como a 3ÂŞ ReuniĂŁo Internacional te para sua formação acadĂŞmica. No tambĂŠm lançou durante a 8ÂŞ Semana de Pesquisadores em Sapotaceae, que mĂŞs de agosto, ele defendeu sua tese Nacional de CiĂŞncia e Tecnologia do recebeu investimentos de cerca de de doutorado na Universidade Fe- Amazonas (SNCT/AM), em 2011, o R$ 55 mil, sendo R$ 30 mil do Parev deral de Lavras (UFLA/MG), onde Edital do Programa de Apoio Ă Po- e R$ 25 mil do Conselho Nacional cursou Engenharia Florestal. O tra- pularização da CiĂŞncia e Tecnologia GH 'HVHQYROYLPHQWR &LHQWtĂ€FR H balho intitulado ‘Frutas, sementes e (POPC&T). Com recursos de R$ 1 TecnolĂłgico (CNPq). Realizado no mĂŞs de fevereiro de amĂŞndoas silvestres alimentĂ­cias na milhĂŁo, o programa se soma ao Pape comunidade indĂ­gena TunuĂ­-Cacho- H 3DUHY FRP D IXQomR GH Ă€QDQFLDU 2012, o encontro foi organizado pelo 62 AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA


DIFUSÃO

cientista do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Michael Hopkins, e o doutorando em Ecologia, Mário Terra. O encontro reuniu cientistas da Escócia, Suécia, Suíça e Estados Unidos e teve por objetivo trocar e disseminar informações sobre o campo da Botânica. “O apoio da Fapeam foi essencial, pois é rara a oportunidade de trazer especialistas botânicos para reuniões deste tipo no Brasil. Normalmente, temos que esperar que especialistas YLVLWHP R 3DtV SDUD ÀQV FLHQWtÀFRV 2 encontro permitiu reunir quase todas as pessoas no mundo que trabalham ativamente com a família Sapotaceae, além de oportunizar o contato de brasileiros com pesquisadores de outras partes do mundo”, declarou.

INCENTIVO À DIVULGAÇÃO DA CIÊNCIA

O pontapé inicial para continuar fazendo pesquisa. Foi assim que a acadêmica do 7º período do curso de Odontologia da Universidade Nilton Lins (UniNiltonLins), Karen Tavares, resumiu o Pape. Com o apoio do Governo do Estado, ela teve a oportunidade de apresentar o trabalho ‘Efeito do extrato de Piper aduncun (pimenta-de-macaco) sobre Candida albicans’ durante a sessão de pôsteres da 64ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada na Universidade Federal do Maranhão, no mês de julho. “O apoio da Fapeam representou o começou de uma FDUUHLUD FLHQWtÀFD 3UHWHQGR FRQWLnuar fazendo pesquisa. A reunião da SBPC proporcionou uma importante troca de conhecimentos aos partici-

pantes”, salientou. Tavares explicou que o estudo investiga a potencialidade da atividade antifúngica do extrato de pimenta-de-macaco (Piper aduncum) na aplicação de tratamentos odontológicos. Ela disse que a pimentade-macaco é uma das espécies mais populares da Amazônia e que o estudo permitiu realizar investigações para determinar a atividade antifúngica da espécie vegetal. Segundo a pesquisa preliminar, realizada no âmbito do Programa de Iniciação Científica (Proic), da Universidade Nilton Lins, o gênero Candida albicans é responsável por cerca de 80% das infecções fúngicas em ambientes hospitalares. “Estas infecções se mostram tão importantes pela frequência com que colonizam e infectam hospedeiros humanos”, explicou. Tavares disse ainda que microrganismos como a Candida albicans são frequentemente designados como patógenos oportunistas, que comumente são isolados na cavidade bucal, intestino e vagina, estando associados a infecções sistêmicas e superficiais. “Na odontologia, observa-se a prevalência do microrganismo em portadores de HIV, pacientes com baixa imunidade e pessoas que utilizam próteses dentárias por conta da higienização”, disse.

