Revista FundsPeople novembro e dezembro 2022

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EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022
FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022
EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA.

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Porque a seleção de empresas que mantêm elevadas rentabilidades por dividendo e dividendos crescentes sustentados, pode ser uma das bases fundamentais de um portefólio de sucesso, mesmo em tempos de volatilidade.

Os investimentos estão sujeitos a risco

Mais informação

Apenas para investidores profissionais (Directiva MiFID 2014/65/UE Anexo II).

A distribuição a investidores privados/retalhistas é proibida. Este documento destina-se a ser uma comunicação de marketing. DWS é a marca sob a qual o DWS Group GmbH & Co. KGaA e as suas filiais desenvolvem a sua actividade. filiais fazem negócios sob. Os clientes receberão produtos e/ou serviços DWS através de uma ou mais entidades jurídicas identificadas na documentação relevante. Não pode haver garantías que qualquer meta ou objectivo de investimento pode ser alcançado. As previsões baseiam-se em hipóteses, estimativas, opiniões e modelos ou análises hipotéticas, que podem revelar-se imprecisas ou incorrectas ou incorrecta. As previsões não são um indicador fiável do desempenho futuro. Detalhes completos do fundo podem ser encontrados no prospecto e/ou identificação do prospecto, ao qual deve ser anexado o último relatório anual auditado e o relatório anual relevante. O último relatório anual auditado e, se mais recente do que o último relatório anual, o relatório semestral correspondente. Estes documentos são a única base vinculativa para a compra de unidades do fundo, compra de unidades do fundo. Se um produto financeiro for denominado numa moeda diferente da moeda do investidor, qualquer flutuação na taxa de câmbio pode afectar negativamente o preço ou o valor do produto financeiro ou o rendimento do mesmo. valor do produto financeiro ou dos rendimentos dele derivados, pelo que o investidor suporta o risco cambial total. O produto descrito neste documento pode não ser adequado para todos os investidores e antes da data deste documento pode não ser adequado para todos os investidores. Todos os investidores e antes de qualquer negociação ou transacção deverá tomar medidas para garantir que compreenda totalmente a transacção e que tenha efectuado uma análise independente sobre a adequação da transacção. Análise independente da adequação da transacção aos seus próprios objectivos e circunstâncias, incluindo os potenciais riscos e benefícios de participar na transacção. Pode obter as informações acima referidas acima por via electrónica ou em cópia impressa gratuita do seu consultor financeiro, DWS International GmbH, Sucursal no Reino Unido, ou em www.dws.com. A empresa de investimento pode decidir para denunciar os acordos feitos para a comercialização deste fundo. CRC 091584. Agosto 2022

DE UM CONTEXTO DE MERCADO EM QUE SE DANÇAVA AO SOM DA TINA (THERE IS NO ALTERNATIVE), PASSAMOS AGORA PARA UM RITMO MAIS DIVERSO E MAIS COMPLEXO EM QUE DIFERENTES INSTRUMENTOS TÊM O SEU CONTRIBUTO A DAR ÀS CARTEIRAS DE INVESTIMENTO.

SEM AMARRAS, COM HUMILDADE

Ainda meio inebriada por um dos concertos mais fantásticos que vi até hoje, venho aqui escrever-vos estas linhas. A catalã Rosalía deu-me(nos) uma grande lição de humildade em pleno Altice Arena. De todos os textos que li sobre o concerto – em que os elogios foram em uníssono – ninguém utilizou a palavra humildade para descrever a performance da cantora, mas a mim é aquela que me faz verdadeiro sentido. Durante duas horas, a mesma plateia – sublinho a mesma – ouviu sem nenhum complexo laivos de reggaeton, trejeitos de pop, batidas techno, versos hip-hop, clássicos do flamenco... sem pudor. E ela, sem amarras, sem entrega a mais ou a menos numa determinada canção, fez com que todas as músicas tivessem a mesma dignidade, independentemente da moralidade que terceiros lhes atribuam. E que difícil que isso é. Ou na verdade não.

Hoje recordo aqui que o contexto de mercado mudou muito nos últimos tempos. Todos vós que nos leem sabem. Embora não propositado, nesta edição há um leve elogio à humildade de todos os que compõem este mercado. Ora vejamos. As taxas de juro subiram, inverteu-se um dos ciclos mais longos de mercado dos últimos anos, e os gestores e indústria voltaram a adaptar-se aos novos tempos. Logo a abrir, no tema de capa, damos palco a esse afinar de trabalho, neste caso por parte dos selecionadores nacionais. A lista de fundos destacados, que todos os anos requisitamos a estes profissionais, mostram o atualizar de rota feito no seu trabalho e mais uma vez a mestria exigida pela adaptação a novos tempos.

Mas este não é caso único. Olhamos também para um outro volte-face. Se até há bem pouco tempo os fundos de mercado monetário e de obrigações ultra-curto prazo tinham ficado mais escondidos na oferta das gestoras, agora é tempo de lhes dar novo palco, mas não a todo o custo. O que estão a fazer as equipas gestoras destes produtos e como veem este eventual regresso da atratividade a esta tipologia de produto? São algumas das questões que pode ver respondidas mais adiante, nesta edição.

E o exercício de humildade da indústria vê-se também num dos temas mais impactantes para as equipas que prestam consultoria para investimento e gestão de carteiras: as preferências de sustentabilidade dos clientes. Obter essas informações parece um exercício pouco complexo, à primeira vista, mas a verdade é que não o é, como nos mostra um especialista de uma consultora nacional. Como gerir a atualidade à luz de diretivas que parecem estar mais à frente no tempo?

Os tempos são então de adaptação… mais uma vez. Fazer um exercício de humildade, que muitas vezes exige avançar e outras tantas esperar para ver. Quase como num concerto de Rosalía: canta-se um sóbrio flamenco que lhe deu as bases, mas não há medo de mergulhar num histriónico e dançável reggaeton. Com humildade.

NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 3 EDI TO RIAL NOVEMBRO DEZEMBRO ’22 FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022
47 I NOVEMBRO E DEZEMBRO
MARGARIDA PINTO Editora Portugal

IN DI CE

PANORAMA

Novas vias de crescimento

Às portas de um ano incerto

Barómetro Rating FundsPeople

O novo Regime da Gestão de Ativos

Ranking Rating FundsPeople

O sobe-e-desce do mercado europeu de fundos

TENDÊNCIAS

38 Fundos destacados pelos selecionadores portugueses: o ano dos multiativos flexíveis 44 Desafios de uma Banca Privada em mutação 48 Exclusão, inclusão e engagement: batuta pela qual se regem as gestoras nacionais 52 O presente e o futuro dos fundos ultradefensivos do mercado nacional 56 O setor financeiro e a subida de taxas de juro 60 Preferências financeiras de sustentabilidade 64 A gestão ativa em PPR: como comparam os gestores com a taxa de retorno teórica? 68 Novo regime de comercialização transfronteiriça de OICVM 72 As gestoras de investimento alternativo estão a ganhar a batalha do reconhecimento da marca

ENTREVISTAS

Thomas Moore

Madalena Teixeira

Ana Otalvaro

Alexandra Tostões

Huw Davies

Pedro Silveira Assis e Fernando Castro Solla

PRODUTOS

High yield: defaults à vista?

Ações japonesas

Adeus, Jair. Olá, Lula

ESG no capital de risco

Entre os 20 maiores ETF com melhor pontuação ESG na Europa, quatro são artigo 9.º

As siglas de uma crise evitada

A heterogeneidade dos ilíquidos oferece soluções para cada tipo de investidor

ESTILO DE VIDA

Automóveis clássicos

4 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO
12
14
18
24
28
34
76
82
86
88
80
92
94
100
103
106
109
112
116
120
47 I NOVEMBRO E DEZEMBRO 82 86 88 92 76 80
122 Costa Rica

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Material publicitário destinado somente para investidores qualificados de acordo com a definição da MiFID. Os fundos mencionados fazem parte da Nordea 1, SICAV, uma sociedade de investimento de capital variável sediada em Luxemburgo (Société d’Investissement à Capital Variable), legalmente constituída conforme as leis de Luxemburgo e com a Diretiva2009/65/EC do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Julho de 2009. Este documento é material publicitário e não divulga todas as informações pertinentes relativas aos subfundos apresentados. Qualquer decisão de investimento nos subfundos deve ser feita com base no Prospecto em vigor e no documento de Informações Fundamentais Destinadas ao Investidor (KIID), que estão disponíveis, juntamente com os relatórios anual corrente e semi-anual do sub-fundo, por via electrónica em inglês e na língua local do mercado onde o mencionado OICVM está autorizado para distribuição, e poder ser solicitado, sem ônus, junto a Nordea Investment Funds S.A., 562, rue de Neudorf, PO Box 782, L-2017 Luxemburgo, representantes locais, agentes de informação, ou nossos distribuidores. Nosso Agente Pagador em Portugal é BEST - Banco Electrónico de Serviço Total, S.A., devidamente constituído sob as leis de Portugal e registado na CMVM como intermediário financeiro. Os documentos mencionados estão também disponíveis em português no site www.bancobest.pt. Publicado pela Nordea Investment Funds S.A., sita em 562, rue de Neudorf, P.O. Box 782, L-2017 Luxembourg, que é autorizada pela Comission de Surveillance du Secteur Financier (CSSF). O presente documento não poderá ser reproduzido ou divulgado sem autorização prévia, tal como não poderá ser cedido a investidores privados. Este documento contém informações destinadas apenas a investidores profissionais e consultores financeiros e não se destina para divulgação pública.

CONTRIBUTOS DO MÊS

47 I NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022

24

SÉRGIO BRITO

Analista, APFIPP

O novo Regime da Gestão de Ativos

56

ALEJANDRO

ALLONA

Analista de fundos sénior, Inversis Gestión

O setor financeiro e a subida de taxas de juro

60

CO LABO RA DO RES

ROBERTO BILRO MENDES

Diretor do departamento de Financial Services Risk & Regulation e head of Compliance, RegTech e Web3, PwC Diz-me quais são as tuas preferências de sustentabilidade, dir-te-ei quais os produtos financeiros que te são adequados

64

JOEL ABELHAS

Vencedor da Melhor Dissertação Académica, Prémios APFIPP

A gestão ativa em PPR: como comparam os gestores com a taxa de retorno teórica?

Nota de redação

• Primer Decil Consultores y Editores S.L. informa-o que os seus dados de carácter pessoal, obtidos na sua condição de subscritor da revista FundsPeople fazem parte do ficheiro 397084/2010 inscrito na Agência Espanhola de Proteção de Dados, sendo os mesmos apenas utilizados para os fins de envio desta revista e outras informações sobre produtos e/ ou atividades da entidade e/ou daquelas com as quais sejam celebrados acordos, assim como produtos e/ou atividades

de patrocinadores e/ou colaboradores da revista e/ou da entidade, incluindo-se o envio de comunicações comerciais através de meios de comunicação à distância, efetuando, de igual modo, resumos estatísticos e/ou históricos. O leitor tem reconhecidos os direitos de acesso, retificação, cancelamento e oposição dos seus dados pessoais mediante comunicação individual que deverá enviar para o seguinte endereço de correio electrónico: protecciondatos@fundspeople.com

• FundsPeople é uma revista dirigida exclusivamente a profissionais do sector financeiro e, em particular, a

68

JORGE MORAIS E DIOGO PIMENTA

Consultor e advogado estagiário, Abreu Advogados

Novo regime de comercialização transfronteiriça de OICVM

72

GUY TAYLOR

Consultor, Peregrine Communications

As gestoras de investimento alternativo estão a ganhar a batalha do reconhecimento de marca

106

MÓNICA CAMEIRA DE MENDONÇA

Sócia fundadora, CEO, Insight Venture ESG no Capital de Risco

120

JOSÉ GAVINO

Responsável pelo Negócio em Portugal, Corum AM Automóveis clássicos: churros que pingam óleo de motor

122

ANA GOMES

Consultora sénior, Direção de Investimentos, Banco BEST

Costa Rica: o paraíso da biodiversidade

entidades consideradas como contrapartes elegíveis ou investidores profissionais, ao abrigo da legislação aplicável. A informação sobre instituições de investimento coletivo ou outros instrumentos financeiros, constante da FundsPeople é apresentada unicamente com fins informativos e ilustrativos e nunca deve ser interpretada como uma oferta de venda ou uma recomendação de investimento. A informaçao não constitui uma descrição completa das instituições de investimento coletivo ou de outros instrumentos financeiros, mercados, ou desenvolvimentos a que se faz referência.

6 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

Capital em risco. O valor dos investimentos e o rendimento deles resultante pode variar, aumentando ou diminuindo, não sendo garantido. Da mesma forma, o investidor pode não reaver o valor originalmente investido.

Este conteúdo é emitido pela BlackRock (Netherlands) B.V. é autorizado e regulamentado por a Autoridade dos Países Baixos para os Mercados Financeiros. Escritório registado Amstelplein 1, 1096 HA, Amsterdão, Tel: 020 - 549 5200, Tel: 31-20-549-5200. Registo Comercial n.º 17068311. Para sua protecção, as chamadas telefónicas são geralmente gravadas. © 2022 BlackRock, Inc. Todos os direitos reservados.

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47 I NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 ABC

Empresa

Algebris

Allianz

Allsring

APFIPP

Aristotle

Baluarte

Banco

Banco

Banco

Bankinter

BBVA

BBVA

BBVA

BiG

BIZ

BMO

BNP

BNY

BPI

BPI

Brown Advisory 18, 38

Caixa Gestão de Ativos 26, 48, 52

Caixabank Asset Management 34

Candriam 38, 94

Capital Group 14, 18, 38

Carmignac 20

Carregosa 24

Casa de Investimentos 24

CGD Pensões 24

Citi Private Bank 12

Columbia Threadneedle Investments 38

Comgest 38

CORUM AM 38

CPR AM 38

Credit Suisse AM 109

Crédito Agrícola Gest 24, 48

Crédito Agrícola Vida 24

CVC Capital Partners 74

DEF

Deka Investments 34

DNCA Investments 38

Dodge & Cox 38

DPAM 18, 38

DWS 14, 38

ECS 24

Edmond de Rothschild (Europe) 44

Edmond De Rothschild AM 26, 38, 44

Eleva 18, 26, 38

Eurizon 18, 38

Federated Hermes 38

Ferox Capital 38

Fidelidade 24

Fidelity International 38, 94

Floresta Atlântica 24

Flossbach von Storch 18, 38

Franklin Templeton Investments 38

Fulcrum 34

Fund Box - SGFII 24

Fundiestamo 24

Fundsmith 18

Futuro 24, 64

GHI

GAM 38 Gef 24

Gesfimo 24

GFM Gestão de Ativos 24

GNB 24

GNB Fundos Mobiliários 24

GNB Gestão de Ativos 38, 48, 52, 64

GNB Real Estate 24

Goldman Sachs AM 38, 100, 116

GQG Partners 18

Grupo BPI 81

Grupo Caixabank 81

Guardcap 38

Heed Capital 24

Heed Capital 26, 38, 52

Heptagon 38

HSBC 34

IM Gestão de Ativos 24, 52, 64

Imofundos 24

Imopolis 24

Imorendimento 24

Insight Investment 34

Institutional Investment 24

Insula Capital 24

Interfundos 24

Invesco 34, 38, 76, 99, 101

Invest Gestão de Activos 26, 38, 64

iShares 34, 109

JKL

J.P. Morgan AM 14, 18, 34, 38, 100

Janus Henderson 18, 38

Jupiter AM 38, 18, 38, 88, 100

KLP Asset Management 34

KPMG 116

La Financiere De L’Echiquier 38

La Française 38

Lazard AM 38

Legal & General IM 34

Libertas 24 Lifento 24

Lonvia Capital 18

LYNX Asset Managers 24, 48

MN

M&G Investments 38, 99, 115

Magallanes Value Investors 38

Man Group 18

Marshall Wace 38 McKinsey 72 Mercer 34

MFS IM 14, 18, 38

Millennium Management 75 Montepio Gestão de Activos 24, 48, 52, 64

Montepio Valor 24

Morgan Stanley IM 18, 38, 116

Morningstar 18, 109 Muzinich 18, 38

Natixis IM 12, 38, 116

Neuberger Berman 38, 113

Ninety One Fund Managers 103

NN IP 34, 38

Nomura AM 103 Nordea AM 18, 38, 62, 94

Norfin 24 novobanco 86 Nuveen 12

OPQ

Oddo BHF Asset Management 14

OFI AM 38

Optimize Investment Partners 38, 26 Partners Group 12 Pictet AM 18, 34, 38

PIMCO 18, 34, 38 Previsão 24 Profile - SGFIM 24

RST

RAM Active Investments 38

Real Vida Seguros 24 Refundos 24

Robeco 18, 38, 58

Ruffer 18, 34, 38

S.G.F.P. Banco de Portugal 24

Santander AM 26, 38, 48, 52, 64

Santander Pensões 24

Schroders 18, 38, 100, 103, 116

Seilern 18

SGF 24, 64

Silar - SICAFI, SA 24

Silvip 24

Sixty Degrees 26, 38, 48

Société Générale Gestion 34

Square Asset Management 24

State Street 34, 38, 109

Syquant Capital 38

Syz Group 12

Syz WM 12

T. Rowe Price 38

TF Turismo Fundos 24

The Blackstone Group 75

Tidal Financial Group 12

Tikehau IM 24

UWXYZ

UBS AM 34, 38, 51, 109, 118

UBS Global WM 12

UTI International 38

Valadim Investimentos 24

Vanguard 34

Veritas Asset Management 38

Victoria - Seguros de Vida, SA 24

VidaCaixa 81

Vila Gale Gest 24

Violas Ferreira - SICAFI, SA 24

Virtus Investment Partners 12

Vontobel AM 38, 95

Waystone 38

Wellington Management 18, 38

Xtrackers 34, 109

Zest 12

CEO GONZALO FERNÁNDEZ gonzalof@fundspeople.com

REDAÇÃO & ANÁLISE

MARGARIDA PINTO, Editor Portugal margarida.pinto@fundspeople.com

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8 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO DI
RE TÓ RIO
ÍNDICE DE EMPRESAS
abrdn 34 Acatis 14, 38
Ageas Pensões 24, 64
Alantra 38
Investments
38
Allfunds 12
AllianceBernstein 38
Global Investors
14, 34, 38
Investments
Global
38 AltamarCAM 116
Amundi 14, 34, 38, 99, 109
25, 64
Arcano 38
Capital Management
Atlantic
Investors
IM
12 Artemis 114
24 Aviva
34 AXA
38, 82
Wealth Advisors
92
BPI
34
Carregosa
44
Sabadell
34
GA- Suc.
Portugal 26, 48, 64
AM
64
Fundos
24
Portugal 44
- Banco de Investimento
Global 38
Capital
24
BlackRock 14, 18, 34, 38, 94
Bluebay AM 38, 94
GAM
18
Paribas
AM 34, 38, 94, 109
Mellon IM
14, 38
Gestão de Ativos 26, 38, 48, 52, 64
Vida e Pensões 26, 80

ALLIANZ CYBER SECURITY A CIBERSEGURANÇA É UMA NOVA PRIORIDADE

7,8 biliões de pessoas no mundo cada vez mais conectadas. Nos últimos anos, a digitalização cresceu a uma velocidade inesperada, tornando-se uma megatendência.

Do trabalho ao tempo livre: estamos “sempre ligados”. A transformação digital facilita nossa vida, mas nos torna mais vulneráveis a possíveis ataques cibernéticos.

A forte expansão do cibercrime aumenta a demanda por proteção de organizações, empresas e indivíduos.

O Allianz Cyber Security investe em empresas ativas na defesa contra crimes cibernéticos: recuperação de desastres, treinamento de usuários finais, segurança cibernética são apenas alguns exemplos. Da ameaça à oportunidade: uma importante temática de investimento em crescimento.

Possibilidade de transferência da equipa de investimento para a Voya IM nas próximas semanas, sem alterar a composição da equipa, a filosofia de investimento ou o processo de investimento. A Allianz Global Investors e a Voya IM anunciaram a sua intenção de firmar uma parceria estratégica de longo prazo.

*Allianz Cyber Security foi classificado como um Artigo 8 sob SFDR: EU Sustainable Finance Disclosure Regulation. Informação exacta no momento da publicação. Os investidores devem ter em conta todas as características e/ou objectivos do fundo tal como descritos no seu prospecto e no KIID (regulatory.allianzgi.com). O investimento no Fundo envolve riscos. Os investimentos no Fundo e o rendimento obtido poderão oscilar para cima e para baixo, dependendo dos valores ou previsões existentes no momento do investimento e, portanto, poderá não recuperar o seu investimento na íntegra. O Allianz Cyber Security é um subfundo da Allianz Global Investors Fund SICAV, uma sociedade de investimento aberta de capital variável constituída de acordo com a legislação luxemburguesa. O valor das unidades de participação/ações, que pertencem às Categorias de Unidades de Participação/Ações do Subfundo denominadas na divisa base, poderá estar sujeito a volatilidade bastante elevada. É possível que a volatilidade de outras Categorias de Unidades de Participação/Ações seja diferente. O desempenho anterior não garante resultados futuros. Os investimentos em uma moeda diferente da do país onde reside o investidor, podem estar sujeitos a flutuações cambiais, ascendentes ou descendentes. O presente documento tem efeitos meramente informativos e não constitui uma proposta ou um convite a realizar uma oferta, a celebrar um contrato, a comprar ou vender quaisquer valores mobiliários. Os produtos ou valores mobiliários aqui descritos poderão não estar disponíveis para venda em todas as jurisdições ou para certas categorias de investidores. Esta informação tem apenas como fim a sua divulgação, de acordo com a legislação aplicável, e não está disponível para residentes e/ou cidadãos dos Estados Unidos. As oportunidades de investimento aqui descritas não têm em conta objetivos de investimento específicos, a situação financeira, o conhecimento, a experiência ou necessidades específicas de qualquer indivíduo em particular e não oferecem garantias. A sociedade gestora pode decidir pôr termo às formas previstas para a comercialização dos seus organismos de investimento coletivo, nos termos do os regulamentos de desnotificação aplicáveis. Os pontos de vista e opiniões expressas neste documento refletem o entendimento da sociedade gestora na data da publicação e estão sujeitos a alterações a qualquer momento e sem aviso prévio. Os dados facultados neste documento provêm de várias fontes e são considerados corretos e fiáveis na data da publicação. Prevalecerão os termos de qualquer oferta ou contrato subjacente que tenha sido ou venha a ser celebrado. Para obter uma cópia gratuita do prospecto, documentos de constituição, cotações diárias, informações fundamentais destinadas aos investidores e últimos relatórios financeiros anuais e semestrais, entre em contacto com a entidade gestora Allianz Global Investors GmbH no país onde o fundo está sediado (Luxemburgo), ou com a entidade emitente no endereço abaixo indicado ou em regulatory.allianzgi.com. Por favor leia atentamente estes documentos antes de investir, os quais são obrigatórios. Este material promocional foi elaborado pela Allianz Global Investors GmbH, www.allianzgi.com, uma sociedade de investimento de responsabilidade limitada, constituída na Alemanha, com sede em Bockenheimer Landstrasse 42-44, 60323 Frankfurt/M, com número de registo no tribunal local de Frankfurt/M, HRB 9340, autorizada pelo Bundesanstalt für Finanzdienstleistungsaufsicht (www.bafin.de). O resumo dos direitos dos investidores está disponível em inglês, francês, alemão, italiano e espanhol em https://regulatory.allianzgi.com/en/investors-rights. Não é permitida a duplicação, publicação ou transmissão do conteúdo deste documento, independentemente da forma de transmissão considerada. Março 2022. Admaster 2098485.

“Esta é uma comunicação promocional. Consulte o prospeto do OICVM e o documento de informações fundamentais destinadas aos investidores antes de tomar quaisquer decisões de investimento finais.”

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Fundo classificado como um Artigo 8 sob SFDR *

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2. Como se pode investir em hidrogénio verde?

3. 2023: o ano das oportunidades em obrigações

4. Os 10 fundos de gestão nacional mais rentáveis a três anos

5. Chart of the week - perspetiva da evolução do investimento imobiliário em portugal

6. As seguradoras mais fortes na produção de unit linked em portugal

7. Os dois anos da Carregosa SGOIC

8. O vento que nos levará a bom porto

10 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO
47 I NOVEMBRO E DEZEMBRO
recolha de dados:
-
em fundspeople.com/pt/
Período de
29/10/2022
27/11/2022
/
José Miguel Marques Carregosa SGOIC Luís Lobo Jordão Stoik Sofia Santos Systemic Pedro Lino Optimize Investment Partners Adelaide Marques Cavaleiro ASF Francisco Carneiro Lisbon Family Office
Costa Seixas Morais Leitão,
Teles,
Diogo
Galvão
Soares da Silva & Associados Emanuel Silva IM Gestão de Ativos
EMPRESAS GNB Gestão de Ativos SGF - Soc. Gest. de Fundos de Pensões iCapital Network BlackRock APFIPP BPI Gestão de Ativos Caixa Gestão de Ativos CMVM
Alves Ribeiro PPR/OICVM Optimize Capital Reforma PPR/ OICVM IMGA Ações América BPI América D Santander Poupança Prudente FPR BPI Ações Mundiais Santander Acções América CA Caixa Ações Líderes Globais
PERFIS
PRODUTOS

Investir num mundo melhor

Foco nos fatores ambientais, sociais e de governação corporativa (ESG) para melhorar os resultados dos clientes e impulsionar mudanças positivas.

Agimos de acordo com o princípio de que onde investimos hoje vai determinar o mundo no qual viveremos amanhã.

Capital em risco.

abrdn.com

The power of investment

Portugal. Produzido pela abrdn Investment Management Limited, registada na Escócia (SC123321) com sede em 1 George Street, Edimburgo EH2 2LL e autorizada e regulada pela Financial Conduct Authority no Reino Unido. Exceto indicação em contrário, este conteúdo refere-se apenas às visões de mercado, análises e capacidades de investimento da entidade citada à data da publicação. Emitido pela abrdn Investments Ireland Limited. Registadana República da Irlanda (com o n.º 621721) com sede em 2-4 Merrion Row, Dublin D02 WP23. Regulada pelo Banco Central da Irlanda.

Apenas para investidores proissioanais

IRLANDA

Tidal entra no mercado europeu A plataforma tecnológica de ETF de marca branca Tidal Financial Group desembarca na Europa. O desenvolvimento do negócio ficará a cargo de Telmo Rueda, responsável para a EMEA. Fundada em 2015 nos EUA por Guillermo Trias e com escritórios em Chicago, Nova Iorque e Detroit, a Tidal conta com cerca de 6.500 milhões de dólares em ativos distribuídos em 55 ETF por conta de terceiros.

EUA

Aristotle vai às compras

Aristotle Capital Management ficou com a Pacific Asset Management (PAM), gestora especializada em crédito com quase 21.000 milhões de dólares em gestão e propriedadede da seguradora Pacific Life. Depois da operação, a Aristotle passará a denominar-se Aristotle Pacific Capital.

EUA Nuveen cresce em dívida privada A Nuveen adquiriu uma participação maioritária na Arcmont AM, sociedade líder em dívida privada na Europa. Da união das capacidades da Arcmont e da filial da Nuveen Churchill AM nasceu a nova plataforma Nuveen Private Capital, que conta com mais de 60.000 milhões de dólares de capital comprometido.

EUA

Virtus fica com a gestora alternativa da Natixis IM

A Virtus Investment Partners, gestora de ativos multiboutique, prevê comprar à Natixis IM a sua gestora alternativa AlphaSimplex Group numa operação que se fechará até ao final do primeiro trimestre de 2023. Os termos do acordo ainda não são públicos.

URUGUAI

Syz tem luz verde para implantar-se na América Latina

A banca privada e a gestora de ativos suíça Syz Group recebeu autorização para abrir o seu primeiro escritório na América Latina, concretamente em Montevideo. O Banco Central do Uruguai (BCU) deu luz verde à Syz WM para operar como gestora de patrimónios no mercado local.

CRESCIMENTO NOVAS VIAS DE

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
12 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO PANORAMA RADAR INTERNACIONAL

SUÍÇA

Zest une-se à Lfg

A Zest, gestora de ativos com sede em Lugano, e o grupo financiero suíço Lfg, uniram-se sob a mesma holding, mantendo as respetivas sociedades operativas separadas e autónomas. Depois da integração, o património da nova entidade ascende a 2.500 milhões de francos suíços, o que a converte numa das maiores gestoras independentes do país.

SUÍÇA

Partners Group aposta nos patrimónios privados

A Partners Group, sociedade de capital de risco com sede em Zug, formalizou o seu negócio de captação de fundos de patrimónios privados numa nova unidade de negócio de private wealth. Esta nova divisão já gere 37.000 milhões de dólares em ativos, quase um terço dos 131.000 milhões da sociedade.

ESPANHA

Duas novas linhas de negócio para o Allfunds

O Allfunds anunciou a criação do Allfunds Tech Solutions, uma nova empresa que integrará as capacidades em tecnologia financeira da Web Financial Group (WebFG) com a Allfunds Digital; e da Allfunds Data Analytics, que nasce de uma união das competências da instiHub Analytics. A WebFG e instiHub são duas sociedades que o Allfunds adquiriu no primeiro semestre de 2022.

CHINA

UBS Global WM lança uma plataforma de gestão patrimonial

A UBS Global Wealth Management amplia os seus serviços de gestão de patrimónios para clientes affluent na China com o lançamento da plataforma WE.UBS. Através de uma aplicação móvel, estes clientes poderão tomar decisões financeiras baseadas em big data e aceder às opiniões dos especialistas da UBS. Tratase da primera iniciativa deste tipo lançada por uma gestora global na China.

