Edição 101 - Gazeta da Lagoinha - 1ª edição de Outubro de 2017

GAZETA da lagoinha

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Fundada em 1997

Belo Horizonte, outubro de 2017 | Circula em todo o bairro Lagoinha, Hipercentro e adjacências | ANO VII | EDIÇÃO Nº 101 | Distribuição Gratuita

“Não é a minha casa, mas é a minha vida.”

Terreiro de Umbanda da Lagoinha promove encontro de fé e solidariedade na Pampulha

A celebração foi realizada às margens da lagoa da Pampulha, em frente a imagem de Iemanjá.

Cristiane Borges e Filipe Thales revelam a dura realidade - cada vez mais comum na Lagoinha - da ocupação dos espaços urbanos por quem não tem aonde morar.

foto: Filipe Thales.

Catatau da Itatiaia requereu audiência em defesa dos agentes de bordo dos ônibus da capital Confira a programação de outubro do Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira

Na inaguração da coluna “Trem Musical”, de Paulinho Mello, você conhecerá João Rubinato, o rei do samba paulista

O vereador Catatau da Itatiaia em defesa dos agentes de bordo de ônibus da capital.

Profissionais da beleza da região nos contaram como estão driblando a crise

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ano VII | nº 101

EDITORIAL

Da razão da crise à crise da razão

judeus em campo de concentração na Alemanha nazista. (Foto: AP)

A crise política se agrava a cada minuto. Hoje, um observador minimamente sagaz, sabe que as eleições gerais de 2018 não resolverão o problema político, não pacificarão, não estabelecerão a paz política. Este estado de coisas tem uma razão de fundo muito pouco explicada e divulgada na mídia e pela mídia: a crise do capital no mundo. Quando o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do Império Austro-húngaro, foi assassinado em 1914 por membros de uma organização nacionalista sérvia, episódio que foi estopim para Primeira Grande Guerra, este fato encobriu a crise de superprodução e baixos lucros a que estavam submetidos os capitalistas naquele momento. O estado de coisas atual também nos leva a refletir que a crise política brasileira tem raízes na crise que o capital enfrenta desde 2008 com crise de derivativos e com a financeirização da economia.

A crise política reflete tão somente o conflito entre economia real e economia virtual financeirizada, sem lastro na produção de bens e serviços.

Os países desenvolvidos (EUA, Alemanha, Reino Unido) estão submetendo os países da América Latina e da periferia da Europa a um processo de empobrecimento, seja pela entrega de seu patrimônio nacional seja pelo superendividamento público (caso da Grécia) com a finalidade de recuperar as perdas das bolhas especulativas, típicas do funcionamento cíclico da crise sob o capitalismo.

Em determinado momento, decidiu-se, fora daqui, que o Brasil teria de pagar sua parte na crise: teve início o rompimento político do projeto PT-PMDB. O PMDB e o PSDB, agora aliados, decidem pela entrega do patrimônio nacional (Pré-sal, Eletrobrás,

Casa da Moeda etc) e o PT, atônito em meio à sua incompreensão da crise, se arrasta sem perceber o que está de fato em jogo ou ainda acreditando que o presidencialismo de coalizão salvará a República.

Estamos diante do fim da Nova República instaurada em 1988.

O ponto de inflexão histórico não retornará ao ponto de antes do impeachment (ilegal) de Dilma Roussef. Agora, que cada ator político esteja posicionado. Do lado da direita, a estupidez reacionária de um crescente moralismo que somente serve de cortina de fumaça do verdadeiro problema econômico. Do lado da esquerda inexiste a articulação realmente necessária. Que o obscurantismo não vença. Quando um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) se sente à vontade para emplacar uma enquete no Twitter solicitando a opinião do público acerca de uma intervenção militar, então este agente público não consegue perceber sua responsabilidade histórica diante do regime de exceção que o país viveu durante 21 anos a partir de 1964.

Os sinais de obscurantismo são fartos, nem dá para esgotá-los aqui, mas certamente o mesmo medo que iludiu os alemães no início do século XX pode iludir os brasileiros e fazer com que tenhamos um regime de exceção por via eleitoral. É preciso advertir que Hitler ascendeu ao poder por via eleitoral. A ilusão do povo brasileiro é acreditar que uma solução militar, seja pela via do golpe ou da eleição, fará com que o moralismo resolva os graves problemas de ordem econômica que atingem a ordem social (empobrecimento, violência, corrupção). Que nos vacinemos da ilusão totalitária.

CARTAS À REDAÇÃO Redes Sociais

A rua Itapecerica sobrevive

“Eu acho o jornal Gazeta da Lagoinha muito interessante, mas precisa ter mais contato com o leitor nas redes sociais como Facebook, Twitter, Instagram... Porque a rede social é um atrativo para você conhecer, se interessar mais pelo jornal, e isso ajuda a dar mais visibilidade, mais mídia”.

Jairo Gomes, morador do Colégio Batista

“Bom dia! Na edição de agosto, li na matéria “A rua Itapecerica sobrevive”, da Cristiane Borges, o sentimento positivo que vocês do jornal, que os comerciantes, que pessoas que gostam da Lagoinha têm, em acreditar na Lagoinha. Como ela escreveu, “Lagoinha é para os fortes” e “a crise é uma ‘pedra no caminho’”. Eu também assim penso. Porém quero aqui desabafar o quanto é triste andar por um bairro que cresci e vivo há tanto tampo, por ruas como a Itapecerica, e ver o bairro tão mal tratado, com lixo pelas esquinas, com moradores de rua debaixo dos viadutos, com casarões caindo aos pedaços. E tudo isso são coisas que a prefeitura, que o governo de Minas Gerais, do Brasil pode resolver, pode fazer pela gente.

Prefeito Alexandre Kalil: olhe pela Lagoinha! O que vejo que desagrada a maioria das pessoas que aqui vivem, trabalham ou estudam pode ser resolvido com decisões de vocês políticos, com investimento, com um olhar mais atento e carinhoso. A Lagoinha, a rua Itapecerica é um lugar de pessoas muito boas, trabalhadoras, de famílias tradicionais. Desejo que este jornal leve para longe essas minhas simples palavras. Mas desejo que leve para quem possa realmente interferir nesta realidade. Parabéns ao jornal pelas matérias da Lagoinha e por todas as outras”.

Raquel Morais Leão, moradora da rua Adalberto Ferraz

Crônica Musical – Clube da Esquina “Boa tarde! Meu nome é Vinícius e eu quero deixar aqui minha opinião de que eu achei muito legal a Crônica Musical da edição nº 100. Interessantíssimo saber a origem de um grupo musical tão importante como é o “Clube da Esquina”. Parabéns ao autor e músico Paulinho Melo”.

Vinicius M. Perdigão

Gazeta da Lagoinha nº 100 “Venho através deste e-mail parabenizar o jornal Gazeta da Lagoinha pela edição 100! Parabéns a todos vocês que escrevem e colaboram para o jornal. É muito bom ter um jornal como este da Lagoinha, que nos mantêm informados e que fala da cultura, do nosso comércio, das pessoas do bairro. E parabéns principalmente pela edição 100, que eu achei que ficou muito, muito boa mesmo.

Que vocês continuem sempre assim, para melhor! Um abraço para vocês”.

Kelly Gomes da Silva, moradora da rua Bonfim

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Outubro de 2017

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Outubro de 2017

DIREITO DO CONSUMIDOR

ANTÔNIO josé VITAL é advogado especialista em Direito do Consumidor, morador do bairro e colaborador da Gazeta da Lagoinha. entre em contato com a coluna: vitalprof@gmail. com | (31) 996485643 whatsapp

O

fato já se tornou corriqueiro, principalmente nas grandes cidades do país, indivíduos invadem ônibus e anunciam o assalto levando pertences e dinheiro das vítimas, passageiros que pagam tarifa ou possuem gratuidade legal tem um prejuízo quase sempre grande.

Além do susto e da sensação de impotência diante da situação, a vítima sai com a impressão que tudo foi perdido, dinheiro, bens e a própria dignidade... Será mesmo?

Vamos analisar friamente: ao utilizar o serviço de transporte público o usuário paga um valor de tarifa ou se

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Fui assaltado dentro do ônibus: tenho direito à indenização?

beneficia de gratuidade legal que o equipara a um consumidor.

O ônibus é um dos principais meios de transporte utilizados pela população brasileira para se deslocar nas cidades. Segundo pesquisa da CNI/Ibope sobre a locomoção urbana no Brasil, para 34% dos moradores dos centros urbanos ele é o principal meio de transporte e 54% da população usam o ônibus como meio de deslocamento na cidade para atividades rotineiras.

Ora, sendo remunerada a prestação e, a empresa de ônibus prestando o serviço, está caracterizada a relação de consumo amparada pelo Código de defesa do consumidor. A empresa de ônibus a fornecedora do serviço e o passageiro o consumidor. Veja o que diz a lei:

serviços responde independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

Todos sabem dos altíssimos índices de criminalidade existentes em todo o país, pelo menos, as empresas que realizam transporte de passageiros seja urbana, interestadual ou internacional deveriam estar aparelhadas de modo a evitar que passageiros ingressem nos coletivos armados.

A empresa de ônibus na condição de concessionária de serviços públicos deve prestar o serviço com segurança é o que diz de maneira

clara a lei: Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.

Diante do texto legal poderíamos afirmar: as pessoas que são assaltadas dentro de veículos de transporte coletivo têm direito a indenização, as pessoas que são vítimas de assalto devem procurar a Justiça.

“Aquele que for assaltado em um ônibus ou transporte coletivo pode sim requerer a sua indenização no Poder Judiciário”.

- Registre um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou pela in-

ternet -Reúna o máximo de provas possível sobre o assalto, incluindo depoimento de testemunhas.

- Reúna o máximo de comprovante dos bens que foram levados, como notas fiscais.

A obrigação do estado é oferecer segurança aos passageiros e das empresas é investir em mecanismos e equipamentos que garantam tranquilidade aos usuários. “É muito importante conscientizar a população de que preste a sua denúncia e obriguem os fornecedores a indenizar”.

ou rouba encontrarão decisão favorável à vítima. Mas, já encontramos jurisprudência robusta em favor da responsabilização das empresas.

