Dissertacao - GABRIEL BONANSEA DE ALENCAR NOVAES - 2020-05 - revisado

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Como pode-se perceber pelos mapas apresentados, há pouca variação na Velocidade do Ar nos espaços dos modelos ao longo dos horários da simulação. Foram apresentados somente os mapas dos horários das 15h e 18h para comparação, mas para todos os demais horários, os resultados foram similares, com pequenas variações irrelevantes da velocidade de circulação do vento em função do equilíbrio calculado com as demais variações térmicas. De forma universal, em todos os modelos se percebe uma maior velocidade de circulação dos ventos nas vias que possuem orientação sudeste-noroeste, que é o sentido de incidência do vento nos modelos (ventos advindos de sudeste). Percebe-se, inclusive, como já apontado anteriormente, que os segmentos dos modelos onde há maior velocidade de circulação dos ventos coincidem com os espaços com maiores temperaturas de ar no período diurno, vivenciando um aquecimento mais rápido ao longo do dia. Vias com orientação sudoeste-nordeste, são aproximadamente perpendiculares ao sentido de incidência dos ventos e, por esta razão, apresentam as menores velocidades de ventos, especialmente nos modelos de Itaim Bibi e República, onde as edificações criam maiores barreiras aos ventos. O modelo do Ipiranga, com vias nos sentidos norte-sul e LesteOeste, foi aquele que apresentou maior homogeneidade de velocidades de vento. As maiores velocidades de vento ocorreram sempre, em todos os modelos, nas bordas, com uma redução para o interior das vias, sendo que, como dito, as vias no sentido sudestenoroeste são aquelas que apresentam as maiores velocidades de ventos ao longo de todo o período de simulação. No modelo do Mirandópolis, as vias com maiores velocidades de vento foram a Rua das Rosas (maior velocidade) e a Rua das Orquídeas (onde está o ponto central), variando de 1,2 a 2,4 m/s, sendo que nas outras vias, os ventos chegaram no máximo a 1,4 m/s. No Ipiranga, com maior homogeneidade entre as ruas, devido ao traçado norte-sul e Leste-Oeste das vias, as velocidades variaram entre 0,7 e 2,0 m/s. Em Moema, as vias sudestenoroeste variaram de 1,4 a 2,5 m/s e as vias sudoeste-nordeste variaram de 0,3 a 1,3 m/s. No Itaim Bibi, as velocidades foram se reduzindo entre as três vias paralelas com direção aproximada Leste-Oeste por ordem de incidência dos ventos, sendo a via sul de 0,6 a 1,8 m/s, a via central de 0,6 a 1,0 m/s e a via norte de 0,3 a 0,9 m/s. Na República, por fim, nas estreitas vias houve maior homogeneidade, com velocidades entre 0,4 e 1,7 m/s.

Impactos da Morfologia da Cidade nas Condições Microclimáticas de Áreas Urbanas Consolidadas de São Paulo em Dias Quentes Gabriel Bonansea de Alencar Novaes | 2020 | Página 280 de 332


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