AÇÕES EUROPEIAS:

INVESTIR NUM NOVO AMBIENTE

A subponderação a bancos tem sido uma posição estrutural geracional. Provavelmente, uma das decisões de geração de alfa mais consistente entre a generalidade dos gestores de ações europeias nos últimos cinco, 10, 20, 30, 50 anos, tem sido a de evitar a exposição a bancos ou de assumir uma subponderação significativa ao setor.

CRESCIMENTO

HONG KONG

Citi abre uma nova sede O banco norte-americano Citi aposta em Hong Kong, onde abriu o seu novo centro Citi Global Wealth Center para atender os clientes do Citi Private Bank e Citigold Private Client na metrópole asiática. O Citi Global Wealth é uma plataforma integrada que serve os clientes em todo o âmbito de património, do segmento affluent ao ultra high net worth.

Estruturalmente, não vejo grandes razões para alterar esta visão. Mas o que alterámos recentemente, cortesia da mudança de regime de taxas de juro, foi a amplitude dessa subponderação, que foi reduzida. Uma das frustrações que sentimos quando o ESG entrou em cena, há alguns anos, foi a abordagem de investimento tipo cartão de pontuação que parecia estar a ser assumida. Exclui-se algo só porque tem uma determinada pontuação.

Quer o fornecedor de dados fosse a Sustainalytics, a MSCI ou a S&P, o que se verificava é que os dados não eram limpos. Estes dados não eram científicos, pelo que podíamos ter um fornecedor de dados a excluir uma empresa de cimento e outro a aprová-la.

E, na realidade, aquilo a que nos referíamos era ao ESG delta – a taxa de variação, a taxa de melhoria. De onde vem e para onde vai uma empresa. Estará a dar os passos certos ao ritmo certo para cumprir os objetivos fixados e monitorizados de forma independente no E, no S e no G. Sempre nos comprometemos com o S, sempre nos comprometemos com o G e aumentámos o nosso compromisso no E. Por isso, para nós, nada mudou.

JOHN BENNETT Responsável de Ações Europeias, Janus Henderson Investors A OPINIÃO DE
A incerteza económica não trava os acordos nem as operações estratégicas no setor.
NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 13

ÀS PORTAS DE UM ANO INCERTO

final de 2022 começou a mostrar alguns sinais de controlo da inflação, mas a guerra na Europa não mostra um abrandamento significativo nem uma solução pacífica. Independentemente da ação dos bancos centrais, este conflito pode sempre gerar impulsos inflacionistas por via da dependência energética europeia e das exportações de cereais. Os gestores da DWS acreditam mesmo que a inflação se manterá como um problema estrutural. “De facto, o abrandamento da globalização e os custos do combate às alterações climáticas são susceptíveis de contribuir para isso; tal como o aumento das despesas em defesa militar e a perda de energia

A carteira Smart Consensus é composta por fundos das categorias Mistos Moderados, Mistos Cautelosos e Mistos Flexíveis que em 2022 cumpriam pelo menos um dos três critérios para ser classificado com Rating FundsPeople nos três países analisados (Portugal, Espanha e Itália). O resultado é um carteira composta por 10 fundos multiativos com o mesmo peso, seis deles moderados, dois flexíveis e dois cautelosos. Fonte: FundsPeople e Morningstar Direct.

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
FUNDOS QUE COMPÕEM A CARTEIRA DE CONSENSO DA FUNDSPEOPLE EM 2022 (*) FUNDO CATEGORIA MORNINGSTAR Acatis Gané Value Event Fonds Mistos Moderados Allianz Income and Growth Mistos Moderados Amundi Funds - Multi-Asset Sustainable Future Mistos Cautelosos BlackRock Global Funds - Global Multi-Asset Income Fund Mistos Moderados BNY Mellon Global Real Return Fund (EUR) Mistos Flexíveis Capital Group Global Allocation Fund (LUX) Mistos Moderados DWS Concept Kaldemorgen Mistos Flexíveis JPMorgan Investment Funds - Global Balanced Fund Mistos Moderados MFS Meridian Funds - Prudent Wealth Fund Mistos Moderados ODDO BHF Polaris Moderate Mistos Cautelosos
O ano de 2022 ficou marcado pela turbulência nos mercados. Prestes a entrar em 2023, está na altura de ver como é que os gestores dos fundos que compõem a carteira de Smart Consensus preparam o novo ano. por André Lopes
O
PANORAMA SMART CONSENSUS 14 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

POR ATIVOS

barata da Rússia. O chamado dividendo da paz, do qual a Europa, e a Alemanha em particular, há muito beneficia, poderia desaparecer”, acrescentam.

Também a equipa de gestão do JPM Global Balanced Fund mantém uma perspetiva conservadora. “Embora acreditemos que a inflação de base cairá para cerca de 3% no terceiro trimestre de 2023, este nível ainda estará acima dos objetivos do banco central, e os riscos estão inclinados para que a inflação permaneça elevada” acrescentam.

No que toca à sua estratégia de alocação, “alargamos a nossa subponderação em ações, uma vez que continuamos na expetativa de redução de lucros e que o apertar das condições financeiras acrescente peso na classe de ativos”.

Já Christoph Schmidt e Klaus Kaldemorgen reforçam que o DWS Concept Kaldemorgen está a superar o desempenho dos mercados. A equipa, que adota agora uma estrutura de co-gestão, tem em vista oferecer estabilidade, experiência e um longo horizonte temporal à sua estratégia de investimento. Os gestores destacam que “o ambiente de mercado deste ano é um grande dilema para todos os fundos mistos, uma vez que os índices de obrigações estão tão pressionados como os índices de ações. Ou seja, as obrigações estão a falhar como refúgio para os investidores.”. Apesar disto, encontraram rentabilidade

GEOGRÁFICA DA COMPONENTE DE AÇÕES

DA COMPONENTE DE OBRIGAÇÕES

70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% S O N D
D
2021 2020 2022 S O
2021
S O N D
2021 2020
S O N
2021
DISTRIBUIÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
ALOCAÇÃO
J F M A M J J A S O N
J F M A M J J A S
N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S
2020 2022
J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S
2022
D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S
2020 2022 OBRIGAÇÕES
AÇÕES LIQUIDEZ E OBRIGAÇÕES A CURTO PRAZO OUTROS (DIVISAS, ALTERNATIVOS E IMOBILIÁRIOS) EUROPA (INCLUI REINO UNIDO) AMÉRICA DO NORTE (EUA E CANADÁ) EMERGENTES (INCLUI PAÍSES ASIÁTICOS DESENVOLVIDOS) JAPÃO E AUSTRÁLIA CORPORATIVAS SOBERANAS CASH OUTRAS
NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 15

A CARTEIRA DE

“No ano passado percebemos que a inflação iria aumentar acentuadamente e que isto, por sua vez, provocaria uma subida das taxas de juro. Consequentemente, apostámos na subida das taxas de juro e na queda dos preços das obrigações.”

TAXAS DE JURO E INCERTEZA COLOCAM OBRIGAÇÕES CADA VEZ MAIS PERTO DO PRIMEIRO LUGAR NA CARTEIRA SMART CONSENSUS

pela redução do risco. É neste sentido que conseguimos observar uma queda da preponderância das ações em detrimento de todas as outras classes de ativos, algo já observado num dos comentários citados neste artigo.

AS GRANDES

CAPITALIZAÇÕES EM COMPARAÇÃO

COM AS PEQUENAS CAPITALIZAÇÕES

“Mantemos uma perspectiva conservadora sobre a economia global e consideramos que a maioria dos mercados desenvolvidos está a sobreaquecer.”

nesta classe de ativos, nos setores farmacêutico, das telecomunicações e no ouro, conseguindo alguma proteção com a apreciação do dólar face ao euro.

CARTEIRA AGREGADA

Os 10 fundos que compõem a carteira agregada Smart Consensus mostram uma manutenção da tendência verificada no semestre anterior, a procura

Olhando em específico para as obrigações, notamos uma solidificação do papel principal das soberanas, enquanto o peso da liquidez e das obrigações corporativas volta a lutar pelo segundo lugar. Estes comportamentos podem estar sustentados no comentário dos gestores da DWS, ao relembrarem que, neste momento complicado, os níveis de rendimento não parecem refletir o aumento de risco de incumprimento.

Quanto à dispersão geográfica, verificamos ainda uma concentração maioritária nos Estados Unidos nos níveis mais altos dos últimos dois anos. Este último semestre continua a mostrar uma perda de importância dos mercados emergentes, Japão e Austrália na carteira em questão, e uma dança invertida entre a preponderância da Europa e dos Estados Unidos.

As empresas norte-americanas de grande capitalização vão continuar a ser excelentes negócios: acreditamos que a Amazon continuará a crescer, tal como a Microsoft e os seus serviços baseados na cloud. No entanto, virar as costas à globalização e adotar uma abordagem mais focada no mercado nacional pode ser uma abordagem bastante atrativa para as empresas norte-americanas de pequena capitalização. Se analisarmos a exposição aos rendimentos gerados no estrangeiro por capitalização bolsista, por exemplo, veremos que as empresas de pequena capitalização são muito mais orientadas para o mercado nacional.

Historicamente, temos observado que as empresas de menor dimensão tendem a ficar atrás das de grande capitalização quando as taxas de juro baixam, mas apresentam resultados superiores em ambientes de taxas crescentes. Um dos motivos para que as empresas de menor dimensão gerem uma rentabilidade superior à do mercado em períodos de taxas crescentes e níveis de inflação mais normais é que este é geralmente um indício de que a economia está sólida. É mais difícil afirmar o que esta rentabilidade superior significa num contexto em que a inflação supera os 8%. Teremos de esperar para ver.

NICOLAS JANVIER Diretor de Ações norte-americanas e EMEA, Columbia Threadneedle A OPINIÃO DE RAP T REN PAR T NER CHRISTOPH SCHMIDT, KLAUS KALDEMORGEN Gestores do DWS Concept Kaldemorgen KATY THRONEYCROFT, GARETH WITCOMB, JOE CUMMINGS Gestores do JPM Global Balanced Fund
PANORAMA SMART CONSENSUS 16 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

Esta comunicação é promocional. Consulte o prospeto do OICVM e o KIID antes de tomar qualquer decisão final de investimento.

Um histórico consistente focado nos líderes mundiais do mercado europeu

Uma carteira de ações europeias das melhores ideias que investe em empresas de crescimento de qualidade com vantagens competitivas duradouras e a capacidade de gerar um rendimento sólido e sustentável.

n Centrado em empresas de elevada qualidade com vantagens competitivas comprovadas

n Seleção de ações orientada em uma análise com vista a construir uma carteira de alta convicção n Uma equipa experiente de ações europeias que administra ativos com valor de 41 bilhões de euros*

Riscos à ter em conta

Este fundo está sujeito a uma série de riscos resultantes dos títulos em que investe e das técnicas que utiliza para atingir o seu objetivo. Os investidores deverão ler o Prospeto para obterem uma descrição completa de todos os riscos.

Riscos de investimento

O fundo está sujeito a riscos associados ao investimento em ações, concentração de carteiras e volatilidade.

columbiathreadneedle.pt

Perfil do investidor típico

Este fundo é adequado para investidores que possam tolerar elevados níveis de risco e volatilidade e que tenham um horizonte de investimento a longo prazo.

*Fonte: FUM by Desk & Strategy spreadsheet Net European and Net UK Equity assets added together, Columbia Threadneedle Investments em 31.03.22. INFORMAÇÕES IMPORTANTES: Estes materiais só podem ser utilizados em apresentações individuais com investidores institucionais. A presente Proposta de Solução de Investimento nesta apresentação serve apenas fins ilustrativos e não pode representar participações efetivas na carteira. Uma proposta concreta será sujeita a negociações e o conteúdo deste documento não é vinculativo e permanece sujeito a um contrato. Para efeitos de marketing. Este material não deverá ser considerado como uma oferta, solicitação, conselho ou recomendação de investimento. Esta comunicação é válida na data da publicação e poderá estar sujeita a alterações sem aviso prévio. As informações de fontes externas são consideradas fiáveis, mas a sua exatidão ou integralidade não podem ser garantidas. Os parâmetros concretos de investimento são acordados e estabelecidos no prospeto ou no contrato formal de gestão de investimento. Este material inclui declarações prospetivas, incluindo projeções de futuras condições económicas e financeiras. Nenhum dos administradores, diretores ou funcionários da Columbia Threadneedle Investments oferece garantias de qualquer natureza no sentido de assegurar que estas declarações prospetivas se revelem precisas. No EEE: Emitido pela Threadneedle Management Luxembourg S.A., matriculada no Registo do Comércio e das Sociedades (Luxemburgo), N.º de matrícula B 110242, 44, rue de la Vallée, L-2661 Luxembourg, Grão-Ducado do Luxemburgo. No Reino Unido: Emitido pela Threadneedle Asset Management Limited. Registada em Inglaterra e País de Gales, N.º de matrícula 573204. Sede Social: 78 Cannon Street, London EC4N 6AG, Reino Unido. Autorizada e regulada pela Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido. No Médio Oriente: Este documento é distribuído pela Columbia Threadneedle Investments (ME) Limited, que é regulada pela Autoridade dos Serviços Financeiros do Dubai (ASFD). Para os Distribuidores: Este documento destina-se a fornecer informações aos distribuidores sobre os produtos e serviços do Grupo, não devendo ser posteriormente distribuído. Para Clientes Institucionais: A informação contida neste documento não se destina a constituir aconselhamento financeiro, sendo apenas para pessoas com os conhecimentos adequados de investimento e que satisfaçam os critérios regulamentares de forma a serem classificados como Clientes Profissionais ou Contrapartes no Mercado, não devendo ser seguido por quaisquer outras Pessoas. Na Suíça: Emitido pela Threadneedle Portfolio Services AG, sede: Claridenstrasse 41, 8002 Zurich, Suíça. Columbia Threadneedle Investments é o nome da marca global do grupo de empresas Columbia e Threadneedle 05.22 | J32015 | 4330656

Threadneedle (Lux) European Select

São produtos que contam com o destaque dos analistas, sobressaem pela sua consistência ou se distinguem por serem blockbuster.

um mercado como o português, que conta com mais de 3.000 fundos registados para venda, a FundsPeople divulga os fundos com Rating FundsPeople 2022. São 687 produtos com o rating, que se destacam por um ou vários dos seguintes três critérios:

Favoritos dos Analistas. Fundos que acumulam um mínimo de cinco votos dos selecionadores dentro de cada questionário anual realizado em Portugal, Espanha e Itália, dirigido aos analistas de fundos, sobre os seus produtos favoritos. Existem 34 fundos que conseguem este Rating.

Blockbuster. São os super-vendas do mercado. Incluem-se os produtos com mais de 100 milhões de euros distribuídos no mercado ibérico ou 50 milhões de euros no caso dos produtos nacionais. Adicionalmente, a estes últimos exigem-se captações líquidas a três anos superiores ou iguais a um quarto dos AUM no fecho do ano: 493 fundos alcançam esta classificação.

Consistentes. A equipa de Análise da FundsPeople, dirigida por Maria Folqué, desenvolveu um modelo de seleção próprio para destacar os produtos mais consistentes em cada categoria, a partir da base da Morningstar Direct, com referência ao final do

último ano. São analisados os fundos registados para venda em Portugal, com uma antiguidade mínima de três anos à data de referência da análise.

De cada fundo é selecionada uma classe, a mais representativa segundo um conjunto de critérios. Esta classe selecionada será comparada com os restantes fundos da sua categoria através de dois scorecards. No primeiro, são considerados critérios de rentabilidade e volatilidade acumulada a 3 e 5 anos, e no segundo, dados individuais

dos últimos cinco anos civis. Em ambos os casos, a rentabilidade e a volatilidade têm um peso de 65% e 35%, respetivamente. Do modelo resultam os fundos que se situam no primeiro quintil em ambos os scorecards. Há 274 fundos que cumprem os critérios.

Nos três casos são excluídas da análise as categorias de fundos com garantia de capital, target date, do mercado monetário, obrigações de muito curto prazo e rentabilidade ou maturidade objetivo.

DESCUBRA OS FUNDOS COM RATING APENAS 15 FUNDOS OBTÊM A MÁXIMA DISTINÇÃO DO RATING FUNDSPEOPLE+ FUNDO CATEGORIA BlackRock Global Funds - ESG Multi-Asset Fund Moderate Allocation Eleva UCITS Fund - Fonds Eleva Absolute Return Europe Long/Short Equity Eleva UCITS Fund - Fonds Eleva European Selection Europe Equity Large Cap Eurizon Fund - Bond Aggregate RMB Asia Fixed Income Flossbach von Storch - Multiple Opportunities II Flexible Allocation JPMorgan Investment Funds - Global Macro Opportunities Fund Global Macro Jupiter Global Fund - Jupiter Dynamic Bond Global Fixed Income Man AHL TargetRisk Fund Moderate Allocation MFS Meridian Funds - European Value Fund Europe Equity Large Cap MFS Meridian Funds - Prudent Wealth Fund Moderate Allocation Morgan Stanley Investment Funds - Global Brands Fund Global Equity Large Cap PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset Fund Flexible Allocation PIMCO GIS Income Fund Global Fixed Income Robeco Global Consumer Trends Global Equity Large Cap Schroder International Selection Fund EURO Corporate Bond Europe Fixed Income 20 22 20 22 18 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO PANORAMA BARÓMETRO
N

Um ecossistema de gestoras de ativos, com um vasto catálogo de capacidades especializadas.

A Generali Investments Holding S.p.A. tem uma participação maioritária em cada boutique. A Generali Investments Partners é o centro de distribuição, atuando como líder multicanal, multicliente, responsável pelas relações da oferta de todas as empresas que fazem parte da plataforma multiboutique. As denominações comerciais completas: Generali Investments Partners S.p.A. Società di gestione del risparmio, Generali Insurance Asset Management S.p.A. Società di gestione del risparmio.

OS FUNDOS INTERNACIONAIS SUPER-VENDAS NA PENÍNSULA IBÉRICA

Para ser considerado um fundo super-vendas, os produtos internacionais devem alcançar os 100 milhões de euros de património distribuído no mercado ibérico. Fonte: gestoras e diferentes entidades distribuidoras.

CAPITAL GROUP NEW PERS (LUX) ZL

ROBECO GLOBAL CONSUMER TRENDS D €

MS INVF GLOBAL BRANDS A USD

NORDEA 1 - GLOBAL CLIMATE & ENVIR BI EUR

ROBECO BP US PREMIUM EQUITIES IH €

JANUS HNDRSNABSOLUTE RETURN A2 GBP

MFS MERIDIAN EUROPEAN VALUE A1 EUR

MS INVF GLOBAL OPPORTUNITY Z

FIDELITY GLOBAL TECHNOLOGY A-DIS-EUR

ALLIANZ EUROPE EQUITY GROWTH W EUR

ROBECO BP GLOBAL PREMIUM EQS B EUR

MS INVF US ADVANTAGE I

VANGUARD U.S. 500 STK IDX $ ACC

FRANKLIN TECHNOLOGY A ACC USD

PICTET TR - ATLAS I EUR

ELEVA UCITS ELEVA EURP SEL I EUR ACC

ALLIANZ GLOBAL ARTFCL INTLGC W EUR

PICTET-SECURITY I EUR

INVESCO PAN EUROPEAN EQUITY A EUR ACC

BGF WORLD HEALTHSCIENCE A2

SEILERN WORLD GROWTH CHF H R

INVESCO JAPANESE EQ ADV C JPY ACC

BGF CONTINENTAL EURP FLEX E2 EUR

JPM US SELECT EQUITY A (ACC) USD

PICTET - ROBOTICS DY EUR

BNP PARIBAS AQUA C C SCHRODER ISF EM MKTS A DIS USD AV

DPAM INVEST B EQS NEWGEMS SUST A DIS

FIDELITY EUROPEAN DYNAMIC GR A-DIS-EUR

ROBECO NEW WORLD FINANCIALS D € PICTET-PREMIUM BRANDS I EUR PICTET-GLOBAL MEGATREND SEL USD

AB SELECT US EQUITY A EUR H ACC

BGF WORLD TECHNOLOGY A2

MFS MERIDIAN GLOBAL EQUITY A1 USD INVESCO GLBL CONSMR TRNDS A USD ACC

WELLINGTON GLBL QUALITY GR USD S AC

THREADNEEDLE (LUX) PAN EURP SMLRCOMS 3E

PICTET-WATER EUR

ELEVA UCITS ELEVA ABS RET EURP S EUR ACC

MFS MERIDIAN EUROPEAN RESEARCH A1 EUR

T. ROWE PRICE US SMLR CM EQ Q USD

PICTET-CLEAN ENERGY I USD

AMUNDI FDS EUROPEAN EQ VAL M2 EUR C

JPM US VALUE C (DIST) USD

FIDELITY EUROPEAN LGR COMS A-DIS-EUR

PICTET - GLOBAL ENVIR OPPS EUR

FIDELITY GLOBAL FINANCIAL SVCS A-DIS-EUR

FUNDSMITH EQUITY EUR ACC

SCHRODER ISF GLB CLMT CHG EQ C ACC USD

GS US CORE EQUITY BASE INC USD SNAP

JPM EUROPE STRATEGIC VALUE A (DIST) EUR

FRANKLIN US OPPORTUNITIES A(ACC)USD ODDO BHF AVENIR EUROPE CR-EUR

ROBECOSAM SMART MATERIALS EQS I EUR

GS JAPAN EQUITY R INC GBP SNAP

JPM EMERGING MARKETS EQUITY A (DIST) USD

BNY MELLON LONG-TERM GLBL EQ USD C ACC

ROBECOSAM SMART ENERGY EQS D EUR

BGF SUSTAINABLE ENERGY A2

VONTOBEL US EQUITY A USD FIDELITY EM MKTS A-DIST-USD

SCHRODER ISF EMERGING ASIA C ACC EUR

SCHRODER ISF ASIAN OPPORTS A DIS USD AV

MS INVF US GROWTH

MS INVF ASIA OPPORTUNITY Z

GS EM CORE EQ I ACC USD CLOSE

VANGUARD EUROPEAN STOCK IDX USD ACC

JANUS HENDERSON HRZN GLBLPTYEQSA2USD

VONTOBEL MTX SUST EMMKTS LDRS USD

PICTET-DIGITAL PUSD

BROWN ADVISORY US EQUITY GROWTH $ B

FIDELITY CHINA CONSUMER Y-ACC-USD

BGF NEXT GENERATION TECHNOLOGY Z2 USD

DWS INVEST GLOBAL INFRAS FC

ROBECO FINTECH USD

DWS INVEST TOP DIVIDEND FC

SCHRODER ISF EURO EQUITY C DIS EUR

AB SICAV I STBL GLB TMTC PTF A

JPM GLOBAL HEALTHCARE C (ACC) USD

■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

JPM EUROPE EQUITY PLUS A PERF (ACC) EUR

CS (LUX) DIGITAL HEALTH EQUITY SB USD

AMUNDI FDS EUROLAND EQUITY E2 EUR C

ROBECO QI EUROPEAN CNSRV EQS €

PICTET TR - CORTO EUROPE I EUR

PICTET-USA INDEX P USD

JPM US TECHNOLOGY A (DIST) USD

MFS MERIDIAN EUROPEAN SMLR COMS A1 EUR

EDRF BIG DATA N EUR

JPM EUROPE DYNAMIC TECHS FD A (DIST) EUR

POLAR CAPITAL GLOBAL TECH I INC

BGF WORLD MINING A2

MAN GLG JPN COREALPHA EQ I JPY

FIDELITY WORLD A-DIS-EUR

JANUS HENDERSON HRZN EUROLAND A2 EUR

PICTET-NUTRITION I USD

CPR INVEST GLBL DSRPT OPP R EUR ACC

UBS (LUX) EF CHINA OPPO(USD) P USD ACC

AMUNDI IS S&P 500 ESG IE-C

M&G (LUX) GLOBAL LISTED INFRAS L USD ACC

VANGUARD GLB STK IDX $ ACC

LM CLEARBRIDGE INFRAS VALPRGBPHDISAPH+E

MS INVF GLOBAL PROPERTY CARMIGNAC PF GRANDE EUROPE A EUR ACC

JPM EUROLAND EQUITY A (DIST) EUR

THREADNEEDLE (LUX) PAN EURP SMCPOPPS ZE ALLIANZ EUROLAND EQUITY GROWTH W EUR

SCHRODER ISF JAPANESE EQ A DIS AV

BGF FUTURE OF TRANSPORT Z2 USD

VANGUARD PAC EX-JAPAN STK IDX USD ACC

AB INTERNATIONAL HC A ACC

JPM EM MKTS SMALL CAP A (ACC) PERF EUR

VANGUARD EMERG MKTS STK IDX INV EUR ACC

ROBECO BP US LARGE CAP EQUITIES I $

JPM GLOBAL FOCUS A (DIST) EUR

AMUNDI MSCI EMU ESG LDRS SEL IE-C

BNP PARIBAS SMART FOOD CAP

MS INVF GLOBAL SUSTAIN Z USD ACC

ALLIANZ CHINA A SHARES AT USD

GS GLOBAL MILLENNIALS EQ I ACC USD M&G (LUX) GLB DIVIDEND CI USD ACC

JPM GLOBAL NATURAL RESOURCES A (ACC) EUR

AXA ROSENBERG US ENH IDX EQ ALP A $ ACC

MIRAE ASSET ASIA GREAT CONSUMER EQ USD

CANDRIAM SST EQ EM MKTS R € ACC

AB AMERICAN GR PTF C ACC

AMUNDI FDS PIO US EQFUNDMGR M2 EUR C

AMUNDI IS MSCI NORTH AMERICA IE-C

BNP PARIBAS ENERGY TRANSITION C D

MS INVF EUROPE OPPORTUNITY Z

FIDELITY GLOBAL DIVIDEND I-ACC-EUR

SCHRODER ISF US LARGE CAP A DIS

FRANKLIN INDIA I(ACC)USD

ROBECOSAM SUSTAINABLE WATER EQS F EUR

PICTET-EUROPE INDEX P EUR

NN (L) US ENH CR CONCNTR EQ P DIS USD

BNP PARIBAS DISRPT TECH CL D

BNP PARIBAS CLIMATE IMPACT

AB SELECT ABS ALPHA S1 USD ACC

BNY MELLON MOBILITY INNOVATION USD E ACC

PICTET TR - MANDARIN I USD

FIDELITY AMERICA A-DIS-USD

CANDRIAM EQS L ONCLGY IMPCT I USD CAP

BGF EUROPEAN SPECIAL SITUATIONS A2

PICTET-TIMBER I USD

PICTET-JAPANESE EQUITY

■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

JPM

SCHRODER

PICTET

DWS

FIDELITY GLB DMGRPHCS Y-ACC-GBP

UBS (LUX) ES EURO COUNTRS INC€ P-ACC

AXAWF FRAM ROBOTECH G CAP USD

BMO RESPONSIBLE GLOBAL EQUITY INC EUR

DWS AKTIEN STRATEGIE DEUTSCHLAND LC

CPR INVEST EDUCATION E EUR ACC

JPM US SMALLER COMPANIES A (DIST) USD

JANUS HENDERSON GLB TECH&INNO H2 USD

THREADNEEDLE (LUX) GLOBAL FOCUS

THREADNEEDLE (LUX) UK EQS IG GBP ACC

JPM JAPAN EQUITY A (DIST) USD

AXA ROSENBERG GLB EQ ALPHA A USD ACC

FIDELITY GERMANY A-DIS-EUR

T. ROWE PRICE US EQ USD

GS EMERGING MARKETS EQ R INC GBP

AXAWF FRAMLINGTON DGTL ECOY CAP USD

FIDELITY IBERIA A-DIS-EUR

AB EUROZONE EQ PTF IX ACC

UBAM 30 GLOBAL LEADERS EQUITY AHC EUR

BNP PARIBAS EUROPE SMALL CAP I C

BGF EMERGING MARKETS A2

FIDELITY GLOBAL HEALTH CARE A-DIS-EUR

ROBECO EMERGING STARS EQUITIES D €

LEGG MASON CB US LG CP GR B USD DIS(A)

ABRDN JAPANESE EQUITY A ACC JPY

LEGG MASON RY US SMCP OPP A USD DIS(A)

THEMATICS SAFETY H-R/A GBP

JPM AMERICA EQUITY A (DIST) USD

JANUS HNDRSNCONTINEN EURP I2 EUR

GAM STAR CONTINENTAL EURP EQ INSTL £ ACC

AXA ROSENBERG US EQUITY ALPHA A USD ACC

JPM CHINA A (DIST) USD

VONTOBEL CLEAN TECHNOLOGY I EUR

BGF WORLD GOLD A2

THREADNEEDLE (LUX) EUR SMLR COM 9E EUR

AMUNDI IS MSCI JAPAN IE-C EUR

FIDELITY EUROPEAN GROWTH A-DIS-EUR

M&G (LUX) EURP STRAT VAL CI EUR ACC

ABRDN ASIA PACIFIC EQ A ACC USD

JANUS HENDERSON HRZN PANEURPSMRCOMS A2€

BSF EUROPEAN OPPS EXTENSION A2 EUR

MAINFIRST TOP EUROPEAN IDEAS C

ALGER SMALL CAP FOCUS US

SCHRODER ISF CHINA OPPS C ACC USD

NORDEA 1 - EMERGING STARS EQUITY BI EUR

AXAWF FRAM SWITZERLAND F CAP CHF

JPM US SELECT EQUITY PLUS A (ACC) EURH

ROBECO QI EMERGING CNSRV EQS I €

LEGG MASON CB US EQ SUST LDRS A EURH ACC ROBECO SUSTAINABLE EURP STARS EQS D EUR NINETY ONE GSF GLOBAL ENVIR ACC EUR CANDRIAM EQS L EURP INNOVT R EUR CAP T. ROWE PRICE GLB FOC GR EQ A USD ABRDN ASIAN SMLLR COMS A ACC USD