Portanto, não pense muito, somente com a denúncia e a busca dos direitos em juízo o problema ganhará a dimensão que merece.

A justiça ainda não tem pacificado este entendimento, ou seja, nem todas as ações de indenizações por furto

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Art. 14. O fornecedor de

O povo fala!

Cristiane Borges A Gazeta da Lagoinha se manifesta contra os recentes e decorrentes atos de violência contra os professores. E lembrando que em breve, no mês de outubro (15), é comemorado o Dia do Professor, prestamos nossa homenagem, em escrita e idéia, àqueles muitos que nos trouxeram até aqui.

De todos mestres, professores que passaram pela sua vida, cite um deles que você lembra com um carinho especial, e por quê.

“Eu gosto de muitos professores que eu tive, mas a que mais me marcou foi a DONA TERESINHA, que foi do pré-primário. E naquela época era bom porque a gente tinha respeito pelo professor, né? Porque o professor para você era “Deus no céu e o professor na Terra”. Tinha respeito, os alunos tinham uma postura diferente. Hoje em dia inverteu tudo, né?

Esculhambou tudo... mas eu lembro muito da dona Teresinha”.

Amaral A. de Souza

“Homenagear os professores em um dia tão especial... eu sou suspeito para falar porque a minha mãe é professora. Mas não levando em consideração só ela, eu quero falar do meu professor de concurso, que me ajudou muito e me apoiou a ser aprovado, o RICARDO ERSE, professor de Português, famoso no Brasil inteiro. Ele foi um cara muito bacana, é um grande amigo meu pessoal e ele se destacou não só por ser um excelente professor do ponto de vista técnico, mas também é uma pessoa muito bacana, um cara muito íntegro, legal e inesquecível. Mantenho amizade com ele até hoje e tenho orgulho de falar dele, não só da sua competência, mas do seu caráter também”.

Gregori Nicoli Faria Latalisa França

Guilherme Ziviani

“Lembro sempre com muito carinho da minha professora do pré primário CIDA, lá do NUPI na Cidade Nova.

Me ensinou valores que me ajudaram a ser um cidadão reto e responsável. Serei eternamente grato”.

“Na Escola Estadual Silviano Brandão, eu tive ali no ginásio, por volta da 5ª, 6ª série, um professor de Matemática que se chamava CARLOS ALBERTO. Eu tenho até vontade de encontrá-lo, se eu conseguisse. Ele era militar também, da Polícia Militar, e era professor estadual. E o que me marcou muito foi que, apesar de ter uma dificuldade enorme em Matemática até hoje, os dois anos que eu estudei com esse professor, pelo método de ensino dele, muitos exercícios, aquela coisa toda, muita prática, eu acabei nesse período curto, né?, de um, dois anos da minha vida escolar, tendo uma afinidade muito grande com a Matemática.

E além disso era um professor muito ligado à turma, então, sem deixar de agradecer diversos outros, mas como eu tenho que citar um, eu cito esse professor Carlos Alberto, de Matemática, que eu tive na 5ª e 6ª série do Silviano Brandão”.

Antônio Vital “Professor. Talvez deveria dizer professores. Afinal gostamos mais de uns do que de outros. Mas todos fizeram parte de nós no passado. E todos farão sempre parte de nós no futuro. Gosto de todos”.

Silvério Salgado Junior

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Acontecendo Cristiane Borges

Outubro de 2017 No domingo 10 de setembro, foi a vez do Sr. Antônio ouvir “Parabéns para você”, no Pizza Bill.

Sr. Antônio (à direita, de verde) com amigos.

A primavera chegou e a gente gosta de comemorar a vida!! Parabéns aos aniversariantes da época!

S

aaaalve flores, frutos e bagaças!!! Em um bom dialeto mineirês, o trem chegou a uma nova estação! Que seja iluminada e abençoada à todos nós!

Acreditemos e tenhamos fé: nós viveremos mentos muito generosos!

A Física é Quântica!

Érica Souza soprou velinhas no dia 30 de agosto, no No início de agosto, Guri comemorou primaveras no Pizza Bill.Com Guri, Camilo e Sr. Laércio.

Bar dos Amigos, no Concórdia. Érica Souza (à esquerda) em dia de festa.

Paulinho Melo tem cativado o público por onde passa! Parabéns e boas vindas ao mais novo colunista desta gazeta, que chega tocando seu “Trem Musical”.

Ele se apresentou, sábado (30/09) no Pizza Bill, junto com Beto Lino (violão solo) e Mestre Manjado (percussão), em adorável noite musical!.

Gente querida: Ronnie, Clarissa, Kátia, Crrriiiiiiisss, Fábio, Glaucir e Solange.

No final de julho, a família Souza e amigos se reuniram para comemorar o aniversário do Alex. Casa animada, a da família Souza, como sempre!

I LOVE SAMBA No dia 7 de setembro aconteceu a quarta edição do”I Love Samba Fest”. A música ficou por conta dos grupos Trilogia, Samba Vip e Reviravolta,e ainda contou com mais 27 participações. O “I Love Samba Fest” aconteceu no bairro Renascença, e além do já consagrado produtor Dilsinho, neste ano Leandrinho e Sandrinho também organizaram o evento.

Com Élson, no Pizza Bill.

Galera animada em pose para a coluna, no Bar Reinar, no Concórdia.

Turma querida no bar mais querido do Colégio Batista

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JOVANA STOSIC é arquiteta e engenheira.

De origem sérvia, já morou na Lagoinha e sempre está presente no bairro. entre em contato com a coluna: jovanastosic87@ yahoo.com

T

aquaraçu, palavra de origem indígena, que significa “taquara grossa” (através da junção dos termos takûara (“taquara”) e usu (“grande”)), nomeava importante arraial que floresceu em meados do século XVIII, resultante das incursões de bandeirantes por terras mineiras.

Foi fundado em 1714 Pelos coronéis João pinto Moreira e José Alves Diniz. Seus primeiros habitantes foram: Carlos Frederico de Sá, Dr. Pedro de Vasconcelos,

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TURISMO

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Um lugar perto de BH que vale a pena conhecer Dr. Carlindo Pinto dos Santos, e Padre Cândido Afonso dos Santos Lage.

Na lista dos homens mais abastados da Capitania de Minas, organizada em 1746 contam, de Taquaraçu, os seguintes nomes: Francisco Ferreira Melo, André da Silva Cardoso, António Alves Coelho, Coronel Faustino Pereira da Silva e Manoel Alves Coelho.

A capela Primitiva do arraial de Taquaraçu tinha por orago Nossa Senhora da Penha e passou a curato pelo Primeiro Bispo de Mariana, Dom Frei Manoel da Cruz, na sua pastoral de 25 de agosto de!759, depois de autorizado pela carta de D. José I, datada de 23 de setembro de 1758.

Estando totalmente arruinada a capela de Na Sra. da Penha, os moradores resolveram

edificar uma outra em local mais aprazível e assim o fizeram, com o consentimento do vigário Padre Manoel José de Moraes Godinho e dedicaram-na ao Santíssimo Sacramento. O Rei e o Bispo não consentiram licença para a construção da nova capela, como pediram também para não mudar o orago.

Em 1798, foi requerida autorização para instalar a Pia Batismal e ao renovarem o pedido em 1803, requereram também a fundação da Ermida do Santíssima Sacramento.

Assim formouse o novo arraial chamado Taquaraçu de Cima, um pouco distante do primeiro arraial de Dom Frei José da Santíssima Trindade. Pela Lei n° 209, de 07 de abril de 1841, o curato foi elevado á freguesia pelo títu-

Olívia: a menina da bicicleta Creso Campos (texto e foto)

Distancia entre BH e Taquaraçu de Minas – 65km

via BR 381 ou 62km pela MG 020 via Santa Luiza.

Destaques da cidade: • expressivas belezas naturais dos rios e cachoeiras; • banho de rio Taquaraçu nos fins de semana com varios programas culturais e de diversidade para familias, ao longo da margem do rio que foi adaptada para receber grande numero de pessoas • disponibilidade e quantia de água de boa qualidade;

• lazer para os pescadores • a posição geográfica favorável ; especialmente a proximidade com BH • o potencial para o desenvolvimento da agroindústria; do turismo e eventos relacionados a ele, culturais e recreativos • o valor do patrimônio cultural, principalmente na área central da cidade; • o potencial para o desenvolvimento da vida comunitária e cultural ;

MOMENTO SINDICAL

Sindicato dos Textêis está junto de sua classe, apesar da crise Renato Ilha, jornalista (MTb 10.300)

A

rotina de Olivia começa as 5 da manhã e termina à 5 e meia da tarde, todos os dias, repousa no domingo. Não tem tempo ruim para Olivia, faça sol, chuva, ela não abre mão da sua rotina de trabalho. Olivia mora onde nasceu, Favela Prado Lopes, ela é uma adolescente alegre, bonita e de bem com a vida. A sua rotina de trabalho que não tem tempo ruim, é pegar sua bicicleta com cestinha, colocar os pães (de sal e doce), roscas, biscoitos e outras quitandas fresquinhas e sair vendendo.

O mais interessante de Olivia é como ela faz para vender os seus pães com sua bicicleta e sua buzina muito barulhenta e chamativa. Ela começa entre os prédios do Conjunto IAPI e das outras residências da região, subindo e descendo ladeiras.

A buzina da Olivia é a buzina da padaria que chega para acordar e lembrar as pessoas que o dia já começou. Quando ela volta na parte da tarde ela lembra os moradores que a tardinha já está com cheirinho de café e que ele deve ser compartilhado com os pães e quitutes.

A maneira como ela trabalha e vende os seus pães e quitutes é única e admirável, com sua buzina e seu

lo de Santíssimo Sacramento de Taquaraçu. Foi elevado á Vila em 1797.

Pertencia ao Município de Caeté, do qual era seu maior distrito. Ansiando maior desenvolvimento, parte da população resolveu trabalhar pela emancipação, que foi concretizada pela Lei n° 2.764 de 30 de dezembro de 1.962, assinada pelo governador José de Magalhães Pinto, com o nome “Taquaraçu de Minas”.