1~PHUR GH SDVVDJHQV ÀQDQFLDGDV H valor investido no Pape no ano de 2011

1~PHUR GH HYHQWRV WpFQLFR FLHQWtÀFRV ÀQDQFLDGRV H YDORU LQYHVWLGR QR 3DUHY QR ano de 2011

)RQWH $VVHVVRULD GD 3UHVLGrQFLD )DSHDP

Quer saber mais? Fale com os pesquisadores Selda Vale - seldavale@ufam.edu.br Rinaldo Fernandes - rinaldosena@hotmail.com Michael Hopkins - mikehopkins44@hotmail.com

AMAZONAS FAZ CIÊNCIA 63


FORMAÇÃO

Capital intelectual do Estado tem sido fortalecido com investimentos na formação de recursos KXPDQRV TXDOLÀFDGRV 3RU /XtV 0DQVXrWR

Foto: Arquivo pessoal

Ciência marca trajetória de talentos

$0$=21$6 )$= CIÊNCIA

O

incentivo dado a estudantes para trilharem o caminho da pesquisa cientíÀFD WHP VLGR D DOWHUQDWLYD HQFRQWUDGD para ajudar a desenvolver o capital intelectual do Amazonas. As iniciativas têm nomes, endereços e rostos, como é o caso de Winnie Gomes da Silva. Hoje, ela faz Mestrado na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), por meio do Programa de Apoio à Formação de Recursos Humanos Pós-Graduados do Estado do Amazonas (RH-Posgrad Mestrado). Todavia, o contato com a ciênFLD FRPHoRX QD ,QLFLDomR &LHQWtÀFD ,& Formada em Psicologia, pelo Centro Universitário Luterano de Manaus, Silva contou que suas experiências com a vida acadêmica iniciaram no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), por meio do Projeto Pequenas Guias, desenvolvido pelo Laboratório de Psicologia e Educação Ambiental (Lapsea/Inpa). Ela explicou que a expriência só foi possível porque contou com uma bolsa de IC da Fapeam, entre 2008 e 2010. Na época, Silva atuou no projeto ‘O papel da Educação Ambiental no Desenvolvimento Psicossocial Juvenil: uma avaliação do projeto Pequenos Guias’.


FORMAĂ‡ĂƒO

Foto: Arquivo pessoal

Sobre o Pape 3URJUDPD FULDGR H Ă€QDQFLDGR SHOD )DSHDP TXH tem por objetivo apoiar a participação de pesTXLVDGRUHV SURIHVVRUHV H HVWXGDQWHV TXDOLĂ€FDGRV HP HYHQWRV FLHQWtĂ€FRV H WHFQROyJLFRV UHOHYDQWHV QR 3DtV H QR H[WHULRU SDUD DSUHVHQWDomR GH WUDEDOKR FLHQWtĂ€FR H RX WHFQROyJLFR GH VXD DXWRULD QmR SXEOLFDGR UHVXOWDQWH GH SHVTXLVD GHVHQYROYLGD no Estado do Amazonas.

Sobre o RH Posgrad Mestrado O RH Posgrad Mestrado concede bolsas de mesWUDGR D SURĂ€VVLRQDLV LQWHUHVVDGRV HP UHDOL]DU FXUso de pĂłs-graduação stricto sensu HP 3URJUDPD de PĂłs-Graduação recomendado pela Capes em outros Estados da Federação.

Não tenho dúvidas de que os eventos FLHQWtÀFRV FRQWULEXHP FRP D YLGD DFDGrPLFD H SURÀVVLRQDO GRV IXWXURV SHVTXLVDGRUHV SRLV SHUPLWHP D WURFD GH VDEHUHV¾ Winnie Gomes da Silva mestranda na Universidade Federal de Pernambuco

Segundo a mestranda, a experiĂŞncia foi tĂŁo promissora que com o apoio da FAP, por meio do Programa de Apoio Ă Participação em Eventos CientĂ­ficos e TecnolĂłgicos (Pape), ela viajou para SĂŁo Paulo (SP) onde participou do 3Âş Congresso de Psicologia: ciĂŞncia e profissĂŁo, em 2011. Na ocasiĂŁo, Silva apresentou o trabalho ‘Aspectos PsicopedagĂłgicos na Mediação da Educação Ambiental com Jovens’, fruto de pesquisa realizada durante a graduação. Silva conta que as experiĂŞncias foram enriquecedoras para seu curUtFXOR SURĂ€VVLRQDO SRLV R FRQJUHVso possibilitou a troca de conhecimento com outros especialistas, pesquisadores, alunos de graduação e pĂłs-graduação nos mais diversos campos de atuação da Psicologia.