ALLIANZ ORIENTAL INCOME P USD ECHIQUIER ARTIFICIAL INTELLIGENCE K EUR

■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21 20 22 20 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO PANORAMA BARÓMETRO
500
500 1.000
500 1.000
1.000
OPPS PJPY JPM EUROPE STRATEGIC GROWTH A (DIST) EUR MIRAE ASSET ASIA SECT LDR EQ K USD CAP CANDRIAM EQS L BIOTECH C USD CAP GS GLOBAL CORE EQ I INC USD SNAP THREADNEEDLE (LUX) GLOBAL TECH DU FIDELITY SUSTAINABLE ASIA EQ A-DIS-USD JPM ASIA PACIFIC EQUITY A (ACC) USD DWS DEUTSCHLAND LC JANUS HENDERSON HRZN GLBTECHLDRS A2USD T. ROWE PRICE US BLUE CHIP EQ A USD BGF EURO-MARKETS A2
D EUR ACC
ABRDN EU SML COMP D ACC EUR
JUPITER EUROPEAN GROWTH
FIDELITY FAST EUROPE A-ACC-EUR
THEMATICS GENETIC THRPS C2 ACC USD
GAIA EGERTON EQUITY C ACC EUR
SMARTCITY DM GBP
INVEST ESG EQUITY INCOME LC
GLOBAL LSTD INFRAS EQ A DIST GBP CS (LUX) SECURITY EQUITY BH CHF GS INDIA EQUITY I INC USD NEUBERGER BERMAN US MLTCP OPPS USD1 IACC INVESCO SUS PAN EURP STU EQ C € ACC ALLIANZ THEMATICA P EUR ABRDN EU SUS N RES INV EQ A ACC EUR ALLIANZ GLOBAL METALS AND MINING EUR MS INVF GLOBAL QUALITY Z CANDRIAM SST EQ WORLD R € ACC THREADNEEDLE (LUX) AMER SMLR COM 9U USD GS EUROPE CORE EQUITY BASE INC EUR MS INVF EMERGING LEADERS EQUITY A GAM MULTISTOCK EM EQUITY USD C TEMPLETON GROWTH (EURO) I(ACC)EUR JANUS HENDERSON GLB LIFE SCN I2 USD T. ROWE PRICE US LG CAP GR EQ USD GAM MULTISTOCK LUXURY BRANDS EQ USD C ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
JPM GLOBAL SELECT EQUITY A (ACC) USD MFS MERIDIAN US VALUE A1 USD LAZARD
01
AÇÕES

CARMIGNAC PF SÉCURITÉ FW EUR ACC

BGF EURO SHORT DURATION BOND A2 EUR

MUZINICH ENHANCEDYIELD S-T HUSD ACC A

NORDEA 1 - LOW DUR EURP COV BD BC-EUR

PIMCO GIS INCOME INSTL EURH ACC

MS INVF EURO CORPORATE BOND A

MS INVF SHORT MATURITY EURO BOND I

JUPITER DYNAMIC BOND I EUR Q INC

BSF GLOBAL ABSOLUTE RETURN BOND A2 EUR

AXAWF EURO CREDIT SHORT DUR I CAP EUR

SCHRODER ISF EURO CORP BD C ACC EUR

VONTOBEL EURO CORPORATE BOND A EUR

JPM US AGGREGATE BOND A (DIST) USD

JPM GLOBAL STRAT BD A PERF (ACC) USD

NEUBERGER BERMAN SHRT DUREM DBTUSD I ACC

FIDELITY EURO SHORT TERM BOND Y-ACC-EUR

VONTOBEL TWENTYFOUR STRATINC G GBP

CANDRIAM BDS CRDT OPPS I EUR CAP

CANDRIAM BDS EURO SHORT TERM C EUR CAP

MFS MERIDIAN EMERGING MKTS DBT A2 USD

JANUS HENDERSON HRZN EURO CORP BD A2 EUR

AXAWF GLOBAL INFL SH DUR BDS I CAP USD

INVESCO EURO SHORT TERM BOND Z EUR ACC

EURIZON BOND AGGREGATE RMB Z EUR ACC

GS EM CORP BD I ACC EUR HDG

EVLI SHORT CORPORATE BOND A

VANGUARD € GOVT BD IDX € ACC

MS INVF GLOBAL FIXED INCOME OPPS Z

ROBECO FINANCIAL INSTITUTIONS BDS I €

CARMIGNAC PF FLEXIBLE BOND A EUR ACC

AXAIMFIIS US CORP ITMT BDS A USD DIS

NN (L) US CREDIT P CAP USD

UBAM DYNAMIC US DOLLAR BOND AC USD AEGON EUROPEAN ABS B EUR ACC

FVS BOND OPPORTUNITIES EUR I

MS INVF EURO CORPORATE BD - DUR HGD Z

CANDRIAM BDS EURO HIGH YLD R EUR CAP

NORDEA 1 - EUROPEAN COVERED BOND BP EUR

PICTET-SHORT TERM EM CORP BDS I DY USD

ALLIANZ CREDIT OPPORTUNITIES IT13 EUR

DWS INVEST ESG EURO BONDS (SHORT) FC

JPM INCOME A (ACC) USD

BLUEBAY INVESTMENT GRADE BD R EUR

AXAIMFIIS EUROPE SHORT DUR HY A CAP EUR AXAIMFIIS US SHORT DUR HY A CAP USD

BNP PARIBAS ENHANCED BOND 6M I C

NOMURA FDS US HIGH YIELD BOND I USD

PICTET-EUR SHORT TERM CORP BDS I

ROBECOSAM EURO SDG CREDITS I EUR

JPM GLOBAL CORP BD A (ACC) USD

BLUEBAY INV GRD EURO AGGT BD I EUR PIMCO GIS GLB HI YLD BD INSTL USD ACC

500 1.000 500 1.000

■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

ROBECO EURO CREDIT BONDS D €

INVESCO EURO CORPORATE BOND Z EUR ACC

ROBECO HIGH YIELD BONDS DH € AXAWF US HIGH YIELD BONDS I CAP USD DNCA INVEST - ALPHA BONDS

MUZINICH EMERGINGMKTSSHRTDUR HUSD ACC S

CARMIGNAC PF CREDIT FW EUR ACC

FIDELITY EUROPEAN HI YLD A-DIS-EUR DWS INVEST EURO CORPORATE BDS FC

AMUNDI FDS PIO US BOND A2 EUR C

UBAM GLOBAL HIGH YIELD SOLUTION AC USD

CANDRIAM LONG SHORT CREDIT CLASSIQUE ALLIANZ EURO CREDIT SRI W EUR

M&G (LUX) GLB FL RT HY CI USD ACC

T. ROWE PRICE DYN GLB BD I USD

LAZARD CREDIT FI SRI PVC EUR

AMUNDI RSPNB INVEST IMP GREEN BDS I C

JPM GLOBAL SHORT DURATION BD A(ACC)USD AMUNDI FDS GLB SUBRDNTD BD I2 EUR C

BGF GLOBAL HIGH YIELD BOND C1 USD CANDRIAM SST BD GLBL HI YLD R € ACC

JPM US SHORT DURATION BOND A (ACC) USD

BGF US DOLLAR SHORT DURATION BD A1 USD

JPM INCOME OPP A PERF (ACC) EURH

AMUNDI FDS GLBL AGGT BD I USD C

PIMCO GIS GLB BD INSTL USD ACC

NORDEA 1 - EUROPEAN HIGH YLD BD BI EUR

NINETY ONE GSF EM LCLCCYTLRTDT I ACC$

GS EM MKTS DBT BASE INC USD

JPM GLOBAL CONVERT (EUR) A (DIST) EUR

GAM STAR MBS TOTAL RETURN INSTL USD ACC

BGF EMERGING MARKETS LCL CCY BD A2

FIDELITY GLOBAL INFL-LINK BD A-ACC-USD MUZINICH SHORTDURATIONHY HEUR ACC A NORDEA 1 - FLEXIBLE FIXED INCOME BI EUR BGF CHINA BOND D3 USD

BNY MELLON GLB SHRTDTD HY BD USD W ACC

FIDELITY US HIGH YIELD A-DIS-USD PIMCO GIS TTL RET BD INV USD ACC BGF EURO CORPORATE BOND A1 EUR ALLIANZ ADVCD FXD INC S/D W EUR

AXAWF GLOBAL STRATEGIC BDS F CAP GBP H VANGUARD U.S. GOVT BD IDX $ ACC LSF-ARCANO LW VOL EURP INC-ESG SEL CE-A UBAM MEDIUM TERM US CORPORATE BD AC USD

EDRF BOND ALLOCATION B EUR INC UBS (LUX) BS SHT TERMUSDCORPSST$P-ACC JPM EURO GOVT SHORT DUR BD A (ACC) EUR PIMCO GIS DIVERS INC INSTL USD ACC AMUNDI FDS EM MKTS BD E2 EUR C ABRDN EM CORP BD A ACC USD GAM MULTIBOND LOCAL EMERGING BOND USD C

FVS - MULTI ASSET - DEFENSIVE I

FVS MULTIPLE OPPORTUNITIES II RT

JPM GLOBAL MACRO OPPS A (ACC) EUR

NINETY ONE GSF GLB MA INC A ACC USD BMO REAL ESTATE EQ MKT NETRL B ACC EUR ACATIS GANÉ VALUE EVENT FONDS A FIDELITY GLB MLT AST INC A-ACC-USD FRANKLIN K2 ALT STRATS I(ACC)USD CANDRIAM RISK ARBITRAGE C

FIRST EAGLE AMUNDI INTERNATIONAL AU-C JANUS HENDERSON BALANCED A2 USD ALLIANZ INCOME AND GROWTH I H2 EUR

M&G (LUX) DYNAMIC ALLOCATION CI EUR ACC OFI FINCL INV PRECIOUS METALS I

RUFFER TOTAL RETURN INTL I GBP CAP

NEUBERGER BM UNCRLTD STRATS USD I5 ACC

MFS MERIDIAN GLOBAL TOTAL RET A2 USD MAN AHL TREND ALTERNATIVE DNY H EUR ACC

ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI75 I EUR

500 1.000 500 1.000

■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

INVESCO GLOBAL INV GRD CORPBD C USD AD

ROBECOSAM SDG CREDIT INCOME I USD

AB AMERICAN INCOME C INC

LAZARD CONVERTIBLE GLOBAL PC EUR

ABRDN EURO CORPORATE BD D ACC EUR

BNP PARIBAS EURO GOVERNMENT BD PRIVL C BLUEBAY INV GRD EURO GOVT BD I EUR ACC

AB SHORT DUR HI YLD S1 USD ACC GS GLBL HI YLD BASE INC USD

NN (L) EURO FIXED INCOME P CAP EUR

M&G (LUX) EM MKTS BD C USD ACC

PIMCO GIS GLINGD CRDT INSTL USD INC LEGG MASON WA MCR OPPBD S USD ACC

AXAWF GLOBAL INFL BDS I CAP EUR

DWS INVEST EURO HIGH YIELD CORP LD

NN (L) GREEN BOND I CAP EUR

AMUNDI FDS PIO STRAT INC A USD C

NEUBERGER BERMAN EM DBTHRDCCY USD I C

VONTOBEL TWENTYFOUR ABS RETCRDT G GBP

AXAWF GLOBAL INFL BDS REDEX I ACC EUR

PIMCO GIS EM MKTS BD ESG INS USD ACC

MUZINICH LONGSHORTCREDITYLD HEUR ACC E

BLUEBAY FINANCIAL CPTL BD I USD

MERCER SHORT DUR GLBL BD 1 M-1 NOK HDG

SCHRODER ISF EURO BOND C DIS AV

JPM EMERG MKTS LCL CCY DBT A (ACC) USD

MUZINICH GLOBAL TACT CRDT HUSD INC FNDR

PIMCO GIS LOW AVRG DUR INSTL USD ACC

FRANKLIN US GOVERNMENT A(MDIS)USD

SCHRODER ISF EURO CRDT CONVCT C ACC EUR

NEUBERGER BERMAN CORP HYB BD EUR I5 ACC

VONTOBEL EMERGING MKTS DBT I USD

EDR SICAV FINANCIAL BONDS I EUR

JANUS HENDERSON HRZN EURO HY BD I2 EUR

FRANKLIN EURO SHORT DUR BD I(ACC)EUR

TEMPLETON GLOBAL BOND A(MDIS)USD

JANUS HENDERSON HRZN GLB HY BD I2 USD

ROBECOSAM GLOBAL SDG CREDITS IH $ BGF EURO BOND A2

NEW CAPITAL WLTHY NTN BD USD INST INC

NEUBERGER BERMAN ULTR S/T ER BD I EURINC

MS INVF GLOBAL ASSET BACKED SECS Z USD

PICTET-EMERGING LOCAL CCY DBT I USD TEMPLETON GLOBAL TTL RET A(ACC)USD MS INVF EMERGING MKTS CORP DEBT Z PICTET-EUR SHORT TERM HIGH YIELD I EUR NORDEA 1 - EUROPEAN FINCL DBT BI EUR ABRDN EUCPBDS&RINV D ACC EUR

MFS MERIDIAN GLOBAL OPPC BD I1 USD

ROBECO ALL STRATEGY EURO BONDS D €

FRANKLIN EUROPEAN TTL RET A(ACC)EUR EPSILON FUND EMERG BD TTL RET I EUR ACC

BGF ESG MULTI-ASSET E2 EUR

LUMYNA-MW TOPS (MN) UCITS USD B (ACC)

MAN AHL TARGETRISK D H EUR

LUMYNA PSAM GLOBAL EVENT EUR A ACC

JPM GLOBAL MACRO A (ACC) USD

MW SYSTEMATIC ALPHA UCITS A EUR

JPM GLOBAL BALANCED A (ACC) EUR

BGF GLOBAL MULTI-ASSET INC A2

ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI15 AT EUR

GS ABSOLUTE RET TRKR I ACC EUR HDG

M&G (LUX) INCOME ALLOCATION C EUR ACC

ALLIANZ STRATEGY 15 CT EUR

ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI50 W EUR

AMUNDI FDS MLT ASST SUST FUT I EUR C

CAPITAL GROUP GLOB ALLOC (LUX) Z

EURIZON ABSOLUTE PRUDENT R ACC

NINETY ONE GSF GLB MAC ALLC IX ACC USD

FVS MULTI ASSET - BALANCED I

NORDEA 1 - ALPHA 10 MA FD BP EUR

■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

500 1.000 500 1.000

Muzinich

Ruffer Total Return International (9) Multiativos

Allianz Europe Equity Growth (8) Ações

Fundsmith Equity Fund (8) Ações

Pictet

Lonvia

MFS European

BlackRock

BMO

Eurizon

Flossbach

Man

PIMCO

Janus

Morgan

NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 21
MFS MERIDIAN PRUDENT CAPITAL I1 USD DWS CONCEPT KALDEMORGEN EUR FC M&G (LUX) OPTIMAL INCOME CI EUR ACC JPM GLOBAL INCOME A (DIV) EUR PICTET-MULTI ASSET GLOBAL OPPS I EUR BGF GLOBAL ALLOCATION A2 JPM GLOBAL INCOME CNSRV C (ACC) EUR NORDEA 1 - STABLE RETURN BP EUR INVESCO PAN EUROPEAN HI INC A EUR QD MFS MERIDIAN PRUDENT WEALTH I1 USD BSF GLOBAL EVENT DRIVEN Z2 USD PIMCO GIS DYN MLT-ASST INSTL EUR ACC PICTET TR - DIV ALPHA J EUR BSF EUROPEAN ABSOLUTE RETURN A2 EUR AMUNDI FDS GLOBAL MA CNSRV C EUR C BNY MELLON GLBL RL RET (EUR) W ACC CARMIGNAC PF PATRIMOINE F EUR ACC PIMCO GIS CMDTY REAL RET INSTL USD ACC MAN GLG ALPHA SELECT ALT DLH EUR
Fundos com mais de 1.000 milhões de euros nas mãos de clientes ibéricos.
■ ■
02 FIXED INCOME 03 MULTIATIVOS E ALTERNATIVOS OS FAVORITOS DOS ANALISTAS EUROPEUS EM 2022 Entre parêntesis o número total de votos. FUNDO CATEGORIA Jupiter Dynamic Bond (26) Obrigações Nordea Global Climate and Environment (19) Ações Seilern World Growth (13) Ações Morgan Stanley Global Brands (11) Ações Eleva European Selection (10) Ações PIMCO GIS Income (10) Obrigações
Group New Prespective (9) Ações
Meridian Prudent Wealth (9)
Capital
MFS
Multiativos
Enhancedyield Short-Term Fund (9) Obrigações
FUNDO CATEGORIA
Alternativos
TR - Atlas (8)
Ações
DPAM Equities New Gems Sustainable (7)
Alternativo
Eleva Absolute Return Europe (7)
Ações
Avenir Mid Cap Europe (7)
Value
Ações
(7)
Trends
Ações
Robeco Global Consumer
(7)
Multiativos
Global Funds - ESG Multi-Asset Fund (6)
Alternativos
Real Estate Equity Market Neutral (6)
Bond Aggregate RMB (6) Obrigações
von Storch - Bond Opportunities (6) Obrigações
AHL Target Risk (6) Multiativos
FUNDO CATEGORIA Robeco Global Premium (6) Ações Wellington Enduring Assets (6) Ações
Continental European Flexible Fund (5) Ações Brown Advisory US Equity Growth (5) Ações
von Storch - Multiple Opportunities II (5) Multiativos
Partners Emerging Markets Equity (GEM) (5) Ações
Dynamic Multi Asset (6) Multiativos
BGF
Flossbach
GQG
Henderson Horizon Pan European Absolute Return Fund (5) Alternativos
Global Macro Opportunities Fund (5) Alternativos
JPM
Stanley Asia Opportunity
(5) Ações
20 22
Schroder ISF EURO Corporate Bond (5) Obrigações

Alimente as inovações que impulsionam a economia limpa

O sub-fundo AXA WF ACT Clean Economy é um compartimento da AXA WORLD FUNDS, uma SICAV harmonizada e domiciliada no 49, avenue J.F Kennedy L-1885 Luxembourg. O a investidores profissionais, em conformidade com a legislação DMIF. A informação constante do mesmo tem fins exclusivamente publicitários e informativos e não se destina, em caso podem ser obtidos de forma gratuita em www.axa-im.com. O presente documento não pode ser interpretado como consultoria em matéria de investimento, promoção financeira ou recomendação garantia de rentabilidade futura de investimentos financeiros. O mercado financeiro é flutuante e está sujeito a variações, e as taxas de câmbio podem sofrer oscilações que afetam diretamente de risco da referida classe de acções é 6. Esta informação não considera os objetivos de investimento específicos, atuais ou futuros, a situação financeira ou tributária ou as necessidades https://funds.axa-im.com/clean-economy. A AXA Investment Managers não assume qualquer responsabilidade por atos ou omissões decorrentes do uso indevido ou incorreto da presente Majunga 6, Place de la Pyramide 92908, e está registada na CMVM em Regime de Livre Prestação de Serviços (LPS), como Sociedade gestora de organismos de investimento colectivo do

Material publicitário. Exclusivamente para clientes profissionais

AXA WF ACT Clean Economy

Investir numa economia limpa faz sentido não só em termos ecológicos, como também em termos financeiros. As empresas que selecionamos estão na vanguarda dos transportes de baixo carbono, da energia inteligente, da tecnologia agrícola e da preservação de recursos. Estas empresas inovadoras podem ajudá-lo a conseguir retornos sustentáveis à medida que evoluímos para um mundo mais limpo.

O Investimento implica riscos, incluindo a perda de capital.

Invista num futuro melhor. Invista agora num futuro sustentável.

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depositário é a State Street Bank International GmbH, Luxembourg Branch e a sua sociedade gestora é a AXA Funds Management. O presente documento destina-se exclusivamente caso algum, a clientes não profissionais e/ou investidores finais. O prospeto e as informações fundamentais destinadas aos investidores, em língua inglesa e portuguesa, respetivamente, recomendação de investimento, não podendo constituir, por si só, uma base para a tomada de decisões de investimento. O presente documento não representa de modo algum uma diretamente a rentabilidade dos investimentos, tanto para cima como para baixo. A diversificação dos investimentos não garante ganhos nem proteção perante eventuais perdas. O nível necessidades pessoais de qualquer indivíduo específico. Para mais informações sobre o fundo AXA WF ACT Clean Economy da AXA IM, recomendamos que visite o nosso sítio na Internet, em presente informação, declinando toda e qualquer responsabilidade pelo uso incorreto ou inadequado do documento. A AXA INVESTMENT MANAGERS PARIS SA tem sede social em Paris, Tour do Espaço Económico Europeu e com Sucursal em Espanha, autorizada e registada na Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV) com o número 38.

num único diploma o enquadramento legal de várias tipologias de OIC, mas a grande novidade é a menor exigência para as sociedades gestoras de pequena dimensão.

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
O NOVO REGIME DA GESTÃO DE ATIVOS -300 -200 -100 0 100 200 300 400 500 600 15000 17500 20000 -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 1500 1625 1750 1875 2000 CAPTAÇÕES LÍQUIDAS CAPTAÇÕES LÍQUIDAS PATRIMÓNIO PATRIMÓNIO OUTUBRO 2021 OUTUBRO 2021 OUTUBRO 2022 OUTUBRO 2022 TOTAL DE FUNDOS MOBILIÁRIOS FUNDOS DE CURTO PRAZO HARMONIZADOS por Sérgio Brito 24 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO PANORAMA FÓRUM APFIPP
Concentra

FUNDOS DE OBRIGAÇÕES

FUNDOS MISTOS

FUNDOS DE AÇÕES

eu entrada na Assembleia da República, no passado dia 25 de outubro, a Proposta de Lei n.º 40/XV, que visa autorizar o Governo a rever o enquadramento jurídico dos Organismos de Investimento Coletivo (OIC) e, em concreto, a aprovar o novo Regime da Gestão de Ativos (RGA).

A proposta do governo surge no seguimento da consulta pública promovida pela CMVM, que decorreu entre os dias 10 de dezembro de 2021 e 28 de fevereiro de 2022 e, no essencial, mantém as opções assumidas pelo supervisor no Relatório que publicou no final de maio deste ano.

O novo RGA assume o objetivo de simplificar o enquadramento legal que incide sobre a atividade de gestão de OIC e, em simultâneo, alinhar as opções legislativas nacionais com o disposto no direito da União Europeia, eliminando, dessa forma, todas as situações de gold-plating que ainda subsistem.

Nesse sentido, o RGA concentra num único diploma o enquadra -

mento legal das várias tipologias de OIC, sejam eles Organismos de Investimento Coletivo em Valores Mobiliários (OICVM), previstos na Diretiva UCITS, ou Organismos de Investimento Alternativo (OIA) previstos na Diretiva dos Gestores de Fundos de Investimento Alternativo, incluindo, portanto, o Capital de Risco, o Empreendedorismo Social, e o Investimento Especializado, que têm, atualmente, um Regime legal específico.

No entanto, uma das principais novidades consiste na instituição de um regime menos exigente para as sociedades gestoras de pequena dimensão, em linha com o permitido na Diretiva 2011/61/UE, que regula a atividade dos gestores de investimento alternativo. Nesse diploma, que remonta a 2011, encontra-se expressamente consagrada a existência de um regime simplificado para as gestoras de OIA cujos ativos sob gestão não excedem determinados montantes (100 milhões de euros se incluírem ativos adquiridos com recurso ao efeito ala-

vancagem ou 500 milhões de euros sem efeito alavancagem).

Apesar do enquadramento jurídico do Capital de Risco já estabelecer esse regime simplificado para as gestoras de menor dimensão, o mesmo não se passava relativamente a outras gestoras de OIA, particularmente as Gestoras de Organismos de Investimento Imobiliário (OII), sendo algo que era, há muito, solicitado pela APFIPP e pelas suas associadas.

GESTORAS MAIS PEQUENAS

As sociedades gestoras de pequena dimensão têm um capital social mínimo mais reduzido (75.000 euros) e têm, igualmente, menores exigências no que respeita à sua organização e funcionamento, mais adequadas e proporcionais face à dimensão destas entidades e à atividade desenvolvida.

Numa outra vertente, o novo RGA introduz um novo paradigma no que respeita à supervisão da atividade de gestão de OIC, e que se traduz em evoluir do atual modelo de supervisão ex-ante, no qual a generalidade

D -80 -70 -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 2000 2500 3000 -150 -100 -50 0 50 100 150 200 5000 5500 6000 6500 7000 7500 8000 -30 0 30 60 90 120 150 2000 2500 3000 3500 4000 CAPTAÇÕES LÍQUIDAS CAPTAÇÕES LÍQUIDAS CAPTAÇÕES LÍQUIDAS PATRIMÓNIO PATRIMÓNIO PATRIMÓNIO OUTUBRO 2021 OUTUBRO 2021 OUTUBRO 2021 OUTUBRO 2022 OUTUBRO 2022 OUTUBRO 2022
NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 25

dos atos administrativos relativos à atividade dos OIC e das suas gestoras requerem a autorização prévia da CMVM, para uma supervisão ex-post, que se caracteriza pela definição dos princípios que devem ser observados pelas gestoras, sem, contudo, ser exigida a autorização expressa prévia do supervisor.

Pretende-se, assim, tornar mais simples e mais célere a gestão administrativa dos OIC, seja por via da redução

dos prazos de resposta, seja por via da eliminação de atos administrativos que se revelam desnecessários.

PRAZOS MAIS CURTOS

Por exemplo, o prazo máximo para o registo de novas gestoras, que é atualmente de seis meses, reduz-se para quatro meses (três meses + um mês), enquanto que o prazo para a aprovação de novos OIC diminui dos atuais 20 dias para 15 dias.

Regista-se, ainda, com agrado, a instituição, como regra, do deferimento tácito. Atualmente, em diversos atos que exigem a autorização expressa da CMVM, se esta não se pronuncia no prazo estabelecido, o pedido é considerado rejeitado. Na proposta do governo, quando tal sucede, o pedido considera-se aceite, obrigando, portanto, a uma maior agilidade do supervisor na análise dos pedidos que lhe são apresentados.

