Revista FundsPeople novembro e dezembro

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ENTREVISTAS

IAN HARGREAVES, INVESCO AMANDA O'TOOLE, AXA IM LEGISLAÇÃO

SUSTENTABILIDADE E GOVERNANCE NO LIMIAR DE UM NOVO ANO FUNDS SERVICES

INVESTIMENTO ESG: ANÁLISE 360º DAS EMPRESAS COM ESTILO

NÚMERO 41 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2021

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FUNDOS PARA TODOS OS GOSTOS MAIS DE 200 FUNDOS DE INVESTIMENTO FORAM NOMEADOS NA VOTAÇÃO DOS FUNDOS DESTACADOS 2021. POUCO MAIS DE UM QUARTO DOS MAIS VOTADOS AGREGAM METADE DOS VOTOS E A CONCENTRAÇÃO É AINDA MAIOR POR ENTIDADE GESTORA.

VIAJAR: A ARTE DE NADA FAZER SÃO MIGUEL: UMA ILHA A VISITAR


DWS CONCEPT ESG BLUE ECONOMY Os oceanos são a chave para a saúde do nosso planeta: proporcionam emprego a milhões de pessoas, são o habitat de inúmeras espécies de plantas e animais, e mitigam as consequências das alterações climáticas. Como investidores, podemos participar no desenvolvimento de uma Economia Azul sustentável e contribuir para a conservação dos oceanos. Vamos começar?

Investimentos estão sujeitos a riscos. A DWS é uma das principais entidades gestoras de activos do Mundo. Em Portugal, a entidade responsável pela comercialização dos produtos e serviços da DWS é a DWS International GmbH e autorizado a exercer actividades de intermediação financeira em Portugal, em Regime de Livre Prestação e Serviços. Os clientes podem aceder aos produtos ou serviços da DWS através de uma ou mais entidades, que serão identificadas de acordo com os contratos, acordos, materiais promocionais ou outra documentação relativa aos produtos ou serviços oferecidos. Este documento foi preparado sem considerar as necessidades particulares de investimento, objectivos ou circunstâncias financeiras pessoais de qualquer investidor. Antes de tomar uma decisão de investimento, os investidores devem considerar, com ou sem a ajuda de um consultor, se os investimentos e estratégias descritos ou fornecidos pela DWS são apropriados, com base nas suas necessidades específicas de investimento, perfil de investidor, objectivos e circunstâncias financeiras. Por outro lado, este documento tem apenas a finalidade de informar, não constituindo uma oferta, recomendação ou pedido para concluir uma transacção, e não deve ser considerado como aconselhamento personalizado ou recomendação de investimento. A DWS não presta aconselhamento fiscal ou jurídico. Os investidores devem consultar os seus próprios consultores fiscais e advogados considerando os investimentos e estratégias sugeridos pela DWS. Os investimentos com a DWS não são garantidos, a menos que o contrário seja expressamente especificado. A menos que seja notificado de outra forma para uma situação específica, os instrumentos financeiros não são garantidos por nenhuma entidade governamental nem pela DWS. Embora as informações contidas neste documento tenham sido obtidas de fontes consideradas fiáveis, a sua exactidão, integridade ou equilíbrio não pode ser garantida e não deve ser considerada enquanto tal. Todas as opiniões e estimativas contidas neste documento, incluindo declarações relativas ao futuro, reflectem o entendimento da DWS na presente data do documento e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio e envolvem uma série de pressupostos que podem não ser válidos. Os investimentos estão sujeitos a vários riscos, incluindo flutuações de mercado, mudanças regulatórias, risco de contraparte, possíveis atrasos no reembolso e perdas de rendibilidades e do capital investido. O valor dos investimentos pode diminuir ou aumentar, e o investidor pode não recuperar o valor inicialmente investido durante o período de duração do investimento. Além disso, podem ocorrer flutuações substanciais no valor do investimento, mesmo em curtos períodos de tempo. A presente publicação contém declarações relativos ao futuro. Declarações relativas ao futuro incluem, mas não se limitam a, suposições, estimativas, projecções, opiniões, modelos e análise de rendimento hipotético. Os eventos futuros expressos constituem o julgamento da DWS até a data da divulgação deste documento. As declarações relativas ao futuro envolvem elementos significativos de avaliações subjectivas e análises, e a modificação das mesmas e/ou a consideração de factores diferentes ou adicionais podem ter um impacto significativo nos resultados incluídos. Assim, os resultados reais podem variar, mesmo substancialmente, dos resultados previstos neste documento. Nenhuma representação ou garantia é concedida pela DWS quanto à razoabilidade ou integridade de tais declarações prospectivas ou para qualquer outra informação financeira contida neste documento. Os termos e condições de qualquer investimento estão exclusivamente previstos nas disposições detalhadas, incluindo considerações de risco que são referidos nos documentos. Para tomar decisões de investimento, o investidor deve considerar toda a documentação final relativa à transacção (o Prospecto, as Informações Fundamentais Destinadas aos Investidores, os Relatórios anuais e semestrais, entre outros) e não apenas no resumo contido neste documento. Este documento não pode ser reproduzido ou divulgado por escrito sem a autorização da DWS. A circulação e distribuição deste documento pode ser restrito por lei ou regulamento em alguns países, incluindo os Estados Unidos da América. Este documento não é dirigido nem deve ser distribuído ou usado por qualquer pessoa ou entidade que seja cidadão, residente ou esteja localizado em qualquer localidade, estado, país ou outra jurisdição, incluindo os Estados Unidos da América, onde a distribuição, publicação, disponibilidade ou uso é contrário a qualquer lei ou regulamento, ou que sujeita a DWS a qualquer requisito de registro ou licenciamento que actualmente não se encontre naquela jurisdição. Pessoas que detenham este documento podem ser obrigadas a informar-se sobre e a respeitar as referidas restrições. Este documento não pode ser distribuído no Canadá, no Japão, nos Estados Unidos da América nem junto de qualquer pessoa que seja cidadão, residente ou local dos Estados Unidos da América. Rentabilidades passadas não são garantia de rentabilidades futuras. Nada do que é referido no presente documento constitui uma representação ou garantia quanto a rentabilidades futuras. O Prospecto e/ou as Informações Fundamentais Destinadas aos Investidores (IFI), aos quais deve ser anexado o último relatório anual auditado e o correspondente relatório semestral, se este for mais recente do que o último relatório anual, contêm a informação completa sobre o fundo. Os referidos documentos constituem a única base legal na qual os investidores devem apoiar a sua decisão de investimento para a aquisição ou subscrição de unidades de participação/acções do fundo. Se um instrumento financeiro é denominado numa divisa diferente da do investidor, qualquer flutuação na taxa de câmbio pode afectar negativamente o preço ou o valor do instrumento financeiro ou a sua rentabilidade, de modo que o investidor assume integralmente o risco cambial. O instrumento financeiro descrito neste documento pode não ser apropriado ao perfil de investidor de todos os investidores e, antes de decidir pelo investimento, o investidor deve assegurar-se que entende cabalmente as condições, características e riscos da transacção e que realizou um estudo independente da adequação da operação aos seus objectivos e circunstâncias pessoais, incluindo os possíveis riscos e benefícios da realização da referida operação. A informação mencionada anteriormente pode ser obtida em formato digital ou físico, sem qualquer custo, junto do consultor financeiro, da DWS International GmbH, ou no endereço www.funds.dws.com/pt. CRC: 085038 Agosto 2021


EDI AGORA É QUE VAI SER... TO RIAL E

41 I NOVEMBRO E DEZEMBRO 2021

sta mania de querermos dizer à boca cheia que atingimos algo, às vezes sai-nos cara. Numa das edições passadas referimos: “Talvez não tenhamos tido ainda uma edição tão verde como a que folheia”. Era verdade, é um facto. Mas perdoem-nos: agora é que vai ser! Estamos na reta final de 2021, a COP-26 terminou... e talvez não seja necessário arranjar mais desculpas para vos apresentar - esta sim - a edição mais verde da FundsPeople dos últimos tempos. Contudo, é provavelmente também a que coloca mais em causa o que andamos a fazer neste caminho que sentimos simultaneamente como tão novo e tão velho.

ESTA SIM É A EDIÇÃO MAIS VERDE DA FUNDSPEOPLE DOS ÚLTIMOS TEMPOS. VIAJAMOS POR (QUASE) TODO O UNIVERSO ESG E FAZEMOS AQUILO QUE É ESSENCIAL: QUESTIONAR.

Lembremos uma paródia (na internet, onde mais poderia ser?) que envolveu o comediante Trevor Noah. Ora parece que este soube que em Portugal os empregadores seriam proibidos de contactar os seus funcionários depois do horário de expediente. A punchline feriu os egos lusitanos: “Se os portugueses passarem a trabalhar menos, isso poderá fazer com que o resto do mundo possa ter acesso a menos… cães de água? O que eles fazem, mesmo, lá em Portugal?”. Ui. O que foi ele dizer. Nos dias seguintes jorraram tweets e posts de LinkedIn. CEO de startups, especialistas, criativos e uns quantos mais, convidaram a equipa do Daily Show a conhecer as coisas fantásticas que se fazem em Portugal. Desde o vinho, passando pela cortiça, pelos galos de Barcelos, pelos sapatos, pelos sistemas de segurança sofisticadíssimos que protegem os bancos lá dos States... Tudo Made in Portugal! E o que tem isto a ver com o ESG? Não sei bem. Mas não se deveria estar antes a pensar um pouco mais no que significa uma medida deste nível? Por mais que seja destinada a ficar num plano teórico - e seja até meio pueril - o que é que ela representa, por exemplo, no campo do Social desta sigla que agora temos na ponta da língua para tudo? Nesta edição questionamos muito. Olhamos para os problemas que as bases de dados ESG ainda apresentam, e como é que tomar decisões neste campo ainda pode ser algo feito com padrões distintos. Vamos perceber, pela perspetiva de um advogado, o que nos reserva o quadro legislativo no novo ano e como é que as próprias gestoras de ativos se podem ver assoberbadas com tantos e novos desafios no campo ESG. Há também espaço para perceber quem é que marca a agenda das grandes empresas, questionando-se o papel da responsabilidade fiduciária na gestão. E porque aqui não se produzem só cães de água, olhamos para os fundos nacionais de ações que são inequivocamente ESG. O que nos dizem nas métricas de risco ou de carbono? Questionemo-nos. Não nos fiquemos pela graça da punchline, quando o assunto da piada era o mais importante. Como diz o advogado que nos escreve : “Diz-me com que ESG andas, e dir-te-ei quem és”. NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 3


IN DI CE 41 I NOVEMBRO E DEZEMBRO

82

PANORAMA

12 O momento dos alternativos 14 A semântica dos mercados 18 Barómetro ABC 22 Fórum APFIPP: o investimento ESG na Europa 26 Ranking Selo FundsPeople 38 Fundos europeus: contratempo ou nova tendência

TENDÊNCIAS

42 Fundos para todos os gostos 48 Fundos temáticos e ESG com cadeado 54 Os fundos nacionais de ações de caráter ESG 58 Repasso temático 62 Pandemia: tsunami ou ondas passageiras nos fluxos? 66 Sustentabilidade e governance no limiar de um novo ano 70 Evolução dos fundos estrangeiros comercializados em Portugal 74 O impacto da política monetária moderna na relação fluxos-performance em fundos de ações 78 ESG: análise 360º das empresas

88 92

ENTREVISTAS

82 Ian Hargreaves 86 Catarina Quaresma Ferreira 88 Amanda O’Toole 92 Elisabete Pereira e Alexandra Tostões 94 Paul Benson 98 Jeremiah Buckley

94

PRODUTOS

86

102 O grande apetite pelo Global 108 Crédito long/short 111 Risco Divisa ao investir em mercados emergentes 114 Investimento de impacto: um passo em frente nas finanças sustentáveis 118 Os 20 maiores ETF com melhor pontuação ESG na Europa 122 Diferentes perspetivas sobre a responsabilidade fiduciária na gestão 125 Os fundos alternativos na moda na europa

ESTILO DE VIDA

128 Viajar: a arte de nada fazer 130 São Miguel: uma ilha a visitar por todos 4  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

98


Fidelity Funds Sustainable Future Connectivity Fund

Uma selfie desde Marte. A sério? A sério.

Fidelity Funds Sustainable Future Connectivity Fund A tecnologia mudará a nossa forma de conectar-nos… e não só a partir deste este planeta. Graças à inovação constante que vive este setor, amanhã também poderemos conectar-nos à internet desde Marte. Invista no futuro da conectividade pela mão da Fidelity e do fundo Fidelity Funds Sustainable Future Connectivity Fund.

www.fidelity.pt

O valor dos investimentos gerados podem subir ou descer, razão pela qual o investidor poderá não recuperar o montante investido. Os investimentos devem ser efetuados tendo em conta a informação no prospeto vigente e no documento de informações fundamentais para o investidor (DFI) que estao disponiveis a titulo gratuito juntamente com os relatorios anuais e semestrais através dos nossos distribuidores e do nosso Centro Europeu de Atenção ao Cliente: FIL (Luxembourg) S.A. 2a, rue Albert Borscette BP 2174 L-1021 Luxemburgo, assim como em https://www.fidelity.pt/fundos/documentoslegais. A Fidelity/FIL e a FIL LImited e as suas respetivas subsidiarias e empresas afiliadas. A Fidelity Funds é uma sociedade de investimento coletivo de capital variavel constituida no Luxemburgo. A comercialização CS1051 em Portugal está autorizada pela CMVM. Fidelity, Fidelity International e o logotipo da Fidelity International e o simbolo F são marcas da FIL Limited. Emitido por FIL (Luxembourg) S. A.


CO LABO RA DO RES

111

22

TOMÁS GARCÍA PURRIÑOS

Analista, APFIPP O investimento ESG na Europa

114

66

74

CONTRIBUTOS DO MÊS

PEDRO TOMÉ

INÊS HENRIQUES DA SILVA E IÑIGO SERRATS Senior sales executive e managing partner,Impact Bridge Investimento de impacto: um passo em frente nas finanças sustentáveis

JOSÉ COSTA PINTO Sócio fundador, Costa Pinto Advogados Sustentabilidade e governance no limiar de um novo ano

122

Estudante de mestrado em Finanças, ISCTE-IUL Co-vencedor do prémio APFIPP para Melhor Dissertação Académica em 2021 O impacto da política monetária moderna na relação fluxosperformance em fundos de ações

78

41 I NOVEMBRO E DEZEMBRO 2021

Gestor de fundos de investimento, Santander AM Risco Divisa ao investir em mercados emergentes

SÉRGIO BRITO

DAVID CIENFUEGOS Responsável de investimentos, Willis Towers Watson para a Europa Continental Diferentes perspetivas sobre a responsabilidade fiduciária na gestão

128 TIAGO FREIRE DE ANDRADE

PEDRO LINO

CEO e Co-fundador, RM Analytics ESG: análise 360º das empresas

Administrador, Optimize Investment Partners Viajar, a arte de nada fazer

108

130 INÊS FERNANDEZ MEHDI DOUALI Analista, Allfunds Crédito Long/Short

Nota de redação A Primer Decil Consultores y Editores S.L. informa-o que os seus dados de carácter pessoal, obtidos na sua condição de subscritor da revista FundsPeople fazem parte do ficheiro 397084/2010 inscrito na Agência Espanhola de Proteção de Dados, sendo os mesmos apenas utilizados para os fins de envio desta revista e outras informações sobre produtos e/ ou atividades da entidade e/ou daquelas com as quais sejam celebrados acordos, assim como produtos e/ou atividades

6  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

de patrocinadores e/ou colaboradores da revista e/ou da entidade, incluindo-se o envio de comunicações comerciais através de meios de comunicação à distância, efetuando, de igual modo, resumos estatísticos e/ou históricos. O leitor tem reconhecidos os direitos de acesso, retificação, cancelamento e oposição dos seus dados pessoais mediante comunicação individual que deverá enviar para o seguinte endereço de correio electrónico: protecciondatos@fundspeople.com A FundsPeople é uma revista dirigida exclusivamente a profissionais do sector financeiro e, em particular, a

Responsável de Produto & Marketing, Santander Asset Management São Miguel: uma ilha a visitar por todos

entidades consideradas como contrapartes elegíveis ou investidores profissionais, ao abrigo da legislação aplicável. A informação sobre instituições de investimento coletivo ou outros instrumentos financeiros, constante da FundsPeople é apresentada unicamente com fins informativos e ilustrativos e nunca deve ser interpretada como uma oferta de venda ou uma recomendação de investimento. A informaçao não constitui uma descrição completa das instituições de investimento coletivo ou de outros instrumentos financeiros, mercados, ou desenvolvimentos a que se faz referência.


JUAN SAN PIO Diretor Comercial da Amundi ETF, Indexing & Smart Beta para a Península Ibérica e América Latina

Obrigações ganham terreno em ESG

As obrigações estavam há algum tempo atrasadas face às ações no âmbito do investimen¬to ESG, sigla em inglês para Environmental, Social and Governance, mas a crescente procura por este tipo de investimento está a conduzir o desenvolvimento de uma gama de soluções em rápida expansão. A integração das considerações ESG nas carteiras de obrigações foi relativamente lenta em comparação com as ações. O primeiro índice ESG de ações foi lançado em 1990, mas o primeiro índice de obrigações ESG só foi lançado duas décadas depois. Uma das razões para este atraso está relacionada com a perceção histórica do “engagement” (compromisso). Os detentores de obrigações não têm os mesmos direitos de voto que os acionistas, o que deu lugar ao mito de que dispunham de uma capacidade limitada para participar e exercer influência nas empresas. Não obstante, dado que o investimento responsável está a tornar-se cada vez mais popular, há um rápido aumento do apetite dos investidores e a disponibilidade de soluções de obrigações ESG e, em particular, dos ETFs. As vantagens de incorporar a análise ESG no investimento em obrigações são evidentes. O

escrutínio ESG de um emissor corporativo pode, por exemplo, revelar a exposição a riscos de investimento a longo prazo, como as alterações climáticas, que poderão demorar anos a materializar-se. Cada vez mais se reconhece que as empresas com sólidas credenciais ESG têm menos probabilidade de falhar ou serem menos rentáveis a longo prazo. Em consequência, os fatores ESG estão a ocupar um papel mais importante nas carteiras de obrigações dos investidores e estamos a ver uma maior integração dos critérios ESG por parte dos emissores. Os investidores em obrigações estão a mostrar uma maior disposição para comunicar diretamente com as empresas e para lhes pedir contas sobre questões ESG. Os emissores de obrigações, por sua vez, estão agora mais comunicativos no fornecimento de informação. Além disso, há mais informações disponíveis dos provedores de dados ESG, até nas áreas menos cobertas previamente como a dívida pública. A já crescente procura de ETF de obrigações ESG disparou após a pandemia da COVID-19, que aguçou a atenção dos investidores sobre os riscos de sustentabilidade e destacou a

resiliência dos ETFs. Nas turbulências do mercado após o rebentar da pandemia, os ETFs continuaram com o seu crescimento sem deixar de oferecer aos investidores um acesso instantâneo ao mercado com preços transparentes e executáveis. Organismos reguladores como o Banco de Inglaterra destacaram o papel dos ETFs como meio de fixação de preços, especialmente, no segmento das obrigações, onde os ETFs oferecem uma indicação do valor razoável das obrigações. Os fluxos para os ETFs de obrigações ESG dispararam posteriormente. Os ETFs listados na Europa atraíram mais de 81 bilhões de euros nos últimos 12 meses até outubro de 2021, incluindo 18 biliões de euros em obrigações*. O progresso em matéria de ESG no mercado de obrigações tem um longo caminho a percorrer. Ainda há uma falta de consistência no nível de informação ESG proporcionada pelos emissores de obrigações, em particular para a dívida soberana, o que faz com que a due dilligence em matéria ESG seja um desafio. Além disso, os ativos de obrigações continuam a representar só uma pequena proporção dos ativos sustentáveis a nível

mundial. Não obstante, dado que o investimento sustentável se considera cada vez mais uma necessidade e não um luxo no momento de gerir os riscos de investimento a longo prazo, em conjunto com as vantagens como baixo custo, liquidez, transparência e diversificação, os ETFs são cada vez mais o veículo preferido para investir em obrigações ESG. As inovações e ativos sob gestão nestas ferramentas dinâmicas devem continuar a desenvolver-se, e aumentar a gama de escolhas e a capacidade dos investidores de incorporar a sustentabilidade nas suas carteiras de investimento de acordo com os seus objetivos. A Amundi é líder europeia reconhecida no mercado de ETF e oferece mais de 150 ETFs* em todas as principais classes de ativos, regiões geográficas e um grande número de setores e temas. A Amundi está a liderar a transformação ESG e a sua plataforma ETF, Indexing e Smart Beta é conhecida pela sua vasta gama de soluções de alta qualidade abrangendo ações e obrigações com diferentes níveis de intensidade ESG.

* Fonte: Amundi ETF outubro 2021

Informação Importante Documento dirigido a clientes profissionais, incluindo intermediários financeiros, e não se destina nem deve ser fornecido ao público. Este documento não está dirigido a cidadãos ou residentes nos EUA ou a qualquer pessoa de nacionalidade americana tal como está definido na regulação “US Securities Act de 1933” e como se encontra definido no prospecto da Amundi Index Solutions (o "Fundo"). A definição de cidadãos ou residentes nos EUA encontra-se nas menções legais do nosso site www.amundi.com. Amundi Euro Istoxx Climate Paris Aligned PAB OICVM ETF, Amundi MSCI Europe Climate Paris Aligned PAB OICVM ETF, Amundi MSCI World Climate Paris aligned Pab OICVM ETF, Amundi Index MSCI Global Climate Change - OICVM ETF e Amundi Index MSCI Europe Climate Change - OICVM ETF são subfundos (o "Subfundo") do Fundo, e são um esquema reconhecido para efeitos de S. 264 of the Financial Services and Markets Act 2000. Documento de natureza publicitária, simplificado, reservado para os investidores portugueses e sem valor contratual. Não constitui em nenhum caso uma recomendação, pedido, oferta ou aconselhamento financeiro sobre investimentos. A Amundi não aceita qualquer responsabilidade, direta ou indireta, que possa resultar da utilização de qualquer informação aqui contida, nem será responsável por qualquer decisão tomada com base nesta informação. Investir implica riscos, os participantes do fundo podem perder a totalidade ou parte do capital inicialmente investido. Rentabilidades passadas não são garantia de resultados futuros. O valor patrimonial líquido (VPL) dos Fundos é publicado nos mercados bolsistas. De um modo geral, as participações dos Fundos adquiridas no mercado secundário não podem ser diretamente vendidas aos Fundos. Os investidores devem comprar e vender participações num mercado secundário através de um intermediário (por exemplo um corretor), podendo incorrer em despesas. Os investidores poderão pagar um valor superior ao VPL em vigor ao comprarem as suas participações e poderão receber um valor inferior ao VPL em vigor quando as venderem. A compra de unidades de participação deverá ter como suporte o último folheto informativo, KIID, estatutos e relatórios anual e semestral registados na CMVM. Para mais informação, consulte a documentação legal vigente, disponível gratuitamente sob solicitação prévia à Amundi Iberia SGIIC, SAU registada na CNMV com o número 31 (Paseo de la Castellana 1, Madrid 28046), ou no endereço www. amundi.pt ou amundietf.com ou a través dos distribuidores autorizados em www.cmvm.pt. Antes de realizar qualquer subscrição, as pessoas interessadas devem assegurar-se que essa operação está permitida segundo a legislação vigente, comprovar as implicações fiscais e consultar os documentos legais em vigor. Debe garantir-se a devida adequabilidade dos riscos associados ao produto com os potenciais investidores, que devem ainda assegurar-se que entenderam o conteúdo do documento informativo. Está proibida a reprodução sem o consentimento prévio e por escrito da Sociedade Gestora. Os ETF estão registados no registo de organismos de investimento coletivo estrangeiros da CMVM. Amundi Iberia SGIIC SAU: comercializadora principal em Espanha, supervisionada pela CNMV e inscrita com o no 31. Amundi ETF designa a atividade de ETF da Amundi Asset Management, SAS (“Sociedade por ações, regime simplificado”), com um capital social de 1.086.262.605€ e aprovada pelo regulador francês (Autorité des Marchés Financiers - AMF) com o número GP 04000036 na qualidade de sociedade gestora de carteiras, Bd Pasteur 90 - 75015 Paris - França - 437 574 452 RCS Paris.


DI RE TÓ RIO ÍNDICE DE EMPRESAS 41 I N OVEMBRO E DEZEMBRO 2021 ABC

ABANCA 42, 70 ABRDN 18, 26, 42 ACATIS 14, 18, 42 ACTIVOBANK 70 AEGON ASSET MANAGEMENT 38 AGEAS PENSÕES 22 ALANTRA 42 ALGEBRIS INVESTMENTS 38, 42 ALLFUNDS 12 ALLFUNDS BLOCKCHAIN 12 ALLIANCEBERNSTEIN 26, 42 ALLIANZ GLOBAL INVESTORS 18, 26, 38, 42, 108 ALLSPRING GLOBAL INVESTMENTS 12 ALVARIUM 42 AMP CAPITAL 26 AMUNDI 18, 26, 38, 42, 118, 125 AQR 42 ARTISAN PARTNERS 42 ASK PATRIMÓNIOS 42 ATLANTIC 22 ATLANTICO EUROPA 42 ATRIUM 70 AVIVA INVESTORS 38, 125 AXA IM 14, 18, 26, 42, 88 AXXION 42 BAILLIE GIFFORD 42 BALUARTE WEALTH ADVISORS 42 BANCO BEST 42 BANCO BPI 42, 70 BANCO CARREGOSA 42, 70 BANCO FINANTIA 70 BANCO INVEST 70 BANGKOK BANK 12 BANKINTER GA- SUC. PORTUGAL 22, 42, 70 BBVA AM 42, 70 BBVA FUNDOS 22 BIG - BANCO DE INVESTIMENTO GLOBAL 42, 70 BIZ CAPITAL 22 BLACKROCK 18, 26, 38, 79, 108, 125

BLUEBAY AM 18, 26, 42 BMO GAM 12, 18, 22, 26, 42 BNP PARIBAS AM 18, 26, 38, 42, 118 BNY MELLON IM 18, 26, 38, 42, 94 BPI GESTÃO DE ATIVOS 22, 26, 42, 54, 118 BPI VIDA E PENSÕES 22, 42 BROWN ADVISORY 18, 26, 42 CAIRN REAL ESTATE 12 CAIXA GESTÃO DE ATIVOS 22, 26, 42, 48 CANDRIAM 18, 26, 42 CAPITAL GROUP 18, 26, 38, 42, 102 CARMIGNAC 18, 26, 42 CARREGOSA 22 CASA DE INVESTIMENTOS 22 CGD PENSÕES 22 COHEN & STEERS 42 COLUMBIA THREADNEEDLE INVESTMENTS 12, 18, 26, 42 COMGEST 42 CONSENSYS 12 CORUM AM 70 CPR AM 18 CREDIT SUISSE 18, 26, 42, 118, 125 CREDIT SUISSE - SUC. PORTUGAL 42 CRÉDITO AGRÍCOLA GEST 22, 42 CRÉDITO AGRÍCOLA VIDA 22

DEF DOUBLELINE 42 DPAM 18, 42, 102 DUNAS CAPITAL - GESTÃO DE ACTIVOS 22 DWS 18, 26, 38, 42 EAGLE CAPITAL MANAGEMENT 42 ECS 22 EDMOND DE ROTHSCHILD - SUC. EM PORTUGA 70 EDMOND DE ROTHSCHILD AM 18, 26, 42 ELEVA 18, 42 ENTRUST GLOBAL 42 EPSILON CAPITAL 14, 18, 26 EURIZON 18, 26, 42 EUROBIC 70 EVLI 18 EXANE ASSET MANAGEMENT 125 FEDERATED HERMES 26 FIDELIDADE 22, 42 FIDELITY INTERNATIONAL 18, 26, 42 FIRST EAGLE INVESTMENT MANAGEMENT 18 FLORESTA ATLÂNTICA 22 FLOSSBACH VON STORCH 14, 18, 26, 38, 42 FRANKLIN TEMPLETON INVESTMENTS 12, 18, 26, 42, 108 FUNDIESTAMO 22 FUNDSMITH 26, 42, 102 FUTURE PROOF 42 FUTURO 22

GHI GAM 42 GEF 22 GENERALI INVESTMENTS 42 GESFIMO 22 GFM GESTÃO DE ATIVOS 22 GNB - SGFP 22 GNB - SGP 22 GNB FUNDOS MOBILIÁRIOS 22 GNB GESTÃO DE ATIVOS 26, 42, 54 GNB REAL ESTATE 22 GOLDMAN SACHS AM 18, 26, 38, 42 GTCR 12 HAWKCLAW CAPITAL ADVISORS 42 HEED CAPITAL 42 HEPTAGON 42 HSBC 38, 42 IM GESTÃO DE ATIVOS 22, 26, 54 IMOFUNDOS 22 IMOPOLIS 22 IMORENDIMENTO 22 INSIGHT INVESTMENT 38 INSTITUTIONAL INVESTMENT PARTNERS GMBH 22 INSULA CAPITAL 22 INTERFUNDOS 22 INVESCO 18, 26, 38, 42, 83 INVEST GESTÃO DE ACTIVOS 22, 42 ISHARES 38, 118

JKL J.P. MORGAN AM 14, 18, 26, 38, 42. 125 JANUS HENDERSON 14, 18, 26, 38, 42, 98, 125 JUPITER AM 18, 26, 42 KEPLER LIQUID STRATEGIES 125 LA FINANCIERE DE L’ECHIQUIER 26 LA FRANÇAISE 26, 42 LAZARD AM 18, 26, 42, 125 LEGAL & GENERAL IM 38

8  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

LEXINGTON PARTNERS 12 LIBERTAS 22 LIONTRUST AM 42 LM CAPITAL WEALTH MANAGEMENT 26 LONVIA CAPITAL 42 LUMYNA INVESTMENTS 125 LYNX ASSET MANAGERS 22, 42

MN M&G INVESTMENTS 12, 18, 26, 42, 58 MAGALLANES VALUE INVESTORS 42 MAIN FIRST AM 42 MAN GROUP 14, 18, 26, 38, 125 MEDIOLANUM 48 MERCER 70 MFS IM 18, 26, 42 MILLENNIUM BCP 70 MIRABAUD 18, 26, 42 MIRAE ASSET 18, 26, 38, 42 MONTEPIO GESTÃO DE ACTIVOS 22 MONTEPIO VALOR 22, 42 MORGAN STANLEY IM 18, 26, 42, 102 MOSAIC 125 MPC CAPITAL 12 MUZINICH 18, 26, 42, 108 NATIXIS 42 NEUBERGER BERMAN 18, 26, 42, 125 NINETY ONE FUND MANAGERS 18, 26, 42 NN IP 18, 26, 42 NORDEA AM 18, 26, 42, 125 NORFIN 22 NORTHERN TRUST AM 38 NOVOBANCO 42, 92

OPQ OAK HILLS ADVISORS 12 ODDO BHF ASSET MANAGEMENT 18, 26 OPPENHEIMER GENERATIONS 12 OPTIMIZE INVESTMENT PARTNERS 22, 42 PICTET AM 12, 18, 26, 38, 42, 48, 58, 108, 125 PICTON 12 PIMCO 14, 18, 26, 38 POLAR CAPITAL 18, 26 POPULAR GESTÃO DE ACTIVOS 70 PREVISÃO 22 PROFILE - SGFIM 22 PROTESTE INVESTE (TREE FAMILY OFFICE) 42

RST RAM ACTIVE INVESTMENTS 26, 42, 108 REAL VIDA SEGUROS 42 REFUNDOS 22 REVERENCE CAPITAL PARTNERS 12 ROBECO 18, 26, 42, 48, 58, 102 RUFFER 14, 18, 38, 42 S.G.F.P. BANCO DE PORTUGAL 22 SANDS CAPITAL 38 SANTANDER AM 22, 26, 42, 54, 125 SANTANDER PENSÕES 22 SANTANDER PRIVATE BANKING 42 SANTANDER TOTTA 70 SCHRODERS 12, 18, 26, 38, 42, 114, 125 SCHRODERS CAPITAL 12 SEILERN 18, 26, 42, 102 SFS - GESTÃO DE FUNDOS 22 SGF 22 SILAR - SICAFI, SA 22 SILVIP 22 SIXTY DEGREES 22, 42, 86 SKY HARBOR 26 SQUARE ASSET MANAGEMENT 22 STATE STREET 118 SWISS RE 38 T. ROWE PRICE 12, 14, 26, 42 TF TURISMO FUNDOS 22 TIKEHAU IM 42

UWXYZ UB ASSET MANAGEMENT 18, 26 UBS AM 18, 26, 38, 42, 118, 125 UTI INTERNATIONAL 42 VANGUARD 18, 26, 38 VERITAS ASSET MANAGEMENT 42 VICTORIA - SEGUROS DE VIDA, SA 22 VICTORY CAPITAL 12 VILA GALE GEST 22 VIOLAS FERREIRA - SICAFI, SA 22 VONTOBEL AM 18, 26, 38, 42 WAYSTONE 42, 125 WELLINGTON MANAGEMENT 26, 38, 42 WELLS FARGO AM 12 WESTEND ADVISORS 12 WISDOMTREE 38 XTRACKERS 38, 118

CEO GONZALO FERNÁNDEZ gonzalof@fundspeople.com REDAÇÃO NACIONAL MARGARIDA PINTO, Editor - Portugal margarida.pinto@fundspeople.com CATARINA VINAGRE, Reporter catarina.vinagre@fundspeople.com INTERNACIONAL ÓSCAR RODRÍGUEZ, Reporter orodriguez@fundspeople.com ANA PALOMARES, Reporter ana.palomares@fundspeople.com REGINA RIVERA, Reporter regina.webb@fundspeople.com DAVIDE MOSCA, Reporter davide.mosca@fundspeople.com FILIPPO LUINI, Reporter filippo.luini@fundspeople.com ANÁLISE Diretora MARÍA FOLQUÉ, Global Head of Analysis mfolque@fundspeople.com MIGUEL RÊGO, CFA, Head of Analysis - Portugal miguel.rego@fundspeople.com SAMUEL CAPUCHO, Fund Analysis Intern samuel.capucho@fundspeople.com MONTSERRAT FORMOSO, Senior Fund Analyst mformoso@fundspeople.com SIMONE VIDOTTO, Senior Fund Analyst simone.vidotto@fundspeople.com MARKETING RAQUEL ALONSO, Marketing Manager raquel.alonso@fundspeople.com IÑIGO IMBERT, Business Development Manager iimbert@fundspeople.com AIDA CISNEROS, Events Manager - Iberia aida.cisneros@fundspeople.com GEMA VELASCO, Branded Content Manager - Iberia gema.velasco@fundspeople.com DAVIDE PASIMENI, Head of Italy davide.pasimeni@fundspeople.com GIOVANNA VAGALI, Events & Branded Content Manager - Italy giovanna.vagali@fundspeople.com CONSULTORIA: ANTONIO SALIDO, CEO, NUVIX CONSULTING SL. PAGINAÇÃO: ANTONIO CAPA E RODRIGO PÉREZ, KEMBEKE ESTUDIO. FOTOGRAFIA E VÍDEO: VITOR DUARTE E MÁXIMO GARCÍA, OJIPLÁTICO TRADUÇÕES: CRISTINA JAOUEN, FULLY INVESTED TRANSLATION. IMPRESSÃO: RIVADENEYRA EDITADO por © Primer Decil Consultores y Editores S.L. Todos os direitos reservados. SUBSCRIÇÕES: pt.fundspeople.com DEPÓSITO LEGAL M-48220-2008 REDAÇÃO MADRID Velázquez, 126. 4 Izquierda. 28006 Madrid Tel. (+34) 91 755 35 58 redaccion@fundspeople.com es.fundspeople.com REDAÇÃO LISBOA Espaço Amoreiras . Rua D. João V, nº 24, 1.03, E.26 - 1250-091 Lisboa Tel. (+351) 210 415 957 portugal@fundspeople.com PUBLICIDADE publicidad@fundspeople.com


CRESCIMENTO. O CAMINHO DA CHINA. A China está a seguir o seu próprio caminho de crescimento transformador, o que está a criar oportunidades para os investidores. A China está a evoluir. Uma estratégia de crescimento ambiciosa, através de inovações em tecnologia e ciência, está a consolidar o país como um importante motor económico. É o momento adequado para investir e fazer parte do crescimento da China. Saiba mais sobre as oportunidades de investimento na China: lu.allianzgi.com

O investimento no Fundo envolve riscos. Os investimentos no Fundo e o rendimento obtido poderão oscilar para cima e para baixo, dependendo dos valores ou previsões existentes no momento do investimento e, portanto, poderá não recuperar o seu investimento na íntegra. Este material promocional foi elaborado pela Allianz Global Investors GmbH, www.allianzgi.com, uma sociedade de investimento de responsabilidade limitada, constituída na Alemanha, com sede em Bockenheimer Landstrasse 42-44, 60323 Frankfurt/M, com número de registo no tribunal local de Frankfurt/M, HRB 9340, autorizada pelo Bundesanstalt für Finanzdienstleistungsaufsicht (www.bafin.de). Para informações sobre o Resumo dos Direitos dos Investidores em inglês ver (www.regulatory. allianzgi.com). Fonte: Allianz Global Investors. Julho 2021. #1724270


41 I N OVEMBRO E DEZEMBRO

NOTÍCIAS

O MAIS

1. novobanco cria nova solução de consultoria para investimento para os seus clientes de menor património financeiro 2. António Luna Vaz (BPI Private): “A alocação de carteiras limitada apenas às classes tradicionais condiciona a capacidade de gerar retornos”

VISTO EM

3. ESG: a segunda oportunidade da gestão de ativos

/

4. Nuno Henriques (Santander AM): “Existe um grande compromisso de que a abordagem [ESG] faça parte do nosso ADN” 5. O passado, o presente e o futuro da economia 6. Chart of the week – isto vai aquecer... 7. Trilogias do investimento e da poupança… 8. A concentração do mercado de PPR

Período de recolha de dados: 30/10/2021 - 28/11/2021 em fundspeople.com/pt/

PERFIS

Pedro Lino Optimize Investment Partners

Jose Maria Cazal Ribeiro Julius Baer

Joaquim Luiz Gomes Heed Capital

Luís Duarte GNB Gestão de Ativos

Pedro Lobo Bankinter

Hussein Sacoor SIG Capital

António Luna Vaz BPI

Elena Domecq J.P. Morgan Asset Management

Interfundos

Casa de Investimentos

Nordea Asset Management

IM Gestão de Ativos

Bank of America

Banco BEST

NB PPR/ OICVM

NB Obrigações Europa

Santander Acç. América CA

PIMCO GIS Income Fund Institutional EUR

BlackRock Global Funds Continental European Fl. Fund E2 EUR

BlackRock Global Funds Next Generation Technology Fund I2

EMPRESAS

GNB Gestão de Ativos

Heed Capital

PRODUTOS

Caixa Ações Líderes Globais

BlackRock Global Funds World Technology Fund

10  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO


Ver o mundo através dos olhos do investidor

bnymellonim.com


REINO UNIDO Columbia Threadneedle cresce

PANORAMA RADAR INTERNACIONAL

EUA Nasce a Allspring Global Investments

A Wells Fargo AM converteu-se oficialmente em Allspring Global Investments, uma mudança que coloca um ponto final à compra da sociedade, por 2.100 milhões de dólares, por parte das entidades de capital de risco GTCR e Reverence Capital Partners, tal como se anunciou no princípio do ano. A Allspring é uma das principais gestoras de ativos independentes, com um património gerido de mais de 587.000 milhões de dólares, uma ampla gama de capacidades de investimento em diversas classes de ativos e 18 escritórios em todo mundo.

EUA

T. Rowe Price coloca foco nos alternativos

A T. Rowe Price anunciou a aquisição da Oak Hills Advisors (OHA), gestora de crédito alternativo com mais de 30 anos de história e 53.000 milhões de dólares em ativos a 31 de julho de 2021. Mediante este acordo, avaliado em 4.200 milhões de dólares, a T. Rowe Price ficará com 100% do capital da OHA. As duas sociedades planeiam aproveitar soluções de distribuição complementares e desenvolver conjuntamente novos produtos que lhes permitam expandir-se noutras categorias de ativos alternativos.

EUA

Franklin Templeton reforça-se no capital de risco

A Franklin Templeton comprará a entidade de private equity Lexington Partners por 1.750 milhões de dólares, uma operação que se prevê que se conclua a meio do ano que vem. Fundada em 1994 e com 34.000 milhões de dólares em ativos, a Lexington especializou-se em fundos de coinvestimento e no mercado secundário de capital de risco. Uma vez completada a compra, a Lexington passará a fazer parte do modelo multiboutique da Franklin Templeton e a equipa atual de gestão manterá a as suas funções .

CHILE

Acordo comercial para a M&G

A Columbia Threadneedle Investments fechou a compra do negócio de gestão de ativos na EMEA da BMO. A operação soma 113.000 milhões de euros ao património gerido pela Columbia Threadneedle, que ascende assim até aos 617.000 milhões de euros, para além de reforçar as competências da gestora em investimento responsável, produtos alternativos e soluções

A gestora britânica M&G Investments chegou a um acordo comercial com a Picton, entidade que comercializa fundos de terceiros, para ampliar a sua rede de distribuição na América Latina. A Picton encarregar-se-á de comercializar e distribuir as estratégias da M&G entre os investidores institucionais do Chile e Perú, assim como de proporcionar serviços de due diligence, informação sobre produtos e análise de investimento.

EUA Victory Capital compra outra boutique A Victory Capital pagou 480 milhões de dólares para ficar com 100% da WestEnd Advisors, gestora ativa com sede em Charlotte, Carolina do Norte, com um património gerido próximo dos 18.000 milhões de dólares. Como resultado deste acordo, a WestEnd converter-se-á na décima primeira boutique a operar sob a umbrella da gestora de ativos de San Antonio, Texas.

O MOMENTO DOS

ALTERNATI

12  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO


A OPINIÃO DE

HOLANDA

Schroders aposta no imobiliário

A Schroders Capital, a divisão de mercados privados

da Schroders, chegou a um acordo para adquirir a Cairn Real Estate, gestora holandesa especializada no setor imobiliário com 1.300 milhões de euros em ativos. Com esta operação, a Schroders ampliará a sua oferta num setor de crescimiento chave na Europa. A Cairn, que até agora era propiedade de MPC Capital, opera em vários setores como logística, escritórios e saúde, entre outros.

ESPANHA

Allfunds Blockchain amplia a sua oferta

Nova aliança estratégica entre Allfunds e a ConsenSys para desenvolver um novo produto comercial. As duas empresas voltaram a combinar a sua tecnologia para lançar a Quorum Subscription with Allfunds Privacy, uma solução comercializada pela ConsenSys que coloca à disposição das empresas as inovadoras funções de privacidade desenvolvidas pela Allfunds Blockchain.

TAILÂNDIA Aliança estratégica para a Pictet

O Pictet Group e a Bangkok Bank firmaram uma aliança estratégica na qual a entidade suíça, que gere ativos no valor de 746.000 milhões de dólares, proporcionará serviços de gestão patrimonial ao banco comercial tailandês. Graças a este acordo, os clientes do Bangkok Bank terão acesso a amplas capacidades de investimento global em diversas classes de ativos e produtos de gestão patrimonial.

SINGAPURA Oppenheimer desembarca na Ásia

A Oppenheimer Generations, o family office do sul-africano Nicky Oppenheimer e do seu filho Jonathan, criaram uma divisão em Singapura para incrementar a sua exposição à Ásia e facilitar o investimento entre essa região e a África. O património líquido do family office ascende a 8.200 milhões de dólares, em grande parte graças à venda por cerca de 5.000 milhões de dólares, da sua participação na mineira de diamantes De Beers, fundada en 1917 pelo avô de Nicky, Ernst Oppenheimer.

TIVOS

Private equity, ativos imobiliários e crédito alternativo, no ponto de miras das gestoras globais.

JEREMIAH BUCKLEY Gestor do Janus Henderson Balanced Fund, Janus Henderson

SEJA DINÂMICO O plano da Fed para acompanhar o ritmo das suas compras de ativos faz sentido, e esta permanecerá adequadamente paciente na avaliação do progresso dos seus objetivos de emprego e inflação. Assim, continuamos a sentir que as taxas de juro de longo prazo irão crescer ao longo do tempo. Contudo, também continuamos a acreditar que fatores técnicos fortes, tais como a procura externa, impedirão que as taxas subam demasiado depressa, mesmo quando a Fed começar a normalizar lentamente as taxas no final de 2022 ou início de 2023 Entretanto, os spreads de crédito permanecem perto dos mínimos históricos, enquanto os riscos começam a surgir. O retorno obtido com os baixos spreads das obrigações corporativas face ao risco assumido, é menos convincente no ambiente atual. Esperamos que tanto os retornos absolutos como os relativos sejam cada vez mais impulsionados pela identificação de setores e indústrias individuais, bem como de emitentes e títulos individuais, que acreditamos que oferecem oportunidades de retorno mais convincentes e ajustadas ao risco. À medida que reduzimos a exposição a empresas, alocamos o capital a oportunidades seleccionadas dentro da gama de produtos securitizados, de forma a aumentar a diversificação dentro de produtos com spread, e tirando partido das oportunidades de seleção de títulos que identificámos. Acreditamos que esta abordagem dinâmica proporciona a flexibilidade necessária para nos posicionarmos defensivamente à frente da volatilidade, ao mesmo tempo que procuramos retornos fortes e ajustados ao risco. NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 13


PANORAMA SMART CONSENSUS por Miguel Rêgo, CFA

A SEMÂNTICA

DOS MERCADOS Inflação, deflação, desinflação, nível de preços… diferentes formas de fazer referência ao tema do momento poderão estar a fazer escalar a discussão e o desacordo. No entanto, a grande maioria dos especialistas pende para um lado, a inflação… ou melhor, a taxa de inflação, deverá abrandar dos máximos que se têm verificado.

A

inflação é o tema que tem marcado as conversas e discussões acerca do presente e futuro dos mercados financeiros e política monetária. Contudo, parece que a grande maioria dos profissionais da gestão de ativos se posicionam do lado de uma inflação temporariamente mais elevada, o que não faz com que a parcela de profissionais que acredita no contrário seja irrelevante.

Não obstante, é também visível que o desacordo tem origem, frequentemente, numa questão de semântica, mais precisamente, entre os termos taxa de inflação e nível de preços, e entre desinflação e deflação. O nível médio de preços subiu, é um facto. Subiu mais do que no passado. No entanto, a não ser que se acredite que se iniciou uma espiral inflacionária descontrolada, é expectável que a taxa de subida abrande significativamente.

Geraldine Sundstrom, da PIMCO, diz isso mesmo. Para a gestora, a volatilidade recente nas taxas e nos mercados de ações é um indicativo de que os investidores estão a ter dificuldades em equilibrar perspetivas e fundamentais corporativos de médio prazo, relativamente suportados, com uma fotografia bastante mais desafiante no curto prazo”. Não obstante, a gestora acredita que, mesmo que os riscos que rodeiam uma inflação mais elevada possam re-

FUNDOS QUE COMPÕEM A CARTEIRA DE CONSENSO DA FUNDSPEOPLE EM 2021 (*) FUNDO

CATEGORIA MORNINGSTAR

SELO FUNDSPEOPLE 2021

AXA WF Optimal Income

Mistos Flexíveis

DABC DABC

Epsilon Fund Enhanced Constant Risk Contribution

Mistos Flexíveis

DABC

FvS Multiple Opportunities II

Mistos Flexíveis

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

Acatis Gané Value Event Fonds

Mistos Moderados

Janus Henderson Balanced

Mistos Moderados

JPM Global Balanced

Mistos Moderados

Man AHL TargetRisk

Mistos Moderados

PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset

Mistos Flexíveis

Ruffer Total Return Intl

Mistos Moderados

T. Rowe Price Global Allocation

Mistos Moderados

14  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

Capitalizando no trabalho que envolve o Selo FundsPeople, a nossa equipa de Análise construiu uma carteira de consenso Smart Consensus, que será a mesma para Espanha, Portugal e Itália. A carteira Smart Consensus é composta pelos fundos das categorias mistos moderados e mistos flexíveis que tiveram selo nos três países. O resultado é uma carteira formada por 10 fundos multiativos com o mesmo peso, seis moderados e quatro flexíveis. Fonte: elaboração própria com dados da Morningstar. Dados de 29 de fevereiro de 2021. (*) Carteira Smart Consensus FundsPeople 2020, com Selos FundsPeople 2021.


DISTRIBUIÇÃO POR ATIVOS OBRIGAÇÕES AÇÕES LIQUIDEZ E OBRIGAÇÕES A CURTO PRAZO OUTROS (DIVISAS, ALTERNATIVOS E IMOBILIÁRIOS)

70% 60%

velar-se mais persistentes do que os investidores ou bancos centrais esperavam, a inflação elevada que se tem verificado deverá dissipar-se. “Esperamos que estes fatores sejam temporários e se resolvam à medida que os bottlenecks na cadeia de abastecimento se resolvam por si próprios”. Na mesma linha, os gestores do JPMorgan Global Balanced Fund esperam que a taxa de inflação se modere, face aos níveis elevados desta segunda metade do ano. Os gestores estão otimistas em relação ao outlook de crescimento global e comentam que, “apesar de em abrandamento, o crescimento deve manter-se acima da tendência ainda em grande parte de 2022”.

PRINCIPAIS RISCOS

Para os gestores, “as políticas fiscal e monetária devem permanecer relativamente acomodatícias e é improvável que as decisões do banco central criem obstáculos para os mercados. O foco será na redução gradual, o que significa que as taxas de juro devem subir lentamente”. Os principais riscos que monitorizam passam por novas variantes da COVID19, que possam surgir e afetar a eficácia das vacinas, uma escalada das complicações resultantes da disrupção das cadeias de abastecimento ou um crescimento abaixo das expetativas. Perante estas perspetivas otimistas, a equipa da J.P. Morgan AM reduziu a exposição a rendimento fixo, especialmente a dívida pública, um movimento em linha com a tendência pluri-anual que se verifica na carteira de Smart Consensus. “Os bancos centrais globais deverão começar a normalizar os seus balanços reduzindo as compras de títulos. Isto pressionou as taxas de juro para cima, mas com a inflação também a aumentar, as yields reais permanecem negativas. Ao mesmo tempo, a inflação do lado da procura é saudável para uma tendência pró-risco”, dizem.

50% 40% 30% 20% 10% 0%

N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O 2019

2020

2021

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA COMPONENTE DE AÇÕES EUROPA (INCLUI REINO UNIDO)

AMÉRICA DO NORTE (EUA E CANADÁ)

EMERGENTES (INCLUI PAÍSES ASIÁTICOS DESENVOLVIDOS)

JAPÃO E AUSTRÁLIA

70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%

N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O 2019

2020

2021

ALOCAÇÃO DA COMPONENTE DE OBRIGAÇÕES CORPORATIVAS

SOBERANAS

CASH

OUTRAS

70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%

N N D D JJ F F M M A A M M JJ JJ A A S S O O N N D D JJ FF M M A A M M JJ JJ A A SS O O 2019 2019

2020 2020

2021 2021

NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 15


P

AR

P

R

TNE R

PANORAMA SMART CONSENSUS

AR

TNE

A OPINIÃO DE

Adicionalmente, nos últimos meses, a equipa abriu uma posição cross credit fora do benchmark. “O carry, no crédito é bom e, nesta fase do ciclo, o risco de incumprimento é baixo. Ao mesmo tempo, acreditamos que há espaço para uma compressão de spreads adicional no próximo ciclo de upgrade. Nesta posição, procuramos alcançar um spread maior por unidade de duração”.

AÇÕES E CASH SÃO REIS

A CARTEIRA DE KATY THORNEYCROFT, GARETH WITCOMB, JONATHAN CUMMINGS

Gestores do JPM Global Balanced Fund

Os bancos centrais globais deverão começar a normalizar os seus balanços reduzindo as compras de títulos. Isto pressionou as taxas de juro para cima, mas com a inflação também a aumentar, as yields reais permanecem negativas. Ao mesmo tempo, a inflação do lado da procura é saudável para uma tendência pró-risco.

GERALDINE SUNDSTROM

Co-gestora do PIMCO GIS Dynamic MultiAsset Fund

Embora acreditemos que a duration tenha um upside limitado, considerando o nível das taxas, a nossa visão vai ao encontro de um justo valor nas yields. Assim, continuamos a executar a nossa duration na extremidade inferior do nosso intervalo histórico e permanecemos focados, principalmente na duração nominal australiana, canadiana e europeia.

16  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

A gestora do PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset Fund revela que a exposição a crédito no fundo mantém-se reduzida, preferindo exprimir a exposição a risco por via de equity. Aliás, a própria média de alocação da carteira de Smart Consensus mostra esta preferência. O que se tem visto desde março de 2020 é uma posição barbell na média das carteiras. Por um lado, um elevado peso de ações. Por outro, um crescimento das posições de cash em detrimento das obrigações. No entanto, nas posições de fixed income, Geraldine Sundstrom indica que privilegiam “os créditos relacionados com habitação com fundamentais sólidos, juntamente com investment grade de maior qualidade. Também adicionámos recentemente algumas pequenas exposições a AT1s e spreads high yield”. À semelhança da equipa da J.P.Morgan AM, os gestores do fundo multiativo da PIMCO seguiram um caminho de uma reduzida exposição a fixed income por via de uma duration que se traduz nos níveis mais reduzidos do intervalo histórico. “Embora acreditemos que a duration tenha um upside limitado, considerando o nível das taxas, a nossa visão vai ao encontro de um justo valor nas yields. Assim, continuamos a executar a nossa duration na extremidade inferior do nosso intervalo histórico e permanecemos focados, principalmente, na duração nominal australiana, canadiana e europeia”, explica.

JESS WILLIAMS Analista de carteiras de investimento responsável, Columbia Threadneedle Investments

CHINA: UM PROGRESSO NOTÁVEL NO INVESTIMENTO RESPONSÁVEL, APESAR DAS SUAS CONTRADIÇÕES A China é uma faca de dois gumes: é líder mundial em desenvolvimento de energias renováveis, visto que instalou mais do dobro da capacidade em gigawatts que o seu concorrente mais próximo durante a última década, tanto em energia eólica como solar, mas ao mesmo tempo tem sido o país que mais ampliou a sua capacidade de carbono nesse mesmo período. Em termos absolutos, a China é o país que mais contribuiu para as emissões mundiais, embora isto se deva principalmente ao seu tamanho. Ao analisar as emissões por pessoa, o número é muito mais reduzido do que a dos Estados Unidos e está praticamente a par da União Europeia. A grande diferença, no entanto, radica em que, depois de mais de um século de aumento das emissões, as da União Europeia agora tendem para a queda, enquanto que as da China não. Outro fator que se deve ter em conta ao analisar as emissões por país, é que estes dados de emissões se baseiam na produção. Isto significa que as emissões geradas pela produção de bens fabricados na China, que se consomem na União Europeia ou nos Estados Unidos, se atribuem à pegada de carbono da China, mas em emissões atribuíveis ao consumo per capita, provavelmente a China sair-se-ia melhor do que a União Europeia, Estados Unidos e Reino Unido.


Threadneedle (Lux) Global Focus

Consistência para um aumento da qualidade Uma solução de qualidade no mercado global de ações.  Engloba as «melhores ideias» em títulos de rendimento variável mundiais.  Investe em empresas de crescimento de qualidade com vantagens competitivas duradouras e capacidade para gerar rendibilidades sólidas e sustentáveis. Desempenho anualizado (liquido) YTD

2020

2019

2018

2017

2016

Fundo

20.7%

26.8%

33.9%

-2.0%

30.5%

-1.1%

Grupo de comparação

14.8%

25.7%

30.1%

-8.6%

28.8%

1.0%

Capital em risco. O desempenho passado não é um guia para o desempenho futuro. Retornos recebidos da Columbia Threadneedle Investments e da Morningstar em 31 de octubre de 2021. Retornos do fundo para a classe de ações LU0061474960, em EUR e líquidos de comissões, com base nos preços de fechamento globais com rendimento reinvestido não ajustado. Grupo de comparação: GIFS Offshore - Global Large Cap Growth Equity.

columbiathreadneedle.pt

O seu sucesso, a nossa prioridade.

