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venda da Estação Cantareira para sócio
da CCR Barcas
Oministro das Finanças de Israel, o extremista sionista Bezalel Smotrich, pregou o extermínio da cidade palestina de Huwara, na Cisjordânia ocupada, onde terroristas israelenses cometeram pelo menos 300 ataques, incluindo tiroteios e incêndios criminosos.
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“Acho que a vila de Huwara precisa ser exterminada”, disse o ministro, também responsável pela administração civil de Israel na Cisjordânia ocupada, em entrevista à mídia local. “Acho que o Estado de Israel deveria fazer isso, e não os cidadãos”, ressaltou. Após a repercussão negativa da fala, Smotrich usou as redes sociais para negar que apoia o extermínio de palestinos. “Para evitar dúvidas, em minhas palavras, eu não pretendia acabar com a vila de Hawara, mas apenas agir de maneira direcionada contra os terroristas e apoiadores do terrorismo dentro dela e cobrar um alto preço deles para restaurar a segurança dos moradores da região”, escreveu no Twitter.
OMinistério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) abriu inquérito para investigar possíveis irregularidades na venda da Estação Cantareira, em Gragoatá, pela CCR Barcas, em 2013.


O prédio histórico, que já pertenceu ao Governo do Estado, teve uma valorização surpreendente na última década e foi alvo de negócios suspeitos.
Em 1998, a Estação Cantareira foi transferida para a Empresa Barcas S.A., que ganhou a licitação para substituir a Co - nerj, antiga empresa de naveção do estado.
Em 2012, o Grupo CCR comprou 80% do capital da Barcas S.A. e rebatizou a concessão para CCR Barcas.
No ano seguinte, a concessionária vendeu a Estação Cantareira para um dos seus sócios — o empresário Amaury Andrade, também dono de empresas de ônibus. Amaury Andrade pagou R$ 2 milhões pela estação, avaliada então em R$ 8 milhões. O empresário morreu no dia 27 de dezembro do ano passado.
No fim do ano passado, a Prefeitura de Niterói desapropriou a antiga estação para a construção de um centro cultural. Para isso, saíram mais de R$ 20,7 milhões dos cofres do município.
Ao abrir a investigação, a promotora Renata Scarpa Fernandes Borges questionou o valor pago pela Prefeitura. A denúncia foi feita pelo vereador de Niterói Paulo Eduardo Gomes (Psol).
Segundo a promotora, "o valor fixado para o bem é muito superior ao valor pago quando da aquisição pelo Sr. Amaury e o pagamento ocorreu um dia após a morte dele, num rapidíssimo procedimento administrativo."
Em 2017, a Justiça do Rio anulou a concessão das Barcas, e a promotora afirma que, em função disso, até mesmo a venda da Estação Cantareira para Amaury Andrade poderá ser anulada. Ela defende que o imóvel permaneça como patrimônio do Estado e, portanto, não poderia ter sido desapropriado pelo município de Niterói.