Square Asset Management 1.306,62 12,21 1.224,14 11,03 6,74

Interfundos 1.094,12 10,22 1.180,52 10,63 -7,32

Caixa Gestão de Ativos 900,33 8,41 891,75 8,03 0,96

GNB Real Estate 738,36 6,90 1.082,85 9,75 -31,81

BPI Gestão de Ativos 635,07 5,93 631,60 5,69 0,55

Silvip 583,70 5,45 510,34 4,60 14,37

LYNX AM 435,53 4,07 379,71 3,42 14,70

GEF - G. Fundos Imobiliários 405,29 3,79 400,29 3,61 1,25

Montepio Valor 403,25 3,77 400,18 3,60 0,77

Sierragest - G. Fundos 348,67 3,26 331,66 2,99 5,13

Libertas 336,63 3,15 334,56 3,01 0,62

Fidelidade 311,60 2,91 286,08 2,58 8,92

Fundiestamo 285,40 2,67 275,17 2,48 3,72

Santander AM 284,41 2,66 344,56 3,10 -17,46

Insula Capital 281,11 2,63 280,16 2,52 0,34

Norfin 254,52 2,38 365,78 3,29 -30,42

Imofundos 240,32 2,25 367,39 3,31 -34,59

Ageas - SGFP 5.970,06 28,62 6.657,80 27,92 -10,33

CGD Pensões 4.096,54 19,64 4.554,62 19,10 -10,06

BPI Vida e Pensões 2.979,62 14,29 3.389,71 14,21 -12,10

GNB - SGFP 2.182,51 10,46 2.633,34 11,04 -17,12

Futuro 1.762,86 8,45 1.943,21 8,15 -9,28

S.G.F.P. Banco de Portugal 1.759,38 8,44 2.231,57 9,36 -21,16

Santander Pensões 1.016,59 4,87 1.165,07 4,89 -12,74

BBVA Fundos 507,54 2,43 597,25 2,50 -15,02

Crédito Agrícola Vida 205,97 0,99 248,83 1,04 -17,22

Real Vida Seguros 192,09 0,92 237,46 1,00 -19,11

SGF 125,33 0,60 110,23 0,46 13,70

Previsão 59,04 0,28 78,96 0,33 -25,23

Victoria - Seguros de Vida 14,44 0,07 16,78 0,07 -13,95

Total 20.871,98 23.864,83 -12,54

Nota:

Investment Partners 130,14 0,77 142,88 0,72 -8,92 Casa de Investimentos 40,67 0,24 29,20 0,15 39,25 Heed Capital 32,29 0,19 33,37 0,17 -3,24 Crédito Agrícola Gest 18,00 0,11 19,87 0,10 -9,42 LYNX AM 15,27 0,09 19,65 0,10 -22,31 GFM G. Ativos 13,85 0,08 19,55 0,10 -29,14

Capital 13,70 0,08 19,25 0,10 -28,84

12,41 0,07 10,29 0,05 20,54 Total 16.938,73 19.859,00 -14,71

Fund Box 211,05 1,97 220,48 1,99 -4,28

Institutional Inv. Partners GmbH 190,35 1,78 248,13 2,24 -23,29

Violas Ferreira - SICAFI 183,88 1,72 178,21 1,61 3,18

TF Turismo Fundos 164,21 1,53 161,19 1,45 1,88

TIKEHAU Investment Management 148,60 1,39 139,91 1,26 6,21

Atlantic 114,53 1,07 50,49 0,45 126,86

ECS - SGFII 105,39 0,98 102,37 0,92 2,95

Imopolis 102,63 0,96 100,49 0,91 2,13

Profile 98,52 0,92 115,13 1,04 -14,43

Imorendimento 87,88 0,82 74,80 0,67 17,49

Southcap 84,22 0,79

Carregosa 72,44 0,68 63,24 0,57 14,55

Vila Gale Gest 67,67 0,63 62,45 0,56 8,37

Gesfimo - Espírito Santo Irmãos 56,76 0,53 58,72 0,53 -3,34

GFM G. Ativos 39,16 0,37 38,50 0,35 1,73

Lifento, SAS 28,51 0,27 30,71 0,28 -7,16

Valadim Inv. SICAFI Especial 26,63 0,25

Invest Gestão de Activos 24,01 0,22 22,20 0,20 8,17

Floresta Atlântica 17,31 0,16 23,80 0,21 -27,28

Crédito Agrícola Gest 16,95 0,16 24,60 0,22 -31,11

Silar - SICAFI 14,97 0,14 15,05 0,14 -0,54

Refundos - SGOIC 84,47 0,76 -100,00 Total

-6,42

-50,59

-24,83

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21 ORGANIMOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO OUTUBRO 2022 QUOTA (%) DEZEMBRO 2021 QUOTA (%) VAR. (%) 2021
10.700,59
Dados em milhões de euros. AS GESTORAS EM OUTUBRO DE 2022 GESTÃO DE PATRIMÓNIOS OUTUBRO 2022 QUOTA (%) DEZEMBRO 2021 QUOTA (%) VAR. (%) 2022 Caixa Gestão de Ativos 8.178,95 33,09 9.476,19 33,40 -13,69 Santander AM 5.171,54 20,93 5.900,22 20,80 -12,35 BPI Gestão de Ativos 3.886,45 15,73 4.315,52 15,21 -9,94 GNB - Gestão de Patrimónios 3.860,63 15,62 4.696,84 16,55 -17,80 Montepio G. Activos 1.464,69 5,93 1.640,21 5,78 -10,70 Crédito Agrícola Gest 1.324,43 5,36 1.381,89 4,87 -4,16 Bankinter G. Activos - Suc. Portugal 720,31 2,91
SETEMBRO
QUOTA (%) DEZEMBRO
11.101,66 -3,61
769,73 2,71
Optimize Inv. Partners 73,48 0,30 148,71 0,52
Heed Capital 18,99 0,08 25,26 0,09
LYNX AM 15,10 0,06 18,67 0,07 -19,13 Total 24.714,57 28.373,24 -12,89 Nota: Amostra = 74,4% do total de activos da Gestão de Patrimónios (Em outubro de 2022). FUNDOS DE PENSÕES
2022
2021 QUOTA (%) VAR. (%) 2022
setembro 2022). FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO OUTUBRO 2022 QUOTA (%) DEZEMBRO 2021 QUOTA (%) VAR. (%) 2022
G. Ativos
IM Gestão de Ativos
Ativos
-14,67 Santander AM 2.696,78 15,92 3.287,60 16,55 -17,97 GNB Fundos Mobiliários 742,67 4,38 896,84 4,52 -17,19 Bankinter Gestion de ActivosSuc. Portugal 311,21 1,84 358,35 1,80 -13,15 Invest Gestão de Activos 185,60 1,10 184,06 0,93
Montepio G. Activos 167,89 0,99 175,80 0,89
Optimize
Amostra = 98,9% do total gerido por Fundos de Pensões (Em
Caixa
6.082,53 35,91 6.951,38 35,00 -12,50
3.570,43 21,08 4.306,14 21,68 -17,09 BPI Gestão de
2.905,30 17,15 3.404,78 17,14
0,84
-4,50
BIZ
Sixty Degrees
26 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO PANORAMA FÓRUM APFIPP

Como corolário deste novo paradigma de simplificação, constata-se a eliminação de diversas especificidades legislativas nacionais (gold-plating), que comprometiam a competitividade dos gestores nacionais relativamente aos concorrentes de outros estados-membros, na medida em que restringiam injustificadamente as operações permitidas às entidades gestoras.

Haverá, seguramente, alguns aspetos que poderão ser melhorados e

Dados em milhões de euros

Portugal 5,719 1,447 28,590

Invest Gestão de Activos 3,313 26,790 42,734

Casa de Investimentos 1,649 20,540 25,627

Montepio Gestão de Activos 0,318 6,714 13,200

GFM Gestão de Ativos 0,000 0,000 0,000

Crédito Agrícola Gest 0,000 0,000 0,000

Optimize Inv. Partners -0,128 8,816 14,746

Heed Capital -0,426 -0,343 0,073

BIZ Capital -0,505 -3,695 -4,185

LYNX Asset Managers -0,910 -1,449 -0,273

GNB Fundos Mobiliários -3,146 -63,352 -10,930

UMA OPORTUNIDADE DE UMA DÉCADA

OUTUBRO 2022

Santander AM -60,452 -175,414 -84,143

IM Gestão de Ativos -61,861 -337,139 -140,916

Caixa Gestão de Ativos -81,059 -8,263 375,062

Sixty Degrees n.a. n.a. n.a.

Total -190,957 -640,891 281,785

FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO * SETEMBRO E OUTUBRO 2022

1.500 1.250 1.000 750 500 250 0 -250 -500 -750 -1000 -1.250 -1.500 -1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 * - Não inclui os Fundos geridos por 1 entidades (amostra

DESDE INÍCIO DO ANO ÚLTIMOS 12 MESES

Fundos de Obrigações Euro 40,838 -165,559 -184,882

F. Mercado Monetário Euro 21,190 45,050 34,382

Fundos de Acções Globais 14,220 320,563 503,275

Fundos de Acções Nacionais 3,488 15,918 77,895

Fundos de Acções Sectoriais 0,900 8,414 11,337

F. Mercado Monetário Internacional 0,854 1,887 2,237

Outros F. Acções Internacionais 0,245 -8,101 -7,201

F. Multi-Activos Agressivos 0,208 -1,507 8,754

FIA de Retorno Absoluto 0,000 -0,029 -0,029

Outros Fundos 0,000 0,000 75,471

FIA Multi-Activos 0,000 0,197 0,258

Fundos de Acções Ibéricas -0,283 -2,166 -2,446

FIA Flexíveis -0,411 -0,837 0,349

FIA de Obrigações -0,599 -2,217 -3,011

F. Acções da América do Norte -1,387 6,592 16,541

Fundos de Acções Europeias -5,674 -12,719 -15,593

F. Multi-Activos Equilibrados -9,916 8,880 73,619

Fundos de Obrigações Internacional -10,492 -27,172 -23,936

F. Multi-Activos Defensivos -14,721 -84,840 -63,019

Outros FIA -18,290 -25,956 -28,111

F. Obrigações Taxa Indexada Euro -19,857 -126,973 -135,677

Fundos PPR -33,041 -107,288 165,149

Fundos Flexíveis -41,287 -51,801 42,298

F. Multi-Activos Moderados -57,857 -119,564 68,793

Fundos de Curto Prazo Euro -59,084 -311,665 -334,667 Total -190,957 -640,891 281,785

Podemos estar perante a melhor oportunidade em obrigações europeias dos últimos 10 anos. É uma afirmação que pode parecer forte, mas os dados deixam poucas dúvidas. O endurecimento da política monetária impulsionou as yields das obrigações governamentais e corporativas para níveis que não eram vistos desde a crise financeira, quando a atual situação nada tem a ver com essa. No final de outubro, a rentabilidade das obrigações corporativas IG em euros superava os 4% com spreads acima dos 200 pontos base. São os mais elevados desde a crise do euro em 2012 e descontam um cenário que nunca aconteceu na história. Estes spreads descontam um rácio de default (com 40% de recuperação) de 16%, enquanto a média histórica de defaults neste segmento é de 0,4% e nunca ultrapassou os 2,4%, nem mesmo com a crise financeira e do euro. Se a isto acrescentarmos as expetativas de uma próxima recessão, que poderia limitar novas subidas de taxas (e que os dados de inflação poderiam apoiar, como os últimos dados nos EUA), o certo é que os níveis de rentabilidade atual deveriam parecer ótimos para assumir mais risco de crédito em obrigações.

NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 27

FERNANDO FERNANDEZ-BRAVO Responsável de distribuição ativa para a Península Ibérica, Invesco
A OPINIÃO DE RAP T REN DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO SETEMBRO E OUTUBRO 2022 PAR T NER FUNDOS DESDE INÍCIO DO ANO ÚLTIMOS 12 MESES BPI Gestão de Ativos 6,530 -115,545 22,201 Bankinter Gestion de Activos - Suc.
E
ENTRADAS E SAÍDAS
DOS FUNDOS MOBILIÁRIOS SETEMBRO
=
99,93%)
é necessário, igualmente, aguardar pela regulamentação da CMVM que complementará o novo RGA, mas o novo regime constitui, definitivamente, um avanço significativo no enquadramento jurídico da atividade de gestão de OIC, ajustando-o às melhores práticas internacionais, conferindo, portanto, uma maior competitividade para as gestoras nacionais e para os OIC domiciliados em Portugal.

FUNDOS COM RATING FUNDSPEOPLE

Euro Money Market

EM 2022

Groupama Trésorerie IC -0,31 -0,37 -0,40 0,11

BNP Paribas Euro Money Market C Cap -0,46 -0,51 -0,50 0,08

Pictet-Short-Term Money Market EUR P -0,54 -0,56 -0,48 0,08

UBS (Lux) Money Market EUR Sust P-acc -0,52 -0,56 -0,56 0,08

JPM EUR Liquidity VNAV C (acc.) -0,58 -0,62 -0,60 0,05

US Money Market

JPM USD Standard Mny mkt VNAV A (acc.) 4,34 4,60 17,95 7,14

Miscellaneous

PBFI Dynamic Multi-Ast (EUR) C Acc EUR 0,16 -0,40 -10,55 6,22

Asia Fixed Income

Eurizon Bond Aggregate RMB Z EUR Acc 7,38 7,21 6,31

Schroder ISF Asian LclCcy Bd I Acc USD 4,33 2,26 0,95 6,80

Fidelity China RMB Bond A-Acc-RMB 2,58 1,68 -5,65 7,39

T. Rowe Price Asia Crdt Bd I USD -1,22 -7,88 8,56

Matthews Asia Total Return Bd I USD Acc 0,08 -3,55 -10,68 10,75

Fidelity Asian High Yield A-Acc-EUR -8,08 -15,98 -35,94 16,39

Emerging Markets Fixed Income

Pictet-Short Term Em Corp Bds I dy USD 3,65 2,46 5,73 8,46

Muzinich EmergingMktsShrtDur HUSD Acc S 3,70 2,09 2,82 8,95

Neuberger Berman Shrt DurEM DbtUSD I Acc 3,58 2,04 4,08 8,45

Nordea 1 - Emerging Mkt Corp Bd BP EUR 2,29 -0,58 -8,73 13,41

JPM Emerg Mkts Corp Bd A (acc) USD 1,34 -0,72 -7,48 10,18 abrdn SLI EmMkLclC D D Acc USD -0,43 -1,17 -3,23 10,08

MS INVF Emerging Mkts Corp Debt Z 1,40 -1,30 -6,44 12,01

MS INVF Emerging Mkts Corp Debt Z 1,37 -1,37 -6,12

Vontobel EM Corporate Bond I USD 2,66 -1,37 -13,88 17,82

Capital Group EM Debt (LUX) Z 1,15 -1,66 -7,32 10,66 abrdn EM Corp Bd A Acc USD 1,52 -1,66 -6,33 12,30

Nomura Fds Emerging Market LC Debt I USD 0,60 -2,16 -1,10 9,42

Pictet-Global Emerging Debt P dy USD 0,37 -2,68 -9,02 11,18

CSIF (Lux) Bond Govt Em Mkts USD DB USD -3,00 -10,25 11,29

JPM Emerg Mkts Lcl Ccy Dbt A (acc) EUR 0,03 -3,09 -2,96 9,18

iShares Em Mkts Govt Bd Idx (LU) N7 EUR 0,70 -3,11 -9,86 10,15

Invesco Emer Mkt Lcl Dbt S EUR Acc 0,32 -3,11 -1,92 9,95

LO Funds Emerg Lcl Ccy Bd Fdmtl USD NA -0,33 -3,19 -4,61 7,29

BGF Emerging Markets Bond A1 -0,89 -3,28 -12,39 13,67

T. Rowe Price Em Lcl Mkts Bd I USD 0,03 -3,41 -4,96 9,73

GAM Multibond Local Emerging Bond USD C -0,13 -3,55 -1,97 9,74

Amundi Fds EM Lcl Ccy Bd I2 EUR C -0,13 -3,69 -5,65 10,03

PIMCO GIS Em Mkts Bd ESG Ins USD Acc 0,19 -3,89 -14,08 10,92

New Capital Wlthy Ntn Bd USD Inst Inc 0,51 -4,31 -15,51 9,82

Nordea 2 - Emerg Mkt Lcl Dbt Enh BI EUR -0,61 -4,56 -6,10 8,97

GS Em Mkts Dbt Base Inc USD -1,14 -4,64 -14,29 13,20

Allianz Em Mkts Shrt Dur Bd AM H2 EUR -2,73 -4,65 -16,31 7,47

GS Em Mkts Dbt A Acc USD -1,39 -4,89 -14,51 13,18

Neuberger Berman EM DbtHrdCcy USD I C -0,69 -4,95 -16,11 12,51

GlobalAccess EM Lcl Ccy Dbt A Dis EUR H -4,98 6,67 13,04

BlueBay EMkt Inv Grd Corp Bd I EUR (AID) -2,71 -5,18 -19,05 8,59

Candriam Bds Em Mkts C USD Cap -1,69 -5,36 -13,14 14,60

BlueBay Emerging Mkt Aggt Bd M EUR -3,60 -6,47 -22,15 12,24

JPM Emerg Mkts Inv Grd Bd A (acc) EURH -3,72 -7,27 -23,60 8,78

Wellington Oppc EM Dbt II EUR S Q1 DiH -4,49 -8,24 -25,53 12,28

JPM Emerging Markets Debt A (dist) EURH -6,42 -10,42 -28,66 15,28

Vontobel EM Debt HI Hdg EUR -6,53 -10,62 -30,90 16,73

Europe Fixed Income

BNP Paribas Euro Government Bd Privl C

NB Subordinated Debt I EUR Inc -13,37

BNP Paribas Euro Corporate Bd C C

AXAWF Euro Credit Total Ret Cap EUR 1,22 0,38 -9,41 9,46

Stt Strt Euro Infl Lnkd Bd Idx EUR 1,19 0,07 -5,86 8,37

Generali IS Euro Bond 1/3Y BX 0,33 -0,23 -2,01 1,36

Nordea 1 - Low Dur Eurp Cov Bd BC-EUR 0,03 -0,69 -2,93 1,15

Eurizon Bond Inflation Linked R Acc 0,29 -0,72 -6,74 8,18

M&G (Lux) Short Dtd Corp Bd CI EUR Acc -0,20 -0,72 -4,90 3,83

Carmignac Pf Credit FW EUR Acc 4,04 -0,79 -16,24 11,53

DADOS A 31/10/2022

Lazard Credit Fi SRI PVC EUR 0,64 -0,81 -11,71 9,67

Scor Sustainable Euro High Yield C EUR 0,07 -0,89 -11,72 10,60

AXAIMFIIS Europe Short Dur HY A Cap EUR -0,28 -1,03 -5,51 8,25

MS INVF Euro Corporate Bd - Dur Hgd Z -1,08 -7,58 6,66

BNP Paribas Enhanced Bond 6M I C -0,80 -1,10 -4,33 2,80

ODDO BHF Euro High Yield Bond CI-EUR -0,18 -1,22 -10,16 9,90

Carmignac Pf Flexible Bond A EUR Acc -0,46 -1,26 -11,71 6,87

Neuberger Berman Ultr S/T Er Bd EUR IInc -1,28 -7,05 4,04

BlueBay High Yield ESG Bond R EUR 0,05 -1,30 -12,02 9,99

BNP Paribas Euro High Yld Bd I C -0,14 -1,39 -14,34 10,81

MS INVF Short Maturity Euro Bond -0,91 -1,39 -4,36

IMGA Euro Taxa Variável A FIMA -0,95 -1,46 -4,39 2,70

Bankinter Rendimento PPR/OICVM A FIMA -1,00 -1,51 -4,11 4,07

NB Obrigações Europa FIMAO 3,28 -1,54 -10,10 9,18

Candriam Sst Bd Euro S/T I € Acc -1,02 -1,59 -4,04 1,75

Ostrum Euro Short Term Credit I/A EUR -0,91 -1,64 -4,91 3,34

NB Euro Bond 3,37 -1,84 -9,14 8,51

Evli Short Corporate Bond A -0,96 -2,07 -7,68 5,71

EdRF Bond Allocation B EUR Inc -1,52 -2,24 -12,01 6,35

abrdn Sel Euro HY Bd A Acc EUR -1,22 -2,29 -13,89 12,86

Schroder ISF EURO S/T Bd A Dis AV -1,52 -2,37 -6,05 2,15

DWS Invest Short Duration Credit FC -1,37 -2,42 -8,02 4,73

BGF Euro Short Duration Bond A2 EUR -1,65 -2,44 -5,76 2,54

Tikehau Subfin E Acc -0,11 -2,47 -17,16 11,03

BGF European High Yield Bond A2 EUR -0,64 -2,52 -15,55 11,03

Pictet-EUR Short Term Corp Bds I -1,53 -2,58 -7,95 3,62

EdR SICAV Financial Bonds I EUR -0,75 -2,66 -13,47 10,32

IMGA Rendimento Semestral A FIMA -1,56 -2,67 -7,99 4,09

Schroder ISF EURO Crdt Abs Rt I Acc EUR -0,76 -2,72 -13,11 6,95

CompAM Active European Credit A Acc -1,40 -2,94 -14,86 7,19

Threadneedle (Lux) European Strat Bd AE -1,16 -3,09 -13,70 6,67

NB Rendimento Plus FIMAO -1,03 -3,60 -11,96 7,24

M&G European Credit Investment QI EURAcc -0,98 -3,67 -14,80 7,48

AB European Income I EUR -1,21 -3,68 -14,80 9,32

NB Corporate Euro A -2,07 -3,85 -13,64 7,11

BNY Mellon Rspnb Hrzn Euro Corp Bd X€Acc -1,32 -3,94 -14,43 7,38

Neuberger Berman Corp Hyb Bd EUR I5 Acc -1,55 -3,95 -16,31 9,78

Robeco Financial Institutions Bds I € -1,34 -3,95 -15,16 9,21

Schroder ISF EURO Crdt Convct I Acc EUR -1,09 -4,27 -18,08 9,29

IMGA Rendimento Mais FIMA -2,50 -4,30 -12,05 5,53

Nordea 1 - European Cross Credit BI EUR -1,57 -4,31 -13,90 10,35

BlueBay Investment Grade Bd R EUR -1,83 -4,40 -16,32 8,09

Nordea 1 - European Covered Bond BP EUR -1,45 -4,53 -13,11 4,06

Robeco Euro Credit Bonds D € -2,13 -4,68 -14,72 7,26

BlueBay Inv Grd Euro Aggt Bd I EUR -1,09 -4,82 -15,95 7,03

MS INVF Euro Corporate Bond A -2,34 -5,01 -16,30 7,98

Schroder ISF EURO Corp Bd C Acc EUR -1,88 -5,08 -18,18 8,62

Janus Henderson Hrzn Euro Corp Bd A2 EUR -2,23 -5,11 -16,20 7,14

Fidelity Euro Corporate Bond Y-Acc-EUR -2,18 -5,21 -17,73 8,86

Eurizon Bond Aggregate EUR Z EUR Acc -1,61 -5,25 -16,87 6,92

Robeco All Strategy Euro Bonds D € -2,22 -5,36 -16,87 6,14

Vontobel Euro Corporate Bond B EUR -2,52 -5,42 -17,28 8,56

Vontobel Euro Corporate Bond A EUR -2,52 -5,42 -17,28 8,56

BlueBay Inv Grd Euro Govt Bd I EUR Acc -1,13 -5,55 -15,25 6,27

BNP Paribas Euro Government Bd Privl C -1,92 -5,67 -15,06 6,05

JPM EU Government Bond C (acc) EUR -1,68 -5,75 -15,94 6,00

MS INVF Euro Bond I -2,29 -5,90 -16,38 5,98

Vanguard € Govt Bd Idx € Acc -2,13 -6,05 -16,40 6,27

Allianz Euro Credit SRI W EUR -2,42 -6,07 -21,12 9,98

AXAWF Euro 7-10 I Cap EUR -2,28 -6,27 -18,62 7,54

Allianz Euro Credit SRI RT EUR -2,67 -6,31 -21,32 9,98

BGF Euro Bond A2 -2,60 -6,33 -16,49 6,45

Capital Group Euro Bond (LUX) B -2,71 -6,53 -16,34 6,56

Caixa Obrigações LP FIMAO -2,65 -6,54 -16,57 6,30

Schroder ISF EURO Bond C Dis AV -2,60 -6,63 -19,02 6,71

Schroder ISF EURO Bond C Acc EUR -2,60 -6,63 -19,02 6,71

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21 PANORAMA BARÓMETRO 28 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRE E DICEMBRE
FUNDO
5
5
20 22
VOLAT. 3 ANOS VOLAT. 3 ANOS RETORNO ANUALIZADO RENDIMENTO ANUALIZADO
FUNDO
ANOS
ANOS 3 ANOS 3 ANOS 1 ANO 1 ANO