B

sorriso ela espera que os seus fregueses mandem os saquinhos ou sacolinhas amarrados em um cordão com um bilhetinho do que eles precisam e o dinheiro para pagar. Olivia lê, coloca tudo no saquinho, manda o troco se tiver e o freguês puxa o cordão até a sua janela ou sacada. São vários e várias as pessoas que esperam por Olivia todos os dias, com sua pontualidade.

A maioria das pessoas não podem ir ao seu encontro porque são muitos andares para descer e subir naquela hora da manhã ou então depois do repouso após o almoço. Então Oli-

ELO HORIZONTE/MG –A negociação de acordos e convenções coletivas de trabalho para as unidades fabris da região metropolitana demonstram, na prática, o compromisso do Sindicato dos Têxteis com o bem estar dos trabalhadores.

A prova está na conquista de reajustes salariais e benefícios sociais que valorizam o trabalhador e ganham força com a rede de convênios oferecida pelo sindicato.

Carlos Malaquias (foto), presidente da entidade, acredita que, apesar das alterações que virão com a reforma trabalhista, é preciso manter a vigilância e preservar direitos adquiridos.

Mesmo diante das dificuldades criadas pelas crises econômica e política, devemos persistir na luta por justiça social, sem contar com os políticos, que deram as costas para o

via com seu sorriso espera que os seus fregueses possam esperar por ela todos os dias, porque ela passará com sua disposição, sua alegria e boa vontade.

A buzina fon fn de Olivia e o

povo.

Com a missão de representar os trabalhadores perante as empresas e a sociedade, o sindicato manterá acesa a chama da esperança e servirá de farol para ajudar a categoria a atravessar os tempos incertos.

O certo é que estaremos juntos, seja qual for a situação. despertar da alegria de um novo dia para muitas pessoas o despertar da vida para muitos corações solitários.

Parabéns Olivia pela sua coragem, determinação e dignidade!

Outubro de 2017

Ruas ricardo teixeira de salles é colunista de opinião. entre em contato com a coluna: ricardotsalles@ gmail.com

A

ndo nas ruas do mundo. Todos nós andamos.

Vivemos nas ruas onde nos perdemos e também nos encontramos. Ruas da tristeza e da alegria.

Ruas que são nossas próprias vidas e também de todas as outras pessoas.

As ruas nos levam a percorrer os labirintos do desconhecido. E também nos levam a vivenciar os instantes que celebram nossas descobertas. Viver as ruas é um contínuo processo pata tentarmos nos adaptar à realidade. Enxergar e assimilar algo que já

CRÔNICA

existia. Perceber, raciocinar e tentar explicar, a nós mesmos, da melhor maneira possível, a razão humana. E, com isto, ver mais além.

no amor ao próximo. Ou dos desvalidos que se encontram no olho das ruas. Ruas da realidade do mundo e do determinismo de uma época.

Entregamo-nos às ruas pela ventura de acreditarmos nos caminhos da mente, do ânimo e do intelecto, ou seja, da alma, segundo os gregos antigos. Caminhos nas ruas que nos propiciam, através das veredas do dia e da noite, o encontro com nós mesmos. Para, através desse encontro, dizermos quem somos.

E, ao sermos, o que pretendemos nas avenidas da vida. Todos pretendem algo das ruas que desembocam em muitos destinos. Ruas de inúmeros endereços do espírito. Ruas que levam à conquista amorosa ou ao sucesso pessoa. Ruas sem saídas, bloqueadas pelas decepções e desencontros. Ou abertas pela energia da crença

As ruas criam instante para nos envolver de momentos. As ruas, como os homens, são estimadas ou desprezadas. Os instantes, como os momentos, são trágicos ou auspiciosos, nas ruas que nascem do olhar idealista dos homens, ou morrem pela cegueira social dos indivíduos. Ruas que transformam sonhos em pesadelos. E vice-versa. Ruas da ciranda do tempo.

Tempo do devaneio e da vigília, tempo da realidade e da luta constante pela prospecção da vida, este mistério maior da existência.

PROGRAMAÇÃO CCLAO OUTUBRO O CENTRO CULTURAL LIBERALIRNO ALVES DE OLIVEIRa (CCLAO) é um instrumento de implementação de políticas públicas que visa democratizar a criação, difusão e circulação dos bens culturais. Tem como missão ser referência para as expressividades locais, fomentando os grupos e viabilizando a participação da comunidade na construção das políticas públicas de cultura. Está situado dentro do Mercado da Lagoinha e oferece atividades artísticas e culturais gratuitamente a toda população.

Sarau da Metamorfose Neste mês o público será convidado a apreciar e realizar leitura das poesias de Oswald de Andrade, um dos promotores da Semana de Arte Moderna de 1922, que ocorreu em São Paulo.

Quando Dia 11 de outubro, quarta, das 10h às 11h.

Público Público Geral 3ª Mostra Samba Lagoinha Inscrições abertas para a 3ª Mostra Samba Lagoinha. Se você é sambista compositor não perca a oportunidade de mostrar e cantar seu samba.

Quando De 25 de setembro a 6 de novembro, segunda a sexta, 8h às 17h.

Público Público Geral Exposição Rodney Nicomedes - parte 2 Rodney Nicomedes continua mostrando seu talento neste mês. Sua pintura caminha entre a forma humana, abstração, cubismo, realismo, surrealismo, dadaísmo e outros estilos artísticos.

Quando De 2 a 31 de outubro, segunda a sexta, das 8h às 17h.

Público Público Geral

Mas qual é o espírito do nosso tempo que transcorre nas ruas? Consumo, poder,

bens materiais, prestígio e fama são parâmetros sócio-existenciais que parecem calçar as principais ruas do nosso tempo. Deste tempo da constituição social do indivíduo contemporâneo.

Figura de uma sociedade que tudo tem feito para esfrangalhar o sentido da razão humana a que nos referimos acima. Razão humana que, para sê-la, exige respeito ao próximo, exige honestidade e, acima de tudo, exige a prática, em qualquer circunstância, da expressão da verdade que é o valor indissociável da realidade que estabelece as normais, ou leis, do convívio entre os homens da sociedade que eles próprios constroem para viver.

Vivemos (ou deveríamos viver) em função de valores tais como ética, seriedade, honestidade, sabedoria, respeito, etc.

Mas, que ao que tudo indica, estabelecemos tais valores unicamente para contradizê-los, conspurcá-los, desacreditá-los, abandoná-los e, finalmente, para destruí-los. Pois isto é o que em acontecido nas ruas em

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que testemunhamos o célere transcurso da história.

O homem perdeu a sensibilidade para ouvir e ver a existência de problemas cruciantes, que testemunhamos sem mover um gesto ou atitude no sentido do enfrentamento de tais problemas. A riqueza dos significados existenciais foi perdida. A pobreza dos espíritos que regem as comunidades se magnífica, a cada ato que tais espíritos deflagram e perpetuam. Todos se fazem extremamente impiedosos. E ninguém pergunta: Ainda existe o diálogo? Quais as opções de decência social que ainda possuímos?

Possuímos? O medo é o modo e o manto da cidadania atual? O terrorismo tornou-se uma atividade criminosa comum?

Está surgindo uma nova era, a era do totalitarismo da violência. Estamos estabelecendo uma perspectiva humana que nos levará ao princípio do autodesconhecimento. E este, por sua vez, para uma constante diminuição de tudo o que foi feito pelo e para o

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acontecimento humano: pensamento, comportamento, seriedade, paixão e equilíbrio. Coisa alguma é compartilhada no sentido de alcançar uma conquista pertinente ao bem comum. A individualização é uma besta-fera que se agita contra tudo e todos. Somente o EU, o desmedido EU, conta como senha da linguagem comunitária.

“Nós do ocidente, vivemos em sociedades pacíficas e prósperas: e, no entanto, elas comportam uma violência estrutural à qual, até certo ponto, nos acostumamos, isto é, a desigualdade social desproporcionada, a discriminação degradante, o empobrecimento e a marginalização.” (Jürgen Habermas).

A História está abrindo nas ruas do destino um atalho que leva rapidamente ao estado da barbárie. Atalho cotidianamente ladrilhado pela total irresponsabilidade cívica. Pode acabar sendo a rua de um caminho sem volta, que desemboca diretamente no inferno do existir humano.

Oficina de Introdução a desenho livre: módulo 2 A oficina de introdução a desenho livre visa a iniciação do aluno na percepção representativa do mundo ao seu redor através da observação, composição e prática sobre formas simples.

Quando Todas as quartas de outubro, de 9h30 às 10h30.

Público Adulto

Público Criança

Portal da Poesia Neste mês apresenta o poeta Paulo Siuves, flautista na Banda de Música da Guarda Municipal de BH. Em 2011 publicou seu primeiro livro “O Oráculo de Greg Hobsbawn”.

Quando De 2 a 31 de outubro, segunda a sexta, das 8h às 17h.

Público Público Geral

Oficina de Bainha Aberta Revelando a delicadeza e a beleza do artesanato mineiro.

Quando Terças, das 9h às 11h.

Público Público Geral

Oficina literária infantojuvenil Leitura compartilhada do livro “O rato do campo e o rato da cidade”, de Flávio Souza, seguida de criação literária.

Quando Dia 20 de outubro, quinta, das 14h às 15h.

Público Criança Oficina: “Caminho das Florzinhas” Neste mês especial as crianças serão convidadas a fazer lindas flores a partir de material reciclado.

Quando Dia 27 de outubro, sexta, das 14h às 15h.

Público Criança Tarde de Brincadeiras A tecnologia transformou o mundo infantil e trouxe à tona brinquedos que não exigem criatividade e muito menos esforço. Participe de um momento para (Re)conhecer as brincadeiras.

Quando Dia 6 de outubro, sexta, das 14h às 15h.

Público Criança Sarau Infantil No mês da criança o convite é que elas conheçam e façam poesias inspiradas no mundo infantil.

Quando Dia 24 de outubro, terça, das 16h às 17h.

Oficina de Informática Tópicos básicos para utilizar o computador, internet e suas ferramentas.

Quando Terças e quintas, das 10h às 11h.

Público Adulto

Oficina “Fuxico e suas aplicações” Descubra como transformar objetos e roupas aplicando e aprendendo a fazer o fuxico tradicional.

Quando Segundas, das 9h às 11h.