“A experiĂŞncia como bolsista de IC permitiu desenvolver e aprender sobre ciĂŞncia na ĂĄrea de Educação Ambiental e Psicologia Ambiental. O resultado de tudo foi a aprovação no mestrado em Psicologia Cognitiva pela UFPE. Talvez se nĂŁo tivesse tido as oportunidades proporcionadas pela FAP nĂŁo esWDULD LQVHULGD QR PXQGR FLHQWtĂ€FR para ajudar a construir um mundo, um Brasil e um Amazonas melhorâ€?, destacou a mestranda. (P UHODomR DR 3DSH 6LOYD DĂ€Umou que o programa concede oportunidades nĂŁo apenas aos alunos de mestrado e/ou doutorado, mas aos ICs tambĂŠm. “Os ICs serĂŁo os futuros pesquisadores. O Pape promove a aproximação destes com FLHQWLVWDV HP HYHQWRV FLHQWtĂ€FRV motivando-os para permanecer na

pesquisa. O programa oferece a oportunidade de mostrarmos que o Amazonas investe na produção FLHQWtĂ€FD H LVVR ID] FRP TXH RV pesquisadores e alunos possam se inserir cada vez mais no mundo da ciĂŞnciaâ€?, ressaltou. Durante o congresso, segundo a mestranda, ela pĂ´de participar de GLVFXVV}HV VREUH RV GHVDĂ€RV GD iUHD de Psicologia, conquistas, construomR FLHQWtĂ€FD H SULQFLSDOPHQWH D necessidade do compromisso dos IXWXURV SURĂ€VVLRQDLV FRP D 3VLFRlogia. AlĂŠm disso, participou de minicursos, simpĂłsios, conferĂŞncias e apresentação de pĂ´steres. “NĂŁo tenho dĂşvidas de que os eventos FLHQWtĂ€FRV FRQWULEXHP FRP D YLGD DFDGrPLFD H SURĂ€VVLRQDO GRV IXWXros pesquisadores, pois permitem a WURFD GH VDEHUHVÂľ Ă€QDOL]RX AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA 65


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O antropĂłlogo da madrugada Manuel Nunes Pereira (1893-1985) 3RU -~OLR &pVDU 6FKZHLFNDUGW

1893

1DVFH 1XQHV 3HUHLUD HP 6mR /XL] QR 0DUDQKmR

1966

3XEOLFD R œ9RFDEXOiULR GD /tQJXD 7XNDQR¡ que na verdade tratase de um vocabulårio 7LNXQD

1967

Publica a obra MoronguetĂĄ - um decameron indĂ­gena

1974 Â

3XEOLFD R OLYUR Âś3DQRUDPD da alimentação indĂ­gena: FRPLGDV EHELGDV H Wy[LFRV QD $PD]{QLD Brasileira’