Informações Importantes: Para efeitos de marketing. A Threadneedle (Lux) é uma sociedade de investimento de capital variável (“Société d’investissement à capital variable”, ou “SICAV”) constituída ao abrigo das leis do Grão-Ducado do Luxemburgo. A SICAV procede à emissão, resgate e transação de ações de diferentes classes. A sociedade gestora da SICAV é a Threadneedle Management Luxembourg S.A, à qual a Threadneedle Asset Management Ltd. e/ou determinadas subconsultoras fornecem serviços de consultoria. Determinados subfundos da SICAV estão registados em vários países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Finlândia, França, Hong Kong, Irlanda, Islândia, Itália, Liechtenstein, Luxemburgo, Macau, Noruega, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, Singapura, Suécia e Suíça; contudo, tal encontra-se sujeito às jurisdições aplicáveis e alguns subfundos e/ou classes de ações poderão não estar disponíveis em todas as jurisdições. As ações dos Fundos não poderão ser oferecidas ao público em qualquer outro país e o presente documento não pode ser alvo de emissão, circulação ou distribuição, salvo perante circunstâncias que não constituam uma oferta pública e estejam em conformidade com a legislação local aplicável. O presente material serve somente fins de informação e não constitui uma oferta ou um convite para uma oferta de compra ou venda de quaisquer títulos ou outros instrumentos financeiros, ou prestação de consultoria ou serviços em termos de investimento. O preço de negociação pode incluir um ajuste de diluição sempre que o fundo registe importantes fluxos de entrada e saída de investimento, com exceção de Enhanced Commodities. O prospeto contém informações mais detalhadas. As subscrições de um Fundo só poderão ser efetuadas com base no Prospeto e no Documento com as Informações Fundamentais Destinadas aos Investidores atuais, bem como nos últimos relatórios anual e intercalar e nos termos e condições aplicáveis. Consulte a secção “Fatores de Risco” do Prospeto para obter informações sobre todos os riscos aplicáveis ao investimento nos fundos em geral e neste Fundo em particular. Encontram-se disponíveis outros documentos que não os KIID em inglês, francês, alemão, português, italiano, espanhol e neerlandês (não existindo Prospeto em neerlandês). Os KIID estão disponíveis em idiomas locais. Os documentos podem ser obtidos gratuitamente, mediante pedido por escrito à sociedade gestora em 44, rue de la Vallée, L-2661 Luxembourg, Grão-Ducado do Luxemburgo, junto da International Financial Data Services (Luxembourg) S.A. em 47, avenue John F. Kennedy, L-1855 Luxembourg, Grão-Ducado do Luxemburgo, ou acedendo a www.columbiathreadneedle.com. O resumo dos direitos do investidor está disponível no nosso site em inglês. A Threadneedle Management Luxembourg S.A. pode decidir pôr termo aos acordos realizados para a comercialização do Fundo. As posições da carteira são baseadas em avaliações de ativos brutos no fecho global (não na hora oficial do NAV). O Rendimento Histórico reflete distribuições declaradas nos últimos 12 meses. O Rendimento de Distribuição reflete o montante previsível de ser distribuído nos próximos 12 meses. O Rendimento Subjacente reflete o rendimento anualizado líquido de despesas do fundo. Os rendimentos apresentados não incluem qualquer encargo preliminar e os investidores poderão estar sujeitos a impostos sobre as respetivas distribuições. Columbia Threadneedle Investments é o nome de marca global do grupo de empresas Columbia e Threadneedle. Emitido por Threadneedle Management Luxembourg S.A. Registada no Registre de Commerce et des Societes (Luxemburgo), N.º de registo B 110242, 44, rue de la Vallée, L-2661 Luxembourg, Grão-Ducado do Luxemburgo. 11.21 | J32021 |3555737


PANORAMA BARÓMETRO

DESCUBRA OS FUNDOS COM SELO São produtos que contam com a preferência dos analistas, se destacam pela sua consistência ou por serem blockbuster.

N

um mercado como o português, que conta com mais de 2.555 fundos registados para venda, a FundsPeople divulga os fundos com Selo FundsPeople 2021. São 557 produtos com selo, que se destacam por um ou vários dos seguintes três critérios:

DA Favoritos dos Analistas. Fundos

que acumulam um mínimo de cinco votos dos selecionadores dentro de cada questionário anual realizado em Portugal, Espanha e Itália, dirigido aos analistas de fundos, sobre os seus produtos favoritos. Existem 34 fundos que conseguem este selo.

D B Blockbuster.

São os ‘super-vendas’ do mercado. Incluem-se os produtos com mais de 100 milhões de euros distribuídos no mercado ibérico ou 50 milhões de euros no caso dos produtos nacionais. Adicionalmente, a estes últimos exigem-se captações líquidas a três anos superiores ou iguais a um quarto dos AUM no fecho do ano: cerca de 405 fundos alcançam esta classificação.

tegoria, a partir da base da Morningstar Direct, com referência ao final do último ano. São analisados os fundos registados para venda em Portugal, com uma antiguidade mínima de três anos à data de referência da análise. De cada fundo é selecionada uma classe, a mais representativa segundo um conjunto de critérios. Esta classe selecionada será comparada com os restantes fundos da sua categoria através de dois scorecards. No primeiro, são considerados critérios de rentabilidade e volatilidade acumulada a 3 e 5 anos, e no se-

gundo, dados individuais dos últimos cinco anos civis. Em ambos os casos, a rentabilidade e a volatilidade têm um peso de 65% e 35%, respetivamente. Do modelo resultam os fundos que se situam no primeiro quintil em ambos os scorecards. Há 213 fundos com classificação Consistente FundsPeople. Nos três casos são excluídas da análise as categorias de fundos com garantia de capital, target date, do mercado monetário, obrigações de muito curto prazo e rentabilidade ou maturidade objetivo.

PRODUTOS COM A TRIPLA CLASSIFICAÇÃO DO SELO FUNDSPEOPLE 2021 FUNDO Acatis Gané Value Event Fonds BlackRock Global Funds - World Technology Fund BlueBay Funds - BlueBay Invest. Grade Euro Govern. Bond F. Brown Advisory US Equity Growth Flossbach von Storch - Bond Opportunities JPMorgan Funds - Emerging Markets Equity Fund

lise da FundsPeople, dirigida por Maria Folqué, desenvolveu um modelo de seleção próprio para destacar os produtos mais consistentes em cada ca-

18  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

Technology Sector Equity Europe Fixed Income US Equity Large Cap Growth Global Fixed Income Global Emerging Markets Equity

Jupiter Global Fund - Jupiter Dynamic Bond

Global Fixed Income

MFS Meridian Funds - European Value Fund

Europe Equity Large Cap

MFS Meridian Funds - Prudent Wealth Fund

Aggressive Allocation

Morgan Stanley Investment Funds - Asia Opportunity Fund

Asia ex-Japan Equity

PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset Fund Schroder International Selection Fund EURO Corporate Bond

DC Consistentes. A equipa de Aná-

CATEGORIA Moderate Allocation

Flexible Allocation Europe Fixed Income

Nordea 1 - Global Climate and Envir. Fund

Global Equity Mid/Small Cap

Oddo BHF Avenir Europe

Europe Equity Mid/Small Cap

Pictet-Multi Asset Global Opportunities

Cautious Allocation

PIMCO GIS Income Fund

Global Fixed Income

Schroder Internat. Sel. F. EURO Corp. Bond

Europe Fixed Income


NINA PETRINI, responsável na UBS AM por ETFs e Index Funds para o mercado Ibérico e LATAM

Como construir um ETF sustentável eficiente em carbono?

TENDÊNCIAS RECENTES - UM FOCO CLARO NAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS A UBS AM tem sido pioneira na área dos ETFs de sustentabilidade desde 2011, o que nos leva a ser a segunda maior sociedade gestora de ETFs sustentáveis na Europa, com ativos sob gestão (AuM) de 36 mil milhões de USD (17% de quota de mercado, fonte: etfbook.com, dados de 26 de novembro de 2021). Ao longo da última década, testemunhamos a evolução do investimento sustentável, em particular aquele que está enfocado nas alterações climáticas. Para nos mantermos na linha da frente, desenvolvemos, em conjunto com MSCI, a metodologia Low Carbon Select para criar soluções personalizadas que mantenham características de ESG essenciais, mas com um foco adicional na melhoria do perfil associado com as emissões de carbono. O QUE DETERMINA A PEGADA DE CARBONO DE UMA CARTEIRA? Considerando o MSCI ACWI como um universo de partida, podemos analisar a Intensidade de carbono (Âmbito 1 + Âmbito 2 t CO2e / USD m Vendas) de cada empresa para compreender quais são os principais fatores que contribuem para a pegada de carbono de uma carteira. Por exemplo, as 10 empresas com a maior intensidade de carbono têm um peso de apenas 0.5%, mas contribuem em 5,4% para a intensidade média ponderada de carbono (WACI) do MSCI ACWI. Isto demonstra que podemos melhorar substancialmente o perfil de carbono de uma carteira mediante a realização de exclusões.

a compreender o ponto de corte ideal com base no número de exclusões. Na tabela, realçamos dois limiares potenciais para os maiores emissores: os piores 5% e 10%. Um limiar de 10% significa que 10% das empresas com a maior intensidade de carbono são classificadas como “maiores emissores”; das ~2964 do MSCI ACWI, estão a ser excluídas 296 empresas. Esta exclusão reduz as emissões de carbono em ~70%. Do mesmo modo, excluindo os 5% piores emissores (~148 empresas) a WACI diminui em ~50%. Ambos os exemplos confirmam como um número limitado de exclusões direcionadas pode melhorar substancialmente o perfil de emissões de carbono de uma carteira. OS DESAFIOS DE UMA IMPLEMENTAÇÃO PRÁTICA O conceito de “maiores emissores” é intuitivo e relativamente fácil de aplicar à primeira vista. No entanto, é importante assinalar que os maiores emissores pertencem essencialmente a alguns setores: Serviços Essenciais, Materiais, Energia e Indústria. Isto corresponde ao esperado, pois o modelo de negócio de uma empresa de Serviços Essenciais ou Energia tende a ser, por natureza, mais intenso em carbono em comparação com setores como os Serviços Financeiros ou de Comunicação. Dadas as grandes diferenças setoriais na intensidade do carbono, uma exclusão baseada apenas nos maiores emissores faria com que determinados setores fossem prati-

camente excluídos da carteira. Para mitigar este problema, introduzimos um limiar de exclusão que, em cada setor da classificação GICS, limita o número de exclusões até um máximo de 30% do peso desse setor. A limitação do peso máximo excluído ajuda, em certa medida, a manter uma alocação setorial mais alinhada com a carteira inicial, sendo que a redução das emissões de carbono continua a ser o primeiro objetivo. Outro resultado positivo desta abordagem é o facto de nos permitir manter as empresas mais eficientes em termos de carbono em cada setor, ao mesmo tempo que eliminamos as piores classificadas. EXCLUSÕES ADICIONAIS E CRITÉRIOS DE SELEÇÃO O conceito de Low Carbon Select é estrutural nas duas famílias de ETF ESG da UBS: a família MSCI ESG Universal Low Carbon Select e a família MSCI SRI Low Carbon Select. A primeira oferece a opção de atingir determinados objetivos ESG e de redução de emissões de carbono, aplicando um número determinado de exclusões mas ao mesmo tempo limitando o Tracking Error. A segunda família centra-se nas melhores empresas numa perspetiva de ESG, top 25% em cada setor. É adequada para investidores com critérios de exclusão mais restritivos e com maiores objetivos de ESG. Da mesma forma, na família ESG Universal Low Carbon Select os 5% piores emissores são excluídos, enquanto que na MSCI SRI Low Carbon Select, o limiar de exclusão está em 10%.

ILUSTRAÇÃO DA INTENSIDADE DE CARBONO POR CONSTITUINTE (MSCI ACWI)

Weighted avg. carbon intensity

160

COMO SE IDENTIFICAM OS MAIORES EMISSORES? Para identificar os maiores emissores apresentamos no gráfico a contribuição marginal para a WACI de cada empresa no MSCI ACWI. Todos os componentes da carteira são ordenados por ordem decrescente com base na sua intensidade de carbono e a linha vermelha mostra a WACI obtida através da exclusão recorrente dos maiores emissores. A inclinação desta curva indica o benefício marginal de cada exclusão e pode ajudar-nos

140

2.964

151,0

2.815

70.4

2.665

47.3

constituents

120 100 80

constituents

tCO2e / USDm Sales

tCO2e / USDm Sales

60 40

constituents

20 0

150 300

1.000

tCO2e / USDm Sales

2.000 # of companies

3.000

Fonte: MSCI BPM, MSCI ESG Manager, UBS Asset Management. Dados de 31 de agosto de 2021. Apenas para efeitos de ilustração.

AVISO LEGAL: PARA EFEITOS DE MARKETING E INFORMAÇÃO PELA UBS. Antes de investir num produto, leia atentamente e na íntegra o prospeto mais recente e o documento de informações fundamentais destinadas aos investidores. As informações e opiniões contidas neste documento foram compiladas ou recebidas com base nas informações obtidas de fontes consideradas fiáveis e de boa-fé, mas não são garantidas como rigorosas, nem constituem uma declaração ou um resumo completo dos valores mobiliários, mercados ou desenvolvimentos referidos no documento. Os membros do Grupo UBS podem ter uma posição em e podem efetuar uma compra e/ou venda de qualquer um dos títulos ou outros instrumentos financeiros mencionados neste documento. As unidades de fundos da UBS aqui mencionadas podem não ser elegíveis para venda em todas as jurisdições ou em determinadas categorias de investidores e não podem ser oferecidas, vendidas ou entregues nos Estados Unidos. A informação aqui mencionada não se destina a ser interpretada como um pedido ou uma oferta para comprar ou vender quaisquer títulos ou instrumentos financeiros relacionados. O desempenho passado não é um indicador fiável de resultados futuros. O desempenho apresentado não tem em conta quaisquer comissões e custos cobrados aquando da subscrição e resgate de unidades. As comissões e os custos têm um impacto negativo no desempenho. Se a moeda de um produto financeiro ou serviço financeiro for diferente da sua moeda de referência, o retorno pode aumentar ou diminuir em função das flutuações cambiais. Esta informação não tem em consideração os objetivos de investimento específicos ou futuros, a situação financeira ou fiscal ou as necessidades particulares de qualquer destinatário específico. Os detalhes e opiniões contidos neste documento são fornecidos pela UBS sem qualquer garantia e destinam-se apenas à utilização pessoal e para efeitos de informação do destinatário. Este documento não pode ser reproduzido, redistribuído ou republicado para qualquer fim sem a autorização escrita da UBS Asset Management Switzerland AG ou de uma empresa agrupada local. Fonte de todos os dados e gráficos (caso não estejam indicados de outra forma): UBS Asset Management Este documento contém declarações que constituem “declarações prospetivas”, incluindo, entre outras, declarações relacionadas com o desenvolvimento futuro do nosso negócio. Embora estas declarações prospetivas representem os nossos julgamentos e expectativas futuras relativamente ao desenvolvimento do nosso negócio, uma série de riscos, incertezas e outros fatores importantes podem fazer com que os desenvolvimentos e resultados efetivos sejam materialmente diferentes das nossas expectativas. Pode encontrar um resumo dos direitos dos investidores em inglês online em: ubs. com/funds. Pode encontrar mais explicações das condições financeiras em ubs.com/glossary © UBS 2021. O símbolo das chaves e UBS estão entre as marcas comerciais registadas e não registadas da UBS. Todos os direitos reservados.


PANORAMA BARÓMETRO

OS FUNDOS INTERNACIONAIS SUPER-VENDAS NA PENÍNSULA IBÉRICA

ara ter o Selo de Blockbuster (B), os produtos internacionais devem alcançar os 100 milhões de euros de património distribuído no mercado P ibérico. Fonte: gestoras e diferentes entidades distribuidoras.

01 FIXED INCOME

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02 MULTIATIVOS E ALTERNATIVOS

500 1.000 BGF EURO SHORT DURATION BOND A2 EUR DWS FLOATING RATE NOTES LC MUZINICH ENHANCEDYIELD S-T HUSD ACC A CARMIGNAC PF SÉCURITÉ F EUR ACC MS INVF EURO CORPORATE BOND I FIDELITY EURO SHORT TERM BOND Y-ACC-EUR JUPITER DYNAMIC BOND I EUR Q INC AXAIMFIIS EUROPE SHORT DUR HY A CAP EUR PIMCO GIS INCOME INSTITUTIONAL USD ACC SCHRODER ISF EURO CORP BD I ACC EUR UBAM DYNAMIC US DOLLAR BOND AC USD NORDEA 1 - LOW DUR EURP COV BD BI EUR MS INVF SHORT MATURITY EURO BOND I FVS BOND OPPORTUNITIES IT GAM MULTIBOND LOCAL EMERGING B. USD C VONTOBEL EUR CORP BD MID YLD B EUR AXAIMFIIS US SHORT DUR HY A CAP USD JPM US AGGREGATE BOND D (ACC) USD JPM GLOBAL CORP BD A (ACC) USD CARMIGNAC PF UNCONS EURO FI F EUR ACC GS EM MKTS DBT BASE ACC USD NORDEA 1 - EUROPEAN COVERED B. BP EUR AXAWF EURO CREDIT SHORT DUR I CAP EUR JANUS HENDERSON HRZN E. CORP BD I2 EUR INVESCO EURO SHORT TERM BOND C EUR ACC JPM GLOBAL STRAT BD A PERF (ACC) EURH MFS MERIDIAN EMERGING MKTS DBT A2 USD NEUBERGER BERMAN SHRT D. DBTUSD I ACC NN (L) US CREDIT P CAP USD INVESCO EURO CORPORATE BOND C EUR ACC PIMCO GIS GLINGD CRDT INSTL USD INC VONTOBEL TWENTYFOUR STRAT. HI HDG EUR MS INVF GLOBAL FIXED INCOME OPPS Z UBAM GLOBAL HIGH YIELD SOLUTION AC USD PIMCO GIS GLB BD INSTL USD ACC PICTET-EUR SHORT TERM CORP BDS I ALLIANZ ENHANCED SHRT TRM EURO I13 EUR GS EM CORP BD I ACC USD BLUEBAY INV GRD EURO GOVT BD I EUR ACC ROBECO EURO CREDIT BONDS FH € CANDRIAM BDS EURO HIGH YLD R EUR CAP DWS INVEST ESG EURO BONDS (SHORT) FC AMUNDI FDS GLBL AGGT BD I USD C BLUEBAY INV GRD EURO AGGT BD I EUR JPM US SHORT DURATION BOND A (ACC) USD JPM INCOME OPP A PERF (ACC) EURH SLI EUROPEAN CORPORATE BD D ACC EUR JPM GLOBAL SHORT DURAT. BD A(ACC)EURH PICTET-SHORT TERM EM CORP BDS I USD MS INVF EURO CORPORATE BD - DUR HGD Z

DWS CONCEPT KALDEMORGEN EUR SC JPM GLOBAL INCOME A (DIV) EUR BSF FIXED INCOME STRATEGIES I2 EUR PICTET-MULTI ASSET GLOBAL OPPS I EUR JANUS HENDERSON UK ABS RET R£ ACC JPM GLOBAL INCOME CNSRV C (ACC) EUR BSF EUROPEAN ABSOLUTE RETURN D2 EUR INVESCO PAN EUROPEAN HI INC C EUR ACC BGF GLOBAL ALLOCATION A2 NORDEA 1 - STABLE RETURN BP EUR M&G (LUX) OPTIMAL INCOME C EUR ACC PIMCO GIS DYN MLT-ASST INSTL EUR ACC M&G (LUX) DYNAMIC ALLOCATION C EUR ACC PICTET TR - DIV ALPHA I EUR MFS MERIDIAN PRUDENT CAPITAL I1 EUR MFS MERIDIAN PRUDENT WEALTH I1 USD FVS - MULTI ASSET - DEFENSIVE IT BSF GLOBAL EVENT DRIVEN Z2 USD ALLIANZ CREDIT OPPORTUNITIES IT13 EUR MAN GLG ALPHA SELECT ALT ILH EUR ACC BNY MELLON GLBL RL RET (EUR) W ACC

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500 1.000 SCHRODER ISF EURO CRDT CON. C ACC EUR JPM EU GOVERNMENT BOND C (ACC) EUR INVESCO GLOBAL TTL RET EUR BD C EUR ACC AS SICAV I EM CORP BD X ACC USD EDRF BOND ALLOCATION A EUR ACC BLUEBAY INVESTMENT GRADE BD B EUR INVESCO GLOBAL INV GRD COR. C EURH ACC JPM INCOME A (ACC) USD FIDELITY US DOLLAR BOND A-DIS-USD AB AMERICAN INCOME C INC BGF US DOLLAR BOND A2 USD AXAIMFIIS US CORP ITMT BDS A USD DIS BGF EURO BOND A2 EUR MUZINICH EUROPEYIELD HEUR ACC S FIDELITY GLOBAL INFL-LINK BD Y-ACC-EUR H NN (L) GREEN BOND I CAP EUR SCHRODER ISF EURO BOND I ACC EUR TEMPLETON GLOBAL BOND W(MDIS)USD SLI EUROPEAN CORPORATE BD SRI D ACC EUR JPM EURO GOVT SHORT DUR BD A (ACC) EUR BGF EMERGING MARKETS LCL CCY BD A2 USD BGF EURO CORPORATE BOND A2 EUR AMUNDI FDS EURO CORP BD I EUR C AMUNDI FDS PIONEER US BD A2 USD C NORDEA 1 - EMERGING MARKET BOND BP EUR BNP PARIBAS EURO MEDIUM TERM BD C C MUZINICH EMERGINGMKTSSHRTDUR H.ACC S FRANKLIN EUROPEAN TTL RET W(ACC)EUR NN (L) EURO FIXED INCOME P CAP EUR NINETY ONE GSF EM LCLCCYTLRTDT S ACCEUR AMUNDI FDS EM MKTS BD C EUR C BNP PARIBAS ENHANCED BOND 6M I C MUZINICH SHORTDURATIONHY HEUR ACC A BGF GLOBAL HIGH YIELD BOND C1 USD ALLIANZ ADVCD FXD INC S/D W EUR GS GLBL HI YLD BASE INC USD GS GLOBAL FIXED INC (HDG) I INC EUR UBAM DYNAMIC EURO BOND AC EUR BNP PARIBAS EURO GOVERNMENT BD PRIVL C ALLIANZ EURO OBLIG COURT TERME ISR I C/D DWS INVEST EURO CORPORATE BDS FC ALLIANZ EURO CREDIT SRI IT EUR PICTET-USD SHORT MID-TERM BONDS I VONTOBEL TTFR ABS RET CRDT HI HDG EUR FIDELITY US HIGH YIELD A-DIS-USD CANDRIAM SST BD GLBL HIYLD I € ACC DWS INVEST ASIAN BONDS USD IC JPM EMERG MKTS CORP BD A (ACC) USD DWS INVEST EURO-GOV BONDS FC UBAM ABS RET LOW VOL FXD INC IPC EUR

■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

FRANKLIN K2 ALT STRATS I(ACC)EUR-H1 PICTET TR - ATLAS I EUR FIDELITY GLOBAL MLT AST INC A-ACC-USD NINETY ONE GSF GLB MA INC I ACC USD FIRST EAGLE AMUNDI INTERNATIONAL RU-C FVS MULTIPLE OPPORTUNITIES II IT JPM GLOBAL CONVERT (EUR) D (ACC) EUR CANDRIAM RISK ARBITRAGE C PICTET TR - AGORA I EUR CARMIGNAC PF PATRIMOINE F EUR ACC JPM GLOBAL MACRO OPPS A (ACC) EUR LEGG MASON WA MCR OPPBD PR USD ACC MFS MERIDIAN GLOBAL TOTAL RET A2 USD ELEVA UCITS ELEVA ABS RET EURP S EUR ACC PICTET TR - CORTO EUROPE I EUR MAN AHL TARGETRISK I USD ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI15 IT EUR BSF AMERICAS DIV EQ ABS RET D2 EUR H SCHRODER GAIA EGERTON EQ I ACC EUR UBS (LUX) SF BALANCED (EUR) Q-ACC ALLIANZ STRATEGY 15 IT EUR

■■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■ ■ ■ ■ ■

500 1.000

20  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

500 1.000 MUZINICH GLOBAL TACT CRDT HUSD ACC R VONTOBEL EMERGING MKTS DBT I USD FIDELITY EUROPEAN HI YLD Y-EUR MUZINICH AMERICAYIELD HEUR ACC R MS INVF EMERGING MKTS CORP DEBT Z TEMPLETON GLOBAL TTL RET W(ACC)USD ALLIANZ FLOATING RATE NOTES+ I EUR FRANKLIN US GOVERNMENT W(MDIS)USD NINETY ONE GSF EM LCL CCY DBT I ACC EUR ODDO BHF EURO CREDIT SHORT DUR DP-EUR BGF FIXED INCOME GLOBAL OPPS D2 EUR HDG SCHRODER ISF EM DBT ABS RT I ACC USD MS INVF EURO STRATEGIC BOND I THREADNEEDLE (LUX) EUROPEAN STRAT BD AE AMUNDI FDS PINR STRAT INC A USD C AMUNDI RSPNB INVESTING IMP GR BDS DP C AXAWF GLOBAL INFL BDS I CAP EUR AXAWF GLOBAL INFL SH DUR BDS I CAP EUR H AXAWF GLOBAL STRATEGIC BDS F CAP GBP H AXAWF US HIGH YIELD BONDS I CAP USD CARMIGNAC PF UNCONS CREDIT A EUR ACC EPSILON FUND EMERG BD TTL RET I EUR ACC EURIZON BOND AGGREGATE RMB Z EUR ACC EVLI SHORT CORPORATE BOND B GAM STAR MBS TOTAL RETURN INSTL USD ACC LAZARD CREDIT FI PVC EUR M&G (LUX) EM MKTS BD C USD ACC M&G (LUX) EURO CORP BD CI EUR ACC MFS MERIDIAN GLOBAL OPPC BD I1 USD NEUBERGER BERMAN EM DBTHRDCCY USD I C NORDEA 1 - EUROPEAN FINCL DBT BI EUR NORDEA 1 - EUROPEAN HIGH YLD BD BI EUR NORDEA 1 - FLEXIBLE FIXED INCOME BI EUR PIMCO GIS CAPITAL SCS INSTL USD ACC PIMCO GIS DIVERS INC INSTL USD ACC PIMCO GIS DYNAMIC BD INSTL ACC PIMCO GIS EM MKTS BD ESG INS USD ACC PIMCO GIS EM MKTS BD INSTL USD ACC PIMCO GIS EURO BOND INSTL EUR ACC PIMCO GIS EURO CREDIT INSTL EUR ACC PIMCO GIS EURO INCOME B. INSTL EUR ACC PIMCO GIS GLB HI YLD BD INSTL USD ACC PIMCO GIS LOW AVRG DUR INSTL USD ACC PIMCO GIS TTL RET BD INSTL USD ACC PIMCO GIS US HI YLD BD INSTL USD ACC T. ROWE PRICE DYN GLB BD IH GBP UBAM EURO CORPORATE IG SOLUTION IC EUR UBAM MEDIUM TERM US CORP. BD AC USD

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MAN GLG INNOVATION EQ ALT IN USD ACC JANUS HENDERSON BALANCED A2 USD UBS (LUX) SF YIELD (EUR) Q-ACC ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI50 IT EUR BMO REAL ESTATE EQUITY MARKET NEUTRAL ALLIANZ INCOME AND GROWTH I H2 EUR ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI75 I EUR EDRF INCOME EUROPE IA EUR SCHRODER GAIA SIRIOS US EQ E ACC EUR HDG AMUNDI FDS GLOBAL MA CNSRV M2 EUR C AMUNDI RENDEMENT PLUS I C EURIZON ABSOLUTE PRUDENT R ACC FVS MULTI ASSET - BALANCED IT LAZARD CONVERTIBLE GLOBAL PC EUR M&G (LUX) INCOME ALLOCATION C EUR ACC NEUBERGER BM UNCRLTD STRATS GBP I5 ACC OFI FINCL INV PRECIOUS METALS I PIMCO GIS CMDTY REAL RET INSTL USD ACC RUFFER TOTAL RETURN INTL I GBP CAP

■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

500 1.000

500 1.000


03 AÇÕES

500 1.000

■■■■■■■■■■ ROBECO GLOBAL CONSUMER TRENDS D € ■■■■■■■■■■ MS INVF GLOBAL BRANDS A ■■■■■■■■■■ MS INVF GLOBAL OPPORTUNITY Z ■■■■■■■■■■ MS INVF US ADVANTAGE I ■■■■■■■■■■ CAPITAL GROUP NEW PERS (LUX) ZL ■■■■■■■■■■ FIDELITY GLOBAL TECHNOLOGY Y-DIS-EUR ■■■■■■■■■■ ALLIANZ EUROPE EQUITY GROWTH IT EUR FIDELITY EUROPEAN DYNAMIC GR A-DIS-EUR ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■■■■■■■■■■ MFS MERIDIAN EUROPEAN VALUE A1 EUR ■■■■■■■■ ALLIANZ GLOBAL ARTFCL INTLGC WT4 EUR ■■■■■■■■ FRANKLIN TECHNOLOGY W ACC USD ■■■■■■■■ NORDEA 1 - GLOBAL CLIMATE & ENVIR BI EUR ■■■■■■■■ ROBECO BP US PREMIUM EQUITIES IH € ■■■■■■■ SCHRODER ISF EM MKTS I ACC USD ■■■■■■■ VONTOBEL US EQUITY I USD ■■■■■■■ BGF WORLD TECHNOLOGY A2 USD ■■■■■■■ PICTET-SECURITY I USD ■■■■■■■ FIDELITY CHINA CONSUMER Y-ACC-USD AXA ROSENBERG US ENH IDX EQ ALP A $ ACC ■ ■ ■ ■ ■ ■ FIDELITY INSTL EURP LARGERCOMS R-ACC-EUR ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■■■■■■ PICTET - ROBOTICS I EUR ■■■■■■ INVESCO GLBL CONSMR TRNDS A USD ACC ■■■■■■ INVESCO JAPANESE EQ ADV A JPY ACC ■■■■■■ AMUNDI FDS PINR US EQFDM GR A EUR C INVESCO PAN EUROPEAN EQUITY A EUR ACC ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■■■■■■ FRANKLIN US OPPORTUNITIES W(ACC)USD JPM EMERGING MARKETS EQUITY A (DIST) USD ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■■■■■■ BGF CONTINENTAL EURP FLEX E2 EUR ■■■■■■ BGF WORLD HEALTHSCIENCE A2 EUR ■■■■■■ SEILERN WORLD GROWTH CHF H R ■■■■■■ PICTET-GLOBAL MEGATREND SEL I EUR ■■■■■■ UBS (LUX) EF CHINA OPPO(USD) Q USD ACC ■■■■■■ JPM US SELECT EQUITY A (ACC) USD ■■■■■■ MS INVF US GROWTH I ■■■■■ DPAM INVEST B EQS NEWGEMS SUST W CAP ■■■■■ VONTOBEL MTX SUST EMMKTS LDRS I USD ■■■■■ FIDELITY EM MKTS Y-DIST-USD ■■■■■ MS INVF ASIA OPPORTUNITY Z ■■■■■ BROWN ADVISORY US EQ. GROWTH $ P ACC ■■■■ PICTET-DIGITAL PUSD ■■■■ SCHRODER ISF EURO EQUITY I ACC EUR ■■■■ SCHRODER ISF ASIAN OPPORTS I ACC USD MFS MERIDIAN EUROPEAN RESEARCH A1 EUR ■ ■ ■ ■ ■■■■ MFS MERIDIAN GLOBAL EQUITY A1 USD ■■■■ GAM STAR CONTINENTAL EURP EQ GBP ACC ■■■■ ODDO BHF AVENIR EUROPE CR-EUR CREDIT SUISSE (LUX) DIGITAL HEALTH EQUITY ■ ■ ■ ■ ■■■■ CPR INVEST GLBL DSRPT OPP R EUR ACC ■■■■ PICTET-WATER I EUR ■■■■ PICTET - GLOBAL ENVIR OPPS I EUR ■■■■ DWS INVEST TOP DIVIDEND IC BGF NEXT GENERATION TECHNOLOGY I2 USD ■ ■ ■ ■ ■■■■ AMUNDI FDS EUROLAND EQUITY A EUR C ■■■■ GS EM CORE® EQ I ACC USD CLOSE MFS MERIDIAN EUROPEAN SMLR COMS A1 EUR ■ ■ ■ ■ ■■■ JPM US TECHNOLOGY A (DIST) USD ■■■ JPM EUROPE STRATEGIC VALUE C (DIST) EUR ■■■ JPM EUROPE EQUITY PLUS A PERF (ACC) EUR ■■■ BNP PARIBAS AQUA C C ■■■ GS US CORE® EQUITY BASE ACC USD SNAP

500 1.000 SCHRODER ISF EMERGING ASIA I ACC EUR BNY MELLON LONG-TERM GLBL EQ USD C ACC JPM GLOBAL HEALTHCARE C (ACC) USD PICTET-CLEAN ENERGY I USD PICTET-USA INDEX P USD THREADNEEDLE (LUX) GLOBAL FOCUS ZU BGF SUSTAINABLE ENERGY D2 JPM JAPAN EQUITY A (DIST) USD LM CLEARBRIDGE INFRAS VAL PR EUR ACC CANDRIAM EQS L BIOTECH R USD CAP BNP PARIBAS ENERGY TRANSITION C C JANUS HENDERSON HRZN GLBTECH. H2USD GS JAPAN EQUITY BASE ACC JPY SCHRODER ISF GLB CLMT CHG EQ I ACC USD FIDELITY WORLD Y-DIS-EUR POLAR CAPITAL GLOBAL TECH INC AMUNDI FDS EUROPEAN EQ VAL M2 EUR C M&G (LUX) EURP STRAT VAL CI EUR ACC JPM ASIA PACIFIC EQUITY A (ACC) EUR PICTET-EUROPE INDEX P EUR FIDELITY FAST EUROPE A-ACC-EUR JPM EUROPE DYNAMIC TECHS FD C (DIST) EUR AMUNDI IS MSCI NORTH AMERICA IE-C AB AMERICAN GR PTF C ACC LEGG MASON CB US LG CP GR X USD ACC M&G (LUX) GLB DIVIDEND CI EUR ACC THREADNEEDLE (LUX) PAN EURP SMCPOPPS ZE FIDELITY GERMANY A-DIS-EUR MS INVF GLOBAL PROPERTY I SCHRODER ISF JAPANESE EQ I ACC JPY BGF WORLD MINING D2 JANUS HENDERSON HRZN GLBLPTYEQSI2USD JPM US VALUE A (DIST) GBP DWS DEUTSCHLAND IC FIDELITY GLOBAL DIVIDEND Y-ACC-USD JPM EM MKTS SMALL CAP A (ACC) PERF USD PICTET-NUTRITION I EUR FRANKLIN INDIA I(ACC)USD AB SUSTAINABLE GLB TMTC AXXUSDACC CANDRIAM EQS L ONCLGY IMPCT I USD CAP FIDELITY IBERIA A-DIS-EUR UBS (LUX) EF GREATER CHINA (USD) Q AB EUROZONE EQ PTF IX ACC DWS INVEST GLOBAL INFRAS FC ALLIANZ EUROLAND EQUITY GROWTH IT EUR JUPITER EUROPEAN GROWTH D EUR ACC BGF WORLD GOLD A2 USD JPM GLOBAL FOCUS D (ACC) EUR PICTET-JAPANESE EQUITY OPPS PJPY GS GLOBAL CORE® EQ I INC USD SNAP NN (L) US ENH CR CONCNTR EQ P CAP USD AB INTERNATIONAL HC AX USD ACC THREADNEEDLE (LUX) GLOBAL TECH AU USD GS EMERGING MARKETS EQ BASE ACC USD TEMPLETON GROWTH (EURO) I(ACC)EUR MFS MERIDIAN US VALUE A1 USD FIDELITY ASIA FOCUS Y-DIS-USD SCHRODER ISF CHINA OPPS I ACC USD BNP PARIBAS EUROPE SMALL CAP I C FIDELITY AMERICA A-DIS-USD

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500 1.000

■ JPM US SMALLER COMPANIES A (DIST) USD ■ GS GLOBAL MILLENNIALS EQ I ACC USD JANUS HENDERSON HRZN EUROLAND H2 EUR ■ BGF EUROPEAN SPECIAL SITUATIONS A2 EUR ■ ■ DWS AKTIEN STRATEGIE DEUTSCHLAND IC ■ SCHRODER ISF US LARGE CAP I ACC USD ■ EDRF BIG DATA N EUR ■ JPM CHINA A (DIST) USD MIRABAUD SUSTAINABLE GLBL FCS A USD ACC ■ UBAM 30 GLOBAL LEADERS EQUITY AHC USD ■ ■ ALLIANZ THEMATICA WT4 EUR ■ SCHRODER ISF ASIAN TTL RET C ACC USD ■ BNP PARIBAS SMART FOOD I CAP ■ FIDELITY EUROPEAN GROWTH Y-DIS-EUR JANUS HENDERSON GLB TECH&INNO A2 USD ■ ■ BSF EUROPEAN OPPS EXTENSION A2 EUR ■ ALLIANZ CHINA A SHARES AT USD ■ FIDELITY GLB DMGRPHCS Y-ACC-USD ■ AS SICAV I ASIA PAC EQ X ACC USD ■ BGF EURO-MARKETS A2 EUR ■ VONTOBEL CLEAN TECHNOLOGY B EUR ■ INVESCO PAN EUR STRUCTEQ C EUR ACC LEGG MASON CB US EQ SUST L. PR EURHACC ■ ■ ODDO BHF AVENIR EURO CR-EUR JPM EUROPE STRATEGIC GROWTH C (DIST) EUR ■ ■ MS INVF GLOBAL QUALITY Z ■ PICTET-PREMIUM BRANDS I EUR ■ AS SICAV I CHINA A SHARE EQ I ACC USD ■ FIDELITY EUROPEAN LGR COMS Y-DIS-EUR ■ AS SICAV I EUROPEAN EQ A ACC EUR ■ CAPITAL GROUP INV CO OF AMER(LUX) Z ■ LEGG MASON RY US SMCP OPP X USD ACC ■ UBS (LUX) ES EURO COUNTRS INC€ Q-ACC ■ INVESCO ASIA CONSUMER DEM. C USD ACC ■ PICTET SMARTCITY I EUR ■ UBS (LUX) ES L/T THMS $EUR H P ■ AS SICAV I JAPANESE EQ X ACC JPY ■ ECHIQUIER ARTIFICIAL INTELLIGENCE B EUR ■ BNP PARIBAS DISRPT TECH CL D ■ BNP PARIBAS US SMALL CAP CLASSIC R ■ CANDRIAM SST EQ EM MKTS R € ACC ■ JPM EUROLAND EQUITY C (DIST) EUR ■ AXA ROSENBERG GLB EQ ALPHA A USD ACC AXA ROSENBERG US EQUITY ALPHA A USD ACC ■ ■ AXAWF FRAM ROBOTECH I CAP USD AXAWF FRAMLINGTON DGTL E. I CAP EURHDG ■ ■ BROWN ADVISORY US SUST GR USD C ACC CARMIGNAC PF GRANDE EUROPE F EUR ACC ■ ■ ELEVA UCITS ELEVA EURP SEL I EUR ACC LAZARD GLOBAL LSTD INFRAS EQ A ACC EUR H ■ MIRAE ASSET ASIA GREAT CONSUMER EQ I USD ■ ■ MIRAE ASSET ASIA SECT LDR EQ I USD CAP NEUBERGER BERMAN US MLTCP O. USD1 IACC ■ ■ NORDEA 1 - EMERGING STARS EQUITY BI EUR ■ POLAR CAPITAL BIOTECH S INC ■ POLAR CAPITAL NORTH AMERICAN S ■ T. ROWE PRICE US EQ I USD ■ T. ROWE PRICE US LG CAP GR EQ I USD ■ T. ROWE PRICE US SMLR CM EQ Q USD TEMPLETON GLB CLIMATE CHANGE A(YDIS)EUR ■

Fundos com mais de 1.000 milhões de euros nas mãos de clientes ibéricos.

OS FAVORITOS DOS ANALISTAS EUROPEUS EM 2021

Entre parêntesis o número total de votos. FUNDO Jupiter Dynamic Bond (25) Morgan Stanley US Advantage Fund (16) Morgan Stanley Global Opportunity (15) Robeco Global Consumer Trends (13) Capital Group New Perspective Fund (12) Fundsmith Equity (9) Flossbach von Storch Bond Opportunities II (9) PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset Fund (9) MFS Meridian Funds Prudent Wealth Fund (8) Seilern World Growth (8) T. Rowe Price Japanese Equity Fund (8) DPAM Equities NewGems Sustainable (7)

CATEGORIA Obrigações Ações Ações Ações Ações Ações Obrigações Multiativos Multiativos Ações Ações Ações

FUNDO Flossbach von Storch Multiple Opportunities II (7) BMO Real Estate Equity Market Neutral (7) Morgan Stanley IF Asia Opportunity Fund (7) Morgan Stanley INVF US Growth Fund (7) Acatis Gane Value Event Fonds (6) Brown Advisory US Equity Growth (6) Allianz Global Artificial Intelligence (6) BlackRock BGF World Technology Fund (6) JP Morgan Emerging Market Equity (6) BlueBay Invest. Grade Euro Govern. Bond Fund (5) Eleva Absolute Return Europe (5) Eleva European Selection (5)

CATEGORIA Multiativos Alternativos Ações Ações Multiativos Ações Ações Ações Ações Obrigações Alternativos Ações

FUNDO Fidelity Funds European Dynamic Growth (5) MFS Meridian European Value (5) Oddo Avenir Europe (5) Ruffer Total Return International (5) Schroder EUR Corporate Bond (5) Vontobel MTX Sustainable Emerging Mark. Lead. (5) BlackRock BSF European Absolute Return (5) BlackRock BSF Global Event Driven (5) Brown Advisory US Sustainable Growth Fund (5) Fidelity Funds Euro Short Term Bond (5)

CATEGORIA Ações Ações Ações Multiativos Obrigações Ações Alternativos Alternativos Ações Obrigações

NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 21


PANORAMA FÓRUM APFIPP

por Sérgio Brito

TOTAL DE FUNDOS MOBILIÁRIOS

FUNDOS DE CURTO PRAZO HARMONIZADOS

CAPTAÇÕES LÍQUIDAS

PATRIMÓNIO 20000

CAPTAÇÕES LÍQUIDAS

PATRIMÓNIO 500

2200

400

150 120

1925

90

300 1650

15000

60

200

10000

0

1100

0

OUTUBRO 2020

30

1375

100

OUTUBRO 2021

-30

OUTUBRO 2020

OUTUBRO 2021

O INVESTIMENTO ESG

NA EUROPA

Os dados de um recém publicado relatório da EFAMA mostram que existe uma ampla margem de progressão no que ao investimento sustentável diz respeito, não apenas em Portugal, como no resto da Europa.

22  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

euros, o que representa cerca de 22% do total gerido por fundos de investimento europeus na mesma data. O Luxemburgo, enquanto principal domicílio de fundos de investimento, na Europa, é, igualmente, aquele com

92%

50%

48%

41%

38%

30%

28%

25%

22%

16%

16%

9%

9%

9%

8%

6%

1%

1%

1%

Bélgica

P. Baixos

Noruega

Finlândia

Dinamarca

França

Luxemburgo

Europa

Itália

Portugal

Irlanda

Espanha

Croácia

Áustria

Alemanha

Grécia

Polónia

Hungria

QUOTA DE MERCADO DOS FUNDOS ARTIGO 8º POR DOMICÍLIO

Suécia

A

caba de ser publicado, pela EFAMA (a Associação Europeia de Fundos de Investimento e Gestão de Ativos), um relatório no qual quantifica a dimensão do mercado europeu de investimento sustentável (ESG), no final do primeiro trimestre deste ano. Este relatório constitui, também, a primeira quantificação dos ativos geridos por fundos de investimento enquadráveis no artigo 8.º (fundos que promovem características sustentáveis, tais como ambientais ou sociais) ou no artigo 9.º (fundos que tenham como objetivo investimentos sustentáveis) do Regulamento UE n.º 2088/2019, relativo à divulgação de informações relacionadas com a sustentabilidade no setor dos serviços financeiros (SFDR). Nesse relatório, é evidenciado que os fundos que se enquadram no artigo 8.º do SFDR (fundos artigo 8.º) geriam, no final de março, um total de 3.7 biliões de

maior quota de mercado no que diz respeito a fundos artigo 8.º, com um total de 1.301 mil milhões de euros sob gestão, equivalendo a 35% do total destes fundos. Seguem-se a França, com 581 mil milhões de euros (16% do total de fundos artigo 8.º) e os Países Baixos, com 499 milhões de euros (13%). Em Portugal, o total de fundos artigo 8.º ascende a 4 mil milhões de euros. Apesar do reduzido valor dos fundos artigo 8.º em Portugal, esse

Fonte: EFAMA e Morningstar.


FUNDOS DE OBRIGAÇÕES

FUNDOS MISTOS

CAPTAÇÕES LÍQUIDAS

PATRIMÓNIO 3000

2000

OUTUBRO 2020

CAPTAÇÕES LÍQUIDAS

PATRIMÓNIO 7000

60 50 40 30 20 10 0 -10 -20 -30 -40 -50

2500

FUNDOS DE AÇÕES

150

80 2500

60

2000

20

50 4000

0

OUTUBRO 2020

Bélgica - 92 3%

Alemanha - 161 4% França - 581 16%

OUTUBRO 2021

ARTIGO

Países Baixos - 499 13% Dinamarca - 74 2% Noruega - 66 2% Finlândia - 53 1% Itália - 48 1% Espanha - 28 1% Luxemburgo - 1.301 35%

Áustria - 17 Portugal - 4 Outros - 0,9 0% Irlanda - 21,5 6% Suécia - 15,3

Países Baixos - 30,5 9%

4%

Bélgica - 7,6 2%

França - 55,8 16%

ARTIGO

Luxemburgo - 190,2 56%

100

40 100

5000

OS FUNDOS ARTIGO 8º E 9º NO FINAL DE MARÇO 2021

Suécia - 476 13%

CAPTAÇÕES LÍQUIDAS

3000

200 6000

OUTUBRO 2021

Irlanda - 323 9%

PATRIMÓNIO 250

Itália - 6,7 2% Áustria - 3,6 1% Alemanha - 3,1 1% Noruega - 2,6 1%

Outros - 2,0 0%

Fonte: EFAMA e Morningstar (valores em mil milhões de euros).

Dinamarca - 1,9 1%

0 1500

-20

OUTUBRO 2020

OUTUBRO 2021

montante ascende a 16% do mercado nacional de fundos de investimento, surgindo à frente de países como Itália (16%), Espanha (9%) e Alemanha (6%), abaixo da média na Europa (22%). Neste capítulo, lidera a Suécia, onde 92% dos fundos suecos refere enquadrar-se como fundos artigo 8.º, o que a EFAMA explica como sendo o resultado da pré-existência de requisitos legais em matéria de divulgação de informação ESG por parte dos fundos de investimento, mas também por uma menor rigidez do conceito de promover características sustentáveis. No que respeita aos fundos que se enquadram no artigo 9.º do SFDR (fundos artigo 9.º), o montante sob gestão totaliza 340 mil milhões de euros, cerca de 2% do mercado europeu de fundos de investimento. O Luxemburgo é, igualmente, a jurisdição que concentra o maior volume gerido por fundos artigo 9.º, totalizando 190,2 mil milhões de euros, ou 56% do total. A França e os Países Baixos ocupam, também, os 2º e 3º lugares, com 55,8 mil milhões de euros (16%) e 30,5 mil milhões de euros (9%), respetivamente. Portugal não tem qualquer fundo de investimento com estas características. O relatório da EFAMA aborda, igualmente, o tipo de abordagem utilizado no investimento ESG tanto na gestão de fundos de investimento, como na gestão discricionária. NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 23


PANORAMA FÓRUM APFIPP

INVESTIMENTO COM CRITÉRIOS ESG NA EUROPA MARÇO 2021

FUNDOS DE INVESTIMENTO COM ESTRATÉGIAS ESG MARÇO 2021

(Biliões de euros)

(Biliões de euros)

6,06

4,99

6,06 3,74

0,34 Mandatos

Fundos com estratégias ESG

Fundos

Fonte: EFAMA.

Fonte: EFAMA.

AS GESTORAS EM OUTUBRO DE 2021

ORGANISMOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO

(Dados em milhões de euros) GESTÃO DE PATRIMÓNIOS

OUTUBRO 2021

Caixa Gestão de Ativos Santander Asset Management GNB - Sociedade Gestora de Patrimónios BPI Gestão de Ativos

9.535,55 5.833,73

QUOTA (%) 33,94 20,76

DEZEMBRO 2020

QUOTA (%)

VAR. (%) 2021

9.791,52 5.795,08

22,99 13,60

-2,61 0,67

4.721,83

16,81

5.136,82

12,06

-8,08

4.136,21

14,72

3.453,23

8,11

19,78

Montepio Gestão de Activos

1.628,83

5,80

1.607,07

3,77

1,35

Crédito Agrícola Gest Bankinter Gestion de Activos, Suc. Portugal Optimize Investment Partners Dunas Capital - Gestão de Activos LYNX AM BMO GAM Total

1.315,69

4,68

1.367,44

3,21

-3,78

732,69

2,61

564,55

1,33

29,78

149,84 22,11 18,62 0,00 28.095,08

0,53 0,08 0,07 0,00

90,16 23,18 7,02 14.762,92 42.598,98

0,21 0,05 0,02 34,66

66,18 -4,62 165,26 -100,00 -34,05

Nota: Amostra = 73,7% do total de activos da Gestão de Patrimónios (Em outubro de 2021)

FUNDOS DE PENSÕES Ageas - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões CGD Pensões BPI Vida e Pensões GNB - SGFP S.G.F.P. Banco de Portugal Futuro Santander Pensões BBVA Fundos Real Vida Seguros Crédito Agrícola Vida SGF Previsão Victoria - Seguros de Vida Total

Fundos artigo 9º

Fundos artigo 8º

SETEMBRO 2021

QUOTA (%)

DEZEMBRO 2020

QUOTA (%)

VAR. (%) 2019

6.556,33

27,94

6.427,66

28,21

2,00

4.504,60 3.334,31 2.637,62 2.148,71 1.915,14 1.142,24 580,82 238,33 230,13 100,68 77,31 16,56 23.482,80

19,20 14,21 11,24 9,16 8,16 4,87 2,48 1,02 0,98 0,43 0,33 0,07

4.434,82 3.160,32 2.463,10 2.108,48 1.829,83 1.143,83 569,96 240,24 220,81 87,75 79,86 16,30 22.782,96

19,47 13,87 10,81 9,25 8,03 5,02 2,50 1,05 0,97 0,39 0,35 0,07

1,57 5,51 7,09 1,91 4,66 -0,14 1,91 -0,80 4,22 14,73 -3,18 1,58 3,07

Nota: Amostra = 98,0% do total gerido por Fundos de Pensões (Em junho 2021)

Square Asset Management Interfundos GNB Real Estate Caixa Gestão de Ativos BPI Gestão de Ativos Silvip Montepio Valor GEF - G. Fundos Imobiliários Norfin LYNX AM Santander AM SFS - G. Fundos Libertas Imofundos Fundiestamo Insula Capital Fidelidade Institutional Inv. - Partners GmbH First Fund Box Violas Ferreira TF Turismo Fundos Profile ECS Imopolis Refundos Gesfimo - E. S. Irmãos Carregosa Vila Gale Gest Atlantic Imorendimento Crédito Agr. Gest Floresta Atlântica Invest Gestão de Activos Silar - SICAFI Total

OUTUBRO 2021 1.219,16 1.199,70 988,41 912,78 634,12 425,92 421,32 395,59 373,35 372,08 342,79 327,96 309,99 299,69 280,75 278,24 260,61 248,37 199,83 171,54 159,73 150,01 104,04 99,46 84,84 63,49 62,85 61,78 49,73 33,97 24,53 24,00 19,25 11,84 10.611,71

FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO

OUTUBRO 2021

Caixa Gestão de Ativos IM Gestão de Ativos BPI Gestão de Activos Santander AM SGOIC, SA GNB Fundos Mobiliários Bankinter G. de Activos Portugal Montepio G. Activos SGOIC, SA Invest Gestão de Activos Optimize Inv. Partners -SGOIC, SA Dunas Capital Casa de Investimentos BIZ Capital Crédito Agrícola Gest GFM Gestão de Ativos LYNX Asset Managers Sixty Degrees Total

6.431,41 4.094,00 3.253,06 3.191,67 836,21 328,74 168,31 167,09 135,78 32,68 24,53 20,57 19,90 19,83 19,18 10,03 18.752,97

QUOTA (%) 11,49 11,31 9,31 8,60 5,98 4,01 3,97 3,73 3,52 3,51 3,23 3,09 2,92 2,82 2,65 2,62 2,46 2,34 1,88 1,62 1,51 1,41 0,98 0,94 0,80 0,60 0,59 0,58 0,47 0,32 0,23 0,23 0,18 0,11

QUOTA (%) 34,30 21,83 17,35 17,02 4,46 1,75 0,90 0,89 0,72 0,17 0,13 0,11 0,11 0,11 0,10 0,05

DEZEMBRO 2020

QUOTA (%)

VAR. (%) 2020

1.148,07 1.269,80 1.066,43 931,28 531,68 405,94 424,03 376,37 551,74 352,27 418,17 394,20 285,30 296,58 274,32 274,71 242,64 255,31 188,57 175,64 161,46 198,33 102,95 103,17 42,03 57,43

10,60 11,72 9,84 8,60 4,91 3,75 3,91 3,47 5,09 3,25 3,86 3,64 2,63 2,74 2,53 2,54 2,24 2,36 1,74 1,62 1,49 1,83 0,95 0,95 0,39 0,53

6,19 -5,52 -7,32 -1,99 19,27 4,92 -0,64 5,11 -32,33 5,62 -18,03 -16,80 8,65 1,05 2,35 1,28 7,41 -2,72 5,97 -2,33 -1,08 -24,36 1,06 -3,59 101,83 10,55

61,93 128,35 31,06 31,55 24,33 17,22 12,06 10.834,93

0,57 1,18 0,29 0,29 0,22 0,16 0,11

-0,24 -61,26 9,36 -22,26 -1,38 11,78 -1,79 -2,06

QUOTA (%)

VAR. (%) 2021

\ 21,82 18,69 17,44 4,53 1,31 1,08 0,78 0,99 0,26 0,04 0,03 0,14 0,04 0,11 0,05

34,04 27,93 18,67 24,75 25,80 71,58 6,08 45,27 -6,14 -13,64 330,24 425,08 -0,68 281,27 14,50 42,54 27,84

DEZEMBRO 2020 4.798,01 3.200,07 2.741,19 2.558,42 664,71 191,60 158,66 115,02 144,66 37,84 5,70 3,92 20,03 5,20 16,75 7,04 14.668,82

* - A GFM Gestão de Ativos assumiu a gestão da SICAF GFM Capital, anteriormente auto-gerida

24  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO


P

AR

P

R

TNE R

AR

TNE

A OPINIÃO DE

Os dados recolhidos evidenciam que, no global, os gestores de ativos na Europa, aplicam critérios de investimento ESG em carteiras (incluindo fundos) que totalizam 11,05 biliões de euros, sendo 4,99 biliões de euros respeitantes a gestão discricionária e 6,06 biliões de euros a gestão de fundos de investimento. Significa isto, que cerca de 2 biliões de euros de fundos de investimento europeus utilizam uma abordagem ESG sem que, contudo, se enquadrem no artigo 8.º nem no artigo 9.º do SFDR.