Público Jovens e Adultos Biblioteca O Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira conta com uma Biblioteca, que possui acervo composto por diversos títulos infanto-juvenis e adultos.

Quando De segunda a sexta, das 8h às 17h.

Público Público Geral Hatha Yoga Yoga, ou ioga, significa controlar, unir. É uma filosofia que trabalha o corpo e a mente, através de técnicas tradicionais de quem a pratica. Participe de nossas aulas!

Quando Sextas, das 8h às 9h.

Público Público Geral Dança de Salão A dança de salão é considerada uma forma de entretenimento e de integração social, bem como uma forma de desporto. Traga seu par e venha aprender os mais variados ritmos!

Quando Segundas, das 18h30 às 19h30.

Público Adulto

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GAZETA Da lagoinha

ano VII | nº 101

TREMMusical

Conheça João Rubinato, o rei do samba paulista Paulinho Melo, músico, poeta e escritor

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ocê já ouviu falar em João Rubinato? Não? Claro que sim, mas não com esse nome. Trata-se do grande Adoniran Barbosa! Ele é considerado o fundador do Samba Paulista. Entendendo que com o nome de batismo João Rubinato (sobrenome de descendência italiana) não chegaria a lugar algum no mundo artístico, adotou o nome de um amigo chamado

Adoniran e o sobrenome do cantor Luiz Barbosa.

Daí “Adoniran Barbosa”!

Nascido em Valinhos (SP), antes do sucesso, sempre morando em São Paulo, fez de tudo um pouco na luta diária pela sobrevivência: entregador de marmitas, carregador, encanador, pintor, garçom, metalúrgico, vendedor etc;

Em 1933 e 1934 compôs seus primeiros sambas. Também, neste período, compôs uma marchinha de nome “Dona Boa” para o car-

naval paulistano, que lhe rendeu o primeiro lugar entre os concorrentes.

Em 1941, trabalhando na Rádio Record, conheceu o grupo “Demônios da Garoa”, onde se iniciou a longa e conhecida parceria no mundo musical.

Nos anos 50 (1950), era rádio ator cômico, conhecido como “o milionário criador de tipos”. Fazia de tudo na rádio: ator, comediante, cantor etc. Aliás, cantar não era seu forte...rsrs.

Em 1955 emplacaria seu primeiro grande sucesso musical: “Saudosa Maloca”, com o grupo Demônios da Garoa. Aliás, suas músicas passaram a ser gravadas sempre pelos Demônios da Garoa. Esta composição foi em homenagem à demolição do prédio velho onde se reunia com os amigos da favela, para se descontraírem.

Outro grande sucesso foi “Samba do Arnesto”. Esta ele fez em homenagem ao amigo “Ernesto Paulelli”. Nunca houve o tal furo que

Adoniran citou na música, por parte do “Arnesto”...rsrs. Adoniran criou esta situação na letra. (O tal convite para o samba, que não teria acontecido) por achar que isso daria samba...rsrs.

Ele sempre gostava de falar errado em suas composições, de errar propositalmente na gramática. Entendia que assim facilitaria a absorção das músicas e ganharia o apelo popular;

Depois vieram outros grandes sucessos: “Trem das Onze”, que lhe rendeu muitas premiações; “Prova de Carinho”, em homenagem à esposa Matilde (realmente ele fez a aliança para ela, com a corda mi do cavaquinho); “As Mariposas”; “Iracema” (nessa, ele quis matar, na música...rsrs, uma moça que não lhe correspondia as investidas na noite paulistana); “Torresmo à Milanesa”; “Tiro ao Álvaro” etc.

Aliás, “Tiro ao Álvaro” o grupo Demônios da Garoa não queria gravar, achavam que não daria ibope. Anos depois, Elis Regina gravou e a

Outubro de 2017

nascido joão rubinato Adorinan Barbosa sem o famoso chapéu.Foto: Acervo pessoal.

música explodiu de fazer sucesso. Aí os Demônios da Garoa se renderam e gravaram.

Esta foi minha tentativa de resumir a homenagem ao grande “Adoniran Barbosa”! Segundo o produtor musical “Pelão”, se você andar pelas ruas de São Paulo, encontrará Adoniran

Barbosa em cada esquina.

Márcia Araújo, por email

da literatura, indo além das realizações pessoais que terminam por ser fonte inspiradora para outros tantos escritores e poetas.

Até o final do ano, Paulinho Melo se apresenta às sextas-feiras no Restaurante Floresta Grill. Rua Ponte Nova, 364, no Colégio Batista. Tel.: 3423-9944.

Artista do CCLAO Câmara aprova critérios para recebe medalha recusa de cheques como meio de pagamento SEGURANÇA PÚBLICA

Edson moreira é deputado federal pelo Partido da República (MG). entre em contato: é dep.delegadoedsonmoreira@ camara.leg.br ou pelo (61) 3215-5933.

A

Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou proposta que impõe condições para a recusa de cheques em estabelecimentos que já aceitam esse meio de pagamento.

Como foi aprovado em caráter conclusivo, tramitação na qual o projeto é votado apenas pelas comissões designadas para analisá-lo, dispensada a deliberação do Plenário, o texto deve seguir para análise do Senado.

Pelo texto aprovado – Projeto de Lei 2782/15, o cheque so-

Texto aprovado não permite que o comerciante recuse o cheque do consumidor alegando que a conta bancária é recente mente pode ser recusado se o consumidor não for seu titular ou estiver com o nome inscrito nos serviços de proteção ao crédito, como o Sistema de Proteção ao Crédito (SPC) e o Serasa, e fica vedada a exigência que a conta bancária do emitente tenha sido aberta em prazo superior a seis meses.

Relator na comissão, o deputado Delegado Edson Moreira (PR-MG) disse que os comerciantes que não quiserem receber cheques poderão continuar a fazê-lo, mas os estabelecimentos que se propuserem a aceitá-lo como forma de pagamento não poderão discriminar os consumidores.

“Uma

o deputado federal Delegado Edson Moreira (PR/MG). Foto: Alex Ferreira/Câmara de Deputados.

conduta que considero discriminatória é a exigência de tempo mínimo de abertura de conta corrente no banco para a aceitação do cheque”, afirmou.

Para o parlamentar, “a proposta vem regulamentar um mercado que já existe, mas que precisa de regras mais claras, pois se as condições forem discriminatórias, correm o

risco de se contrapor a igualdade nas contratações e a premissa de boa-fé, previstas no Código de Proteção e Defesa do Consumidor”, disse.

Aquele que infringir as regras estabelecidas se sujeitará às mesmas penalidades previstas nas normas de defesa do consumidor, que variam de multa a interdição do estabelecimento.

N

o último dia 12 de agosto, no belíssimo Museu de Arte da Pampulha, Márcia Araújo, ativista cultural, poeta e funcionária do Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira, recebeu a medalha Personalidade 2017 LITERARTE – AMBA que é uma iniciativa promovida pela Academia Mineira de Belas Artes (AMBA).

Mais do que premiar, busca reconhecer, divulgar, incentivar e prestigiar as pessoas que tanto fazem pelo mundo

Entre as atividades desenvolvidas atualmente por Márcia, duas se destacam: O Sarau da Metamorfose que acontece na segunda quarta feira de cada mês sempre às 10 horas e Portal da Poesia no Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira.

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Supermercado das Baterias 24 horas

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Cristiane Borges

O

Supermercado das Baterias está na região da Lagoinha há 40 anos.

A empresa comercializa baterias para automóvel, motocicleta, caminhão e nobreak. A bateria é responsável pelo funcionamento do motor do veículo e de todo o seu sistema elétrico.

Adilson Francisco Santos Aquino, 40, gerente comercial, está a frente do Supermercado das Baterias juntamente com a esposa Priscila e a cunhada Poliane. Ele faz parte da empresa há cerca de 17 anos, começou como motoboy e está há cinco na gerência.

Para o gerente, o diferencial do Supermercado das Baterias é a entrega ao cliente. A empresa atende na loja e por entrega. “Geralmente a bateria não tem hora para acabar, então o motorista está na rua e a bateria do carro acabou, às vezes a pessoa não pode vir aqui, então a gente vai até o cliente, a qualquer hora”.

A entrega é feita em Belo Horizonte e na região metropolitana.

Embora o Supermercado das Baterias trabalhe com todas as marcas, a empresa representa as Heliar e Moura, que de acordo com Adilson, são “as principais do mercado”, as quais ele indica.

Aquino disse que em seu automóvel usa a Moura e explica que as baterias que não são originais têm garantia diferente. “A Heliar, por exemplo, tem garantia de um ano e meio; e a Moura, de até dois anos.

As similares têm garantia de um ano”.

o atendendente Ricardo e o motorista Ronaldo. Foto: Cristiane Borges.

adilson Aquino, o gerente comercial do Supermercado das Baterias. Foto: Cristiane Borges.

Diferencial

Adilson considera que o diferencial do Supermercado das Baterias é a tradição em estar há 40 anos no mercado; o atendimento 24 horas e a manutenção do preço das baterias, “para quem compra de dia, ou a noite”.

A loja tem um corpo de 12 funcionários, e cinco são motoboys. Os motoboys não são terceirizados, trabalham pela empresa. “Quando terceiriza-se o serviço, fica mais caro e aí transfere-se também a responsabilidade para outra empresa. Mas aqui, qualquer situação que acontecer no ato da instalação da bateria, nós nos responsabilizamos”, disse o gerente.

supermercado: Baterias 24 horas. Foto: Cristiane Borges.

Lagoinha

Para Aquino, uma das vantagens de estar na Lagoinha, é o fácil acesso à cidade, pois “tem saída para todos os lados”.

Ele considera que embora exista muita concorrência na mesma rua Jaguarão, em que está o Supermercado das Baterias, a empresa dá certo porque “eles não têm o histórico que nós temos”.

O funcionamento da loja é de 6h às 18h, mas o atendimento ao cliente é 24 horas, pois ficam equipe de atendimento ao telefone e motoboys de plantão. Adilson disse que “não há taxa de entrega, nem à noite. O cliente paga apenas o preço da bateria”.