FUNDOS COM RATING FUNDSPEOPLE EM 2022

Fixed Income Miscellaneous

Lemanik SICAV Actv S/T Crdt Dis Retl EUR

BlueBay Divers Alt Crdt I Pf USD Acc 13,56 21,13

Franklin Gulf Wealth Bond I(acc) USD 6,77 4,39 -0,85 10,19

MS INVF Global Asset Backed Secs Z USD 4,33 2,77 7,08 8,00

Alcentra European Loan II-A EUR Acc 1,13 0,35 -5,57 10,44

Arcano Eurp Sr Secu Ln ESG Sel B1 - Acc 0,92 -0,19 -3,88 8,66

Fidelity Global Hybrids Bond Y-Acc-EUR 1,46 -0,81 -10,99 12,02

Arcano European Income ESG Sel BD 0,11 -0,86 -8,23 8,38

Millesima 2026 CR -1,09 -8,89 12,91

Aegon European ABS B EUR Acc -0,33 -1,18 -5,09 3,26

Global Fixed Income

T. Rowe Price Dyn Glb Bd I USD 6,00 9,15 21,45 8,12

M&G (Lux) Glb Fl Rt HY CI USD Acc 5,71 5,79 12,82 12,18

AB Short Duration High Yield S1 USD 5,69 5,10 7,52 9,45

Muzinich Enhancedyield S-T HUSD Acc A 4,88 4,24 10,24 8,04

BNY Mellon Glb ShrtDtd HY Bd USD W Acc 5,13 4,06 10,32 9,31

JPM Global Short Duration Bd A(acc)USD 3,88 3,61 13,22 6,81

UBAM Global High Yield Solution AC USD 4,96 3,46 8,61 9,60

JPM Global Bond Opps A (acc) USD 4,29 3,28 5,58 7,06

PIMCO GIS Glb Hi Yld Bd Instl USD Acc 4,73 3,21 3,83 9,95

Muzinich Global Tact Crdt HUSD Inc Fndr 4,65 2,90 4,66 7,28

Capital Group GlobHiInc (LUX) Cd 4,37 2,76 -1,65 9,69

MS INVF Global Fixed Income Opps Z 4,50 2,64 6,47 8,10

BNY Mellon Global Credit USD W Acc 4,39 2,17 -1,57 8,67

Nomura Fds Global Dynamic Bond I USD 5,18 2,10 -4,74 9,08

Legg Mason BW Glb Inc Opt A USD Acc 3,86 2,04 -3,53 7,43

Candriam Bds Global Hi Yld R EUR Cap 2,18 1,77 -6,85 8,02

RobecoSAM SDG Credit Income I USD 1,73 -0,32 8,73

Candriam Bds Global Hi Yld V EUR Cap 2,19 1,45 -8,26 8,09

PIMCO GIS Glb Bd Instl USD Acc 3,63 1,43 2,27 6,79

BGF Global High Yield Bond C1 USD 2,68 1,23 -0,81 10,12

AXAWF Global Infl Sh Dur Bds I Cap EUR H 0,39 1,14 -2,60 3,33

Muzinich LongShortCreditYld HEUR Acc E 0,90 0,81 -6,80 3,69

MFS Meridian Global Oppc Bd I1 USD 3,81 0,80 1,78 7,32

Amundi Fds Global Corp Bd I USD C 3,40 0,58 -3,39 8,39

JSS Sust Total Return Global I USD Acc 2,56 0,36 -0,06 6,87

Candriam Long Short Credit Classique 0,11 0,32 -0,88 1,75

RobecoSAM Global SDG Credits IH $ 0,12 -4,45 8,51

Fidelity Global Infl-Link Bd Y-Acc-EUR H 0,25 0,03 -6,38 5,02

Candriam Sst Bd Glbl Hi Yld R € Acc 0,61 -0,54 -9,93 7,96

PIMCO GIS Divers Inc Instl USD Acc 2,75 -0,63 -6,18 8,81

BSF Global Absolute Return Bond A2 EUR -1,11 -0,80 -3,19 4,13

Mercer Short Dur Glbl Bd 1 M-1 NOK Hdg -1,11 -0,89 -9,81 14,39

AB Short Duration High Yield I2 EUR H -0,13 -0,99 -10,08 9,55

PIMCO GIS GlInGd Crdt Instl USD Inc 2,36 -1,14 -4,15 8,95

MFS Meridian Global Credit I1 USD 1,88 -1,23 -11,53 8,80

JPM Global Strat Bd A perf (acc) EURH -1,24 -1,46 -7,48 4,14

FvS Bond Opportunities EUR I 0,81 -1,51 -11,08 7,50

UBS (Lux) BF Global Flex P acc 1,12 -1,76 -11,54 8,46

AXAWF Global High Yield Bds F Dis EUR H -0,71 -1,76 -11,54 10,37

Aegon Strategic Global Bd B Inc EUR Hdg -0,40 -1,89 -19,75 10,82

PIMCO GIS Income Instl EURH Acc -0,78 -1,89 -12,17 7,74

Robeco High Yield Bonds DH € -0,62 -1,99 -11,93 10,45

Fidelity Global Bond A-Dis-USD 1,02 -2,12 -9,44 6,70

Vontobel TwentyFour StratInc G GBP 0,22 -2,20 -17,68 12,52

NEF Ethical Total Return Bond I Acc -0,97 -2,40 -11,75 5,03

MS INVF Global Bond I 0,89 -2,41 -8,17

Eurizon Global Multi Credit Z EUR Acc -1,38 -2,58 -10,19 6,27

Legg Mason WA Mcr OppBd S USD Acc 1,39 -2,69 -13,06 12,43

Templeton Global Bond A(Mdis)USD -0,84 -2,77 2,87 6,61

JPM Aggregate Bond C (dist) EURH -1,24 -3,21 -12,95 4,37

Vanguard Global Credit Bond Ins EURH Acc -0,75 -3,44 -17,76 7,88

M&G (Lux) Glb Corp Bd CI H EUR Acc -1,27 -3,46 -16,91 7,50

AXAWF Global Start Bds I Cap EUR H -1,42 -3,47 -14,46 5,16

JPM Aggregate Bond A (acc) EURH -1,65 -3,60 -13,28 4,38

Fidelity Sust Strat Bd Y-Acc-EUR H -1,78 -3,65 -15,26 6,34

Fonditalia Opportunities Divers Inc R

DADOS A 31/10/2022

-3,93 -17,77 8,15

New Capital Glbl Val Crdt GBP Acc -1,56 -4,51 -20,17 10,78

Amundi IS JP Morgan GBI Glbl Gvs IHE-C -1,98 -4,96 -13,89 4,60

JPM Global Corp Bd A (acc) EUR H -2,59 -5,37 -19,34 7,67

Pictet Global Sustainable Crdt HI EUR -2,99 -6,20 -21,25 8,71

Templeton Global Ttl Ret A(acc)USD -3,97 -6,70 -7,63 7,69

Amundi Rspnb Invest Imp Green Bds I C -3,02 -6,70 -20,44 7,39

Sterling Fixed Income

Vontobel TwentyFour Abs RetCrdt G GBP 0,64 -0,85 -7,89 7,75

US Fixed Income

Nomura Fds US High Yield Bond I USD 5,52 5,36 3,31 11,68

AXAWF US High Yield Bonds I Cap USD 5,49 5,02 5,92 9,32

AXAIMFIIS US Short Dur HY A Cap USD 5,42 4,86 11,39 7,93

GAM Star MBS Total Return Instl USD Acc 4,98 4,76 13,32 12,62

UBAM Dynamic US Dollar Bond AC USD 4,30 4,25 16,23 7,33

Fidelity US High Yield A-Dis-EUR 4,94 4,10 4,87 10,71

JPM US Short Duration Bond A (acc) USD 3,98 3,73 11,05 6,75

Neuberger Berman Strat Inc I JPY Acc 4,28 3,51 2,33 8,74

CS (Lux) Corporate Short Dur USD Bd A 3,94 3,34 10,23 6,92

UBS (Lux) BS Sht TermUSDCorpSst$P-acc 3,68 3,07 9,66 6,89

PIMCO GIS Low Avrg Dur Instl USD Acc 3,44 2,76 9,61 6,56

BGF US Dollar Short Duration Bd A1 USD 3,36 2,74 9,06 7,01

UBAM Medium Term US Corporate Bd AC USD 2,62 0,56 0,86 7,20

Vanguard USTrs InfProtSecsIdxSel EURHAcc 0,38 0,54 -9,04 5,54

Vanguard U.S. Govt Bd Idx $ Acc 2,71 0,31 0,68 7,48

JPM US Aggregate Bond A (dist) USD 2,54 0,24 -0,66 7,02

Amundi Fds Pio US Bond A2 EUR C 2,34 0,07 -3,24 7,94

NN (L) US Credit P Cap USD 3,05 0,02 -7,24 8,89

GS US Mortgg Bckd Secs I Acc USD 2,22 -0,03 -0,75 7,17

Eurizon Bond USD LTE R Acc 2,28 -0,06 0,47 7,57

Franklin US Government A(Mdis)USD 1,41 -0,59 1,51 7,09

AB American Income C USD 2,21 -0,69 -2,56 9,15

JPM Income Opp A perf (acc) EURH -1,04 -0,87 -2,26 2,71

Muzinich ShortDurationHY HEUR Acc A -0,62 -1,12 -7,37 6,97

JPM Global High Yield Bond C (acc) EURH -0,08 -1,36 -11,61 10,38

Nomura Fds Select US High Yield Bd IEURH -1,69 -12,95 11,49

JPM Global High Yield Bond A (acc) EURH -0,53 -1,81 -12,00 10,37

Legg Mason WA US Core+ Bd A USD Acc 1,37 -1,98 -7,51 7,63

MFS Meridian US Corporate Bond IH1 EUR -2,47 -5,60 -21,40 8,97

Amundi Fds Pio US Corp Bond G EUR H C -3,28 -6,40 -23,76 10,39

Asia Equity

Allianz Oriental Income P USD 9,87 10,96 -17,16 20,23

JPM Pacific Equity A (dist) USD 2,76 0,59 -26,15 15,41

Asia ex-Japan Equity

New Capital Asia Future Ldrs USD Sdr Acc 5,74 -30,25 16,28

Matthews Asia Ex Japan Div I USD Acc 5,24 4,99 -25,43 17,62

Schroder ISF Emerging Asia I Acc EUR 4,91 4,97 -21,20 17,30

Polar Capital Asian Stars S Acc 4,74 -28,24 18,24

Fidelity Asia Pacific Opps A-Acc-EUR 6,04 3,80 -20,23 17,67

Schroder ISF Emerging Asia C Acc EUR 3,62 3,69 -22,17 17,28

Schroder ISF Sust Asn Eq C Acc USD 3,65 -17,34 15,61

Nikko AM Asia Ex-Japan A USD 3,16 3,62 -22,86 15,12

Mirae Asst Sst Asia Sect Ldr Eq K USDCap 1,67 2,85 -22,66 17,06

Schroder ISF Asian Eq Yld I Acc USD 3,11 2,56 -11,47 16,44

Vanguard Pac ex-Japan Stk Idx USD Acc 3,66 1,75 -7,55 19,80

UBS (Lux) ES As Smlr Coms (USD) P-acc 2,11 1,40 -24,85 15,88

JPM Asia Pacific Equity A (acc) USD 1,86 1,23 -21,06 16,23

Fidelity Sustainable Asia Eq A-Dis-USD 2,13 0,33 -21,74 15,70

CS (Lux) Asia Pacific Income Eq A USD 2,06 0,18 -16,96 13,51

abrdn Asia Pacific Sust Eq A Acc USD 1,49 0,12 -22,53 15,74

abrdn Asian Smllr Coms A Acc USD 0,68 -0,23 -20,70 19,04

Schroder ISF Asian Opports A Dis USD AV 0,00 -0,99 -24,27 16,68

MS INVF Asia Opportunity Z 2,14 -4,46 -34,02

Australia & New Zealand Equity

Candriam Eqs L Australia V AUD Cap 9,69 11,24 -0,04 26,93

Candriam Eqs L Australia I AUD Cap 9,51 11,06 -0,17 26,93

NOVEMBRE E DICEMBRE I FUNDSPEOPLE 29
20 22 VOLAT. 3 ANOS VOLAT. 3 ANOS
RETORNO
FUNDO FUNDO 5
5 ANOS 3 ANOS 3 ANOS 1 ANO 1 ANO
RETORNO ANUALIZADO
ANUALIZADO
ANOS

FUNDOS COM RATING FUNDSPEOPLE EM 2022

Consumer Goods & Services Sector Equity

GAM Multistock Luxury Brands Eq USD C 8,41 7,12 -15,01 19,98

Invesco Glbl Consmr Trnds Z USD Acc 3,38 0,09 -39,54 25,54

Invesco Glbl Consmr Trnds A USD Acc 2,59 -0,67 -40,03 25,50

Energy Sector Equity

RobecoSAM Smart Energy Eqs F EUR 14,48 19,92 -12,59 24,71

BNP Paribas Energy Transition C D 6,74 19,50 -46,94 45,17

Equity Miscellaneous

BNP Paribas Aqua C C

RobecoSAM Sustainable Water Eqs F EUR 8,89 10,24 -13,13 19,58

Pictet-Water I EUR 9,53 9,64 -7,95 19,04

Pictet-Nutrition I USD 5,26 4,56 -15,16 16,17

Pictet-Nutrition I EUR 5,24 4,47 -14,89 16,29

Europe Emerging Markets Equity

Amundi Fds Russian Equity A EUR C 6,51 9,65 14,29 23,30

Europe Equity Large Cap

BSF European Unconstrained Eq A2 EUR 7,49 -15,03 19,37

CM-AM Convictions Euro S 4,60 6,66 -16,15 18,39

GAM Star Continental Eurp Eq Instl £ Acc 3,51 6,54 -20,90 18,74

BGF Continental Eurp Flex E2 EUR 4,85 6,12 -25,92 21,97

Carmignac Pf Grande Europe F EUR Acc 5,46 5,31 -21,25 19,10

Schroder ISF European Sus Eq I Acc EUR 5,19 -16,68 19,48

UBAM Swiss Equity UC CHF 5,67 4,90 -20,33 16,90

Carmignac Pf Grande Europe A EUR Acc 5,09 4,88 -21,77 19,13

Candriam Sst Eq Euro R Acc € 5,17 4,83 -14,24 18,40

JPM Europe Strategic Growth A (dist) EUR 4,65 4,47 -17,78 19,35

MGI Eurozone Equity M1 EUR 4,36 4,33 -18,13 19,73

G Fund Total Return All Cap Europe IC 3,95 4,23 -13,38 16,77

Invesco Pan European Equity Z EUR Acc 1,51 4,05 -5,39 23,19

Fidelity FAST Europe A-ACC-EUR 7,75 4,02 -15,02 17,75

GS Europe CORE Equity R Inc GBP 2,86 3,97 -9,06 20,29

Vanguard European Stock Idx USD Acc 3,62 3,89 -9,48 18,14

Amundi IS MSCI Europe IE-C 3,68 3,84 -9,47 18,06

Candriam Sst Eq EMU R € Acc 3,60 3,74 -15,70 20,39

Threadneedle (Lux) European Select IE 4,25 3,58 -21,64 19,01

AAF-Edentree European Sust Eqs A € 1,79 3,56 -10,16 20,99

BGF Euro-Markets A2 1,22 3,56 -20,33 23,30

MFS Meridian European Value A1 EUR 5,13 3,52 -14,59 17,58

JPM Euroland Equity C (dist) EUR 2,22 3,41 -11,82 23,03

NEF Euro Equity R Acc 0,83 3,25 -21,24 21,68

GS Europe CORE Equity Base Inc EUR 2,11 3,12 -9,82 20,01

Invesco Pan European Equity A EUR Acc 0,55 3,07 -6,30 23,16

Invesco Euro Equity C EUR Acc 1,10 3,07 -8,70 25,47

BGF Euro-Markets E2 0,71 3,05 -20,74 23,29

Echiquier Positive Impact Europe A 3,18 3,05 -21,08 18,71

BNP Paribas Euro Equity C C 1,49 2,95 -14,68 17,93

Melchior European Opportunities I1 EUR 2,78 2,90 -19,27 19,54

GS Europe CORE Equity A Inc EUR 1,58 2,59 -10,29 19,97

Robeco QI European Cnsrv Eqs I € 3,24 2,44 -6,59 15,18

BGF European Equity Income A2 2,27 2,41 -11,04 18,56

abrdn European Sstnb Eq A Acc EUR 4,36 2,40 -19,57 18,11

MS INVF Europe Opportunity Z 2,33 -41,37

Amundi Fds European Eq Val M2 EUR C 1,12 2,01 -9,12 25,63

Janus Henderson Hrzn Euroland A2 EUR 0,21 1,90 -15,61 23,31

MFS Meridian European Research A1 EUR 3,46 1,85 -12,21 16,88

Threadneedle (Lux) Pan Eur Eq Dv 9G GBP 2,06 1,81 -15,95 20,77

Santander Acções Europa CA FIMAA 0,11 1,00 -13,86 21,35

Montepio Acções Europa A FIMAA -0,20 0,69 -12,52 18,21

AB European Eq A EUR 0,24 0,65 -12,57 20,78

DWS Aktien Strategie Deutschland LC -0,78 0,12 -24,45 26,90

AXA IM Euro Sélection A 1,41 -0,20 -24,68 20,07

Fidelity European Lgr Coms A-Dis-EUR 0,57 -0,37 -13,16 18,70

Allianz Euroland Equity Growth W EUR 0,06 -0,48 -32,76 23,65

AB Eurozone Eq IX EUR -0,13 -0,54 -16,37 22,81

Allianz Euroland Equity Growth IT EUR -0,24 -0,77 -32,96 23,64

Fidelity European Growth A-Dis-EUR 0,21 -0,95 -14,97 18,75

Fidelity Germany A-Dis-EUR -0,05 -2,43 -20,83 21,40

DADOS A 31/10/2022

DWS Deutschland LC -3,89 -2,85 -25,70 27,74

Fidelity Iberia A-Dis-EUR -1,89 -3,13 -14,37 19,95

UBS (Lux) ES Euro Countrs Inc Sust €Pacc -1,97 -4,73 -15,07 17,41

Europe Equity Mid/Small Cap

BNP Paribas Europe Small Cap I C

Lonvia Avenir Mid-Cap Euro Clean -36,51

Nordea 1 - Nordic Equity Small Cp BP EUR 8,20 12,37 -23,17 27,24

DNCA Invest Archer Mid-Cap Europe I EUR 5,61 9,72 -17,25 20,98

Janus Henderson Hrzn PanEurpSmrComs A2€ 2,07 6,13 -20,57 28,45

IMGA Ações Portugal A FIAA 1,79 5,04 5,12 22,87

CM-AM Small & Midcap Euro RC 2,51 3,37 -26,32 20,08

Threadneedle (Lux) Eur Smlr Com 9E EUR 2,08 0,68 -31,95 22,65

Echiquier Agenor SRI Mid Cap Europe A 2,17 -0,24 -28,99 19,74

MFS Meridian European Smlr Coms A1 EUR 1,68 -0,69 -21,93 20,68

Threadneedle (Lux) Pan Eurp SmCpOpps ZE 1,46 -1,07 -35,53 24,24

UBAM Swiss Small And Mid Cap Eq AHC EUR -2,32 -2,26 -35,90 20,22

Threadneedle (Lux) Pan Eurp SmlrComs 3E 0,59 -2,34 -35,40 23,50

BNP Paribas Europe Small Cap I C 0,61 -2,48 -23,78 22,72

Oddo BHF Avenir Europe CR-EUR -1,41 -3,39 -27,91 20,92

Financials Sector Equity

Fidelity Global Financial Svcs A-Dis-EUR 6,08 8,47 -8,33 21,09

Robeco New World Financials D € 5,31 4,86 -18,68 24,03

Jupiter Financial Innovt D EUR Acc 1,49 -0,86 -39,46 22,82

Global Emerging Markets Equity

MS INVF Emerging Leaders Equity A 29,47 18,22 -31,30 22,07

MS INVF Emerging Leaders Equity A 5,34 5,81 -31,52 22,04

GQG Partners Emerging Mkts Eq I EUR Acc 4,39 5,18 -14,14 15,26

Polar Capital Em Mkts Stars S USD Acc 3,07 -27,64 19,27

Wellington Emerg Mkt Devpmt USD D Ac 2,58 2,51 -23,63 17,20

GS EM CORE Eq IO Acc USD Close 0,87 1,98 -17,20 16,99

JPM Emerging Markets Div A (acc) EUR 2,66 0,95 -16,91 16,56

Robeco QI Emerging Cnsrv Eqs I € 1,91 0,58 -3,90 14,13

Vanguard Emerg Mkts Stk Idx Inv EUR Acc -0,21 -0,81 -19,51 16,06

Fidelity FAST Emerging Markets Y-ACC-USD -1,19 -1,35 -31,62 18,94

Schroder ISF Em Mkts A Dis USD AV -0,58 -1,64 -24,01 17,00

GS Emerging Markets Eq Base Acc USD -1,15 -2,35 -31,13 17,82

BGF Emerging Markets A2 0,97 -2,67 -27,99 18,01

JPM Emerging Markets Equity A (dist) USD 0,88 -2,73 -29,29 17,73

Robeco Emerging Stars Equities D € -1,12 -2,93 -18,77 18,44

Fidelity Em Mkts A-DIST-USD -1,49 -3,12 -32,50 17,72

American Century Em Mkts Eq I USD -1,84 -3,40 -28,69 16,74

NB Mercados Emergentes FIMAA -2,23 -3,73 -22,22 14,95

Schroder ISF BRIC I Acc USD 0,89 -4,46 -28,38 16,96

T. Rowe Price EM Eq I USD -1,52 -4,83 -25,26 16,51

Vontobel mtx Sust EmMkts Ldrs I USD -1,73 -4,85 -26,10 15,48

Global Equity Large Cap

THEAM Quant WldClmtCarbOffstPlnPrivl€Acc -7,19

Thematics Safety H-R/A GBP -39,18

MS INVF Global Brands A USD 63,99 26,37 -3,78 15,51

MS INVF Global Quality Z 62,77 24,61 -6,28 15,91

MS INVF Global Quality Z 60,01 24,57 -6,16 16,31

AMP Capital Global Companies I USD Acc 22,89 16,84 14,77

DWS Invest CROCI Sectors Plus XC 13,63 21,68 13,59 21,32

Ninety One GSF Global Envir I Acc EUR 16,04 -14,04 21,88

Schroder ISF Glb Clmt Chg Eq I Acc USD 11,31 14,24 -16,14 19,95

Schroder ISF Glb Disruption IZ Acc USD 13,26 -19,02 19,98

Allianz Thematica P EUR 11,95 13,15 -11,50 17,62

Schroder ISF Glb Clmt Chg Eq C Acc USD 10,17 13,12 -16,96 19,94

Schroder ISF Global Eq I Acc USD 11,54 12,80 -6,93 16,78

DPAM B Eqs NewGems Sust A Dis 12,52 12,23 -20,46 20,05

T. Rowe Price Glb Foc Gr Eq I USD 12,57 12,22 -20,62 19,99

JPM Global Select Equity A (acc) USD 10,42 12,21 -1,65 18,89

T. Rowe Price Glb Foc Gr Eq Q EUR 12,45 12,07 -20,40 20,08

RBC Funds (Lux)Vsn Glb Hrzn Eq O USD Cap 11,93 -14,09 17,24

AB Sustainable Glb Thematic A USD 9,92 11,84 -18,15 20,03

New Capital Glbl Eq Convict USD Inst Acc 10,75 11,44 -20,18 16,70

JPM Global Focus D (acc) EUR 8,62 11,35 -3,09 19,50

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21 PANORAMA BARÓMETRO 30 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRE E DICEMBRE
20 22 VOLAT. 3 ANOS VOLAT. 3 ANOS RETORNO ANUALIZADO RETORNO ANUALIZADO FUNDO FUNDO 5 ANOS 5 ANOS 3 ANOS 3 ANOS 1 ANO 1 ANO

T. Rowe Price Glb Foc Gr Eq A USD 11,53 11,20 -21,34 19,98

Candriam Sst Eq World R € Acc 9,54 11,01 -6,46 18,35

BPI GIF Opportunities I 9,94 10,60 -10,42 18,37

Vanguard Glb Stk Idx $ Acc 9,81 10,42 -4,62 17,87

Amundi IS MSCI World IE-C 9,79 10,33 -4,93 17,93

Robeco BP Global Premium Eqs B EUR 6,88 10,03 7,56 20,27

American Century Concntr Glb Gr Eq I USD 12,54 9,77 -13,68 17,64

Amundi MSCI Wld Climt Trnstn CTB XE 9,52 9,71 -8,71 18,64

M&G (Lux) Glb Dividend CI USD Acc 8,53 9,38 -2,27 20,45

Allianz Global Sustainability P EUR 9,40 9,31 -9,17 17,82

AXA IM Global Equity QI A USD Acc 8,14 9,24 -2,00 18,44

Ninety One GSF Glb Qual Div Gr I Acc USD 9,07 8,99 -2,97 14,91

Ninety One GSF Glb Qual Div Gr IX Inc $ 9,02 8,95 -3,00 14,89

Wellington Glbl Quality Gr USD S Ac 11,02 8,94 -11,79 16,49

Amundi Fds Glb Ecology ESG A EUR C 6,95 8,85 -9,16 15,83

MS INVF Global Opportunity Z 40,37 8,72 -35,61 22,59

Caixa Ações Líderes Globais FIMAA 9,12 8,72 -7,49 15,93

MS INVF Global Opportunity Z 37,96 8,68 -35,54 23,05

Nordea 1 - Global Stars Equity BP EUR 9,85 8,60 -10,03 16,63

Fidelity World A-Dis-EUR 7,51 8,25 -8,29 17,56

M&G (Lux) Glb Dividend A EUR Acc 7,28 8,04 -3,10 20,46

MS INVF Global Sustain Z USD Acc 7,59 -7,85 16,16

Thematics Safety I/A USD 7,57 -25,39 20,89

DWS Invest ESG Equity Income LC 7,59 7,49 1,36 13,87

BNY Mellon Long-Term Glbl Eq USD C Acc 9,80 7,42 -9,54 16,89

NSF SICAV Wealth Defender Glbl Eq I USD 9,81 7,33 -11,44 17,42

NB Momentum Sustentável FIMAA 6,26 7,25 -9,11 15,54

Fundsmith Equity T EUR Acc 9,81 7,05 -11,46 15,54

LUX IM Blackrock Global Equity Div FX 6,64 6,61 -0,77 16,25

UBAM 30 Global Leaders Equity AHC EUR 7,40 6,52 -22,16 19,90

Eurizon Equity World Smart Vol R Acc 7,50 6,50 -4,62 16,17

Pictet-Global Megatrend Sel I USD 6,99 6,38 -15,30 18,24

Seilern World Growth CHF H R 9,81 6,35 -27,52 22,92

Pictet-Global Megatrend Sel I EUR 6,98 6,31 -15,01 18,32

DWS Invest Top Dividend IC 6,25 6,11 7,87 13,56

Fidelity Global Dividend I-Acc-EUR 7,81 6,09 1,21 13,62

Mercer Passive Global Equity M2 EUR H 5,06 5,53 -16,56 19,11

Vontobel Global Equity A USD 7,41 5,50 -12,51 16,81

Schroder ISF Glb Div Mxmsr C Acc USD 3,11 3,65 0,78 20,28

Robeco Global Consumer Trends D € 7,21 2,92 -31,63 19,83

Mirabaud Sustainable Glbl Fcs A USD Acc 6,93 0,95 -24,69 16,87

Pictet SmartCity I USD 4,12 0,72 -18,90 19,19

Global Equity Mid/Small Cap

Fisher Invts Instl Glbl Small Cp Eq $

BNP Paribas Climate Impact Cl C 7,70 8,40 -19,70 21,27

CS (Lux) Security Equity BH CHF 8,66 8,28 -21,31 23,59

CPR Invest Education E EUR Acc -0,91 -14,16 20,29

Greater China Equity

Schroder ISF Taiwanese Equity C Acc USD 7,54 7,17 -21,09 19,64

Schroder ISF All China Equity I Acc USD 4,43 -31,27 20,22

Eurizon Equity China A Z Acc 0,54 -27,67 19,44

Schroder ISF China Opps I Acc USD -0,08 -1,31 -33,45 20,87

JPM Greater China A (dist) USD 0,67 -2,11 -40,34 19,73

JPM China A (dist) USD 0,29 -3,31 -41,00 23,08

Schroder ISF Hong Kong Eq A Acc HKD -3,17 -5,75 -28,22 17,32

BNP Paribas China Eq Cl C -2,20 -6,74 -41,80 21,41

BNP Paribas China Eq Cl D -2,20 -6,74 -41,80 21,41

Ninety One GSF All China Eq IX Acc$ -3,75 -6,98 -34,86 17,83

Fidelity China Consumer Y-Acc-USD -6,10 -10,56 -39,37 22,45

UBS (Lux) EF China Oppo(USD) P USD acc -3,97 -13,64 -37,76 18,68

Healthcare Sector Equity

JPM Global Healthcare C (acc) USD 13,92 15,83 6,96 15,36

Janus Henderson Glb Life Scn I2 USD 13,71 15,29 6,18 15,56

AB Intl Health Care A USD 13,94 15,09 6,95 14,96

Candriam Eqs L Biotech R USD Cap 10,74 14,09 11,16 18,26

Candriam Eqs L Biotech C USD Cap 9,89 13,21 10,31 18,25

BGF World Healthscience A2 13,38 12,86 10,74 13,77

Fidelity Sust Glb Hlthcare A-Dis-EUR

12,40 11,75 0,96 15,16

Bellevue (Lux) Bellevue Md & Svc T EUR 12,91 9,74 -5,55 17,46

CS (Lux) Digital Health Equity SB USD 8,97 -32,35 27,75

Pictet-Biotech P USD 5,57 7,80 -6,22 21,98

Franklin Biotechnology Discv A(acc)USD 3,87 5,03 -7,78 19,77

India Equity

Ashoka India Opps A USD Acc 23,95 2,70 23,60

GS India Equity I Inc USD 9,83 17,20 2,48 24,71

GS India Equity I Acc USD 9,83 17,19 2,49 24,73

Nomura Fds India Equity Z USD 11,08 15,71 6,50 23,99

Franklin India I(acc)USD 8,33 14,34 3,55 23,44

Schroder ISF Indian Opports I Acc USD 9,57 10,29 -3,94 22,78

Schroder ISF Indian Opports C Acc USD 8,49 9,21 -4,88 22,76

Infrastructure Sector Equity

Wellington Enduring Assets GBP G A1 Di 8,68 9,83 16,89 11,58

Wellington Enduring Assets GBP G A1 Di 8,68 9,83 16,89 11,58

M&G (Lux) Global Listed Infras L USD Acc 9,65 7,02 0,96 20,14

LM ClearBridge Infras ValPRGBPHDisAPH+e 6,21 6,06 0,22 20,22

Lazard Global Lstd Infras Eq A Dist GBP 4,20 2,73 -1,22 19,76

Japan Equity

GS Japan Equity R Inc GBP Snap 3,40 2,18 -16,24 16,63

Jupiter Japan Select D USD Acc 4,66 1,79 -16,06 16,22

Man GLG Jpn CoreAlpha Eq I JPY 0,91 1,29 -0,38 20,05

Invesco Japanese Eq Adv Z JPY Acc 3,69 1,26 -11,54 16,97

Amundi IS MSCI Japan IE-C EUR 2,24 0,63 -11,89 15,01

BNP Paribas Japan Sm Cp Cl C -0,81 0,59 -16,81

Schroder ISF Japanese Eq A Dis AV 0,88 -0,34 -12,58 14,55

JPM Japan Equity A (dist) USD 2,75 -1,08 -31,13 20,94

abrdn Japanese Sust Eq Sus A Acc JPY -0,88 -1,88 -22,12 16,37

Latin America Equity

DWS Invest Latin American Eqs FC 11,93 9,57 38,63 32,45

DWS Invest Latin American Eqs LC 10,89 8,59 37,38 32,42

Long/Short Equity

Janus Henderson Hrzn PanEurpAbsRetI2 EUR

Pictet TR Atlas Titan E EUR -7,33

Alger Dynamic Opportunities A US 9,62 13,09 -11,91 12,06

AB Select Absolute Alpha S1 USD 9,82 10,99 7,43 9,19

Carmignac Pf L-S Eurp Eqs F EUR Acc 4,63 7,54 -6,78 8,74

Pictet TR - Mandarin I USD 5,55 7,14 -6,60 8,89

Pictet TR - Mandarin P USD 5,09 6,67 -7,08 8,92

SPS-Select Eq Long Sht UCITS I EUR Acc 6,64 5,87 -11,55 13,42

GAM Star Alpha Technology EUR Inc 5,90 5,17 -14,73 12,73

Pictet TR - Atlas I EUR 2,74 4,45 -4,59 3,20

Pictet TR - Corto Europe I EUR 1,25 3,05 -1,62 3,52

Janus HndrsnAbsolute Return A2 GBP 0,96 1,62 -4,27 7,92

Schroder GAIA Egerton Equity C Acc EUR 1,82 0,75 -14,21 13,85

BSF Emerging Coms Abs Ret A2 EUR H -1,70 -22,34 11,96

Natural Resources Sector Equity

BGF World Mining D2 12,28 19,43 7,27 27,78

JPM Global Natural Resources A (acc) EUR 10,80 17,92 30,83 27,34

Pictet-Timber I USD 6,80 11,77 -0,89 23,41

Pictet-Timber I EUR 6,76 11,65 -0,56 23,65

Allianz Global Metals and Mining I EUR 6,42 10,89 0,03 28,84

Precious Metals Sector Equity

DWS Invest Gold and Prec Mtl Eqs FC 7,82 2,10 -12,86 35,31

BGF World Gold A2 1,54 -1,85 -18,40 34,33

Real Estate Sector Equity

Janus Henderson Hrzn PanEurpPtyEqs A2EUR

Janus Henderson Hrzn GlblPtyEqsA2USD

Janus Henderson Hrzn GlblPtyEqsI2USD 6,58 -0,03 -14,76 20,01

Nordea 1 - Global Real Estate BP EUR 5,26 -0,26 -14,19 21,95

MS INVF Global Property I 0,48 -4,32 -14,15 23,54

Janus Henderson Hrzn PanEurpPtyEqs A2EUR 0,32 -7,18 -36,79 26,27

Technology Sector Equity

BPI GIF Technology Revolution M EUR -42,26

BlueBox Funds Global Technology S Acc 18,62 -22,75 24,28

NOVEMBRE E DICEMBRE I FUNDSPEOPLE 31
20 22 VOLAT. 3 ANOS VOLAT. 3 ANOS RETORNO ANUALIZADO RETORNO ANUALIZADO FUNDO FUNDO 5 ANOS 5 ANOS 3 ANOS 3 ANOS 1 ANO 1 ANO DADOS
FUNDOS COM RATING FUNDSPEOPLE EM 2022
A 31/10/2022