ENTRADAS E SAÍDAS DOS FUNDOS MOBILIÁRIOS Dados em milhões de euros 1500

1.500

Existe, pois, uma ampla margem de progressão no que ao investimento sustentável, diz respeito, não apenas em Portugal, como no resto da Europa. A implementação do SFDR e do Regulamento da Taxonomia, bem como a regulamentação de nível 2 que complementa estes Regulamentos Europeus, seguramente contribuirão para um crescimento sustentado do Investimento seguindo estratégias ESG, seja na gestão de fundos de investimento, seja na gestão de carteiras discricionárias.

FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO

212,860

1.204,313

1.343,282

173,849

796,270

1.106,109 641,508

Santander AM

73,952

545,546

BPI Gestão de Activos

56,469

442,488

551,445

Bankinter G. A., SGIIC - Suc. Port.

35,994

129,741

146,879

GNB Fundos Mobiliários

14,873

151,572

194,652

Invest Gestão de Activos

6,734

44,050

53,360

Montepio G. Activos

3,848

0,222

-0,702

Casa de Investimentos

3,121

16,686

21,470

LYNX Asset Managers

0,835

0,897

1,514

Heed Capital

0,348

-5,294

-5,877

GFM Gestão de Ativos

0,000

13,156

13,156

Crédito Agrícola Gest

0,000

0,000

0,000

-0,111

15,927

19,615

-37,450

-19,046

-15,855

Optimize Inv. Partners

1000

Total

500 500

250

Sixty Degrees

-250 -500 -500

-750 -1000 -1000

-1.250

FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO *

SETEMBROOUTUBRO 2021

n.a. 3.336,52

n.a. 4.070,55

SETEMBROOUTUBRO 2021

DESDE INÍCIO DO ANO

ÚLTIMOS 12 MESES

F. Multi-Activos Moderados

192,998

689,189

689,189

Fundos PPR

165,708

865,495

1.028,682

89,914

405,765

405,765

F. Multi-Activos Equilibrados

40,071

227,161

244,031

F. Multi-Activos Defensivos

37,023

430,875

580,309

Fundos Flexíveis

31,729

285,479

345,913

Fundos de Acções Nacionais

17,576

-31,865

-30,694

8,519

342,203

575,499

Fundos de Curto Prazo Euro F. Multi-Activos Agressivos

6,655

34,174

34,094

Outros F. Acções Internacionais

3,506

153,122

231,874

FIA Multi-Activos

2,912

2,912

2,912

Fundos de Acções Sectoriais

1,419

3,024

-5,630

F. Acções da América do Norte

1,056

21,280

-4,227

FIA Flexíveis

0,850

14,126

14,951

0,170

4,014

6,728

0,000

0,000

0,000

F. Mercado Monetário Internacional FIA de Retorno Absoluto

-1.500 -1500

n.a. 545,32

* - A GFM Gestão de Ativos assumiu a gestão da SICAF GFM Capital, anteriormente auto-gerida

Fundos de Acções Globais 00

ÚLTIMOS 12 MESES

IM Gestão de Ativos

1.250

750

DESDE INÍCIO DO ANO

Caixa Gestão de Ativos

BIZ Capital

1.000

SETEMBROOUTUBRO 2021

Outros Fundos

0,000

-100,662

-156,349

Fundos PPA

0,000

-0,665

-0,688

FIA de Obrigações

-0,248

-1,792

-2,207

Fundos de Acções Europeias

-0,908

51,448

42,166

-1,110

-4,867

-12,191 45,597

Outros FIA F. Obrigações Taxa Indexada Euro

-1,573

15,922

Fundos de Acções Ibéricas

-3,037

-4,630

-6,734

F. Mercado Monetário Euro

-9,650

-77,177

-31,887

Fundos de Obrigações Euro Fundos de Obrigações Internacional Total

-18,685

-32,889

27,728

-19,574

44,886

45,725

545,321

3.336,52

4.070,55

* - Não inclui os Fundos geridos por 1 entidades (amostra = 99,95%)

BEGOÑA GOMEZ Vendas, Invesco

A PANDEMIA MUDOU A NOSSA FORMA DE INVESTIR Realizámos um inquérito entre assessores e investidores para saber se a pandemia (e tudo o que aconteceu a nível financeiro por causa dela) mudou a forma de investir. Os resultados são conclusivos. O que nos dizem é que os investidores estão mais preocupados em investir para a reforma (e o primeiro objetivo para quase 60%) e que uma das formas favoritas de o fazer são os fundos income ou de distribuição de rendimentos (quase 70% das preferências). De facto, a obtenção de rendimentos é até mais importante do que a conservação de capital e nos últimos três anos estes fundos aumentaram o seu peso na carteira em mais de cinco pontos percentuais. Curiosamente, os assessores subvalorizaram esta procura de rendimentos por parte dos investidores, dando-lhe uma importância visivelmente inferior do que os investidores. Por outro lado, as baixas taxas também dividiram os investidores: metade assume mais riscos na procura por mais rentabilidade e a outra metade prefere ser mais cauteloso ao investir, ao menos até que a pandemia acabe definitivamente. A diversificação também é um ponto importante: só 10% prefere produtos centrados no mercado doméstico. Os investidores também aumentaram o seu interesse nos investimentos sustentáveis, especialmente nos relacionados com a luta contra as alterações climáticas. NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 25


PANORAMA BARÓMETRO

FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO

RENTABILIDADE ANUAL

SELO

DADOS A 24/11/2021 VOLAT. 3 ANOS

DIVISA BASE

6,01 6,45 9,32

EUR USD USD

Monica Wang, Stephen Jen Chow Yang Ang, Julia Ho Osvaldo Kwan, Henry Wong

5,4 20,02 13,08 12,03 7,26 9,82 6,29 10,39 5,39 10,14 7,5 11,54 4,61 9,8 6,81 10,49 6,42 10,89 5,71 9,14 11,08 13,98 -6,1 7,49 -15,58 26,28 6,3 11,29 1,5 8,59 0,16 6,86 5,32 8,55 5,11 10,37 6,2 13,4 3,98 10,64 6,84 13,79 2,44 10,32 1,89 9,25 4,08 7,87 4,07 7,57 3,08 7,13 2,34 11 2,12 5,41 0,2 10,27 1,31 3,35 1,21

USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD EUR USD USD USD EUR USD USD EUR EUR EUR USD EUR USD USD EUR USD USD USD EUR EUR

Samuel Finkelstein, Ricardo Penfold, Angus Bell, Kay Haigh Kevin Daly Alejandro Arevalo, Reza Karim Angus Bell Javier Romo, Pramol Dhawan, Michael A. Gomez Siddharth Dahiya Javier Romo, Yacov Arnopolin, Pramol Dhawan Claudia Calich Rob Drijkoningen, Gorky Urquieta, Bart van der Made, Pierre-Yves Bareau, Leah Parento, Scott D. McKee Wouter Van Overfelt, Luc D’hooge Ida Andreasen, Thede Rüst, Anna Tandstad Ege Ward Brown, Matthew W. Ryan Warren Mar, Sahil Tandon, Budi Suharto, Eric J. Baurmeister Magda Branet, Diliana Deltcheva, Christopher Mey Pierre-Yves Bareau, Emil Babayev, Scott D. McKee Alejandro Arevalo Luis Freitas de Oliveira, Kirstie Spence, Robert H. Neithart Cathy L. Hepworth Antoon de Klerk, Werner Gey van Pittius Ray Jian, Yerlan Syzdykov Andrew J. Keirle Joep Huntjens, Martijn Kleiberg Bart van der Made, Nish Popat, Jennifer Gorgoll Luke Chua, Alain Nsiona Defise Warren Hyland Sergio Trigo Paz, Michal Wozniak, Laurent Develay Abdallah Guezour Paul McNamara Luca Sibani Antoon de Klerk, André Roux

1 ANO

GESTOR

5 ANOS

3 ANOS

ASIA FIXED INCOME Eurizon Bond Aggregate RMB Z EUR Acc S chroder ISF Asian LclCcy Bd C Acc USD D WS Invest Asian Bonds USD IC

DABC 2,8 DABC 3,7 DABC

6,75 5,74 5,1

EMERGING MARKETS FIXED INCOME GS Em Mkts Dbt Base Acc USD Aberdeen S Frntr Mkts Bd X Acc USD J upiter Glbl Em Mkt Crp Bd I USD Acc GS EM Corp Bd I Acc USD P IMCO GIS Em Mkts Bd Instl USD Acc Aberdeen S EM Corp Bd X Acc USD P IMCO GIS Em Mkts Bd ESG Ins USD Acc M &G (Lux) Em Mkts Bd C USD Acc N euberger Berman EM DbtHrdCcy USD I C J PM Emerg Mkts Corp Bd A (acc) USD Vontobel Emerging Mkts Dbt I USD N ordea 1 - Emerging Mkt Debt TR BC EUR M FS Meridian Emerging Mkts Dbt A2 USD M S INVF Emerging Mkts Corp Debt Z Candriam Sst Bd Em Mkts R $ Acc J PM Emerg Mkts Inv Grd Bd A (acc) EURH J upiter Global EM Sht Dur Bd I USD Acc Capital Group EM Local Debt (LUX) Z N ordea 1 - Emerging Market Bond BP EUR N inety One GSF EM Lcl Ccy Dbt I Acc EUR Amundi Fds Em Mkts Bd C EUR C T. Rowe Price Em Lcl Mkts Bd I USD N N (L) Em Mkts Corp Dbt X Cap EUR H i N euberger Berman Shrt DurEM DbtUSD I Acc P ictet-Short Term Em Corp Bds I USD M uzinich EmergingMktsShrtDur HEUR Acc S B GF Emerging Markets Lcl Ccy Bd A2 S chroder ISF EM Dbt Abs Rt I Acc USD GAM Multibond Local Emerging Bond USD C E psilon Fund Emerg Bd Ttl Ret I EUR Acc N inety One GSF EM LclCcyTlRtDt S AccEUR

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

3,66 8,48 5,27 7,68 6,8 4,01 6,54 3,64 6,41 4,18 6,24 3,5 6,13 3,52 5,72 3,29 5,68 2,8 5,67 3,53 5,45 5,29 2,21 5,26 3,25 5,2 5,08 1,71 4,89 4,62 1,81 4,42 2,2 4,2 1,16 3,93 1,94 3,89 1,11 3,71 1,49 3,55 2,29 3,52 1,94 3,14 1,65 2,86 -0,71 2,76 1,26 2,42 0,19 1,67 0,56 1,38

EUROPE FIXED INCOME C armignac Pf Credit A EUR Acc NB Obrigações Europa FIMAO NB Euro Bond L azard Credit Fi SRI PVC EUR Carmignac Pf Sécurité F EUR Acc N ordea 1 - European Fincl Dbt BI EUR B NP Paribas Euro High Yld Bd I C Fidelity European Hi Yld Y-EUR Vanguard €z Infl-Lnkd Bd Idx € Acc Candriam Bds Euro High Yld R EUR Cap Carmignac Pf Flexible Bond F EUR Acc S chroder ISF EURO Corp Bd I Acc EUR S chroder ISF EURO Crdt Convct C Acc EUR BlueBay High Yield ESG Bond R EUR Allianz Euro Credit SRI IT EUR B lueBay Inv Grd Euro Aggt Bd I EUR F ranklin European Ttl Ret W(acc)EUR M uzinich Europeyield HEUR Acc S E urizon Bond Aggregate EUR Z EUR Acc M S INVF Euro Strategic Bond I B lueBay Investment Grade Bd B EUR B lueBay Inv Grd Euro Govt Bd I EUR Acc ODDO BHF Euro High Yield Bond CI-EUR N ordea 1 - European High Yld Bd BI EUR I nvesco Euro Corporate Bond C EUR Acc Threadneedle (Lux) European Strat Bd AE T. Rowe Price Rspnb Euro Corp Bd Z EUR

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

10,62 8,66 10,71 EUR Pierre Verlé, Alexandre Deneuville 6,99 7,42 0,83 8,91 EUR Vasco Teles 6,6 7,33 -0,59 8,84 EUR Vasco Teles 4,69 6,17 9,41 9,22 EUR François Lavier 3,32 6,04 14,81 12,19 EUR Marie-Anne Allier 5,68 5,68 8,65 10,73 EUR Jacob Topp 4,5 5,62 10,99 8,91 EUR Olivier Monnoyeur, Gilles Caraguel 4,11 5,27 9,11 10,34 EUR Peter Khan, Andrei Gorodilov, James Durance 3,15 5,22 6,96 5,84 EUR — 4,07 4,86 6,37 6,44 EUR Nicolas Jullien, Thomas Joret, Philippe Noyard 2,97 4,73 3,84 5,14 EUR Guillaume Rigeade, Eliezer Ben Zimra 3,74 4,72 2,95 6,31 EUR Patrick Vogel 3,8 4,65 3,41 7,09 EUR Patrick Vogel 4,07 4,65 8,08 8,64 EUR Justin Jewell, Rajat Mittal 2,82 4,56 2,23 7,39 EUR Hervé Dejonghe, Laetitia Talavera-Dausse, Solène GIRAUD 3,18 4,42 -0,37 4,58 EUR Kaspar Hense, Mark Dowding 2,07 3,97 0,65 4,71 EUR Sonal Desai, John W. Beck, David Zahn 3,87 3,97 7,98 9,66 EUR Thomas Samson 3,95 -0,89 4,53 EUR 2,57 3,87 -0,95 4,95 EUR Richard Class, Richard Ford, Leon Grenyer 2,9 3,79 2,48 6,01 EUR Andrzej Skiba, Thomas Moulds, Marc Stacey 2,61 3,78 -2,71 4,31 EUR Kaspar Hense, Mark Dowding 3,31 3,72 7,25 8,09 EUR Janis HECK, Frauke Wolkewitz, Alexis Renault 3,85 3,72 7,01 9,6 EUR Torben Skødeberg, Laust Johnsen, René Kallestrup, 2,27 3,64 1,57 5,62 EUR Julien Eberhardt, Tom Hemmant, Paul Read 2,15 3,52 2,04 5,11 EUR Ryan Staszewski 2,59 3,47 1,11 5,6 EUR David X Stanley

26  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

11,18 0,45 6,13


AB Sustainable Global Thematic e AB Sustainable US Thematic

Gestão sustentável baseada nos ODS das Nações Unidas

AB Sustainable Global Thematic y AB Sustainable US Thematic são dois fundos temáticos sustentáveis, sendo o primeiro global e o segundo focado nos E.U.A.. O objetivo destes fundos é o de contribuir para o atingimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. Para isso, a equipa escolhe unicamente empresas cujos produtos e serviços permitam atingir um ou vários desses objetivos, como por exemplo:

+ Objetivo n°3: saúde e bem-estar + Objetivo nº7: energia limpa e económica + Objetivo nº12: consumo e produção responsáveis Com a nossa abordagem pretendemos combinar desenvolvimento sustentável e retorno do investimento. Para obter mais informações sobre os fundos AB Sustainable Thematic e sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas,

Visita www.alliancebernstein.com/go/sustentavel Informações exclusivas para profissionais de investimento O valor dos investimentos pode sofrer oscilações positivas ou negativas, pelo que os investidores poderão não reaver o capital investido originalmente. O capital está em risco. Estas informações foram disponibilizadas por AllianceBernstein (Luxembourg) S.à r.l. Société à responsabilité limitée, R.C.S. Luxembourg B 34 305, 2-4, rue Eugène Ruppert, L-2453 Luxemburgo. Autorizada no Luxemburgo e regulada pela Commission de Surveillance du Secteur Financier (CSSF). O logótipo [A/B] é uma marca registada de AllianceBernstein e AllianceBernstein® é uma marca registada utilizada com autorização do seu proprietário, AllianceBernstein L.P. © 2021 AllianceBernstein IC2021479


PANORAMA BARÓMETRO

FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO

RENTABILIDADE ANUAL

SELO

5 ANOS

PM EU Government Bond C (acc) EUR J D WS Invest Euro-Gov Bonds FC M S INVF Euro Corporate Bond I S chroder ISF EURO Bond I Acc EUR Vontobel EURO Corporate Bond B EUR D WS Invest Euro Corporate Bds FC J anus Henderson Hrzn Euro Corp Bd I2 EUR M S INVF Euro Corporate Bd - Dur Hgd Z N N (L) Green Bond I Cap EUR Vanguard € Govt Bd Idx € Acc R obeco Euro Credit Bonds F € B NP Paribas Euro Government Bd Privl C Franklin European Corp Bd I(acc)EUR Amundi Fds Euro Corp Bd I EUR C PIMCO GIS Euro Bond Instl EUR Acc ASSII-Euro Cp Bd D Acc EUR M S INVF Euro Bond I EdRF Bond Allocation A EUR Acc ASSII-EuCpBdS&RInv D Acc EUR P IMCO GIS Euro Income Bond Instl EUR Acc N N (L) Euro Fixed Income P Cap EUR P IMCO GIS Euro Credit Instl EUR Acc N B Corporate Euro A B GF Euro Corporate Bond A2 Caixa Obrigações LP FIMAO N ordea 1 - European Covered Bond BP EUR M &G (Lux) Euro Corp Bd CI EUR Acc B GF Euro Bond A2 Vanguard SRI € Invm Grd Bd Idx € Acc AXAIMFIIS Europe Short Dur HY A Cap EUR Caixagest Oportunidades FIAMA U BAM Euro Corporate IG Solution IC EUR N ordea 1 - Low Dur Eurp Cov Bd BI EUR E vli Short Corporate Bond B ODDO BHF Euro Credit Short Dur DP-EUR F idelity Euro Short Term Bond Y-Acc-EUR Allianz Credit Opportunities IT13 EUR I MGA Rendimento Mais FIMA IMGA Rendimento Semestral A FIMA B NP Paribas Enhanced Bond 6M I C I nvesco Euro Short Term Bond C EUR Acc DWS Invest ESG Euro Bonds (Short) FC AXAWF Euro Credit Short Dur I Cap EUR P ictet-EUR Short Term Corp Bds I Allianz Advcd Fxd Inc S/D W EUR GS ESG Enh Euro Shrt Du Bd Plus I Acc € I MGA Euro Taxa Variável A FIMA MS INVF Short Maturity Euro Bond I B NP Paribas Euro Medium Term Bd C C D WS Floating Rate Notes LC J PM Euro Govt Short Dur Bd A (acc) EUR Allianz Floating Rate Notes+ I EUR Allianz Euro Oblig Court Terme ISR I C/D UBAM Dynamic Euro Bond AC EUR Allianz Enhanced Shrt Trm Euro I13 EUR B GF Euro Short Duration Bond A2 EUR

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

1,74 1,58 2,4 2,3 1,96 2,18 2,25 1,96 1,38 1,91 1,27 1,76 1,84 1,9 1,63 1,41 1,71 1,54 2,57 0,61 1,97 1,48 1,58 0,94 1,57 1,7 1,09 1,41 1,83 1,07 0,9 0,43 0,43 0,35 0,3 0,35 0,18 0,28 0,34 0,27 0,31 0,07 0 -0,16 -0,12 -0,32 -0,22 -0,24 -0,36 -0,23 -0,37

FIXED INCOME MISCELLANEOUS PIMCO GIS Capital Scs Instl USD Acc GAM Star MBS Total Return Instl USD Acc

DABC DABC

GLOBAL FIXED INCOME GS Glbl Hi Yld Base Inc USD GS Global Fixed Inc (Hdg) I Inc EUR P IMCO GIS GlInGd Crdt Instl USD Inc L egg Mason WA Mcr OppBd PR USD Acc

DABC DABC DABC DABC

28  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

5,8 2,33 9,02 6,26 5,25 4,73

3 ANOS

3,46 3,4 3,39 3,37 3,26 3,09 3,01 3 2,91 2,82 2,76 2,75 2,64 2,6 2,49 2,49 2,45 2,41 2,38 2,33 2,29 2,26 2,23 2,2 2,13 2,12 2,08 2,03 1,81 1,65 1,63 1,49 1,41 1,26 1,02 0,97 0,8 0,77 0,75 0,69 0,64 0,55 0,48 0,47 0,46 0,45 0,43 0,27 0,17 -0,11 -0,18 -0,23 -0,24 -0,29 -0,32 -0,38 8,11 2,21 14,85 11,9 8,88 8,48

1 ANO

DADOS A 24/11/2021 VOLAT. 3 ANOS

DIVISA BASE

GESTOR

-3,35 4,29 EUR Iain T. Stealey, Séamus Mac Góráin -3,36 4,38 EUR Moritz Rieper, Ernest Maul, Jakob Fink, Ulrich Willeitner, 1,8 6,09 EUR Dipen Patel, Richard Ford, Leon Grenyer -1,88 4,46 EUR James Ringer, Paul Grainger 1,7 6,99 EUR Mondher Bettaieb, Claudia Wyss 0,9 6,14 EUR Oliver Krenn, Karsten Rosenkilde 0,59 5,36 EUR Thomas Ross, Tim Winstone 3,84 6,21 EUR Dipen Patel, Richard Ford, Leon Grenyer -2,6 5,53 EUR Alfred Meinema, Bram Bos, Jovita Razauskaite -3,33 EUR — 0,33 5,47 EUR Victor Verberk -3,45 4,23 EUR Cedric Scholtes, Alberto Talero 1,03 5,03 EUR Marc Kremer, Emmanuel Teissier, David Zahn 1,81 6,72 EUR Alexandra Van Gyseghem, Hervé Boiral -3,16 4,25 EUR Andrew Thomas Balls, Lorenzo Pagani, Konstantin Veit 0,24 5,82 EUR Felix Freund, Craig MacDonald -2,67 3,61 EUR Richard Class, Richard Ford, Leon Grenyer 3,84 5,02 EUR Julien Tisserand, Nicolas Leprince 0,07 6,15 EUR Josef Helmes 2,61 5,42 EUR Eve Lagrellette Tournier, Alfred T. Murata, Nidhi Nakra -2,45 4,52 EUR Hans van Zwol, Jaco Rouw, Sylvain De Ruijter 0,18 5,24 EUR Eve Lagrellette Tournier, Nidhi Nakra, Andreas Berndt 3,16 5,98 EUR Hugo Custódio -0,4 5,27 EUR Jozef Prokes, Tom Mondelaers -2,9 3,74 EUR Joel Carvalheira -1,97 2,33 EUR Henrik Stille 0,43 5,3 EUR Stefan Isaacs, Gareth Jandrell -3,61 4,41 EUR Michael Krautzberger, Ronald van Loon -1,17 EUR 4,79 7,56 EUR Yves Berger -0,25 3,09 EUR — -0,55 2,63 EUR Philippe Graub 0,14 1,05 EUR Henrik Stille 2,81 4,98 EUR Juhamatti Pukka 3,26 4,63 EUR Haiyan Ding, Alexis Renault -1,1 1,83 EUR Rick Patel, Ario Emami Nejad 0,13 1,84 EUR Sebastien Ploton, Grégoire Docq 1,34 4,24 EUR Duarte José, Ana Aguiar 0,83 3,48 EUR Aitor Zubeldia, Ana Aguiar 0,61 2,57 EUR Fadi Berbari, Eric Plantier -0,04 2,06 EUR Luke Greenwood, Lyndon Man -0,12 1,52 EUR Carsten Weins, Daniel Kittler 0,35 2,37 EUR Anne Velot, Thomas Coudert, Boutaina Deixonne 0,59 2,69 EUR Jon Mawby, Mathieu Magnin, Charles-Antoine Bory 0,13 1,73 EUR Ralf Jülichmanns, Maxence-Louis Mormede -0,38 2,14 EUR Richard Mulley, Jacqueline Leary 0,42 2,57 EUR Aitor Zubeldia, Ana Aguiar 0,36 1,3 EUR Richard Class, Dipen Patel, Richard Ford, Leon Grenyer -1,45 1,91 EUR Arnaud-Guilhem Lamy, Eric Plantier 0,05 2,38 EUR Torsten Haas, Christian Reiter -0,9 0,67 EUR Iain T. Stealey, Séamus Mac Góráin -0,4 1,01 EUR Ali Ozenici, Guillaume Zilliox, Vincent Tarantino -0,39 0,88 EUR Ali Ozenici, Vincent Tarantino 0,1 2,23 EUR Philippe Gräub -0,41 0,47 EUR Klaus Kusber, Lars Dahlhoff, Florian Urbschat -1,45 1,94 EUR Christopher Allen, Jozef Prokes, Michael Krautzberger 12,16 5,75

11,41 11,99

USD USD

Philippe Bodereau, Matthieu Loriferne, Michael Bogecho Tom J. Mansley

42 28,39 USD Robert Magnuson 21,18 22,6 EUR Hugh Briscoe 14,12 10,07 USD Jelle Brons, Mohit Mittal, Mark R. Kiesel 7,4 9,43 USD —


FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO

RENTABILIDADE ANUAL

SELO

5 ANOS

anguard Global Credit Bond Ins USDH Acc V L egg Mason BW Glb Inc Opt A USD Acc GS Global Fixed Income R Acc USD T. Rowe Price Glb HY Bd Z USD Candriam Bds Global Hi Yld R EUR Cap P IMCO GIS Divers Inc Instl USD Acc S KY Harbor Global Sust HY A USD Acc F vS Bond Opportunities IT AXAWF Global Strategic Bds F Cap GBP H M&G (Lux) Glb Corp Bd C H EUR Acc J PM Global Corp Bd A (acc) USD P IMCO GIS Glb Hi Yld Bd Instl USD Acc T. Rowe Price Glb High Inc Bd I USD AXAWF Global Infl Bds I Cap EUR P IMCO GIS Income Institutional USD Acc Candriam Sst Bd Glbl HiYld I € Acc M FS Meridian Global Oppc Bd I1 USD F idelity Global Bond A-Dis-USD Invesco Global Inv Grd CorpBd C EURH Acc P ictet Global Sustainable Crdt HZ EUR Vontobel TwentyFour StratInc HI Hdg EUR Jupiter Dynamic Bond I EUR Q Inc M &G (Lux) Sust Gbl HY Bd L USD Acc B GF Global High Yield Bond C1 USD Templeton Global Bond W(Mdis)USD M uzinich Global Tact Crdt HUSD Acc R I nvesco Global Ttl Ret EUR Bd C EUR Acc P IMCO GIS Glb Bd Instl USD Acc Vanguard Glb Bd Idx $ H Acc U BAM Global High Yield Solution AC USD M uzinich LongShortCreditYld HEUR Acc NR MS INVF Global Fixed Income Opps Z T. Rowe Price Dyn Glb Bd Ih GBP Amundi Fds Glbl Aggt Bd I USD C P ictet Absolute Ret Fxd Inc ZX USD F idelity Global Infl-Link Bd Y-Acc-EUR H M uzinich Enhancedyield S-T HUSD Acc A Amundi Rspnb Invest Imp Green Bds DP C P IMCO GIS Dynamic Bd Instl Acc B GF Fixed Income Global Opps D2 EUR Hdg AXAWF Global Infl Sh Dur Bds I Cap EUR H R AM (Lux) Tactical Glb Bd Total Rtrn J N ordea 1 - Flexible Fixed Income BI EUR B SF Fixed Income Strategies I2 EUR JPM Global Strat Bd A perf (acc) EURH U BAM Abs Ret Low Vol Fxd Inc IPC EUR JPM Global Short Duration Bd A(acc)EURH Templeton Global Ttl Ret W(acc)USD

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

STERLING FIXED INCOME Vontobel TwentyFour Abs RetCrdt HI HEUR

DABC

US FIXED INCOME NN (L) US Credit P Cap USD Capital Group US CorpBd (LUX) Z B NY Mellon US Muncpl Infras Dbt USD WAcc P IMCO GIS US Hi Yld Bd Instl USD Acc AXAWF US High Yield Bonds I Cap USD S chroder ISF US Dllr Bd C Acc USD F idelity US High Yield A-Dis-USD P IMCO GIS Ttl Ret Bd Instl USD Acc AXAIMFIIS US Corp Itmt Bds A USD Dis Amundi Fds Pio Strat Inc A USD C J PM Income A (acc) USD Amundi Fds Pio US Bond A2 USD C B GF US Dollar Bond A2

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

3 ANOS

7,72 4,2 7,63 3,27 7,02 5,26 6,89 4,86 6,83 4,25 6,37 4,67 6,02 4,12 5,96 4,19 5,95 3,17 5,76 2,97 5,73 4,5 5,68 4,84 5,58 2,45 5,5 4,06 5,48 5,46 2,87 5,15 2,12 4,87 2,35 4,85 2,57 4,78 4,1 4,76 2,53 4,75 4,73 3,11 4,47 3,65 4,47 2,25 4,46 2,42 4,29 2,6 4,24 1,87 3,86 3,93 3,83 1,92 3,8 3,18 3,8 1,77 3,72 2,35 3,65 2,01 3,59 1,51 3,42 2,59 3,38 3,36 2,32 2,71 1,55 2,59 0,8 2,37 0,67 2,04 0,72 1,6 1,02 1,37 0,59 1,35 0,03 0,15 -0,53 -0,05 -1,46 -3,95

1 ANO

DADOS A 24/11/2021 VOLAT. 3 ANOS

DIVISA BASE

GESTOR

3,03 USD 5,92 6,99 USD Anujeet S. Sareen, Jack P. McIntyre, Brian L. Kloss, Tracy Chen, 4,85 8,8 USD Hugh Briscoe 11,21 9,98 USD Michael Della Vedova, Rodney M. Rayburn 7,35 5,62 EUR Nicolas Jullien, Thomas Joret, JC Tamavakis, Philippe Noyard 5,13 7,76 USD Eve Lagrellette Tournier, Alfred T. Murata, Sonali Pier, 10,94 8,36 USD Hannah H. Strasser -0,26 6,49 EUR Frank Lipowski 8,86 6,89 GBP Nick Hayes, Nicolas Trindade 0,31 5,68 EUR Ben Lord 2,38 7,73 USD Lorenzo Napolitano, Andreas Michalitsianos, Usman Naeem, 8,59 8,58 USD Sonali Pier, David Forgash, Andrew Jessop 9,98 12,27 USD Michael Della Vedova, Mark J. Vaselkiv 4,6 5,56 EUR Jonathan Baltora, Elida Rhenals 7,75 7,06 USD Alfred T. Murata, Daniel J. Ivascyn, Joshua Anderson 5,21 5,06 EUR Nicolas Jullien, Thomas Joret, JC Tamavakis, Philippe Noyard 0,94 6,91 USD David P. Cole, Ward Brown, Joshua P. Marston, Robert Spector, -0,53 5,04 USD Rick Patel, Ario Emami Nejad 1,17 6,94 EUR Luke Greenwood, Lyndon Man 2,67 6,52 EUR Philipp Buff, Frédéric Salmon 6,02 7,11 EUR Gary Kirk, Eoin Walsh, Felipe Villarroel, Mark Holman, 1,57 4,78 EUR Ariel Bezalel 7,03 9,55 USD Stefan Isaacs, James Tomlins 7,16 9,06 USD James Keenan, David Delbos, Mitchell S. Garfin, Jose Aguilar, 20,52 14,84 USD Calvin Ho, Michael J. Hasenstab 3,3 7,02 USD Michael L. McEachern 1,55 4,01 EUR Julien Eberhardt, Asad Bhatti, Paul Read 0,63 6,28 USD Andrew Thomas Balls, Lorenzo Pagani, Sachin Gupta -0,61 USD — 10,17 8,42 USD Philippe Graub 3,45 3,03 EUR Brian Lieberman 3 7,87 EUR James Caron, Utkarsh Sharma, Christian G. Roth, 9,42 5,48 GBP Arif Husain 3,34 7,67 USD Laurent Crosnier 1,07 6,08 USD Ella Hoxha, Andres Sanchez Balcazar 5,34 2,58 EUR Timothy Foster, Ian Robert Fishwick 4,87 7,59 USD Tatjana Greil-Castro -1,25 4,59 EUR Alban de Faÿ 2,82 6,03 USD Mohsen Fahmi, Daniel J. Ivascyn, Marc P. Seidner 2,78 5,5 EUR Rick Rieder, Bob Miller, Aidan Doyle 4,52 1,7 EUR Jonathan Baltora, Elida Rhenals -1,21 2,95 EUR Clement Perette, Gilles Pradere -1,06 2,25 EUR Søren Brogaard Lolle, Karsten Bierre, Caroline Henneberg -0,03 3,53 EUR Johan Sjogren, Michael Krautzberger, Tom Mondelaers 1,92 3,11 EUR Iain T. Stealey, Andrew Headley, Jeff Hutz, Lisa Coleman 0,03 0,85 EUR Philippe Graub -0,54 1,49 EUR Iain T. Stealey, Roger Hallam, Linda Raggi, -1,96 7,6 USD Calvin Ho, Michael J. Hasenstab

1,29

1,27

0,91

2,41

EUR

Chris Bowie

4,17 3,86 4,77 4,84 2,38 4,42 2,56 2,61 2,3 3,32 2,2 1,79

8,12 7,62 6,22 5,85 5,79 5,53 5,44 5,26 5,18 5,08 4,84 4,79 4,69

3,28 1,76 4,01 10,17 8,5 1,19 11,85 0,89 1,63 6,63 6,13 3,07 0,13

8,22 7,59 7,74 8,95 8,12 6,36 9,85 6,36 7,01 8,7 8,16 7,3 7,01

USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD

Anil Katarya, Travis King Scott Sykes, Karen Choi Jeffrey Burger, Thomas C. Casey Sonali Pier, Andrew Jessop Robert Houle, Michael P. Graham Lisa Hornby, Neil G. Sutherland Alexandre Karam, Harley Lank Mohit Mittal, Mark R. Kiesel, Scott A. Mather Frank Olszewski, Guillaume Arnould Kenneth J. Taubes, Jonathan Scott, Andrew Feltus J. Andrew Norelli, Andrew Headley, Thomas G. Hauser Bradley Komenda, Kenneth J. Taubes, Timothy D. Rowe Rick Rieder, Bob Miller

NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 29


PANORAMA BARÓMETRO

FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO

RENTABILIDADE ANUAL

SELO

5 ANOS

3 ANOS

1 ANO

DADOS A 24/11/2021 VOLAT. 3 ANOS

DIVISA BASE

GESTOR

B American Income C Inc A J PM US Aggregate Bond D (acc) USD U BAM Medium Term US Corporate Bd AC USD M uzinich Americayield HEUR Acc R AXAIMFIIS US Short Dur HY A Cap USD GS US Mortgg Bckd Secs I Acc USD Pictet-USD Short Mid-Term Bonds I F ranklin US Government W(Mdis)USD J PM US Short Duration Bond A (acc) USD GS US Dollar Short Dur Bond I Acc USD M uzinich ShortDurationHY HEUR Acc A P IMCO GIS Low Avrg Dur Instl USD Acc U BAM Dynamic US Dollar Bond AC USD J PM Income Opp A perf (acc) EURH

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

2,08 4,46 3,87 8,46 USD Scott A. DiMaggio, Matthew S. Sheridan, G 1,28 4,05 -0,17 6,67 USD Richard D. Figuly, Justin Rucker, Steven S. Lear 1,57 3,97 0,48 6,76 USD Philippe Gräub 2,43 3,9 6,63 8,72 EUR — 2,7 3,71 5,35 6,79 USD Vernard Bond, Peter V. Vecchio 1,19 3,53 0,14 6,12 USD — 0,84 2,32 0,55 5,93 USD Jon Mawby, Mathieu Magnin, Charles-Antoine Bory 0,2 2,26 -0,82 6,42 USD Neil Dhruv, Paul Varunok 0,65 2,14 0,68 6,04 USD Cary J. Fitzgerald, Toby Maczka 0,83 1,96 0,35 5,99 USD Richard Mulley, Jacqueline Leary 1,18 1,77 4,9 EUR David A. Bowen 0,62 1,75 0,6 5,94 USD Jerome M. Schneider, Scott A. Mather 0,31 0,54 1,08 6,43 USD Philippe Gräub -0,3 -0,52 0,15 2,93 EUR William H. Eigen, Jeffrey Wheeler

ASIA EQUITY J PM Pacific Equity A (dist) USD

DABC 13,39

18,62

19,08

13,6

USD

Aisa Ogoshi, Robert Lloyd

ASIA EX-JAPAN EQUITY MS INVF Asia Opportunity Z Fidelity Asia Pacific Opps A-Acc-EUR UBS (Lux) ES As Smlr Coms (USD) P-acc S chroder ISF Emerging Asia I Acc EUR JPM Asia Growth A (acc) USD M irae Asset Asia Great Consumer Eq I USD M irae Asset Asia Sect Ldr Eq I USD Cap T. Rowe Price Asian Opp Eq I USD S chroder ISF Asian Opports I Acc USD F idelity Sustainable Asia Eq Y-Dis-USD Aberdeen S Asia Pac Eq X Acc USD S chroder ISF Asian Ttl Ret C Acc USD Threadneedle Asia Ins Acc GBP GS Asia Equity R Acc USD J PM Asia Pacific Equity A (acc) EUR

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

19,32 14,51 11,53 15,23 13,83 11,81 11,18 12,87 13,41 12,4 11,06 11,7 11,57 11,24 11,63

23,86 21,6 20,67 20,53 19,16 18,96 18,74 18,02 17,51 17,07 16,96 16,74 16,56 15,85 15,26

-2,73 27,96 17,09 18,46 13,25 1,13 30,66 14,63 14,39 17,05 20,94 19,64 14,74 7,11 18,53

17,97 17,18 13,9 16,42 16,29 16,34 16,23 15,82 17,01 15,39 15,13 15,16 16,73 16,37 16,11

USD EUR USD EUR USD USD USD USD USD USD USD USD GBP USD EUR

Anil Agarwal, Kristian Heugh Anthony Srom Raymond M. Wong, Projit Chatterjee, Shou-Pin Choo Louisa Lo Joanna Kwok, Mark Davids Joohee An, Sol Ahn Rahul Chadha, Phil S. Lee Eric C. Moffett Toby Hudson Dhananjay Shrikrishna Phadnis Pruksa Iamthongthong Robin Parbrook, King Fuei Lee George Gosden, Soo Nam Ng Sumit Mangal Oliver R. Cox, Alice Wong, Mark Davids

CONSUMER GOODS & SERVICES SECTOR EQUITY Invesco Glbl Consmr Trnds A USD Acc DABC P ictet-Premium Brands I EUR DABC BNP Paribas Consumer Innovtr Cl C DABC F idelity Sust Cnsmr Brds A-Dis-EUR DABC B NP Paribas Smart Food I Cap DABC I nvesco Asia Consumer Demand C USD Acc DABC

19,2 17,97 17,99 14,43 8,79 7,99

22,23 22,22 21,79 19,26 12,75 11,41

26,86 53,71 31,54 26,68 32,52 -4,35

23,57 18,88 17,37 13,24 16,32 17,34

USD EUR EUR EUR EUR USD

Ido Cohen, Juan R. Hartsfield Caroline Reyl, Laurent Belloni Geoffry V. Dailey, Pamela J. Woo Aneta Wynimko Michael Landymore Shekhar Sambhshivan, Mike Shiao, William Yuen

ENERGY SECTOR EQUITY BNP Paribas Energy Transition C C B GF Sustainable Energy D2 P ictet-Clean Energy I USD

DABC 19,97 DABC 18,71 DABC 17,8

35,74 30,81 29,16

71,64 43,21 44,32

40,31 17,22 19,95

EUR USD USD

Edward Lees, Ulrik Fugmann Alastair Bishop, Charlie Lilford Xavier Chollet, Christian Roessing, Manuel Losa

EQUITY MISCELLANEOUS Pictet-Water I EUR BNP Paribas Aqua C C Pictet-Nutrition I EUR

DABC 14,51 DABC 14,68 DABC 11,67

21,22 21,16 13,56

39,38 43,65 28,31

16,06 17,77 13,73

EUR EUR EUR

Louis Veilleux, Cédric Lecamp Bruce Jenkyn-Jones, Hubert Aarts Mayssa Al Midani, Alex Howson

EUROPE EMERGING MARKETS EQUITY Schroder ISF Emerging Europe C Acc EUR

DABC 15,23

18,97

87,17

26,3

EUR

Mohsin Memon, Rollo Roscow

EUROPE EQUITY LARGE CAP BGF Continental Eurp Flex E2 EUR B SF European Opps Extension A2 EUR D NB Fund Nordic Equities retail A Allianz Europe Equity Growth IT EUR Candriam Eqs L Eurp Innovt R EUR Cap Threadneedle Pan Eurp Focus Ins Acc GBP Carmignac Pf Grande Europe F EUR Acc BGF European Special Situations A2 GAM Star Continental Eurp Eq GBP Acc NN (L) European Sust Eq P Cap EUR Threadneedle European Sel Ins Acc GBP F idelity FAST Europe A-ACC-EUR J PM Europe Strategic Growth C (dist) EUR

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

23,41 22,9 21,85 21,52 21,47 21,44 20,59 19,57 19,49 18,86 18,63 18,24 18,07

45,59 58,1 36,27 43,88 37,35 32,07 37,69 38,4 45,34 36,02 37,03 29,67 44,17

17,55 18,29 16,43 17,44 14,16 14,02 14,5 15,79 16,95 15,93 16,32 14,62 15,84

EUR EUR EUR EUR EUR GBP EUR EUR GBP EUR GBP EUR EUR

Giles Rothbarth Christopher Sykes Øyvind Fjell Robert Hofmann, Marcus Morris-Eyton, Thorsten Winkelmann Geoffroy Goenen, Antoine Hamoir Frederic Jeanmaire Mark Denham Stefan Gries Nial Gallagher Paul Schofield, Oskar Tijs, Jeremy Kent Benjamin Moore Fabio Riccelli, Karoline Rosenberg Ben Stapley, Michael Barakos

30  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

17,03 17,51 14,77 15,36 16,2 15,11 14,68 14,23 11,54 13,1 13,5 14,55 14,17


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PANORAMA BARÓMETRO

FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 RENTABILIDADE ANUAL

DADOS A 24/11/2021 VOLAT. 3 ANOS

DIVISA BASE

FUNDO

SELO

llianz Euroland Equity Growth IT EUR A AXAWF Fram Switzerland A Cap EUR E chiquier Positive Impact Europe A M GI Eurozone Equity M1 EUR Aberdeen S Eu Sus n Res Inv Eq A Acc EUR F idelity European Dynamic Gr A-Dis-EUR Candriam Sst Eq EMU R € Acc J upiter European Growth D EUR Acc B GF Euro-Markets A2 T. Rowe Price Eurp Eq I EUR M FS Meridian European Value A1 EUR D WS Aktien Strategie Deutschland IC F idelity Sustainable Euroz Eq E-Acc-EUR E leva UCITS Eleva Eurp Sel I EUR acc P ictet-Quest Europe Sust Eqs I EUR H SBC GIF Euroland Growth M1C U BS (Lux) EF Euro CountrsOppSust€P Janus Henderson Hrzn Euroland H2 EUR E dR SICAV Euro Sustainable Eq A EUR S chroder ISF EURO Equity I Acc EUR M FS Meridian European Research A1 EUR Amundi Fds Euroland Equity A EUR C J PM Euroland Equity C (dist) EUR P ictet-Europe Index P EUR D WS Deutschland IC Fidelity Germany A-Dis-EUR J PM Europe Equity Plus A perf (acc) EUR AB Eurozone Eq Ptf IX Acc D WS Invest II Eurp Top Div XC Fidelity European Growth Y-Dis-EUR F idelity European Lgr Coms Y-Dis-EUR Amundi Fds European Eq Val M2 EUR C CS (Lux) European Div Plus Eq EB EUR M&G (Lux) Eurp Strat Val CI EUR Acc Invesco Sus Pan Eurp Stu Eq C € Acc AB European Eq Ptf C Acc I nvesco Pan European Equity A EUR Acc J PM Europe Strategic Value C (dist) EUR F idelity Iberia A-Dis-EUR UBS (Lux) ES Euro Countrs Inc€ Q-acc F idelity Instl Eurp LargerComs R-Acc-EUR

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

13,05 17,81 14,33 17,04 13,24 17,03 14,01 16,35 12,87 16,05 13,72 15,8 11,47 15,8 15,38 15,66 10,46 15,44 11,26 14,91 11,74 14,71 11,38 14,49 10,54 14,32 12,25 14,13 9,73 13,31 10,57 13,2 10,23 13,17 8,4 12,78 9,6 12,19 10,09 12,14 9,4 11,95 8,65 11,89 10,09 11,63 9,24 11,47 8,23 10,37 8,69 10,15 7,9 9,87 9,04 8,83 7,27 8,62 7,88 8,15 7,77 7,99 7,48 7,96 6,36 7,94 7,61 7,86 6,24 7,73 6,98 7,32 5,89 5,87 5,68 5,56 4,98 4,13 4,94 4,07

37,93 18,31 EUR Andreas Hildebrand, Darina Valkova 31,94 13,08 EUR Guillaume Robiolle, Hervé Mangin 26,55 14,05 EUR Adrien Bommelaer, Luc Olivier 45,78 16,64 EUR 28,52 14,22 EUR Ben Ritchie, Jonathan Allison, Sanjeet Mangat 28,1 14,95 EUR Fabio Riccelli, Karoline Rosenberg 43,24 18,42 EUR Geoffroy Goenen, Laurent Milliat 34,89 14,01 EUR Mark Heslop, Mark Nichols 45,24 18,98 EUR Andreas Zoellinger, Tom Joy 37,73 15,54 EUR Tobias Mueller 34,99 EUR Florence Taj, Gabrielle G. Gourgey, Benjamin Tingling 47,95 24,79 EUR Andreas Wendelken, Christoph Ohme, Tim Albrecht, 40,2 17,37 EUR Vincent Durel 43,61 17,99 EUR Eric Bendahan 39,84 16,79 EUR Laurent Nguyen 38,05 18,06 EUR Patrick Gautier, Abderrahman Belcaid 36,55 16,42 EUR Jeremy Leung, Maximilian Anderl 50,09 20,88 EUR Nick Sheridan 32,3 16,19 EUR Marc Halperin, Jean-Philippe Desmartin 45,17 20,16 EUR Martin Skanberg 30,14 14,61 EUR Gabrielle G. Gourgey 48,53 20,38 EUR Fabio Di Giansante, Lorenzo Angelini 49,88 20,87 EUR Zenah Shuhaiber, Philippa Clough, Richard Webb 41,78 16,71 EUR Jean−Michel Piuz, Roland Riat 43,43 24,65 EUR Andreas Wendelken, Christoph Ohme, Tim Albrecht, 30,03 19,52 EUR Christian Von Engelbrechten, Tom Ackermans 45,85 19,1 EUR Nicholas Horne, Ben Stapley, Michael Barakos 44,05 21,32 EUR Tawhid Ali, Andrew Birse 33,15 15,74 EUR Stephan Werner, Marc Althaus 37,73 18,22 EUR Matt Siddle, Helen Powell 37,39 18,31 EUR Matt Siddle, Helen Powell 55,34 24,68 EUR Andreas Wosol, Roberto Campani 27,25 14,04 EUR Felix Maag, Nicola Nolè 50,03 21,34 EUR Richard Halle 29 15,69 EUR Alexander Uhlmann, Thorsten Paarmann 43,5 20,25 EUR Tawhid Ali, Andrew Birse 50,89 22,39 EUR Tim Marshall, John Surplice 58,59 24,85 EUR Ian Butler, Thomas Buckingham, Michael Barakos 30,32 18,54 EUR Karoline Rosenberg, Mac Elatab 26,83 15,79 EUR Ian Paczek, Urs Räbsamen, Grzegorz Ledwon 38,28 EUR Matt Siddle, Helen Powell

EUROPE EQUITY MID/SMALL CAP Threadneedle (Lux) Pan Eurp SmCpOpps ZE T. Rowe Price Rspnb Eurp Smlr Cm Eq IEUR E chiquier Agenor SRI Mid Cap Europe A Candriam Eqs L Europe S&M Cp C EUR Cap MFS Meridian European Smlr Coms A1 EUR Oddo BHF Avenir Euro CR-EUR B NP Paribas Europe Small Cap I C Oddo BHF Avenir Europe CR-EUR BPI Portugal FIAA

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

16,34 15,38 14,94 15,08 10,25 10,78 10,76 10,84 8,38

19,92 16,64 16,08 15,24 13,13 12,29 11,51 11,15 8,08

38,04 38,63 24,24 46,02 33,95 33,17 33,18 24,52 56,49

18,86 20,37 14,99 19,46 17,22 18,8 19,63 17,18 19,25

EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR

Philip Dicken, Mine Tezgul Ben Griffiths José Berros, Guillaume Puech, Stéphanie Bobtcheff Geoffroy Goenen, Christian Solé Sandeep Mehta, Peter F. Fruzzetti Pascal Riegis, Sébastien Maillard, Grégory Deschamps, Fiona Wills, Damien Kohler Pascal Riegis, Sébastien Maillard, Grégory Deschamps, Pedro Maruny

FINANCIALS SECTOR EQUITY Jupiter Financial Innovt D GBP Acc

DABC

16,6

21,84

46,28

21,23

GBP

Guy de Blonay

GLOBAL EMERGING MARKETS EQUITY N ordea 1 - Emerging Stars Equity BI EUR Threadneedle Global EM Eq Ins Acc GBP Fidelity Em Mkts Y-DIST-USD Candriam Sst Eq Em Mkts R € Acc J PM Emerging Markets Equity A (dist) USD Wellington Emerg Mkt Devpmt USD D Ac C apital Group EM Growth (LUX) Z Capital Group New World (LUX) Z GS Emerging Markets Eq Base Acc USD J PM Em Mkts Small Cap A (acc) perf USD

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

12,88 10,16 11,64 11,94 11,98 12,78 11,83 12,19 11,01 9,42

20,55 20,47 19,29 19,03 18,74 18,32 18,01 17,96 17,7 15,49

16,92 16,46 22,59 21,31 13,73 23,12 23 28,29 21,55 31,82

17,25 19,61 16,75 16,4 17,39 16,86 16,19 15,53 16,78 17,64

EUR GBP USD EUR USD USD USD USD USD USD

Juliana Hansveden, Emily Leveille Dara J. White Nick Price, Amit Goel Philip Screve, Mohamed Lamine Saidi, Jan Boudewijns Leon Eidelman, Austin Forey Daire T. Dunne, Simon Charles Henry Victor D. Kohn, F. Chapman Taylor, Eu-Gene Cheah Jonathan Knowles, Nicholas J. Grace, Akira Shiraishi, Basak Yavuz, Hiren Dasani Amit Mehta, Austin Forey

5 ANOS

32  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

3 ANOS

1 ANO

GESTOR


FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 RENTABILIDADE ANUAL

DADOS A 24/11/2021 VOLAT. 3 ANOS

DIVISA BASE

14,82 14,06 12,48 11,74 11,48

19,4 17,04 12,58 17,5 10,58 11,23 15,35 19,3 16,62

USD EUR EUR USD USD

28,63 27,8 27,75 27,55 27,27 27,23 26,63 26,53 25,93 25,41 24,59 24,19 23,36 23,17 22,33 21,68 20,69 20,4 20,38 20,12 20,04 19,48 19,04 18,5 18,37 18,17 17,86 17,83 17,42 17,17 16,94 16,88 16,69 16,57 16,42 15,86 15,85 15,52 15,07 14,25 13,73 13,6 13,47 13,26 13,11 11,6 11,26 10,41 10,36 7,2 4,55

33,65 39,6 41,02 31,85 22,28 39,07 43,74 37,44 40,17 37,81 34,64 43,6 23,56 44,7 32,41 42,34 35,17 38,75 30,87 31,41 37,54 36,85 28,43 38,47 34,27 31,23 38,25 36,67 31,92 43,63 33,36 38,44 39,23 30,77 36,39 29,36 39,19 31,59 25,76 32,12 39,9 34,57 41,54 37,97 29,18 25,63 19,27 34,26 30,35 26,68 25,51

FUNDO

SELO

chroder ISF Em Mkts I Acc USD S F ederated Hermes Glb Em Mkts R EUR Acc Wells Fargo (Lux) WF EM Eq I EUR Acc Vontobel mtx Sust EmMkts Ldrs I USD GS EM CORE Eq I Acc USD Close

DABC DABC DABC DABC DABC

GLOBAL EQUITY LARGE CAP GS Global Millennials Eq I Acc USD S chroder ISF Glb Clmt Chg Eq I Acc USD D PAM INVEST B Eqs NewGems Sust W Cap CPR Invest Glbl Dsrpt Opp R EUR Acc M S INVF Global Opportunity Z AMP Capital Global Companies I USD Acc S eilern World Growth CHF H R AB SICAV I Stbl Glb Tmtc Ptf AXXUSDAcc Threadneedle (Lux) Global Focus ZU Vontobel Clean Technology B EUR Pictet - Global Envir Opps I EUR Capital Group New Pers (LUX) ZL R obeco Global Consumer Trends D € U BAM 30 Global Leaders Equity AHC USD Allianz Thematica WT4 EUR P ictet-Security I USD F idelity Glb Dmgrphcs Y-Acc-USD BPI GIF Opportunities R L egg Mason MC Glb L-T Uncons A USD Acc F undsmith Equity T Acc BPI Ações Mundiais FIAA C andriam Eqs L Glbl Demography C EUR Cap Fundsmith Equity T EUR Acc MGI Global Equity M-7 € Acc N SF SICAV Wealth Defender Glbl Eq I USD P ictet-Global Megatrend Sel I EUR M ercer Sustainable Glbl Eq M-2$ B NY Mellon Long-Term Glbl Eq USD C Acc M irabaud Sustainable Glbl Fcs A USD Acc J PM Global Focus D (acc) EUR F idelity Global Focus E-Acc-EUR Templeton Glb Climate Change A(Ydis)EUR Caixa Ações Líderes Globais FIMAA M S INVF Global Quality Z Fidelity World Y-Dis-EUR MS INVF Global Brands A USD U BS (Lux) ES L/T Thms $EUR H P N inety One GSF Glb Qual Eq Inc IX Inc $ P ictet SmartCity I EUR N B Momentum Sustentável FIMAA AXA Rosenberg Glb Eq Alpha A USD Acc Mirabaud Sust Glbl Hi Div A USD Acc M &G (Lux) Glb Dividend CI EUR Acc GS Global CORE Eq I Inc USD Snap M FS Meridian Global Equity A1 USD F idelity Global Dividend Y-Acc-USD B L-Equities Dividend B EUR BNY Mellon Global Equity Inc USD C Inc CS (Lux) Global Div Plus Eq EB USD D WS Invest Top Dividend IC Templeton Growth (Euro) I(acc)EUR

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

21,54 19,8 22,68 23,05 20,47 19,37 19,96 15,57 17,03 18,64 20,98 18,1 16,83 15,77 15,16 16,43 17,74 15,02 14,67 17,01 14,9 16,26 14,55 13,69 14,85 15,89 12,31 13,39 11,15 13,93 14,16 14,14 13,89 11,9 10,99 9,57 12,31 11,84 10,93 11,65 12,81 10,51 9,04 8,92 8,85 8,72 5,79 4,67

GLOBAL EQUITY MID/SMALL CAP B NP Paribas Climate Impact I C N ordea 1 - Global Climate & Envir BI EUR Vanguard Global Small-Cap Idx USD Acc

17,1 25,92 43,39 17,51 EUR Bruce Jenkyn-Jones, Jon Forster DABC 25,44 44,63 17,7 EUR Thomas Sørensen, Henning Padberg DABC 18,83 DABC 12,67 15,14 46,02 20,93 USD —

GREATER CHINA EQUITY Allianz China A Shares AT USD J PM China A (dist) USD

DABC DABC

5 ANOS

3 ANOS

11,25 10,17 7,73 9,53 8,64

21,47 17,79

38,63 27,04

1 ANO

20,8 2,33

GESTOR

Robert Davy, Tom Wilson Gary Greenberg Jerry Zhang, Derrick Irwin, Richard Peck Roger Merz, Thomas Schaffner Len Ioffe, Osman Ali, Dennis Walsh, James Park