Mercado pós crise

Sobre a crise financeira / econômica que eclodiu no país, Adilson considera que a venda de baterias caiu com o reflexo da queda de venda de automóveis. “Nós dependemos também da venda de carros, então como muita gente perdeu o emprego, muita gente começou a montar microempresas, a mexer neste ramo também, e com isso nós sentimos sim a crise”. A queda foi de 30% nas vendas e a empresa precisou demitir um funcionário.

Ele confirma que o mercado tem melhorado e que ele tem grande perspectiva de que assim continue.

“Começou a melhorar nos últimos seis meses”.

CLASSIFICADOS

CONHEÇA O BOM COMÉRCIO DA RUA PITANGUI

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Aqui você encontra de tudo um pouco: supermercado, mercearia, padaria, lanchonetes, bares, restaurantes, pizzarias, tralleres de sanduíches, farmácia, salão de beleza masculino e feminino, chaveiros, academia de musculação, academia de hidroginástica, escolinha de futebol e aluguel de campo society, consultório dentário, escritório de advocacia, a escola Instituto Recrear com bercário, maternal, 1º e 2º períodos do ensino fundamental .

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Audiência Pública - Cobradores ASCOM do vereador Catatau da Itatiaia

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o dia 29 de agosto, foi realizada na Câmara Municipal uma audiência pública para debater a situação dos agentes de bordo dos ônibus da capital. Também conhecidos como “cobradores” ou “trocadores”, essa categoria profissional luta para evitar um cenário de perda de empregos nos próximos anos.

Autor do requerimento que solicitou a audiência, o vereador Catatau da Itatiaia (PSDC) explica que duas alterações numa lei de 2001 abriram brechas para a demissão de cobradores.

Originalmente, a lei autorizava a implantação do serviço de bilhetagem eletrônica nos ônibus, mas determinava que o transporte coletivo da capital exigisse a presença de dois profissionais e que as empresas deveriam remanejar funcionários para outras atividades em caso de necessidade.

A primeira mudança, em 2012, criou exceções para que o transporte de passageiros pudesse ser realizado apenas pelo motorista.

A segunda, em 2016, estendeu essa possibilidade a todas as linhas do município e retirou a obrigatoriedade das empresas de absorver os profissionais retirados dos veículos em outras funções.

A diretora de Transporte Público da

A audiência na Câmara dos Vereadores, realizada dia 29 de agosto. Foto: ASCOM.

o vereador Catatau da Itatiaia em defesa dos agentes de bordo de ônibus da capital. Foto: ASCOM.

BHTrans, Elizabeth Gomes de Moura, explica que a ausência do cobrador ocorre hoje em torno de 50% das linhas noturnas em operação, bem como aos sábados. Nos domingos e feriados esse percentual gira em torno de 89%. No período diurno dos dias úteis, só não há cobrador nas linhas do MOVE, que não possuem catraca.

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte, Ronaldo Batista de Morais explica que, apesar do desvio de função representar um risco para motoristas e usuários, as empresas conseguiram decisões judiciais em favor do acúmulo de atividades, e por isso pagam um adicional de 12% sobre o salário aos motoristas.

Morais destacou também a existência de dispositivo do Código

de Trânsito Brasileiro que pune com multa o motorista por retirar as mãos do volante enquanto dirige. Ele explica que a situação criada pelas empresas e as novas leis leva os motoristas ao risco de perda da habilitação e até mesmo demissão por justa causa.

Por essa razão, o vereador Catatau da Itatiaia defende que são três os pontos fundamentais desse debate. O primeiro, é o erro de obrigar o motorista a desempenhar duas funções. Como explicado por Ronaldo Morais, o acúmulo de responsabilidades expõe o condutor a situações de pressão, prejudicando sua saúde e seu trabalho.

O segundo decorre do primeiro. O acúmulo prejudica a qualidade e, principalmente, a segurança do serviço prestado. O tempo médio das viagens aumenta e, pressionado, o motoris-

ta pode colocar em risco a vida dos usuários do transporte público, dos demais pedestres e outros motoristas.

E terceiro, a desumanidade de demitir funcionários. No momento em que o país passa por uma grave crise econômica, cada profissional sem emprego é uma família humilde que é atingida, em muitos casos, na sua única fonte de renda.

O assessor jurídico da BHTrans, Leonardo Viana, explicou que a redução de cobradores segue o que foi regulamentado. Por isso, recomendou que os debates fomentem uma convicção para alterar o que hoje se encontra previsto em lei.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários relatou que os municípios vizinhos têm tido dificuldade de conseguir o retorno dos cobradores em razão de decisões judiciais em favor das empresas. Por isso, pediu que projetos de lei pelo retorno dos

em bh, a ausência do cobrador ocorre hoje em torno de 50% das linhas noturnas em operação. Foto: Reprodução.

cobradores sejam unificados para ter mais força na tramitação na Câmara.

A diretora de Transporte Público da BHTrans, Elizabeth Gomes de Moura, disse entender que o motorista e o cobrador tem papéis distintos. Ela explicou que, na gestão do prefeito Alexandre Kalil, a quantidade de linhas operando sem cobradores não aumentou.

Para o vereador Catatau da Itatiaia, o prefeito tem atuado em harmonia com os vereadores. E destaca como positiva a posição do

Leis citadas: Lei Nº 8.224, de 28 de setembro de 2001 Lei Nº 10.526, de 03 de setembro de 2012 PL 1881/2016

prefeito em relação aos cobradores e motoristas de ônibus. Belo Horizonte tem hoje cerca de seis mil cobradores.

Convidados, os representantes do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de Minas Gerais (SINDPAS) não compareceram à audiência.

“Não é uma casa, mas é minha vida” Cristiane Borges

população em situação de rua sob um dos viadutos do Complexo da Lagoinha. Reprodução.

Parafraseando um programa social do governo federal, a equipe da Gazeta da Lagoinha confirma como vem crescendo a população em situação de rua pelo nosso bairro.

Essa não é apenas uma impressão, mas uma constatação da Secretaria de Políticas Sociais da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). O órgão já considera que, pelo número de atendimentos prestados, há pelo menos três mil pessoas morando nas ruas da capital – um aumento de quase

70% em relação aos 1.827 moradores contabilizados no último censo, realizado em 2014.

Moradores e transeuntes se sentem inseguros em andar pelas ruas onde essa população está, por causa de decorrentes situações de violência associada a eles.

Segundo a PBH, o recolhimento de objetos está baseado na norma de regulação urbana. O que não é permitido é a retirada de objetos pessoais, como cobertores. O que pode ser levado pelos fiscais são objetos que obstruem a via, conforme prevê o Plano Diretor.

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COMUNIDADE & FÉ

MEIO AMBIENTE

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Terreiro de Umbanda da Lagoinha RENCA: a maior polêmica promove um grande encontro de fé ambiental do Brasil e solidariedade na Pampulha Filipe Thales

AMANDA LEITE é engenheira ambiental, especialista em Qualidade.

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radicionalmente comemorado no mês de agosto, o Encontro com Iemanjá é uma celebração que traz em seu dna a fé e a valorização da cultura afro através das religiões de matriz africana.

A

Iemanjá é uma das santas mais populares e veneradas no Brasil. Tem sua comemoração no dia 15 de agosto, em Minas Gerais, por ser sincretizada como Assunção de todas Nossas Senhoras, e em Belo Horizonte por ser o dia de Nossa Senhora da Boa Viagem, padroeira da cidade. Por essa razão, que o encontro acontece nesse dia ou no final de semana mais próximo.

A celebração foi realizada às margens da lagoa da Pampulha, em frente a imagem de Iemanjá, uma tradição na cidade a mais de 60 anos, que mostra a força, representatividade e a influência dos costumes do povo de matriz africana no cotidiano da população da cidade.

Além de reforçar a luta contra a discriminação e a qualquer tipo de intolerância, o evento contou com a presença de diversos terreiros e suas cortes (Pai, Mãe e filhos), o vice-prefeito Paulo Lamac, que anunciou o início das obras de restauração da imagem de Iemanjá e o tombamento das festas de Preto Velho e Iemanjá como patrimônio imaterial da cidade e as vereadoras Áurea Carolina e Cida Falabela.

Alegria, beleza, e os saberes desse povo, que além de saudar a “Rainha das Águas”, mais uma vez arrecadou mais de 1,2 toneladas de alimentos doados pelos participantes através da campanha Solidariedade e Fé, repassadas em forma de doação a famílias necessitadas, creches e asilos amparados pela Casa de Caridade Pai Jacob do Oriente, idealizadora do evento.

Apresentações culturais, a consagração, a entrega do tradicional barco com oferendas para Iemanjá e uma sessão de passe coletiva com os terreiros presentes, completaram a programação cultural do evento que contou com mais de 1500 pessoas e foi realizada no dia 12 de agosto.

Foi emocionante ver famílias levando suas flores, pedidos, agradecimentos e principalmente renovando sua fé aos pés de Iemanjá.

A Casa de Caridade Pai Jacob do Oriente

fica na Rua Fagundes Varela, 99, Vila Senhor dos Passos, Lagoinha.

Contatos: Facebook https://www.facebook. com/casadecaridadepaijacobdoorient/ E-mail: casapaijacobdooriente@ gmail.com

Pembelê minha Mãe.

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Reserva Nacional do Cobre e Associados (RENCA), um grande pedaço da Amazônia, com mais de 46 mil km², presente estre os estados do Pará e do Amapá, foi liberada no dia 22 de agosto de 2017, por meio do Decreto n° 9.142 para exploração mineral. A área, criada em 1984, durante o regime militar, tem o objetivo de preservar o tesouro presente no local. A RENCA é do tamanho do estado do Espírito Santo e possui alto potencial para mineração de ouro, cobre e níquel. A gênese, ou concepção, do ouro local aconteceu há aproximadamente dois bilhões de anos. Além disso, a área possui sete Unidades de Conservação e abriga duas reservas indígenas.

O governo afirma que deixa de existir apenas a reserva mineral, não afetando as Unidades de Conservação federais presentes no local, e que os empreendimentos que possam a vir impactar na área terão que cumprir exigências rigorosas.

O presidente possui todo direito de propor um projeto de exploração mineral em qualquer lugar no país. Através de decreto abre, no mínimo, espaço para suspeitar dessa ação.

O decreto é algo extremo, utilizado quando se precisa fazer algo com certa urgência, sem consultar a população.