Threadneedle (Lux) Global Tech DU 16,07 18,45 -12,63 24,06

Fidelity Global Technology A-Dis-EUR 17,42 17,85 -9,86 18,46

Allianz Global Artfcl Intlgc W EUR 14,35 16,98 -30,75 28,36

BNY Mellon Mobility Innovation USD E Acc 14,04 -21,65 24,52

BGF World Technology A2 15,25 13,69 -32,73 25,48

BGF World Technology E2 14,67 13,13 -33,08 25,47

BGF Future of Transport D2 EUR Hedged 11,85 -27,52 28,14

Janus Henderson Glb Tech&Inno H2 USD 13,86 10,81 -28,30 22,39

Polar Capital Global Tech I Inc 13,04 10,51 -26,45 20,33

AXAWF Fram Robotech G Cap USD 8,93 10,33 -22,86 22,71

AXAWF Fram Robotech I Cap EUR 8,64 10,04 -23,07 22,76

Janus Henderson Hrzn GlbTechLdrs A2USD 10,62 9,41 -23,26 20,28

AXAWF Framlington Dgtl Ecoy I Cap USD 12,23 8,88 -29,88 21,21

Wellington Asia Technology USD D Ac 5,87 -32,42 21,36

BGF Next Generation Technology D2 EUR H 5,17 -53,60 32,84

Robeco FinTech USD -0,45 -33,91 23,56

UK Equity Large Cap

Liontrust GF Spec Sits C3 Instl Acc £ 3,93 1,89 -15,52 20,33

US Equity Large Cap Blend

Schroder ISF US Large Cap A Dis $ AV 13,47 16,41 1,56 17,02

AB Select US Equity I USD 13,91 15,48 3,35 17,32

JPM America Equity A (dist) USD 13,84 15,36 3,65 19,68

AXA IM US Enhanced Index Eq QI A $ Acc 13,24 14,65 1,03 18,41

JPM US Select Equity A (acc) USD 12,95 14,52 -4,68 19,06

Vanguard U.S. 500 Stk Idx $ Acc 13,43 14,12 -0,55 18,62

BGF US Flexible Equity A2 11,98 13,99 2,72 18,83

AXA IM US Equity QI A USD Acc 11,99 13,96 3,58 19,63

Cleome Index USA Equities R EUR Acc 13,13 13,96 -3,06 18,88

Eurizon Equity USA Z Acc 12,66 13,79 -2,41 18,16

iShares North America Eq Idx (LU) N2 USD 12,97 13,76 -2,81 19,04

Pictet-USA Index P USD 13,08 13,71 -0,92 18,61

GS US CORE Equity Base Inc USD Snap 11,97 13,56 -0,26 18,59

BNY Mellon Dynamic U.S. Equity USD W Acc 13,49 -3,88 18,99

Amundi Fds US Pioneer C EUR C 12,42 12,34 -5,73 18,21

IMGA Ações América A FIAA 11,09 12,32 -2,50 16,52

Amundi Fds Pio US Eq Rsrch E2 EUR C 11,01 11,96 -2,45 18,14

NN (L) US Enh Cr Concntr Eq P Dis USD 11,61 11,68 -0,02 19,19

Neuberger Berman US MltCp Opps USD1 IAcc 11,40 11,24 -2,22 20,54

JPM US Select Equity Plus A (acc) EURH 6,88 8,80 -19,12 21,03

AB Select US Equity A EUR H 6,68 7,78 -14,96 19,62

Legg Mason CB US Eq Sust Ldrs A EURH Acc 8,27 7,75 -21,78 19,72

Essential Port Sel US Equity Cap EURH 6,90 -17,83 20,47

Allianz Best Styles US Equity AT H2 EUR 5,00 5,80 -17,70 20,17

US Equity Large Cap Growth

MS INVF US Growth I 57,13 21,38 -52,58 35,54

Fidelity American Growth Y-Acc-USD 14,05 13,46 -0,33 16,05

AB American Growth C USD 13,89 12,38 -13,93 19,30

Amundi Fds Pio US EqFundmGr A EUR C 13,35 12,35 -5,93 19,65

T. Rowe Price US Lg Cap Gr Eq USD 13,04 11,29 -18,83 21,82

Franklin US Opportunities W(acc)USD 11,76 10,04 -25,38 22,89

Vontobel US Equity A USD 11,61 9,78 -1,77 17,48

Franklin US Opportunities Z(acc)USD 11,43 9,71 -25,63 22,90

Janus Henderson US Forty A2 USD 11,88 9,40 -23,30 20,62

Franklin US Opportunities A(acc)USD 10,78 9,05 -26,09 22,89

Legg Mason CB US Lg Cp Gr B USD Dis(A) 10,76 8,41 -19,40 20,74

Brown Advisory US Equity Growth $ B 13,38 8,22 -23,40 20,88

New Capital US Growth GBP Acc 7,56 8,02 -33,01 27,59

T. Rowe Price US Blue Chip Eq A USD 9,58 6,23 -26,07 22,78

EDM Intl American Growth R USD 9,09 5,24 -34,06 22,55

MS INVF US Advantage I 37,10 1,21 -46,65 30,86

MS INVF US Advantage I 6,55 0,46 -46,84 30,96

Santander Acções América CA FIMAA -4,06 -11,02 -45,22 26,95

DWS Invest CROCI US Dividends USD LC 14,14 15,55 24,21 18,56

JPM US Value C (dist) USD 12,04 14,44 11,87 19,28

Fidelity America A-Dis 9,26 12,88 16,09

MFS Meridian US Value A1 USD 8,99 10,21 7,22 17,86

US Equity Small Cap

Legg Mason RY US SmCp Opp A USD Dis(A) 9,75 17,13 -1,86 29,48

Threadneedle (Lux) Amer Smlr Com 9U USD 13,10 16,51 -6,23 22,21

abrdn NA SmComs I Acc USD 10,62 13,26 -10,37 22,57

Fisher Invst Instl US SmCp Cr Eq ESG USD 10,37 11,33 -17,96 24,10

JPM US Smaller Companies A (dist) USD 8,51 9,45 -1,37 21,99

Convertibles

Franklin Glbl Convert Secs A(acc)USD 11,33 11,85 -5,62 13,30

Lazard Convertible Global PC EUR 5,66 5,23 -15,57 12,81

Schroder ISF Glb Convert Bd C Acc USD 4,47 4,00 -10,00 10,26

OFI Fund RS Glbl Convert Bond I C EUR 0,17 1,46 -19,65 12,10

BNP Paribas Europe Sm Cp CnvrtI C 0,85 1,37 -9,10 8,49

CS Invm prtns(Lux) Glb cnvrt Bd FBH EUR 0,45 1,13 -10,77 9,43

JPM Global Convert (EUR) D (acc) EUR -2,56 -2,80 -35,54 17,04

Allianz Convertible Bond AT EUR -2,08 -3,44 -15,03 8,65

Commodities

StructGSQrtxMdfdStgyBlmbrgCmdIdxTR I$ 12,02 20,27 30,67 15,80

PIMCO GIS Cmdty Real Ret Instl USD Acc 11,42 19,94 24,76 20,13 Wellington Commodities USD S Ac 10,99 17,83 23,75 15,37

Commodities

Ofi

17,34

Alternative

Schroder GAIA BlueTrend C Acc EUR Hedged 8,94 16,02 23,80 14,31

Man AHL Alpha Core Alt DNR H GBP Acc 5,09 4,21 8,03 12,01

ThomasLloyd Sust Infras Inc R USD Acc 3,30 2,55 5,38

Global Macro

Polar Capital Global Abs Rt S EUR H Acc 6,24 -3,16 8,27

Schroder GAIA WellingtonPagosa C AccEURH 3,56 1,42 4,08

Amundi Fds Multi-Strat Gr M2 EUR C 1,61 2,75 -10,40 7,19

Eurizon Absolute Active R EUR Acc -0,87 -0,91 -5,13 3,10

Eurizon Absolute Prudent R Acc -0,72 -1,09 -4,76 2,21

Market Neutral

Lumyna-MW TOPS (MN) UCITS USD B (acc)

Candriam Abs Ret Eq Mkt Netrl C EUR 4,22 7,43 -3,85 5,95

Man GLG Alpha Select Alt DLH EUR 4,90 5,23 5,05 4,12

Exane Funds 2 Exane Pleiade A EUR Acc 2,40 5,08 1,13 4,01

BSF European Absolute Return D2 EUR 3,74 4,82 -0,19 6,39

BSF European Absolute Return A2 EUR 3,34 4,41 -0,61 6,43

CT Real Estate Eq Mkt Netrl B Acc EUR 2,56 2,61 -0,84 2,80

BPI GIF Alt Fund Iberian Eq L&S I 1,69 2,30 -0,21 3,30

Candriam Risk Arbitrage C 0,03 0,08 -0,19 2,25

Multialternative

Neuberger Bm Uncrltd Strats USD I5 Acc 7,06 9,67 27,51 10,56

Nordea 1 - Alpha 15 MA Fd BI EUR 5,40 6,68 0,05 11,79

Franklin K2 Alt Strats I(acc)USD 4,73 4,67 6,85 7,27

MW

Nordea

LFIS

Nordea

Pictet

Options

JPM

4,74

7,86

5,72

5,38

3,44

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21 PANORAMA BARÓMETRO 32 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRE E DICEMBRE
US Equity Large Cap Value
Broad Basket
Specified
Fincl Inv Precious Metals 3,17 0,20 -12,30
Miscellaneous
Systematic Alpha UCITS A EUR 3,62 4,51 5,97
1 - Alpha 10 MA Fd BP EUR 2,54 3,53 -0,55
Vision UCITS Pers Str IS Acc 2,71 2,35 -2,51
1 - Alpha 7 MA Fd BC EUR 2,35 -0,21
TR - Div Alpha J EUR -0,89 -0,45 -7,26
Trading
US Hedged Equity C (acc) EURH 2,97 3,62 -12,32 9,28 Aggressive Allocation Crediinvest Sicav Active Alc Eq A EUR -25,25 Allianz Dyn MltAst Stgy SRI75 EUR 6,35 7,89 -9,21 13,90 GS Global MA Gr I Acc USD 6,49 7,39 -2,10 13,86 First Eagle Amundi International AU-C 4,91 4,90 0,72 13,53 Barclays GlobalBeta Port 4 A Acc GBP 4,25 3,77 -10,58 14,55 CS (Lux) Portfolio Growth CHF B 3,56 3,54 -10,23 12,33 BSF Managed Index Port Growth A2 EUR 3,34 2,55 -15,47 15,20 IMGA Alocação Dinâmica A FIMA 0,76 1,04 -13,51 15,14 Santander Select Dinâmico A FIMA 0,56 0,79 -11,84 10,45 Fidelity Glb MA Gr & Inc A-Acc-EUR 0,11 -2,14 -6,08 10,66 20 22 FUNDOS COM RATING FUNDSPEOPLE EM 2022 VOLAT. 3 ANOS VOLAT. 3 ANOS RETORNO ANUALIZADO RETORNO ANUALIZADO FUNDO FUNDO 5 ANOS 5 ANOS 3 ANOS 3 ANOS 1 ANO 1 ANO DADOS A 31/10/2022

Allocation Miscellaneous

GS US RlEstt Bal R USD (MDist Cap (MBS)) 5,54 1,90 13,89

ASI Progetto Azione Sostnbl II EEURC 3,94 -9,03 10,52

Cautious Allocation

Caixa Defensivo PPR/OICVM FIA -10,15

Ninety One GSF Glb MA Inc A Acc USD 4,24 3,48 8,74 6,74

UBS (Lux) SF Yld Sust $ Q-acc 4,16 3,47 -1,36 9,47

UBAM Multifunds Allc Sust Inc AC USD 3,83 3,08 -1,27 7,77

CS (Lux) Portfolio Yield USD B 3,76 2,84 -2,24 7,70

Schroder ISF Glbl MA Bal C Acc EUR 1,57 1,84 -10,55 10,19

CS (Lux) Portfolio Yield CHF B 1,79 0,88 -8,05 8,08

ODDO BHF Polaris Moderate Cl EUR 1,20 0,70 -8,11 6,55

Quaestio Family Global Value EUR B Acc -0,07 -7,02 6,62

BPI Moderado FIAF -0,36 -0,12 -7,90 4,90

NEF Ethical Balanced Conservative I 0,39 -1,04 -9,78 6,47

Amundi Fds Mlt Asst Sust Fut M EUR C 0,73 -1,11 -11,01 7,33

Caixa Wealth Defensivo D FIMA -1,11 -10,97 6,13

Bankinter 50 PPR/OICVM A FIMA -0,88 -1,13 -13,88 11,06

BGF ESG Global Conservative Inc I2 EUR -1,33 -12,77 8,20

Santander Poupança Valorização FPR FIAA -0,62 -1,38 -8,98 5,38

FvS - Multi Asset - Defensive IT 0,37 -1,44 -8,68 7,16

FvS - Multi Asset - Defensive I 0,37 -1,44 -8,69 7,16

Invesco Pan European Hi Inc A EUR QD -0,43 -1,63 -12,03 10,72

Amundi Fds Global MA Cnsrv C EUR C -0,58 -1,66 -13,02 7,10

Caixa Seleção Global Moderado FIMA -0,71 -1,71 -14,23 8,22

Invest Alves Ribeiro PPR FIMA 0,61 -1,98 -12,25 10,44

Allianz Dyn MltAst Stgy SRI15 AT EUR -0,45 -1,98 -11,96 5,82

DB PWM II Act Ast Alloc ESG Cnsrv EUR A -0,55 -2,07 -12,83 7,66

NB PPR/OICVM FIMA 1,84 -2,29 -10,51 10,13

Caixa Inv Socialmente Resp FIMA -0,67 -2,30 -12,81 9,61

Caixa Seleção Global Defensivo FIMA -1,71 -2,66 -10,27 4,57

Rivertree Fd Strategic Defensive F Cap -1,25 -2,72 -15,70 7,59

Bankinter 25 PPR/OICVM A FIMA -1,73 -2,74 -12,87 8,59

IMGA Alocação Conservadora A FIMA -1,63 -2,80 -15,35 8,68

Eurizon Manager Selection MS 20 -0,97 -2,81 -14,17 7,57

Santander Sustentável FIMA -3,16 -10,88 5,65

BPI Reforma Investimento PPR/OICVM FIAPR -2,19 -3,65 -14,21 8,40

M&G (Lux) Optimal Income CI EUR Acc -1,81 -3,66 -15,12 9,16

Santander

Flexible Allocation

DJE - Multi Asset & Trends I (EUR)

-2,91 -5,49 -14,81 6,68

3,84 6,06 -9,98 11,68

DWS Concept Kaldemorgen EUR SC 3,16 2,73 -1,02 7,09

DWS Concept Kaldemorgen EUR FC 2,90 2,51 -1,31 7,07

FvS Multiple Opportunities II RT 3,22 1,64 -10,01 10,30

PIMCO GIS Dyn Mlt-Asst Instl EUR Acc 0,71 1,03 -14,70 6,75

BNY Mellon Glbl Rl Ret (EUR) W Acc 2,19 0,96 -11,33 8,69

EuroFundLux - Climate Change ESG B 0,16 -1,21 -12,44 9,57

Moderate Allocation

Caixa Arrojado PPR/OICVM FIA -18,00

Bel Canto SICAV Ernani A EUR

Caixa Moderado PPR/OICVM FIA -14,16

AZ Fd1 AZ Allc Bal FoF A-AZ Fd Acc 5,92 7,90 16,99 8,81

Janus Henderson Balanced A2 USD 8,82 7,56 -2,43 12,08

Allianz Income and Growth I H2 EUR 4,86 5,46 -15,30 15,12

MFS Meridian Global Total Ret A2 USD 4,66 4,28 -1,11 10,72

Acatis Value Event Fonds A 4,72 4,16 -10,78 14,08

Allianz Dyn MltAst Stgy SRI50 W EUR 3,41 3,87 -10,04 10,15

Carmignac Pf Patrimoine Europe A EUR Acc 3,16 -13,78 7,78

MFS Meridian Prudent Capital I1 USD 5,36 3,02 -2,18 6,44

Schroder ISF Glbl MA Inc C Acc USD 3,59 2,41 0,09 10,92

Barclays GlobalBeta Port 3 A Acc GBP 2,72 1,68 -12,02 12,87

BPI Dinâmico FIAF 0,37 1,00 -9,82 7,43

Bankinter 75 PPR/OICVM A FIMA 0,13 0,61 -15,31 13,55

BNP Paribas Sust Mul Ast Bal Cl Acc 1,11 0,34 -14,08 11,45

Fidelity Glb Mlt Ast Inc Y-Acc-EUR 2,88 0,12 -4,35 9,38

Nordea 1 - Stable Return BP EUR 0,16 -0,11 -6,30 6,85

Caixa Wealth Moderado D FIMA -0,29 -15,70 10,06

FvS Multi Asset - Balanced I 1,50 -0,32 -9,77 9,35

IMGA Alocação Moderada A FIMA -0,37 -0,52 -13,44 10,85

Fidelity Glb Mlt Ast Inc A-Acc-USD 2,14 -0,57 -4,90 9,20

Caixa Seleção Global Arrojado FIMA 0,14 -0,91 -18,10 12,03

M&G (Lux) Income Allocation C EUR Acc 0,81 -1,16 -11,83 11,86

Man AHL TargetRisk D H EUR 2,51 -1,42 -17,60 9,95

Santander Select Moderado A FIMA -0,96 -1,66 -10,75 6,68

Triodos Impact Mixed Neutral EUR Z Acc 0,88 -1,73 -14,55 9,53

Triodos Impact Mixed Neutral EUR R Acc 0,43 -2,17 -14,95 9,52

Santander Rendimento FIMA -3,51 -13,17 8,93

As principais conclusões do 20º congresso do PCC foram a consolidação do poder de Xi; nenhuma mudança na política de zero Covid; nenhum

apaziguamento em relação a Taiwan num futuro previsível; a continuidade da política Desenvolvimento primeiro e o apoio ao setor privado, assim como um objetivo de crescimento a longo prazo. Na Carmignac, e após anúncios mais recentes, pensamos que Xi Jinping e a sua nova equipa irão concentrar-se no desenvolvimento económico de qualidade. Deveríamos ver algumas medidas concretas anunciadas durante a Conferência Central de Trabalho Económico, o que dará aos investidores de longo prazo como nós indicações importantes sobre setores estratégicos chave (inovação tecnológica, automação, energia limpa, veículos elétricos, cuidados de saúde...).

Outro fator que destacamos é a nomeação de Li Qiang, como líder nº2. É o líder local de Xangai e demonstrou boas ações nas suas funções passadas. Introduziu a Tesla em Xangai e desenvolveu com sucesso o Star Board que enumera muitas empresas chinesas inovadoras. Seria difícil pensar que não é pró-economia.

No que diz respeito à política de zeroCovid, o Governo Central já anunciou 20 novas medidas. Algumas destas medidas terão um impacto imediato, outras são mais orientadas a longo prazo, e levarão tempo a mostrar o seu efeito. Seja como for, são significativas porque abrem o caminho para a reabertura e colocam a China no caminho da recuperação económica em 2023.

NOVEMBRE E DICEMBRE I FUNDSPEOPLE 33
Poupança Prudente FPR FIAA
20 22
20º CONGRESSO NACIONAL DO PARTIDO COMUNISTA CHINÊS A OPINIÃO DE RAP T REN PAR T NER
Responsável
VOLAT. 3
VOLAT. 3 ANOS RETORNO
RETORNO
FUNDO FUNDO 5
5 ANOS 3 ANOS 3 ANOS 1 ANO 1 ANO DADOS
XAVIER HOVASSE
de Ações Emergentes, Carmignac FUNDOS COM RATING FUNDSPEOPLE EM 2022
ANOS
ANUALIZADO
ANUALIZADO
ANOS
A 31/10/2022

Barómetro na Europa

O SOBE-E-DESCE DO MERCADO EUROPEU DE FUNDOS

Com a crise energética a não dar tréguas e a inflação a atingir recordes, o panorama na Europa adivinhava-se chuvoso e o mercado europeu de fundos de investimento ressentiu-se.

Oambiente macroeconómico na Europa continua revolto. Além da invasão da Ucrânia por parte da Rússia, que parece não ter fim à vista, o velho continente enfrentou outros desafios em setembro e outubro. O Reino Unido, por exemplo, que já enfrentava uma fase de grande incerteza e instabilidade económica e financeira, com a libra a perder terreno, assistiu ainda à morte da Rainha, à consequente ascensão do seu sucessor, e à chegada de dois novos primeiros-ministros, em pouco mais de um mês. Também em Itália, as incertezas em torno das eleições representaram um risco para a estabilidade fiscal.

Relativamente aos bancos centrais, em setembro e outubro, estes seguiam a todo o gás na sua trajetória de subida das taxas de juro e luta contra o monstro da inflação. Jerome Powell concretizou a terceira subida consecutiva de taxas de 75 pontos base, levando a Fed iniciar a sua política monetária mais restritiva desde os anos 80. Deste lado do oceano, Christine Lagarde e o BCE moveram-se na mesma linha. Depois de ter começado a avisar os mercados, em setembro, de que iria meter o pé no acelerador do endurecimento monetário, em outubro não surpreendeu ao subir as taxas de juro em 75 pontos.

Com tantos fatores a causar turbulência, não admira que o mercado

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS
JUPITER
TRANSFRONTEIRIÇA
ESTILO
RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
ENTREVISTAS HUW DAVIES,
AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO
DE OICVM
COSTA
SET. OUT. NOV. DEZ. JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. SET. OUT. NOV. DEZ. JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. 15.000.000 14.000.000 13.000.000 12.000.000 11.000.000 10.000.000 9.000.000 150.000 100.000 50.000 0 -50.000 -100.000 PATRIMÓNIO CAPTAÇÕES LÍQUIDAS PATRIMÓNIO E CAPTAÇÕES DE FUNDOS UCITS NA EUROPA (Em milhões de euros, inclui monetários) MÊS COM ENTRADAS LÍQUIDAS MÊS COM SAÍDAS LÍQUIDAS CAPTAÇÕES LÍQUIDAS PATRIMÓNIO 2020 2021 PATRIMONIO 9000000 10000000 11000000 12000000 13000000 14000000 15000000 CAPTACIONES NETAS Con monetarios Sin monetarios -100000 -50000 0 50000 100000 150000 2020 2021 34 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO SETEMBRO E OUTUBRO por Catarina Vinagre PANORAMA O SETOR EM NÚMEROS

DISTRIBUIÇÃO DO PATRIMÓNIO NA EUROPA EM OUTUBRO

MERCADO OBRIGAÇÕES AÇÕES OUTROS MISTOS MONETÁRIOS TOTAL

Internacional (*) 1.918.773 2.780.032 266.922 679.902 1.082.608 6.728.237

Reino Unido 187.818 793.056 22.009 185.549 28.005 1.216.436

Alemanha 127.472 215.393 59.097 100.373 323.409 825.744

França 50.854 238.157 154.829 118.080 5.600 567.520

Suíça 183.458 256.907 30.213 49.165 32.411 552.155

Itália 68.525 246.538 2.765 66.935 0 384.763

Suécia 98.096 48.673 16.796 76.172 10.024 249.760

Espanha 41.453 28.552 2.925 113.063 3.272 189.265

TOTAL 2.914.067 4.936.850 632.687 1.561.588 1.504.822 11.550.014

DISTRIBUIÇÃO DAS CAPTAÇÕES LÍQUIDAS

NA EUROPA EM SETEMBRO E OUTUBRO

Internacional (*) -51.177 -31.263 -8.520 -8.069 102.481 3.453

Reino Unido -1.301 -12.754 -1.433 -4.391 -875 -20.755

Alemanha -1.406 -1.167 -1.828 -1.552 4.146 -1.808 França -284 707 -131 -544 1.471 1.219

Suíça -1.214 1.139 -21 -270 3.329 2.963

Itália 314 1.040 -34 -342 0 977

Suécia 4.890 -792 1.247 -1.635 122 3.832

Espanha -383 137 -354 -2.688 -33 -3.322

TOTAL -50.562 -42.954 -11.073 -19.492 110.642 -13.439

*Os dados do Luxemburgo incluem os fundos domiciliados em Dublin. Os monetários dinâmicos incluem-se em outros.

MERCADOS SOB PRESSÃO

No 1.º semestre de 2022, o otimismo da recuperação pós-pandemia conheceu a inflação persistente e o endurecimento da política monetária. Investidores e bancos centrais subestimaram a rigidez da inflação. Mas, como sugere a forte venda de ações na primeira metade do ano, os riscos de inflação elevada e do crescimento mais lento, são agora amplamente reconhecidos. Durante 2022 e até 2023, prevemos um período prolongado de crescimento abaixo do esperado. Embora a economia global possa evitar uma recessão, os mercados de ativos estarão sob pressão. O mercado de trabalho sob condições apertadas e procura agregada excessiva, exigirá que os responsáveis desacelerem o crescimento. As nossas carteiras estão posicionadas para um crescimento abaixo da tendência e para uma queda nas expectativas de lucros, com pouca ou nenhuma redução no endurecimento das políticas para os próximos trimestres. Estamos inclinados para posições curtas em risco e esperamos mais volatilidade no curto prazo. Os ativos de risco ainda não refletem totalmente a desaceleração do crescimento. Cortes nas previsões de lucros de dois dígitos e uma maior rotação defensiva dentro dos índices podem sinalizar uma capitulação total. Esperamos que os bancos centrais consigam conter as pressões inflacionistas às custas do crescimento. Os mercados de obrigações provavelmente concentrar-se-ão mais numa desaceleração significativa do crescimento do que no risco de inflação ascendente nos próximos meses. Isso leva-nos a posicionarnos como neutrais em duração.

OUTROS
MERCADO OBRIGAÇÕES AÇÕES
MISTOS MONETÁRIOS TOTAL
ELENA DOMECQ Membro da equipa de Cliente e Estratégia para Espanha e Portugal, J.P. Morgan AM
A OPINIÃO DE NER NOV. DEZ. JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT.
RAP T REN NOV. DEZ. JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. 2022 2022 NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 35 PAR T

iShares

iShares

EM AÇÕES

EM OBRIGAÇÕES

FUNDO VOL.

EM MULTIATIVOS E OUTROS

EM SETEMBRO

EM SETEMBRO

Caixabank Deuda Publica Esp It 2024 FI 2156

Focused SICAV US Treasury Bond USD 1440

Focused SICAV US Treasury Bond USD 1183

SMP Synthetic Idx Lnkd Glt Fd(2038-2057) 582

Aviva Investors Global GBP ReturnPl Fd 557

SG Oblig Etat Euro 542

Xtrackers II iBoxxEurozGovtBdYldPl1-3ETF 507

Focused High Grade Bond USD 439

PIMCO GIS Dynamic Bond Fund 417

Focused High Grade Bond USD 383

EM OUTUBRO

iShares Core € Corp Bond ETF 1.863

iShares € Corp Bond 0-3yr ESG ETF 571

NN (L) Green Bond 457

Invesco US Treasury Bond ETF 425

iShares JP Morgan $ EM Bond ETF 383

Xtrackers II US Treasuries ETF 374

ETF 285

iShares S&P 500 Cnsmr Stpls Sect ETF 280

Vanguard S&P 500 ETF 254

iShares MSCI ACWI ETF 254

Aviva Investors Climate Trst Glb Eq Fd 246

europeu de fundos de investimento não tenha tido um caminho constante nos últimos meses, mas antes um sobe e desce sem fim. Após ter crescido ligeiramente em julho e caído em agosto, em setembro e outubro verificou-se o movimento contrário. Em setembro, o mercado caiu 715.576 milhões de euros, face a setembro, fixando-se nos 11,30 biliões de euros. Em outubro, porém, voltou a subir e atingiu os 11,55 biliões de euros de montante gerido.

ETF NA LIDERANÇA

Como vem sendo hábito, os ETF estão na frente da corrida das captações. Os produtos de gestão passiva dominaram o Top de fundos de ações e obrigações que maiores subscrições líquidas alcançaram em setembro e outubro. Nas ações, o iShares MSCI USA ESG Enhanced ETF, da iShares (BlackRock), fez a dobradinha e no conjunto dos

Xtrackers II Eurozone Govt Bond 1-3 ETF 342

iShares € High Yield CorpBd ETF 341

XII EUR Corp Bnd Short Dur PAB UCITS ETF 333

iShares Global Inf Lkd Bd Idx Fd (IE) 269

meses em análise totalizou os 5.320 milhões de euros em captações.

Nas obrigações, em setembro quem levou a taça foi o Caixabank Deuda Publica Esp It 2024 FI, fundo de maturidade definida que investe em dívida pública espanhola e/ou italiana. O produto da Caixabank AM atingiu os 2.156 milhões de euros em captações. Por outro lado, em outubro, foi a vez do iShares Core Corp Bond ETF brilhar, já que deixou os concorrentes a larga distância ao captar 1.863 milhões de euros.

No conjunto dos fundos multiativos e outros, em setembro, o BlackRock Liability Matching Funds Leveraged GBP Short Liability Nominal Profile, da BlackRock, chegou aos 654 milhões de euros em subscrições líquidas, deixando o Mercer Multi Asset Growth Fund, da Mercer, muito perto com captações na ordem dos 599 milhões de euros. Em outubro, o primeiro lugar foi al-

Con monetarios

FUNDO VOL.

BlackRock LMF Lvrgd £ Lng Lblty RlPrflFd 654

Mercer Multi Asset Growth Fund 599

Sabadell Garantía Fija 18 FI 481

ZukunftsPlan IV 455

Allianz

BlackRock

NN

Mercer

LF

EM OUTUBRO

TM

UBS

JPM

Amundi

Allianz

Waverton

BNPP

Schroder SSF

cançado pela gestora britânica Fulcrum AM com o seu fundo TM Fulcrum Diversified Core Absolute Return.

SURPRESA

Olhando para as captações alcançadas pelos grupos internacionais em setembro, vemos que no conjunto que inclui os monetários, a HSCB e a Pictet conseguiram mais de 2.000 milhões de euros em subscrições líquidas. No segmento sem monetários também houve um mano-a-mano. Desta vez protagonizado pela Mercer e pelo CaixaBank, grupo onde se insere o Banco BPI.

Em outubro, as captações conseguidas pelas três gestoras no pódio surpreenderam, já que todas superaram os 20.000 milhões de euros. No aglomerado que não inclui os monetários, o foco está na Aviva que conseguiu captações líquidas na ordem dos 2.437 milhões de euros.