16,83 USD Nathan Lin, Alexis Deladerrière, Laura Destribats 17,15 USD Simon Webber, Isabella Hervey-Bathurst 16,55 EUR Dries Dury, Jonathan Graas, Tom Demaecker 19,04 EUR Wesley Lebeau, Estelle Ménard 16,86 EUR Kristian Heugh 14,73 USD Neil Mitchell, Andy Gardner, David Naughtin, Simon Steele 17,32 CHF Marco Lo Blanco, Michael Faherty 15,84 USD Daniel Charles Roarty 14,66 USD Dave Dudding 17,15 EUR Pascal Dudle, Stephan Eugster 15,9 EUR Gabriel Micheli, Luciano Diana, Yi Du 16,37 USD Jonathan Knowles, Brady L. Enright, Noriko H. Chen, 15,84 EUR Richard Speetjens, Jack Neele 15,84 USD Martin Moeller, Fares Benouari 14,61 EUR Andreas Fruschki, Gunnar Miller 16,76 USD Yves Kramer, Alexandre Mouthon, Rachele Beata 13,21 USD Aneta Wynimko, Alex Gold, Oliver Hextall 15,48 EUR Rui Araújo 13,89 USD Zehrid Osmani, Yulia Hofstede 14,37 GBP Terry Smith 15,26 EUR Luís Alvarenga, Rui Araújo 15,58 EUR Allan Foll, Theany BAZET 13,48 EUR Terry Smith 16,18 EUR 15,18 USD — 16,08 EUR Hans Peter Portner 14,41 USD 14,63 USD — 14,62 USD Anu Narula, Paul Middleton 17,66 EUR Rajesh Tanna, Timothy Woodhouse, Helge Skibeli 15,37 EUR Ashish Kochar, Oliver Trimingham 18,45 EUR Maarten Bloemen, Herbert J Arnett Jr., Craig Cameron, 14,6 EUR — 14,32 EUR Bruno Paulson, Vladimir A. Demine, Nathan Wong, 17,06 EUR Jamie Peter Harvey, Jeremy Philip Elliot Podger 13,87 EUR Bruno Paulson, Vladimir A. Demine, Nathan Wong, 19,28 EUR Joseph R. Elegante, Alix Foulonneau, Bruno Bertocci 13,89 USD Clyde Rossouw, Abrie Pretorius 15,63 EUR Ivo Weinoehrl, Andreas Kringlen, Benjamin Lerner 14,59 EUR Fatima Só 17,59 USD — 14,53 USD Anu Narula, Paul Middleton 20,47 EUR Stuart Rhodes 18,04 USD Len Ioffe, Osman Ali, James Park, Takashi Suwabe 21,08 USD Roger M. Morley, Ryan P. McAllister 12,47 USD Daniel Roberts 10,89 EUR Jérémie Fastnacht, Guy Wagner 15,4 USD Jonathan Bell, Paul Flood, Ilga Haubelt, Robert Hay 14,29 USD Felix Maag, Aude Scheuer 12,54 EUR Thomas Schüssler, Stephan Werner, Martin Berberich 16,29 EUR Peter M. Moeschter, Herbert J Arnett Jr., Warren Pustam

18,85 20,66

USD USD

Anthony Wong, Kevin YOU Howard Wang, Rebecca Jiang

NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 33


PANORAMA BARÓMETRO

FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 RENTABILIDADE ANUAL

DADOS A 24/11/2021 VOLAT. 3 ANOS

DIVISA BASE

18,28 18,04 18,13 17,59 17,36 18,41

USD USD USD USD USD USD

Nicholas Yeo David Choa, Maxwell Yang Louisa Lo Denise Cheung, Morris Wu, Bin Shi Denise Cheung, Morris Wu, Bin Shi Hyomi Jie

26,85 21,37 32,17 13,7 27,02 14,74 13,66 19,47 24 13,55 24,89 12,61 17,52

USD USD USD USD EUR USD USD

David Pinniger, Gareth Powell Vinay Thapar, John H. Fogarty Anne Marden, Laurence McGrath, Matthew G. Cohen Rudi Van den Eynde, Servaas Michielssens Erin Xie Jeff Meys, Tjeerd van Cappelle, Anastasia Naymushina Rudi Van den Eynde, Servaas Michielssens

FUNDO

SELO

berdeen S China A Share Eq I Acc USD A BNP Paribas China Eq Cl C S chroder ISF China Opps I Acc USD U BS (Lux) EF Greater China (USD) Q U BS (Lux) EF China Oppo(USD) Q USD acc Fidelity China Consumer Y-Acc-USD

DABC DABC DABC DABC DABC DABC

HEALTHCARE SECTOR EQUITY Polar Capital Biotech S Inc AB International HC AX USD Acc J PM Global Healthcare C (acc) USD Candriam Eqs L Biotech R USD Cap B GF World Healthscience A2 N N (L) Health Care X Cap USD Candriam Eqs L Onclgy Impct I USD Cap

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

21,01 23,48 16,54 17,1 15,17 15,88 13,44 15,25 13,76 13,73 12,6 13,06

INDIA EQUITY S chroder ISF Indian Opports C Acc USD F ranklin India I(acc)USD

DABC 12,79 20,24 50,78 21,83 USD — 9,7 20,14 57,3 23,74 USD Sukumar Rajah DABC

INFRASTRUCTURE SECTOR EQUITY D WS Invest Global Infras FC LM ClearBridge Infras Val PR EUR Acc L azard Global Lstd Infras Eq A Acc EUR H

DABC DABC DABC

JAPAN EQUITY JPM Japan Equity A (dist) USD Threadneedle Japan Ins Acc GBP J upiter Japan Select D USD Acc T. Rowe Price Japanese Equity I EUR GS Japan Equity Base Acc JPY Aberdeen S Japanese Eq X Acc JPY Janus Henderson Hrzn Jpn Smr Coms A2 USD P ictet-Japanese Equity Opps PJPY Aberdeen S Jpn SmlrComs X Acc JPY Invesco Japanese Eq Adv A JPY Acc Vanguard Jpn Stk Idx $ Acc S chroder ISF Japanese Eq I Acc JPY

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

LATIN AMERICA EQUITY D WS Invest Brazilian Equities LC D WS Invest Latin American Eqs NC

DABC 7,39 DABC 3,59

LONG/SHORT EQUITY S chroder GAIA Egerton Eq I Acc EUR JPM US Hedged Equity A (acc) USD P ictet TR - Mandarin I USD E leva UCITS Eleva Abs Ret Eurp S EUR acc M an GLG Innovation Eq Alt IN USD Acc P ictet TR - Atlas I EUR J anus HndrsnAbsolute Return A2 GBP Schroder GAIA Sirios US Eq E Acc EUR Hdg P ictet TR - Corto Europe I EUR

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

12,32 10,75 7,99 3,11 4,29 2,53

13,21 10,81 8,88 6,84 6,81 6,06 4,2 3,12 2,71

17,02 18,7 6,35 7,43 3,98 6,94 12,24 15,08 6,47

13,46 8,28 6,81 3,97 6,5 3,12 6,89 10,4 3,77

EUR USD USD EUR USD EUR GBP EUR EUR

John C. Armitage Hamilton Reiner, Raffaele Zingone Lan Wang-Simond Eric Bendahan Mike Corcell Matthieu Fleck Luke Newman, Benjamin Wallace John F. Brennan Phillipe Sarreau

NATURAL RESOURCES SECTOR EQUITY BGF World Mining D2

DABC 13,93

19,77

41,37

25,25

USD

Olivia Markham, Evy Hambro

PRECIOUS METALS SECTOR EQUITY BGF World Gold A2

DABC

2,45

17,73

-9,55

34,4

USD

Thomas Holl, Evy Hambro

REAL ESTATE SECTOR EQUITY J anus Henderson Hrzn PanEurpPtyEqs A2EUR J anus Henderson Hrzn GlblPtyEqsA2USD M S INVF Global Property I

DABC DABC DABC

13,61 9,84 3,8

15,03 14,16 5,22

42,34 38,36 47,04

20,28 17,45 21,63

EUR USD EUR

Guy Barnard, Nicolas Scherf Guy Barnard, Tim Gibson, Greg Kuhl Desmond Foong, Laurel Durkay, Michiel te Paske,

TECHNOLOGY SECTOR EQUITY B GF Next Generation Technology I2 Allianz Global Artfcl Intlgc WT4 EUR E chiquier Artificial Intelligence B EUR J PM US Technology A (dist) USD F ranklin Technology W Acc USD BGF World Technology A2 Threadneedle (Lux) Global Tech AU USD

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

34,01 31,25 33,46 26,46

48,42 41,18 40,39 39,99 39,75 39,2 35,7

45,91 23,56 44,78 24,32 41,32 27,15 46,68 22,7 49,93 20,13 38,28 62,89 22,35

USD EUR EUR USD USD USD USD

Tony Kim James Chen, Sebastian Thomas Rolando Grandi Joseph Wilson, Eric Ghernati, Timothy RV Parton Jonathan Curtis, Matthew Cioppa, Dan Searle Tony Kim Paul H. Wick

5 ANOS

3 ANOS

1 ANO

20,5 14,41 13,69 14,49 12,46 9,16

26,84 20,46 17,89 17,32 13,14 11,84

14,98 -3,33 4,54 -9,26 -15,67 -8,2

7,5 7,97 7,84

11,72 11,47 6,23

28,46 25,13 21,2

14,78 15,53 13,95

EUR EUR EUR

GESTOR

Manoj H. Patel, Francis X. Greywitt Nick Langley, Charles Hamieh, Shane Hurst, Simon Ong John Mulquiney, Warryn Robertson, Bertrand Cliquet,

12,78 18,47 14,47 15,93 USD Nicholas Weindling, Shoichi Mizusawa, Miyako Urabe 10,43 14,63 18,95 15,11 GBP Daisuke Nomoto 10,82 14,35 28,18 15,36 USD Dan Carter, Mitesh Patel 10,4 12,9 10,09 16,7 EUR Archibald A. Ciganer 8,82 12,36 19,69 13,61 Yen Ichiro Kosuge 5,72 12,15 16,65 14,71 Yen Chern-Yeh Kwok 6,42 10,53 18,87 17,6 USD Yun Young Lee 8,1 9,94 27,14 15,51 Yen Adrian Hickey 7,49 9,71 10,29 16,76 Yen Hisashi Arakawa 7,9 8,6 15,05 15,93 Yen Tadao Minaguchi 7 8,58 20,5 USD — 7,98 8,29 20,15 14,31 Yen Kazuhiro Toyoda

34  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

5,63 11,62 35,2 EUR — 4,56 22,65 29,97 EUR —


DADOS A 24/11/2021 RENTABILIDADE ANUAL

FUNDO

SELO

Fidelity Global Technology Y-Dis-EUR J anus Henderson Glb Tech&Inno A2 USD B NP Paribas Disrpt Tech Cl D Polar Capital Global Tech Inc J PM Europe Dynamic Techs Fd C (dist) EUR P ictet - Robotics I EUR J anus Henderson Hrzn GlbTechLdrs H2USD AXAWF Framlington Dgtl Ecoy I Cap EURHdg AXAWF Fram Robotech I Cap USD E dRF Big Data N EUR P ictet-Digital PUSD

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

UK EQUITY LARGE CAP Ninety One GSF UK Alpha IX Inc GBP

DABC

US EQUITY LARGE CAP BLEND Wells Fargo (Lux) WF USAllCpGr I USD Acc F ranklin US Opportunities W(acc)USD S chroder ISF US Large Cap I Acc USD J PM US Select Equity A (acc) USD Amundi IS MSCI North America IE-C Vanguard U.S. 500 Stk Idx $ Acc P ictet-USA Index P USD AXA Rosenberg US Enh Idx Eq Alp A $ Acc T. Rowe Price US Eq I USD P olar Capital North American S Neuberger Berman US MltCp Opps USD1 IAcc AXA Rosenberg US Equity Alpha A USD Acc GS US CORE Equity Base Acc USD Snap N N (L) US Enh Cr Concntr Eq P Cap USD Capital Group InvCoAmer (LUX) Z

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

VOLAT. 3 ANOS

DIVISA BASE

51 36,5 45,17 25,6 60,37 37,63 37,12 32,65 37,12 55,93 19,07

18,66 17,95 18,28 16,85 19,8 20,76 17,75 19,85 19,78 19,67 16,18

EUR USD EUR USD EUR EUR USD EUR USD EUR USD

HyunHo Sohn Denny Fish Pamela J. Woo, Pamela Hegarty Ben Rogoff, Nick Evans, Fatima Lu Jonathan Ingram, John Baker, Alex Whyte John Gladwyn, Peter Lingen Graeme Clark, Richard Clode, Alison Porter Tom Riley, Jeremy Gleeson Tom Riley, Jeremy Gleeson Xiadong Bao, Jacques-Aurélien Marcireau Sylvie Sejournet, Stanislas Effront, Charles Lepetitpas

32,86

17,06

GBP

Simon Brazier

5 ANOS

3 ANOS

1 ANO

26,64 26,63 26,19 27,23 23,76 22,82 24,14 18,16 14,96

33,38 31,89 31,27 29,72 29,32 28,72 27,69 27,48 27,29 21,57 17,12 6,59

6,18

GESTOR

24,43 28,32 22,75 27,97 17,56 21,51 17,21 21,23 16,95 20,47 16,88 19,89 16,53 19,5 16,27 19,15 14,87 18,15 14,79 17,64 16 17,28 14,54 17,2 15,72 17,06 14,69 16,52 13,24 16,17

37,37 USD Joseph M. Eberhardy, Robert Gruendyke, Thomas C. Ognar 39,19 19,23 USD Sara Araghi, Grant Bowers 44,25 16,9 USD Frank Thormann 43,68 17,8 USD Steven G. Lee, Scott B. Davis 43,9 18,09 EUR Arnaud Choblet 43,14 USD — 42,56 17,41 USD David Billaux, Stéphane Cornet 42,02 17,29 USD — 40,18 16,55 USD Jeffrey Rottinghaus 49,29 20,35 USD Andrew Holliman, Richard Wilson 43,5 19,44 USD Richard S. Nackenson 43,7 18,69 USD — 41,22 17,37 USD Len Ioffe, Osman Ali, Dennis Walsh 40,61 18,27 USD Vincent J. Costa 39,67 16,04 USD Joyce E. Gordon, James B. Lovelace, Grant L. Cambridge,

US EQUITY LARGE CAP GROWTH MS INVF US Growth I DABC B rown Advisory US Sust Gr USD C Acc DABC M S INVF US Advantage I DABC Wells Fargo (Lux) WF USLrgCpGr IEUR Acc DABC AB Sustainable US Tmtc A USD DABC B rown Advisory US Equity Growth $ P Acc DABC AB American Gr Ptf C Acc DABC T. Rowe Price US Lg Cap Gr Eq I USD DABC L egg Mason CB US Eq Sust Ldrs PR EURHAcc DABC L egg Mason CB US Lg Cp Gr X USD Acc DABC N inety One GSF American Fran A Inc USD DABC Amundi Fds Pio US EqFundmGr A EUR C DABC B L-Equities America B USD DABC Vontobel US Equity I USD DABC

33,15 24,58 24,8 21,55 21,07 21,52 23,71 19,41 19,95 20,15 17,71 15,81 16,49

39,89 25,07 48,26 17,34 28,32 20,75 42,07 38,72 16,99 34,9 17,51 38,6 16,17 36,44 18,19 37,54 16,71 36,28 17,81 42,23 15,92 35,19 16,93 31,22 17,47 34,56 16,65

US EQUITY LARGE CAP VALUE J PM US Value A (dist) GBP MFS Meridian US Value A1 USD D WS Invest CROCI US Dividends USD LC R obeco BP US Premium Equities IH € NN (L) US High Dividend P Cap USD Fidelity America A-Dis-USD

DABC DABC DABC DABC DABC DABC

10,56 13,04 9,86 12,27 11,85 12,27 10,44 11,52 9,77 11,09 7,24 7,7

47,28 20,13 GBP Andrew Brandon, Clare A. Hart, David Silberman 38,63 18,1 USD Nevin P. Chitkara, Steven R. Gorham 34,07 19,68 USD Julien Boulliat, Shinil Balakrishnan 45,84 21,96 EUR Duilio R. Ramallo 34,86 17,07 USD — 45,24 17,75 USD Ashish Bhardwaj, Rosanna Burcheri

US EQUITY SMALL CAP T. Rowe Price US Smlr Cm Eq Q USD Alger Small Cap Focus I US L egg Mason RY US SmCp Opp X USD Acc B NP Paribas US Small Cap Classic R J PM US Smaller Companies A (dist) USD

DABC DABC DABC DABC DABC

19,05 23,27 16,85 13,79 12,33

23,14 20,05 19,88 17,21 13,73

41,28 21,07 71,51 44,06 39,9

19,14 21,71 30,33 22,58 21,6

USD USD USD USD USD

Curt J Organt Amy Y. Zhang James J. Harvey, Kavitha Venkatraman, James P. Stoeffel, Geoffry V. Dailey, Pamela J. Woo Don San Jose, Daniel J. Percella, Jon Brachle

CONVERTIBLES L azard Convertible Global PC EUR J PM Global Convert (EUR) D (acc) EUR Schroder ISF Glb Convert Bd C Acc USD B NP Paribas Europe Sm Cp CnvrtI C

DABC DABC DABC DABC

12,34 8 7,3 4,49

14,53 13 11,11 5,74

17,31 18,32 12,14 13,74

10,46 12,36 8,82 7,6

EUR EUR USD EUR

Arnaud Brillois Paul Levene, Hart Woodson, Eric Wehbe Peter Reinmuth, Chris Richards Caroline de Bourleuf, Eric Bouthillier

40,18 32,46 29,89 29,05 26,47 25,47 25,34 24,85 24,55 23,76 22,6 21,42 18,66 18,07

EUR USD EUR EUR USD USD USD USD EUR USD USD EUR USD USD

Alexander T. Norton, Jason C. Yeung, Armistead B. Nash, David B. Powell, Karina Funk Alexander T. Norton, Jason C. Yeung, Armistead B. Nash, D Michael T. Smith, Christopher J. Warner Daniel Charles Roarty Kenneth M. Stuzin Vinay Thapar, Frank V. Caruso, John H. Fogarty Taymour R. Tamaddon Mary Jane McQuillen, Derek Deutsch Peter Bourbeau, Margaret B. Vitrano Paul Vincent Andrew Acheson, Paul Cloonan Luc Bauler, Henrik Blohm Matthew Benkendorf, Chul Chang, Edwin Walczak

COMMODITIES BROAD BASKET

NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 35


PANORAMA BARÓMETRO

FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO

RENTABILIDADE ANUAL

SELO

5 ANOS

3 ANOS

1 ANO

DADOS A 24/11/2021 VOLAT. 3 ANOS

DIVISA BASE

GESTOR

PIMCO GIS Cmdty Real Ret Instl USD Acc

DABC

6,06

11,46

52,68

15,53

USD

Lorenzo Pagani, Greg E. Sharenow, Nicholas J. Johnson

COMMODITIES SPECIFIED Ofi Fincl Inv Precious Metals I

DABC

6,81

12,98

-1,89

17,06

EUR

Benjamin Louvet, Olivier Daguin

ALTERNATIVE MISCELLANEOUS B SF Global Event Driven Z2 USD Candriam Risk Arbitrage C

DABC DABC

5,19 0,32

6,12 0,33

6,42 1,53

7,24 2,05

USD EUR

Mark McKenna Stéphane Dieudonne, Fabienne CRETIN-FUMERON

GLOBAL MACRO JPM Global Macro Opps A (acc) EUR J PM Global Macro D (acc) USD E urizon Absolute Prudent R Acc

DABC DABC DABC

4,83 2,77 0,32

4,96 2,95 0,62

10,82 6,82 -1,55

4,47 6,22 1,61

EUR USD EUR

Shrenick Shah, Josh Berelowitz, Benoit Lanctot, Shrenick Shah, Josh Berelowitz, Benoit Lanctot, V Roberto Bianchi

MARKET NEUTRAL Aegon Global Eq Mkts Netrl EURH C Acc B SF European Absolute Return D2 EUR M W Systematic Alpha UCITS B USD M an GLG Alpha Select Alt ILH EUR B MO Real Estate Eq Mkt Netrl B Acc EUR B lackstone MN Sysmc Crdt A Fndr USD P ictet TR - Agora I EUR B SF Americas Div Eq Abs Ret D2 EUR H

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

7,35 3,81 7,81 6,8 3,62 -1,15 -1,92 5,58

4,91 EUR David Pringle 5 EUR Stefan Gries 7,53 USD 3,58 EUR Charles Long, Nick Judge 2,32 EUR Alban Lhonneur, Marcus Phayre-Mudge 6,4 USD 6,45 EUR Elif Aktug, Vincent Ijaouane 5,8 EUR Travis Cooke, Raffaele Savi

MULTIALTERNATIVE NN (L) Alternative Beta I Cap USD N ordea 1 - Alpha 10 MA BP EUR Neuberger Bm Uncrltd Strats GBP I5 Acc F ranklin K2 Alt Strats I(acc)EUR-H1 P ictet TR - Div Alpha I EUR

DABC DABC DABC DABC DABC

5,92 3,05 2,33 1,37

19,39 8,39 10,22 8,26 -2,02

6,65 6,7 6,94 5,99 3,46

AGGRESSIVE ALLOCATION Allianz Dyn MltAst Stgy SRI75 I EUR B arclays GlobalBeta Port 5 A Acc GBP B SF Managed Index Port Growth A2 EUR Barclays GlobalBeta Port 4 A Acc GBP First Eagle Amundi International RU-C B L-Global 75 B EUR

DABC DABC DABC DABC DABC DABC

11,74 14,96 10,36 13,24 9,24 12,37 9,38 11,9 6,13 9,17 6,08 8,67

ALLOCATION MISCELLANEOUS H SBC GIF Mgd Solu Asia Focsd Inc AC

DABC

CAUTIOUS ALLOCATION G S Global MA Cnsv I Acc USD Amundi Fds Global MA Cnsrv M2 EUR C Invest Alves Ribeiro PPR FIMA I nvesco Pan European Hi Inc C EUR Acc Caixa Seleção Global Moderado FIMA U BS (Lux) SF Yld Sust (EUR) Q-acc Allianz Dyn MltAst Stgy SRI15 IT EUR ODDO BHF Polaris Moderate CR EUR Caixa Inv Socialmente Resp FIMA J PM Global Income Cnsrv C (acc) EUR P ictet-Multi Asset Global Opps I EUR F vS - Multi Asset - Defensive IT B ankinter 25 PPR/OICVM B FIMA Amundi Rendement Plus I C Allianz Strategy 15 IT EUR N inety One GSF Glb MA Inc I Acc USD M &G (Lux) Optimal Income C EUR Acc N ordea 1 - Balanced Income BP EUR B PI Moderado FIAF E dRF Income Europe Ia EUR Caixa Seleção Global Defensivo FIMA S antander Poupança Prudente FPR FIAA

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

4,95 4,96 5,51 4,32 3,55 3,84 3,36 3,24 3,23 3,28 3 2,23 1,91 2,88 2,61 1,52 2,08 2,4 0,92 0,45

7,91 11,37 7,9 11,6 6,18 13,8 5,83 11,44 5,58 9,03 5,37 12,89 5,12 8,04 5,12 7,66 4,97 10,34 4,9 7,88 4,75 7,92 4,51 6,25 3,92 6,13 3,47 6,05 3,4 2,77 3,26 4,94 3,25 5,58 3,24 1,42 3,23 5,5 1,99 9,79 1,88 2,21 0,98 -0,85

7,83 USD David Copsey, Shoqat Bunglawala 5,18 EUR Enrico Bovalini, Francesco Sandrini, Luigi Cesari 8,7 EUR Paulo Monteiro 9,16 EUR Thomas H. Moore, Stephanie Butcher, Alex Ivanova, Paul Read, 6,81 EUR — 8,52 EUR Roland Kramer, Sebastian Richner, Daniel Rudis 4,81 EUR Friedrich Kruse, Andreas de Maria Campos, Marcus Stahlhacke 5,07 EUR Peter Rieth 7,71 EUR — 5,4 EUR Michael Schoenhaut, Eric J. Bernbaum, 4,38 EUR Andrea Delitala, Marco Piersimoni 6,77 EUR Stephan Scheeren, Elmar Peters, Julian-Benedikt Hautz 7,21 EUR Miguel Taledo de Sousa 6,09 EUR Alexandre Burgues, Yannick Quenehen 4,57 EUR Cordula Bauss, Massimiliano Pallotta, Alistair Bates 6,19 USD Jason Borbora-Sheen, John Stopford 7,16 EUR Richard Woolnough 3,53 EUR Søren Brogaard Lolle, Karsten Bierre, Caroline Henneberg 4,26 EUR Eduardo Monteiro 8,5 EUR Julien de Saussure 3,37 EUR — 4,88 EUR Carmen Borondo

FLEXIBLE ALLOCATION Ninety One GSF Glb Mac Allc IX Acc USD F vS Multiple Opportunities II IT B NY Mellon Glbl Rl Ret (EUR) W Acc P IMCO GIS Dyn Mlt-Asst Instl EUR Acc E psilon Fund Enh Const Rk Contrib I€ Acc

DABC DABC DABC DABC DABC

11,14 9,79 8,68 7,67 5,68

9,47 9,12 7,37 5,41 5,11

36  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

4,97 9,51 4,17 5,9 3,91 5,51 7,07 5,49 2,93 3,88 1,32 1,15 2,04 0,83 0,92 -0,66

3,13

8,71 7,53 4,37 5,56 3,8

8,54 5,56 3,54 2,97 1,52

5,6

40,55 30,52 28,8 26,78 24,57 11,39 3,28

20,95 12,98 13,88 4,99 9,27

USD EUR GBP EUR EUR

Willem van Dommelen, Stan Verhoeven, Daan van Gemert, Asbjørn Trolle Hansen Fred Ingham, Jeffrey Majit, David Kupperman, Ian Haas Anthony Zanolla, Brooks Ritchey, Robert Christian Philippe de Weck, Federico Canè

12,97 EUR Friedrich Kruse, Andreas de Maria Campos, Marcus Stahlhacke 14,58 GBP — 13,42 EUR Stephen Walker, Christopher Downing, Rafael Iborra 13,54 GBP — 13,14 USD Kimball Brooker, Julien Albertini, Matthew B. McLennan 7,89 EUR Joël Reuland 7,48

USD

USD EUR EUR EUR EUR

Denis James Gould

Iain Cunningham, Jimmy Elliot Bert Flossbach Andrew Warwick, Suzanne Hutchins, Aron Pataki Mihir P. Worah, Geraldine Sundstrom, Emmanuel Sharef, Maria Bruna Riccardi


FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO

DWS Concept Kaldemorgen EUR SC AXAWF Optimal Income E Cap EUR pf M&G (Lux) Dynamic Allocation C EUR Acc

RENTABILIDADE ANUAL

DADOS A 24/11/2021 VOLAT. 3 ANOS

DIVISA BASE

14,37

7,06

EUR

Henning Potstada, Christoph-Arend Schmidt,

17,52

9,88

EUR

Stéphane Castillo-Soler, Serge Pizem

16,69

12,28

EUR

Juan Nevado, Craig Moran

13,71

24,54

13,27

EUR

David J. Oberto, Douglas G. Forsyth, Justin M. Kass,

13,01

24,05

USD

Greg J. Wilensky, Jeremiah Buckley, Michael Keough,

6,58

EUR

Keith Ney, Mark Denham

10,26

USD

Russ Koesterich, David Clayton, Rick Reider

8,21

EUR

Russell Korgaonkar, Otto van Hemert

21,39

10,51

USD

Charles M. Shriver

10,99

26,17

9,77

GBP

Jacques Hirsch, Alex Lennard

9,91

10,96

21,66

12,93

EUR

Henrik Muhle, Uwe Rathausky

8,24

10,87

19,76

8,45

EUR

Paul Flynn, Andrew A. Cormack, Tomonori Tani,

8,9

10,37

12,86

USD

Edward Dearing, Barnaby M. Wiener

7,92

10,06

26,28

9,13

EUR

Friedrich Kruse, Andreas de Maria Campos, Marcus Stahlhacke

7,67

9,74

17,27

EUR

Algy Smith-Maxwell, John Chatfeild-Roberts, Amanda Sillars,

6,07

9,21

16,32

10,4 EUR —

6,46

9,05

17,46

8,95

EUR

3,55

8,18

10,66

6,56

EUR

Keith Ney, David Older, Rose Ouahba

7,92

8,79

5,53

EUR

David P. Cole, Edward Dearing, Barnaby M. Wiener

SELO

1 ANO

5 ANOS

3 ANOS

DABC DABC DABC

4,48

5,62

3,82

5,14

3,97

4,89

10,62

11,48

12,27

17,79

7,96

12,11

22,01

9,63

11,98

18,34

9,42

11,55

6,57

GESTOR

MODERATE ALLOCATION Allianz Income and Growth I H2 EUR J anus Henderson Balanced A2 USD Carmignac Pf Patrimoine Europe A EUR Acc BGF Global Allocation A2 M an AHL TargetRisk D H EUR T. Rowe Price Glb Alloc I USD R uffer Total Return Intl I GBP Cap Acatis Gané Value Event Fonds A Capital Group Glob Alloc (LUX) Z M FS Meridian Prudent Wealth I1 USD Allianz Dyn MltAst Stgy SRI50 IT EUR J upiter Merlin Intl Bal D EUR Acc C aixa Seleção Global Arrojado FIMA J PM Global Balanced A (acc) EUR Carmignac Pf Patrimoine F EUR Acc M FS Meridian Prudent Capital I1 EUR M &G (Lux) Income Allocation C EUR Acc U BS (Lux) SF Bal Sust (EUR) Q-acc F vS Multi Asset - Balanced IT MFS Meridian Global Total Ret A2 USD B PI Dinâmico FIAF J PM Global Income A (div) EUR F idelity Glb Mlt Ast Inc A-Acc-USD

P

R

TNE

AR

AR

R

P

N ordea 1 - Stable Return BP EUR

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

TNE

A OPINIÃO DE DAVID OLDER Responsável de Ações e gestor, Carmignac

AS QUATRO TENDÊNCIAS DISRUPTIVAS DA CARMIGNAC PARA OS PRÓXIMOS ANOS Que empresas, produtos ou conceitos poderiam transformar toda uma indústria ao ponto de mudar radicalmente a sua forma de operar e criar novos líderes? Que empresas são capazes de gerar crescimento

Katy Thorneycroft, Gareth Witcomb, Jonathan M. Cummings

5,75

7,24

21,04

10,98

EUR

Steven Andrew

5,43

6,98

18,93

10,85

EUR

Roland Kramer, Sebastian Richner, Daniel Rudis

5,07

6,62

10,7

8,78

EUR

Stephan Scheeren, Elmar Peters, Julian-Benedikt Hautz

4,31

6,39

11,97

14,5

USD

Jonathan W. Sage, Nevin P. Chitkara, Robert Spector,

3,96

5,76

10,49

6,88

EUR

Eduardo Monteiro

3,83

5,44

16,28

9,64

EUR

Michael Schoenhaut, Eric J. Bernbaum,

3,58

4,88

9,73

8,6

USD

Eugene Peter Philalithis, George Efstathopoulos

1,72

4

10,7

5,78

EUR

Asbjørn Trolle Hansen, Claus Vorm, Kurt Kongsted

sustentável através da sua capacidade de liderar, apoiar ou adaptar-se ao ambiente em mudança em que operam? Há quatro principais tendências disruptivas para os próximos anos nas quais devemos estar investidos: 1) O novo consumidor: nos últimos anos, os consumidores adoptaram novas formas de gastar dinheiro, de fazer compras, de pagar e de se entreter numa economia cada vez mais digital. 2) A economia digital: a nuvem, que engloba todas as soluções de armazenamento remoto e o Big Data, uma vez que a digitalização da economia levou a uma explosão na quantidade de dados disponíveis em praticamente todas as áreas de atividade.

3) Alterações climáticas: esta é uma das principais preocupações da população mundial e espera-se que se torne um fator importante nas decisões dos consumidores, empresas e governos nos próximos anos. Estamos particularmente interessados em dois temas de investimento: transição energética e veículos elétricos. 4) O futuro dos cuidados de saúde: cirurgia robótica, terapia genética e realidade virtual: a tecnologia está muito presente no sector dos cuidados de saúde. As empresas capazes de enfrentar dois grandes desafios, o envelhecimento da população mundial e o aumento esperado do número de doenças crónicas, poderão ter uma grande procura no mercado de ações. NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 37


PANORAMA O SETOR EM NÚMEROS

AGOSTO E SETEMBRO

por Catarina Vinagre

na Europa

Barómetro

MERCADO EUROPEU DE FUNDOS DE INVESTIMENTO

CONTRATEMPO OU NOVA TENDÊNCIA?

Há meses que a indústria europeia de fundos crescia sem parar, mas setembro representou um revés para o mercado. Estamos perante uma mudança estrutural ou tudo não passou de um desaire passageiro?

FUNDOS INTERNACIONAIS QUE MAIS CAPTAM

(PRODUTOS EUROPEUS DISTRIBUÍDOS EM VÁRIOS PAÍSES) EM AÇÕES

EM AGOSTO 2021

FUNDO

FUNDO

EM MULTIATIVOS E OUTROS VOL.

FUNDO

VOL.

Vontobel FCP-UCITS North American Equity

734

Vanguard Global Bond Index Fund D A B C

681

Allianz Income and Growth D A B C

901

L&G ESG Paris Aligned World Equity Index

623

iShares $ High Yield Corp. Bond UCITS ETF

533

Invesco Physical Gold ETC

455

iShares Core MSCI World UCITS ETF

525

PIMCO GIS Income Fund D A B C

532

Flossbach von Storch Multiple Opportunities

299

Northern Trust World Sustan. Select SDG I.

507

BlackRock Asian High Yield Bond

491

BlackRock ESG Multi-Asset Fund

224

iShares Core S&P 500 UCITS ETF (USD)

503

Focused Fund Corporate Bond Sust.USD

405

Ruffer Sicav Ruffer Total Return Intern.

217

Capital Group New Perspective (LUX) D A B C

407

JPMorgan Funds Income Fund D A B C

371

Janus Henderson Capital Balanced Fund

186

Invesco S&P 500 UCITS ETF

369

Aviva Investors Global Sovereign Bond

371

Swiss RE Long Term Asset Allocation Euro

163

GS Global Future Technology Leaders Eq Portf.

343

Vontobel TwentyFour Strategic Income D A B C

342

Pictet Multi Asset Global Opp. D A B C

161

Blackrock Devel. World (ESG Screened) Index

284

Insight Liquid ABS Fund

334

Invesco Bloomberg Com. Ex-Agricul. UCITS ETF

156

iShares EURO STOXX 50 UCITS ETF (DE)

281

Algebris Financial Credit Fund

325

Flossbach von Storch Multiple Opp.II D A B C

154

FUNDO

EM SETEMBRO 2021

EM OBRIGAÇÕES VOL.

VOL.

FUNDO

VOL.

FUNDO

VOL.

iShares Core S&P 500 UCITS ETF (USD)

1.520

Multi Manager Access II - US Multi Credit

2.039

Allianz Global Inv. Fund - Alli.Inc. and Gr. D A B C

919

iShares Core MSCI World UCITS ETF

1.018

Multi Manager Access II - European Multi Credit

1.150

Man Funds VI plc - Man AHL TargetRisk D A B C

267

689

BlackRock Gl. Funds - ESG Multi-Asset Fund

247

Ruffer Sicav Ruffer Total Ret. Inter. D A B C

185

Xtrackers MSCI World UCITS ETF

601

iShares Core EUR Corp Bond UCITS ETF

RobecoSAM Global SDG Engagement Equities

531

Wellington Man.Funds (LU) II - Welli.Gl.Total Ret.

Invesco S&P 500 UCITS ETF

491

iShares China CNY Bond UCITS ETF

570

Flossbach von Storch SICAV - Mult. Opportunities

176

Amundi S&P 500

456

Insight High Grade ABS Fund

472

Amundi Funds Gl.Multi-Asset Cons. D A B C

169

Sands Capital Global Growth Fund

445

HSBC Global Aggregate Bond Index Fund

428

WisdomTree WTI Crude Oil

165

Mirae Asset Gl. Disc.F. - Asia Gr. Cons.Eq. D A B C

421

Aegon European ABS

392

Allianz Gl.Invest.Fund - Allianz Gl.Cap. Plus

150

Capital Group New Perspective (LUX) D A B C

420

Aviva Investors - Global Sovereign Bond Fund

373

Pictet - Multi Asset Global Opportunities D A B C

144

GS Funds II - Multi-Manager Gl. Eq. Portfolio

327

Aviva Investors Global - GBP Return Plus

349

Schroder GAIA-Helix

142

Fonte: Broadridge FundFile e J.P. Morgan AM. Em milhões de euros.

38  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

611


CONTRATEMPO

Ao analisar a distribuição do património na Europa nos meses em análise, os dados não deixam margem para dúvidas. Embora entre julho e agosto se tenha registado um crescimento de 236.562 milhões de euros, em setembro deu-se a primeira queda desde março de 2020. Se em agosto o mercado europeu de fundos valia 13,23 biliões de euros, em setembro caiu 202.423 milhões, passando a valer 13,03 biliões de euros. Embora

o saldo da distribuição de captações líquidas no somatório dos dois meses seja positivo, setembro fechou em terreno negativo, com saídas de 28.846 milhões de euros. França foi a região que mais contribuiu para este número, já que registou reembolsos de 24.235 milhões de euros. Vale ainda referir que os mercados de ações e obrigações tiveram um mau mês de setembro. Por exemplo o S&P 500 acumulou recuos de 4,82%. Dada a escala reduzida do volume de

reembolos da indústria europeia face à variação do total, podemos afirmar que se verificou, principalmente, um efeito de mercado. Olhando agora para os fundos, nos segmentos de ações e obrigações, os movimentos registados foram semelhantes: a média de captações foi bastante superior em setembro face a agosto e os fundos de gestão passiva mantêm a sua preponderância. Destaca-se particularmente o Multi Manager Access

DISTRIBUIÇÃO DO PATRIMÓNIO NA EUROPA EM SETEMBRO MERCADO Internacional (*)

OBRIGAÇÕES

AÇÕES

OUTROS

MISTOS

MONETÁRIOS

TOTAL

2.089.780

3.033.801

119.316

656.928

928.482

6.828.308

301.011

1.019.101

40.486

213.186

136.827

1.710.611

Alemanha

134.036

265.331

170.060

204.954

16.370

790.750

França

122.946

235.044

45.315

68.374

262.232

733.912

Suíça

214.834

314.271

54.841

75.921

25.610

685.476

Itália

209.156

108.235

10.057

231.674

28.140

587.262

68.479

389.900

2.749

65.003

19.382

545.514

92.771

54.574

15.502

62.310

6.685

231.842

3.521.940

5.802.008

502.347

1.736.917

1.473.254

13.036.465

Reino Unido

Suécia Espanha TOTAL

DISTRIBUIÇÃO DAS CAPTAÇÕES LIQUÍDAS NA EUROPA EM AGOSTO E SETEMBRO MERCADO

OBRIGAÇÕES

AÇÕES

OUTROS

MISTOS

MONETÁRIOS

TOTAL

Internacional (*)

18.455

24.346

-551

6.859

-33.018

16.092

Reino Unido

-1.563

1.610

-587

-402

-767

-1.709

Alemanha

1.372

4.019

2.372

4.821

278

12.861

França

1.724

99

-561

168

-16.859

-15.428

Suíça

2.860

-44

439

1.081

290

4.626

Itália

521

2.300

-321

1.801

1.303

5.604

1.363

-2.392

-33

189

999

125

908

623

-351

764

17

1.961

25.640

30.561

408

15.280

-47.758

24.131

Suécia Espanha TOTAL

O MERCADO SOFREU UMA QUEDA PELA PRIMEIRA VEZ DESDE MARÇO DE 2020 NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 39

*Inclui Luxemburgo e Dublin. Dados em milhões de euros

H

á meses que a indústria europeia de fundos crescia sem parar, mas setembro representou um revés para o mercado. Será que estamos perante uma mudança estrutural ou tudo não passou de um desaire passageiro? Agosto é, por definição, parco em novidades que afetem os mercados ou não fosse este mês o ponto alto da silly season. Contudo, este ano, o simpósio de Jackson Hole trouxe consigo uma mensagem importante do presidente da Fed: o tapering será em 2021. Esta ideia foi reforçada por Jerome Powell na reunião de setembro e corriam os primeiros dias de novembro quando se confirmou o início do tapering. Do lado de cá do Atlântico, em setembro, o Banco Central Europeu comunicou uma redução do ritmo das compras do Programa de Compras de Emergência Pandémica (PEPP). No fundo, avisavam que pretendiam uma redução dos estímulos monetários, mas sem deixarem a postura acomodatícia. Com dois meses tão dinâmicos no que concerne às ações dos bancos centrais, como terão reagido os investidores? Os dados da Broadridge FundFile e da J.P. Morgan AM, recolhidos em exclusivo para a FundsPeople ajudam-nos a perceber para onde se dirige a indústria europeia de fundos de investimento.


P

AR

P

R

TNE R

PANORAMA O SETOR EM NÚMEROS

AR

TNE

A OPINIÃO DE LUCÍA GUTIERREZ-MELLADO Diretora de Estratégia, J.P. Morgan AM

COP26: O QUE APRENDEMOS?

OS FUNDOS DE GESTÃO PASSIVA MANTÊM A SUA PREPONDERÂNCIA NOS MESES EM ANÁLISE

II - US Multi Credit, da Multi Manager Access II, que conseguiu em setembro captações de 2.039 milhões de euros. No campo dos multiativos e outros, o Allianz Income and Growth, da Allianz GI, distinguiu-se ao alcançar o primeiro lugar do pódio em ambos os meses, algo que também aconteceu em junho

e julho. Este fundo que conta com Selo FundsPeople 2021 pelas suas classificações de Blockbuster e Consistente, conseguiu captações líquidas de 1.819 milhões de euros no conjunto dos dois meses em análise.

BLACKROCK BRILHA

Como tem sido hábito, a BlackRock dominou quer em agosto, quer em setembro no segmento onde não se incluem os monetários. A entidade americana conseguiu inclusivamente em setembro captar mais do que as outras quatro gestoras juntas, que compõem este ranking. Embora em agosto, no grupo que engloba os monetários, a BlackRock também tenha sido a protagonista, curiosamente, em setembro foi empurrada para fora do Top 5. Neste mês foi a UBS AM que se destacou ao captar na ordem dos 2.063 milhões de euros.

GRUPOS QUE MAIS CAPTAM EM AGOSTO Em milhões de euros. COM MONETÁRIOS

SEM MONETÁRIOS

BlackRock

7.292

BlackRock

5.172

JP Morgan AM

4.941

Vanguard

1.920

BNY Mellon

2.968

DWS

1.693

Vanguard

1.920

Allianz GI

1.534

BNP Paribas

1.667

JP Morgan AM

1.430

GRUPOS QUE MAIS CAPTAM EM SETEMBRO Em milhões de euros. COM MONETÁRIOS UBS

SEM MONETÁRIOS BlackRock

7.426

1.481

UBS

1.830

Allianz GI

1.118

Goldman Sachs

1.799

Wellington

1.077

Amundi

1.491

Allianz GI

1.253

Pictet

Northern Trust

2.063

932

40  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

À medida que os governos começam a meter em prática as medidas teóricas para alcançar a neutralidade em carbono, estão a dar conta de que não podem assumir os custos económicos a curto prazo. São necessárias mudanças radicais para cumprir o objetivo de zero emissões líquidas, e a curto prazo é muito provável que isso envolva grandes despesas. Um claro exemplo será o ter de encontrar um novo emprego para muitas das quase 30 milhões de pessoas em todo o mundo que trabalham no setor dos combustíveis fósseis. Na cimeira foram alcançados alguns acordos. Vale referir que a Índia se comprometeu a chegar às zero emissões líquidas em 2070 e a triplicar o uso das energias renováveis para 2030, e também foi muito alentador o anúncio de que os EUA e a China vão colaborar para reduzir as emissões. Ainda assim, as reticências da China e da Índia a juntaremse aos compromissos mundiais relativos à energia procedente do carvão não deixaram lugar para dúvidas: não se vai priorizar a transação energética acima do progresso económico. Do ponto de vista dos investidores, cada vez deverão ter mais em conta as possíveis alterações macroeconómicas, não só nas indústrias com altas emissões de carbono, mas em todos os setores de atividade.


Global inflation

2.2

2.1

2.0

1.9

2.1

2.4

2.7

3.0

2.8

1.1

Aug

Jul

1.4

1.6

1.5

1.4

1.2

1.4

1.4

1.6

1.8

1.6

1.5

1.5

1.4

1.3

1.2

1.5

1.7

1.9

1.7

1.1

0.3

0.1

0.5

0.7

0.6

0.6

0.5

2.7

2.6

2.5

3.0

3.2

3.3

3.1

3.1

3.0

2.9

3.3

3.8

4.1

4.7

4.4

3.8

3.2

2.6

2.7

2.9

2.8

2.6

2.1

Eurozone France Germany Italy Spain Greece Ireland Sweden Switzerland UK US Japan China Indonesia Korea Taiwan India Brazil Mexico Russia

1.5

1.4

1.5

1.4

1.7

1.2

1.3

1.0

1.0

0.8

1.9

1.4

1.6

1.3

1.5

1.1

1.4

1.3

1.3

1.1

1.6

1.4

1.5

1.3

2.0

1.4

1.6

1.7

1.4

1.2

0.7

1.0

0.9

1.3

1.2

1.1 0.2

1.4

1.6

1.1 0.2

1.2

1.7

1.5 0.5

0.7

1.6

1.7 0.4

0.3

0.8

1.7

0.9

1.1

1.1

1.1

0.9

0.8

0.3

0.5

0.2

1.0

1.1

1.3

1.6

0.9

0.6

0.6

0.4

0.2

0.2

0.5

0.8

1.1

0.9

0.1

0.2

-0.3

0.5

1.1

1.1

0.4

0.2

0.2

0.1

0.4

1.4

1.2 1.2

0.1

0.3

0.4

0.9

0.1

0.4

0.2

0.6 -0.3

-0.2

0.9

0.9

-0.3

0.2

-0.1

-0.4

0.8

0.9 0.4 1.7

-0.3

0.0

0.0

-0.3

0.1

-0.2

-0.5

Nov

Jun

May

1.4

Oct

Apr

2.2

Sep

Mar

Feb

Jan

Dec

Oct

Nov

2020

2.1

Sep

May

2.3

Aug

Apr

2.1

Jun

Feb 1.8

Jul

Jan

Mar

Dec

Global economy Eurozone Developed Emerging

1.9

1.6

Emerging

0.2

-0.2

-1.0

-0.3

-0.6

-0.3

-0.7

-0.9

-0.3

-0.7

-0.6

-0.6

-0.9

-0.8

-0.9

-0.7

-1.9

-2.1

-2.3

-2.3

-2.0

-2.1

0.8

0.8

0.7

1.1

1.7

1.0

1.1

0.5

0.6

0.6

0.6

0.8

1.1

1.1

0.9

0.5

-0.3

-0.8

-0.6

-0.6

-1.1

-1.2

-1.5

-1.0

2.2

2.0

1.9

1.8

2.1

2.1

1.6

1.5

1.3

1.3

1.6

1.8

1.7

1.5

1.3

0.8

-0.2

0.1

0.9

0.7

1.0

0.6

0.4

0.2

0.1

-0.3

-0.3

-0.1

0.2

-0.2

-0.4

-1.0

-1.0

-1.3

-1.2

-1.4

-1.1

-0.9

-0.8

0.6

0.5

0.8

0.8

0.7

1.0

0.7

1.1

0.7

0.6

1.1

0.2

0.5

0.4

0.7

0.1

0.4

0.5

2.1

1.8

1.9

1.9

2.1

2.0

2.0

2.1

1.7

1.7

1.5

1.5

1.3

1.8

1.7

1.5

0.8

0.5

0.6

1.0

0.2

0.5

0.7

1.9

1.6

1.5

1.9

2.0

1.8

1.6

1.8

1.7

1.7

1.8

2.1

2.3

2.5

2.3

1.5

0.3

0.1

0.6

1.0

1.3

1.4

1.2

1.2

-0.4

-0.9

0.5

-0.5

0.3

0.2

0.2

1.9

1.7

1.5

3.2

2.8

2.7

0.5

0.9

2.3

0.7

2.5

0.7

0.5

0.3

0.2

0.2

0.5

3.8

0.8

4.5

0.7

0.4

0.4

0.1

0.1

0.1

0.3

0.2

0.0

0.0

0.3

0.7

1.0

0.1

0.6

-1.0

-1.2

-0.7

-0.5

-0.3

-0.6

-0.3

0.1

5.8

7.2

6.3

6.2

6.7

6.7

7.3

7.6

6.9

4.2

4.0

3.3

2.4

1.9

2.1

1.3

2.3

1.4

0.3

-0.3

0.0

6.6

4.3

1.5

1.7

0.1

-0.2

7.6

3.3

2.0

2.4

1.0

1.9

7.4

2.5

2.2

2.7

1.1

1.1

5.5

2.9

2.7

2.5

1.5

0.6

4.6

3.4

3.0

2.4

0.7

0.4

4.0

3.2

3.0

3.3

0.2

0.4

3.3

3.4

2.7

4.3

0.0

0.4

3.1

4.7

2.6

5.2

-0.4

0.4

3.2

4.9

2.7

5.4

0.0

0.9

3.0

4.6

2.9

4.5

0.6

0.9

3.0

3.9

2.8

3.0 3.1

0.7

0.7

2.9

3.8

2.8

2.8 3.1

0.7

0.6

2.6

3.7

3.1

2.8

0.6

0.2

2.0

0.8

2.8

2.7

0.4

0.2

2.1

1.3

2.5

2.7

0.5

-0.1

2.4

1.4

3.1

1.6

3.9

4.3

4.8

4.4

3.9

4.0

4.4

4.3

4.0

3.8

3.2

3.0

3.0

3.0

2.8

3.2

3.7

3.3

2.2

2.8

3.3

3.6

4.1

4.0

4.1

3.3

4.3

5.0

5.2

5.3

5.2

5.1

4.7

4.6

4.3

4.0

3.8

3.5

3.0

2.4

2.3

2.5

3.1

3.0

3.2

3.4

3.6

3.7

4.0

4.4

Source: Bank of Mexico, DGBAS, ECB, Goskomstat of Russia, IBGE, India Ministry of Statistics & Programme Implementation, Japan Ministry of Internal Affairs & Communication, Korean National Statistical Office, National Bureau of Statistics China, ONS, Refinitiv Datastream, Riksbank, Statistics Indonesia, Swiss National Bank, US Federal Reserve, J.P. Morgan Asset Management. Figures shown are for headline inflation and are % change year on year. Heatmap colours are based on the respective central bank target inflation rates. Blue is below target, white is at target and red is above target. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.

6

Global inflation expectations Global economy

Simplify the complex with Market Insights

2019

2.1

| 6

GTM – UK

2018

Global Developed

| 7

GTM – UK

Headline inflation

Market-based inflation expectations

% change year on year

%, 5y5y inflation swap

4

4

Forecast

US UK

UK

Headline inflation target

Eurozone

3

Japan

3 US

2

2

1

1 Eurozone

0

0 Japan

-1

'15

'16

'17

'18

'19

'20

'21

-1

'22

'15

'16

'17

'18

'19

'20

'21

Source: (Left) Bank of Japan, BLS, Eurostat, ONS, Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Headline inflation is measured using Consumer Price Index (CPI). Japan CPI has been adjusted down by two percentage points from April 2014 to March 2015 to remove the estimated impact of the consumption tax hike over this period. Forecasts are from Bloomberg contributor composite. (Right) Bloomberg, J.P. Morgan Asset Management. 5y5y inflation swap represents the market’s expectation of five-year average inflation, starting in five years’ time. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.

7

Global earnings expectations and equity valuations Consensus estimates for global earnings per share

x, multiple

77x

80x 40x

625 EM

Equities

Current

35x

Japan

550

Range since 1990

US

Average since 1990

30x

Europe ex-UK

475

| 48

GTM – UK

Global forward price-to-earnings ratios

Index level, next 12 months’ EPS in GBP rebased to 100 at Jan 2000

UK 400

25x

325

20x 15x

250

10x

175

5x

100 25

0x '00

'02

'04

'06

'08

'10

'12

'14

'16

'18

Europe ex-UK

US

'20

UK

Japan

EM

Source: (Left) FTSE, IBES, MSCI, Refinitiv Datastream, Standard & Poor’s, TOPIX, J.P. Morgan Asset Management. MSCI indices are used for Europe ex-UK and EM. UK is FTSE All-Share, US is S&P 500 and Japan is TOPIX. EPS is earnings-per-share. (Right) IBES, MSCI, Refinitiv Datastream, Standard & Poor’s, J.P. Morgan Asset Management. MSCI indices are used for all regions/countries (due to data availability), except for the US, which is represented by the S&P 500. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.

48

Global income Equity

% yield

Fixed income

Equities

10.6

Alternatives

10 8

Convertibles

Average UK inflation: 0.9% (12 months to November 2020)

6 4 2 0

0.1

0.2

UK cash

UK Gilts

| 49

GTM – UK

Asset yield comparison 12

1.4

2.0

7.2

UK IG

DM equity

EM equity

FTSE AllShare

4.9

4.3

4.3

4.6

Global REITs

EM debt

DM high yield

3.4

1.8

Global Global convertibles infrastructure

Global transport

Equity index yields % yield

Buyback yield

5

Dividend yield

4 3 2 1 0

49

MSCI World

S&P 500

FTSE All-Share

MSCI Japan

MSCI Europe ex-UK

MSCI EM

Source: (Top) Bloomberg Barclays, BofA/Merrill Lynch, Clarkson, Drewry Maritime Consultants, FTSE, MSCI, Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Additional yield often comes with associated capital and/or liquidity risk. Global transport yield is as of September 2020 and global infrastructure yield is as of June 2020. Yields for the bond indices are yield to worst and dividend yields for the equity indices. Global transport levered yield is rental income minus operating expenses, debt amortisation and interest expenses, expressed as a percentage of equity value. Global convertibles: Bloomberg Barclays Global Convertibles; DM equity: MSCI World; EM equity: MSCI EM; UK Gilts: UK 10-year yield; UK IG: Bloomberg Barclays Sterling Agg. – Corporates; Global REITs: FTSE NAREIT Index; DM high yield: BofA/Merrill Lynch Developed Markets High Yield Constrained; EM debt: J.P. Morgan EMBI Global; Global infrastructure: MSCI Global Infrastructure Asset Index – Low risk. (Bottom) Bloomberg, FTSE, MSCI, Refinitiv Datastream, Standard & Poor’s, J.P. Morgan Asset Management. Buyback yield is last 12 months’ buybacks divided by the market cap of the index. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.

Fixed income yields

| 69

GTM – UK

Fixed income yields %

Developed market government bonds

8 7

Investment-grade bonds

High yield bonds

Emerging market bonds

6 5

Fixed income

4 3 2 1 0 Return beta to MSCI World

-1

-0.1

0.0 -0.1

0.1 -0.2

0.1

0.2

0.3

0.2

0.2

0.2

0.2

0.4

0.5

0.4

0.5

0.5

0.3

0.0

0.3

0.1

0.4

0.5

-2

69

Source: Bloomberg, Bloomberg Barclays, ICE BofA, J.P. Morgan Economic Research, Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Beta to MSCI World is calculated using monthly total returns since 2008. Indices used are as follows: Euro IG: Bloomberg Barclays Euro-Aggregate – Corporate; Global IG: Bloomberg Barclays Global Aggregate – Corporate; UK IG: Bloomberg Barclays Sterling Aggregate – Corporate; US IG: Bloomberg Barclays US Aggregate – Corporate; Euro HY: ICE BofA Euro Developed Markets Non-Financial High Yield Constrained Index; Global HY: ICE BofA Global High Yield Index; US HY: ICE BofA US High Yield Constrained Index; EMD corporate: CEMBI Broad Diversified; EMD local: GBI-EM Global Diversified: EMD local – China: GBI-EM China: EMD sovereign: EMBI Global Diversified; EMD sov. IG: EMBI Global Diversified IG; EMD sov. HY: EMBI Global Diversified HY. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.