1985

Falece no Rio de Janeiro

66 AMAZONAS FAZ CIĂŠNCIA

2 FLHQWLVWD LFWLyORJR SURĂŽVVLRQDO TXH VH GHGLFD DR HVWXGR GRV SHL[HV H DQWURSyORJR 0DQXHO 1XQHV 3HUHLUD QDVFHX HP GH MXQKR GH HP 6mR /XL] QR 0DUDQKmR 3RUpP IRL QR (VWDGR GR $PD]RQDV TXH HOH LQLFLRX H FRQVROLGRX VXD carreira como pesquisador e literato, chegando ao posto de PHPEUR GD $FDGHPLD $PD]RQHQVH GH /HWUDV $$/ 3HUHL-â€? UD IRL DWXDQWH HP GLYHUVRV PRYLPHQWRV OLWHUiULRV LQFOXLQGR o Clube da Madrugada, e destacado intelectual e boĂŞmio, FRPR UHVVDOWD $UOLQGR 3RUWR DWXDO SUHVLGHQWH GD $$/ Na ĂĄrea da pesquisa, Pereira publicou os trabalhos ‘O pirarucu’, ‘A tartaruga verdadeira do Amazonas’ e ‘O peixe-boi da AmazĂ´nia’. Foi funcionĂĄrio do MinistĂŠrio da Agricultura, atuando como veterinĂĄrio. Outra obra de destaque de Nunes Pereira foi MoronguetĂĄ - um decameron indĂ­gena, publicada em 1967 em dois volumes, que traz uma expressiva coleção de mitos LQGtJHQDV 0RURQJXHWi VLJQLĂ€FD ‘histĂłrias’). Essa obra mostra o seu interesse e paixĂŁo pela mitologia comparada, registrando os mitos e lendas dos indĂ­genas. Pereira foi um dos primeiros pesquisadores a descrever a cultura Parintintim, dialogando com o antropĂłlogo Curt NimuendajĂş. Suas obras antropolĂłgicas abordaram temas como religiĂŁo, danças, mitos, lendas e comidas, englobando diferentes aspectos da cultura amazĂ´nica. Alguns de seus trabalhos foram apresentados em FRQJUHVVRV H HYHQWRV FLHQWtĂ€FRV entre eles: ‘Curt Nimuendaju, sĂ­nte-

se de uma vida e de uma obra’, em 1946; ‘Os Ă­ndios mauĂŠs’, em 1954; ‘O sahirĂŠ e o marabaixo: tradiçþes da AmazĂ´nia’, em 1955; ‘A Ilha de MarajĂł: estudo econĂ´mico-social’, em 1956; ‘Barbosa Rodrigues: um naturalista brasileiro na AmazĂ´nia’ e ‘VocabulĂĄrio da LĂ­ngua Tukano’, em 1966 (este Ăşltimo, na verdade, trata-se de um vocabulĂĄrio Tikuna, fruto de pesquisa no municĂ­pio de SĂŁo Paulo de Olivença, entre 1944 e 1952) e ‘Panorama da alimentação indĂ­gena: comidas, bebidas e tĂłxicos na AmazĂ´nia Brasileira’, em 1974. Na intenção de reunir pesquisadores e estudiosos da cultura indĂ­gena e negra das regiĂľes urbana e rural da AmazĂ´nia, Pereira fundou o Instituto de Etnologia e Sociologia do Amazonas, juntamente com vĂĄrios intelectuais da regiĂŁo, mas o projeto nĂŁo foi adiante. PorĂŠm, o estudioso deixou clara a necessidade de se pensar a evidente relação entre o intelectual, a pesquisa, a cultura, a sociedade e as instituiçþes para o processo criativo da ciĂŞncia.




n0 7 Ano 1 Distribuição gratuita.

Povos do Amazonas fazem leitura do tempo e do clima no céu Págs.4 e 5

Produtos verdes: Conheça os principais selos ecológicos do mercado Págs. 2 e 3

Experimente: 6 V]V Å \[\H V\ HM\UKH& Pág. 7

E mais: Veja dicas de leitura, cinema e a Ciência em Quadrinhos Pág. 8


Selos ecolĂłgicos nos ajudam a fazer compras respeitando o nosso planeta Por Cristiane Barbosa

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abe aquele suco de caixinha que vocĂŞ adora tomar na hora KV SHUJOL& =VJv Qm notou que na embalagem dele hĂĄ um selinho voltado para cuidados com o meio HTIPLU[L& :L UqV JVT JLY[LaH vocĂŞ ainda irĂĄ pegar algum produto no supermercado com selinhos ecolĂłgicos, jĂĄ que no Brasil, existem mais de 30 JLY[PĂ„JHKVYHZ KLZZL [PWV KL serviço, segundo o Instituto de +LMLZH KV *VUZ\TPKVY Mas para que servem esses ZLSVZ& ,SLZ ZqV HWSPJHKVZ WHYH V JVUZ\TPKVY Ă„JHY H[LU[V HVZ WYV-

