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“Segurança reforçada tomará conta da Esplanada”, diz interventor Federal

no máximo na Esplanada naquele fatídico dia

Os 27 senadores e os 513 deputados federais eleitos em outubro de 2022 tomarão posse na quarta-feira (1º).

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Em entrevista na segunda-feira (30), o interventor federal na área da segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, afirmou que a segurança será reforçada.

“Estamos montando uma grande operação, uma operação similar a aquela montada no dia 1º, para a posse do presidente Lula, para essa semana. Temos a posse dos deputados, dos senadores, a eleição das mesas das duas casas, e também a reabertura do ano judiciário. Então, é uma operação de segurança reforçada que vai tomar conta da Esplanada”, disse Cappelli. O interventor afirmou que as manifestações democráticas são garantidas pela Constituição Federal e que os atos criminosos que culminaram com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, não voltarão a se repetir.

“Quem quiser vir, o Brasil é um país livre e democrático. O direito à manifestação é garantido pela Constituição. Manifesta- ções democráticas não há qualquer problema. Agora, não há chance de se repetir aquilo, aqueles fatos inaceitáveis que o Brasil presenciou no dia 8 de janeiro”, afirmou. Atos criminosos

Cappelli avaliou que pelo menos três questões centrais permitiram que os atos criminosos do dia 8 de janeiro acontecessem.

“Aquele acampamento montado em frente ao QG [do exército] teve centralidade. Os manifestantes, as pessoas que iam cometer crimes aqui em Brasília se concentravam naquele acampamento, faziam ali os planos, dali saíam do setor militar urbano, praticavam cri- mes e depois voltavam para aquele acampamento dentro do setor militar urbano”, disse. O interventor destacou que não houve falta de informação aos gestores da segurança pública do Distrito Federal.

“Há um relatório da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal do dia 6, portando da sexta-feira, dois dias antes dos eventos do dia 8, indicando que as manifestações aconteceriam e que inclusive existia a possibilidade de invasão dos prédios públicos, da invasão do Congresso Nacional. Então, não faltou informação”, destacou Cappelli.

Para Cappelli, a falta de planejamento contribuiu para a realização dos ataques criminosos.

“A terceira questão importante é que o principal problema foi a ausência absoluta de planejamento. Não houve planejamento.

A informação chegou e isso não gerou o desdobramento necessário, que deveria ter gerado”, afirmou.

O interventor afirma que o contingente de policiais militares em ação foi insuficiente. “Pela ausência de planejamento não há sequer um número preciso, mas pelas imagens a gente consegue estimar algo em torno de 150 homens da Polícia Militar

8. Isso é absolutamente insuficiente para as informações e para a quantidade de manifestantes que existia lá”, disse. Segundo Cappelli, foram abertos seis inquéritos policiais militares que apuram a possibilidade de desvio de conduta por agentes no dia 8 de janeiro.

“Um desses inquéritos foi aberto exclusivamente para apurar a conduta dos comandantes – do comandante e dos subcomandantes. Tenho plena confiança na corregedoria da Polícia Militar, que tem feito um trabalho exemplar e que vai apurar e punir aqueles que cometeram erros”, pontuou.

Posses

Os 27 senadores eleitos em outubro tomam posse na próxima quarta-feira no Plenário da Casa. Os mandatos são de oito anos e vão até fevereiro de 2031.

O Senado é composto de 81 parlamentares. Cada estado e o Distrito Federal têm três representantes na Casa. As bancadas são renovadas de quatro em quatro anos, de forma alternada: em uma eleição são escolhidos 27 senadores (um terço do total) e, na seguinte, 54 parlamentares (dois terços).

Neste ano, a renovação é de um terço das cadeiras. Dos 27 senadores que to- mam posse, cinco já exercem mandato na Casa e foram reeleitos em outubro: Davi Alcolumbre (União-AP), Omar Aziz (PSD-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Romário (PL-RJ) e Wellington Fagundes (PL-MT).

Os 513 deputados federais eleitos em outubro do ano passado tomarão posse no próximo dia 1º em sessão marcada para as 10 horas, no Plenário Ulysses Guimarães. No mesmo dia, às 16h30, começa a sessão destinada à eleição do novo presidente e da Mesa Diretora para o biênio 2023/2024. Os blocos partidários determinam a composição da Mesa. Quanto maior o bloco, maior o número de cargos. Os cargos são distribuídos entre os partidos integrantes de cada bloco. Se preferirem, os partidos podem atuar sozinhos, sem integrar nenhum bloco.

Embora sejam desfeitos alguns dias após a eleição da Mesa, os blocos formados no dia 1º de fevereiro valem também para a distribuição das presidências e da composição das comissões pelos quatro anos da legislatura. Já para a eleição da Mesa Diretora, que é feita a cada dois anos, podem ser formados novos blocos.

(Com informações da Agência Senado e da Agência Câmara).

Em sua primeira reunião com representantes do setor, o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo, disse ontem (30) que está buscando parcerias para recompor o orçamento do órgão para intensificar o turismo internacional no país.

“O Brasil vai gerar desenvolvimento e emprego se tiver capacidade de promoção. O Méxi- co hoje investe US$ 240 milhões em promoção e tem no turismo uma fonte muito importante da economia. O Peru, com toda a crise política que atravessa, investe US$ 50 milhões em promoção. E o Brasil não investe nem US$ 15 milhões”, disse Freixo, em reunião com o Conselho de Turismo da Associação Comercial do Estado do Rio de Janeiro. Entre as propostas para aumentar o orçamento está a regulamentação da Loteria do Turismo. O projeto de lei que autoriza o Poder Executivo a criar a loteria foi sancionado em setembro do ano passado. “Falta regulamentar a nova loteria. Já comecei a conversar sobre essa nova loteria com a equipe econômica e com a Casa Civil para que uma parte possa ir para a Embratur. Mas não é a única fonte de recursos. A gente tem um debate sobre um percentual com o

Sistema S, parceria com a Apex (Agência de Promoção de Exportações e Investimentos), com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e com a iniciativa privada”, disse Freixo. Ele destacou a carência na produção de dados turísticos para orientar a política de promoção da imagem do país no exterior. “A gente tem que ter qualidade de informação. Estou pegando uma

Embratur que a gente não sabe quantos turistas vêm, de onde vêm, o que buscam. Estamos montando uma equipe técnica trazendo uma professora da USP especializada em big data, em produção de números, para que a gente qualifique a informação e com isso traga mais gente para cá”. Umas das preocupações manifestadas por representantes do setor foi o esvaziamento do Ae - roporto Internacional RIOgaleão-Tom Jobim, na Ilha do Governador, zona norte do Rio. Freixo disse que a recuperação do Galeão é fundamental para recuperar o turismo internacional no Rio. “O presidente Lula me disse uma frase que repito aqui: 'recuperar o Rio de Janeiro é recuperar o Brasil. O Rio de Janeiro é a principal porta de entrada do Brasil.' Isso não se trata de bairrismo.”

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