Global government bond yields and inflation expectations Nominal 10-year government bond yields

% 4.5 US

UK

UK

6

US

4.0

Germany

Germany 3.5

5

Fixed income

| 70

GTM – UK

10-year government bond breakeven inflation rates

% yield 7

3.0

4

2.5 3 2.0 2

1.5

1

1.0

0 -1

0.5

'98

'00

'02

'04

'06

'08

'10

'12

'14

'16

'18

'20

0.0

'98

'00

'02

'04

'06

'08

'10

'12

'14

'16

'18

'20

Source: (All charts) Bloomberg, J.P. Morgan Asset Management. 10-year government bond breakeven inflation rates are the difference in yield between nominal and inflation-protected government bonds, and are a market-based measure of average inflation expectations over the next 10 years. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.

70

Oil

160

Crude oil production by country Million barrels per day

Oil price

1,800

Rigs

25

1,600

140

1,400

120

OPEC (ex-Saudi Arabia & Iraq) 20

1,200

100

15 1,000

US

Other assets

80 800 60

Russia 10

600

40

400

20 0

| 78

GTM – UK

WTI crude oil price and US rig count USD/barrel (LHS); number of rigs (RHS)

Saudi Arabia 5

200

'07 '08 '09 '10 '11 '12 '13 '14 '15 '16 '17 '18 '19 '20 '21

Iraq 0

0

'07 '08 '09 '10 '11 '12 '13 '14 '15 '16 '17 '18 '19 '20 '21

Source: (Left) Baker Hughes, Bloomberg, J.P. Morgan Asset Management. (Right) EIA, Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.

78

Metals

GTM – UK

Gold vs. real US 10-year Treasury yield 2,200

Index level, rebased to 100 in Jan 2007 -1.5

31 Dec 2020

2,000

| 79

Metal prices

$ per Troy ounce (LHS); %, inverted (RHS)

Gold (LHS)

$1,898

Real 10-year yield (RHS)

-1.1%

-1.0

200 175 150

1,800 -0.5

Copper 125

1,600

Other assets

0.0

100

1,400

Aluminium 0.5

1,200

Zinc

50 1.0

1,000

800

75

'12

'13

'14

'15

'16

'17

'18

'19

'20

'21

1.5

Nickel

25 0

'07 '08 '09 '10 '11 '12 '13 '14 '15 '16 '17 '18 '19 '20 '21

Source: (Left) Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Real yield is the US 10-year Treasury inflation-protected security yield. (Right) Bloomberg, J.P. Morgan Asset Management. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.

79

Visit www.jpmorganassetmanagement.pt


TENDÊNCIAS CAPA por Miguel Rêgo, CFA

FUNDOS

PARA TODOS OS GOSTOS Mais de 200 fundos de investimento foram nomeados na votação dos fundos destacados 2021. Pouco mais de um quarto dos mais votados agregam metade dos votos e a concentração é ainda maior por entidade gestora.

F

undos que se destacam pelas suas características únicas, gestão excecional ou abordagem de investimento, mesmo que não sejam objeto de investimento ou parte de alguma shortlist”. Esta é a definição daquelas estratégias que, pelo sétimo ano consecutivo, os profissionais de seleção de fundos e de construção de carteiras em Portugal elegem como fundos destacados, em resposta ao pedido da FundsPeople. Desta feita, 38 profissionais de 33 entidades contribuíram com a sua opinião, e os dados agregados trazem à superfície aqueles fundos que pelas razões descritas acima se destacam dos demais entre uma oferta de milhares de estratégias

42  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

de investimento distintas disponíveis no nosso país. O resultado? Fundos nomeados: 224. Total de votos: 325. Um dado curioso que sobressai à partida, na análise dos números, é que metade dos votos se concentram nas 61 estratégias mais votadas (27% do universo; 38% em 2020). Mais curioso ainda, a mesma quantidade de votos, concentra-se nas 14 entidades que lideram a tabela por número de votos (16% do universo). Um sinal da hegemonia de algumas gestoras e fundos no que a esta seleção diz respeito.

A LIDERANÇA

A estratégia de investimento que lidera a tabela, este ano, não di-


FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES COM DOIS OU MAIS VOTOS EM FUNDO

Jupiter Dynamic Bond Allianz Europe Equity Growth Ruffer Total Return International Fundsmith Equity Fund Nordea 1 - Global Climate and Envir Fd MFS Meridian European Value Fund Brown Advisory US Equity Growth Eleva Eleva European Sel MS INVF Global Brands Fund NB Euro Bond Pictet TR - Atlas BGF ESG Multi-Asset Fund BlueBay Investment Grade Euro Govt Bd Fd Fidelity European Dynamic Growth Fund Invest Alves Ribeiro PPR FIMA JPM Japan Equity Fund Jupiter European Growth Legg Mason WA Macro Opportunities Bd Fd MS INVF US Advantage Fund PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset Fund Schroder ISF EURO Corporate Bond Amundi Fds Pioneer US Bond BGF Continental European Flexible Fund

SELO FUNDS PEOPLE 2021

VOTOS

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

16

BPI GIF Alt Fund Iberian Eq L&S

8

BPI GIF Opportunities

7

DWS Concept Kaldemorgen

6

Fidelity Emerging Markets Fund

6

FvS Multiple Opportunities II

5

FvS SICAV Multiple Opportunities

4

GAM Star Credit Opportunities (USD)

4

Janus Henderson Absolute Return Fund

4

Janus Henderson Balanced Fund

4

JPM Global Macro Opportunities Fund

4

MFS Meridian Prudent Wealth Fund

3

Mirae Asset Asia Sector Leader Equity Fd

3

MS INVF Europe Opportunity Fund

3

MS INVF US Growth Fund

3

MW TOPS UCITS Fund

3

NN (L) Alternative Beta

3

PIMCO GIS Income Fund

3

Robeco BP US Premium Equities

3

Schroder GAIA II Specialist Private Eq

3

Seilern World Growth Fund

3

T. Rowe Price US Blue Chip Equity Fund

2

Veritas Asian Fund

2

Wellington Global Quality Growth Fund

FUNDO

FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES COM DOIS OU MAIS VOTOS EM FUNDO

Jupiter Dynamic Bond MS INVF US Advantage Fund Fundsmith Equity Fund Sicav Brown Advisory US Equity Growth FvS Multiple Opportunities II T. Rowe Price Japanese Equity Fund BGF Continental European Flexible Fund BSF European Absolute Return Fund Capital Group New Perspective Fund (LUX) DWS Concept Kaldemorgen Fidelity European Dynamic Growth Fund FvS Bond Opportunities Invest Alves Ribeiro PPR FIMA MFS Meridian European Value Fund Pictet TR - Atlas PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset Fund Ruffer Total Return International Seilern World Growth Fund Aberdeen Standard Japan Equity Fund Acatis Gané Value Event Fonds Allianz Dynamic Multi Asset Strat SRI 75 Allianz Euroland Equity Growth Allianz Global Artificial Intelligence AXAWF Euro Credit Total Return BGF Global Allocation Fund BlueBay Investment Grade Euro Aggt Bd Fd BPI GIF Opportunities BSF Managed Index Portfolios Growth DPAM L Bonds Universalis Unconstrained Eleva Eleva Abs Ret Eurp Eleva Eleva European Sel FF-Asia Pacific Opportunities Fund Fidelity Global Consumer Industries Fund Franklin K2 Alternative Strategies Fund Franklin Technology Fund Invesco Pan European High Income Fund

2021

SELO FUNDS PEOPLE 2021

VOTOS

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

2020

SELO FUNDS PEOPLE 2021

VOTOS

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

11

JOHCM Global Income Builder Fund

9

JPM Emerging Markets Equity Fund

7

JPMorgan Funds - Europe Strategic Growth Fund

4

Legg Mason WA Macro Opportunities Bd Fd

4

Lord Abbett Short Duration Income Fund

4

Magallanes European Equity FI

3

Marshall Wace Tops (Market Neutral) UCITS Fund

3

MFS Meridian Funds - European Core Equity Fund

3

MFS Meridian Funds - European Research Fund

3

Morgan Stanley Investment Funds - US Growth Fund

3

MS INVF Asia Opportunity Fund

3

MS INVF Euro Strategic Bond Fund

3

MS INVF Global Brands Fund

3

MS INVF Global Opportunity Fund

3

MS INVF US Growth Fund

3

Muzinich Enhancedyield Short-Term Fund

3

NB Euro Bond

3

NB FCP Opportunity Fund

2

NN (L) US Credit

2

Nordea 1 - Alpha 15 MA Fund

2

NSF SICAV EuroBic Obrigacoes Global

2

Oddo BHF Avenir Euro

2

Oddo BHF Avenir Europe

2

Pictet TR - Agora

2

Pictet-Digital

2

Pictet-Global Megatrend Selection

2

Pictet-Robotics

2

Pictet-Security

2

Pictet-Short Term Emerging Corporate Bonds

2

PIMCO Global Bond Fund

2

Robeco High Yield Bonds

2

Russell Investment Company plc - Acadian European Equity UCITS

2

Schroder ISF Greater China

2

T. Rowe Price Funds SICAV - US Blue Chip Equity Fund

2

UBS (Lux) Equity Fund - China Opportunity (USD)

2

Wellington Global Quality Growth Fund

FUNDO

SELO FUNDS PEOPLE 2021

VOTOS

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

Fonte: FundsPeople e Morningstar Direct.

NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 43


TENDÊNCIAS CAPA

ENTIDADES GESTORAS MAIS VOTADAS POR NÚMERO DE FUNDOS ENTIDADE GESTORA

FUNDOS

ENTIDADE GESTORA

FUNDOS

ENTIDADE GESTORA

FUNDOS

ENTIDADE GESTORA

FUNDOS

Fidelity

14

GNB Gestão de Ativos

3

Seilern

2

La Française

1

Pictet AM

11

Jupiter AM

3

abrdn

1

Liontrust

1

Allianz Global Investors

10

MFS IM

3

Acatis

1

Lonvia Capital

1

Schroders

10

Neuberger Berman

3

Alantra

1

Magallanes

1

BlackRock

9

NN IP

3

Algebris Investments

1

MainFirst

1

JPMorgan AM

9

Santander AM

3

AQR

1

Mirabaud Asset Management

1

Franklin Templeton

7

UBS AM

3

Artisan Partners

1

Mirae Asset

1

Nordea AM

7

AllianceBernstein

2

AXXION

1

Muzinich

1

DWS

5

BlueBay

2

Baillie Gifford

1

Natixis

1

PIMCO

5

BNY Mellon IM

2

BMO

1

Ninety One

1

Robeco

5

BPI Ges. de Ativos (Caixabank AM)

2

Cohen & Steers

1

Nomura

1

Amundi

4

Brown Advisory

2

Comgest

1

ODDO BHF

1

Janus Henderson

4

Candriam

2

DoubleLine

1

Polen Capital

1

Morgan Stanley IM

4

Capital Group

2

Eagle Capital Management

1

RAM Active Investments

1

Vontobel

4

Credit Suisse AM

2

EnTrust Global

1

Ruffer

1

AXA IM

3

Edmond De Rothschild AM

2

Eurizon

1

T. Rowe Price

1

BNP Paribas AM

3

Eleva Capital

2

Fundsmith

1

Tikehau Investment Management

1

Caixa Gestão de Ativos

3

Goldman Sachs AM

2

GAM

1

UTI International

1

Carmignac

3

Heptagon

2

Generali

1

Veritas Asset Management

1

Columbia Threadneedle

3

Invesco

2

Heed Capital

1

Waystone

1

Degroof Petercam AM

3

Lazard

2

HSBC

1

Wellington Management

Flossbach von Storch

3

M&G

2

Invest Gestão de Ativos

1

TOTAL DE FUNDOS

1 224

ENTIDADES GESTORAS MAIS VOTADAS POR NÚMERO DE VOTOS ENTIDADE GESTORA

VOTOS

ENTIDADE GESTORA

VOTOS

ENTIDADE GESTORA

VOTOS

ENTIDADE GESTORA

VOTOS

Jupiter AM

20

BlueBay

4

Generali

2

Eagle Capital Management

1

Allianz Global Investors

17

BPI Ges. de Ativos (Caixabank AM)

4

Goldman Sachs AM

2

EnTrust Global

1

Fidelity

17

Vontobel

4

Heptagon

2

Eurizon

1

Pictet AM

14

AXA IM

3

Invesco

2

Heed Capital

1

Schroders

13

BNP Paribas AM

3

Lazard

2

HSBC

1

BlackRock

12

Caixa Gestão de Ativos

3

M&G

2

La Française

1

JPMorgan AM

12

Carmignac

3

Mirae Asset

2

Liontrust

1

Nordea AM

12

Columbia Threadneedle

3

T. Rowe Price

2

Lonvia Capital

1

Morgan Stanley

11

Degroof Petercam AM

3

Veritas Asset Management

2

Magallanes

1

Franklin Templeton

9

Invest Gestão de Ativos

3

Wellington Management

2

MainFirst

1

MFS IM

8

Neuberger Berman

3

abrdn

1

Mirabaud Asset Management

1

PIMCO

8

NN IP

3

Acatis

1

Muzinich

1

Ruffer

7

Santander AM

3

Alantra

1

Natixis

1

DWS

6

Seilern

3

Algebris Investments

1

Ninety One

1

Fundsmith

6

UBS AM

3

AQR

1

Nomura

1

GNB Gestão de Ativos

6

AllianceBernstein

2

Artisan Partners

1

ODDO BHF

1

Janus Henderson

6

BNY Mellon IM

2

AXXION

1

Polen Capital

1

Robeco

6

Candriam

2

Baillie Gifford

1

RAM Active Investments

1

Amundi

5

Capital Group

2

BMO

1

Tikehau Investment Management

1

Brown Advisory

5

Credit Suisse AM

2

Cohen & Steers

1

UTI International

1

Eleva Capital

5

Edmond De Rothschild AM

2

Comgest

1

Waystone

Flossbach von Storch

5

GAM

2

DoubleLine

1

TOTAL DE VOTOS

1 325

Fonte: FundsPeople e Morningstar Direct.

METADE DOS VOTOS CONCENTRAM-SE NAS 61 ESTRATÉGIAS MAIS VOTADAS, 27% DO UNIVERSO. A MESMA QUANTIDADE DE VOTOS CONCENTRA-SE NAS 14 ENTIDADES QUE LIDERAM A TABELA POR NÚMERO DE VOTOS, 16% DO UNIVERSO. 44  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO


DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE FUNDOS VOTADOS POR CLASSE DE ATIVOS ALOCAÇÃO

12%

ALTERNATIVOS

25%

CONVERTÍVEIS AÇÕES

10%

OBRIGAÇÕES

5%

2%

2020

12%

1%

51%

2021 21%

59%

Fonte: FundsPeople e Morningstar Direct.

fere de 2020, e por pouco, de 2019: Jupiter Dynamic Bond. O fundo de obrigações da Jupiter AM encontra-se regularmente no pódio desta votação e lidera pelo segundo ano consecutivo. Segue-se o Allianz Europe Equity Growth, um fundo da Allianz Global Investors que traz as ações europeias para o topo da tabela dos fundos mais votados. A fechar o trio da liderança, o Ruffer Total Return International, da Ruffer, um fundo que no ano passado agregava apenas três votos e que este ano acumulou sete. Destaque para o primeiro fundo de gestão portuguesa no ranking, que aliás incorpora o Top 10, o NB Euro Bond, o fundo luxemburguês da GNB Gestão de Ativos, gerido por Vasco Teles.

Os 11 fundos mais votados, ou seja, os com quatro ou mais votos mostram uma clara tendência para a classe de ativos de equity. São sete fundos long-only de equity, um fundo de alocação, dois fundos de obrigações e um long-short de ações. Curiosamente, três dos sete fundos de ações são focados no universo de ativos europeu e um deles é um fundo temático com atuação no tema das alterações climáticas. Em termos globais vemos que foram as ações que mais cresceram em termos de número de fundos votados de 51% para 59% - em detrimento dos alternativos - de 10% para 5% - e em menor amplitude, das obrigações - de 25% para 21%. Os fundos mais votados por categoria foram o Ruffer Total Re-

PARTICIPARAM NESTE ESTUDO 38 PROFISSIONAIS DE 33 CASAS DE INVESTIMENTO, ENTRE ELAS: ABANCA ALVARIUM ASK PATRIMÓNIOS ATLÂNTICO EUROPA BALUARTE WEALTH ADVISORS BANCO BEST BANCO CARREGOSA BANCO DE INVESTIMENTO GLOBAL (BIG) BANCO INVEST BANCO PORTUGUÊS DE GESTÃO BANKINTER GESTIÓN DE ACTIVOS - SUCURSAL EM PORTUGAL BBVA ASSET MANAGEMENT BPI GESTÃO DE ATIVOS BPI PRIVATE BANKING BPI VIDA E PENSÕES CAIXA GESTÃO DE ATIVOS CREDIT SUISSE - SUCURSAL EM PORTUGAL CRÉDITO AGRÍCOLA GEST FIDELIDADE FUTURE PROOF GNB GESTÃO DE ATIVOS HAWKCLAW CAPITAL ADVISORS LYNX ASSET MANAGERS MONTEPIO GESTÃO DE ATIVOS NOVOBANCO OPTIMIZE INVESTMENT PARTNERS PARTNERS2U PRIVATE SCI PROTESTE INVESTE (TREE FAMILY OFFICE) REAL VIDA SEGUROS SANTANDER ASSET MANAGEMENT SANTANDER PRIVATE BANKING SIXTY DEGREES NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 45


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TENDÊNCIAS CAPA

AR

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A OPINIÃO DE MÁRIO PIRES Diretor de Clientes Institucionais e do Mercado Português, Schroders

TOP 3 - AS ENTIDADES GESTORAS COM MAIS VOTOS EM CADA CATEGORIA ALOCAÇÃO

VOTOS

ALTERNATIVOS

VOTOS

Ruffer

7

Schroders

3

Flossbach von Storch

4

Allianz Global Investors

3

BPI Gestão de Ativos (Caixabank AM)

2

BlackRock

3

J.P. Morgan AM

2

Invest Gestão de Ativos

3

NN IP

2

PIMCO

3

Nordea

2

AÇÕES

VOTOS

OBRIGAÇÕES

VOTOS

Allianz Global Investors

14

Jupiter AM

16

Morgan Stanley IM

11

Fidelity

6

Pictet AM

11

GNB Gestão de Ativos

5

PIMCO

5

TOP 3 - OS FUNDOS COM MAIS VOTOS EM CADA CATEGORIA ALOCAÇÃO

VOTOS

Ruffer Total Return International

7

Invest Alves Ribeiro PPR FIMA

3

BGF ESG Multi-Asset Fund

3

PIMCO GIS Dynamic MultiAsset Fund

3

AÇÕES

ALTERNATIVOS

VOTOS

BPI Alternative Iberian Equities Long Short Fund

2

JPM Global Macro opportunities

2

Schroder GAIA II Specialist Private Equity

2

VOTOS

OBRIGAÇÕES

VOTOS

Allianz Europe Equity Growth

8

Jupiter Dynamic Bond

16

Fundsmith Equity Fund

6

NB Euro Bond

4

Nordea Global Climate and Environment Fund

6

BlueBay Investment Grade Euro Govt Bd Fd

3

Legg Mason WA Macro Opportunities Bd Fd

3

Schroders Euro Corporate Bond

3

Fonte: FundsPeople e Morningstar Direct.

turn International em alocação, o Allianz Europe Equity Growth em ações e o Jupiter Dynamic Bond em obrigações. Em alternativos, os líderes acumulam todos dois votos e são, nomeadamente, o BPI Alternative Iberian Equities Long Short Fund, o JPM Global Macro Opportunities e o Schroder GAIA II Specialist Private Equity, da BPI Gestão de Ativos, J.P. Morgan AM e Schroders, respetivamente.

AS ENTIDADES GESTORAS

Como referido antes, 14 das 87 entidades com fundos nomeados agregam metade dos votos. A liderança desta46  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

cada vai para a entidade gestora que alberga o fundo líder, a Jupiter AM, com 20 votos. Seguem-se a Allianz Global Investors e a Fidelity International, ex-aequo, com 17 votos, a Pictet AM com 14 e a Schroders com 13. Por número de fundos destacados o panorama muda um pouco. A Fidelity passa a liderar, com 14 fundos nomeados, seguida da Pictet AM com 11, Allianz GI e Schroders com 10 e a BlackRock e J.P.Morgan AM com nove. Por categoria global de fundos, é a Ruffer que lidera em fundos de alocação, a Schroders em alternativos, a Allianz Global Investors em ações e a Jupiter AM em obrigações.

RENTABILIDADE, DIVERSIFICAÇÃO E BAIXO RISCO? ALTERNATIVOS LÍQUIDOS DÃO A RESPOSTA Os fundos market neutral e os fundos multiestratégia, quando combinados, mostram-se particularmente interessantes no atual contexto de mercado e trazem vantagens acrescidas face às que proporcionam individualmente. Combinar ações e obrigações numa carteira tem sido, historicamente e dada a descorrelação entre as classes, um caminho viável para manter a diversificação. No entanto, a política monetária e fiscal implementada em resposta à pandemia de COVID-19 acabou por alterar este equilíbrio. Os investidores mais conservadores e os moderados precisam, por isso, de novas estratégias para complementar a sua exposição e é neste sentido que os alternativos líquidos assumem hoje um papel central nas tradicionais carteiras 60/40. O Schroders GAIA Helix é um exemplo: a sua carteira oferece uma rentabilidade diversificada, conjuga diferentes camadas de informação e expertise para seleção do alfa, e tem baixa correlação com os mercados, tanto em ações como em obrigações, além de permitir um risco reduzido. Presentes no processo de gestão estão também os critérios ESG - ambiental, social e de governo das sociedades – para maior sustentabilidade desta solução de investimento. Estes elementos congregam-se para proporcionar uma estratégia versátil, adaptável à fase do ciclo que vivemos e especialmente adequada a perfis moderados ou conservadores.



TENDÊNCIAS NEGÓCIO por Óscar R. Graña

FUNDOS TEMÁTICOS E ESG COM

CADEADO

Os fortes fluxos nos últimos anos em direção a ambas as tipologias de produtos começaram a provocar problemas de capacidade em alguns fundos, o que obrigou as gestoras a aplicar encerramentos parciais ou totais para proteger filosofias e os investidores existentes.

48  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO


DIVISÃO DOS SOFT E HARD CLOSE POR CLASSE DE ATIVOS NÚMERO DE FUNDOS

% SOBRE O TOTAL

80

80%

60

60%

40

40%

20

20%

0

61

54%

AÇÕES

31

27%

OBRIGAÇÕES

14

12%

4

MISTOS

4%

3

3% 0%

OUTROS

ALTERNATIVOS

Fonte: Morningstar Direct.

F

requentemente, fechar um fundo ou restringir os fluxos de entrada não é uma decisão fácil para uma gestora. Representa retirar da montra um produto da sua gama com o nobre objetivo de proteger os participantes existentes, tentando evitar que um crescimento desmesurado do produto a nível patrimonial ponha em risco a sua filosofia de investimento e os seus resultados. Deixando fora da análise os fundos com garantia de capital, de rentabilidade objetivo ou de prazo fixo, nos últimos cinco anos as gestoras encerraram completamente ou restringiram as entradas em aproximadamente uma centena de produtos. São dados reportados pelas entidades à Morningstar, que mostram que mais de metade dos fundos a que as entidades limitaram as subscrições são estratégias long-only de ações.

A Mediolanum é a entidade que o fez no maior número de produtos. No total, 45. A entidade explica que fecharam as portas nas classes de ações S disponíveis para estes fundos. Vários deles foram encerrados primeiro em Itália (2018) e posteriormente na Península ibérica (2020). Da análise dos dados, talvez o mais relevante é que se começam a ver os primeiros produtos temáticos e com filosofia ESG que, devido ao elevado tamanho, têm sido objeto de soft close e, inclusive, de hard close. Os fluxos em direção a ambas as tipologias de estratégias nos últimos anos têm sido fortes e isso está a começar a provocar problemas de capacidade que obriga a gestora a tomar medidas para preservar filosofias e estratégias nalguns deles. Uma das entidades que se tem mostrado mais decidida na hora de dar este passo tem sido a Pictet AM. A gesNOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 49


TENDÊNCIAS NEGÓCIO

AS CATEGORIAS ONDE MAIS FUNDOS ENCERRARAM NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS AÇÕES GLOBAIS

12

AÇÕES EUROPA LARG. CAP

10

OBRIG. EUROPEIAS

10

AÇÕES GLOB. EMERGENTE

8

AÇÕES GLOB. LARGE CAP

8

AÇÕES EUA LARGE CAP

7

AÇÕES SECTORIAIS

7

AÇÕES ÁSIA

5

MISTOS FLEXÍVEIS

5

Fonte: Morningstar Direct.

tora suíça levou a cabo encerramentos parciais em produtos que têm tido um grande êxito comercial na Europa. É o caso, por exemplo, do Pictet Water. O fundo foi aumentando de tamanho até se aproximar do limite considerado superior da estratégia, que a entidade estabelece em cerca de 6.000 milhões de euros. Passou a soft close em outubro de 2017 e em dezembro de 2019 reforçaram a medida para unicamente aceitar ordens de subscrição de investidores existentes. O limite imposto atualmente é de 100.000 euros por dia. O volume considerado ótimo pela entidade varia consoante a estratégia. O Pictet Robotics entrou em soft close em 2017 depois de alcançar quase os 3.000 milhões em ativos, próximo da capacidade máxima considerada então pela entidade, enquanto que o Pictet Security, que gere 8.800 milhões, está em soft close desde novembro de 2018. 50  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

Apenas aceita ordens de subscrição de investidores existentes, com um limite diário de 500.000 dólares. É um valor que se tem vindo a reduzir à medida que o produto vai crescendo de tamanho, já que antes era de um milhão. O último fundo da Pictet a entrar em soft close foi um produto ESG: o Pictet Global Environmental Opportunities. Está a fazê-lo desde março, quando alcançou um volume de ativos sob gestão de 6.900 milhões. Desde então só aceitou ordens de subscrição de investidores existentes de até um máximo de um milhão de euros por dia. No final de agosto, a estratégia tinha chegado aos 9.300 milhões de património e, desde setembro, os fluxos líquidos mensais dos investidores existentes foram limitados a 10 milhões por mês, mantendo-se o produto fechado a novos investidores. No entanto, as estratégias ESG de ações não são as únicas que têm tido


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A OPINIÃO DE JUAN CARLOS DOMÍNGUEZ Managing director, AXA IM

COMEÇAM A VER-SE PRODUTOS TEMÁTICOS E ESG QUE, DEVIDO AO ELEVADO TAMANHO, TÊM SIDO OBJETO DE SOFT E DE HARD CLOSE

que enfrentar problemas de capacidade. Nas obrigações, também se podem encontrar produtos nos quais as gestoras tiveram de colocar cadeado. E, inclusive, atribuir-lhes um hard-close. Aconteceu, por exemplo, com os fundos de high yield da Robeco, entre os quais estava o RobecoSAM SDG High Yield Bonds, produto artigo 9 que utiliza um sistema próprio de medição dos ODS para selecionar empresas que expressamente contribuam para os objetivos e metas de desenvolvimento sustentável fixados pela ONU. O hard close deste produto foi uma decisão que a Robeco tomou dentro de uma operação mais ampla: o encerramento da estratégia fundamental de high yield da entidade, toda ela gerida pela mesma equipa. Dentro desta gama enquadram-se produtos como o Robeco High Yield Bonds, o Robeco European High Yield Bonds, o Robeco Feeder Fund Zero Duration, o Robeco European High Yield Bonds Feeder Fund Zero Duration. O seu encerramento, que aconteceu em setembro de 2020, deveu-se ao forte crescimento dos ativos da estratégia nos meses anteriores. Superou-se o limite de capacidade estabelecido, que estava entre os 10.000 e

os 12.000 milhões. O património tinha chegado aos 12.500. No entanto, no passado dia 28 de julho a Robeco anunciou a reabertura. Fizeram-no por vários motivos. “O mercado experimentou um crescimento substancial. Existiram emissões record depois da pandemia e também fallen angels de aproximadamente 250.000 milhões. Isto aumentou a sua capacidade máxima de 12.000 para 14.000 milhões. Para além disso, passámos de um mercado de subidas no segundo trimestre de 2020 para um em modo saídas por causa do estreitamento de spreads, saídas que também afetaram estes produtos, onde os resgates rondaram os 2.700 milhões”, indicam da entidade. No entanto, estas saídas não se explicam apenas pelo pior comportamento do mercado. O próprio hard close tem um efeito direto sobre os resgates. Embora fechar um fundo procure proteger os participantes existentes, para o investidor também representa limitar a sua capacidade de manobra com o produto. Às vezes, inclusive, é o motivo que alega o cliente para exclui-lo da carteira. No final de contas, aplicar esta medida tem um custo. Daí que não seja uma decisão grata... para nenhuma das partes.

OPORTUNIDADES PROVOCADAS PELA COVID-19 NA ROBÓTICA E AUTOMATIZAÇÃO Trago-vos três ideias que me passou Tom Riley – gestor do fundo AXA Robotech – sobre o novo impulso que tem recebido a robótica e automatização por causa da COVID-19. Esses três tail-winds são: 1. Automatização de armazéns: a aceleração das compras online tem feito com que as empresas tenham tido que incrementar em cerca de 40% o seu parque de robots que gerem a logística industrial para atender ao crescimento dos pedidos. 2. Deterioração das cadeias de fornecimento: à tormenta perfeita que está a impactar a supply chain a nível mundial, soma-se a batalha entre a China e os EUA pelo comércio mundial. Tudo isto conduz a que a fabricação volte gradualmente aos países desenvolvidos, e estes, apenas podem fazê-lo incrementando a automatização – robots – nas suas fábricas, de outro modo não seria competitivo. 3. Aumento da telemedicina e da cirurgia robótica. A COVID representou um stress para os sistemas de saúde. Em muitos acelerou-se a implantação destas tecnologias para ajudar a mão de obra da saúde. SETEMBRO E OUTUBRO  I  FUNDSPEOPLE 51


*AXA IM. BOFAM – Global eCommerce, Outubro de 2019. Esta é uma previsão e não uma garantia de desempenho futuro. O sub-fundo AXA WF Framlington Digital Economy é um compartimento da AXA WORLD FUNDS, uma SICAV harmonizada e domiciliada no 49, avenue J.F Kennedy L-1885 Luxembourg. O depositário é a State Street Bank International GmbH, Luxembourg Branch e a sua sociedade gestora é a AXA Funds Management. O presente documento destina-se exclusivamente a investidores profissionais, em conformidade com a legislação DMIF. A informação constante do mesmo tem fins exclusivamente publicitários e informativos e não se destina, em caso algum, a clientes não profissionais e/ou investidores finais. O prospeto e as informações fundamentais destinadas aos investidores, em língua inglesa e portuguesa, respetivamente, podem ser obtidos de forma gratuita em www.axa-im.com. O presente documento não pode ser interpretado como consultoria em matéria de investimento, promoção financeira ou recomendação de investimento, não podendo constituir, por si só, uma base para a tomada de decisões de investimento. O presente documento não representa de modo algum uma garantia de rentabilidade futura de investimentos financeiros. O mercado financeiro é flutuante e está sujeito a variações, e


Exclusivamente para clientes profissionais

A transformação digital ainda está no início Retire todo o potencial dos consumidores conectados Atualmente, apenas 11% das vendas a retalho a nível global são feitas online.* No entanto, é provável que a economia digital registe um crescimento anual de dois dígitos à medida que os consumidores mundiais ficam cada vez mais conectados. O fundo AXA WF Framlington Digital Economy pode ajudar os investidores a tirarem o máximo partido, uma vez que investe em empresas que cobrem toda a cadeia de valor do comércio eletrónico. Com mais de 20 anos de experiência combinados com o investimento temático ativo, vemos para além da análise tradicional para identificarmos os verdadeiros disruptores e líderes da transformação digital. O Investimento implica riscos, incluindo a perda de capital. Mais informações sobre o fundo AXA WF Framlington Digital Economy: AXA-IM.COM/EVOLVINGECONOMY/THE-CONNECTED-CONSUMER

as taxas de câmbio podem sofrer oscilações que afetam diretamente a rentabilidade dos investimentos, tanto para cima como para baixo. A diversificação dos investimentos não garante ganhos nem proteção perante eventuais perdas. O nível de risco do referido sub-fundo é 6. Esta informação não considera os objetivos de investimento específicos, atuais ou futuros, a situação financeira ou tributária ou as necessidades pessoais de qualquer indivíduo específico. Para mais informações sobre o fundo AXA WF Framlington Digital Economy da AXA IM, recomendamos que visite o nosso sítio na Internet, em https:// www.axa-im.com/fund-centre/-/funds-center/axa-wf-framlington-digital-economy-e-h-eur-acc-58451. A AXA Investment Managers não assume qualquer responsabilidade por atos ou omissões decorrentes do uso indevido ou incorreto da presente informação, declinando toda e qualquer responsabilidade pelo uso incorreto ou inadequado do documento. A AXA INVESTMENT MANAGERS PARIS SA tem sede social em Paris, Tour Majunga 6, Place de la Pyramide 92908, e está registada na CMVM em Regime de Livre Prestação de Serviços (LPS), como Sociedade gestora de organismos de investimento colectivo do Espaço Económico Europeu e com Sucursal em Espanha, autorizada e registada na Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV) com o número 38.


TENDÊNCIAS GESTÃO

por Samuel Capucho

À LUPA

OS FUNDOS NACIONAIS DE AÇÕES DE CARÁTER ESG Em território nacional, segundo a Morningstar, o ESG está integrado em 17 fundos nacionais de ações. Contudo, só cinco possuem etiqueta ESG ou sustentável no seu nome. Como se posicionarão estes fundos em métricas de risco ESG ou de carbono? 54  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO


É

uma falácia pensar-se que apenas as entidades gestoras nacionais com fundos cujo nome constava a sigla ESG ou a denominação sustentável se lançaram no mundo do investimento sustentável. Na verdade, a realidade é outra. Alguns fundos de ações nacionais já integravam no seu processo de investimento fatores ESG, ou de investimento socialmente responsável, mesmo antes de possuírem alguma etiqueta visível que os ligasse a este universo. O indicador ESG Incorporation, da Morningstar, demonstra isso mesmo. Tal como mostra essa coluna, 17 fundos de ações nacionais são de caráter ESG, segundo a Morningstar. Este foi, na verdade, o critério base para o desenvolvimento desta análise, adicionando o fundo da Santander AM com designação de sustentável. Considerámos estes produtos de investimento e fomos observar como se apresentam noutras métricas de sustentabilidade fornecidas pela empresa de análise, tendo por base informação da empresa do mesmo grupo, a Sustainalytics. Dividimos essas métricas por grupos: indicadores gerais, medidas de risco e também de carbono. Tendo por base esses indicadores de cada grupo, apresentamos o detalhe dos vários produtos. Para desenvolver as suas classificações, a Morningstar utiliza ratings da Sustainalytics ao nível da empresa investida. A abordagem da empresa de análise é baseada numa média ponderada dos scores ESG das empresas em carteira. Não considera a avaliação a abordagens de envolvimento dos acionistas, sofisticação, cultura e estratégia. Assim, uma crítica fundamental a esta abordagem é que ignora a estratégia intencional de ESG e é, necessariamente, retrospetiva. Consequentemente, os dados aqui divulgados são só a ponta

do iceberg da abordagem das entidades gestoras. São números que devem ser considerados à luz de cada uma das abordagens de investimento e no contexto dos mercados em que investem. Mercados emergentes, por exemplo, são conhecidos por representarem um maior desafio no que ao investimento sustentável diz respeito. Por outro lado, a fotografia de um determinado fundo em cada métrica não nos diz nada acerca da evolução dessa mesma métrica, fator que pode ser o foco da entidade gestora.

COM OU SEM ETIQUETA

Neste universo considerado, a única exceção é o Santander Sustentável, da Santander Asset Management. Embora este produto faça parte deste conjunto por estar designado como sustentável, a empresa de análise não apresenta dados suficientes nos vários indicadores, desde logo no mais relevante, o ESG Incorporation. No entanto, Nuno Henriques, CEO da entidade, referiu recentemente que embora o fundo seja claramente sustentável, o único passo que falta é a formalização do cariz ESG do fundo. O que fica evidente é que o caminho das entidades nacionais poderá não passar por lançar fundos com a etiqueta ESG ou sustentável no seu nome. Na verdade, dos 18 fundos con-

siderados, 13 não possuem nenhuma dessas designações. Aliás, este foi um ponto defendido recentemente por Cristina Brízido, CFA. “A palavra sustentabilidade no nome dos fundos fez sentido num primeiro momento”, conta. Agora, para a profissional, a integração de fatores ESG é transversal a toda a oferta, daí não existir essa necessidade de distinção. Além disso, é de sublinhar que 15 produtos estão classificados como pertencentes ao artigo 8. Três, por outro lado, ainda não possuem essa distinção. No que toca aos indicadores mais gerais, destaque para o de Impact Fund Overall, que define os fundos que procuram ter um impacto mensurável nos investimentos em áreas temáticas específicas. Sem surpresas, o Caixagest Energias Renováveis sobressai, assim como o NB Momentum Sustentável.

MÉTRICAS DE RISCO

Estão também inseridos na tabela os indicadores inseridos na ótica da gestão de risco. Desde logo, o indicador Portfolio ESG Risk Exposure Score é definido pela Morningstar como “a média ponderada dos scores de risco geral de exposição ESG da empresa emitente dos títulos cobertos num portefólio”. Neste caso, numa escala de 0 a 100, “as pontuações mais bai-

“A PALAVRA SUSTENTABILIDADE NO NOME DOS FUNDOS FEZ SENTIDO NUM PRIMEIRO MOMENTO. AGORA JÁ NÃO FAZ” CRISTINA BRÍZIDO, CFA CAIXA GESTÃO DE ATIVOS NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 55


TENDÊNCIAS GESTÃO

POSICIONAMENTO DOS FUNDOS NOS VÁRIO FUNDO

INDICADORES GERAIS

FUNDO / INDICADOR

INVESTIMENTO ESG IMPACTO ENGAGEMENT DEOVERALL

INCORPOR. ESG

INDICADORES DE RISCO % DE AUM COBERTOS - ESG

SCORE DE EXPOS. AO RISCO ESG DO PORTEFÓLIO

SCORE DE SUSTENT. DO PORTEFÓLIO

SCORE DE RISCO AMBIENTAL DO PORTEFÓLIO

SCORE DE RISCO SOCIAL DO PORTEFÓLIO

SCORE DE RISCO DE GOVERNANCE DO PORTEFÓLIO

BPI Europa

Sim

Não

Não

94,96

47,49

20,97

4,66

9,05

7,26

Caixa Ações EUA

Sim

Não

Não

100

40,55

22,04

3,29

11,46

7,29

Caixa Ações Europa Socialmente Responsável

Sim

Não

Não

100

42,04

18,14

3,83

7,69

6,62

Caixa Ações Líderes Globais

Sim

Não

Não

99,99

42,76

21,24

4,79

9,11

7,35

Caixa Ações Oriente

Sim

Não

Não

93,57

37,11

22,94

3,87

8,3

7,42

Caixa Ações Portugal Espanha

Sim

Não

Não

95,61

47

20,24

3,34

7,27

7,02

Caixa Investimento Socialmente Responsável

Sim

Não

Não

95,36

42,86

19,61

3,16

8,72

7,54

Caixa Seleção Global Arrojado

Sim

Não

Não

90,69

41,09

21,8

3,94

8,83

7,19

Caixa Seleção Global Defensivo

Sim

Não

Não

85,31

43,61

22,09

3,55

9,18

7,84

Caixa Seleção Global Moderado

Sim

Não

Não

89,05

42,06

21,92

3,81

8,96

7,44

Caixa Wealth Arrojado

Sim

Não

Não

91,35

41,04

21,64

3,98

8,79

7,17

Caixa Wealth Defensivo

Sim

Não

Não

90,93

43,25

21,78

3,84

8,97

7,63

Caixa Wealth Moderado

Sim

Não

Não

91,15

41,66

21,7

3,91

8,87

7,31

Caixagest Ações Emergentes

Sim

Não

Não

95,86

41,33

25,23

4,81

8,69

8,1

Caixagest Energias Renováveis

Sim

Não

Sim

86,12

46,89

23,35

6,6

7,12

5,63

IMGA Iberia Equities ESG

Sim

Sem dados

Sem dados

94,32

44,59

20,01

2,97

6,21

6,29

NB Momentum Sustentável

Sim

Sem dados

Sim

97,38

41,43

20,88

4,62

8,95

7,23

Santander Sustentável

Sem dados

Sem dados

Sem dados

91,77

44,15

21,12

3,53

8,55

7,11

MÉDIA DO UNIVERSO ESG

93,52

42,83

21,48

4,03

8,60

7,19

MÍNIMO DO UNIVERSO ESG

85,31

37,11

18,14

2,97

6,21

5,63

MÁXIMO DO UNIVERSO ESG

100

47,49

25,23

6,6

11,46

8,1

MÉDIA DE TODO O UNIVERSO

91,11

43,00

21,50

4,18

8,06

6,68

MÍNIMO DE TODO O UNIVERSO

65,13

35,25

17,31

1,24

3,08

3,44

MÁXIMO DE TODO O UNIVERSO

99,78

65,34

29,48

11,39

12,48

9,24

Fonte: Morningstar Direct de outubro de 2021. As medidas de todo o universo referem-se ao conjunto de todos os fundos de ações de gestão nacional. Os diferentes scores situam-se num intervalo entre 0 e 100.

xas são melhores”, esclarecem. Assim sendo, é um fundo sob gestão da Caixa GA, o Caixa Ações Oriente, que está em destaque, com uma pontuação de 37,1. Por outro lado, o produto com a pontuação mais alta é o BPI Europa, da BPI GA, com 47,4. Já o indicador Portfolio Sustainability Score calcula a média ponderada dos scores da Sustainalytics sobre o risco ESG ao nível da empresa investida. Neste campo, é o Caixa Ações Europa Socialmente Responsável que verifica o valor mais baixo, com 18,14%, enquanto o Caixa Ações Oriente tem a percentagem mais elevada, com 25,23%. É também possível ver nessa mesma tabela os scores dos portefólios em termos mais específicos de risco, tais como ambiental, social, ou de governança. Entre esses três fatores, o social 56  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

é o que detém a média de risco mais elevada, verificando 8,6%. O ambiental, por outro lado, apresenta a mais baixa (com média de 4%).

CONSENSO NO CARBONO

Os indicadores de carbono dividem-se da seguinte forma: os fundos que têm (ou não) designação baixa de carbono, as suas respetivas classificações de risco, e a percentagem de ativos com pontuações de risco. Para calcular estas pontuações, “a Morningstar utiliza as classificações de risco de carbono da Sustainalytics, que indicam o risco que as empresas enfrentam na transição para uma economia de baixo carbono”, explica a empresa de análise. Relativamente à designação baixa de carbono, um número relevante de fundos não apresentam classificação.

Contudo, seis conseguem ostentar a designação baixa de carbono. Cinco, por outro lado, não têm essa designação. No entanto, quando olhamos para a classificação de risco de carbono, quase todos os classificados apresentam um baixo risco — à exceção do Caixagest Ações Emergentes classificado com risco médio. Ilustramos ainda as colunas com as percentagens de AuM com risco negligenciável de carbono, baixo, médio, elevado e severo. No universo considerado, a média da soma das classificações mais baixas, ou seja de risco negligenciável e baixo, é de 70,7%, sendo o valor o mínimo de 53,7% e o máximo de 84,8%. Já a média dos mesmos indicadores, mas considerando todo o universo dos fundos de ações nacionais é de 70,83%.


P

TNE

INDICADORES DE CARBONO CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DE CARBONO

% AUM COBERTOS CARBONO

% AUM COM RISCO DE CARBONO. INSIGNIFICANTE

% AUM COM BAIXO RISCO DE CARBONO

% AUM COM RISCO DE CARBONO MÉDIO

% AUM ELEVADO RISCO DE CARBONO

Baixo risco

89,38

26,9

44,29

27,79

1,02

Sem dados

Sim

Baixo risco

98,05

47,29

33,37

18,58

0,76

Sem dados

Sim

Baixo risco

95,39

28,86

56,02

15,12

Não

Baixo risco

99,66

40,99

40,7

14,42

3,88

Sim

Baixo risco

81,48

28,59

39,55

31,4

0,45

Não

Baixo risco

88,16

23,81

36,12

40,07

Sim

Baixo risco

93,03

23,38

54,62

18,96

Sem dados

Sem dados

62,89

Sem dados

Sem dados

Sem dados

Sem dados

Sem dados

Sem dados

Sem dados

36,55

Sem dados

Sem dados

Sem dados

Sem dados

Sem dados

Sem dados

Sem dados

49,98

Sem dados

Sem dados

Sem dados

Sem dados

Sem dados

Sim

Baixo risco

71,67

Sem dados

Sem dados

49,37

Sem dados

Sem dados

Sem dados

Sem dados

Sem dados

Sem dados

Sem dados

58,74

Sem dados

Sem dados

Sem dados

Sem dados

Sem dados

Não

Médio risco

86,48

Sem dados

Sem dados

58,09

Não

Baixo risco

79,34

19,8

33,98

46,22

Sem dados

Sim

Baixo risco

87,81

30,27

40,82

27,75

1,16

Sem dados

Sem dados

49,13

11,83 Sem dados

Sem dados

40,1

44,26 Sem dados

Sem dados

25,53

40,19 Sem dados

Sem dados

Sem dados

Sem dados 3,05

2,14

3,71 Sem dados

Sem dados

DIOGO GOMES Senior CRM, UBS AM Iberia

% AUM COM SEVERO RISCO DE CARBONO

Não

32,16

OPORTUNIDADES NO MERCADO CHINÊS

Sem dados Sem dados Sem dados Sem dados Sem dados

0,07

0,01 Sem dados Sem dados 0 Sem dados

74,18

28,53

42,17

27,82

2,02

36,55

11,83

33,37

14,42

0,45

0

99,66

47,29

56,02

46,22

3,88

0,07

0,03

77,13

31,90

38,93

27,97

2,39

0,00

18,20

0,02

17,04

1,96

0,03

0,00

100,00

81,00

74,19

76,92

5,93

0,01

ESTES NÚMEROS DEVEM SER CONSIDERADOS À LUZ DE CADA ABORDAGEM DE INVESTIMENTO E NO CONTEXTO DOS MERCADOS EM QUE INVESTEM Na verdade, ao considerarmos os valores médios de cada indicador mensurável reparamos que, não só estes 18 fundos, mas todo o universo de fundos de ações nacionais domiciliados em Portugal e no Luxemburgo está bem posicionado. Bem sabemos que tem sido inevitável para as gestoras de ativos de todo o mundo começarem a sua jornada no investimento sustentável. E, em Portugal, os resultados estão à vista. Os

AR

A OPINIÃO DE

OS INDICADORES DESIGNAÇÃO DE BAIXO CARBONO

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investidores têm cada vez mais interesse em investir neste tipo de estratégias e as gestoras nacionais respondem com a incorporação de fatores ESG nos seus fundos de ações. Enquanto isso, os desafios da informação, uniformidade e comparabilidade, continuam bem presentes. Mas como Jorge Sousa Teixeira, CFA referia recentemente: “Eu acho que o desafio, aqui, é o mesmo que uma oportunidade para a indústria de gestão de ativos”.

A Evergrande tem absorvido a maior parte das atenções nos últimos tempos. A situação do promotor imobiliário é sintomática de uma mudança na forma como os políticos chineses estão a olhar para o nível de endividamento no sistema, uma maior tolerância tendo em consideração as potenciais consequências negativas associadas a um processo abrupto de desalavancagem. O mercado imobiliário é uma parte demasiado importante do PIB chinês para que os responsáveis políticos chineses se arrisquem a perder-lhe o controlo e a desencadear um abrandamento económico grave. A China tem um grande historial de resolução de problemas empresariais de alto nível sem permitir que se transformem num risco sistémico. Consideramos que é provável um apoio à política macro chinesa para inverter a situação, o que deverá ajudar tanto os ativos internos como as moedas de mercado emergentes e matérias primas. Os players mais consistentes no setor imobiliário também deverão beneficiar desta consolidação. Por outro lado, e partindo do princípio de que em última instância o governo chinês vai ser prático, as políticas mais restritivas deverão ser aliviadas, o que também deverá favorecer o sector financeiro. Entretanto, a moderação da atividade sugere que as obrigações do governo chinês continuam a ser atrativas, as yields deverão descer de 2,85% para 2,5%. Os investidores internacionais continuam positivos na diversificação e na capacidade defensiva das obrigações governamentais chinesas.

NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 57


TENDÊNCIAS ESTRATÉGIAS

por María Folqué

REPASSO

TE MÁ TI CO 58  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

Passamos em revista a evolução do investimento temático num cenário marcado por uma certa rotação nos estilos de investimento e analisamos que temas podem ter mais interesse a médio prazo.

O

investimento temático não se trata de investimento setorial. Na origem dos temas costuma estar uma megatendência de fundo que convida a ter uma perspetiva de investimento às vezes transversal e diversificada e outras, muito concentrada. É complicado seguir a sua evolução agregada a nível de temáticas específicas, já que os temas escolhidos são múltiplos, mas também ao nível de fundos de megatendências, visto que os ingredientes variam quanto ao peso e às temáticas. Temos que conformar-nos com o proxy da evolução setorial, mas, ainda assim, parece-nos interessante fazer um repasso à evolução do investimento em ações menos generalistas. Se começarmos o repasso pelo retrovisor a maior distância, não nos deverá surpreender que o setor tecnológico seja o mais rentável a 10 anos, com uma rentabilidade anualizada superior a 18%. Hoje, quase tudo se trata de tecnologia, e não se trata apenas de robótica ou de IA, também existem a nuvem,


RETORNO ANUALIZADO E VOLATILIDADE DAS AÇÕES SECTORIAIS SETOR (CATEGORIA DE MORNINGSTAR)

Agricultura

RETORNO ANUALIZADO A 10 ANOS

7,97

A 5 ANOS

A 3 ANOS

RETORNO 12 M

8,76

10,11

23,99

RETORNO 2021

18,32

VOLATILIDADE 10 ANOS

12,51

5 ANOS

13,08

3 ANOS

15,89

Energia alternativa

12,59

19,97

32,43

26,87

4,62

15,56

17,48

21,49

Biotecnologia

16,09

10,27

10,79

3,53

0,24

20,65

19,07

20,87 14,41

Comunicações

8,52

6,19

13,66

20,70

14,45

11,25

12,47

Bens de consumo e serviços

11,18

9,42

12,78

16,70

10,75

11,49

12,28

15,15

Ecologia

12,25

13,35

19,12

24,25

14,05

12,71

14,23

17,53 30,30

Energia

1,59

0,03

-3,08

69,73

43,81

21,55

25,15

Serviços financeiros

10,07

12,09

13,14

44,40

26,12

16,44

19,01

23,61

Saúde

14,27

9,86

11,87

11,69

9,32

12,43

12,28

13,94

Materiais industriais

10,90

11,95

14,27

26,97

17,17

14,62

15,92

19,51

8,05

6,66

9,18

17,76

13,48

11,02

11,84

14,37

Infraestruturas Recursos naturais Tecnologia Utilities Água

1,50

7,65

9,91

36,32

21,86

18,59

19,23

23,10

18,51

21,79

28,42

26,98

17,19

14,14

15,38

18,32

7,99

8,40

12,08

6,70

5,45

10,94

12,64

14,38

13,07

11,33

17,14

25,83

16,12

11,76

13,10

15,90

Fonte Morningstar Direct. Dados a 30/9/2021 em euros.

os processos de digitalização, a nossa dependência do apêndice móvel ou a comida ao domicílio. O segundo setor mais rentável neste período tem sim uma componente mais atual, trata-se da biotecnologia, uma indústria frequentemente limitada pelos enquadramentos regulatórios, os calendários de patentes e os processos de autorização de tratamentos. O impacto da COVID-19, a rapidez na aprovação da vacina, a tecnologia ARN mensageiro e as suas possíveis aplicações a outros campos, deram alento à investigação médica de vanguarda. No outro extremo da mesa está o maltratado setor energético tradicional, que a 10 anos apenas regista cerca

de 1,59%% de rentabilidade anualizada, atormentado pela transição para uma economia com menos emissões e com maior eficiência. O seu magro resultado compara-se com a rentabilidade anualizada de 12,59% das energias alternativas, objeto de investimento de muitos fundos temáticos. Contudo, se olharmos para um prazo mais curto, desde o início do ano, a mudança de papeis é dramática. Enquanto as energias alternativas registam um retorno abaixo dos 5%, os seus pares convencionais sobem mais de 40%, refletindo em parte o efeito base depois da depressão de 2020. A ideia das megatendências é de que são fenómenos estruturais, mas nin-

NÃO SURPREENDE QUE O SETOR TECNOLÓGICO SEJA O MAIS RENTÁVEL A 10 ANOS COM UM RETORNO ANUALIZADO SUPERIOR A 18% NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 59


TENDÊNCIAS ESTRATÉGIAS

RETORNO/RISCO DOS FUNDOS SETORIAIS A 10 ANOS VS. MSCI WORLD ALL CAP 01/10/2011 - 30/09/2021 SETOR AÇÕES AGRICULTURA SETOR AÇÕES ENERGIA ALTERNATIVA SETOR AÇÕES BIOTECNOLOGIA SETOR AÇÕES COMUNICACIONAIS SETOR AÇÕES CONSUMO E SERVIÇOS

SETOR AÇÕES ECOLOGIA SETOR AÇÕES ENERGIA SETOR AÇÕES FINANÇAS SETOR AÇÕES SAÚDE SETOR AÇÕES MATERIAIS INDUSTRIAIS

SETOR AÇÕES INFRAESTRUCTURAS SETOR AÇÕES RECURSOS NATURAIS SETOR AÇÕES TECNOLOGIA SETOR AÇÕES UTILITIES SETOR AÇÕES ÁGUA

26,0

22,0

RETORNO ANUALIZADO %

18,0

14,0

10,0

6,0

2,0

-2,0 0,0

4,0

8,0

12,0

16,0

20,0

24,0

VOLATILIDADE % Fonte: Morningstar Direct.

guém está a salvo de vírus respiratórios nem de conjunturas adversas. O longo prazo é outra coisa.

PERSPETIVAS

No longo prazo, Mark van der Kroft, responsável de Tendências e Investimento Temático da Robeco, recorda que um enfoque de investimento temático e de tendências tem como objetivo identificar, de maneira coerente, que 60  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

empresas beneficiarão das mudanças estruturais no nosso contexto socioeconómico. “Esse processo começa com a identificação das megatendências por detrás dessas mudanças”, explica. Na Robeco, as três que identificaram são: tecnologias transformadoras (tecnologias disruptivas que derivam na chamada quarta revolução industrial), evolução sociodemográfica (envelhecimento da população, auge da classe média de


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A OPINIÃO DE ANA CARRISSO Senior sales manager, Fidelity International

RESULTADOS SUGEREM QUE, PARA CARTEIRAS COM MAIOR RENTABILIDADE E TOLERÂNCIA AO RISCO, ATÉ CERCA DE 20% DOS ATIVOS DEVEM SER ALOCADOS A AÇÕES TEMÁTICAS países emergentes, aparição dos nativos digitais) e, por último, a preservação da terra (produção de alimentos mais sustentáveis, sistemas energéticos mais limpos, veículos híbridos e elétricos). Para Alicia García, responsável da M&G Investments para Portugal, Espanha e Andorra, se tivesse que destacar duas temáticas de investimento relacionadas com as megatendências a médio e longo prazo, estas seriam infraestruturas cotadas e investimento de impacto. “Tratam-se de duas temáticas que passaram de estar apenas disponíveis para investidores institucionais a estar também para o cliente de retalho, dentro de um processo de democratização imparável destas classes de ativos”, assinala. Sobre as infraestruturas cotadas, García considera que por detrás do interesse está “a ação dos governos, que vão dedicar grande parte dos planos de expansão fiscal nos próximos anos à recuperação verde e às infraestruturas renováveis, tal como está a acontecer nos EUA com o Plano Biden. Para fechar o gap de investimento em infraestruturas existente teria que se investir 15 biliões de dólares a partir de agora até 2040”. Quanto ao investimento de impacto, na sua opinião, vai converter-se no principal protagonista do investimento sustentável. “Isto deve-se não só às suas caraterísticas (procurar gerar um impacto positivo, medível e substancial na sociedade e gerar uma rentabilidade

financeira), mas também à sua transversalidade. García explica que isto significa que “pode abordar-se a partir de diferentes âmbitos do investimento: tanto ações como dívida, e desde os mercados secundários, que apresentam maior liquidez, até aos primários. Do mesmo modo, pode acontecer através de ativos privados, o que inclui dívida privada, ativos reais e financeiros, assim como private equity”. Temáticas interessantes não faltam, mas importa questionar-se como investir nelas. Segundo as conclusões de um estudo da Pictet AM sobre o encaixe do investimento temático nas carteiras globais, realizado entre janeiro de 2017 e fevereiro de 2021, para uma estratégia de investimento em ações core-satélite, “o investimento temático em ações temáticas pode ser especialmente eficaz para alocar capital e aceder a fontes adicionais de alfa”. O estudo realiza uma simulação que combina carteiras globais com ações convencionais (MSCI All Countries Wold Index), um índice global de obrigações governamentais e uma alocação representativa de uma única estratégia temática de ações da gama Pictet AM. “Os resultados sugerem que, para carteiras com maior rentabilidade e tolerância ao risco, até cerca de 20% dos ativos deve alocar-se a ações temáticas”. Na hora de planificar, o poder da diversificação continua a ser vigente.