O correto seria apresentar um projeto no Congresso, com audiência pública e promover debate com todos os envolvidos, principalmente os índios, que podem ser os mais atingidos.

A mineração possui um impacto devastador. É uma das atividades econômicas que deixa maior passivo ambiental. Revira as entranhas da terra por dezenas, ou centenas, de metros de profundidade, emite poeira e material particulado, utiliza muita água para extrair os metais, e utiliza substâncias tóxicas (como o mercúrio), venenos para a biodiversidade local, que são direcionadas para tanques, ou reservatórios de rejeitos.

Também é indispensável pensar no passível social da implantação de qualquer atividade econômica. Em grandes projetos, como a instalação de uma mineradora, é necessário, primeiramente, centenas (ou até milhares) de operários, na grande maioria homens, para erguer as estruturas. Como consequências são erguidas favelas, zonas de prostituição, há ausência de coleta de lixo e de saneamento básico, violência, dentre outras. Além disso, após a instalação da empresa, esse quantitativo de operários não é mais necessário, mas muitas pessoas permanecem no local.

Assim, sempre haverá impacto, algum nível de interferência na biodiversidade e na qualidade de vida

entre em contato com a coluna pelo email: amandacrleite@gmail.com das comunidades locais. Então, a quem interessa esse decreto? Por que não foi apresentado um projeto eficiente aos inúmeros especialistas do país?

No Congresso existe a chamada “Bancada da Mineração”. São aproximadamente 25 parlamentares, que já foram investigados por possíveis conflitos de interesses. Como exemplo, o deputado Leonardo Quintão, aqui de Minas Gerais, relator do Código da Mineração, foi eleito com uma campanha patrocinada por mineradoras e possui um irmão que é sócio de dois empreendimentos minerários em atividade.

Além disso, o governo atual está flexibilizando a legislação ambiental, reduzindo os direitos dos indígenas e desprezando os direitos dos quilombolas. Todas essas atitudes unidas deixam aberta, mais uma vez, a pergunta: quem será beneficiado com esse projeto?

É fato que uma mineradora possa trazer investimento para o país e causar algum tipo de mudança na economia. Na atual situação financeira do Brasil essas mudanças seriam ótimas.

Mas é necessário: marco regulatório forte (conjunto de normas, leis e diretrizes que regulam o funcionamento dos setores nos quais agentes privados prestam serviços de utilidade pública), licenciamento ambiental rígido e fiscalização presente. Historicamente o Brasil não possui nenhum desses três itens.

O maior exemplo é a Samarco, que era uma empresa referência na área de mineração, possuía todas as licenças necessárias e vistorias em dia.

A tragédia de Mariana pode ser considerada o pior desastre de mineração do planeta. Foi devastada toda a bacia hidrográfica e mais de 800 km de rio.

Hoje, na RENCA, apesar da mineração ser proibida, há mais de 20 pontos de mineração clandestina, 3 mil garimpeiros e mais de 12 pistas de pouso ilegais, para aviões de pequeno porte. Se o governo não é eficaz na fiscalização do local atualmente, com a implantação de mineradoras a tendência é piorar. A forma de combater garimpo ilegal é aparelhando os órgãos públicos com a devida estrutura necessária para regulação e fiscalização, e não liberando a mineração de forma desenfreada.

Seis dias após a divulgação, por pressão popular, o Decreto foi revogado.

Assim, a mineração na RENCA continua proibida. A população precisa ficar atenta e se manifestar, para que ações em prol de poucos não sejam aprovadas. Afinal, as consequências socioambientais atingirão toda a sociedade.

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Centro de Estética da Flor Cristiane Borges

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lisângela Muniz Costa, terapeuta, atua no ramo da estética há quase um ano, no Centro de Estética da Flor, no Colégio Batista.

Ela trabalha com drenagem linfática, drenagem pré e pós cirúrgica; lipomassagem redutora; tratamento com eletro estimulador; bambuterapia; e auriculoterapia.

“Eu fiz uma sessão de drenagem há muito tempo e gostei muito do resultado. Gosto muito de trabalhar com o público, dessa troca de energias; e a massagem é uma troca de energias, né? Então fiz o primeiro curso e não parei de estudar mais. E a gente vê o resultado, o que é muito legal. A pessoa chega com um pé inchado, sentindo dor... e você poder promover o alívio daquela pessoa é muito satisfatório”, considera.

Elisângela conta que com seu trabalho trata da estética e da saúde.

Drenagem linfática

A drenagem linfática é um procedimento “para limpar o organismo.

A gente faz as manobras para abrir os gânglios linfáticos para drenar toda a linfa, que é um líquido que

corre pelo nosso corpo e que provoca hematomas, inchaço, mal estar... então a gente drena todo esse líquido e leva para os rins através da massagem. Os rins promovem a limpeza dessa linfa e depois a gente devolve a linfa já limpa para o organismo. Então a gente faz o movimento de capitação da linfa para depois devolvê-la limpa”.

Ela utiliza nas massagens óleos relaxantes e estimulantes, cremes, também usa um aparelho eletroestimulador para ajudar na drenagem; e faz drenagem com ventosa. E disse que o tempo da sessão varia de cliente para cliente, mas que o atendimento ocorre de uma hora e vinte minutos, à uma hora e trinta minutos.

Casos

A terapeuta explica que a drenagem linfática é indicada para todos os casos, principalmente no pré e pós operatório, para pessoas com problema de inchaço, pessoas que retém líquidos nas pernas, para varizes, para pessoas que buscam um bem estar maior. Não é indicado para pessoas que estão com câncer, pois “pelo fato da gente promover a circulação, se a pessoa estiver com câncer, é possível alastrá-lo, pro-

vocando a metástase”.

Massagem redutora

Elisângela esclarece que com a massagem redutora, ou lipomassagem redutora, é promovida a quebra e molde das gorduras. “A gente promove a quebra da gordura com as mãos, com as manobras, e da mesma forma também a gente libera essa gordura do organismo, drena os gânglios linfáticos; e associada a uma dieta, com exercícios físicos, a pessoa pode perder muitas medidas, durante a sessão, inclusive”.

De acordo com a terapeuta, não há faixa etária que compõe seu público alvo, “pois hoje muitas pessoas buscam o bem-estar, uma melhor qualidade de vida, então não há um público específico”. Mas a maioria de sua carta de clientes é o público feminino, misto em relação à idade.

“O intuito da massagem redutora é a perda de medidas, como cintura, culote e pernas”, disse.

Tratamento

Elisângela disse que o ideal é que a pessoa faça, no mínimo, duas sessões por semana “para obter um resultado bacana, pois assim o organismo

ELISÂNGELA MUNIZ atendendo a cliente Janete Lima. Foto: Cristiane Borges.

será condicionado. Fazer uma sessão, deixar o organismo descansar por dois dias e fazer outra. O que seria dez sessões por mês, pois uma sessão só não atinge resultados. A contra-indicação para o tratamento é apenas em casos de hipertensos; se tiver problemas cardíacos; e no caso de pessoas com câncer, que fizeram quimioterapia recentemente”.

O Centro de Estética da Flor oferece pacotes e conta também com a orientação de uma nutricionista, caso o(a) cliente queira a descrição de uma dieta.

“Relaxamento, limpeza do organismo, bem estar, redução de toxinas. O tratamento promove realmente a limpeza do organismo. Aí a pessoa precisa ingerir bastante água, para limpar a linfa”.

Domingo na Praça do México

Cristiane Borges

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razer a comunidade para ocupar a praça e se integrar. Esse é o objetivo da Associação Comunitária dos Amigos do Bairro Concórdia (ASCOMAC), ao proporcionar eventos na Praça do México, intencionalmente no segundo domingo de cada mês, de 9h às 13h.

O presidente da associação, Paulinho da ASCOMAC, explica que “esse evento inicialmente era realizado todos os domingos, mas ficou um pouco desgastante, para o pessoal que participa e para nós da direção também... aí agora nós fazemos todo segundo domingo do mês.

Outubro de 2017

Nós temos que ocupar os espaços públicos, as praças devem ser ocupadas. Devemos trazer coisas boas, cultura, opções de lazer, música, para que as pessoas não precisem se deslocar para outro bairro para se divertirem”.

No segundo domingo de agosto, teve brinquedos para o lazer da garotada e música ao vivo com o quarteto Bartho, Paulinho Melo, Beto Lino e Marcinho Batista.

A via ao redor da Praça do México é fechada pela BHTrans e o evento acontece através de uma parceria com a Secretaria de Esportes e Lazer da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).

O consultório do Centro de Estética da Flor. Foto: Cristiane Borges.

Elisângela atende de 8h às 19h, em seu consultório ou a domicílio.

Palavra da cliente

Janete Souza Lima, 58, moradora do bairro Sagrada Família é cliente há quase um ano do Centro de Estética da Flor.“Já me indicaram fazer drenagem por motivos de saúde, pois eu retenho líquido nas pernas. Ao fazer a drenagem com a

Elisângela, eu tenho me sentido muito bem, desincho e sinto muita vontade de urinar. Quando venho aqui, durmo melhor, sinto pouca fome, me sinto bem demais”.

Serviço:

O Centro de Estética da Flor fica na rua Sabará, 678, ap. 31, no Colégio Batista, Belo Horizonte. Tels.: (31) 9.92143132 | 9.7323-0004.

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Helenice Fernandes: estética facial e corporal Cristiane Borges

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elenice Fernandes, esteticista, atua há 14 anos na área da beleza. Ela trabalha em seu consultório no Colégio Batista, com estética facial e corporal, que oferece massagem modeladora; drenagem linfática; limpeza de pele; pelling; depilação; e designer de sobrancelhas.

“Sempre gostei de mexer com ser humano. Desde pequena eu adorava mexer no cabelo da minha mãe, eu colocava rolinhos... e ela até cochilava. Aí eu descobri que aquilo dava prazer para ela. Aí eu tive um salão de beleza, quando era casada, mas com a segunda gravidez eu tive um problema sério e precisei parar com o salão, por causa do cheiro dos produtos químicos. Aí depois me separei e fui fazer estética, aí amei!”, conta.