K\[VZ X\L ZqV LSHIVYHKVZ JVT responsabilidade ambiental. 6Z ZLSVZ KL JLY[PMPJHsqV KL produtos, como o ecolĂłgico, VYNoUPJV L Z\Z[LU[m]LS ZqV encontrados em embalagens de produtos vendidos em Z\WLYTLYJHKVZ MHYTmJPHZ L lojas, e tĂŞm um papel muito relevante em indicar a qualidade do produto aos consumidores. Eles tĂŞm tambĂŠm um papel importantĂ­ssimo na LK\JHsqV KVZ JVUZ\TPKVYLZ L ZL\Z MHTPSPHYLZ ¸6Z WHPZ L VZ WYVMLZZVYLZ podem mostrar Ă s crianças os ZLSVZ L L_WSPJHY Z\HZ M\Us LZ despertando nelas o sentimen[V KL JVUZLY]HsqV KVZ LJVZsistemas e a necessidade deZLU]VS]LYTVZ Hs LZ Z\Z[LU[m]LPZš KPZZL V WYVMLZZVY KV\[VY em CiĂŞncias e coordenador do 7YVNYHTH KL 7}Z .YHK\HsqV LT )PV[LJUVSVNPH KH <MHT :WHY[HJV (Z[VSĂ„ -PSOV Segundo o pesquisador, embora as leis sejam impor[HU[LZ H LK\JHsqV L JVUZJPLU[PaHsqV ZqV HZ WYPUJPWHPZ armas que temos para atingir o desenvolvimento sustentĂĄvel e assim, deixar aos nossos descendentes um planeta habitĂĄvel.

EXPEDIENTE DO SUPLEMENTO Editora-chefe e Criação Cristiane Barbosa (MTb 092/AM) Redação Cristiane Barbosa, Sebastião Alves e Soraia Magalhães

Editoria de Arte %HUQDUGR %XOFmR 3URMHWR *UiĂ€FR Diagramação e ilustraçþes) RevisĂŁo Jesua Maia


PRODUTO ORGĂ‚NICO1 Para mostrar que o produto ĂŠ orgânico, as empresas usam esse sĂ­mbolo. Para tanto, esses produtos devem passar por critĂŠrios do MinistĂŠrio da Agricultura. SELO ECOCERT2 Aplicado em produtos e serviços vegetarianos, produtos orgânicos e insumos. O critĂŠrio bĂĄsico para receber o selo ĂŠ um mĂ­nimo de 95% de ingredientes orgânicos nos aliTLU[VZ L JVZTt[PJVZ ( JLY[PĂ„ JH sqV [HTItT WVUKLYH V JVTtYJPV justo, o bem-estar animal e a responsabilidade da empresa com o social e o meio ambiente. BLAUE ANGEL3 6 )SH\L ,UNLS t \TH JLY[PĂ„ JH sqV HSLTq WHYH WYVK\[VZ L ZLY]P sVZ JVT PTWHJ[V HTIPLU[HS YLK\aP do ou positivo. É o primeiro e mais antigo selo ecolĂłgico do mundo para produtos e serviços.

PROCEL5 O selo do Programa Nacional de *VUZLY]HsqV KL ,ULYNPH ,St[YPJH PU dica os produtos que apresentam VZ TLSOVYLZ Ux]LPZ KL LĂ„ JPvUJPH energĂŠtica dentro de cada categoria. Os equipamentos passam por YPNVYVZVZ [LZ[LZ MLP[VZ LT SHIVYH[} rios credenciados no programa. ^^^ LSL[YVIYHZ NV] IY WYVJLS FSC6 -VYLZ[ :[L^HYKZOPW *V\UJPS Este ĂŠ aplicado a ĂĄreas e produ[VZ Ă… VYLZ[HPZ JVTV [VYHZ KL TH KLPYH T}]LPZ SLUOH WHWLS UVaLZ L sementes, mas vocĂŞ o encontra em embalagens de sucos. O selo ĂŠ a JVUĂ„ YTHsqV KL X\L H THKLPYH UL JLZZmYPH WHYH H WYVK\sqV KV WHWL SqV KHZ LTIHSHNLUZ JHY[VUHKHZ t VYPNPUmYPH KL MVU[LZ X\L ZH[PZMHsHT HVZ YxNPKVZ WHKY LZ KV -:* WHYH V THULQV Ă… VYLZ[HS 4HPZ PUMVYTHs LZ! ^^^ MZJ VYN IY ISO 140017