DESCARBONIZAR PARA ALCANÇAR AS EMISSÕES LÍQUIDAS ZERO As soluções para conseguir uma descarbonização de 80% já existem, mas ainda não se adotaram porque muitas ainda não são rentáveis. Por isso, as autoridades provavelmente incentivarão uma descarbonização mais rápida mediante mudanças normativas que poderão afetar a viabilidade de algumas atividades económicas, mas também fomentar a inovação e trazer uma clareza considerável às oportunidades de investimento. As empresas que adotem um enfoque ativo na hora de enfrentar as questões relacionadas com as mudanças climáticas provavelmente conseguirão recompensas, enquanto que as que não o fazem poderão ver ameaçada a sua existência. Os setores dedicados a essas soluções compõem um amplo conjunto de subtemáticas da descabonização. Algumas delas são relacionadas com os transportes limpos, assim como dedicadas aos trajetos partilhados: outras têm que ver com energias renováveis, o hidrogénio verde ou o armazenamento energético; e também são fundamentais as empresas que fazem o push da eficiência industrial e agrícola, a automatização e a revolução industrial 4.0 (apoiada na nuvem e no 5G). As distintas temáticas da descarbonização possuem catalisadores descorrelacionados, podendo assim propiciar uma ampla diversificação da carteira. NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 61


TENDÊNCIAS PLANIFICAÇÃO por Catarina Vinagre

PANDEMIA

TSUNAMI OU ONDAS PASSAGEIRAS NOS FLUXOS DOS FUNDOS MOBILIÁRIOS NACIONAIS? Já todos sabemos que a COVID-19 levou a quedas generalizadas nos mercados que rapidamente se converteram em subidas. Mas… qual foi o impacto nos fluxos? Como se comportaram os fluxos neste ano e meio de pandemia?

62  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

EVOLUÇÃO DOS ATIVOS SOB GESTÃO ALLOCATION

OUTROS

EQUITY

FIXED INCOME

MONEY MARKET

100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10%

Fonte: Morningstar. Dados a 30 de setembro de 2021.

JUL-21

AGO-21

MAI-21

JUN-21

ABR-21

FEV-21

MAR-21

JAN-21

DEZ-20

NOV-20

SET-20

OUT-20

JUL-20

AGO-20

MAI-20

JUN-20

ABR-20

FEV-20

MAR-20

DEZ-19

JAN-20

NOV-19

SET-19

OUT-19

JUL-19

AGO-19

MAI-19

JUN-19

ABR-19

FEV-19

MAR-19

0% JAN-19

N

os últimos anos os mercados navegaram sem grandes ondas, mas em março de 2020 a crise pandémica surgiu como um tsunami e provocou o bear market mais rápido da história. Porém, os mercados recuperaram, muito por culpa dos empurrões dados pelos planos de estímulos, tanto monetários como fiscais, levados a cabo pelos distintos governos e bancos centrais. Mas… e se olharmos para os fluxos dos fundos de investimento? Terá a pandemia causado mudanças categóricas ou apenas passageiras? E para onde fluiu o dinheiro? A FundsPeople pegou na balestilha e foi descobrir para que lado remam as


FLUXOS POR CATEGORIAS NOS FUNDOS MOBILIÁRIOS NACIONAIS ALLOCATION

ALTERNATIVE

EQUITY

FIXED INCOME

MISCELLANEOUS

MONEY MARKET

400 300 200 100 0 -100 -200

JUL-21

AGO-21

JUL-21

AGO-21

MAI-21

JUN-21

MAI-21

ABR-21 ABR-21

JUN-21

FEV-21

MAR-21

JAN-21 JAN-21

FEV-21

DEZ-20 DEZ-20

MAR-21

OUT-20

NOV-20

OUT-20

SET-20 SET-20

NOV-20

AGO-20 AGO-20

JUL-20

JUN-20

MAI-20

ABR-20

FEV-20

MAR-20

DEZ-19

JAN-20

OUT-19

NOV-19

SET-19

AGO-19

JUL-19

JUN-19

MAI-19

ABR-19

FEV-19

MAR-19

JAN-19

-300

EM FUNDOS DE OBRIGAÇÕES EUROPE FIXED INCOME

FIXED INCOME MISCELLANEOUS

GLOBAL FIXED INCOME

200 150 100 50 0 -50 -100 -150 -200 -250

JUL-20

JUN-20

MAI-20

ABR-20

FEV-20

MAR-20

DEZ-19

JAN-20

OUT-19

NOV-19

SET-19

AGO-19

JUL-19

JUN-19

MAI-19

ABR-19

FEV-19

MAR-19

JAN-19

-300

Fonte: Morningstar Direct. Dados a 30 de setembro de 2021. Em milhões de euros.

entradas de novo dinheiro nos fundos mobiliários nacionais por categoria distinguindo entre o pré e o pós-pandemia. Começando pelos ativos sob gestão, entre janeiro de 2019 e agosto de 2021, não se registaram alterações significativas. Contudo, as maiores variações aconteceram precisamente em março de 2020 quando a pandemia teve o seu boom e os confinamentos e as restrições começaram.

A categoria que mais sofreu em termos absolutos foi, como seria de esperar, a que representa uma percentagem maior na carteira dos fundos: a de allocation. Entre fevereiro e março do ano passado, dos ativos sob gestão do segmento saíram mais de 800 milhões de euros. Porém, a partir de então a categoria foi crescendo gradualmente, salvo ligeiras quedas pontuais. Em agosto de 2021 já ascendia a mais de NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 63


TENDÊNCIAS PLANIFICAÇÃO

FLUXOS POR CATEGORIAS EM FUNDOS DE ALOCAÇÃO AGGRESSIVE

MISCELLANEOUS

CAUTIOUS

FLEXIBLE

MODERATE

250 200 150 100 50 0 -50 -100 -150

JUL-21

AGO-21

JUL-21

AGO-21

MAI-21

JUN-21

MAI-21

JUN-21

ABR-21

MAR-21

FEV-21

JAN-21

DEZ-20

OUT-20

NOV-20

SET-20

AGO-20

JUL-20

JUN-20

MAI-20

ABR-20

FEV-20

MAR-20

DEZ-19

JAN-20

OUT-19

NOV-19

SET-19

AGO-19

JUL-19

JUN-19

MAI-19

ABR-19

FEV-19

MAR-19

JAN-19

-200

EM FUNDOS DE AÇÕES ASIA EQUITY

EUROPE EQUITY LARGE CAP

US EQUITY LARGE CAP BLEND

GLOBAL EMERGING MARKETS EQUITY

60 50 40 30 20 10 0 -10 -20

ABR-21

MAR-21

FEV-21

JAN-21

DEZ-20

OUT-20

NOV-20

SET-20

AGO-20

JUL-20

JUN-20

MAI-20

ABR-20

FEV-20

MAR-20

DEZ-19

JAN-20

OUT-19

NOV-19

SET-19

AGO-19

JUL-19

JUN-19

MAI-19

ABR-19

FEV-19

MAR-19

JAN-19

-30

Fonte: Morningstar Direct. Dados a 30 de setembro de 2021. Em milhões de euros.

9,8 biliões de euros. Um valor bastante significativo quando comparado com os 6,5 e 5,7 biliões que representava em 2020 e 2019, respetivamente. Porém, em termos relativos, o maior impacto foi mais sentido, como seria de esperar, pelas ações. O segmento registou uma queda de 272 milhões, o que 64  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

se traduz em menos 16%. Ainda assim, conseguiu rapidamente recuperar e até agosto de 2021 cresceu 47%, tendo os ativos sob gestão ascendido a 1.615 milhões de euros. Na mesma linha, a categoria de fixed income também perdeu ativos sob gestão: 453 milhões de euros (10%). E,


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A OPINIÃO DE ANA CLAVER GAVIÑA, CFA Responsável de negócio para a Península Ibérica, América Latina e US Offshore, Robeco

EM MARÇO DE 2020, TODAS AS CATEGORIAS ENFRENTARAM SAÍDAS RELEVANTES. AS AÇÕES FORAM O SEGMENTO QUE MAIS RÁPIDO RECUPEROU

tal como as ações, também foi experienciando um movimento de subida ao longo de 2020, embora mais lento. Só em julho do ano passado conseguiu realmente recuperar.

SUBSCRIÇÕES LÍQUIDAS

Olhando agora para as subscrições líquidas por categorias nos fundos mobiliários com cunho português, as variações são claras no período em análise. Em março de 2020, todas as categorias enfrentaram saídas relevantes. As ações, em abril, voltaram aos fluxos positivos. Todas as restantes entraram em junho com entradas positivas e o comportamento no resto do período foi muito favorável para o mercado em geral. No campo das obrigações, a grande categoria em termos absolutos, europe fixed income, enfrentou apenas três meses de saídas em 2020, de março a maio. Desde então os fluxos de entradas têm-se revelado fortes. Este movimento de saída no fecho do primeiro trimestre de 2020 também se registou nas outras categorias, particularmente, nas ações embora o impacto em termos de fluxos tenha sido reduzido. O mês de março impactou negativamente o segmento, no entanto, com o desenrolar da recuperação, as principais categorias de equity mostraram um comportamento muito positivo durante o resto do ano. Destaque para as ações europeias large cap, que atingiram um pico de entradas em março de 2021, mas rapi-

damente voltaram a terreno negativo nos meses seguintes. Uma dinâmica semelhante viu-se na categoria US Equity Large Cap Blend, mas no mês de abril de 2020. No caso da categoria de allocation, podemos afirmar que, tirando o percalço de março de 2020 e dos dois meses seguintes, a tendência manteve-se. Os fluxos continuaram maioritariamente a dirigir-se para a categoria de cautious allocation, que recuperam rapidamente o fulgor em termos de subscrições líquidas. As entradas para fundos de alocação moderada demoraram mais a recuperar os níveis que vinham a registar pré-pandemia. Só em novembro de 2020 é que receberam um impulso positivo em termos de fluxos. Ainda assim, os investidores nacionais parecem estar com mais apetite pelo risco, já que as entradas em fundos de alocação mais agressivos, que vinham a registar movimentos negativos ao longo de 2019 e no princípio de 2020, terminaram o resto do período em análise a registar um crescimento significativo. Voltando à questão inicial… Terá a pandemia causado alterações nos fluxos de fundos por categoria? Sim, mas não como se esperava inicialmente. Apesar do efeito negativo que teve em março de 2020 nos mercados, a verdade é que a crise pandémica levantou ondas, mas não levou a uma mudança na maré. As tendências mantiveram-se e os ativos sob gestão cresceram.

A CIMEIRA CLIMÁTICA E PROCURA DE SOLUÇÕES Teve lugar em novembro a chamada COP 26, tema estrela na comunidade sustentável e financeira. Embora alguns temas tenham ficado em stand-by, assumiram-se compromissos importantes, como a intenção de se reduzirem as emissões líquidas de carbono. Este é um dos temas sobre os quais a Robeco tinha mais expetativas, querendo ver reforçadas as políticas de emissões líquidas zero. A Robeco tentará alcançar a neutralidade em emissões em todas as suas estratégias relativamente aos riscos do clima e com o Acordo do Paris. Avançar na proteção do meio natural, como fazemos na Robeco mediante o financiamento de créditos de carbono e programas de interação. Fomentar a estimulação do fluxo de capitais para a ação climática, âmbito onde a Robeco oferece os seus fundos climáticos e temáticos, e a melhoria na transparência na publicação da informação climática, como avança a regulação. Na Robeco acreditamos que os investidores devem assumir um papel de liderança e saber ver a oportunidade de transformação em direção a um planeta mais sustentável. A sustentabilidade é agora um motor chave para a inovação: a procura de soluções face às mudanças climáticas está a impulsionar a inovação tecnológica a um ritmo sem precedentes. Aproveitamos a oportunidade. NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 65


TENDÊNCIAS LEGAL por José Costa Pinto

SUSTENTABILIDADE E GOVERNANCE

NO LIMIAR DE UM NOVO ANO

2021 trouxe um conjunto muito relevante de iniciativas no que concerne o investimento responsável. Mas qual será o seu impacto verdadeiro na gestão de ativos em 2022?

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debate da sustentabilidade do planeta atingiu em cheio a indústria da gestão de ativos e financeira em geral. Há quem lhe chame uma segunda oportunidade, depois dos danos reputacionais causados à indústria pela última crise financeira. Há quem lhe chame uma agenda vazia de conteúdo e repleta de oportunismo, reforçado pelo interesse político sobre o tema. A verdade é que vivemos hoje na indústria um tempo em que já não é possível dispensar da agenda o tema do desenvolvimento sustentável, exigindo-se dos agentes políticas sérias e mensuráveis de ESG. Como escrevi há uns meses, vivemos tempos em que “diz-me com que ESG andas, eu dir-te-ei quem és”, que bem se reflete em inúmeros estudos e dados que indicam que os fundos sustentáveis são os mais atrativos para os investidores. Do ponto de vista regulatório, o ano de 2021 trouxe-nos um conjunto de iniciativas públicas muito relevantes nestas matérias, designadamente um pacote de medidas regulatórias aprovadas no dia 21 de abril de 2021, que terão impacto no ano de 2022 na gestão de ativos. Esta iniciativa protagonizada pela Comissão Europeia, com uma vastíssima abrangência prática e material, visou promover o quadro legislativo adequado a neutralidade climática da Europa até 2050, o que é visto como

um dos grandes objetivos em termos de sustentabilidade. Neste campo, e com efeitos para o ano de 2022, destaque-se deste pacote de medidas as regras previstas na diretiva delegada, publicada já em agosto de 2021, que consagra um conjunto de regras que definem os fatores de sustentabilidade que devem ser tidos em conta pelos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários. Destaque-se igualmente a densificação dos deveres de reporte em matérias não financeiras, que tem sido acompanhada por uma maior exigência dos investidores institucionais sobre as sociedades gestoras.

AUMENTA-SE A PRESSÃO SOBRE OS CONSELHOS DE ADMINISTRAÇÃO E A GESTÃO EXECUTIVA DAS ENTIDADES DE GESTÃO DE ATIVOS

PROPÓSITO DAS EMPRESAS

Do ponto de vista do corporate governance, esta tendência veio dar enfâse à evolução da perspetiva sobre o propósito das empresas, tornando-o ainda mais abrangente. Se há anos atrás todos concordaríamos que o principal propósito das empresas era gerar valor para os seus acionistas, hoje como comunidade exigimos que as empresas tenham uma visão direcionada para múltiplos interessados, muito para além dos seus acionistas. Hoje, exigimos que as empresas pensem também nos seus trabalhadores, nos seus parceiros, clientes, fornecedores e nos membros da comunidade em que se insere. Esta tendência, não sendo nova, ganhou e está a ganhar protagonismo NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 67


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TENDÊNCIAS LEGAL

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A OPINIÃO DE MIGUEL LUZARRAGA Responsável para a Península Ibérica, AllianceBernstein

PERTURBAÇÃO DA INFLAÇÃO: EMPRESAS INOVADORAS PODEM ILUMINAR O CAMINHO

NÃO PODEMOS DESCURAR O IMPACTO QUE AS NOVAS MEDIDAS REGULATÓRIAS TÊM NA GESTÃO DE ATIVOS E QUE OBRIGAM A A UMA PERMANENTE ATUALIZAÇÃO

com as discussões sobre os padrões de ESG, em particular nos mercados de capitais e em indústrias como as da gestão de ativos. Ao exigir-se o desdobramento dos deveres fiduciários dos administradores para uma multiplicidade de destinatários e imprimindo-lhe como base de ação os três eixos do ESG, aumentamos a exigência das entidades gestoras (pensando na gestão de ativos em particular) e abrimos espaço a um conjunto de desafios. Em primeiro lugar, aumenta-se a pressão sobre os conselhos de administração e a gestão executiva das entidades de gestão de ativos na definição e execução do propósito dos fundos que têm sob sua gestão, conferindo ainda uma maior amplitude e um acréscimo dos deveres fiduciários dos respetivos membros. 68  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

Um segundo desafio, decorrente do primeiro, relativamente à composição e funcionamento do conselho de administração, em particular quanto à sua diversidade. Há questões interessantes que se podem colocar nesta sede, designadamente se um dia não corremos o risco dos conselhos de administração se terem que tornar quase uma espécie de concertação social, tal o número de especialistas que tem de abarcar para responder aos diferentes stakeholders e ao sem número de interesses dos mesmos.

IMPACTO

Por fim, um terceiro desafio no que respeita à definição e concretização dos próprios critérios do ESG e à sua aplicação. Saber quem define, com que métricas e critérios é indispensável para que o mercado e os investidores possam avaliar efetivamente se o fundo onde investem tem práticas de sustentabilidade. Não há nada pior que beneficiar o infrator e o greenwashing é uma realidade que tem de ser considerada de formar muito séria, pois a meia-verdade será sempre pior que uma mentira. Pelos vários desafios que trazem, não podemos descurar o impacto que as novas medidas regulatórias têm na gestão de ativos e que obrigam a a uma permanente atualização e mudança. Certos de que na vida “a única constante é a mudança”, como escrevia o filósofo pré-socrático Heraclito de Éfeso (ainda) bem antes do ano zero, caberá a todos os responsáveis da gestão de ativos trabalhar para acomodar estas alterações.

Historicamente, a inflação e as taxas em subida não são amigas de empresas de elevado crescimento. No entanto, a tendência está também a gerar inovação e oportunidades para os investidores de longo prazo. Na indústria automóvel, os ganhos dos construtores de automóveis estão a ser atingidos pela escassez de microchips. As empresas inovadoras estão a apressar-se a ajudar, fornecendo tecnologia e software inteligentes para fortalecer as cadeias de fornecimento globais e ajudar a produção, armazenamento, transporte e logística a recuperar. A energia também está a ser reimaginada. Hoje, o gás e o carvão ainda representam mais de 50% da produção global de energia. Acelerar o investimento em iniciativas e alternativas energéticas criativas é o melhor caminho para reduzir a dependência global de fontes cada vez mais caras prejudiciais ao clima. Isto criará oportunidades de investimento em soluções de energia alternativas disruptivas. A inflação e o aumento das taxas podem afetar os preços a curto prazo das empresas em rápido crescimento e inovadoras. Acreditamos que a inovação disruptiva é um motor deflacionista. Mas em áreas onde as forças inflacionistas serão mais permanentes, os disruptores desempenharão um papel ainda mais crítico a longo prazo na condução dos desafios de uma economia póspandemia, proporcionando maiores oportunidades e um crescimento surpreendentemente rápido.


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TENDÊNCIAS ADVISORY

por Margarida Pinto

GRÃO A GRÃO…

ENCHE-SE O MONTANTE DE FUNDOS ESTRANGEIROS COMERCIALIZADOS EM PORTUGAL Os fundos estrangeiros comercializados no retalho são já uma força motriz do montante total investido neste segmento em Portugal. Um montante pequeno, é certo, mas que tem mostrado uma grande resiliência e crescimento.

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equeno, pouco competitivo e bem mais reduzido do que o vizinho espanhol. São epítetos que estamos habituados a escutar quando se tecem considerações sobre o negócio de fundos de investimento em Portugal. A escala não é grande, é verdade. Mas como diz o ditado popular: “Grão a grão enche a galinha o papo”. Por outras palavras, o mercado tem crescido. E o de distribuição de fundos estrangeiros no retalho não é exceção. O último relatório Global Distribution Funds da consultora PwC, mostrava mesmo que Portugal se configurava como o mercado com maior número de registos de fundos transfronteiriços em 2020. Genericamente, o mercado de fun-

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dos estrangeiros no nosso país valia, nesse mesmo ano, 32 mil milhões de euros, segundo dados da EFAMA (European Fund and Asset Management Association). As contas recentes da FundsPeople, com base numa profunda análise dos vários segmentos de mercado que investem nesta tipologia de produto, mostram um valor muito próximo do da associação europeia: 26,29 mil milhões de euros. Precisamente um dos segmentos que a cada trimestre surpreende em crescendo, é o da comercialização de OICVM estrangeiros em Portugal, protagonizado atualmente, e segundo a CMVM, por 17 entidades. Falamos da face mais democrática do segmento, já que se trata do negócio que leva estes produtos ao retalho.


EVOLUÇÃO DOS MONTANTES COMERCIALIZADOS AO RETALHO EM OICVM ESTRANGEIROS EM PORTUGAL (EM MILHÕES DE EUROS) 5.500 5.000 4.500 4.000 3.500 3.000

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EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE OICVM ESTRANGEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA EM PORTUGAL 150 145 140 135 130 125 120

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Fonte: Elaboração própria, com dados da CMVM.

Nos últimos cinco anos, podemos dizer que o montante comercializado nestes fundos passou por várias fases, mas a grande tónica é de crescimento, como é visível no gráfico acima. No final de 2016, o montante comercializado nestes produtos ainda não chegava aos 3.000 milhões de euros, valor que foi crescendo ao longo do tempo, e que em março atingiu um novo record: mais de 5.000 milhões. O maior baque no período, foi, claro, o irromper da pandemia, mas pode dizer-se que foi também o grande trampolim para uma aceleração fortíssima nos montantes comercializados nestes fundos, nos trimestres que se seguiram. O número de OICVM estrangeiros, segundo dados da CMVM, tam-

bém tem apresentado uma trajetória crescente. Os 145 atuais, contrastam fortemente com o universo que existia cinco anos antes.

DOMINÂNCIA

Neste domínio, há uma entidade que se destaca, sem sombra de dúvidas, das restantes. A sucursal do ABANCA em Portugal é quem domina o montante comercializado em OICVM estrangeiros, com uma quota de mercado que ronda os 24%, e cerca de 1.200 milhões de euros de montante comercializado em fundos estrangeiros. Uma herança que vem já do tempo em que o Deustsche Bank operava em Portugal, antes do banco espanhol comprar as suas operações no

INSIGHTS PORTUGAL: O que os números nos dizem sobre quanto vale o mercado português de fundos estrangeiros https://bit.ly/3cOgGX4 NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 71


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TENDÊNCIAS ADVISORY

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A OPINIÃO DE

QUOTA DE MERCADO DAS ENTIDADES COMERCIALIZADORAS DE FUNDOS ESTRANGEIROS EM PORTUGAL ABANCA BANKINTER- SUCURSAL EM PORTUGAL BPI BCP SANTANDER TOTTA BEST NOVO BANCO BIG BBVA BANCO INVEST ATRIUM INVESTIMENTOS ACTIVOBANK CORUM ASSET MANAGEMENT - SUC. EM PORTUGAL BANCO CARREGOSA EUROBIC BANCO FINANTIA EDMOND DE ROTHSCHILD - SUC. EM PORTUGAL MERCER GLOBAL INVESTMENTS EUROPE LIMITED POPULAR 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%

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Fonte: Elaboração própria, com dados da CMVM.

país. Contudo, a entidade tem vindo a consolidar esse montante ao longo do tempo. O BCP e o Bankinter - sucursal em Portugal, disputam o segundo e terceiro lugares, com um volume de 825 e 800 milhões de euros, respetivamente, e com uma quota de mercado que ronda os 15% em ambas as entidades. Deste modo, fica visível que a distribuição ao retalho de fun72  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

dos estrangeiros é já uma fatia relevante do montante total investido em fundos estrangeiros em Portugal e, ao que tudo indica, trata-se de um montante que continuará a crescer nos próximos tempos. A atratividade do mercado nacional confirma-se assim não pela dimensão atual, mas pelo caminho de crescimento que tem vindo a trilhar. Grão a grão, enche a galinha o papo…

LAURA DONZELLA Responsável de Distribuição Institucional e de Retalho para a Península Ibérica, América Latina e Ásia, Nordea AM

A ABORDAGEM DAS ESTRATÉGIAS ESG STARS A COVID-19 tem tido um grande impacto na economia mundial e alterou a forma de fazer negócios. Esta mudança de paradigma trouxe luz à importância das considerações ESG nas empresas e carteiras de investimento. Como investidores, temos a responsabilidade de promover mudanças urgentes, e de ter em conta as questões de sustentabilidade. É por isso que com a nossa gama ESG STARS oferecemos uma perspetiva de investimento sustentável única. A nossa gama ESG STARS baseia-se na crença de que as empresas e os emissores que integram métricas ESG nas suas decisões estratégicas serão os vencedores do futuro. A força do nosso foco em ESG consiste no facto dos nossos gestores integrarem a investigação ESG em todos os passos do processo de investimento. Dentro da nossa investigação ESG, os gestores da carteira trabalham em estreita colaboração com a equipa de Investimentos Responsáveis, à medida que realizam as avaliações dos modelos de negócio das empresas e estabelecem diálogos com estas conjuntamente. Os nossos produtos ESG STARS não podem investir em empresas com a classificação C. Estas pontuações também impactam as valuations que os gestores alocam às ações, uma vez que refletem tanto os riscos como as oportunidades ESG que as empresas enfrentam.


Material promocional

PLENISFER INVESTMENTS SICAV DESTINATION VALUE TOTAL RETURN: UM FUNDO NÃO LIMITADO PELOS ÍNDICES Mauro Ratto

co-CIO, Plenisfer Investments.

Plenisfer Investments faz parte da plataforma Generali Investments Quando criámos o Plenisfer Investments SICAV - Destination Value Total Return Funds, juntamente com um grupo de parceiros com muita experiência, decidimos voltar à prática de investir como quando começámos no setor. O objetivo era afastar-nos do negócio da gestão de ativos. Consideramos que trinta anos daquilo a que chamo benchmarkização do mercado deram lugar a uma visão muito compartimentada dos investimentos que torna muito difícil identificar e aproveitar oportunidades. E isto, igualmente, leva à saturação de certas classes de ativos e, por vezes, a uma concentração muito elevada do risco. Por outro lado, decidimos optar por uma abordagem não restrita e orientada para os objetivos que nos libertou das correntes do benchmarking e nos permitiu tirar partido de todo o espetro de oportunidades de investimento.

Na China, direcionamos a seleção de valores para empresas expostas à economia nacional. Aplicámos coberturas parciais à nossa carteira chinesa utilizando futuros para minimizar a exposição à beta do mercado.

Porquê investir neste fundo? Num mundo em que muitos fundos alternativos multiativos fortemente comercializados não foram tão resistentes como se esperava, estamos convencidos de que a vantagem competitiva só pode vir do processo de cultura e investimento. Os meus parceiros e eu estamos confiantes na nossa abordagem, pois baseia-se em toda a nossa formação profissional. Despejar a nossa experiência coletiva numa empresa emergente permite-nos a liberdade, até o luxo, de desenhar o nosso próprio processo de investimento e equipa.

Data da criação

4 de maio de 2020

Processo de invertimento

Processo de investimento O objetivo deste Subfundo é alcançar um retorno total ajustado ao risco acima do ciclo de mercado - criando valor através de um retorno total ajustado ao risco. A obtenção de uma valorização do capital a longo prazo e do rendimento subjacente através de um enfoque a longo prazo na avaliação e nos ciclos de mercado são essenciais para atingir os objectivos do Subfundo. Não pode haver garantia de que o objetivo do investimento será alcançado ou de que haverá um retorno sobre o patrimônio líquido. O subfundo tem uma carteira multi-ativos e multi-estratégia construída com um objetivo específico. Como meta interna esperada, pretendemos atingir 8% ao ano. em dólares, bruto, com volatilidade patrimonial <75% ao longo do ciclo (> 5 anos). É um retorno de destino interno esperado e não é garantido. O portfólio tem uma abordagem de alta convicção e sem benchmarks. A seleção dos títulos está ancorada em avaliações fundamentais. Ao mapear para estratégias proprietárias em vez de classes de ativos, o portfólio identifica oportunidades idiossincráticas em um conjunto de oportunidades de classes de ativos tradicionais e alternativas. Uma meta importante do portfólio é alcançar a verdadeira diversificação usando o tempo e a correlação como diversificadores-chave.

Sociedade gestora

Generali Investments Luxembourg S.A.

Gestor financeiro

Plenisfer Investments Management SGR S.p.A.

Moeda

Euro

Depositário

State Street Bank International GmbH, Luxembourg Branch

Tipo de fundo

SICAV domiciliado no Luxemburgo (UCITs)

SFDR*

Artigo 6

Estratégias vs. alocação de ativos O fundo contempla um vasto universo de investimento que permite à equipa investir tanto em pontos-chave geográficos como atendendo às classes de ativos; efetivamente, pode investir em qualquer coisa. Esta abordagem foi possível graças à sólida experiência da nossa equipa, que desenhou a estratégia e o processo. A alocação é feita com base em estratégias específicas, que permitem adaptar o conceito de investimento ao objetivo de rentabilidade e risco de forma muito mais eficaz. Na Plenisfer chamamos a isto a nova abordagem ativa. O fundo é apoiado por cinco estratégias para gerar retorno. Acreditamos que isso permite-nos adaptar muito melhor as ideias de investimento aos nossos objetivos de rentabilidade e risco. Em primeiro lugar, adotámos uma estratégia de income que persegue, e até agora alcançou, cash flows estáveis. Para isso, usamos os spreads da dívida corporativa e soberana, bem como as ações que pagam dividendos. Com esta estratégia, o fundo tem obtido retornos acima do seu objetivo de rentabilidade, apesar da redução progressiva da exposição líquida às ações. Depois, há a estratégia de compounders, com a qual procuramos contribuir significativamente para o retorno global em termos de revalorização do capital. Focamo-nos em títulos de qualidade growth, capazes de gerar retorno composto. Em terceiro lugar, utilizamos uma estratégia macro, que, por sua vez, combina taxas de juro e de divisas para gerar rentabilidade total.

Uso de alternativos A estas estratégias é adicionada uma estratégia de ativos alternativos não correlacionados (principalmente ouro), embora também consideremos a volatilidade como uma classe de ativos e, recentemente, adicionámos alguns certificados de emissões de carbono. Por último, esta última estratégia abrange situações especiais, tanto em ações como em obrigações. Esta é uma área interessante dado o seu caráter idiossincrático e a sua falta de correlação com o resto do portefólio. Penso que estamos num ponto de inflexão no qual chama à atenção essa subida temporária da inflação que, na realidade, parece estar a tornar-se uma tendência sustentada ao longo do tempo. Neste contexto, a velha escola da gestão de ativos lutará para proporcionar uma rentabilidade adequada. Pelo contrário, a natureza restrita desta nova abordagem ativa proporciona ao fundo a capacidade de adaptar a geração de ideias de investimento ao objetivo, tanto em termos de risco como de retorno.

Objetivo de rentabilidade próprio das ações O objetivo interno do fundo é gerar um retorno anualizado de 8% (expresso em dólares americanos e em bruto) com uma volatilidade das ações inferior a 75%, ao longo do ciclo económico. É, de facto, um objetivo atrativo, mas se conseguirmos concretizar a nossa proposta, pode satisfazer um vasto leque de clientes como componente eficaz de crescimento de uma carteira. Até agora, estamos muito satisfeitos com o desempenho. O fundo foi lançado em maio de 2020, logo após o pico inicial da COVID-19. Um dos nossos primeiros passos foi tirar partido da recuperação, liderada pela China, utilizando as estratégias de income e compunders composto com resultados muito positivos. Posteriormente, a nossa visão do mercado após a vitória de Joe Biden resultou numa maior exposição a matérias-primas e alguma exposição a mercados em atraso, como as ações europeias, bem como numa alocação bastante considerável a situações especiais. No segundo semestre de 2020 houve uma exposição cíclica muito intensa.

O que esperar do contexto económico? No início de 2021, acreditávamos que a recuperação pós-COVID-19 estava numa fase bastante avançada e, consequentemente, o fundo reduziu a sua exposição a ações. Continuamos a fazer ajustes de acordo com diferentes cenários. O que não está a ser descontado, no entanto, é o que pode acontecer nos próximos um ou dois anos, como o aumento da presença do setor público. Quanto à economia global, esperamos que as políticas fiscais e monetárias apoiem o ciclo económico. Nos EUA, as políticas pró-cíclicas e, com o tempo, o projeto de lei sobre infraestruturas, mais do que apoiar o ciclo, pode acelerar a transição global; ou seja, o conjunto de medidas que os governos devem tomar para resolver os problemas ambientais e sociais. O Plenisfer Destination Value Total Return Fund está posicionado para beneficiar das oportunidades de investimento que vêm com a transição global.

O papel das coberturas Embora o fundo não as introduza sistematicamente, as coberturas são praticamente uma sexta estratégia. Estamos muito conscientes dos tailwinds e aplicamos as coberturas correspondentes, capitalizando o nosso processo de investimento. Por exemplo, vamos cobrir o risco de desvantagem nos mercados de ações com posições curtas nos spreads de crédito e proteger o mercado de CDS. Outro risco que detetámos é o que chamamos de risco de fusão de mercado, que tem aparecido em alguns segmentos do mercado. O fundo conseguiu identificar oportunidades e ganhar exposição, por exemplo, a ativos alternativos e opções a médio prazo no mercado europeu.

*SFDR: Sustainable Finance Disclosure Regulation

Classe

XH Acc.

Data da criação

16 de outubro de 2015

ISIN

LU2087694480

Comissão de venda

n.a

Comissão de reembolso

5%

Comissão de gestão

0,90%

Comissão de desempenho

15% ao ano em desempenho positivo acima do "Índice SOFR"

Menor riesgo

Mayor riesgo

Menor potencial de rentabilidad

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Mayor potencial de rentabilidad

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Principais riscos *: risco de crédito, derivativos, liquidez, geográfico, operacional e de depositario Os dados históricos, como os utilizados para calcular o indicador de risco sintético, não podem ser considerados uma indicação fiável do perfil de risco futuro do subfundo. A categoria de risco associada ao fundo não é garantida e pode mudar com o tempo. * Os fatores de risco estão totalmente descritos no prospecto disponível em nosso website, www.generali-investments.com, ou no da Generali Investments Luxembourg S.A. (empresa gestora da Generali Investments SICAV), em www.generali-investments.lu, ou através dos nossos distribuidores.

Almudena Mendaza Head of Sales Iberia

Juan Pita Da Veiga Sales Manager

Contacte-nos: Almudena.MendazaSanz@generali-invest.com

Contacte-nos: juan.pita@generali-invest.com

www.generali-investments.com Plenisfer Investments SICAV Destination Value Total Return é um subfundo da Generali Investments SICAV (uma empresa de investimento designada como “société d'investissement à capital variable” com vários subfundos estabelecidos de acordo com o quadro jurídico do Grão-Ducado do Luxemburgo) e gerido por Plenisfer Investments Management SGR S.p.A.. O subfundo foi autorizado para distribuição em Portugal. A informação contida neste documento tem o único propósito de fornecer informação geral sobre os produtos e serviços da Generali Investments Partners Spa Società di gestione del risparmio. Não deve ser entendido em qualquer caso como oferta, recomendação ou incentivo à subscrição de unidades / títulos de sociedades de investimento coletivo em valores mobiliários, nem como oferta de serviços de investimento. Não está vinculado a nenhum contrato ou compromisso, nem tem a intenção de formar a base deles. Não será considerada uma recomendação de estratégia de investimento explícita ou implícita ou um instrumento de assessoria neste assunto. Antes de assinar uma oferta de serviços de investimento, cada potencial cliente receberá periodicamente todos os documentos exigidos pela regulamentação em vigor. Esses documentos devem ser lidos com atenção antes de fazer uma escolha de investimento. Generali Investments Partners S.p.A. A Società di gestione del risparmio, que atualiza periodicamente o conteúdo deste documento, não assume qualquer responsabilidade por possíveis erros ou omissões, nem por danos derivados do uso indevido das informações fornecidas. A rentabilidade registrada por um produto no passado não constitui garantia de resultados futuros. O fundo apresenta risco de perda de capital. Nenhuma garantia é dada quanto à correspondência aproximada da rentabilidade futura de tais investimentos. Antes de tomar qualquer decisão de investimento, o cliente deve ler atentamente, quando apropriado, o formulário de inscrição e a documentação da oferta (incluindo o DFI, o folheto informativo, o regulamento do fundo ou o estatuto, conforme o caso), que você deve entregar antes de assinar . A documentação da oferta está disponível a qualquer momento, gratuitamente e nos idiomas correspondentes no nosso site (www.generali-investments.com), no site da Generali Investments Luxembourg SA (sociedade gestora da Generali Investments SICAV) (www .generali-investments) .lu) e através dos distribuidores. Uma cópia impressa da documentação da oferta também pode ser solicitada gratuitamente à Sociedade Gestora. Note que a Sociedade Gestora pode decidir cancelar os acordos celebrados para a comercialização do fundo em questão, em conformidade com o artigo 93 bis da Diretiva 2009 / 65 / CE e artigo 32 bis da Diretiva 2011/61 / UE. Para obter um resumo dos seus direitos como investidor e as diretrizes para uma ação individual ou coletiva em uma disputa sobre produtos financeiros no nível da UE e no seu país de residência, consulte a documentação da oferta do fundo na seção: «Sobre nós» no seguinte link: www.generali-investments.com. A Generali Investments pertence ao Grupo Generali, criado em 1831 em Trieste com o nome de Assicurazioni Generali Austro-Italiche. Generali Investments é uma marca comercial da Generali Investments Partners S.p.A. Società di gestione del risparmio, Generali Insurance Asset Management S.p.A. Società di gestione del risparmio, Generali Investments Luxembourg S.A. e Generali Investments Holding S.p.A..


TENDÊNCIAS I+D por Pedro Tomé

O IMPACTO DA POLÍTICA MONETÁRIA MODERNA NA RELAÇÃO

FLUXOSPERFORMANCE EM FUNDOS DE AÇÕES

A forma como os fluxos de e para fundos de investimento de ações se comportam, mostra uma relação com os movimentos das taxas de juro diretoras. Contudo, a abordagem de política monetária dos bancos centrais na última década coloca adicional complexidade nesta análise. 74  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO


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desenvolvimento da minha tese de mestrado com o título The impact of monetary policy on the mutual fund flow-perfomance relationship, teve como principal objetivo perceber o impacto da política monetária nos fluxos que entram e saem, e no desempenho de fundos de investimento de ações. Uma vez que estes fundos têm, na generalidade, uma relevância sistémica para o tecido económico, importa perceber de que modo a definição da política monetária impacta, ou não, os mesmos. Adicionalmente, e sendo uma forma de investimento não só institucional, mas também de retalho, é importante perceber a efetividade da transmissão da definição das taxas de juro de política monetária neste setor. Uma vez que os bancos centrais definem o custo do dinheiro, que é posteriormente aplicado para a economia real por via dos bancos tradicionais, é expectável que, num segmento como este, sistémico, haja uma reação por parte dos investidores nas suas ações de investimento aquando movimentos da taxa de juro diretora. É essa expetativa que serve de hipótese primá-

ria para este estudo, havendo, é claro, um nível de granularidade acentuado. A literatura sobre este tema em concreto é, no meu entender, insuficiente face à relevância do mesmo, algo que suscitou uma curiosidade acrescida, especialmente na questão associada à relevância e confirmação estatísticas sobre as expectativas genéricas ligadas a este tema. Aliando este facto a uma crescente preponderância das autoridades monetárias no combate aos efeitos adversos no tecido económico-financeiro resultantes de crise financeira global de 2007/08, torna esta investigação ainda mais premente. De seguida apresenta-se, não só uma visão geral dos dados utilizados, bem como uma leitura qualitativa de alguns dos resultados mais relevantes obtidos.

AUMENTOS (DIMINUIÇÕES) CONSISTENTES DAS TAXAS DE POLÍTICA MONETÁRIA RESULTAM EM SAÍDAS (ENTRADAS) DE FUNDOS DE INVESTIMENTO EM AÇÕES

ÂMBITO

Neste estudo utilizam-se dados de 36 países no período 2000-2015 para avaliar o impacto da política monetária na relação entre fluxo e desempenho. Constata-se que aumentos (diminuições) consistentes das taxas de política monetária resultam em saídas (entradas) de fundos de investimento em ações. Verificamos também que o

TABELA ESTILIZADA DOS EFEITOS ADVENIENTES DE POLÍTICAS MONETÁRIAS HAWKISH OU DOVISH TAXA DE POLÍTICA MONETÁRIA

TODOS OS PAÍSES

NON-US

US

Variações positivas (Política Monetária Hawkish)

Saída de fundos

Saída de fundos

Inconclusivo

Variações negativas (Política Monetária Dovish)

Entrada de fundos

Entrada de fundos

Inconclusivo

Uma política mais hawkish está associada a resultados economicamente mais significativos quando comparada com uma política dovish. Concretamente, a saída de fundos numa conjuntura mais hawkish da política monetária é mais pronunciada do que a entrada de fundos numa altura de política monetária mais dovish. Para os EUA os resultados são estatisticamente insignificantes. NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 75


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A OPINIÃO DE ERIK SWORDS Gestor do BNY Mellon Blockchain Innovation Fund, BNY Mellon IM

A INCLUSÃO DE ELEMENTOS ADICIONAIS DE POLÍTICA MONETÁRIA DEVERÁ FORTALECER OS RESULTADOS OBTIDOS

impacto da política monetária na sensibilidade ao desempenho dos fluxos é escasso. No entanto, os resultados para os mercados offshore sugerem que os investidores tendem a vender mais fundos com pior desempenho quando a taxa de política monetária diminui. Em contrapartida, nos períodos em que a política monetária se torna mais restritiva, os investidores em fundos de investimento europeus tendem a comprar menos fundos de investimento com melhor desempenho. Verificamos também que, em períodos de maior volatilidade e períodos de diminuição da taxa de política monetária, os investidores tendem a reagir mais (menos) aos melhores (maus) desempenhos. Assim, nestas circunstâncias, a política monetária demonstra ser um fator determinante da convexidade da relação fluxo-desempenho.

SEM PRECEDENTES

Importa, no entanto, chamar à atenção do leitor para a inelasticidade das taxas de juro nos últimos anos, especialmente na zona euro. Para agudizar esse facto, uma série de autoridades monetárias tomaram uma decisão política sem precedentes e sem suporte na teoria económica, a definição de taxas de juro negativas. Esta decisão visou acima de tudo incentivar o consumo/ 76  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

investimento de forma a conseguir-se, gradualmente, pôr a economia a funcionar. Uma vez que este estudo avalia o impacto de movimentos na taxa de juro, é normal que, por exemplo, para a zona euro os resultados obtidos sejam de leitura difusa e sem relevância estatística. Este resultado também serviu para percebermos a importância de incluir outros elementos de política monetária na avaliação do impacto no setor de fundos de investimento de ações. Focando na realidade europeia, onde nos situamos, existe uma série de instrumentos de política monetária não convencionais que complementam a definição das taxas de juro na tentativa de acomodar uma transmissão efetiva da política monetária. Neste contexto, e apesar de haver evidência de que os investidores têm em conta a definição das taxas de política monetária nas suas decisões de investimento, este projeto pode servir como ponto de partida para uma análise mais completa e atual. Primeiro, a inclusão de elementos adicionais de política monetária deverão fortalecer os resultados obtidos. Segundo, uma investigação com dados mais recentes deverá dar uma preponderância superior aos instrumentos de política monetária não convencionais pelo seu maior dinamismo comparativamente às taxas de política monetária.

BLOCKCHAIN PODE SOLUCIONAR O PROBLEMA DAS CADEIAS DE FORNECIMENTO? Nos últimos meses atribuiu-se a culpa de tudo à interrupção das cadeias de fornecimento, desde o abastecimento nos nossos supermercados, até à ausência de artigos essenciais nos menus dos nossos restaurantes favoritos, passando pelo aumento de preços em muitas das principais economias do mundo. Uma parte do problema é que o índice de preços dos contentores das regiões da Ásia e da América do Norte mais do que duplicou desde o princípio do ano, e à medida que se aproxima a época de férias na Europa e América do Norte, o setor logístico prepara-se para um pico de procura e maiores transtornos. Até aqui, tudo um caos, mas é dentro dessa confusão que a blockchain pode ter um papel importante para minimizar os transtornos e recuperar a eficiência. As caraterísticas chave desta tecnologia (imutabilidade, transparência, e capacidade de impulsionar a interoperabilidade entre empresas concorrentes) são uma vantagem convincente para os setores nos quais partilhar dados melhora a proposta de valor para os utilizadores finais. Isto é especialmente certo no contexto atual de interrupção da cadeia de fornecimento. Ter essa capacidade de seguimento dos artigos desde a produção até ao envio e a venda é uma vantagem evidente. Ajuda as empresas a confirmar a autenticidade e aumenta a transparência, o que por sua vez aumenta a confiança dos consumidores e gera eficiência.


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Um Padrão Global de Sustentabilidade para Fundos Os investidores estão atualmente a ser confrontados com o crescente interesse em investimentos sustentáveis. A Morningstar disponibiliza serviços como investigação, ferramentas e análises para ajudar os investidores a entender estes fatores de sustentabilidade, realizar operações de due diligence, avaliar o risco e oportunidades de ESG. Morningstar Sustainability Rating™ e Morningstar Portfolio Carbon Metrics™ foram desenvolvidos para ajudar os investidores a avaliar o desempenho das empresas através de fatores ambientais, sociais e de governança, para que possam construir os seus planos de investimento de uma forma mais responsável. Descubra como pode integrar estes valores sustentáveis na sua estratégia de investimento a longo prazo. Para mais informação: global.morningstar.com/SustainableInvesting ou envie um correio eletrónico para sales.esp@morningstar.com

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TENDÊNCIAS FUNDS SERVICES

por Tiago Freire de Andrade

ESG ANÁLISE 360°

DAS EMPRESAS O investimento ESG entrou na vida financeira das empresas e na de quem nelas investe. No entanto, tomar decisões de investimento neste campo ainda é um terreno híbrido e composto por padrões distintos.

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CRESCIMENTO DOS SIGNATÁRIOS DOS PRI (PRINCÍPIOS PARA O INVESTIMENTO RESPONSÁVEL) NÚMERO DE SIGNATÁRIOS

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Fonte: Principles for Responsible Investment, das Nações Unidas.

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o curso de 2020, vimos como empresas com melhores perfis de ambiente, social e governança (ESG), tiveram melhor performance financeira do que os seus pares. Em 2020, 81% de uma seleção global representativa de índices financeiros superaram os seus benchmarks”, referiu Larry Fink, CEO da BlackRock, na carta de 2021 dirigida aos CEO. No mundo da gestão de ativos, o investimento em ESG não é uma questão de filantropia ou caridade, é sim um investimento financeiro com melhor performance a médio-longo prazo. Por isto mesmo, a mudança de ativos para fundos com tendência ESG chegou a um total de um bilião de dólares em 2020, com as projeções de vários intervenientes, como a Bloomberg e a Deloitte, a prever uma transferência de fundos de 53 biliões de dólares até 2025. Embora o papel da BlackRock e Vanguard, dois dos maiores gestores de ativos do mundo, seja essencial para o investimento em ESG, estes

não são os únicos que se comprometeram com este tipo de investimento. No total, mais de 4.100 gestores de ativos já assinaram os PRI - Principles of Responsible Investment, uma rede de investidores apoiada pelas Nações Unidas, onde o objetivo é implementar a sustentabilidade como fator de investimento - , o que totaliza 121.3 biliões de dólares de ativos geridos por assinantes do PRI. O investimento em ESG já não é algo inovador, é uma obrigação de qualquer gestor de ativos que invista a médio-longo prazo.

O INVESTIMENTO ESG JÁ NÃO É ALGO INOVADOR, É UMA OBRIGAÇÃO DE QUALQUER GESTOR QUE INVISTA A MÉDIOLONGO PRAZO

PADRÕES DIFERENTES

É exatamente nesta mudança de ativos que é estritamente necessário que as decisões dos gestores de ativos sejam baseadas em dados ajustados à realidade e aos padrões de cada gestor. As diferenças de opiniões das duas mais respeitadas empresas que fornecem scores de ESG é de lamentar, como se pode ver no caso de grandes empresas que têm bons scores dados pela MSCI (americana) e maus scores dados pela Sustainalytics (europeia) ou vice-versa. Com isto não quer dizer que haja

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TENDÊNCIAS FUNDS SERVICES

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A OPINIÃO DE ALEJANDRO ARÉVALO Responsável de Dívida de Mercados Emergentes, Jupiter AM

O PROBLEMA ESTÁ NA BASE DE DADOS QUE TANTO OS INVESTIDORES COMO AS EMPRESAS DE DADOS USAM PARA TOMAR DECISÕES E INTEGRAR O ESG

opinião anónima dos colaboradores, fornecedores e clientes. Só assim se consegue fazer uma análise 360º da empresa em termos de ESG. Depois desta explicação, é importante lembrar que a razão pela qual as empresas com bons ratings de ESG têm melhores performances financeiras a médio-longo prazo é devido ao impacto positivo para com os stakeholders e para com o ambiente à sua volta, não pelo simples facto de terem recebido um bom score. Por isto mesmo, cada vez mais gestores de ativos querem ter dados muito específicos relativamente ao ESG de cada empresa onde investem.

compra de scores, mas significa que os padrões usados pelas diferentes empresas não são os mesmos, o que traz alguma incerteza ao mercado. O problema que persiste no mercado está na base de dados, que tanto os investidores como as empresas de dados e cotação se baseiam para tomar decisões e integrar o ESG nos seus processos de investimento. Normalmente, o relatório de sustentabilidade ou ESG das empresas é o principal foco destas análises, tal como notícias de jornais respeitados que cada vez mais falam sobre este tema. No entanto, basta olhar para estes relatórios para se reconhecer um problema: tudo é perfeito, e o que não é, está a ser resolvido. Embora isto pareça bom, todos sabemos que não é uma realidade e que há muitas falhas no âmbito de ESG das empresas. Para tomar decisões baseadas em dados o mais reais possíveis, não só se tem de consultar relatórios e notícias como consultar todo o tipo de dados relevantes sobre a empresa, como a

Para além do ESG, existe também o Active ESG (AESG), onde o gestor de ativos investe numa empresa que não cumpre os mínimos de ESG para conseguir alterar as políticas desta, por via de mudanças do quadro de diretores que influenciam a administração a tomar decisões focadas em ESG. Tal como todos sabem, é preciso ter uma percentagem da empresa significativa para que se possa ter alguma influência, no entanto já foi provado que este tipo de abordagem tem ainda melhores resultados financeiros do que um simples investimento em empresas que cumprem com o ESG. Um exemplo deste tipo de iniciativa vem do gestor de ativos Engine no1, que conseguiu adquirir uma percentagem da empresa Exxon-Mobil e, com a votação anual do quadro de diretores, forçou a empresa a mudar a estratégia a longo prazo para esta estar mais focada em ESG, especialmente em termos de políticas ambientais.

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ACTIVE ESG

A VOLATILIDADE DA CHINA PODE CONTINUAR, MAS NÃO IGNORE O RESTO DOS MERCADOS EMERGENTES A desgraça da Evergrande tem sido espetacular. Há bem pouco tempo, um grande promotor imobiliário chinês entrou em default, com uma dívida de mais de 300 mil milhões de dólares, o que parecia ser pouco provável. Até agora, o governo chinês tomou poucas medidas para aumentar a liquidez, no entanto não assistimos a nenhuma intervenção importante, pois desta forma leva ao equilíbrio das suas reformas, com a sua política de prosperidade comum. Acreditamos que o governo continuará a resistir na tomada de medidas significativas, e é provável que haja mais volatilidade e defaults no sector. Uma significativa deterioração dos dados económicos ou um choque serão provavelmente necessários antes de assistir a uma resolução sob a forma de intervenção estatal. Desta forma, estamos subponderados no setor imobiliário chinês, e onde investimos, é em dívida de emitentes de maior qualidade que chegam à maturidade em breve e também onde a nossa análise demonstre que há liquidez suficiente para cumprir os pagamentos. Estamos subponderados na China e na Ásia em geral, onde vemos um menor crescimento na China a afectar toda a região. O benefício de investir em diversos mercados emergentes é que podemos diversificar fora de um país ou região onde as condições são mais difíceis. Globalmente, continuamos a estar positivos em termos de risco, e continuamos a encontrar grandes oportunidades de investimento dentro dos Mercados Emergentes.


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ENTREVISTAS GURU por Regina R. Webb

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Não há melhor conceito para definir o estilo de Ian Hargreaves do que contrarian. Onde exista uma nuvem de incerteza que gere volatilidade, o gestor coloca especial atenção. O objetivo: caçar oportunidades que o mercado não reconhece. “Na bolsa a cotação costuma ser mais volátil do que o valor real de uma empresa”, defende. Agora, enquanto o mercado castiga as ações chinesas em resposta a novas políticas do Governo, o gestor afirma estar a encontrar boas ideias a preços interessantes. O seu escudo perante a incerteza? A experiência. “Já vivemos casos similares no passado”, conta. TNE

GESTOR DO INVESCO ASIAN FOCUS EQUITY FUND NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 83


ENTREVISTAS GURU À PROCURA DE VALOR, SEM SER VALUE Ian Hargreaves não se considera um investidor value puro. Ou pelo menos não no sentido mais estrito do conceito. Prefere definir o seu estilo como agnóstico ao setor ou negócio. Dito isto, comprar abaixo do seu preço objetivo é um fator determinante no seu processo de investimento. Um exemplo disso é a escassa presença que teve historicamente o setor do consumo básico na carteira do Invesco Asian Focus Equity Fund. Não por uma convicção específica do gestor, mas sim pelas elevadas valorizações com as quais se tende a mover esta indústria.

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dentificar empresas na Ásia que negoceiem com forte desconto face ao seu valor intrínseco. Ian Hargreaves pode definir numa frase simples o coração do Invesco Asian Focus Equity Fund. O gestor acredita firmemente que todas as empresas têm um justo valor, determinado pelo seu fluxo de caixa. É um montante que, no caso de um bom negócio, deveria progressivamente ascender. E, no entanto, esse preço nem sempre se reflete nos mercados. “Algo que temos observado nas bolsas é que a ação costuma ser mais volátil do que o valor real de uma empresa”, afirma o especialista da Invesco. Essa volatilidade pode vir pela mão de uma nova regulação, alguma crise de confiança num setor, perspetivas macroeconómicas negativas... ou tudo de uma vez. “O que está a acontecer agora na China é um grande exemplo. Os prémios de risco exigidos aos ativos deste país dispararam”, aponta Hargreaves. E precisamente por isso aumentou o interesse da equipa gestora neles. Curiosamente, estavam mais preocupados com a bolsa chinesa no final de 2020. As valorizações tinham-se elevado bastante em resposta a uma melhor saída da pandemia da China, pelo que moveram a sua exposição para a subponderação. “Agora, com as quedas, é de facto menos arriscado investir porque a margem de desconto aumentou”, propõem o gestor. Mas, em parte, as quedas têm a sua razão de ser. A crise dos semicondutores, um abrandamento do crescimento económico, nova regulação mais restritiva como a limitação horária dos videojogos online. Porque é que não lhe preocupa a incerteza? Primeiro, porque as mudanças regulatórias estão limitadas a certos setores. E inclusive nos diretamente atingidos, com a exceção da educação extracurricular privada, à qual não tem exposição, o gestor não vê um impacto duradouro. 84  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

“É válido questionar porque não estamos a fugir da China”, reconhece Hargreaves. Perante a pergunta, o seu escudo é a experiência. “Já vivemos casos similares no passado”, defende. Há três anos as empresas de internet chinesas também sofreram pressões regulatórias, quando se limitou o número de horas de acesso a videojogos. E sobreviveram. Para além disso, há que remeter-se sempre aos fundamentais das empresas. Em empresas como a Tencent, 40% dos lucros provêm dos jogos online, mas apenas 5% dos jogadores foram limitados pela nova norma. “Não se pode considerar um título isolado e tentar tirar conclusões categóricas sobre um país. Seria perigoso”, insiste o gestor. Um detalhe importante a entender, ressalta, é o momento em que se introduziram outras medidas. “O governo chinês tinha que estar muito seguro de que isto não faria descarrilar a trajetória do crescimento económico”, defende. “O plano estratégico da China é aumentar a classe média. E não podem fazer isso se a economia não cresce”. Assim, o Invesco Asian Focus Equity Fund aproveitou-se da oportunidade que Hargreaves detetou em agosto nas ações chinesas.

