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GAZETA RIO

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Estado

O Melhor Lugar Do Mundo Aqui E Agora

Ricardo Bernardes

AReserva Biológica de Tinguá, declarada Patrimônio Histórico pela UNESCO é uma das maiores áreas de Mata Atlântica do Rio de Janeiro. Localizada na Serra do Mar, possui 26 mil hectares que abrange os municípios de Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Petrópolis, Miguel Pereira e Engenheiro Paulo de Frontin. Enquanto muitos municípios brasileiros procuram sua atividade fim, municípios da Baixada Fluminense não aproveitam possibilidades de construção de caminhos sustentáveis e relacionados ao meio ambiente. A Área de Proteção Ambiental de Tinguá é um exemplo desses. Necessita de uma ação forte do poder público para que este espaço geográfico ganhe importância no campo econômico através do turismo.

Há um uma necessidade urgente de um plano microrregional, visto que, já existe um movimento costumeiro em direção a Tínguá. Centenas de moradores da Baixada Fluminense têm a região como uma opção viável para o lazer.

O poder público municipal age de maneira muito tímida na região. Tenta equilibrar o uso social, onde o lazer e o turismo dependem das ações desenvolvidas por proprietários particulares, que em empreendimentos denominados sítios ou fazendas criam os espaços de lazer. É um uso sustentável da natureza, mas

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precisa de apoio do poder público e regras claras para o manuseio do meio ambiente.

O Brasil vive um momento político em que as pautas sobre meio ambiente e sustentabilidade estão na mesa. Há problemas sérios de deslocamento. Sem falar na segurança que foi um dos fatores que levou a região para uma agenda conservadora. O poder paralelo ficou mais armado, a violência aumentou. Falta moradia e comida na mesa de muita gente.

Esse é o momento da mudança.

As urnas levaram para cadeira do turismo uma representante da Baixada Fluminense. Alguém com sensibilidade pra entender o potencial da região. É bem verdade, que um ministério sozinho não conseguirá mudar a condição inerte do turismo em Tinguá, mas uma política bem articulada entre vários ministérios ilumina a situação.

Tinguá precisa ser tratada como a menina dos olhos da Baixada Fluminense. Lá pode abrigar um ensino médio profissionalizante na área do turismo, por exemplo, no momento em que o Novo Ensino Médio está sendo discutido, um curso que forme profissionais para atender ao futuro promissor do turismo na região se faz necessário.

Vejo Tinguá com sua velha estação de trem reformada. Quem sabe com direito a um passeio nos trilhos, talvez com bondinho trazendo as lembranças da velha Maria Fumaça (como era gostoso a Maria Fumaça de Belford Roxo a Xerém). Um bondinho circulando em Tinguá seria um atrativo a mais para que todos pudessem usufruir aquela exuberante natureza, saindo da divagação. É preciso sentar com todos os atores que estão envolvidos com a região, todos precisam entender que Tinguá pode crescer muito com o turismo sustentável. O poder público deve buscar parceiros na iniciativa privada, mas com transparência, com atitude republicana. O BNDES financiar melhoria nos espaços de lazer existentes e criar outros. Esse paraíso chamado Tinguá precisa da pesquisa, do resgate cultural, da preservação, da energia limpa, do eco esporte, da melhoria nos acessos, da socialização da informação, da segurança. Somente assim, será garantida a universalização do espaço. Por enquanto, Tinguá resiste, esperando entrar para o mapa dos lugares mais visitados do Brasil. Alguém tem que dar o primeiro passo, nada melhor do que a Ministra do Turismo Daniela Carneiro. Não temos tempo a perder. Ou a gente cria mecanismos de preservação e sustentabilidade ou vamos perder mais um paraíso para exploração desenfreada dos recursos naturais. Está em jogo o futuro de Tinguá. Lá tem água de qualidade, Mata Atlântica ainda preservada e vida. É preciso alguma atitude pra não permitir que alguém “passe a boiada” por lá. O melhor lugar do mundo é Tinguá preservada. E o melhor momento para cuidar de Tinguá é agora.

Gabriel Hirabahasi, CNN

AComissão de Segurança Pública do Senado aprovou ontem (21), um convite para que o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem preste esclarecimentos no colegiado sobre o monitoramento de cidadãos durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Por se tratar de um convite, Ramagem não é obrigado a comparecer à comissão do Senado. Também não há data definida, até o momento, para que essa audiência aconteça. Atualmente, Ramagem é deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro e chegou a ser escolhido por Bolsonaro para ser diretor-geral da Polícia Federal, mas a nomeação foi desfeita em meio à acusação do ex-ministro da Justiça e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) de que o então presidente estaria tentando interferir politicamente no órgão. Na terça-feira passada (14), a

Abin confirmou que usou um software que possibilitava o monitoramento de qualquer pessoa por meio do telefone celular. O sistema permitia identificar a localização do dono do aparelho, mesmo sem nenhuma permissão prévia. O software foi adquirido no fim de 2018, ainda no governo de Michel Temer, mas seu uso foi feito principalmente nos três primeiros anos de Bolsonaro. A informação sobre a utilização da ferramenta por parte da Abin foi publicada inicialmente pelo jornal “O Globo”. Em nota divulgada nas redes sociais após a publicação da reportagem sobre o uso desse software, Ramagem se pronunciou.

“Em 2019, ao assumir o órgão, procedemos verificação formal do amparo legal de todos os contratos. Para essa ferramenta, instauramos ainda correição específica para afirmar a regular utilização dentro da legalidade pelos seus administradores, cumprindo transparência e austeridade”, disse.

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