“A pessoa vem aqui para se cuidar”

A esteticista disse que gosta de trabalhar com horário marcado para dar uma melhor atenção a seus clientes, pois o atendimento vai além das técnicas profissionais: cuida do controle da luz do ambiente e também dá atenção para as pessoas que querem “desabafar”. “Porque a gente precisa desse tempo. O meu diferencial é a atenção ao cliente”.

Ela trabalha com aromas como erva cidreira e capim para ajudar no relaxamento; e com músicas calmas, ou mantras: “todo um conjunto”.

Helenice considera que o seu trabalho é de troca de energias e que quan-

do não está bem, ela não atende clientes. “Em 14 anos, eu desmarquei umas três vezes, mas é porque eu estava com uma energia muito ruim, e meus clientes não mereciam que eu passasse isso para eles. E quando já vêm clientes mais agitados, eu também me preparo, fico mais calma, justamente por essa troca de energias.

Nós vivemos energia, nós somos energia. A hora que o cliente vem aqui é a hora dele”. E ela conta que tem toalhões, cobertinhas e até meias individuais para cada um de seus clientes.

Drenagem linfática

“Nós mulheres já temos a tendência de retenção de líquidos. Às vezes a mulher está para menstruar, e a calça fica apertada, a pessoa se sente inchada. Aí ao fazer a drenagem, dá um tempinho e a pessoa já tem vontade de urinar, pois assim é trabalhada a linfa, que vai direto para os gânglios linfáticos para serem filtrados, para eliminar toxinas através da urina. Já no pós-cirúrgico são trabalhados os pontos onde foram feitos a cirurgia”, explica Helenice.

Ela disse que a sessão dura cerca de 50 minutos, uma hora.

Pelling

A esteticista disse que o pelling é geralmente feito para trabalhar manchas. “Seja de idade, seja de sol... não é um tratamento que dá resultado 100%, pois não se sabe até que ponto a camada da pele foi atingida. Tem os pellings diamantado, de cristal, e químico; ge-

a esteticista Helenice Fernandes. Foto: Cristiane Borges. o consultório de Helenice Fernandes. Foto: Cristiane Borges.

ralmente para trabalhar renovação da pele com manchas”.

Massagem modeladora

Fernandes conta que trabalha exclusivamente com produtos da Adcos, “de qualidade e que promovem melhores resultados. Eu modelo o corpo para a cliente perder medidas em pontos que ela mais precisa”.

Bem estar para todos

Helenice indica seus serviços para todos os públicos, porém a faixa etária com que mais trabalha são pessoas a partir de 35 anos. “Desde que a pessoa se ame, se goste e queira se cuidar”.

Além dos produtos da marca Adcos, ela trabalha com o aparelho endermo, para modelar o corpo, com o ultrassom, “para romper a camada da célula que formou a gordura, e depois a gente trabalha com massagem para quebrar e tomar outros caminhos do corpo; e com o vibrocel, que trabalha quebrando as moléculas de gordura do tecido adi-

poso”.

Ela disse que em casos de pós cirurgia, é necessária autorização médica; e em pós parto, as massagens são indicadas depois de seis meses, também com liberação médica.

A maioria dos clientes da Helenice é o público feminino, mas ela atende o masculino também, “pois hoje os homens estão bem vaidosos. Aí pega a área de limpeza de pele; e eles também estão muito tensos, com trabalho, stress, dívidas, então eles procuram a massagem para relaxamento”.

Tratamento

Helenice explica que não é indicada a busca por resultados “em cima da hora”, como algumas pessoas procuram, em função de viajar para a praia, ou para festas de casamento e formaturas.

“O ideal é que a pessoa procure o tratamento com um mês de antecedência, para o tempo de dez sessões, para não agredir tanto o corpo, e para que o próprio cliente vá anali-

sando o tratamento. Tanto o facial, como o corporal”.

Para noivas, por exemplo, Helenice indica que o tratamento corporal ou facial seja iniciado com pelo menos quatro meses de antecedência, mas que pode sim procurá-la em “última hora. A gente faz um plano, tenta encaixar.

Não faço milagres, mas a gente dá um jeito”.

O consultório de Helenice Fernandes oferece pacotes e ela também atende a domicílio.

Mercado

Em relação ao momento econômico do país, o “pós crise”, Helenice disse que a área da estética está sobrevivendo.

“Lógico que houve uma caída, mas já está melhorando, pois as pessoas querem se cuidar. Pela autoestima, pelo pós cirúrgico, pelas viagens, pelo bem estar, pelo estético.

Quando se trabalha com amor é mais gostoso. A cliente vem, gosta do meu trabalho e fica. Tenho clientes de cinco, seis, sete anos comigo. Pois essa é uma área que se a pessoa gosta, ela não larga, só se a crise for muito brava mesmo”, considera.

Serviço:

O consultório de Helenice Fernandes fica na rua Itamogi, 45, no Colégio Batista, Belo Horizonte. Tel.: 9.9439-3080 | 3110-2679

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Salões de beleza versus crise ano VII | nº 101

Outubro de 2017

Saiba como um dos setores mais fortes da economia brasileira tem lidado com a crise, por um prisma dos bairros Lagoinha e Colégio Batista, em Belo Horizonte Cristiane Borges

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Brasil é o terceiro mercado global de beleza, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Mesmo com a queda de 6,7% nas vendas do setor entre 2014 e 2015, o brasileiro ainda destina 2% do seu orçamento aos produtos de beleza e higiene, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec).

Apesar do tamanho desse mercado, não havia uma regulamentação específica para os profissionais que trabalham nos salões brasileiros até este ano. Segundo dados divulgados pela Associação Nacional do Comércio de Artigos de Higiene Pessoal e Beleza (Anabel), o Brasil conta com 600 mil salões de beleza, mas poucos profissionais estão com sua situação formalizada.

A Gazeta da Lagoinha visitou alguns salões de beleza na região da Lagoinha e Colégio Batista, e verificou que o mercado da beleza apresenta cenários diferentes por aqui, mas que no geral tem profissionais que se empenham para fazer deste momento um trampolim, e saltar da crise com uma melhor bagagem de aprendizado e de adaptação.

Tradição

Reinaldo Valadão, 44, trabalha há cerca de um mês no Salão Vera Cruz, que fica na rua Itapecerica, 927, na Lagoinha. O salão foi administrado por 50 anos pelo senhor Noraldino, que aposentou e passou a administração para seu filho.

Reinaldo disse que os serviço que mais saem no Vera Cruz são corte e barba. “Aqui é um salão tradicional, mas estamos estudando o mercado para inovar o serviço”. Ele disse que desde

Meire Santiago e seu salão. Foto: Arquivo pessoal.

os cinco anos de idade freqüenta o salão, como cliente, e que o pai Hélio e o filho Gustavo até hoje o fazem.

Em relação à situação econômica que o país vem enfrentando nesses últimos três anos, Reinaldo considera que no Salão Vera Cruz “teve uma queda não só por causa da crise, mas porque hoje a profissão de barbeiro está muito concorrida, pois abriram muitas outras lojas de barbearia. Mas está dando para manter, principalmente porque aqui é um salão tradicional.

Então os clientes de há tempos fazem questão de vir aqui, como eu mesmo. Pegam um livro, lêem um jornal, e aqui ficam sabendo das notícias todas do bairro”.

No mesmo Vera Cruz também trabalha o Maycom Douglas, há um ano e meio. Ele disse que nesse tempo, ele percebeu “uma quedinha mesmo, mas pela concorrência também. O pessoal ficou desempregado, acabou fazendo curso e entrando na área, já que essa área [da beleza] é uma que nunca pára”.

No salão tem uma pequena biblioteca, onde os clientes podem levar livros emprestados e também doar.

Fidelidade dos clientes

Nilma Pereira Gonçalves, 55, trabalha há 15 anos com beleza.

Ela atende há sete anos na rua Beberibe, 115, na Lagoinha. Ela conta que já teve cinco salões no

Reinaldo Valadão e Maycom Douglas, do Salão Vera Cruz. Ao lado a biblioteca do salão. Foto: Arquivo pessoal.

bairro, inclusive na Igreja Batista; e hoje a manicure Rafaela trabalha com ela no salão.

Nilma disse que os serviços mais procurados em seu salão são “unha e escova”. “Eu mexo com tudo. Eu faço unha, cabelo, sobrancelha, de tudo um pouco”.

Em relação à crise econômica, ela considera que o movimento caiu sim, mas que a fidelidade dos clientes “não deixou a peteca cair”. “A pessoa não vai parar de comer para arrumar cabelo e unha, mas como minhas clientes são muito fiéis, e pelo fato de eu estar aqui há muitos anos, eu não senti muito a crise. A pastora Ângela Valadão, o pessoal da igreja vem aqui. A crise não é nada que a gente não possa superar. As lutas vêm, mas a gente tem que correr atrás e não pode parar. É colocar uma promoção, renovar”.

Ela contou que sua primeira cliente foi dona Juraci, irmã do diretor desta gazeta, o Creso Campos.

Trabalho feito com amor é sempre procurado

Meire Santiago

está há quase oito anos na rua Ponte Nova, 356, no Colégio Batista. “Comecei a mexer com salão tentando fazer em mim mesma, com dez anos eu comecei a fazer touca no meu cabelo. Gosto de ver as pessoas bonitas. Vou fazer 50 anos e estou há quase 40 no mercado.

Faço por amor”.

No salão que leva o seu nome, ela oferece os serviços de cabeleireiro, manicure e depilação. De acordo com a profissional da beleza, o carro-chefe do salão é o serviço de manicure e pedicure, “porque as clientes não deixam de fazer as unhas”.

Em relação à crise, ela disse que “de um ano para cá é que percebi que a crise pegou pesado [em relação ao movimento do salão].

Porém as pessoas não deixaram de procurar o salão, elas procuraram menos”.

Mudando de endereço para sair da crise

Anilson Silva trabalha no salão Style

Hair Cabeleireiros, com o Júnior e com o Guilherme, e a manicure Simone. O salão está há dois anos na esquina da rua Sabará com rua Galena, no Colégio Batista.

Antes o salão era na rua Sabará com Ponte Nova, onde ficaram cinco anos.

Em meio à crise econômica, a empresa investiu na mudança de ponto e mudou de imóvel. “Com a crise o movimento deu uma caída, mas tem que evoluir, né? E agora tem dado uma melhorada”, disse o cabeleireiro.