CONTRARIAN POR NATUREZA

O caso contrário aconteceu na Índia. De certo modo, a pandemia foi um presente para o gestor no sentido em que as valorizações das ações indianas, que tradicionalmente se movem em níveis elevados, se esvaziaram. Isso deu-lhes um ponto de entrada num país no qual há algum tempo estavam otimistas. Mas depois da recuperação das ações voltaram a baixar a sua exposição. Basicamente rodar o leme do fundo para entrar totalmente na tempestade que está a atingir os ativos chineses à medida que se afastam do momentum de otimismo da Índia. Esta foto da carteira atual, na realidade, é um


“SEM CONTAS FINANCEIRAS DE QUALIDADE ELIMINA-SE A POSSIBILIDADE DE SER PACIENTE COM UMA EMPRESA” bom reflexo do que o investidor pode esperar do Invesco Asian Focus Equity Fund. É um espírito contrarian, por natureza, aplicado às ações asiáticas. Mas Hargreaves não se considera um gestor value puro. Pelo menos não como se costuma interpretar o conceito do investimento em valor profundo. “Somos agnósticos. Não nos importamos com o setor nem o tipo de empresa”,

insiste. Mais ainda, a sua filosofia baseia-se em entender quando é que o mercado pode estar errado. Na verdade, assegura que as suas melhores rentabilidades foram geradas quando conseguiram identificar empresas de qualidade que negociavam com grandes descontos. “E a ser possível, ter um horizonte temporal mais amplo para poder esperar que volte ao seu valor real”, diz. Assim, a paciência é outra das qualidades que Hargreaves usaria para definir a sua estratégia. A equipa não teme manter-se firme na sua convicção durante períodos longos. Mas para isso têm um requisito importante: que o balanço seja sólido. “É o ponto chave. Sem contas financeiras de qualidade elimina-se a possibilidade de ser paciente. Porque senão correria o risco de, por exemplo, a empresa ter de aumentar capital e o investimento diluir-se”, explica. Na sua opinião, entender bem o modelo de negócio é o que permite manter-se firme numa aposta. NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 85


ENTREVISTAS GESTOR PORTUGUÊS por Margarida Pinto

Catarina Quaresma Ferreira GESTORA, SIXTY DEGREES SGOIC

“QUEREMOS APROVEITAR OPORTUNIDADES DE VALOR NUM MERCADO DE NICHO” Num movimento contra-corrente no panorama nacional, a Sixty Degrees lançou um fundo de ações Portugal. A gestão não podia estar em mãos mais experientes e com resultados demonstrados.

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xpertise e reconhecimento é o que não faltam a Catarina Quaresma Ferreira enquanto investidora em ações portuguesas. Depois de uma experiência de sensivelmente 13 anos à frente de um fundo que investe no mercado acionista nacional, a gestora voltou agora a assumir as rédeas de um produto do mesmo âmbito. O Sixty Degrees Ações Portugal chegou recentemente ao mercado e a sua lógica é simples de descrever: “Trata-se de um fundo de ações portuguesas que procura capturar as ineficiências e as oportunidades de um mercado pequeno como o português”, introduziu a gestora. A profissional encara o universo português de empresas cotadas como um “mercado de nicho”, pois existe em Portugal “uma proporção de small e micro caps muito maior do que no resto dos mercados europeus”. Por terem uma base de investidores menor, estas empresas são menos apetecíveis para as produtoras de research, o que faz com que sejam “menos cobertas por analistas”. Como consequência, aponta Catarina Quaresma, exis86  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

tem “oportunidades de valor” que podem estar a passar ao lado dos investidores. Sem grande receio das palavras, Catarina Quaresma Ferreira entende que está preparada para identificar essas mesmas oportunidades. Uma convicção que nasce de dois fatores: a proximidade que tem com as empresas nas quais investe, e o facto de já o ter feito, com sucesso, no passado.

PROCESSO DE INVESTIMENTO

A proximidade é portanto a pedra basilar do processo de investimento. “Temos acesso à informação através da nossa própria relação com as empresas e da relação com os brokers que as seguem”, indica. Segue-se um trabalho de análise fundamental interna. “Identificamos quais as empresas que têm maior potencial de valorização, e concentramos a carteira nessas posições, dentro das limitações que a política de investimentos do fundo nos impõe”, diz. Tendo em conta o universo de investimento que aborda, a gestora está ciente de que o crescimento dos ativos do fundo pode ser sinónimo de algumas restrições de liquidez. Contudo, sabe que quer gerir o produto hoje como se já fosse maior. “Quero fazer uma gestão do fundo independente do seu tamanho, pelo que estou já a geri-lo como se fosse maior. Não pode existir uma metodologia de gestão do fundo enquanto os ativos são relativamente baixos, e outra com valores mais elevados”, sentencia. A Sonae é uma das empresas que atualmente têm lugar nas maiores posições da carteira, e um bom exemplo de uma empresa que cumpre os critérios de seleção e de valor intrínseco de Catarina Quaresma Ferreira. A gestora explicou um pouco o racional que sustenta essa convicção. “A empresa vendeu 25% da Sonae MC ao fundo CVC por 528 milhões de euros. A este preço, a totalidade do negócio de retalho estaria avaliada em 2,4 mil milhões de euros. Ora, a capitalização bolsista da Sonae hoje em dia é de 1,9 mil milhões de euros. Assim sendo, a capitalização bolsista da Sonae é inferior à avaliação do negócio de retalho, segundo esta referência de preço. Adicionalmente, isto significaria que à cotação atual, todos os restantes negócios - Worten, Sonae Sierra, etc. - destruiriam valor à empresa, o que não faz sentido. Isto aliado ao exercício de avaliação fundamental faz-me acreditar que a empresa está barata”, explica. Em termos comerciais, a meta que a equipa fixa é a de chegar ao final do ano com “pelo menos um milhão de euros” de montante sob gestão. A três anos projetam uma meta de 10 milhões de euros, o que poderá ser mais atingível num contexto em que os fundos de ações portuguesas possam ser apetecíveis para investidores não domésticos.


ATIVIDADES A gestora gosta de fazer programas com a família, ler e fazer ginástica.

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ENTREVISTAS GURU por Regina R. Webb

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68% do PIB mundial tem como meta algum objetivo ao nível das emissões líquidas de carbono zero. Um em cada dois consumidores já procura bens e serviços sustentáveis. A economia limpa veio para ficar. Não são apenas as instituições e grandes empresas que o propõem, mas há um impulso na procura do cidadão. “E estamos apenas à porta dessa transição”, diz Amanda O’Toole. Os compromissos que estamos a ver hoje são as alianças para as próximas três décadas. “É fundamental que o investidor esteja adequadamente posicionado para capturar a mudança”, afirma. TNE

GESTORA DO AXA WORLD FUNDS FRAMLINGTON CLEAN ECONOMY NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 89


ENTREVISTAS GURU APOSTA NO PRIMEIRO ELO DA CADEIA LIMPA “Não tenho na carteira empresas digitais e nunca vou ter”. É com esta firmeza que se posiciona O’Toole. “Invisto em empresas que já se dedicam à economia limpa, não as que estão a melhorar o seu perfil”. O fundo conta com uma inclinação natural para títulos de crescimento e qualidade, tendencialmente com uma capitalização pequena. Também há uma aposta estrutural em negócios europeus face aos norte-americanos.

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economia do futuro será uma economia limpa. Não é uma profecia, mas sim uma previsão baseada em números reais. 68% do PIB mundial apresenta algum objetivo de gerar emissões de carbono líquidas zero. 49% dos consumidores procuram bens e serviços limpos. “É uma proporção cada vez maior do mundo que está a começar a comprar tecnologia limpa”, explica Amanda O’Toole. São, como ressalta a gestora do AXA World Funds Framlington Clean Economy, compromissos firmes e públicos que têm realizado empresas e governos. “É difícil que agora se possa recuar”, afirma. E mais emocionante ainda para O’Toole como investidora: ainda estarmos à porta desta transição. As empresas e governos falam de compromissos para as próximas três décadas. “É crítico que o investidor se posicione adequadamente para capturar a mudança”, sentencia. Esta é uma temática com visão a longo prazo, mas que já é palpável nos dias de hoje. Um dos principais inconvenientes para as empresas é a falta de visibilidade. E não existiu nuvem maior do que o estalar da pandemia. No entanto, as empresas com as quais fala O’Toole reportam precisamente o contrário. “Tiveram uma forte subida nos seus pedidos. E é uma melhoria que notamos em todas as áreas”, conta. As empresas falarem de uma melhor visibilidade é chave. “Os provedores contam-nos que os seus clientes estão dispostos a fechar acordos com prazos mais alargados. Isto permite-lhes investir em mais capacidade e em I+D”, explica. Esta transição para uma economia mais limpa pode ser dividida em quatro subtemáticas: transporte com baixas emissões de carbono, energia inteligente, agricultura e indústria alimentar e preservação dos recursos naturais. São, para a gestora, as quatro áreas chave que se veem afetadas pelo volume finito dos recursos naturais. E precisamente pelo auge da economia verde - o importante capital que vão mover essas indústrias - O’Toole faz um exercício consciente para não cair no greenwashing. “A tecnologia rapidamente pode ficar obsoleta”, dá como 90  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

exemplo. Por isso, a análise da oferta de produtos é crucial para o acionista. “Procuramos uma sustentabilidade genuína”, sublinha. Daí a importância que dão a negócios com um posto de liderança tecnológico. Além disso, pesa na decisão a qualidade do conselho de administração. “Ao fim e ao cabo, estamos a ceder-lhes o dinheiro dos nossos clientes com a expetativa de que construam algo bom com ele”, defende. Ter uma gestão de qualidade requer experiência, uma boa equipa e o balanço financeiro correto. “Por isso, a análise fundamental convencional é necessária”, ressalta a gestora. Um elemento diferenciado do fundo face aos homólogos é a sua aposta na parte inicial da cadeia de valor da economia limpa. “Não procuro as empresas que se comprometeram a melhorar o seu perfil ESG, mas sim os provedores que permitem que estas o consigam”, detalha a gestora. Por exemplo, não investiria numa empresa genérica que prometeu usar mais embalagens recicladas para os seus produtos, mas sim no provedor dessa caixa. Outra qualidade importante a entender é que estamos perante um fundo Artigo 9 do SFDR. Um fundo de impacto. O que significa que procura intencionalidade e complementariedade nos títulos da carteira. Que sejam negócios que verdadeiramente queiram gerar uma melhoria da economia e que esse seja o seu objetivo desde a sua conceção. É assim, explica O’Toole, que se asseguram de que a empresa não se vai desviar no futuro. Na verdade, o AXA World Funds Framligton Clean Economy tem um duplo objetivo. Por um lado, conseguir retornos através de empresas de qualidade expostas às tendências de crescimento secular. Por outro, gerar um impacto meio ambiental e social positivo. E são duas metas complementares e indivisíveis, insiste a gestora. Porque os títulos que entram na carteira devem ter modelos resilientes, com capacidade de fixação de preços e muito boas perspetivas de geração de lucros. E, na opinião, de O’Toole, isso só o podem conseguir atualmente negócios que apostem na criação de um mundo mais limpo.


“NÃO INVESTIRÍAMOS NUMA EMPRESA SE NÃO PUDÉSSEMOS VER AS SUAS CONTAS FINANCEIRAS. AGORA TEMOS O MESMO REQUISITO COM OS SEUS DADOS ESG”

Por isso, o fundo opta por medir-se face ao mercado em termos globais. Bate-se contra o índice ACWI. Mas fá-lo com a filosofia própria que carateriza a equipa Framlington da AXA IM. Isto é, uma aposta na análise bottom-up baseada nos fundamentais. Por isso, das 12.000 ideias que compõem o índice, o processo de investimento reduz o universo a mais de metade. Eliminam-se as empresas com pior avaliação ESG. “Para dar serviço a uma empresa sustentável tu próprio tens que ser sustentável”, explica a especialista. Também se excluem certos setores que por natureza intrínseca não podem estar num fundo sustentável. A partir daí começa o trabalho de campo. O trabalho dos fundamentais.

A gestora procura empresas que verdadeiramente estão expostas à transição para uma economia limpa. Porque um objetivo importante para a gestora é garantir a pureza da temática. “Queremos negócios verdadeiramente expostos à transição num mundo limpo”, assegura. E como o delimitam? A fonte de lucros é o seu indicador. Mas medi-lo requer uma equipa dedicada com conhecimentos especializados. “Realmente não se pode filtrar automaticamente os resultados empresariais para medir a exposição”, explica. Para a gestora, acrescentar uma capa ESG à análise fundamental não limita o seu processo. “Não investiríamos numa empresa se não pudéssemos ver as suas contas financeiras. Agora temos o mesmo requisito com os dados ESG”, sentencia. NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 91


ENTREVISTA DISTRIBUIDOR por Miguel Rêgo, CFA

VASTA EXPERIÊNCIA

Alexandra Tostões e Elisabete Pereira

A equipa de consultoria financeira do Departamento de Desenvolvimento e Marketing apresenta mais de 20 anos de experiência.

RESPONSÁVEL DO SERVIÇO DE CONSULTORIA PARA INVESTIMENTO E RESPONSÁVEL DA ÁREA DE INVESTIMENTO E PROTEÇÃO , DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO E MARKETING, NOVOBANCO

A MULTIDISCIPLINARIDADE COMO LEMA DO NOVO SERVIÇO DE CONSULTORIA DO NOVOBANCO O recém-criado serviço de consultoria para investimento do novobanco surge como uma de várias peças estratégicas com que a instituição financeira pretende encarar os desafios que enfrenta.

S

ão múltiplos os desafios que o setor da banca enfrenta nos dias de hoje. Evolução tecnológica, concorrência, regulação e uma necessidade de aumentar a qualidade na relação com o cliente são apenas alguns desses desafios que se encontram no caminho. Particularmente, na área de produtos de investimento, “a implementação da DMIF II trouxe maiores responsabilidades e exigências regulamentares, no âmbito do governance e monitorização, na comercialização e recomendação dos produtos”. Estas são responsabilidades que o recém-criado serviço de consultoria para investimento do novobanco pretende responder, surgindo assim como uma de várias peças estratégicas com que a instituição financeira pretende enfrentar estes desafios. Quem o diz é Elisabete Pereira e Alexandra Tostões, as profissionais que dão a cara por este novo projeto. A missão? Ajudar os clientes com um património investível a partir de 10.000 euros de uma forma gradual, mas 92  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

necessária, a mudar conscientemente “de um portefólio concentrado em depósitos a prazo e PPR de taxa garantida”, para uma proposta de valor “diversificada e de risco monitorizado, com recurso a unit linked, depósitos estruturados e fundos de investimento das mais conceituadas gestoras de ativos à escala global”, explica Elisabete Pereira. Mais além, indica Alexandra Tostões, em 2022, este novo projeto de consultoria para investimento vai incluir “propostas que integrem preferências em matéria de investimento responsável (ESG)” para os “clientes com maior consciência ambiental, social e de práticas de gestão adequadas ou para aqueles que desejem integrar essas preferências nos seus investimentos”.

OFERTA DE PRODUTOS

“Na atualidade, as recomendações baseiam-se na oferta de depósitos (incluindo estruturados), produtos de banca seguros (seguros de capitalização ou PPR com garantia de capital ou ligados a fundos de Investimento), fundos de investimento harmonizados (uma seleção atualmente composta por 70 fundos) e em emissões de retalho de notas estruturadas ou obrigações”, enumera Alexandra Tostões. “Já o modelo de construção de portefólios de investimento gerará as melhores conjugações, de acordo com o binómio risco e retorno e os limites impostos pelo modelo de gestão de ativos em termos de risco, concentração de ativos, horizonte temporal, gerando os portefólios modelo”, explica a profissional. Afirma também que “o serviço é prestado numa base de consultoria para investimento não independente que se consubstancia numa proposta de investimento personalizada entregue e enquadrada pelos nossos gestores comerciais, numa parceria que permitirá aos nossos clientes, verem as suas poupanças trabalhem para eles”. Elisabete Pereira realça, por seu lado, a vasta experiência que caracteriza a equipa de consultoria financeira do Departamento de Desenvolvimento e Marketing do banco. Com uma experiência média superior a 20 anos de seleção de ativos financeiros, lideram este desafio apoiados numa equipa multidisciplinar que congrega a gestão dos produtos distri-


buídos - incluindo a sua conceção e monitorização - e dos serviços financeiros. “A multidisciplinariedade é o nosso lema”, exclama, Elisabete Pereira. E, de facto, são múltiplas as responsabilidades da equipa. “A elaboração do comité de investimento, em parceria com a área de Research Macro Económico, o acompanhamento permanente dos mercados e da oferta distribuída e a sua desmultiplicação pelos comerciais - com uma forte parceria com a GNB GA e as gestoras de ativos internacionais -, a implementação, o acompanhamento e apoio ao serviço de consultoria e o desenvolvimento da oferta de produtos estruturados”, enuncia.

A relação com a entidade gestora do grupo, por seu lado, “é complementar, face ao excelente papel que a GNB GA ao longo dos últimos 25 anos desempenha em várias vertentes de gestão discricionária de ativos financeiros”, explica Alexandra Tostões. Para a profissional, a oferta premiada da entidade gestora em território nacional e internacional - “como é o caso do fundo NB Euro Bond”, diz - “torna relevante ter uma relação frequente e de proximidade no acompanhamento da oferta da área comercial, como acontece aliás com os nossos outros parceiros”, conclui. NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 93


ENTREVISTAS GURU por Óscar R. Graña

94  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO


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A crise da COVID-19 teve um forte impacto nas classificações de crédito. No segundo trimestre de 2020, a Standard & Poor’s já tinha baixado o rating ou colocado em perspetiva negativa um quinto dos emitentes corporativos e soberanos que entram dentro da sua análise. Estes cortes aconteceram apenas no princípio do ano e superaram tudo o que tínhamos visto desde então: uma avalanche de obrigações com grau de investimento caiu abaixo de BBB, a classificação que marca o limite com o high yield, convertendo-se assim em fallen angels. É neste mar que navega Paul Benson, um universo de investimento que, segundo o gestor, continuará a crescer nos próximos 12-24 meses. TNE

GESTOR DO BNY MELLON EFFICIENT U.S. FALLEN ANGELS BETA NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 95


ENTREVISTAS GURU ANALISAM O UNIVERSO Aproximadamente 90% dos fallen angels conta com uma classificação BB. Em comparação, em todo o universo high yield apenas 50% dos títulos tem uma classificação BB. Portanto, os riscos dentro do âmbito dos fallen angels são muito similares aos inerentes às obrigações BB: a ampliação dos spreads e a probabilidade de incumprimento. Por outro lado, os fallen angels tendem a ter durações mais longas do que o conjunto do high yield, pelo que apresentam um maior risco de taxa de juro do que o resto do mercado de high yield.

O

BNY Mellon Efficient U.S Fallen Angels Beta é uma das grandes apostas da BNY Mellon IM na Península Ibérica. A peculiaridade desta estratégia é que investe num segmento muito concreto de high yield americano: o de obrigações emitidas por empresas que antes desfrutavam de grau de investimento, mas que perderam esta classificação de crédito. Um segmento que, tradicionalmente, ofereceu grandes alegrias aos investidores em obrigações high yield. Nos últimos 15 anos, o índice de fallen angels rendeu aproximadamente cerca de 10% em termos anuais, face aos 7% do mercado geral de high yield. “Esta diferença é destacável, sobretudo tendo em conta que os fallen angels têm uma maior qualidade de crédito do que o universo high yield. A ampla maioria destas obrigações entram no índice com uma classificação BB, a mais alta dentro do universo high yield e apenas um escalão abaixo do grau de investimento”, sublinha Paul Benson, gestor do fundo. Historicamente, o índice Bloomberg Barclays US High Yield Fallen Angel 3% Capped tem estado composto em mais de 70% por emitentes com classificação, BB enquanto que no índice high yield esse grupo ronda os 40%. “Uma maior qualidade creditícia média implica uma menor probabilidade de incumprimento. Desde a criação do índice em 2005, os fallen angels registaram uma taxa média de default de 0,6% face aos 1,58% do universo high yield”. A sua é uma estratégia ativa desenhada para capturar de forma eficiente a rentabilidade e perfil de risco dos fallen angels e gerar alfa sobreponderando os títulos mais atrativos do universo e subponderando os menos interessantes. “Seguimos um enfoque sistemático e disciplinado para adotar risco ativo face ao índice Bloomberg US High Yield Fallen Angel 3% Capped. O nosso objetivo é batê-lo mediante a tomada de decisões sistemáticas, repetíveis e de controlo de risco fundamentadas numa rigorosa análise fatorial”, destaca. São vários os aspetos que, no seu entender, tornam único o produto. “Até onde sabemos, podemos dizer que o BNY Mellon U.S Fallen Angels Beta é a única estratégia ativa apta para investidores institucionais centrada exclusivamente nos fallen angels. Outra caraterística é que o Bloomberg US 96  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

High Yield Fallen Angel 3% Capped gerou rentabilidades totais positivas comparáveis às das ações com uma volatilidade muito inferior. O nosso fundo propõe-se a superar este índice e tem como objetivo gerar alfa explorando as persistentes anomalias de preços estruturais deste mercado graças ao nosso próprio modelo de crédito”. Por outro lado, Benson considera que gerir a carteira de forma proactiva e sistemática mediante um modelo baseado em fatores marca a diferença quando se é muito consciente das fricções específicas deste mercado. “A melhor forma de preservar valor é comprar obrigações através de métodos inovadores e baratos para superar as elevadas barreiras de custos”, assinala. “Estamos convencidos de que conhecer a fundo e podermos adaptar-nos ao contexto de mercado que muda é essencial para ter êxito a longo prazo. A nossa experiência a negociar obrigações high yield menos líquidas, incluindo fallen angels, oferece aos investidores um acesso líquido a uma classe de ativos que não o é e a um bom preço”.

A ESTRATÉGIA

A estratégia investe de forma generalizada na maioria das obrigações do índice de referência. Excluem aqueles cuja classificação caiu diretamente de BBB para CCC ou menos (os chamados fallen knives). Depois analisam o universo resultante conforme o seu modelo baseado em fatores com o objetivo de identificar o preço ao qual deverão negociar as obrigações. Passado este filtro, subponderam os caros e sobreponderam os baratos. “Centramo-nos em empresas que sofreram um corte da classificação há pouco tempo, normalmente nos últimos 24 meses e, genericamente, reduzimos a exposição a dívida de obrigações de empresas que viram reduzido o seu rating há mais de 24 meses e que vencem a mais longo prazo, já que, segundo a nossa análise, estas obrigações são menos interessantes em termos de rentabilidade-risco em comparação com o resto do universo de investimento”, revela. Todas estas considerações combinam-nas de forma coerente. “O risco ativo relativamente ao índice de fallen angels oscila normalmente entre 1,5% e 2,5% e, mais importante, temos muito presente em todo o momento que a execução


OS FALLEN ANGELS TÊM REGISTADO UMA TAXA MÉDIA DE DEFAULT DE 0,6%, FACE AOS 1,58% DO UNIVERSO HIGH YIELD seja eficiente em custos. Por exemplo, é possível que continuemos investidos em obrigações que já não pertencem ao índice se vendê-las implicar incorrer em custos de negociação desnecessários”, reconhece. Tal como recorda Benson, quando uma obrigação abandona o restrito clube do investment grade, grandes grupos de investidores, sobretudo no espaço da gestão passiva, cujos parâmetros de risco lhes impedem de mantê-los em carteira, convertem-se em vendedores forçosos. Como resultado, os fallen angels tendem a negociar com um desconto de 150-200 pontos base face aos seus comparáveis.

“Em vez de serem julgados relativamente às suas contrapartes do espaço high yield, estas obrigações recebem mais negatividade do que merecem. O processo repete-se cada vez que se produz um corte de rating: os fatores técnicos prevalecem sobre as considerações de valor real. No entanto, ao tratarem-se de empresas que gozavam da classificação investment grade, os fallen angels têm mais flexibilidade do que os seus comparáveis de high yield para aproveitar os mercados de capitais e emitir mais dívida”, explica Benson. Para além disso, “costumam mostrar um maior interesse por reparar os seus balanços e recuperar o status BBB para reduzir os seus custos de financiamento”. Com o tempo, os fallen angels mostram uma maior tendência do que as obrigações emitidas originalmente como high yield em converterem-se em estrelas emergentes e regressar ao firmamento do investment grade. Nesse momento, o mercado reconheceu a sua qualidade e registam uma reversão à média, frequentemente a 12-24 meses, à medida que aumentam de preço. Isto, que poderá classificar-se como uma das grandes ineficiências do mercado de obrigações, é o que Benson tenta explorar com o seu fundo. NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 97


ENTREVISTAS GURU por Catarina Vinagre

98  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO


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Com mais de 29 anos de história, o Balanced Fund atravessou alguns dos ambientes de mercado mais turbulentos: o colapso da bolha tecnológica no início dos anos 2000, a Grande Crise Financeira de 2008 ou a recente volatilidade do mercado provocada pela pandemia de COVID-19. Mas apesar dos desafios, o fundo conseguiu sempre dar a volta por cima. Perdeu menos nas quedas e superou o seu índice de referência. Como? Para Jeremiah Buckley, CFA o segredo está na dinâmica estratégia de alocação de ativos. TNE

CO-GESTOR DO BALANCED FUND, JANUS HENDERSON INVESTORS NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 99


ENTREVISTAS GURU PERFORMANCE SUPERIOR AO ÍNDICE NO LONGO PRAZO Perder menos nas quedas ajudou o fundo a apresentar uma performance superior à do seu índice até nos momentos mais hostis. Um bom exemplo disso verificou-se recentemente durante a volatilidade provocada pela COVID-19, quando o Balanced Fund caiu menos do que o mercado. No primeiro trimestre de 2020, o fundo entregou -11,5% face ao índice S&P 500 que não foi além dos -19,6%.

É

pela mão de Jeremiah Buckley, CFA que ficamos a conhecer o Balanced Fund, um produto multiativo da Janus Henderson que se distingue pela sua dinâmica alocação de ativos capaz de se adaptar a qualquer ambiente de mercado. “Esta abordagem dinâmica proporciona a flexibilidade para nos posicionarmos defensivamente antes de a volatilidade se materializar no mercado, procurando simultaneamente retornos fortes e ajustados ao risco. Este processo, aliado a diversas fontes de retorno, pode ajudar a mitigar o risco de queda”, começa por explicar o especialista. A equipa integrada de research em ações e em obrigações, da qual também fazem parte Greg Wilensky, CFA e Michael Keough, trabalha em conjunto para alocar dinamicamente a carteira com recurso a diferentes classes de ativos de ações e obrigações. Também se empenham em otimizar a sua alocação com base nas oportunidades de retorno mais atrativas que encontram em toda a estrutura de capital. Para Jeremiah Buckley é isto que lhes permite superar os seus pares ao longo do tempo. O Balanced Fund, que conta com Selo FundsPeople 2021 pela sua classificação de Blockbuster, fechou o mês de setembro com 64% da carteira em ações, 35% em obrigações e uma pequena parte em liquidez. “O nosso outlook bullish por conta da recuperação económica, particularmente no fixed income, levou-nos a manter a alocação a ações próxima do limite de 65% nos últimos trimestres, ajustando-a à medida que os mercados acionistas atingiam máximos”, conta o especialista da Janus Henderson Investors. Como funciona o processo de stock picking? O gestor é claro: o foco está nas ações de grande capitalização dos EUA com potencial de crescimento. Segundo explica, os analistas de ações utilizam uma combinação de fatores: experiência da indústria, contactos no terreno e reuniões com as empresas, à medida que tentam identificar as ideias mais promissoras dentro de cada setor. “Qualitativamente, procuramos empresas que ofereçam produtos e serviços diferenciados em indústrias atrativas com potencial de crescimento”, conta. Do lado das obrigações, está convicto de que existem ineficiências no mercado devido a uma variedade de fa100  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

tores, tal como o próprio viés comportamental dos investidores, mas também os requisitos regulamentares. “Acreditamos que a nossa estratégia pode efetivamente explorar estas oportunidades através de uma abordagem orientada para o investimento num universo amplo e diversificado”, afirma. Procuram explorar estas ineficiências em todos os aspetos do processo de investimento, incluindo no design estratégico do fundo, bem como através das decisões de investimento mais cíclicas e táticas. Tal como acontece com as ações, a equipa de obrigações também realiza contactos com as próprias empresas, para além do research fundamental e do screening quantitativo. Os critérios quantitativos, conta, incluem critérios como os ratings implícitos de mercado ou frequências de default esperadas, enquanto do lado qualitativo analisam a estrutura de capital da empresa, o potencial de redução de dívida, a análise das margens, etc. “O resultado é um restrito universo de títulos”, resume.

A INFLUÊNCIA DA POLÍTICA MONETÁRIA

O profissional não tem dúvidas de que um ambiente dinâmico das taxas de juro e a alteração da política monetária afeta as escolhas de alocação. “A economia arrefeceu, o apoio de emergência está a ser retirado e a Fed tem intenção de reduzir gradualmente as suas compras de obrigações – um precursor de uma eventual subida das taxas. Continuamos a esperar uma política monetária acomodatícia nos próximos trimestres, mas mais reduzida”, pontualiza. Foi precisamente essa política de taxas baixas que levou a mudanças na gestão do fundo no último trimestre. Segundo conta, reduziram o risco global de spread ao longo desse período, principalmente através da redução da exposição a obrigações corporativas investment grade. À medida que reduziram a exposição a essas empresas, atribuíram capital a oportunidades selecionadas em securitizações para aumentar a diversificação. “Também aumentámos a alocação a ABS, onde privilegiamos os títulos relacionados com o consumidor, e CMBS (títulos comerciais apoiados por hipotecas), favorecendo propriedades relacionadas com medicina e armazéns”, explica. A sua visão positiva sobre o mercado imobiliário dos EUA, levou a equipa de gestão do Balanced Fund a au-


“A NOSSA EQUIPA INTEGRADA DE RESEARCH DE AÇÕES E DE OBRIGAÇÕES PROCURA UM EQUILÍBRIO IDEAL DE OPORTUNIDADES ENTRE AS CLASSES DE ATIVOS E OS CICLOS DE MERCADO”

mentar modestamente a exposição a transferências de risco de crédito (CRT) e a obrigações hipotecárias colateralizadas (CMO). Nas palavras do gestor, apesar de reduzirem a exposição global a risco de crédito corporativo, aumentaram a alocação a empréstimos bancários. “A exposição ao tesouro dos EUA aumentou ao longo do trimestre; no entanto, a duração líquida manteve-se quase inalterada, e a alocação a fixed income permanece moderadamente abaixo do risco de taxa de juro comparativamente com o Bloomberg U.S. Aggregate index”, esclarece.

RISCOS A MANTER NA MIRA

Segundo o gestor, mantêm uma perspetiva construtiva para os mercados de ações e também em relação ao potencial de apreciação de capital através do crescimento futuro dos lucros das empresas. “Um nível mais elevado de poupança dos consumidores, a valorização dos níveis dos ativos e o

crescimento do emprego deverão continuar a impulsionar um forte consumo nos próximos trimestres”, assegura. Apesar das perspetivas positivas, a equipa de gestão do fundo monitoriza uma série de riscos que podem afetar negativamente as ações. Os principais são as perturbações da cadeia de abastecimento e a escassez de mão de obra, que, conta Jeremiah Buckley, CFA, “persistem há mais tempo do que o consenso esperava. Isto e o potencial de continuação da elevação dos preços da energia e das matérias-primas, pode conduzir a uma inflação global que poderá resultar numa política monetária mais hawkish”. Além disso, têm mantido debaixo de olho o impacto da inflação na confiança dos consumidores e nas taxas de poupança/despesas. E não só. “Também a evolução política em torno do futuro das infraestruturas, do teto da dívida e da reforma fiscal, exigem um olhar atento para determinar se o posicionamento atual precisará de ser ajustado”, refere. NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 101


PRODUTOS COMPARAÇÃO por Óscar R. Graña

O GRANDE O APETITE PELO GLOBAL As fortes captações registadas pelos fundos de ações globais converteram-se na categoria mais procurada pelos investidores europeus este ano. O mercado acompanha e, em geral, os resultados obtidos pelos produtos estão a ser bons.

FUNDSMITH EQUITY

GESTORA: CAPITAL GROUP LANÇAMENTO: 2/12/15 DIVISA: DÓLAR PATRIMÓNIO: 14.640 ISIN: LU1310446312

GESTORA: DEGROOF PETERCAM LANÇAMENTO: 14/8/13 DIVISA: EURO PATRIMÓNIO: 1.889 ISIN: BE6246061376

GESTORA: FUNDSMITH LANÇAMENTO: 2/11/11 DIVISA: EURO PATRIMÓNIO: 7.449 ISIN: LU0690374029

RENTABILIDADE 1 ANO: 42,67 RENTABILIDADE 3 ANOS: 25,07 RENTABILIDADE 5 ANOS: 19,93

RENTABILIDADE 1 ANO: 41,02 RENTABILIDADE 3 ANOS: 27,75 RENTABILIDADE 5 ANOS: 22,68

RENTABILIDADE 1 ANO: 28,6 RENTABILIDADE 3 ANOS: 19,2 RENTABILIDADE 5 ANOS: 17,18

2018

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102  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

10,88

17,88

23,41

1,05

2 2 2 2017

20,86

37,45

5,36

9,73

-6,07

18,29

31,75

25,54

28,02

1 1 1 2017

31,92

DPAM INVEST EQUITIES NEWGEMS SUSTAINABLE

33,31

CAPITAL GROUP NEW PERSPECTIVE

2018

2019

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2021

2017

2018

Fonte: Morningstar Direct. Dados na divisa base do fundo a 30 de outubro de 2021. Dados do património em milhões de euros.

s fundos de ações globais estão na moda na Europa. É, de longe, a categoria que mais fluxos recebe a nível continental. Segundo dados da Refinitiv, as captações líquidas registadas por estes produtos desde janeiro alcançam os 135.000 milhões de euros. “É a categoria mais procurada na Europa. Apesar do aumento da volatilidade que temos visto em 2021, os investidores europeus têm-se mostrado dispostos a assumir risco”, aponta Detlef Glow, diretor de Análise da Refinitiv para EMEA. E, neste clima, são as estratégias globais as que estão a centrar o interesse.

33 3 2019

2020

2021


O apetite pelos fundos de ações globais é um fenómeno que não é alheio ao mercado ibérico, onde o interesse por estes produtos disparou nos últimos anos. “Em 2016 apenas existiam fundos deste tipo entre os clientes de maior património. Hoje isso mudou. O cliente ibérico delegou o asset allocation e os fluxos entraram em força nesta classe de estratégias. É uma das grandes transformações experimentadas pela indústria nos últimos cinco anos”, destaca Rubén García Páez, diretor geral da Columbia Threadneedle para a Península Ibérica e América Latina, Os dados Blockbuster da FundsPeople corroboram esta afirmação.

Atualmente, seis dos 10 maiores fundos internacionais com mais ativos na Península Ibérica fazem uma alocação global. Há cinco anos, apenas havia um no Top 10. É um fenómeno que tem sido alimentado, além disso, pelo auge dos temáticos, produtos que, em muitos casos, se englobam dentro desta categoria. Tanto é assim, que, dos seis fundos de ações que atualmente se posicionam no mercado ibérico entre os de maior património, metade são estratégias vinculadas a uma temática. Os mercados têm acompanhado e, em geral, os resultados gerados pelos produtos de ações globais têm sido positivos, com as estratégias que seguem

um estilo growth a impor-se claramente às value. Mais concretamente, a rentabilidade anualizada líquida obtida nos últimos cinco anos pelos fundos englobados dentro da categoria Morningstar Global Large Cap Growth Equity tem sido de 14,4%, a dos produtos englobados como Global Large Cap Blend Equity de 10,6% e a das estratégias Global Large Cap Value Equity de 7,8%.

O GRANDE GAP

Saber se se fechará o espaço que separa o growth do value é a eterna questão que têm colocado os investidores desde há anos. “Nos Estados Unidos, o value negoceia com o seu maior desconto

GESTORA: ROBECO LANÇAMENTO: 3/6/98 DIVISA: EURO PATRIMÓNIO: 8.126 ISIN: LU0187079347

GESTORA: SEILERN LANÇAMENTO: 15/1/96 DIVISA: SWISS FRANC PATRIMÓNIO: 2.459 ISIN: IE00B5WHP863

RENTABILIDADE 1 ANO: 22,28 RENTABILIDADE 3 ANOS: 29,32 RENTABILIDADE 5 ANOS: 22,93

RENTABILIDADE 1 ANO: 23,56 RENTABILIDADE 3 ANOS: 23,36 RENTABILIDADE 5 ANOS: 20,98

RENTABILIDADE 1 ANO: 42,37 RENTABILIDADE 3 ANOS: 23,5 RENTABILIDADE 5 ANOS: 19,87

36,25

35,67

2019

2020

2021

0,14

0,44 2018

21,3

11,37

21,36

-1,92

11,37

20,41

31,81

4 4 2017

25,05

GESTORA: MORGAN STANLEY LANÇAMENTO: 30/11/10 DIVISA: EURO PATRIMÓNIO: 18.115 ISIN: LU0552385535

28,62

SEILERN WORLD GROWTH FUND

42,17

ROBECO GLOBAL CONSUMER TRENDS

38,41

MORGAN STANLEY IF GLOBAL OPPORTUNITY FUND

5 5 5 6 6 6 2017

2018

2019

2020

2021

2017

2018

2019

2020

2021

NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 103


PRODUTOS COMPARAÇÃO

CAPITAL GROUP NEW PERSPECTIVE

GESTOR ROBERT LOVELACE

PROCURANDO OS CAMPEÕES DO FUTURO O objetivo deste fundo é identificar muito cedo as empresas multinacionais que são campeãs do futuro. 80% da carteira está nas mãos de sete gestores, com uma experiência média de 30 anos, que partilham de forma mais ou menos equitativa. Cada um tem aproximadamente entre 8% -10% da carteira, embora os gestores com mais antiguidade, como Robert Lovelace, tenham mais próximo de 10%, e aqueles com menos, 8%. Dentro da sua parcela, cada um investe livremente nas empresas que considera mais interessantes, sendo fiéis às suas convicções e ao seu estilo. As únicas condições que um título deve cumprir para ser elegível são duas: ser uma multinacional com capitalização mínima de 3.000 milhões de dólares e gerar pelo menos 25% das suas receitas fora do país de origem. Os 20% restantes estão nas mãos de analistas, que, no Capital Group, não só recomendam, como também investem.

104  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

DPAM INVEST EQUITIES NEWGEMS SUSTAINABLE

GESTOR JOHAN VAN GEETERUYEN

FUNDSMITH EQUITY

GESTOR TERRY SMITH

O FUNDO DE SETE TEMÁTICAS

UM FUNDO DE AUTOR

Trata-se de fundo temático único. Não investe num único tema, mas sim em sete: nanotecnologia, ecologia, bem-estar, geração Z, E-Society, indústria 4.0 e segurança. É daí que vem a sigla Newgems. Fazem a sua seleção aplicando um filtro ESG, considerando que se esses princípios forem integrados no processo de investimento, o alfa gerado será maior. O objetivo que traçaram é bater o MSCI World em três anos consecutivos, investindo em 80 empresas inovadoras e disruptivas ao longo de toda a cadeia de valor, que têm de apresentar algumas características para poderem entrar na carteira: forte crescimento dos lucros por ação (EPS), margens elevadas, serem geradores de fluxos de caixa positivos e terem pouca dívida. O fundo mudou recentemente de gestor. Johan Van Geeteruyen, diretor de Investimentos Fundamentais em Ações da DPAM, substituiu Alexander Roose à frente da estratégia.

De todos os produtos que aparecem nesta comparação, este é o mais desconhecido dos investidores. Pertence à Fundsmith, uma boutique independente britânica que se destaca especialmente pela sua gestão ativa long-only e de elevada convicção. É especializada em ações globais com um horizonte de longo prazo. Foi fundada em 2010 por Terry Smith, que está à frente deste fundo. A gestora aposta numa carteira muito concentrada, composta entre 20 a 30 títulos (atualmente tem 28). Para entrarem nela, as empresas devem reunir características de crescimento e qualidade muito marcadas. Entendem empresa de qualidade como aquela que tem pouca necessidade de alavancagem, uma capacidade de crescimento constante ou não está exposta a um comportamento cíclico ou temporário, entre outros fatores. Possui um tracking error relativamente elevado se comparado com o MSCI World, o que evidencia o marcante estilo de autor e convicção na construção do portefólio.


MORGAN STANLEY IF GLOBAL OPPORTUNITY FUND

GESTOR KRISTIAN HEUGH

ROBECO GLOBAL CONSUMER TRENDS

GESTOR JACK NEELE

SEILERN WORLD GROWTH FUND

GESTORES MICHAEL FAHERTY E MARCO LO BLANCO

ANTECIPANDO-SE À MUDANÇA

UMA APOSTA NO CONSUMO

UM FUNDO DE 10 REGRAS

Este fundo investe em empresas estabelecidas e emergentes de elevada qualidade que a equipa de investimentos acredita estarem subvalorizadas no momento da compra. O gestor procura empresas únicas que contem com fortes e sustentáveis vantagens competitivas, bem como crescimentos dos lucros/vendas significativas que gerem valor para o acionista. A equipa conta com uma equipa de analistas de mudanças disruptivas, o que confere à estratégia uma grande capacidade de antecipar estas mudanças na economia e permite-lhe uma exposição mais precoce. A filosofia de investimento é baseada numa mentalidade de longo prazo e na seleção individualizada de empresas. O resultado refletese numa carteira concentrada (30-40 posições), composta por empresas com qualidades únicas, posicionadas para aproveitar a sua posição privilegiada no mercado. O fundo cobre todos os tipos de capitalização de bolsista a nível global. É uma carteira muito diferenciada face ao índice, com um tracking error e active share elevados.

Trata-se de um dos primeiros fundos temáticos da Robeco, já que conta com um track record de mais de 20 anos. Investe em grandes empresas globais ligadas a tendências estruturais de crescimento do consumo. A seleção de ações é baseada na análise fundamental. A estratégia identifica e investe em várias tendências de crescimento do consumidor: transformação digital do consumo, a ascensão da classe média emergente e a crescente importância da saúde e do bem-estar. Aplicam uma metodologia muito específica para discernir os vencedores do futuro. O processo de investimento aplicável é composto por três fases. A primeira é a identificação topdown das tendências de longo prazo a partir da perspetiva do consumidor. A segunda é a seleção bottom-up de empresas com elevada exposição aos temas selecionados, combinada com o potencial de crescimento. A terceira é uma construção cuidadosa da carteira, em que o tamanho das posições é baseado no nível de convicção e nas características de risco.

Este fundo ancora a sua estratégia nas 10 regras de ouro de investimento da Seilern IM. A filosofia desta gestora na qual baseiam as suas estratégias é muito simples: procuram empresas de qualidade que sejam capazes de aumentar os seus lucros de forma sustentável ao longo do tempo (quality growth), centrando-se em procurar um crescimento orgânico através das vendas com enfoque no longo prazo. Limitam muito o seu universo, não investindo em bancos, seguradoras, companhias aéreas, automóveis, empresas de matérias primas, empresas com elevada intensidade de capital e com um filtro de dívida que nunca ultrapassa as 2,5 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda. Apenas investem em países da OCDE e com uma capitalização mínima de 3.000 milhões de dólares, embora a capitalização média atual seja de 377.000. Em essência, as empresas devem demonstrar ter expetativas de crescimento superiores, capacidade de fixação de preços, vantagens competitivas sustentáveis, elevados retornos sobre o capital investido e baixo endividamento.

NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 105


PRODUTOS COMPARAÇÃO

2 2 22

33 33

DPAM INVEST EQUITIES NEWGEMS SUSTAINABLE

14.641

FUNDSMITH EQUITY

1.889

7.449

1.657

9.455

5.534 4.114

5.222 1.946

3.113 34

2017

20

20

2018

2.036

342

2019

2020

2021

1.564

141

2017

2018

2019

2020

2021

2017

2018

2019

2020

2021

Fonte: Morningstar Direct. Datos de património em milhões de euros.

11 11

CAPITAL GROUP NEW PERSPECTIVE

20

1

15

4

2 5 15

3

10

10 15

6

1

Capital Group New Perspective Fund (LUX)

2

DPAM INVEST B Equities NewGems Sustainable

3

Fundsmith Equity Fund

4

MSIF Global Opportunity Fund

5

Robeco Global Consumer Trends

6

Seilern World Growth Fund

Divisa base (euro) 1520

10 20

9

2025

12

15

25

2530 15

20

30

30

Divisa base (dólar)

25

30

Divisa base (franco suíço)

Rentabilidade anualizada 3 anos (%)

CAPITAL GROUP NEW PERSPECTIVE FUND (LUX)

RENT. ANUAL A 3 ANOS VOLATILIDADE A 3 ANOS MÁXIMO DRAWDOWN 3 ANOS

DPAM INVEST B EQUITIES NEWGEMS SUSTAINABLE

FUNDSMITH EQUITY FUND

MSIF GLOBAL OPPORTUNITY FUND

ROBECO GLOBAL CONSUMER TRENDS

SEILERN WORLD GROWTH FUND

25,07

27,75

19,2

29,32

23,36

23,5

18,3

16,54

13,48

16,86

15,84

17,38

-18,45

-12,89

-14,47

-13,01

-12,15

-15,93

RÁCIO SHARPE 3 ANOS

1,27

1,37

1,22

1,36

1,25

1,27

ALFA 3 ANOS

3,67

7,02

3,44

7,89

5,05

6,23

BETA 3 ANOS

0,96

0,93

0,74

0,87

0,85

0,93

106  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

Fonte: Morningstar Direct. Dados na divisa base do fundo a 30 de outubro de 2021.

15

Volatilidade a 3 anos (%)

6


MORGAN STANLEY IF GLOBAL OPPORTUNITY FUND

44 4

17.076

18.116

55 5 ROBECO GLOBAL CONSUMER TRENDS

7.400

1.429

3.173

2019

1.717

3.203

5.710

2018

2.459

8.127

1.203

8.457

2017

66 6

SEILERN WORLD GROWTH FUND

2020

2021

relativamente ao growth desde 1999”, recordam da Amundi. Por agora, a realidade é a que explica Geoffroy Goenen, responsável de ações fundamentais da Candriam. “Todas as rotações importantes para o value ocorridas desde 2009 duraram apenas um máximo de seis meses. Este breve período de tempo tem sido suficiente para retificar as diferenças de valorização ou de rentabilidade relativa depois de períodos com um forte retorno superior ao dos títulos de crescimento”. No entanto, há quem pense que isto poderá mudar. É o caso de Ian Butler, gestor da J.P. Morgan AM, que considera que existem muitas razões pelas quais continuar a ser positivo relativamente ao value. “Os estímulos fiscais dos bancos centrais dirigem-se às áreas mais cíclicas, onde se enquadra esta classe de empresas, cujos lucros estão a recuperar. Para além disso, começámos a ver o retorno da inflação”, afirma. Na sua opinião, as diferenças de valorização entre as empresas baratas e as mais caras continuam a ser elevadas e o posicionamento mantém-se extremo, com muito poucos investidores expostos ao value.

2017

684

1.976

2018

378

2019

2020

2021

No entanto, num cenário em que as questões microeconómicas recuperaram protagonismo, Oliver de Berranger acredita no contrário. “Em geral, os dados apresentados pelas empresas têm sido bons e isso contribui para as revisões em alta das perspetivas de lucros. Isto leva automaticamente a reduzir as valorizações, o que volta a insuflar um pouco de atratividade nos títulos de crescimento que se tinham tornado muito caros”, reflete o diretor da Gestão de Ativos da La Financière de l’Echiquier.

TRAVÃO AO VALUE

Também não se pode esquecer que, embora aparentemente o atual contexto possa parecer mais propício para as ações value, existem forças no mercado que poderão jogar contra. Isto é muito evidente nos Estados Unidos. “Os fluxos dos investidores particulares norte-americanos estão a deixar-se sentir com força, comprando sistematicamente antes das quedas. No entanto, este dinheiro, acaba na sua maior parte nos grandes índices, mais expostos aos títulos de crescimento e a temáticas mais concretas, sobretudo

2017

2018

2019

2020

2021

relacionadas com o setor tecnológico”, recorda o especialista. São estas injeções de dinheiro das quais fala Berranger, as que estão a contribuir para sustentar as bolsas e explicam, em grande medida, porque é que as mini correções que se produzem são seguidas de rápidas recuperações. Porque, afinal, embora exista uma diversidade de opiniões sobre qual o estilo de investimento mais apropriado para encarar o futuro, no qual a maioria coincide é em que o contexto atual continua a ser muito propício para o mercado de ações. “Não existem alternativas às ações”, sentencia Paul Doyle, diretor de Ações Europeias da Columbia Threadneedle.

A informação sobre Organismos de Investimento Coletivo ou outros instrumentos financeiros incluída na FundsPeople é apresentada apenas com fim informativo e ilustrativo e não deve ser interpretada como uma oferta de venda ou recomendação de investimento. A informação não representa uma descrição completa dos OIC ou outros instrumentos financeiros e mercados a que faz referência.

NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 107


PRODUTOS CARTEIRAS por Mehdi Douali

O AMBIENTE ATUAL PARECE FAVORECER A SELEÇÃO DE TÍTULOS DE CRÉDITO LONGSHORT COM BASE EM FUNDAMENTAIS, UMA VEZ QUE A RECUPERAÇÃO ECONÓMICA PROGRESSIVA INCENTIVA A UMA MAIOR DIFERENCIAÇÃO ENTRE EMITENTES CORPORATIVOS 108  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO


ALOCAÇÃO A OBRIGAÇÕES NOME

SELO FUNDSPEOPLE

LÍQUIDA

LONGA

CURTA

CASH

DATA DA CARTEIRA

Allianz Credit Opportunities IT13 EUR

DABC

79,43

129,99

50,56

11,83

09/30/2021

BSF Fixed Income Strategies I2 EUR

DABC

142,90

248,86

105,95

-46,09

10/31/2021

Legg Mason WA Mcr OppBd PR USD Acc

DABC

90,19

97,89

7,69

0,21

09/30/2021

Muzinich LongShortCreditYld HEUR Acc NR

DABC

85,44

93,36

7,92

11,11

10/31/2021

Pictet Absolute Ret Fxd Inc ZX USD

DABC

100,54

209,44

108,90

-2,22

10/31/2021

RAM (Lux) Tactical Glb Bd Total Rtrn J

DABC

76,85

98,50

21,66

18,60

09/30/2021

Fonte: Morningstar Direct e FundsPeople. Fundos com Selo FundsPeople da categoria crédito long-short.

E

m geral, na categoria LongShort Credit, as estratégias de valor relativo têm apresentado desempenho pior do que as estratégias mais direcionais, que têm gerado retornos moderados a bons até agora, no ano. Nos últimos meses, o comportamento dos mercados de crédito tem dependido em grande medida das taxas de juro. Assim, embora os títulos do Tesouro dos EUA e o crédito com grau de investimento tenham sofrido perdas, o high yield registou pequenos retornos positivos e os empréstimos a taxas de juro variáveis tiveram desempenho superior aos restantes. O ambiente atual parece favorecer a seleção de títulos de crédito long/short com base em fundamentais, uma vez que a recuperação económica progressiva incentiva uma maior diferenciação entre os emitentes corporativos. Em direção à próxima temporada de lucros, os participantes do mercado tentarão determinar se e como as empresas estão a enfrentar pressões inflacionárias nas suas cadeias de abastecimento. Além disso, o custo da energia atrairá cada vez mais a atenção dos investidores.

ESTRATÉGIAS

DCI Market Neutral Credit Fund. Esta estratégia global sistemática baseada em fundamentais procura entregar retornos positivos explorando as lacunas de informação entre os mercados de ações e de crédito. Esta informação, combinada com outros parâmetros, permite detetar anomalias de preços em ativos indi-

viduais. O objetivo da carteira é gerar retornos positivos não correlacionados através de posições longas ou curtas em títulos de dívida líquidos. O fundo apresentou um desempenho negativo no terceiro trimestre do ano, compensando os ganhos no segundo trimestre e pesando no desempenho anual. A estratégia mantém-se neutra em termos de perfil de taxas de juro e exposição ao beta do mercado de crédito, um fator importante para o fundo este ano, dadas as oscilações acentuadas quer nas taxas de juro, quer nos mercados de crédito. Os títulos de consumo passaram por um período difícil, assim como os de energia e serviços financeiros, categorias em que a seleção de títulos enfrentou um rally nas emissões de qualidade inferior e mudanças abruptas de posição. Os setores aeroespacial e de transportes têm sido positivos para a estratégia, mas não o suficiente para compensar as perdas sofridas noutras áreas. Legg Mason Western Asset Macro Opportunities Bond Fund. Este fundo está focado na captura de ineficiências de preço encontradas nos mercados globais de títulos e moedas. A estratégia combina gestão top-down da duração, rendimento e volatilidade focada no valor, com uma orientação de longo prazo numa seleção de títulos bottom-up. Embora as ideias macro se reflitam em diferentes temas de longo prazo, os gestores de portefólio também exploram ideias de investimento de natureza mais oportunista e tática com um

NOS ÚLTIMOS MESES, O COMPORTAMENTO DOS MERCADOS DE CRÉDITO TEM DEPENDIDO EM GRANDE MEDIDA DAS TAXAS DE JURO

NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 109


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PRODUTOS CARTEIRAS

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A OPINIÃO DE

EM DIREÇÃO À PRÓXIMA TEMPORADA DE LUCROS, OS PARTICIPANTES DO MERCADO TENTARÃO DETERMINAR SE E COMO AS EMPRESAS ESTÃO A ENFRENTAR PRESSÕES INFLACIONÁRIAS NAS SUAS CADEIAS DE ABASTECIMENTO horizonte de investimento mais curto para aproveitar as oportunidades de mercado de curto prazo ou para proteger a carteira. O fundo registou ligeiras perdas até agora neste ano, mas deu de retorno cerca de 6,7% nos últimos 12 meses. Recentemente, a duração e o posicionamento da curva de yields têm sido os principais contribuidores para os retornos numa base líquida, principalmente devido a uma posição geral de longa duração no crédito high yield dos EUA e, acima de tudo, a exposição ao setor de energia tem sido positiva para a rentabilidade, bem como a exposição a crédito de grau de investimento, principalmente nos setores de energia e serviços financeiros. O posicionamento em moedas tem contribuído negativamente, embora tenha começado a melhorar recentemente. A dívida de mercados emergentes também tem sido um fator de arrasto, devido à exposição às taxas de juro russas e brasileiras. O gestor con110  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

CRISTINA CARVALHO Corporate & Institucional Sales Manager, Amundi

tinua a ver valor no crédito com grau de investimento e high yield e acredita que alguns mercados emergentes continuam bem posicionados para proporcionar retornos superiores. O Muzinich Long Short Credit Yield é uma estratégia de crédito long/short de high yield gerida com um viés longo e visa oferecer retornos líquidos próximos a 10% ao longo de um ciclo completo de mercado. Para tal, investe em obrigações de empresas high yield com avaliações atrativas, principalmente no mercado norte-americano, embora também mantenha alguma exposição à Europa. O portefólio combina uma carteira principal de buy and hold de títulos high yield com três outras estratégias: uma carteira de crédito curta, uma carteira de arbitragem de crédito e uma carteira de títulos de curto prazo. O fundo acumula uma rentabilidade na ordem de 2,3% no ano e 5,2% nos últimos 12 meses. A carteira longa gerou retornos positivos e o tamanho das exposições permaneceu inalterado. Esta componente é altamente diversificada a nível setorial e mostra uma preferência por instrumentos de crédito de maior qualidade e de curta duração. Parte da liquidez da carteira foi usada para comprar títulos defensivos com vencimentos curtos e para aproveitar as oportunidades de valor relativo nos mercados primário e secundário. As posições de cobertura têm apresentado um bom desempenho, gerando retornos num contexto de volatilidade de mercado e taxas de juros. As carteiras de arbitragem de posições curtas também contribuíram para o desempenho. As elevadas avaliações de alguns setores facilitam a procura ativa de estratégias de pares num mesmo setor ou mesmo emitente, a fim de capitalizar as anomalias de preços.