RAINFOREST ALLIANCE CERTIFIED4

=VJv UqV LUJVU[YH UHZ WYH[L leiras dos supermercados, pois t ]VS[HKV HV ZPZ[LTH KL NLZ[qV É uma boa para quem sente pena ambiental de empresas e emprede animais criados para abate. Nas endimentos de qualquer setor. A empresas com esse selo Ê proibido empresa deve levar em conta o machucar os animais e dar hormô- uso racional de recursos natunios a eles. Voltado para produtos YHPZ H WYV[LsqV KL MSVYLZ[HZ L H HNYxJVSHZ JVTV MY\[HZ JHMt JHJH\ L WYLZLY]HsqV KH IPVKP]LYZPKHKL JOmZ V ZLSV WVZZ\P NYHUKL HJLP[HsqV entre outros quesitos. No Brasil, na Europa e nos EUA e Ê auditado no X\LT JVUMLYL LZZH JLY[PMPJHsqV t Brasil pelo Instituto de Manejo e Cer- H (ZZVJPHsqV )YHZPSLPYH KL 5VY [PÄ JHsqV -SVYLZ[HS L (NYxJVSH 0THÅ V THZ ;tJUPJHZ ()5; ra). ^^^ PTHÅ VYH VYN ^^^ HIU[ VYN

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Astros têm papel importante na organização do tempo e espaço dos povos indígenas Por Sebastião Alves e Cristiane Barbosa

4


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m TPSvUPVZ V ZLY O\THUV VIZLY]H V Jt\ *VUMLZZL =VJv JVT JLY[LaH Qm Ă„ JV\ PTHNPUHUKV KP]LYZHZ PTHNLUZ HV VSOHY as estrelas nas noites de luar. Na ciĂŞncia, astrĂ´nomos se dedicam a pesquisar o que os povos antigos construĂ­ram e LZJYL]LYHT H YLZWLP[V KLZZHZ VIZLY]Hs LZ 5V (THaVUHZ V WLZX\PZHKVY .LYTHUV )Y\UV (MVUZV KV 4\ZL\ KH (THa UPH 4\ZH HJYLKP[H X\L H astronomia [L]L WHWLS M\UKHTLU [HS UH VYNHUPaHsqV KV [LTWV L KV LZWHsV KVZ WV]VZ PUKxNLUHZ WVY vĂĄrias centenas de anos. É amiguinho, a maioria dos povos indĂ­genas pesquisados considera X\L H ;LYYH UHKH THPZ t KV X\L \T YLĂ… L_V KV Jt\ 7VY PZZV V PUxJPV KVZ calendĂĄrios, os rituais, os mitos, o dia a dia e os direitos e deveres da coT\UPKHKL ZqV SPNHKVZ n VIZLY]HsqV KV :VS KH 3\H L KHZ JVUZ[LSHs LZ “O conhecimento astronĂ´mico dos Ă­ndios ĂŠ importante como um proJLZZV KL JVUZ[Y\sqV KH PKLU[PKHKL J\S[\YHSš KLJSHYV\ V WLZX\PZHKVY

7YVĂ„ ZZPVUHS X\L VIZLY]H LZ[\KH L WLZX\PZH VZ MLU TLUVZ X\L VJVY rem no universo, bem como desvenda os mistĂŠrios de seu surgimento e H L]VS\sqV KL LZ[YLSHZ L NHSm_PHZ 8\L ZL YLMLYL HV LZ[\KV KVZ HZ[YVZ

�NDIOS E OS POVOS DA ANTIGUIDADE 7HYH (MVUZV VZ PUKxNLUHZ L V\[YVZ WV]VZ KH HU[PN\PKHKL YLSHJPV navam as JVUZ[LSHs LZ X\L Z\YNPHT V\ KLZHWHYLJPHT UV OVYPaVU[L a eventos meteorológicos que aconteciam na Terra ao longo do ano, JVTV WLYxVKVZ KL LUJOLU[LZ V\ KL ]HaHU[LZ KVZ YPVZ L KL JHSVY V\ KL MYPV 7VY JVU[H KPZZV HZZVJPH]HT LZZLZ L]LU[VZ JVT H tWVJH KL plantio, de colheita, de caça, de pesca, de rituais, dentre outros.