GRUPOS QUE MAIS CAPTAM NO MÊS NEGÓCIO INTERNACIONAL
Sin
COM MONETÁRIOS EM SETEMBRO HSBC 2.421 Pictet 2.088 Mercer Global Invest. 1.740 CaixaBank 1.685 Societe Generale Gestion 1.361 EM OUTUBRO Legal & General 26.763 BlackRock 23.717 Insight Inv. Management 20.362 State Street 9.402 Amundi 7.898 SEM MONETÁRIOS EM SETEMBRO Mercer Global Invest. 1.817 CaixaBank 1.745 Swedbank 893 HSBC 859 KLP 779 EM OUTUBRO Aviva 2.437 BlackRock 1.396 Kempen 1.076 Mercer Global Invest. 1.055 HSBC 981 OS FUNDOS INTERNACIONAIS UCITS QUE MAIS CAPTAM NO MÊS
Morningstar e J.P. Morgan AM. Em milhões de euros.
monetarios
Fonte:
FUNDO VOL. EM SETEMBRO iShares MSCI USA ESG Enhanced ETF 4377 KLP AksjeUSA Indeks USD 1026 Pictet CH I-Swiss Equities Tracker 620 HSBC MSCI Emerg Mkts ETF 511 Pictet CH I-Wld ex Swiss Eqs Trkr 476
FTSE EPRA NAREIT Developed ETF 437
(Lothian) International Trust 408
World Mining Fund 389 Vanguard FTSE All-Wld UCITS ETF 350
MSCI Europe Clim Chg ESG UCITS ETF 349
OUTUBRO
HSBC
abrdn
BGF
Deka
EM
MSCI Europe ESG Enhanced ETF 944
Gifford WW Long Term Glbl Gr Fd 578
Core MSCI World ETF 388
MSCI Korea ETF 376
S&P 500 Swap ETF 329
US Research Enhanced Eq ESG
Baillie
iShares
Xtrackers
JPM
Income and Growth 335
LMF Lvrgd £ Shrt LbltyRlPrflFd 299
First Class Return Fund III 250
Investment Fd 7 249
Fondo Garantía 2026 FI 145
Ruffer Diversified Return Fund 141
Fulcrum Divers Cor Abs Ret Fund 438
FS Bloomberg Commodity CMCI SF ETF 234
Global Balanced Fund 217
Fds Volatility World 118
Income and Growth 95
Real Assets Fund 92
Incremental Equity Allocation 91
Diversified Alt Assts 86
GIS TRENDS Managed Futs Strat Fd 86 Fulcrum UCITS SICAV - Fulcrum Dvrs AR Fd 82
PIMCO
36 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO PANORAMA O SETOR EM NÚMEROS

Investir no combate às alterações climáticas exige inteligência

As alterações climáticas constituem um dos maiores desafios que se deparam à nossa sociedade. Por esse mundo fora, porém, existem empresas dinâmicas que estão a enfrentar o desafio com abordagens inovadoras, criando oportunidades multissetoriais para investidores que queiram fazer parte da solução.

Para mais informações digitalize o nosso código QR

O seu capital poderá estar em risco.

LV-JPM53369 | 03/22 | 09ql222903091954

FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES:

O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS

Oano de 2022 não foi simpático para os fundos multiativos. Passaram-se muitos anos em que o grande argumento para manter obrigações investment grade nas carteiras era diversificação e estabilidade. Quando as obrigações se veem num bear market significativo e simultâneo ao das ações, são os fundos

multiativos que pior ficam na fotografia. Contudo, isto não é verdade para todos os fundos multiativos. Os dois fundos mais votados na sondagem que a FundsPeople faz todos os anos aos profissionais de análise e seleção de fundos de investimento em Portugal, destacam-se de muitos dos seus pares por terem a capacidade para abordar as diferentes classes de ativos na sua

No final de cada ano, a FundsPeople requer a cada analista ou selecionador de fundos em Portugal uma lista com um máximo de 10 fundos de investimento ativos que se destacam pelas suas características únicas, gestão excecional ou abordagem de investimento, mesmo que não sejam objeto de investimento ou parte de alguma shortlist do analista ou entidade. Em 2022 participaram 37 analistas de 33 casas ou unidades de investimento nacionais. Recolheram-se 312 votos,num total de 207 fundos. Os 54 fundos mais votados acumulam mais de metade do total de votos, o que se configura com uma concentração superior à votação de 2021, ano em que eram as 61 estratégias mais votadas que ultrapassavam essa marca.

Em mais uma sondagem sobre os fundos destacados do ano, são várias as tendências que ficam evidentes. A mais relevante, a liderança.

carteira de forma flexível. Falamos do Ruffer Total Return International e do DWS Concept Kaldemorgen. São fundos que destronam o Jupiter Dynamic Bond, líder destacado dos últimos anos, bem como o Allianz Europe Equity Growth, que ocupava o segundo lugar em 2021.

Este ano, o fundo de obrigações bandeira da Jupiter AM partilha a terceira posição do ranking com dois fundos temáticos de ações, o BlackRock Global Funds World Healthscience e o Nordea 1 Global Climate and Environment.

TENDÊNCIAS

Posto isto, não obstante a liderança, a verdade é que dos 54 fundos mais votados, 30 são fundos de ações. Destes, 11 são temáticos ou setoriais e três são long/short, destacando-se assim exposições mais específicas ou descorrelacionadas entre os mais votados, por oposição a fundos foca -

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
38 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO
TENDÊNCIAS CAPA por Miguel Rêgo, CFA

Ruffer SICAV Ruffer Total Return International 14

DWS Concept Kaldemorgen 7

BlackRock Global Funds World Healthscience Fund 6

Jupiter Global Fund Jupiter Dynamic Bond 6

Nordea 1 Global Climate and Environment Fund 6

Lumyna-MW TOPS UCITS Fund 5

Morgan Stanley IF Global Brands Fund 5

PIMCO GIS Income Fund 5

Fidelity Funds America Fund 4

Pictet TR Atlas 4

Amundi Funds European Equity Value 3

BlackRock Global Funds Sustainable Energy Fund 3

Eleva UCITS Fund Fonds Eleva Absolute Return Europe 3

First Sentier Global Listed Infrastructure Fund - 3

M&G (Lux) Global Listed Infrastructure Fund 3

NB FCP Euro Bond 3

NB PPR/OICVM 3

Sixty Degrees PPR/OICVM Flexível - 3

AB SICAV I International Health Care Portfolio - 2

Allianz Europe Equity Growth 2

Alves Ribeiro PPR/OICVM F. Inv. Mobiliário Aberto de Poupança Reforma 2

AXA World Funds US Short Duration High Yield Bonds - 2

BlackRock Global Funds ESG Multi-Asset Fund 2

BlackRock Global Funds World Energy Fund - 2

BlackRock Strategic Funds European Opportunities Extension Fund 2

BNY Mellon Global Equity Income Fund - 2

BNY Mellon Global Short-Dated High Yield Bond Fund 2

FUNDO

BPI Global Investment Fund Alternative Fund Iberian Equity Long Short 2

CPR Invest Global Silver Age - 2

DNCA Invest Alpha Bonds 2

DPAM L Bonds Emerging Markets Sustainable - 2

DWS Invest Global Agribusiness - 2

DWS Invest Top Dividend 2

Eurizon Fund Bond Aggregate RMB 2

Fidelity Funds Asia Pacific Opportunities Fund 2

Fidelity Funds Global Industrials Fund - 2

Fidelity Funds Global Technology Fund 2

Fidelity Funds Japan Value Fund - 2

Janus Henderson Absolute Return Fund 2

JPMorgan Investment Funds Global Income Fund 2

Jupiter Merian North American Equity Fund (IRL) - 2

Jupiter Merian World Equity Fund - 2

Lumyna Millburn Diversified UCITS Fund - 2

Muzinich Enhancedyield Short-Term Fund 2

Natixis IF (Lux) I Thematics Safety Fund 2

Neuberger Berman Corporate Hybrid Bond Fund 2

NN (L) Alternative Beta 2

Nordea 1 European Covered Bond Fund 2

Nordea 1 Global Stable Equity Fund - 2

Nordea 1 Stable Return Fund 2

OFI FUND RS Act4 Positive Economy - 2

Pictet TR Agora - 2

Schroder International Selection Fund Global Cities - 2

Schroder International Selection Fund US Large Cap 2

Veritas

Fonte: FundsPeople e Morningstar Direct. FUNDO RATING FUNDSPEOPLE 2022 VOTOS Jupiter Dynamic Bond 16 Allianz Europe Equity Growth 8 Ruffer Total Return International 7 Fundsmith Equity Fund 6 Nordea 1 - Global Climate and Envir Fd 6 MFS Meridian European Value Fund 5 Brown Advisory US Equity Growth 4 Eleva Eleva European Sel 4 MS INVF Global Brands Fund 4 NB Euro Bond 4 Pictet TR - Atlas 4 BGF ESG Multi-Asset Fund 3 BlueBay Investment Grade Euro Govt Bd Fd 3 Fidelity European Dynamic Growth Fund 3 Invest Alves Ribeiro PPR FIMA 3 JPM Japan Equity Fund 3 Jupiter European Growth 3 Legg Mason WA Macro Opportunities Bd Fd 3 MS INVF US Advantage Fund 3 PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset Fund 3 Schroder ISF EURO Corporate Bond 3 Amundi Fds Pioneer US Bond 2 BGF Continental European Flexible Fund 2 FUNDO RATING FUNDSPEOPLE 2022 VOTOS BPI GIF Alt Fund Iberian Eq L&S 2 BPI GIF Opportunities 2 DWS Concept Kaldemorgen 2 Fidelity Emerging Markets Fund 2 FvS Multiple Opportunities II 2 FvS SICAV Multiple Opportunities - 2 GAM Star Credit Opportunities (USD) - 2 Janus Henderson Absolute Return Fund 2 Janus Henderson Balanced Fund 2 JPM Global Macro Opportunities Fund - 2 MFS Meridian Prudent Wealth Fund 2 Mirae Asset Asia Sector Leader Equity Fd 2 MS INVF Europe Opportunity Fund 2 MS INVF US Growth Fund 2 MW TOPS UCITS Fund 2
(L) Alternative Beta 2
GIS Income Fund 2
BP US Premium Equities 2
GAIA II Specialist Private Eq - 2
World Growth Fund 2
Rowe Price US Blue Chip Equity Fund 2
NN
PIMCO
Robeco
Schroder
Seilern
T.
Asian Fund - 2
Global Quality Growth Fund 2 FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES COM DOIS OU MAIS VOTOS EM 2021 FUNDO RATING FUNDSPEOPLE 2022 VOTOS
Wellington
RATING FUNDSPEOPLE 2022 VOTOS
FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES COM DOIS OU MAIS VOTOS EM
20 20 20 22 22 20 22 22 20 20 22 22 22 20 22 20 22 20 20 22 22 20 20 22 22 20 22 20 20 20 22 22 20 22 20 22 22 22 22 20 20 20 22 NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 39
2022

ENTIDADES GESTORAS MAIS VOTADAS POR NÚMERO DE FUNDOS

ENTIDADE

ENTIDADE

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
GESTORA FUNDOS
12 BlackRock 10
International 10 Pictet AM 10 JPMorgan AM 9 Nordea AM 8 Amundi 7 DWS 6
Global Investors 5 M&G 5 AXA IM 4 Candriam 4 GNB Gestão de Ativos 4 MFS 4 PIMCO 4 Robeco 4 BlueBay 3 BNY Mellon IM 3 CPR Asset Management 3 Flossbach von Storch 3 Franklin Templeton 3 Jupiter AM 3
ENTIDADE
Schroders
Fidelity
Allianz
2 BPI GA
2
Capital 2 Goldman Sachs AM 2
2
2
2 Lazard 2 Link Fund Solutions 2 Marshall
2
Management 2 Morgan
IM 2 Natixis IM 2 Oaktree 2 Ofi Invest 2
Rowe Price 2 UBS AM 2
Management 2 Acatis 1
1 Algebris Investments
ENTIDADE GESTORA FUNDOS AllianceBernstein
(CaixaBank AM)
Eleva
Invesco
Janus Henderson
La Financière de l'Echiquier
Wace
MLC
Stanley
T.
Wellington
Alantra
1 Allspring 1
GESTORA FUNDOS Arcano 1 BiG 1 BNP Paribas AM 1 Brown Advisory 1 Capital Group 1 Columbia Threadneedle 1 Comgest 1 Corum Butler 1 Degroof Petercam AM 1 DNCA Finance 1 Dodge & Cox 1 Edmond De Rothschild 1 ETHENEA 1 Eurizon 1 Federated 1 Ferox Capital LLP 1 First Sentier Investors 1 Fuchs 1 GAM 1 GuardCap 1 Heed Capital (Adepa) 1 Heptagon 1
GESTORA FUNDOS
Winton Fund Management 1 TOTAL DE FUNDOS 207
Holbrook Holdings 1 Invest Gestão de Ativos 1 La Française 1 Magallanes 1 Marshall Bridging Fund 1 Millburn Ridgefield Corp 1 Muzinich 1 Neuberger Berman 1 NN IP 1 Optimize IP 1 RAM Active Investments 1 Ruffer 1 Santander AM 1 Sixty Degrees 1 State Street 1 Syquant Capital 1 UTI International 1 Veritas Asset Management 1 Vontobel 1 Waystone 1
GESTORA VOTOS
20
17 Nordea AM 16 Schroders 14 Pictet AM 14 DWS 14 Ruffer 14 JPMorgan AM 10 Jupiter AM 10 Amundi 9 M&G 8 GNB Gestão de Ativos 8 PIMCO 8 Allianz Global Investors 6 Marshall Wace 6 Morgan Stanley IM 6 AXA IM 5 BNY Mellon IM 5 Candriam 4 MFS 4 Robeco 4 CPR Asset Management 4 ENTIDADE GESTORA VOTOS Eleva Capital 4 BlueBay 3 Flossbach von Storch 3 Franklin Templeton 3 AllianceBernstein 3 BPI GA (CaixaBank AM) 3 Janus Henderson 3 Natixis IM 3 Ofi Invest 3 First Sentier Investors 3 Sixty Degrees 3 Goldman Sachs AM 2 Invesco 2 La Financière de l'Echiquier 2 Lazard 2 Link Fund Solutions 2 MLC Management 2 Oaktree 2 T. Rowe Price 2 UBS AM 2 Wellington Management 2 Degroof Petercam AM 2 ENTIDADE GESTORA VOTOS DNCA Finance 2 Eurizon 2 Invest Gestão de Ativos 2 Millburn Ridgefield Corp 2 Muzinich 2 Neuberger Berman 2 NN IP 2 Acatis 1 Alantra 1 Algebris Investments 1 Allspring 1 Arcano 1 BiG 1 BNP Paribas AM 1 Brown Advisory 1 Capital Group 1 Columbia Threadneedle 1 Comgest 1 Corum Butler 1 Dodge & Cox 1 Edmond De Rothschild 1 ETHENEA 1 ENTIDADE GESTORA VOTOS Federated 1 Ferox Capital LLP 1 Fuchs 1 GAM 1 GuardCap 1 Heed Capital (Adepa) 1 Heptagon 1 Holbrook Holdings 1 La Française 1 Magallanes 1 Marshall Bridging Fund 1 Optimize IP 1 RAM Active Investments 1 Santander AM 1 State Street 1 Syquant Capital 1 UTI International 1 Veritas Asset Management 1 Vontobel 1 Waystone 1 Winton Fund Management 1 TOTAL DE VOTOS 312 ENTIDADES GESTORAS MAIS VOTADAS POR NÚMERO DE VOTOS Fonte: FundsPeople e Morningstar Direct. SÃO 87 AS ENTIDADES GESTORAS COM FUNDOS DESTACADOS, E 13 DESSAS 87 CONCENTRAM MAIS DE METADE DOS VOTOS TENDÊNCIAS CAPA 40 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO
ENTIDADE
BlackRock
Fidelity International

DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE FUNDOS VOTADOS POR CLASSE DE ATIVOS

PARTICIPARAM NESTE ESTUDO 37 PROFISSIONAIS DE 33 CASAS DE INVESTIMENTO, ENTRE ELAS:

ABANCA ALVARIUM

ASK PATRIMÓNIOS

BALUARTE WEALTH ADVISORS

BANCO BANKINTER BANCO BEST

BANCO CARREGOSA BANCO DE INVESTIMENTO GLOBAL (BIG)

BANCO INVEST BANCO INVEST (PFA)

BANCO PORTUGUÊS DE GESTÃO

BANKINTER GESTIÓN DE ACTIVOS - SUCURSAL EM PORTUGAL

BBVA ASSET MANAGEMENT BPI GESTÃO DE ATIVOS BPI PRIVATE BANKING BPI VIDA E PENSÕES

CAIXA GESTÃO DE ATIVOS

dos nos mercados de ações de forma mais ampla.

Considerando o universo dos fundos votados, contudo, pouco menos de metade são fundos de ações, uma queda face aos 59% de 2021. Os fundos alternativos ganharam preponderância, de 5% para 10%, e os fundos de obrigações também, embora numa escala menor em termos relativos (de 21% para 26%).

Também sobre o universo de fundos votados, uma pequena nota para o facto de apenas 12 dos 207 fundos terem uma etiqueta ESG/SRI, de investimento climático, responsável ou de impacto. Uma amostra pequena, considerando os movimentos massivos de ativos e lançamentos que se têm verificado na Europa neste campo.

Olhando para as entidades gestoras que mais fundos têm entre os mais votados, vemos que a Schroders se destaca com 12 fundos, seguida pela BlackRock, Fidelity International e Pictet AM com 10. Por número de votos é a BlackRock que sobressai, com 20, seguida da Fidelity e da Nordea AM. Em 2021, era Fidelity que liderava por número de fundos e a Jupiter AM por número de votos. São 87 as entidades gestoras com fundos destacados e 13 dessas 87 concentram mais de metade dos votos.

POR CATEGORIA

Finalmente, separando o universo votado por categorias, vemos que, além do Ruffer Total Return International como fundo líder em multiativos, o

CREDIT SUISSE - SUCURSAL EM PORTUGAL CRÉDITO AGRÍCOLA GEST FIDELIDADE FØRSTE

FUTURE PROOF GNB GESTÃO DE ATIVOS HAWKCLAW CAPITAL ADVISORS

LISBON FAMILY OFFICE MONTEPIO GESTÃO DE ATIVOS

NOVOBANCO

OPTIMIZE INVESTMENT PARTNERS PARTNERS2U PRIVATE SCI

REAL VIDA SEGUROS SANTANDER PRIVATE BANKING SIXTY DEGREES

Fonte: FundsPeople e Morningstar Direct. ALOCAÇÃO ALTERNATIVOS COMMODITIES CONVERTÍVEIS AÇÕES OBRIGAÇÕES DIVERSOS MERCADO MONETÁRIO 1% 12% 5% 2% 21% 59% 26% 14% 10% 1% 1% 46%
NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 41
2022 2021

Por entidades, em alocação e sem surpresa, surge a Ruffer. Em Obrigações é a PIMCO que lidera, e em

ALOCAÇÃO VOTOS Ruffer 14 DWS 7 GNB Gestão de Ativos 5 AÇÕES VOTOS Fidelity International 16 BlackRock 14 Schroders 11 ALTERNATIVOS VOTOS PIMCO 7 Jupiter AM 6 Nordea AM 5 OBRIGAÇÕES VOTOS Amundi 2 BlackRock 2 BPI GA (CaixaBank AM) 2 Millburn Ridgefield 2 MLC Management 2 NN IP 2 Pictet AM 2 TOP 3 - AS ENTIDADES GESTORAS COM MAIS VOTOS EM CADA CATEGORIA ALOCAÇÃO VOTOS Ruffer Total Return International 14 DWS Concept Kaldemorgen 7 NB PPR/OICVM 3 Sixty Degrees PPR/OICVM Flexível 3 AÇÕES VOTOS BlackRock Global Funds World Healthscience Fund 6 Nordea 1 Global Climate and Environment Fund 6 Lumyna MW TOPS UCITS Fund 5 Morgan Stanley Investment Funds - Global Brands Fund 5 ALTERNATIVOS VOTOS Jupiter Dynamic Bond 6 PIMCO GIS Income Fund 5 NB FCP Euro Bond 3 OBRIGAÇÕES VOTOS BPI Global Investment Fund Alternative Fund Iberian Equity Long Short 2 Lumyna Millburn Diversified UCITS Fund 2 NN (L) Alternative Beta 2 Pictet TR - Agora 2 TOP 3 - OS FUNDOS COM MAIS VOTOS EM CADA CATEGORIA Fonte: FundsPeople e Morningstar Direct. 42 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO TENDÊNCIAS CAPA

ações a Fidelity. Em alternativos, sete entidades partilham a liderança com dois votos.

ELTIF: INVESTIR PARA FOMENTAR UMA EUROPA SUSTENTÁVEL

O acesso de particulares a ativos privados permite-lhes diversificar os seus investimentos e aceder a ativos de empresas não cotadas que, em períodos de maior incerteza, têm apresentado, comparativamente, retornos apetecíveis com menor volatilidade. A complexidade do processo tem levado, no entanto, a que poucos particulares estejam investidos nestes ativos.

Ao reconhecer o papel que estas empresas têm no crescimento económico e criação de emprego, vários governos (e o próprio Conselho Europeu) têm fomentado alterações regulatórias para facilitar o acesso dos particulares aos ativos privados e ele pode ser feito através dos Fundos Europeus de Investimento a Longo Prazo – os ELTIF. A disponibilização destes veículos é ainda escassa e para promover a sua democratização temos já um Schroders ELTIF a contribuir para financiar a economia real na Europa. A expectativa é de que, em breve, esteja acessível aos investidores portugueses (os interessados podem saber mais junto dos seus consultores ou intermediários financeiros).

Refira-se que estes fundos proporcionam um meio direto de acesso e investimento em PME, incluindo empresas familiares, que são parte significativa do tecido empresarial em vários países, da mesma forma que podem apoiar o financiamento a longo prazo de projetos estruturantes e serviços essenciais, a exemplo das infraestruturas de transporte e energias sustentáveis.

MÁRIO PIRES Diretor de Clientes Institucionais e do Mercado Português, Schroders
A OPINIÃO DE PAR
RAP T REN T NER
Jupiter Dynamic Bond continua o mais votado no segmento de obrigações. Em ações lideram, ex-aequo, dois fundos temáticos/setoriais, o BlackRock Global Funds World Healthscience e o Nordea 1 Global Climate and Environment. Por fim, em alternativos, quatro fundos agregaram dois votos: o BPI GIF Alternative Iberian Equity Long Short, o Lumyna Millburn Diversified UCITS, o NN Alternative Beta e o Pictet TR Agora.
Estes resultados refletem alguma consistência nas votações dos analistas e selecionadores - as categorias e fundos mais votados continuam a liderar -, mas mostram também o quanto um ano como 2022 pode impactar as preferências e o sentimento dos profissionais nacionais. O ano que aí vem trará outras incertezas, é certo. Fica para ver como vai terminar 2022 e de que forma 2023 voltará a impactar o conjunto de fundos destacados do ano.

DESAFIOS DE UMA

PRIVADA EM MUTAÇÃO

A regulação mantém-se na lista de reptos que impactaram o negócio de banca privada nos últimos anos, mas este não foi o único desafio. Numa conversa que juntou três profissionais do setor, falou-se da digitalização e das vicissitudes de mercado.

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
por Margarida Pinto O Think Tank - Portugal é uma iniciativa da FundsPeople, em colaboração com a Edmond Rotschild AM. Durante o ano de 2022 são promovidos três encontros, nos quais se analisam vários temas de mercado e de negócio, com profissionais nacionais. THINK TANKPORTUGAL 44 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO TENDÊNCIAS NEGÓCIO
BANCA

Osetor de Banca Privada nacional já passou por muito. Há alguns anos, quando conversávamos com agentes deste setor, a tónica era de antecipação de alguma dor relativamente à implementação da diretiva MiFID II. Traçavam-se cenários pouco positivos relativamente ao impacto na relação com o cliente, mas também se temiam os efeitos que teria no dia a dia de trabalho das entidades, a aplicação de uma regulamentação tão exigente. A verdade é que, como diz a canção do Rui Veloso, “tudo muda, tudo parte, tudo tem o seu avesso”. A MiFID II continua a ser lembrada

como um dos temas mais desafiantes dos últimos anos, mas a verdade é que não é o único tema que trouxe dores de cabeça a quem atua nesta área.

Uma pandemia, mudanças de regime nos mercados, uma guerra na Europa… Muitos foram os desafios que as equipas de Banca Privada tiveram de enfrentar nos últimos tempos. Num encontro subordinado a um Think Tank promovido pela Edmond de Rothschild Asset Management em colaboração com a FundsPeople, pediu-se a três profissionais do setor de Banca Privada que falassem precisamente das questões mais desafiantes do seu trabalho nos últimos anos.

Para Marco Rodrigues, do Desenvolvimento de Negócio do BBVA Portugal, o grande repto dos últimos tempos teve que ver com o binómio risco/retorno.

“A geração de riqueza acontece geralmente numa idade avançada, o que se enquadra naquilo que é o segmento de Banca Privada. Nessa idade mais avançada, é natural que as pessoas procurem alternativas com menor risco. Portanto, o grande desafio dos últimos anos, com taxas de juro negativas, foi precisamente encontrar esses ativos”, começou por referir. A mesma dificuldade foi também sentida e partilhada por Bruno Minoya Perez, diretor de Banca Privada do Banco Carregosa. Para o profissional,

NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 45

Marco Rodrigues

BBVA Portugal

“O grande desafio dos últimos anos, com taxas de juro negativas, foi encontrar ativos que satisfizessem o binómio risco/retorno”

João Folque Antunes

Edmond de Rothschild (Europe)

“Todos os players, do ponto de vista tecnológico, terão de ser capazes de incorporar os desafios das novas regulamentações no serviço à sua clientela”

este cenário de baixas de taxas de juro levou a uma “procura de alternativas de investimento”, que embora trouxessem para cima da mesa a “desvantagem aparente da questão da liquidez”, acabaram por oferecer retornos potencialmente mais elevados. “Tudo isto foi muito desafiante”, confessou.

DIGITALIZAÇÃO: SIM!

Se antes de 2020 alguém perguntasse a estes profissionais como classificaria o nível de digitalização do serviço que prestavam, o adjetivo utilizado seria seguramente diferente do escolhido atualmente.

Uma pandemia bateu à porta do mundo, e um segmento de relação

pessoal por excelência teve de se adaptar… e aí morou outro dos desafios do segmento. É o que lembra João Folque Antunes, diretor na sucursal nacional do Edmond de Rothschild (Europe). “A banca como um todo foi apanhada de surpresa, e é interessante perceber como esta indústria se conseguiu rapidamente adaptar, sobretudo lembrando que o contacto neste segmento é fundamentalmente presencial”, assinalou. No entanto, não esquecendo que este foi “um grande desafio”, no entender do profissional o futuro não tem espaço para os que não se adaptam. “Todos os players, do ponto de vista tecnológico, terão de ser capazes de incorporar os desafios das no-

vas regulamentações no serviço à sua clientela”, reforçou. Contudo, Marco Rodrigues reforçou que o ecrã não serve em toda a linha, e especificou que “as principais decisões que os clientes têm de tomar, continuam a ser tomadas presencialmente”.

Embora tudo acabe por mudar, como diz a canção, a verdade é que isso não é sinónimo de esquecer. Nesta enumeração dos desafios, a MiFID II não ficou de fora, mas apareceu citada em conjunto com o seu novo casamento: o da sustentabilidade. “A questão da MiFID II e da sua implementação e regulamentação foram desafiantes, mas outro fator desafiante e que criou oportunidades, em simultâneo, foi a

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS
PELOS
PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
DESTACADOS
SELECIONADORES
46 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO TENDÊNCIAS NEGÓCIO

Minoya Perez Banco Carregosa

“A MiFID II e a sua implementação e regulamentação foram desafiantes, mas outro fator desafiante e que criou oportunidades, em simultâneo, foi a questão da sustentabilidade”

questão da sustentabilidade e da integração dos critérios ESG”, recordou Bruno Minoya Perez. Na opinião do profissional, a indústria deve “ser um catalisador para uma economia mais verde”, e contribuir para uma verdadeira transição.

João Folque Antunes acrescentou à conversa a questão geracional, mas também a evolução do interesse que o nosso país foi apresentando relativamente ao ESG. “Há alguns anos, quando começámos a ter oferta de soluções ISR, eram apenas os millennials que mais procuravam este tipo de produto”, recorda. Face ao resto da Europa, o responsável lembra também que o mercado nacional esteve

mais atrasado no interesse em relação ao tema, mas, à medida que o tempo avançou, a disposição sobre o tópico foi crescendo. “Começou a ver-se essa necessidade, primeiro vinda das segundas gerações, mas, rapidamente, de forma mais ampla as gerações antigas também se foram interessando. Passaram a querer ter uma parte do seu património gerida com critérios de responsabilidade social mais relevantes”, atesta. A pandemia, na opinião de João Folque Antunes, foi mesmo um grande acelerador da tendência. “As pessoas começaram a ter uma consciência diferente do uso e do sentido que vão dar ao seu património e à sua riqueza acumulada”, concluiu.

O MOMENTO DE DIVERSIFICAR COM DÍVIDA AMERICANA DE QUALIDADE

A incerteza domina o panorama económico. Mas se algo parece evidente é que a Europa está em piores condições do que os EUA. Com a crise energética desencadeada pela guerra na Ucrânia como pano de fundo, os obstáculos são muito mais sérios para a Europa e para as empresas europeias, que também se espera que registem resultados piores. Neste contexto, o crédito investment grade americano apresenta-se como uma alternativa de diversificação para investidores da zona euro. Além disso, historicamente, em tempos de dificuldades, o rácio de sharpe do mercado norteamericano foi superior ao do mercado europeu. Nesta conjuntura, o fundo AXA IM FIIS US Corporate Intermediate Bonds oferece essa diversificação com uma gestão ativa de dívida corporativa com investment grade dos EUA e denominada em dólares. É certo que ao cobrir a divisa ao euro o custo é alto e perdemos yield, mas acreditamos que compensa quando ajustamos ao risco assumido. O mercado americano de crédito corporativo de investment grade é três vezes maior, mais líquido e, sobretudo, com uma economia mais robusta. No mercado europeu, o risco de aumento de spreads de crédito é muito provável.