De acordo com Anilson os serviços que mais saem para o público feminino é a escova progressiva e luzes.

O encanto de cada dia

Kleus, do salão que leva o mesmo nome, está na rua Pitangui, próximo ao Chico do Peixe, há cerca de 20 anos. Ele oferece em seu salão “todos os serviços em relação a cabelo e unha”.

Em relação a situação econômica que o país vem atravessando, Kleus disse que houve muita diferença no movimento do salão, de uns dois anos para cá. “Teve uma queda de mais ou menos 40% em relação ao fluxo intenso do salão, o que é muita coisa, né? Mas pelo o que estou vendo, está melhorando, está normalizando aos poucos. Este ano já está sendo bem melhor do que ano passado e retrasado. Em 20 anos, essa foi a primeira crise tão séria que eu tive aqui”.

Ele disse que escolheu trabalhar com o mercado da beleza porque “está nele”. “Eu sempre quis mexer com pessoas. Para mim é en-

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cantador todo dia estar com uma vida nova, todo dia algo novo, todo dia escutar alguém com uma história diferente... para mim é motivador, é ótimo. E como eu gosto de mexer com a beleza das pessoas também, então uniu o útil ao agradável”.

A cabeleireira Nilma Gonçalves. Foto: Cristiane Borges.

O salão tem mais três funcionários: as manicures Sasá e Camila, e o cabeleireiro Sérgio.

Um olhar além do horizonte

Andreza Campos, do salão Espaço Vip, está há um ano na rua Pitangui, próximo a rua Formiga. O salão foi aberto em meio à crise, um olhar adiante no momento de maior recessão que o país viveu, mas de acordo com Andreza, o negócio tem dado certo.

“Graças a Deus não tenho nada a reclamar”.

No Espaço Vip também trabalham a Ayesca e o Tiago, e o salão oferece os serviços de manicure, pedicure, maquiagem, depilação e “serviços para o público masculino também”.

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Viva Lagoinha: quem não agradece não vai ter outra vitória

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Lagoinha enverga mas não quebra.

Quando acham que ela está morta, ela renasce de algum lugar e novamente se mostra mais viva do que nunca e volta a ser notícia. Foi assim na década de 80 logo após a construção do complexo viário, quando os moradores resolveram permanecer no bairro e enfrentar o impacto da obra, na década de 90 com a criação da ADE, uma legislação municipal que trata das áreas com diretrizes especiais, nos anos 2000 ela resistiu a duplicação da avenida Antônio Carlos e de 2007 pra cá, diversas pessoas, moradores ou não, movimentam-se em prol da requalificação da área.

Recentemente, a Lagoinha ganhou um novo fôlego. Fôlego esse que veio em formato de revista e assinada por uma das pessoas mais generosas que conheci nos últimos tempos, a jornalista Carol Macedo, editora da Revista Marimbondo, a quem dedico esta matéria com muita admiração e respeito.

Não foi o fato dela ter narrado na “Carta ao leitor, com carinho”, exatamente o que aconteceu a quatro anos atrás, quando eu conheci a revista, “pirei” e sugeri que a Lagoinha merecia uma Marimbondo só dela, mas sim pela forma que ela conduziu o processo da

publicação especial Lagoinha.

O chamamento público que deu oportunidade de qualquer pessoa compartilhar textos, relatos, fotos e etc, é a mesma pergunta que eu faço - Marcelo, Dete, Sr.Rafael, Rosângela, Dino, Dona Geralda, Meinha, Olga, Tatu, Nega Laura, Jorginho, Ignez, Tonhão, Adriana e Carol, me digam, qual Lagoinha vocês querem? Foi essa pergunta que a Marimbondo fez, agora cabe a nós, moradores dos bairros do Complexo da Lagoinha responder com ação essa pergunta.

Ocupar nossas ruas á noite não pode continuar sendo utopia.

Finais de semana com nossas ruas entregues ao caos social chamado crack, precisa nos incomodar.

Nosso comércio local precisa urgente ser fortalecido e outros vindo pra cá também. O poder público fazendo seu papel, precisa ser cobrado, por qualquer um, não só pelas associações. Morar num lugar legal: eu tenho certeza que esse desejo não é só meu.

Inquietação me fez voltar escrever neste jornal. Pulsação me faz dormir e acordar com o desejo de já estar morando num lugar legal. Ir pra ação, me faz convidar meus vizinhos para sairem de suas casas e falar.

Estou com uma idéia de

“Não é a minha casa, mas é a minha vida” Filipe Thales (texto e fotos)

P

or toda cidade, obras públicas e privadas deixam grandes espaços ociosos que resultam em locais de acúmulo de lixo e viram até moradia. Como esses fenômenos são tratados pelo poder público?

Como nós lidamos com essa situação? Qual é a solução?

Na Lagoinha, é comum encontrarmos este tipo de local. Olhando o bairro de cima, esses buracos são facilmente percebidos. Diversos espaços remanescentes das obras de alargamento da Av.Antônio Carlos poderiam servir de interli-

gação das ruas do bairro com a avenida. Em 2013, a Prefeitura de Belo Horizonte lançou o Concurso Público Nacional de Projetos de Arquitetura para Requalificação Urbana de Baixios de Viadutos, que busca implementar as diretrizes propostas pela Lei 10.443, de 28 de março de 2012, que institui a Política Municipal de Aproveitamento das Áreas sob Viadutos e, por sua vez, possui como objetivos promover e disciplinar a ocupação e o uso das áreas sob os viadutos municipais.

O baixio de viaduto é um espaço culturalmente tido como residual nas intervenções,

utilizar algum espaço no bairro para ser o lugar onde sua opinião será levada em consideração e seu talento exercitado.

Neste espaço a Lagoinha vai conhecer um novo jeito de tratar a coisa coletiva, sendo genuinamente coletiva, onde o desenvolvimento pessoal, o fortalecimento da comunidade e o serviço a terra andarão de mãos dadas.

Para este primeiro encontro, pensamos em fazer uma singela homenagem a Revista Marimbondo. Pensamos também no lançamento de uma campanha de nome sugerido “Pela Lagoinha que queremos” contendo a exposição do projeto de requalificação da Rua Itapecerica proposto pela arquiteta Ludmila Roque em 2011 e pra finalizar, queremos apresentar o Coletivo Viva Lagoinha e sua marca para nosso bairro.

Para este sonho ser 100% seu, o que ele tem que ter? Fale conosco. Pliiiiissssss!!!

O Coletivo Viva Lagoinha é uma iniciativa de comuni-

COMUNIQUE-SE

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NA CRISE, TIRE O ‘S’

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mundo tá girando. E é nesse giro que muita coisa muda.

Qualquer que seja a mudança, devemos analisar e tentar enxergar seu lado positivo. A principal mudança que devemos analisar são as relações humanas. Além de estarem em constante evolução, são essas relações que causam o desequilíbrio do meio ambiente e os conflitos pelo mundo. Por aqui, essas relações conflituosas, levaram o país a uma crise de identidade, política e como consequência, econômica.

Num cenário onde as relações de trabalho estão cada vez mais complexas e as formas de consumo cada vez mais conscientes, como se manter no mercado e crescer?

Seja através de produto ou prestação de serviço, concluir a venda e conseguir a satisfação do cliente se tornou um desafio ainda maior para empresárias, empreendedores, funcionários e

colaboradores.

Nós da Livre, acreditamos que a saída para a crise é tirar o s, criar! Criar novos jeitos de fazer as mesmas coisas nos garantem resultados diferentes. Positividade, criatividade e sinceridade na comunicação é a saída mais viável em tempos de vacas magras.

O melhor investimento a se fazer em tempos de crise, com certeza é a escuta. Precisamos cada vez mais escutar nossos clientes, fornecedores e principalmente nossos corações.

Aqui na Lagoinha, desde o verão de 2008 transformamos ideias e rascunhos em realidade através da comunicação criativa e sincera na Livre Comunicação e Cultura, uma agência de comunicação integrada que auxilia o mercado atual a se adaptar às mudanças contemporâneas através da arte, fotografia, publicidade e diálogo.

Por morar,

Filipe Thales é morador da Lagoinha, publicitário na Livre Comunicação e Cultura e facilitador do Coletivo Viva Lagoinha Whatsapp: 31.996701442 e-mail: livre.comunicacao.cultura@ gmail.com trabalhar e lutar pelo desenvolvimento da Lagoinha, nos sentimos preparados e muito à vontade para falar sobre esse assunto por aqui.

Conte conosco no seu sonho ou empreendimento, seja você empresária, empreendedora, colaboradora ou sonhadora como nós.

cação social que conecta as pessoas que sonham com a requalificação da Lagoinha através das artes, música e empreendedorismo.

Facebook: https://www.facebook.com/vivalagoinha/ Instagram: https://www. instagram.com/viva.lagoinha/WhatsApp: 31.996701442

mas que conserva em si, devido à sua estratégica inserção urbana e à sua ampla superfície para aproveitamento, um grande potencial para se tornar área qualificada para encontros e para a realização de atividades ao ar livre, expressão cultural, comércio e afins, porque na Lagoinha eles servem de moradia para pessoas viverem em condições precárias? Porque ainda jogamos lixo em lotes vagos?

Esses e outros questionamentos só encontramos respostas quando tomamos consciência e começamos praticar a autorresponsabilidade. Parece blá blá blá, mas enquanto ficarmos resistentes ao registrar uma denúncia no 156 da PBH ao ver um um espaço público ser ocupado sem o devido tratamento

e não conversamos com nossos vizinhos sobre o lixo que é jogado no lote vago da rua, abrimos margem para o que está acontecendo no nosso bairro.

Em 2011, através de um trabalho de conclusão de curso, a então estudante de arquitetura Ludmila Roque, apresentou um programa de requalificação da Rua Itapecerica e considerou esses espaços. A proposta correu o poder público, iniciativa privada e até então nada de concreto foi realizado até agora.

Com o retorno da atuação do Coletivo Viva Lagoinha no território,

teremos mais uma oportunidade de pensar nesse problema coletivamente.

E você, qual é a solução que enxerga para

estas situações? Fale conosco, pliiiiissss!!!

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