i \T NY\WV KL LZ[YLSHZ X\L MVYTH \TH Ă„ N\YH PTHNPUmYPH Que estuda dados relativos a ]LU[V JO\]H PUZVSHsqV [LT peratura e umidade do ar, para entender e prever o tempo nas KP]LYZHZ YLNPÂ LZ KV WSHUL[H

SAIBA MAIS <UPqV LU[YL JVUOLJP JPLU[xÄ JV L [YHKPJPVUTLU[V HS O nome da pesquisa THUV (MVUZV ZL JOHT de GerH tronomia dos povos ind º,[UVHZ ígenas do (THaVUHZ +LZKL V LZ[\ do desenvolve pesquis as etnias Dessana, Baniw junto às a, Tikuna, BarÊ e Tukano. ( WLZX\PZH [LT Ä UHUJ KH -HWLHT L KV *VUZL PHTLU[V SOV 5HJPV UHS KL +LZLU]VS]PTLU[ V *PLU[xÄ JV L ;LJUVS}NPJV *57X WVY TLPV do Programa de Dese nvolvimento *PLU[xÄ JV L 9LNPVUHS + *9 Povos

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S

ou um animal pequeno e ĂĄgil. Tenho uma calda enorme marrom e sou careca. PorĂŠm, ao redor do meu pescoço tenho uma pelagem branca e muito bonita. Posso ser encontrado em parte dos T\UPJxWPVZ KL 4HUH\Z 9PV Preto da Eva e Itacoatiara. .LYHSTLU[L UqV WHZZV KL centĂ­metros de comprimento, mas minha calda pode chegar a 40 centĂ­metros. Sou leve e, X\HUKV HK\S[V UqV WLZV THPZ do que meio quilo. Meu maior inimigo ĂŠ o crescimento desordenado da cidade, pois as pessoas sempre derrubam a ĂĄrvore onde eu moro. O contato com os huTHUVZ [HTItT TL MHa HKVLJLY L TL W L LT YPZJV KL ]PKH Um grupo de pesquisa desen]VS]L\ HX\P UV (THaVUHZ \T WYVQL[V KL WYV[LsqV n TPUOH espĂŠcie. Quem coordena ĂŠ o doutor em Zoologia, pela Uni]LYZPKHKL -LKLYHS KV (THaVUHZ <MHT 4HYJLSV .VYKV X\L ]LT MHaLUKV WLZX\PZHZ sobre toda minha espĂŠcie. Resposta: Sauim-â€?de-â€?coleira (Saguinus bicolor)

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*Projeto vinculado Ă UniverZPKHKL -LKLYHS KV (THaVUHZ <MHT X\L [LT JVTV JVSHIVYHKVYLZ WYVMLZZVYLZ L WLZX\PZHKVYLZ KH <MHT


EXPE

RIME

Foto: Arquivo Pessoal

NTE

Materiais necessĂĄrios:

1HVWD HGLomR FRQĂŽ UD XPD HQWUHYLVWD TXH ĂŽ ]HPRV FRP &ODUD 6DQWRV DQRV ĂŽ OKD GR GRXWRU HP &LrQFLD GD Computação, Laurindo Campos, do Instituto Nacional de Pesquisas da AmazĂ´nia (Inpa). Estudante da 2ÂŞ sĂŠrie do Centro Educacional La Salle, Clara contou um pouco sobre sua vida e revelou que pretende ser artista quando crescer. (THaVUHZ -Ha *PvUJPH *YPHUsH! O seu pai H[\H UH mYLH KH *PvUJPH KH *VTW\[HsqV L H Z\H TqL UH mYLH KL )PVSVNPH ,Z[HZ mYLHZ JOHTHT Z\H H[LUsqV& 7VY X\v& *SHYH :HU[VZ! Sim, porque eu posso aprender muito. E, quando eu crescer, posso escolher \TH WYVĂ„ ZZqV WHYH NHUOHY KPUOLPYV L Z\Z[LU[HY TPUOH MHTxSPH (THaVUHZ -Ha *PvUJPH Âś *YPHUsH! Caso, vocĂŞ UqV X\LPYH ZLN\PY H TLZTH mYLH KV ZL\ WHP qual carreira vocĂŞ pretende seguir quando JYLZJLY& 7VY X\v& *SHYH :HU[VZ! 5qV X\LYV ZLN\PY H WYVĂ„ ZZqV KVZ meus pais. Quero ser artista e pintora. Gosto dessa ĂĄrea porque sinto que posso pintar qualquer coisa em muitos quadros. (THaVUHZ -Ha *PvUJPH Âś *YPHUsH! Entre os livros que vocĂŞ jĂĄ leu, qual chamou mais a sua H[LUsqV L WVY X\v& *SHYH :HU[VZ! ( )LSH L H -LYH WVY ZLY \TH OPZ [}YPH LTVJPVUHU[L L JVT Ă„ UHS MLSPa (THaVUHZ -Ha *PvUJPH Âś *YPHUsH! O que vocĂŞ diria para uma criança que tem o sonho de se [VYUHY \T WLZX\PZHKVY& *SHYH :HU[VZ! Ela tem que crescer e descobrir o que quer de verdade, porque criança muda muito de ideia.

