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Lula diz que políticas públicas precisam ser antirracistas
Durante lançamento de pacote pela igualdade racial, presidente disse que governo Bolsonaro foi retrocesso ao Brasil colônia
Opresidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ontem (21) que as políticas públicas devem ser antirracistas. Segundo ele, a população negra não pode se contentar em ter o “mínimo necessário”, que seria ter um ministro na Suprema Corte ou nos ministérios da Esplanada.
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“Sabemos que toda ação do estado destinada a combater a miséria e a fome no Brasil deve ser antirracista. Sabemos ainda que o combate ao racismo não é tarefa apenas do Ministério da Igualdade Racial, mas de toda a Esplanada e da sociedade brasileira”, declarou.
Lula também criticou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), dizendo que os últimos anos foram de retrocesso: “Testemunhamos nos últimos 4 anos uma tentativa de retrocesso ao passado colonial”.
O petista também disse que a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil, libertou o povo negro do trabalho forçado, mas o aprisionou nos priores índices sociais.
A fala foi durante evento no Palácio do Planalto para o lançamento de um pacote de medidas pela igualdade racial no Brasil. Também estiveram presentes, entre outros, os ministros Anielle Frannco (Igualdade Racial), Rui Costa (Casa Civil), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Silvio Almeida (Direitos Humanos) e a primeira-dama, Janja Lula da Silva.
IGUALDADE RACIAL Durante o evento, Lula e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, anunciaram a criação do programa “Aquilomba Brasil”, para promover ações pela população quilombola. Estima-se que 214 mil famílias e mais de 1 milhão de pessoas no Brasil sejam quilombolas. Durante o evento, Lula entregou o título de posse de terras em áreas de quilombo a representantes do movimento quilombola. O “Aquilomba Brasil” terá como foco acesso à terra, infraestrutura e qualidade de vida, inclusão produtiva e desenvolvimento local e direitos e cidadania. Lula também assinará a titulação de 3 territórios quilombolas: Brejo dos Crioulos (MG), cujo processo está aberto há 20 anos; Lagoa dos Campinhos e Serra da Guia, em Sergipe, os quais buscam a titulação há 19 e 18 anos, respectivamente.

NEGROS
No novo pacote existem ações voltadas à população