EDUCAÇÃO: O INVESTIMENTO DE MAIOR IMPACTO PARA CONSTRUIR UM FUTURO MELHOR Uma solução temática de ações globais que investe em todo o ecossistema educativo, desde a educação infantil até à universidade, incluindo a formação profissional e contínua, aproveitando a crescente procura e o notório aumento do gasto na educação ao longo de toda a vida. Uma indústria cada vez mais global liderada cada vez mais por organizações privadas, que se apoia em alavancas a longo prazo: crescimento da população, desenvolvimento da classe média, evolução sociocultural, digitalização; especialmente, nos países emergentes. O universo de investimento estrutura-se em torno de três pilares: (i) acesso à educação e contexto laboral (escolas de educação primária e secundária; universidades, agências de emprego ou gestão de talento, etc.); apoiado em dois pilares relacionados: (ii) ferramentas, conteúdos educativos e (iii) serviços aos estudantes. É uma temática com impacto positivo na sociedade. Ligada ao ODS nº4, contribui para alcançar muitos outros, favorecendo o crescimento económico, a saúde e bem-estar ou a redução das desigualdades, procurando combinar a rentabilidade financeira e social.


PRODUTOS EMERGENTES por Tomás García Purriños

PERCENTAGEM DE MESES POSITIVOS DEPENDENDO DO COMPORTAMIENTO DO DÓLAR US NOMINAL DOLLAR EM INDEX POSITIVO

US NOMINAL DOLLAR EM INDEX NEGATIVO

100

80

60

40

20

0 MSCI EM

MSCI EM ASIA

MSCI EM LATAM

MSCI EM EMEA

MSCI EUROPE BLOOMBERG

BARCLAYS GLOBAL EM LOCAL CURRENCY

BLOOMBERFG BARCLAYS GLOBAL EM HARD CURRENCY

Fonte: Reuters Datastream, Bloomberg, Santander Asset Management.

RISCO DIVISA AO INVESTIR EM MERCADOS EMERGENTES

Analisar a expetativas das divisas é extremamente importante na hora de realizar um investimento nestas regiões, seja em ações ou em obrigações.

O

investimento internacional aporta notáveis vantagens, incrementando o universo de ativos que se podem incorporar numa carteira. Isto é algo aceite na comunidade investidora. Contudo, representa algumas particularidades que devem enfrentar-se, como por exemplo, o câmbio da moeda. E a pergunta sobre se se deve cobrir ou não a carteira não tem uma resposta unânime. Os críticos costumam sublinhar dois motivos para não o fazer. Em primeiro lugar, que não deveria estar no âmbito de competência do gestor analisar divisas. Por outro lado, argumenta-se que as divisas são um jogo de soma zero: quando uma se desvaloriza é porque outra se valoriza e no longo prazo vão compensar-se. Relativamente ao primeiro argumento, a realidade é que os investidores globais cuja divisa de referência não é o dólar norte-americano enfrentam universos de investimento mais pequenos. Na

NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 111


PRODUTOS EMERGENTES

RENTABILIDADE DO DÓLAR E DAS AÇÕES DE PAÍSES EMERGENTES VS. DESENVOLVIDOS (%) ÍNDICE DO DÓLAR (DXY)

AÇÕES EM VS. AÇÕES MERCADOS DESENVOLVIDOS

30

42

28

20

14 10 0 0 -14

-10

-28

-20 2021

2020

2019

2018

2017

2016

2015

2014

2013

2012

2011

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2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

-42

Fonte: Reuters Datastream, Santander Asset Management.

verdade, incluir a gestão de coberturas dentro das suas competências poderá ser uma necessidade, como ocorre no caso de países com economias pequenas ou emergentes, que têm menores opções de investimento na sua divisa (por exemplo, mercados de obrigações pequenos ou pouco líquidos, poucas empresas cotadas em ações, etc.).

O DEBATE DE SOMA ZERO

Quanto ao segundo argumento, poderá ser certo, mas necessita do muito longo prazo. Em períodos inferiores a 20-30 anos, a divisa poderá explicar até 70%-90% do desvio das carteiras de obrigações e até 20%-30% em carteiras de ações. De novo, o anterior é especialmente relevante no caso de divisas muito voláteis como algumas emergentes que, para além disso, apresentam um considerável 112  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

momentum negativo em períodos de stress, maior do que o positivo em períodos de bonança. Além disso, em geral, as depreciações costumam estar relacionadas com saídas de capital ou instabilidade financeira e somam-se a períodos de queda do preço dos ativos. Na verdade, a taxa de câmbio nas divisas emergentes, sobretudo face ao dólar, é um fator que pode explicar as próprias perspetivas das suas economias devido ao facto de, por exemplo, a sua dívida negociar em dólares ou grande parte do comércio nestas regiões ser nesta divisa. Historicamente, menos de um terço das vezes que a taxa de câmbio nominal do dólar ponderada por parceiros comerciais emergentes se revaloriza, as ações ou obrigações destas regiões mostraram resultados positivos. Do mesmo modo, quando o dólar se valoriza, o comportamento dos mercados


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A OPINIÃO DE ÁLVARO ANTÓN LUNA Responsável de Negócio para Portugal e Espanha, Aberdeen Standard Espanha, Investments abrdn

DO PONTO DE VISTA DE UM INVESTIDOR GLOBAL DEVER-SE-Á ANALISAR A EXPOSIÇÃO A DIVISAS COMO A DE QUALQUER OUTRO ATIVO emergentes, tanto nas ações como nas obrigações, costuma ser positivo. Analisar, portanto, as expetativas das divisas, especialmente o dólar, é extremamente importante na hora de realizar um investimento nestas regiões. A correlação entre o movimento do índice do dólar ponderado por parceiros comerciais globais e o ponderado por parceiros emergentes é muito alto (superior a 80%) e, além disso, em mais de 70% das ocasiões nas quais o primeiro índice encerrou em positivo, o segundo também o fez. Em termos genéricos, parece que acrescentar divisas emergentes aumenta o perfil de risco (e o potencial de rentabilidade) da carteira. Contudo, do ponto de vista de um investidor global, dever-se-ia analisar a exposição a divisas como a de qualquer outro ativo: em termos de como afeta a variação da carteira dependendo das correlações com o resto dos componentes. Neste sentido, pode ter-se em conta, por um lado, o comportamento de ativo coberto e, por outro, o da divisa, estudando que benefícios aporta acrescentar a exposição com cobertura ou sem. Também é importante ter em conta que nestes investimentos devemos dividir o próprio risco de divisa em risco da divisa emergente e risco de dólar norte-americano. Na verdade, muitas autoridades emergentes gerem de forma explícita as suas divisas face ao dólar. Além disso, se a base do investidor é outra, um investimento local emergente gera exposição ao dólar e à divisa emergente. Relativamente à análise, embora na hora de estudar a atratividade das divisas

emergentes as ferramentas tradicionais (paridade de poder de compra, carry, BEER, etc.) sejam úteis, importa ter em conta que a notável assimetria negativa que têm vindo a mostrar exige acrescentar outras ferramentas.

OUTRAS FERRAMENTAS

Assim, importaria indicar três tipos de indicadores: económicos, de vulnerabilidade da dívida e fluxos. Entre os económicos, destacaríamos o deficit por conta corrente, o deficit orçamental, o risco político, o peso do comércio exterior (por exemplo, o rácio de exportações mais importações como percentagem do PIB), o peso das matérias primas no comércio e as reservas de divisas como percentagem das importações. Relativamente à dívida e à vulnerabilidade da divisa, é importante ter em conta o peso da dívida em divisa estrangeira ou o rácio de dívida a curto prazo entre as reservas de divisas. Finalmente, a liquidez e os fluxos de investidores também são relevantes, especialmente no caso de países que apliquem qualquer restrição ao movimento de capitais. Obviamente, todos estes indicadores devem adaptar-se a cada caso em concreto, visto que cada região emergente tem as suas próprias particularidades e riscos. Em suma, ter em conta uma política de coberturas parece necessário em qualquer investimento multiativo. No caso de países emergentes, esta política tem, se possível, um maior protagonismo devido aos possíveis tail risks deste tipo de investimentos.

A EUROPA GRANDENA INFLAÇÃO, VANGUARDA DO TRANSITÓRIA OU NÃO? CAPITALISMO Uma área de significante foco de RESPONSÁVEL

mercado, que se tem refletido na Quando avolatilidade presidente da crescente das yields das Comissãodo Europeia o tresuries tesouroanunciou norte-americano, Acordo da UE, descreveu-o têm sidoVerde as perspetivas sobre a como “o momento europeu inflação. No primeiro trimestre de 2021, equivalente chegada do a narrativa os mercadosàquestionaram Homem à Lua”. Não exagerou. desinflacionista de longo prazo,Ocom investimento para tornar a Europa a os níveis da inflação a continuarem mais verde e o primeiro continente subir. Contudo, o ímpeto por trás de neutro emcomeçou carbonoaem 2050 é de tudo isto desvanecer-se bilião de um pouco noeuros. segundo trimestre de Para além do ambiente, 2021, quando o CPI dos as EUA atingiu considerações sociais também em junho um pico de 5,4%, e a Fed são importantes a Europacada voltavez começou a fazer ediscursos a posicionar-se na linha da frente. mais hawkish sobre o futuro da política. A Europa é a região quedemais Isto manteve os limites equilíbrio de tem reconhecido o mito do valor médio/longo prazo dos EUA, à medida paraoosmercado acionistas e redirecionado que aguarda mais evidências atenções paramudanças o capitalismo de quaisquer estruturais na responsável. inflação. Não é só importante a forma, Acreditamos que a inflação geral masEUA também como éque queregresse essas nos é provável empresas o fazem. Também ao target de 2% definido pela estãonoa médio abordarprazo, alguns dosos riscos Fed mas problemas sociais maisIsto prementes. continuam em subida. por causa Normalmente, associamos da expetativa que temos deosque a Fed EUAirá com a biotecnologia não apertar as políticas edeosforma progressos na medicina,e mas a as agressiva e preventiva, porque Europa começa a ganhar terreno perspetivas de crescimento económico nesse campo. continuam positivas. Por isso, estamos A corrida à Lua foina uminflação objetivonortesobreponderados audaz e ambicioso. A corrida americana a longo prazo. para descarbonizar construir O Reino Unido temeestado sujeito sociedade mais àuma escassez do lado dasustentável oferta, é, possivelmente,naum desafiocomida nomeadamente energia, maior e urgente. À razões. eainda combustível, por várias medida que vamos recuperando Contudo, achamos que estes bottle das consequências e necks vão provar sersociais largamente ambientais da atualtal, pandemia, transitórios. Como o aumento da o objetivo o futuro é inflação nopara Reino Unidonão antecipado apenas reconstruir e de deverá para final de 2021 emelhor início 2022 forma mais àecológica, masa sim dissipar-se medida que economia reconstruir de forma mais justa.temos reabre completamente. Assim, Nesse âmbito, a Europa e as suas uma posição curta na inflação de médio empresas são protagonistas. prazo do Reino Unido.

NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 113


PRODUTOS ISR

por Inês Henriques da Silva e Iñigo Serrats

IMPA INVESTIMENTO DE

UM PASSO EM FRENTE NAS FINANÇAS SUSTENTÁVEIS

O investimento sustentável está altamente estabelecido e a maioria dos bancos privados e entidades gestoras inclui a sustentabilidade na sua oferta de investimento. Já o investimento de impacto é um fenómeno novo e diferenciador.

N

as últimas duas décadas, o investimento socialmente responsável (ISR) teve um grande crescimento. O compromisso generalizado que o Acordo de Paris de 2015 implicou, e a recente integração dos critérios ESG devido ao impulso regulatório baseado na Taxonomia Europeia 2020 foram fundamentais para este crescimento. No

114  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

entanto, problemas sociais e ambientais como desigualdade, pobreza, falta de recursos e as consequências das mudanças climáticas continuam a aumentar ano após ano. O investimento de impacto nasce para abordar direta e intencionalmente esses problemas. Vai um nível além do que conhecemos hoje como investimento sustentável. Tem como foco fornecer alternativas reais e


CRESCIMENTO DA INDÚSTRIA DE INVESTIMENTO DE IMPACTO Milhares de Milhões de USD

700

ACTO

600

500

400

300

200

100

0 2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

Fonte: GIIN

NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 115


PRODUTOS ISR

O INVESTIMENTO DE IMPACTO TAMBÉM ATRAI O INTERESSE DE ORGANIZAÇÕES PREOCUPADAS COM A PRESERVAÇÃO DO CAPITAL E O SEU COMPROMISSO COM A SOCIEDADE, COMO FAMILY OFFICES OU INCLUSIVE DOAÇÕES DE FUNDAÇÕES PRIVADAS E UNIVERSIDADES mensuráveis ​​para os problemas mais urgentes do nosso mundo, promovendo soluções de longo prazo, ao mesmo tempo que gera novos recursos e os reinveste em novas soluções. De acordo com a Global Impact Investment Network (GIIN), o investimento de impacto cresce a uma taxa anual de 27%, e o GIIN define-o como: “Investimentos feitos em empresas, organizações ou fundos com a intenção de gerar impacto social e/ ou ambiental mensurável, além do retorno financeiro”. Difere de outros tipos de investimentos por três elementos principais: Intenção: a intenção de um investidor em criar um impacto social ou ambiental positivo e mensurável Benefício: a capacidade em criar uma mudança mensurável ou uma 116  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

melhoria do problema para o qual o investimento foi direcionado Mensurabilidade: ser capaz de contabilizar e reportar o retorno financeiro, social e/ou ambiental dos investimentos O investimento de impacto representa uma grande oportunidade para o setor financeiro por vários motivos: pode canalizar novos recursos para a resolução de problemas sociais e ambientais que preocupam a sociedade, cria um modelo de financiamento capacitador que identifica as reais necessidades dos beneficiários finais e permite fazer uma utilização mais eficiente dos recursos e oferece uma nova ferramenta para melhorar o vínculo e a comunicação com os clientes e a sociedade como um todo.

FENÓMENO DIFERENCIADOR

O investimento sustentável está altamente estabelecido e a maioria dos bancos privados e entidades gestoras inclui a sustentabilidade na sua oferta de investimento. O investimento de impacto é um fenómeno novo e diferenciador. Especialmente interessante é o caso dos fundos de pensões, que encontram no investimento de impacto um aliado para cumprir o seu dever fiduciário e também o respetivo compromisso com a sociedade. O investimento de impacto também atrai o interesse de organizações


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A OPINIÃO DE SHANNON ZHENG Product specialist, Allianz Global Investors (AllianzGI)

7 RAZÕES PARA CONTINUAR A INVESTIR EM AÇÕES DA CHINA

preocupadas com a preservação do capital e o seu compromisso com a sociedade, como family offices ou inclusive doações de fundações privadas e universidades. Da mesma forma, o investimento de impacto consiste numa ferramenta de comunicação muito eficaz com os clientes, devido à sofisticação dos sistemas de medição de impactos socio-ambientais, especialmente atrativos para chamar a atenção de um público que já dificilmente se surpreende com resultados meramente financeiros. A dificuldade de aplicar diferentes abordagens de medição torna imprescindível recorrer a gestores especializados e com abordagem adequada para este tipo de investimento. O investimento de impacto também é um bom complemento à filantropia tradicional e ao financiamento público. Embora necessários, não são suficientes para atender às necessidades de projetos de alto impacto. De acordo com estimativas da ONU, há uma lacuna de financiamento de 2,5 mil milhões de dólares por ano para microempresas e PMEs globais. Ao contrário da ajuda ao desenvolvimento ou da filantropia, o indispensável retorno positivo do investimento de impacto permite, por um lado, capa-

citar as economias de baixa rendimento. Por outro lado, permite reinvestir os lucros e promover um maior número de projetos ao longo do tempo. Nos próximos anos, assistir-se-á a um aumento importante de investimentos de impacto. Nas palavras de Peter Harrison, CEO da Schroders, ao adquirir uma participação maioritária na Blue Orchard, uma gestora de impacto suíça, em 2019: “O investimento de impacto será a tendência mais importante na nossa indústria nas próximas duas décadas”. Estudos recentes indicam que a geração dos chamados millennials está muito mais alinhada com os valores de investimento de impacto do que as anteriores1. Muitos investidores e gestores, mesmo os mais tradicionais, querem e vão querer no futuro participar neste novo tipo de investimento. Para fazer isso da forma mais diligente possível, é essencial começar-se desde o início com os mais altos padrões, tanto financeiramente como em toda a estratégia de medição do impacto social e ambiental. Os investimentos de impacto têm o potencial de reunir as melhores práticas de gestão de ativos de forma a contribuir para a solução dos principais desafios do nosso mundo.

1. EY research: https://assets.ey.com/content/dam/ey-sites/ey-com/en_gl/topics/financial-services/eysustainable-investing-the-millennial-investor.pdf

Embora notícias recentes da China tenham incomodado os mercados, não achamos que isso mude o cenário de investimento a longo prazo. Compreender a dinâmica em jogo pode ajudar a tornar essas mudanças mais fáceis de aceitar. As sete razões: (1) As ações da China exibiram sempre maior volatilidade – e rentabilidades atrativas – sendo os investidores historicamente recompensados com desempenhos superiores a longo prazo; (2) Os EUA e a UE estavam já focados em regulamentar as grandes tecnologias, mas os mercados de capitais da China são muito mais amplos e profundos do que muitos investidores imaginam; (3) As ações A da China foram menos afetadas pela recente volatilidade e a repressão regulatória aos gigantes da tecnologia e a empresas de educação não afetou tanto as ações A como de outras cotadas; (4) As ações chinesas não se movem em sincronia com outros mercados de ações, sendo estes apreciados pelo seu potencial de longo prazo, mas também de diversificação; (5) Os investidores estrangeiros ainda estão a comprar ações da China, apesar da recente turbulência. Agosto de 2021 marcou o nono mês consecutivo de fluxos positivos para esta classe de ações, sugerindo uma mentalidade buy the dip; (6) Os principais índices globais estão a adicionar um grande número de ações chinesas, mas a representação do país nesses índices ainda subestima o potencial económico significativo do país; e (7) Inovação e transformação: os principais motores do crescimento da China atualmente, outrora conhecida como a fábrica do mundo. NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 117


PRODUTOS ETF por Laura Rey

OS 20 MAIORES ETF

COM MELHOR PONTUAÇÃO ESG NA EUROPA Com base nos dados ESG da Morningstar Direct, analisamos os ETF com atributo ESG (que replicam índices ESG) disponíveis para venda na Europa. Deste universo, selecionamos os que têm um rating de sustentabilidade elevado relativamente à média da sua categoria e que se encontram entre os 20 com maior património em euros.

118  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO


DESCUBRA OS ETF SUSTENTÁVEIS COM MAIOR PATRIMÓNIO NA EUROPA ETF

PATRIMÓNIO EM MILHÕES DE EUROS

CATEGORIA GLOBAL

GESTORA

MORNINGSTAR HISTORICAL SUSTAINABILITY SCORE

SFDR

FACEA À PRIMEIRA ANÁLISE PUBLICADA EM MARÇO 2021

iShares MSCI USA SRI ETF

7.243

US Equity Large Cap Blend

iShares

19,62

Artigo 8

SPDR® Bloomberg SASB U.S. Corp ESG ETF

4.766

US Fixed Income

State Street

22,06

Artigo 8

=

iShares MSCI Europe SRI ETF

4.574

Europe Equity Large Cap

iShares

18,04

Artigo 8

↑1

iShares MSCI World SRI ETF

4.356

Global Equity Large Cap

iShares

19,46

Artigo 8

↑1

Amundi IS Amundi MSCI USA SRI

4.144

US Equity Large Cap Blend

Amundi

19,67

Não

↑1

UBS (Lux) FS MSCI World SRI

3.915

Global Equity Large Cap

UBS

19,43

Artigo 8

↓3

UBS ETF MSCI ACWI Socially Responsible

3.460

Global Equity Large Cap

UBS

19,69

Artigo 8

=

Xtrackers ESG MSCI USA UCITS ETF

3.083

US Equity Large Cap Blend

Xtrackers

19,7

Artigo 8

↑4

iShares MSCI KLD 400 Social ETF

2.921

US Equity Large Cap Blend

iShares

19,97

Não

=

Amundi IS Amundi MSCI Europe SRI

2.730

Europe Equity Large Cap

Amundi

18,15

Artigo 8

↑1

BNP Paribas Easy MSCI USA SRI S 5% Cpd

2.691

US Equity Large Cap Blend

BNP Paribas

19,54

Artigo 8

↓3

UBS (Lux) FS MSCI EMU SRI

2.627

Europe Equity Large Cap

UBS

17,31

Artigo 8

↓2

Xtrackers ESG MSCI Japan UCITS ETF

1.899

Japan Equity

Xtrackers

21,8

Artigo 8

↑1

UBS (Lux) FS MSCI USA SRI

1.886

US Equity Large Cap Blend

UBS

19,66

Artigo 8

↓1

Amundi IS Amundi MSCI USA ESG Lds Slt

1.787

US Equity Large Cap Blend

Amundi

19,83

Artigo 8

↑3

BNPP E MSCI Europe SRI S-Series 5% Cpd

1.764

Europe Equity Large Cap

BNP Paribas

18,05

Artigo 8

=

CSIF (IE) MSCI USA ESG Leaders Blue ETF

1.665

US Equity Large Cap Blend

Credit Suisse

19,9

Artigo 8

=

iShares Edge MSCI USA Min Vol ESG ETF

1.485

US Equity Large Cap Blend

iShares

20,29

Artigo 8

Novo

UBS (Lux) FS MSCI Japan SRI

1.213

Japan Equity

UBS

21,85

Artigo 8

Novo

UBS ETF MSCI USA Socially Responsible

1.166

US Equity Large Cap Blend

UBS

19,65

Artigo 8

Novo

=

Fonte: Morningstar Direct 7/09/2021 e elaboração própria.

O

Investimento Socialmente Responsável (ISR) é tendência e necessidade, mas também uma grande oportunidade de contribuir para a sustentabilidade do planeta. Apesar dos critérios ESG no investimento se terem associado, sobretudo numa primeira etapa, com a gestão ativa, a indexada tem muito que dizer neste aspeto e os dados corroboram-no. Se tivermos em conta o património sob gestão, segundo o recente estudo publicado pela plataforma TrackInsight, os ETF de

ESG a nível mundial já movimentam 325.000 milhões de dólares em ativos sob gestão (277.000 milhões de euros), dos quais 100.000 milhões de dólares são novos fluxos que se acumularam até agosto. O seu rápido crescimento, tanto em subscrições líquidas como em novos produtos, são outra mostra do apetite que desperta este produto entre os investidores. No tempo já decorrido de 2021 já se superou em grande medida todas as subscrições líquidas registadas durante 2020, que foram 88.500 milhões de dólares. O número de NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 119


PRODUTOS ETF

OPINIÃO

SOFIA JESUS

Analista, BPI Gestão de Ativos

Atualmente, os temas da sustentabilidade abrangem todo o espetro da gestão de ativos, incluindo a gestão passiva, até por imposição da crescente preocupação dos clientes e dos reguladores. É cada vez mais claro que o papel do setor financeiro como catalisador da mudança se faz sobretudo através do envolvimento nas empresas, que é uma ferramenta chave que as gestoras de ativos têm ao seu dispor para refletir o impacto real das suas estratégias, mesmo as passivas. Por isso, a eficácia da gestão passiva na integração da sustentabilidade passa cada vez menos por estratégias baseadas em exclusões, e cada vez mais pelo voto ativo e engagement com as empresas e setores que mais podem melhorar em termos de sustentabilidade.

ETF ESG em todo o mundo também experimentou um crescimento notável. Entre janeiro e agosto lançaram-se 174 novos veículos sustentáveis. Quanto à zona geográfica, há sim uma região líder que é a Europa. Os ETF ESG europeus estão a receber o grosso de entradas de dinheiro desde o início de 2021. Com cerca de 16% do total de ativos a seguir uma estratégia ESG, o velho continente é líder na adoção de ETF ESG. Até agosto captaram 65.000 milhões de dólares. “O impacto da crise climática é evidente para todos os olhos que podem ver”, comenta Ailing Zhang, analista de ETF ESG na Trackinsight. Apenas importa recordar os incêndios florestais que assolaram este verão a Turquia, a Itália e a Grécia. Um fiel reflexo da importância das mudanças 120  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

climáticas e da necessidade de uma atuação eficaz e contundente por parte da sociedade. No entanto, o especialista mostra-se esperançoso ao analisar os dados do último relatório, já que “indicam que estamos a assistir a uma mudança histórica na mentalidade dos investidores europeus, que agora situam a sustentabilidade no centro das decisões de investimento”. Fiquemos na Europa e façamos um repasso aos 20 maiores ETF disponíveis no mercado com melhor pontuação ESG. Para a análise baseámo-nos nos dados da Morningstar Direct. Procuramos entre os ETF com atributo ESG (que replicam índices ESG), os que estão disponíveis para venda em toda a Europa. Entre estes, selecionámos os que têm um rating de sustentabilidade Morningstar elevado relativamente à média da sua categoria, e dentro deste grupo filtramos os 20 com maior património em euros. Quanto à classe de ativos, o predomínio é claramente para as ações. Todos excepto o SPDR® Bloomberg SASB U.S. Corp ESG ETF, replicam índices de ações. O ETF da State Street é o único que segue um índice de obrigações, neste caso dívida corporativa norte-americana. Este fundo ocupa a segunda posição por volume em euros (superior aos 4.700 milhões de euros), superado pelo iShares MSCI USA SRI ETF com 7.243 milhões, que se situa na primeira posição. Em apenas seis meses viu o seu património crescer em mais de 2.000 milhões. Em


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A OPINIÃO DE ANDRÉ THEMUDO Responsável de Vendas em Portugal, BlackRock

SEMICONDUTORES: UM FUTURO PRÓSPERO APESAR DA ESCASSEZ ATUAL?

A MAIORIA DOS PRODUTOS REPLICAM ÍNDICES DE AÇÕES E A ELEIÇÃO PREFERIDA É A BOLSA NORTE-AMERICANA terceiro lugar aparece outro ETF da iShares, o iShares MSCI Europe SRI ETF, com um património de pouco mais de 4.500 milhões, derrubando do pódio o UBS ETF MSCI World SRI que, embora aumente o seu património em quase 700 milhões relativamente a outra análise de março, aparece agora na sexta posição (ver tabela da página 119).

E CONTINUA A AUMENTAR

Todos os ETF do ranking têm um património superior aos 1.000 milhões de euros. No total, estes 20 ETF sustentáveis gerem um património de pouco mais de 59.000 milhões, sendo o volume sob gestão médio de 2.969 milhões. Metade dos ETF da lista replicam um índice de bolsa norte-americana, quatro optam por índices europeus e três por globais. Destaca a presença dos ETF que seguem o MSCI Japan, um Xtrackers da DWS e outro da UBS ETF. Por gestora, dos 20 maiores ETF com melhor pontuação ESG entre os registados na Europa, a UBS ETF gere seis, a iShares cinco e a Amundi ETF três. No entanto, se analisarmos o volume total gerido por gestora, a

iShares coloca-se na primeira posição, já que os ETF do ranking somam um património de mais de 20.500 milhões de euros; segue-se a UBS, com cerca de14.000 milhões e a Amundi ETF, que acumula um património próximo de 8.600 milhões de euros. Na análise, incluímos a Pontuação Histórica de Sustentabilidade Morningstar (Historical Sustainability Score). Trata-se de uma média ponderada dos últimos 12 meses de classificações disponíveis de sustentabilidade das carteiras Morningstar. As pontuações históricas das carteiras não se analisam por igual. As mais recentes têm mais peso do que as mais antigas para refletir melhor as carteiras atuais. De acordo com este rating, no qual é melhor obter menos pontos, o ETF da lista com melhor pontuação ESG é o UBS ETF MSCI EMU SRI, que regista uma pontuação 17,31. Praticamente a totalidade dos ETF (18) classificam-se com base no artigo 8 do Regulamento de Divulgação de Finanças Sustentáveis (SFDR, nas suas siglas em inglês), o que significa que integram caraterísticas meio-ambientais e sociais.

A recente escassez de semicondutores destacou a importância que têm no nosso dia a dia. A menor disponibilidade destes produtos, que responde tanto a questões geopolíticas como económicas, afetou fabricantes de todo tipo de produtos nos quais a tecnologia tem um peso cada vez mais relevante. Não obstante, a paulatina recuperação da normalidade após o severo impacto da pandemia convida a pensar com otimismo no futuro dos semicondutores, já que já se começa a apalpar a reativação do consumo que, em conjunto com a implementação das redes 5G, levará a um importante aumento da procura tecnológica. Na BlackRock esperamos que boa parte desta procura se concentre em setores como o automobilístico, onde a transformação para modelos mais sustentáveis está a ser acompanhada de uma grande integração de soluções tecnológicas. A eletrificação dos veículos e a aposta na condução autónoma vão-se tornar num forte apoio para este tipo de produtos. Por isso, acreditamos que a escassez de semicondutores não vai travar de maneira estrutural o crescimento desta indústria, que se tornou nas últimas décadas na espinha dorsal de tendências cada vez mais importantes para o nosso futuro. NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 121


PRODUTOS INSTITUCIONAL por David Cienfuegos

DIFERENTES PERSPETIVAS SOBRE A RESPONSABILIDADE FIDUCIÁRIA NA

GESTÃO A corrida às poupanças sustentáveis já começou. Mas num mundo em que as grandes organizações desempenham um papel tão importante, a pergunta que se impõe é quem é que marca a agenda destas empresas.

122  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

O

mundo está a mudar mais do que o esperado. Uma mudança acompanhada por novos paradigmas em áreas de referência para os investidores. O endividamento de grandes economias mundiais está em máximos históricos, as taxas de juros em mínimos históricos, há empresas com receitas superiores a PIB nacionais… Esta nova realidade faz-nos pensar no papel dos governos, empresas, sindicatos e demais agentes económicos e sociais. No passado, os governos, através


PERCENTAGEM DE CAPITALIZAÇÃO DE MERCADO POR CATEGORIA DE INVESTIDOR INVESTIDORES INSTITUCIONAIS

EMPRESAS PRIVADAS

SETOR PÚBLICO

ESTRATÉGIAS INDIVIDUAIS

OUTROS FREE FLOAT

100

80

60

40

20

TURQUIA

MÉXICO

BRASIL

CHINA

ÍNDIA

COREIA DO SUL

JAPÃO

FRANÇA

ALEMANHA

REINO UNIDO

CANADÁ

EUA

0

Fonte: ESG AND RESPONSIBLE INSTITUTIONAL INVESTING AROUND THE WORLD, A Critical Review, 2017

dos orçamentos gerais, podiam financiar grandes iniciativas com o objetivo, a priori, de melhorar o Estado providência. A emissão de dívida era a principal via para projetos que excediam as receitas geradas. Hoje, com as consequências da pandemia, os Estados veem-se limitados nas opções para aumentar a dívida pública sem um impacto negativo na perceção do mercado sobre a capacidade de pagar essa dívida e, com isso, um incremento do custo de financiamento. Isto leva a uma necessidade de cooperação entre governos e empresas. As iniciativas público-privadas começam

a financiar muitos projetos que, antigamente, os governos realizariam por si, como o financiamento de infraestruturas, criação de habitação, apoio à agricultura sustentável, transformação energética das cidades, programas de saúde, habitação social… Num mundo em que as grandes organizações desempenham um papel tão importante, a pergunta que se impõe é quem é que marca a agenda destas empresas. Para se ter uma ideia, 80% da capitalização bolsista das três maiores empresas nos EUA são de investidores institucionais. Na Europa, ronda os NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 123


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PRODUTOS INSTITUCIONAL

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A OPINIÃO DE VALERIA VINE Especialista de Investimento, Capital Group

A RESPONSABILIDADE FIDUCIÁRIA REQUER A DEFINIÇÃO DA SUA FINALIDADE, ALÉM DO RESULTADO FINANCEIRO DOS INVESTIMENTOS

40%. Isto significa que as assembleias de acionistas destas empresas estão sujeitas ao escrutínio destes investidores, razão pela qual os aspetos ESG (Sustentabilidade Ambiental, Social e de Governação) se tornam essenciais. Mas, quem são os investidores institucionais? Referimo-nos, normalmente, a entidades jurídicas e não a pessoas. No entanto, os maiores investidores institucionais, avaliando os ativos investidos, são fundos de pensões profissionais, e os seus órgãos diretivos incluem representantes da empresa e dos trabalhadores. Ao definir-se a política de investimento, ou na seleção dos gestores que investem os ativos destes fundos, é cada vez mais importante pensar no papel que estas decisões podem ter nas políticas internas das empresas em que se investe. No dia em que a sociedade perceber que as grandes empresas que criam tendências são propriedade de cidadãos, que poupam através da compra de ações dessas mesmas empresas, podemos articular um processo democrático para acompanhar as autoridades públicas na defesa do Estado providência. Por conseguinte, a responsabilidade fiduciária requer a definição da sua finalidade além do resultado financeiro dos investimentos. Quanto mais cedo entendermos esta realidade, mais depressa beneficiaremos das vantagens do E, S e G. Só assim poderemos 124  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

maximizar o resultado financeiro dos investimentos, por mais complexo que possa parecer.

DIFERENÇAS

Mas nem todos os reguladores têm a mesma visão sobre isto. Nos EUA, onde os investidores institucionais têm maior peso no capital das empresas cotadas, os resultados financeiros são prioritários e exige-se que a responsabilidade fiduciária se foque na geração de rentabilidade financeira independentemente do valor adicional que as decisões de investimento possam ter na sociedade. No extremo oposto, o regulador europeu tem um papel fundamental no desenvolvimento regulamentar dos requisitos a aplicar à responsabilidade fiduciária, o que obriga os investidores institucionais a comunicarem de forma aberta e transparente as políticas de sustentabilidade, tal como as empresas, nas contas anuais. É irónico pensar que a formulação de uma exigência ESG ajudará os ativos investidos a favorecer as empresas com melhores políticas de sustentabilidade e, provavelmente, as suas avaliações bolsistas, traduzindo-se num maior retorno financeiro. A corrida às poupanças sustentáveis já começou e esperamos que unifique os critérios a este respeito.

CLASSE MÉDIA DE MERCADOS EMERGENTES IMPULSIONA VIAGENS AÉREAS Antes da pandemia de COVID-19, cerca de 150 milhões de pessoas na Ásia viajaram pela primeira vez, num ano. Nos próximos 20 anos, espera-se que a região represente cerca de 50% do crescimento de tráfego aéreo, potenciado pelo rápido crescimento da classe média. Em todo o caso, a incapacidade que experenciaram os asiáticos que procuraram fazer atividades recreativas durante a pandemia, apenas aguçou ainda mais o desejo de viajarem, e já há sinais de procura reprimida. A China é um desses casos, já que as suas viagens aéreas já quase regressaram a níveis pré-COVID nos finais de 2020, depois de terem praticamente controlado o surto. Contudo, o recente crescimento de casos trouxe de volta algumas restrições. Entretanto, no Quénia, a maior economia da África Oriental, está a procurar expandir os seus serviços de voos charter para impulsionar o setor do turismo. O país, que vê o turismo como uma fonte nacional de receitas, recebeu com sucesso visitantes da Roménia e da Ucrânia, após o apoio do seu governo. O reavivar da procura por viagens na Ásia e outras partes do mundo pode ter um poderoso efeito cascata, criando a necessidade de uma série de bens e serviços, ao ajudar o crescimento de empregos numa variedade de indústrias. Entre eles estão os fabricantes de aviões, fabricantes de motores a jato, hotéis, casinos e restaurantes.


PRODUTOS ALTERNATIVOS por Óscar R. Graña

OS FUNDOS ALTERNATIVOS

NA MODA NA EUROPA Embora a cautela dos investidores relativamente aos produtos de gestão alternativa se mantenha, existem uma série de estratégias que, no último ano, estão a captar um avultado volume de fluxos graças, basicamente, aos bons resultados conseguidos.

O

montante é avultado: 74.000 milhões de euros. É o volume que, segundo a Morningstar, se transferiu dos fundos de gestão alternativa na Europa nos últimos três anos. Um dado que expressa a falta de confiança dos investidores e que, depende, de forma especial, das estratégias global macro e market neutral (de ambas as categorias saíram no último ano 24.000 milhões de euros, respetivamente); mas também das de multiestratégia, que sofreram resgates de 11.000 milhões neste período. A boa notícia para a categoria de alternativos é que, em termos gerais, em 2021 a tendência se está a inverter. Apesar de ser pouco, entra dinheiro. No total, as captações não alcançam os 5.000 milhões de euros, o que demonstra que as reticências

dos investidores relativamente a esta classe de ativos se mantêm. No passado, as deceções relativamente aos seus resultados têm sido grandes e isso continua gravado na mente de muitos clientes. No entanto, neste contexto de crise de confiança, a tormenta não é para todos. Existem fundos que estão a atrair fluxos abundantes.

DENOMINADOR COMUM

Se se analisar o ranking dos produtos de gestão alternativa registados para venda na Península Ibérica que mais fluxos estão a receber este ano, existe um denominador comum na grande maioria deles. Nos últimos três anos, o grosso conseguiu, com maior ou menor êxito, cumprir o objetivo para os qual foram concebidos: proteger o capital gerando rentabilidades po-

NOVEMBRO E DEZEMBROO  I  FUNDSPEOPLE 125


PRODUTOS ALTERNATIVOS

OS 25 FUNDOS QUE MAIS ENTRADAS LÍQUIDAS REGISTARAM FUNDO

CATEGORIA MORNINGSTAR

RENTAB. A 1 ANO (%)

RENTAB. ANUALIZADA A 3 ANOS (%)

CAPTAÇÕES LÍQUIDAS NO ÚLTIMO ANO

PATRIMÓNIO (MILHÕES DE EUROS)

1

BlackRock Strategic Funds Global Event Driven Fund

EAA Fund Event Driven

5,7

4,63

2.113

5.505

2

Nordea 1 Alpha 15 MA Fund

EAA Fund Multiestratégia Euros

16,38

10,59

1.421

4.465

3

JPMorgan Investment Funds Global Macro Opportunities Fund

EAA Fund Macro Trading Euros

10,18

4,98

1.306

5.952

4

Exane Funds 2 Exane Pleiade Fund

EAA Fund Eq. Market Neutral Euros

5,35

4

1.053

1.731

5

Mosaic

EAA Fund Outros Alternativos

12,09

6,65

1.027

2.007

6

Nordea 1 Alpha 10 MA Fund

EAA Fund Multiestratégia Euros

10,5

6,7

1.008

4.627

7

Lazard Rathmore Alternative Fund

EAA Fund Arbitragem Valor Relativo

15,13

7,67

743

1.136

8

Man GLG Event Driven Alternative Fund

EAA Fund Event Driven

13,51

9

JPMorgan Funds Multi Manager Alternatives Fund

EAA Fund Multiestratégia Euros

5,74

10

Neuberger Berman Uncorrelated Strategies Fund

EAA Fund Multiestratégia Euros

-2,53

11

Credit Suisse Wealth Funds 1 Credit Suisse HtC Fund

EAA Fund Outros Alternativos

681

878

3,08

591

1.602

-1,11

523

1.915

516

1.003 1.225

12

MontLake Crabel Gemini UCITS Fund

EAA Fund Macro Trading Euros

0,53

3,48

459

13

Aviva Investors Global Convertibles Absolute Return Fund

EAA Fund Arbitragem Valor Relativo

4,94

5,13

459

1.185

14

Pictet TR Diversified Alpha

EAA Fund Multiestratégia Euros

0,57

1,56

431

3.270 447

15

Schroder International Selection F. Cross Asset Momentum Comp. EAA Fund Multiestratégia Euros

3,33

-10,98

396

16

Credit Suisse (Lux) Liquid Alternative Beta

EAA Fund Multiestratégia Euros

16,09

5,52

375

734

17

Pictet ALT Distressed & Special Situations

EAA Fund Event Driven

25,36

320

420

18

JPMorgan Funds Diversified Risk Fund

EAA Fund Multiestratégia Euros

-0,53

-7,13

315

766

19

KLS Arete Macro Fund

EAA Fund Macro Trading Euros

11,35

7,1

312

961

20

Janus Henderson Global MultiStrategy Fund

EAA Fund Multiestratégia Euros

2,41

288

315

21

Santander GO Absolute Return

EAA Fund Macro Trading Euros

6,35

287

407

22

UBS (Irl) Investor Selection Currency Allocation Return Strategy

EAA Fund Divisas

10,65

23

Lumyna Sandbar Global Equity Market Neutral UCITS Fund

EAA Fund Eq. Market Neutral Euros

-6,2

24

Amundi Funds Volatility World

EAA Fund Trading com opções

-7,58

25

Janus Henderson Global Equity Market Neutral Fund

EAA Fund Eq. Market Neutral Euros

-2,51

-1,56

3,12

284

951

271

1.360

259

588

258

396

Fonte: Morningstar Direct. Dados a 30 de setembro de 2021.

sitivas impendentemente do contexto de mercado. A procura deste objetivo foi chave para ganhar a confiança do investidor. É o caso do BlackRock Global Event Driven, o fundo de gestão alternativa mais vendido na Europa no último ano. Dos 5.500 milhões que gere, 2.100 foram captados nestes 12 meses. Persegue quatro objetivos: gerar rentabilidades absolutas estáveis (na ordem dos 6% anuais), aproveitar todo o espetro de acontecimentos empresariais transformadores, gerar um alfa que não esteja 126  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

correlacionado com os mercados de ações e obrigações e, tudo isso, com uma volatilidade inferior à das estratégias tradicionais de ações. O investidor gostou da ideia. No ranking dos 10 fundos de gestão alternativa mais procurados no último ano pelos investidores europeus destacam-se duas gestoras: a Nordea AM e a J.P. Morgan AM. São as únicas que conseguiram posicionar duas estratégias no Top 10 por captações. A entidade nórdica consegue-o graças aos produtos integrados dentro da sua gama Alpha: o Nordea 1


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A OPINIÃO DE ISABEL DE LINIERS Senior sales, DWS Iberia

QUANTO DINHEIRO É NECESSÁRIO PARA COMBATER AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS?

OS FUNDOS DE GESTÃO ALTERNATIVA ESTÃO A COMEÇAR LENTAMENTE A RECUPERAR A CONFIANÇA DOS INVESTIDORES Alpha 10 MA e o Nordea 1 Alpha 15 MA. Ambos os fundos investem no que denominam de superestratégias que operam de maneira independente como subcarteiras. Nelas incluem-se diferentes prémios de risco. Os dois produtos captaram conjuntamente 2.400 milhões de euros no último ano. No que diz respeito à entidade americana, os produtos estrela são o JPM Global Macro Opportunities e o JPM Multimanager Alternatives. O primeiro é um fundo global macro super-vendas no mercado ibérico que, a nível europeu, conseguiu nos últimos 12 meses atrair 1.300 milhões num contexto em que a debandada da subcategoria não abranda: apenas este ano saíram 5.000 milhões de euros. O segundo trata-se de um produto multiestratégia construído a partir de uma carteira diversificada de 10 gestoras alternativas que seguem cinco tipos de filosofias diferentes. O seu objetivo: gerar uma rentabilidade estável com uma volatilidade entre 4% e 6% durante o ciclo, com uma baixa sensibilidade à evolução das obrigações e das ações. Este ano já captou 600 milhões.

ESTRATÉGIAS QUE CRESCEM

No Top 10 de fundos de gestão alternativa mais vendidos na Europa no último ano, aparecem algumas estratégias de casas mais pequenas. É o caso

do Lazard Rathmore Alternative, que investe em estratégias de arbitragem de convertíveis, ou do Neuberger Berman Uncorrelated Strategies, que procura estratégias de hedge funds com baixa correlação com os mercados de ações e obrigações. Por outro lado, existem outros fundos no último ano que estão a experimentar um rápido crescimento com base nos ativos que geriam. Acontece com o Mosaic, produto com 27 anos de track record, gerido pela Pictet Alternative Advisors, que investe numa gama diversificada de hedge funds, com estratégias que incluem ações long/short, market neutral, arbitragem de obrigações e global macro. Só no último ano captou 1.000 milhões, metade do que recolhe atualmente. Também com o Man GLG event Driven Alternative. Dos quase 900 milhões que gere, praticamente 700 foram atraídos nos últimos 12 meses. Ou com o Exane Pleiade, fundo cujo objetivo é gerar uma rentabilidade absoluta e regular com uma baixa correlação com os mercados financeiros através de uma estratégia de investimento dinâmica em ações long/short. Dos 1.700 milhões que atesoura, cerca de 1.000 foram captados no último ano. Todos eles perfazem, atualmente, o Top 10 dos fundos de gestão alternativa com maiores captações.

O financiamento para o combate às mudanças climáticas atingiu uma média de 632 biliões de dólares em 2019 e 2020. No entanto, em comparação com essas estimativas, a Climate Policy Initiative1 calcula que, para cumprir o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5 ˚C, os gastos de capital em projetos de sustentabilidade devem ser multiplicados por cinco ou seis, para ultrapassar 4 triliões de dólares até 2030. Além disso, é necessário alocar capital para controlar os danos mais imediatos das mudanças climáticas. Por exemplo, no ano passado, o financiamento para adaptar ativos a danos físicos causados por cheias, por exemplo, foi de apenas 46 biliões de dólares, um valor entre cinco e dez vezes menor do que o investimento necessário nesta área2. Na DWS acreditamos que as empresas com uma parcela alta ou crescente de receita verde, I&D (inovação e desenvolvimento) e gastos de capital podem ser determinantes no financiamento da mudança climática3. Além disso, poderão superar seus concorrentes no mercado de ações e beneficiar de um custo de dívida mais baixo e, consequentemente, de um custo de capital mais baixo. Nesse sentido, o nosso fundo DWS Invest ESG Climate Tech investe em empresas com modelos de negócios que mitigam os efeitos das mudanças climáticas, criando oportunidades futuras para os investidores. 1. CPI, outubro de 2021 2. Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, novembro de 2021 3. Goldman Sachs, outubro de 2021

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ESTILO DE VIDA ÓCIO

por Pedro Lino

VIAJAR A ARTE DE NADA FAZER Seja qual for a latitude a explorar, viajar é, para muitos, sinónimo de desconectar do mundo. Sem horários, sem planos, sem stress. Relaxar é a única palavra de ordem.

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ara muitos, viajar é sinónimo de fazer planos elaborados e meticulosos com horários estipulados com vista a não perder nada do local que vão conhecer. Desde visitas a museus, restaurantes locais, bairros históricos, praias tudo é planeado meticulosamente. Alguns amigos confessam mesmo que precisam de férias para descansar das férias! Para mim, férias é sinónimo de não fazer rigorosamente nada! Aliás quanto menos possível melhor. Depois de trabalhar durante mais de 14 horas por dia na gestão de duas empresas de investimento, a elaborar estratégias e 128  FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

a tomar decisões, a paz de não decidir torna-se num desejo único. Viajar tornou-se, para além do ginásio, um dos principais hobbies, e quanto mais longa a viagem melhor! Costumo dizer que duração do voo é proporcional à sensação de relaxamento. As férias começam verdadeiramente quando o avião descola da pista. A partir desse momento sei que terei horas sem telemóveis (muito embora algumas companhias já ofereçam o serviço de mensagens e possibilidade de realizar chamadas, o que é uma chatice!), sem stress, sem necessidade de tomar decisões ou de pensar em soluções. Tal é o efeito

anestesiante, que são raras as vezes em que o avião começa a acelerar para descolar e eu não esteja já em fase avançada de adormecer. Aquela aceleração para o vazio, é a uma sensação reconfortante, à qual se se seguem umas boas horas de relaxamento. Daí não ser mistério que o Brasil, a Tailândia ou as Maldivas sejam destinos que me cativaram ao longo dos anos, quer pelas paisagens, quer pela duração dos voos. Para muitos três a cinco dias numa ilha que demora menos de 20 minutos a ser percorrida, pode ser o início de pesadelo. Ao início também pensava que não fazer nada seria um motivo


AS PRAIAS, SÓ VISTAS EM FILMES, PARECEM VERDADEIRAS OBRAS DE ARTE DE QUALQUER FOTOGRAFIA TRABALHADA EM PHOTOSHOP

de stress. Começaram por ser cinco dias, mas agora menos de 10 dias parece pouco. As Maldivas, ocupadas pelos portugueses no século XVI, durante quinze anos, são um destino de eleição. Com os seus atóis e ilhas minúsculas, algumas compostas apenas pelo próprio resort, são um paraíso por múltiplos motivos. A paisagem do mar, as águas cristalinas, a vida marinha, parecem encantar e apaziguar a alma. E o melhor é que das 1200 ilhas que compõem o país, há mais de 200 habitadas para conhecer. As praias, só vistas em filmes, parecem verdadeiras obras de arte de

qualquer fotografia trabalhada em Photoshop, águas azuis, a perder de vista, na imensidão do oceano. Mas a temperatura da água a 30ºC, como se de um beliscar de pele se tratasse lembra que, seja de dia ou de noite, ao sol ou à chuva, é possível tomar banhos de mar sem um pingo de frio. O próximo passo será explorar a vida marinha, mas confesso que o medo de tubarões ainda predomina. Os locais e amigos, que já vivenciaram essa experiência, referem que é mesmo o culminar de uma experiência indescritível, como se de um outro mundo se tratasse. Por agora os tubarões ainda falam mais alto, e se bem que dizem

que não fazem mal, nem mordem, nunca sabemos se há algum com fome! Claro que estão sempre reservadas horas para o ginásio, responder a emails e para acompanhar os mercados financeiros, paixão essa que nunca vai de férias. Lembro-me de várias viagens em que o ginásio foi a pausa para algumas transações na bolsa e para acompanhar as notícias. Afinal o dinheiro nunca dorme, e não podemos deixar de olhar por ele senão outro olhará! Este é o boost necessário antes de regressar aos mercados de capitais e à dinâmica do dia-a-dia, cada vez mais complexa. NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 129


ESTILO DE VIDA VIAGEM por Inês Fernandez

SÃO MIGUEL Superfície: 744,6 km2 Habitantes: 137.830 hab Capital: Ponta Delgada Ponto mais alto: Pico da Vara

SÃO MIGUEL UMA ILHA A VISITAR POR TODOS

A ilha de São Miguel tem de ser visitada por qualquer pessoa, não só de Portugal, mas do mundo. É um local que possui uma beleza e uma magia que dificilmente será encontrada em qualquer outro canto do planeta.

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ão há dúvida de que o último ano e meio foi totalmente diferente daquilo a que estávamos habituados: desafiante e, sobretudo, exigiu de nós esforços que não esperávamos ter que fazer. Os confinamentos e o afastamento daqueles que nos são mais queridos foram situações que custaram a todos nós. A junção, para uma grande maioria, do local de trabalho, da escola, da creche e da casa de cada um num só mesmo espaço levou a um corte grande das nossas rotinas. Ora, é precisamente na suspensão destas rotinas e num intervalo de confinamentos que conseguimos encontrar momentos de felicidade, viajando. É neste âmbito que venho falar da minha viagem em família à ilha de São Miguel, também conhecida como Ilha Verde. De um grupo de nove ilhas, São Miguel é a maior do arquipélago dos Açores e é, sem dúvida, um destino que merece ser visitado e revisitado.

Descoberta por volta do ano de 1432 por Gonçalo Velho Cabral, a Ilha Verde foi, mais tarde, apelidada de Ilha de São Miguel pelo simples facto de a sua colonização ter começado no dia 29 de setembro, dia de São Miguel Arcanjo. O porquê de a ilha de São Miguel ser também conhecida como Ilha Verde é óbvio: o clima ameno e chuvoso provoca a existência de uma paisagem com diferentes tons de verde ponteada por múltiplas cores das hortenses cor-de-rosa, azuis e roxas, e que leva qualquer um a ficar maravilhado. A ilha de São Miguel, embora pequena, oferece um leque inesgotável de miradouros, lagos, lagoas, trilhos, e muito mais, que merecem ser sentidos, vivenciados. Todos estes locais contribuem para a edificação de uma beleza única que pertence a esta ilha açoriana. Poderia redigir uma lista praticamente interminável acerca dos locais que devem ser visitados, mas debruçar-me-ei apenas sobre alguns.


As paisagens que envolvem tanto a Lagoa do Fogo como a Lagoa das Sete Cidades ou a Lagoa das Furnas são inigualáveis; se o tempo estiver descoberto, é de ir ver e descer à Lagoa do Fogo e a sensação que se tem quando olhamos para a enorme cratera para além das vistas é do princípio do mundo!

LAGOAS LENDÁRIAS

O passeio à Lagoa das Sete Cidades é um must: conta a lenda que uma princesa de olhos verdes se apaixonou por um príncipe de olhos azuis e a coisa não deu certo, acabaram os dois a chorar, e das lágrimas de cada um formaram-se duas lagoas, que juntas têm cores diferentes. A explicação mais científica advém do tipo de vegetação de cada um dos fundos. Há um caminho fantástico, as Cumeeiras, que fizemos de carro, que tem vistas deslumbrantes de um lado sobre as lagoas e de outro lado sobre o mar.

As Furnas: se tivesse que escolher uma zona preferida na ilha talvez a eleita fosse esta. Local místico, imperdível. O Parque vale uma visita atenta, tem árvores centenárias e raras, ribeiras de águas férreas quentes e a incrível Alameda de Gingko Bilobas entre outras atratividades. Tomar banho na piscina de água férrea quente do Parque Terra Nostra e nas piscinas naturais Dona Beja é uma delícia. O parque Grená, que fica mesmo ao lado da lagoa das Furnas, guarda dentro de si algumas cascatas, trilhos, assim como o conhecido cozido das furnas, cozinhado dentro da terra, em buracos ou caldeiras abertos para o efeito, algo que impressiona bastante, sobretudo no prato, pois é absolutamente delicioso! Para uma melhor digestão, um copo de água azeda da fonte termal ao pé das Caldeiras é aconselhável. Ainda nos conseguimos deparar com algumas praias, tal como a Ponta

da Ferraria, que, devido à temperatura amena da água e ao encanto da Natureza, devem ser aproveitadas. Para quem gosta de caminhadas há inúmeros trilhos em São Miguel, destacaria a rota circular do Faial da Terra que passa pelo Salto do Prego, uma cascata natural lindíssima, com água bem fresca onde podemos tomar um banho e seguir caminho. Poderíamos ser induzidos a pensar que a visita a qualquer ilha açoriana ficaria por aqui, isto é, que não seria muito mais do que passar uns dias a contemplar a Natureza; mas não, há mais por conhecer. A ilha de São Miguel tem de ser visitada por qualquer pessoa, não só de Portugal, mas do mundo. Fazer esta viagem permite a qualquer um relaxar, descansar e desfrutar de um local que possui uma beleza e uma magia que dificilmente será encontrada em qualquer outro canto do mundo. NOVEMBRO E DEZEMBRO  I  FUNDSPEOPLE 131


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