dois copos

dois ovos

sal

ĂĄgua

*VTV MHaLY& Encha os dois copos de ĂĄgua. Em um deles, coloque 4 colheres cheias de sal e misture bem atĂŠ dissolver. Em seguida, coloque um ovo em cada copo. 6 X\L LZ[m HJVU[LJLUKV& Quando vocĂŞ coloca algum objeto dentro da ĂĄgua, na mesma hora ela se movimenta. O objeto recebe um impulso da ĂĄgua, de baixo para cima. :L V VIQL[V MVY THPZ SL]L X\L H mN\H LSL ZVIL L Ă… \[\H ,ZZH MVYsH t chamada empuxo. ( mN\H ZHSNHKH Ă„ JH THPZ KLUZH THPZ WLZH da) que a ĂĄgua sem sal e tambĂŠm mais pesaKH X\L V V]V WVY PZZV LSL Ă… \[\H 0ZZV L_WSPJH [HTItT WVYX\L \TH WLZZVH Ă… \[\H melhor na ĂĄgua do mar do que numa piscina. (ZZPZ[H HV ]xKLV KV L_WLYPTLU[V!

O[[W! `V\[\ IL 9^,5] 4S,<

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Dica de leitura

Dica de cinema

A INVENcĂƒO DE HUGO CABRET

a famĂ­lia do futuro

‘A invenção de Hugo Cabret’, de Brian Selznick ĂŠ um livro completamente cheio de imagens e, apesar das 533 pĂĄginas, vocĂŞ consegue ler rapidinho. O livro conta a histĂłria de um menino que vive clandestinamente numa estação de trem em Paris, nos anos 1930. Seu pai, um relojoeiro que trabalhava em museu, lhe deixa um autĂ´mato (espĂŠcie de robĂ´) que precisa ser consertado. A trama tambĂŠm envolve o dono de uma loja de brinquedos e sua sobrinha, uma menina ĂĄvida por viver grandes aventuras. Para quem quiser mais, existe tambĂŠm o Ă€ OPH TXH p PXLWR ERQLWR

Quer assistir a um desenho que traz muitas informaçþes sobre CiĂŞncia, Tecnologia e Inovação? EntĂŁo veja FRP VHXV DPLJRV R Ă€ OPH Âś$ IDPtOLD do Futuro’. Apesar do tema parecer GLItFLO p XP GHVHQKR HQJUDoDGR H cheio de aventura. Conta a histĂłria de um menino chamado Louis que sendo ĂłrfĂŁo, tem o sonho de inventar um scanner de memĂłria para resgatar a lembrança de sua mĂŁe. Um dia, ele apresenta seu invento na feira de ciĂŞncias da escola, mas ĂŠ sabotado por um homem misterioso. Felizmente, o ladrĂŁo nĂŁo sabe o que fazer com a invenção e persegue Louis para desvendar o segredo.

Título: A Invenção de Hugo Cabret Autor: Brian Selznick SM Editora Ano: 2007, 1a Edição

Gênero: ComÊdia Animada Ano de lançamento: 2007 Distribuidora: Walt Disney Pictures


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