A OPINIÃO DE RAP T REN PAR T NER GREG VENIZELOS Estratega macro, AXA IM Bruno
NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 47

EXCLUSÃO, INCLUSÃO E ENGAGEMENT

A BATUTA PELA QUAL SE REGEM AS GESTORAS NACIONAIS

Política de sustentabilidade, política de investimento sustentável ou mesmo política ESG, são vários os nomes dados ao documento que as entidades gestoras de fundos mobiliários nacionais disponibilizam no seu website. Dissecamos agora as principais semelhanças e diferenças no que se refere à política de investimento.

Aprincipal limitação que carateriza a abordagem ESG prende-se com a falta de informação disponível ou mesmo falta de uniformização da mesma. Na tentativa de colmatar este defeito, o Parlamento Europeu lançou em novembro de 2019 um regulamento que visa a divulgação de informações relacionadas com a sustentabilidade no setor dos serviços financeiros. Uma das alíneas presente no documento visa informar os investidores finais “sobre a forma como os intervenientes no mercado

financeiro e os consultores financeiros integram os riscos relevantes em matéria de sustentabilidade, significativos ou potencialmente significativos, nos seus processos de tomada de decisões de investimento”. A referida alínea exige ainda às entidades a partilha desta informação nos seus websites.

Ao todo, conseguimos recolher dos respetivos websites de entidades gestoras de fundos mobiliários informação relativa a nove entidades nacionais que partilham claramente o impacto que a política de sustentabilidade tem no seu processo de investimento. Na sua

génese, atendendo à imposição de regulamentação a cumprir, os documentos tendem a ser muito homogéneos. A maioria das entidades conta com critérios de exclusão e até critérios de inclusão, no entanto, apenas quatro têm expressa na sua política de sustentabilidade a vontade de contribuir para um mundo mais ESG através da participação ativa nos segmentos onde investe o seu capital - o chamado engagement.

Não obstante, é importante fazer uma ressalva. Pelo conhecimento que a FundsPeople tem de todas estas entidades gestoras, uma coisa será

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
48 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO por Diogo Verde TENDÊNCIAS GESTÃO

POLÍTICAS DE INVESTIMENTO SUSTENTÁVEL DAS ENTIDADES GESTORAS

EXCLUSÃO

“(...) não serão consideradas como elegíveis para investimento empresas com um nível de exposição de receitas relevantes a indústrias consideradas socialmente controversas”.

“(...) aprova restrições específicas ao universo de investimentos, relacionadas principalmente com empresas significativamente envolvidas, direta ou indiretamente, nestas atividades e a controvérsias classificadas como “muito severas”.”

“(...) evita investir em qualquer entidade ou empresa cuja principal atividade comercial ofereça ou envolva a promoção, produção, distribuição ou comercialização de produtos ou serviços relacionados com (…)”

“Análise de exclusão, aplicada principalmente às empresas, dependendo da natureza dos negócios que realizam ou porque identificaram riscos, através de possíveis controvérsias das empresas analisadas”.

“(...) é desenvolvida uma política de exclusão nas áreas empresariais que têm um elevado impacto ambiental, social ou económico (...)”.

“(...) evita investir em qualquer entidade ou empresa cuja principal atividade comercial ofereça ou envolva a promoção, produção, distribuição ou comercialização de produtos ou serviços relacionados com (…)”

INCLUSÃO

“(...) serão privilegiadas, em cada um dos setores de atividade, empresas com um rating ESG mais elevado”.

“(...) selecionando preferencialmente aquelas que incorporem fatores ESG nos seus processos de investimento e que desenvolvam mecanismos de envolvimento”.

“(...) dedica atenção prioritária na execução de decisões de investimento, sem prejuízo das especificidades da política de investimento de cada organismo de investimento coletivo ou carteira gerido (...)”

ENGAGEMENT

“(...) é aprofundado o âmbito das interações e votações de acionistas com as empresas alvo de investimento em matérias ESG”.

“(...) promove o diálogo ativo com as entidades e os gestores de ativos, quer diretamente, quer participando em ações coletivas destinadas a adotar as medidas necessárias à modificação de práticas ou atividades polémicas (...)”.

“(...) privilegia o investimento em empresas que adotam as melhores práticas ao nível dos critérios ESG (...)”

“Análise do comportamento dos emissores em relação a diferentes critérios ambientais, sociais e de governo corporativo”. n.a

“Consiste na tomada de decisões baseadas numa seleção de investimentos com a melhor pontuação ou classificação ESG”

“(...) dedica atenção prioritária na execução de decisões de investimento, sem prejuízo das especificidades da política de investimento de cada organismo de investimento coletivo ou carteira gerido (...)”

“(...) consubstancia as ações previstas em matéria de execução do direito de voto e de diálogo ativo com as empresas em que investem (...)”

n.a

Fonte: Informação recolhida do documento partilhado no website de cada uma das entidades gestoras. n.a - não apresenta.

OS CRITÉRIOS QUE RESTRINGEM O UNIVERSO DE INVESTIMENTO DAS ENTIDADES GESTORAS SÃO MUITO SIMILARES

comum a todas: o dever fiduciário de cuidar da melhor forma do dinheiro dos seus clientes - de propocionar um retorno adequado ao risco - sobrepõe-se ao seu papel de potencial impulsionador de um mundo mais sustentável. O que fica claro também é que algumas entidades encaram de forma mais robusta os riscos ESG na sua própria definição de risco e, portanto, parte desse dever fiduciário.

CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Os critérios que restringem o universo de investimento das entidades gesto-

ras são muito similares. Na política de sustentabilidade da Santander AM podemos ler: “Os fundos procuram não investir em valores mobiliários de empresas ou países que incorram em práticas que violam tratados internacionais e em empresas direta ou indiretamente envolvidas em certas atividades”.

O critério de exclusão ambiental é, em linhas gerais, aplicado a empresas que operam no setor das armas e munições, energético (principalmente carvão térmico e petróleo), jogo, tabaco e pornografia. A nível social, os investidores procuram afastar-se de empresas com

NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 49

problemas de discriminação baseada no género, direitos humanos, normas laborais na cadeia de abastecimento, trabalho infantil e escravidão e/ou empresas que não atentam à gestão do capital humano, nomeadamente na saúde e segurança no trabalho e na formação do mesmo. Por fim, o critério de governance filtra empresas que não protegem os direitos dos acionistas, com uma fraca estrutura de remuneração, um défice na composição dos órgãos de administração e que não cumprem as suas obrigações fiscais.

CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Os critérios de inclusão são o passo seguinte na política de sustentabilidade das entidades gestoras. A Sixty Degrees afirma que “todas as decisões de investimento para a aquisição de ativos para os fundos sob gestão deverão ser efetuadas considerando os riscos de sustentabilidade que resultarem de uma avaliação promovida pela sociedade ou por terceiros, através de ratings disponíveis no mercado”.

No fundo, as empresas mais eficientes energeticamente, que melhor tratam o seu capital humano e com for-

tes medidas de gestão organizacional, são na maioria das vezes as empresas com melhor base para gerar retornos no longo prazo. A Caixa Gestão de Ativos leva este critério mais longe e determina que as suas carteiras sob gestão discricionária sejam constituídas por, pelo menos, 85% de ativos com rating ESG.

ENGAGEMENT

Resta destacar as quatro entidades que, para além de um critério de exclusão e um critério de inclusão, procuram também impactar o universo onde investem os ativos que lhes são confiados.

A BPI Gestão de Ativos expressa claramente esta vontade: “Um diálogo construtivo pode promover a melhoria das características ambientais e sociais das entidades onde os fundos investem, bem como a gestão de riscos ou o governo corporativo”. Esta atua principalmente através de três vertentes: acompanhamento constante das principais questões (desempenho financeiro e não financeiro, estrutura de capital e impacto ESG), diálogo com as várias entidades e o exercício dos direitos de voto associados às ações detidas.

A Caixa Gestão de Ativos, a GNB Gestão de Ativos e a Bankinter Gestão de Ativos visam aprofundar as interações e votações com as empresas alvo de investimento em matérias ESG.

Expressar as suas políticas sustentáveis foi apenas um dos desafios já enfrentados por parte das entidades gestoras. Com a pressão exercida pela regulação, cada vez mais aumenta o esforço necessário para satisfazer os requisitos básicos e, consequentemente, os custos associados. Há a necessidade de cautela para que um movimento bom e vantajoso para todos não se torne num passo demasiado grande para as pernas das entidades.

OBRIGAÇÕES DE BANCOS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UMA FORMA POSITIVA DE DIVERSIFICAR UMA CARTEIRA

Os Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (BMD) são instituições financeiras supranacionais dedicadas a fornecer financiamento e know-how para projetos de desenvolvimento económico e social. Foram fundados por estados soberanos que contribuem com capital e oferecem garantias que permitem aos BMD angariar fundos nos mercados de capitais internacionais a taxas atrativas. Dado que os BMD são organizações sem fins lucrativos, podem então conceder empréstimos a países menos desenvolvidos em condições atrativas. Por exemplo, o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento, parte do Grupo do Banco Mundial, é o mais antigo BMD. O seu mandato é ajudar a promover o desenvolvimento económico e ajudar a erradicar a pobreza a nível global. Está empenhado em apoiar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. As obrigações dos BMD representam uma oportunidade de investimento sustentável em dívida denominada em dólares de alta qualidade. As obrigações BMD também são fonte de diversificação, dada a amplitude e a variedade das atividades dos BMD nos diferentes países em desenvolvimento. Além disso, as obrigações dos BMD têm apresentado a longo prazo características de rendibilidade/ risco semelhantes com as obrigações do tesouro americano. Como tal, as obrigações dos BMD desempenham numa carteira um papel diversificador e defensivo, além de gerarem um impacto positivo numa perspetiva de sustentabilidade.

PALOMA TORRES Vendas de ETF e fundos indexados, UBS AM Iberia
A OPINIÃO DE HÁ A NECESSIDADE DE CAUTELA PARA QUE UM MOVIMENTO VANTAJOSO PARA TODOS NÃO SE TORNE NUM PASSO DEMASIADO GRANDE ENTIDADES 50 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO
RAP T REN TENDÊNCIAS GESTÃO PAR T NER

As carteiras 60/40 estão de volta?

As perspetivas macroeconómicas continuam a ser incertas, a combinação de um abrandamento do crescimento e de uma inflação persistente faz-nos pensar que a volatilidade nos mercados vai continuar. No nosso cenário central de final de ano, atribuímos as mesmas probabilidades a uma recessão, período de estagnação ou aterragem suave da economia. As consequências para o mercado destes cenários diferem muito. É por isso que o nosso foco está nas estratégias de valor relativo, mais resilientes neste tipo de entorno.

Na UBS AM acreditamos que o elemento chave no atual conjuntura económica é que a inflação é demasiado alta. Embora alguns dos componentes da inflação na sequência da pandemia e da guerra na Ucrânia já estão a diminuir, outros, como os alugueres e os serviços básicos, estão a aumentar.

Por outro lado a atividade económica está a abrandar. A subida das taxas de juro afetou o investimento imobiliário e a produção industrial, esta ultima também se vê afetada pela mudança do padrão de consumo de bens para serviços, além de um excesso de stocks.

Os bancos centrais estão sob pressão, a inflação é demasiado elevada e, em algumas economias como os EUA e o Reino Unido, o mercado de trabalho também está sob pressão. É pouco provável que a Reserva Federal mude de rumo enquanto as pressões salariais não diminuam substancialmente. Por conseguinte, é pouco provável uma inversão das política monetária a curto médio prazo.

A Europa fez um trabalho extraordinário com o aumento das reservas de gás natural, o que poderá permitir mitigar os possíveis efeitos negativos da crise energética durante o inverno. Não obstante, grande parte do modelo de negócio da região passa por desenvolver grandes excedentes comerciais que dependem em parte do gás russo de baixo custo para uso industrial, mas os dias em que a energia era barata já se foram há muito. Por conseguinte, consideramos que a Europa terá de esti-

mular o crescimento de outra forma, ou arriscar-se a um novo período de baixa atividade. É importante que os governos europeus assumam uma posição orçamental mais pró-ativa. Mais importante ainda, a Europa deixou de exportar as suas poupanças para o resto do mundo, uma mudança estrutural que implica um aumento das rentabilidades a nível global.

Por outro lado, a prioridade política da China neste momento é a estabilidade. O crescimento nesta região apresenta um padrão de para/arranca devido a medidas Covid zero, que deverão continuar pelo menos até à primeira metade de 2023. Pequim insiste por outro lado em corrigir os excessos no imobiliário, setor que deverá sofrer um declínio estrutural como motor de crescimento.

COMO É QUE ESTE CENÁRIO AFETA AS CARTEIRAS?

Neste contexto, acreditamos que as ações vão continuar num ambiente volátil. A intenção da Reserva Federal de manter políticas monetárias restritivas e arrefecer a atividade, limita as potencias subidas, enquanto que a resiliência dos resultados das empresas sustenta as presentes valorizações. Historicamente, quando o sentimento está em níveis tão baixos, os retornos futuros são positivos, mas em última análise, o que prevalece são as condições macroeconómicas. A taxa de juro final da Reserva Federal funciona como uma referencia para as demais classe de ativos, condicionam evolução do dólar e as condição sine qua non para que possa haver uma subida sustentada das valorizações.

A boa notícia é que depois da excecional correção que assistimos no mercado obrigacionista pela subida de taxas por parte dos bancos centrais, houve um aumento de atratividade deste mercado e do monetário numa perspetiva de investimento. E, daqui para a frente, isso deverá criar um contexto muito mais positivo para carteiras diversificadas 60/40.

Antes de investir num produto, leia atentamente e na íntegra o prospeto mais recente e o documento de informações fundamentais destinadas aos investidores. As informações e opiniões contidas neste documento foram compiladas ou recebidas com base nas informações obtidas de fontes consideradas fiáveis e de boa-fé, mas não são garantidas como rigorosas, nem constituem uma declaração ou um resumo completo dos valores mobiliários, mercados ou desenvolvimentos referidos no documento. Os membros do Grupo UBS podem ter uma posição em e podem efetuar uma compra e/ou venda de qualquer um dos títulos ou outros instrumentos financeiros mencionados neste documento. As unidades de fundos da UBS aqui mencionadas podem não ser elegíveis para venda em todas as jurisdições ou em determinadas categorias de investidores e não podem ser oferecidas, vendidas ou entregues nos Estados Unidos. A informação aqui mencionada não se destina a ser interpretada como um pedido ou uma oferta para comprar ou vender quaisquer títulos ou instrumentos financeiros relacionados. O desempenho passado não é um indicador fiável de resultados futuros. O desempenho apresentado não tem em conta quaisquer comissões e custos cobrados aquando da subscrição e resgate de unidades. As comissões e os custos têm um impacto negativo no desempenho. Se a moeda de um produto financeiro ou serviço financeiro for diferente da sua moeda de referência, o retorno pode aumentar ou diminuir em função das flutuações cambiais. Esta informação não tem em consideração os objetivos de investimento específicos ou futuros, a situação financeira ou fiscal ou as necessidades particulares de qualquer destinatário específico. Os detalhes e opiniões contidos neste documento são fornecidos pela UBS sem qualquer garantia e destinam-se apenas à utilização pessoal e para efeitos de informação do destinatário. Este documento não pode ser reproduzido, redistribuído ou republicado para qualquer fim sem a autorização escrita da UBS Asset Management Switzerland AG ou de uma empresa agrupada local. Fonte de todos os dados e gráficos (caso não estejam indicados de outra forma): UBS Asset Management

Este documento contém declarações que constituem “declarações prospetivas”, incluindo, entre outras, declarações relacionadas com o desenvolvimento futuro do nosso negócio. Embora estas declarações prospetivas representem os nossos julgamentos e expectativas futuras relativamente ao desenvolvimento do nosso negócio, uma série de riscos, incertezas e outros fatores importantes podem fazer com que os desenvolvimentos e resultados efetivos sejam materialmente diferentes das nossas expectativas.

Pode encontrar um resumo dos direitos dos investidores em inglês online em: ubs. com/funds.

Pode encontrar mais explicações das condições financeiras em ubs.com/glossary © UBS 2021. O símbolo das chaves e UBS estão entre as marcas comerciais registadas e não registadas da UBS. Todos os direitos reservados.

DIOGO GOMES, CRM SÉNIOR, UBS AM IBERIA AVISO LEGAL: PARA EFEITOS DE MARKETING E INFORMAÇÃO PELA UBS.
EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21 por André Lopes
O PRESENTE E O FUTURO DOS FUNDOS ULTRADEFENSIVOS DO MERCADO NACIONAL 52 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO TENDÊNCIAS ESTRATÉGIAS
Assistimos a um período sem precedentes de taxas de juro negativas e os fundos de ativos de curto prazo foram os que mais mergulharam neste paradigma. Chegou agora a oportunidade de capturar a inversão do ciclo.

NOS FUNDOS MONETÁRIOS E DE OBRIGAÇÕES ULTRA CURTO PRAZO DOMÉSTICOS

Os últimos anos provaram-se muito desfavoráveis para os fundos de mercado monetário e de obrigações de ultra curto prazo. As taxas de juro têm um efeito disperso no mundo de gestão de ativos, mas as taxas de juro de curto prazo negativas pressionaram de forma bastante particular as carteiras dos fundos monetários e de ativos de curto prazo. Em Portugal, os últimos

cinco anos mostraram fluxos de saída significativos nestes produtos e uma consequente queda nos ativos sob gestão, cuja recuperação só foi plenamente atingida no segundo semestre de 2022. Perante um clima bastante incerto resta-nos perceber que futuro espera este tipo de produtos.

Os fundos de mercado monetário e de obrigações de muito curto prazo são um instrumento financeiro bastante valorizado pelo seu contributo na

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
CAPTAÇÕES
2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 -500 -1.000 -1.500 -2.000 -2.500 -3.000
Fonte:
Morningstar Direct. São considerados os fundos liquidados ou incorporados noutros fundos no período em análise.
NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 53
Em milhões de euros

FUNDOS DOMÉSTICOS DAS CATEGORIAS MORNINGSTAR MONEY MARKETS E ULTRA SHORT-TERM BOND EM ATIVIDADE

BPI Defensivo

FUNDOS

CATEGORIA MORNINGSTAR ENTIDADE GESTORA PATRIMÓNIO

Ultra Short-Term Bond BPI Gestão de Ativos 393.177.683

Caixa Disponível Ultra Short-Term Bond Caixa Gestão de Ativos 310.659.982

Heed EuroBic Tesouraria Ultra Short-Term Bond Heed Capital 17.477.258,25

IMGA CA Curto Prazo

Ultra Short-Term Bond IMGA 14.979.546,00

IMGA CA Monetário Money Market IMGA 67.509.150

IMGA Liquidez

Ultra Short-Term Bond IMGA 1.260.890.124

IMGA Money Market Money Market IMGA 926.554.617

Montepio Tesouraria Money Market Montepio Gestão de Ativos 43.205.471

NB CAPITAL Ultra Short-Term Bond GNB Gestão de Ativos 91.056.840

Santander Obrigações Curto Prazo Ultra Short-Term Bond Santander Asset Management 231.649.184

Nota: O artigo incorpora dados do conjunto de fundos na tabela acima, bem como, fundos liquidados ou incorporados noutros fundos, em euros.

gestão de liquidez, mas a rentabilidade negativa dos últimos anos colocou em dúvida a eficiência com que cumpria a sua principal função. Em Portugal, este subsetor verifica um saldo negativo entre 2010 e 2020, de cerca de 156 milhões de euros. Apesar de a primeira metade da década ter visto captações bastante significativas, com destaque para os anos de 2012 e 2013, com entradas na ordens dos 900 milhões de euros, as saídas registadas na segunda metade desta mesma década, garantiram um saldo agregado negativo. Com todas estas movimentações, uma regulamentação mais disseminada e um cenário de recessão à porta olhamos para o futuro pela visão de duas gestoras nacionais.

REGRESSO?

Pelo lado da BPI Gestão de Ativos, Adérito Oliveira, começa por destacar o registo líquido de resgates nos últimos cinco anos desta categoria.

Na ótica do gestor, o facto de “os fundos domiciliados em Portugal serem maioritariamente detidos por clientes que em alternativa poderiam aplicar num depósito à ordem, sem que fossem impactados pelas taxas de juro negativas” é uma das principais razões do insucesso dos produtos. Mas o futuro mais próximo, pode trazer razões para perspetivas mais otimistas. O gestor explica que, um contexto de persistência da subida das taxas de juro “pode continuar a ter algum impacto no valor de mercado destes ativos”. Mas, como refere, “partindo agora de um nível de yield mais elevado – o carry positivo, gerado pelo accrual do juros e/ou pull-to-par das obrigações vai mitigar essas flutuações e permitir uma rentabilidade potencialmente mais elevada”.

A perspetiva da IMGA também corrobora este cenário e a equipa de gestão destaca que “os fundos monetários e de curto prazo, têm visto o seu interesse ele-

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA.
PORTUGUESES: O
HUW DAVIES, JUPITER
THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS
UMA BANCA PRIVADA
LEGISLAÇÃO NOVO REGIME
COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA
ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES
ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS
AM
DE
EM MUTAÇÃO
DE
DE OICVM
AS TAXAS DE JURO DE CURTO PRAZO NEGATIVAS PRESSIONARAM DE FORMA BASTANTE PARTICULAR AS CARTEIRAS DOS FUNDOS MONETÁRIOS E DE ATIVOS DE CURTO PRAZO 54 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO TENDÊNCIAS ESTRATÉGIAS

OS AFORRADORES TÊM PERCECIONADO QUE OS NOVOS PATAMARES DE TAXAS DE JURO DE CURTO PRAZO VÃO CONDUZIR A UM CRESCIMENTO DE RENDIBILIDADE PARA ESTES FUNDOS

vado nos últimos meses, já que as rendibilidades dos mesmos têm aumentado”. Os gestores explicam que, “os aforradores, particulares e institucionais, têm percecionado que os novos patamares de taxas de juro de curto prazo vão conduzir a um crescimento de rendibilidade para estes fundos. Perante este contexto ambas as gestoras pretendem permanecer vigilantes face às possíveis oportunidades do mercado. “Oportunisticamente iremos complementando a nossa oferta de fundos em conjunto com os nossos distribuidores” afirma a IMGA. Já o gestor da BPI Gestão de Ativos, revela que as taxas juro de curto prazo mais elevadas e a aplicação mais consolidada do Regulamento dos FMM “são fatores que, perdurando no tempo, poderão contribuir para o (re)aparecimento de soluções que invistam neste tipo de ativos”.

ALTERAÇÕES

No que toca à composição dos portefólios, o foco da IMGA pode ser

medido a dois tempos. Os gestores explicam que a estratégia assentou, “numa primeira fase, no aumento da exposição a obrigações de crédito de curto prazo de taxa fixa que começaram a apresentar taxas de reinvestimentos positivas, em contrapartida da redução dos depósitos bancários”. E, numa fase posterior, “os fundos aumentaram a sua exposição aos depósitos bancários e ao papel comercial por estes instrumentos apresentarem um perfil de retorno mais elevado face ao risco incorporado”.

Já Luís Alvarenga, da BPI Gestão de Ativos destaca que, “no BPI Defensivo, bem como noutras carteiras com maior predominância de ativos de curto prazo, uma das principais linhas de atuação passou pela melhoria da qualidade de crédito das carteiras.” Explicando que o “movimento foi possível este ano devido à maior disponibilidade de emissões com yield e spread atrativos”.

SETOR TECNOLÓGICOO SENTIMENTO MUDOU, MAS OS FUNDAMENTAIS NÃO

No ambiente volátil do ano que agora termina, os investidores não perdoaram nem mesmo as pequenas desilusões, passando do grande otimismo dos últimos anos para um pessimismo excessivo. As circunstâncias invulgares que motivaram o excelente comportamento dos gigantes tecnológicos durante a pandemia foram pontuais, mas levaram muitos a pensar serem valores de refúgio. E os mercados apercebem-se agora que também são suscetíveis de sofrer uma desaceleração. Mas o setor financeiro continua a beneficiar de impulsos estruturais. Em muitas empresas, o poder de fixação de preços permanece elevado enquanto as questões geopolíticas encorajam uma relocalização da indústria, implicando um maior investimento em TI. Embora os orçamentos tecnológicos possam sofrer pressões a curto prazo, a digitalização das empresas a longo prazo mantém-se e a maior atenção ao controlo de custos à eficiência deverá traduzir-se numa melhoria dos lucros. Embora as taxas de câmbio possam prejudicar as multinacionais norte-americanas, muitas empresas da Europa e do Japão que obtêm os seus rendimentos em dólar norteamericano são beneficiadas. Assim, apesar de 2022 ter sido um ano obviamente difícil para os investidores e de, a curto prazo, termos visto novas fases de rejeição de risco e volatilidade, é importante não perder de vista o panorama geral.

A
T REN PAR T NER
OPINIÃO DE RAP
ANA CARRISSO Gestora sénior de Vendas, Fidelity International
NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 55

O SETOR FINANCEIRO E AS SUBIDAS DE TAXAS DE JURO

Quando pensamos em setores que beneficiam de um contexto de subida de taxas, um dos primeiros que nos vem à mente é o setor financeiro. Mas o setor financeiro não são apenas os bancos, e nem todos os bancos são iguais. É importante conhecer essa diversidade na hora de avaliar os fatores a que esta indústria está exposta.

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
por Alejandro Allona
56 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO TENDÊNCIAS PLANIFICAÇÃO

O SETOR FINANCEIRO É MAIS DO QUE BANCOS

Com subidas de taxas de juro tão acentuadas este ano, é normal que nos perguntemos que setores podem beneficiar das mesmas. Um dos setores que normalmente está presente nas apostas dos favorecidos é o financeiro. É o terceiro com mais peso no índice de ações globais MSCI World, com 13,5% no final de setembro. A principal razão pela qual aparece nas apostas é que os bancos têm tido um bom desempenho em contextos de subidas de taxas e é normal que ao ouvirmos falar de setor financeiro, pensemos nos bancos. No entanto, o setor financeiro é muito mais do que bancos. De facto, estes representam apenas 43% do total. O resto é composto por subsetores tão diversos como seguradoras, mercado de capitais, serviços financeiros diversos e financiamento ao consumidor. Mesmo dentro de cada subsetor há muita diversidade.

Dentro dos bancos há entidades regionais e globais que, por sua vez, podem ser comerciais ou uma mistura destas e um banco de investimento. No subsegmento de seguradoras há as multiprodutos, de vida, centradas em seguros gerais (não vida), intermediários de seguros (mediadores), empresas de resseguros, etc. Entre as entidades de mercados de capitais há gestoras de ativos, depositários, bancos de investimento, empresas de corretagem, bancas privadas, etc. Dentro dos serviços financeiros diversos encontramos bolsas, agências de rating, tecnologia financeira, fornecedores de índices, conglomerados financeiros como a Berskshire Hathaway…

Há até empresas, como a Visa e a MasterCard, que podem ser incluídas dentro do setor dependendo de a quem se perguntar. Ou os REIT, que até há seis anos faziam parte deste grupo. É importante conhecer esta diversidade na hora de avaliar os fatores a que o se-

tor financeiro está exposto, uma vez que variam muito dependendo do subsetor. Por exemplo, há fatores que afetam apenas uma parte do mesmo, como atrasos de pagamento, digitalização dos pagamentos, comportamento dos mercados, esperança de vida, etc.

EFEITOS OPOSTOS

Há mesmo aqueles que afetam diferentes subsetores de forma oposta. O efeito de uma recessão numa seguradora de automóveis, focada em seguros obrigatórios por lei para todos os veículos registados no IMTT, não é o mesmo numa empresa de financiamento ao consumidor ou num banco, onde é normal verem um aumento dos incumprimentos. Mesmo com esta diversidade, o certo é que muitas partes do setor beneficiam do mesmo fator: uma subida das taxas. Para entender o motivo é preciso compreender os modelos de negócio.

MSCI.
2022. 43% BANCOS 23,85% SEGURADORAS 22,85% MERCADO DE CAPITAIS 7,50% SERVIÇOS
DIVERSOS 2,80% FINANCIAMENTO
(Subsetores do MSCI World Financials Index) Fonte:
Dados a setembro de
FINANCEIROS
AO CONSUMO
NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 57

Os bancos comerciais ganham dinheiro contraindo empréstimos a curto prazo (depósitos) a uma taxa de juro mais baixa do que quando emprestam a longo prazo (hipotecas). Este é o chamado modelo 3-6-3: pedir emprestado a 3%, emprestar a 6% e estar no campo de golfe às três da tarde; uma referência a como era fácil ganhar dinheiro com um banco há 70 anos nos EUA. Com este modelo, em teoria, não deveriam ganhar muito mais com um aumento das taxas porque os 3% que pagam deveriam subir tão rapidamente como os 6% que recebem e a margem permaneceria, portanto, a mesma. No entanto, na prática, os depositantes não mudam tão rapidamente de banco em busca de maiores retornos. Como dizia o jogador de basebol Yogi Berra: “Em teoria não há diferença entre a teoria e a prática, na prática, há”. É por isso que muitos bancos esperam que o que pagam pelos depósitos suba mais devagar do que o que cobram pelos empréstimos. Especialmente na Europa, onde as taxas de juro negativas penalizaram os bancos por depósitos.

Ainda assim, o resultado vai depender do tipo de banco e da região. Por exemplo, há regiões em que as hipotecas foram sempre de taxa fixa, e uma empresa centrada em hipotecas de taxa fixa tardará a ver ganhos.

CORRELAÇÃO HISTÓRICA

Esta análise está baseada nos princípios fundamentais do negócio bancário. Mais perigosa é a análise da correlação histórica dos bancos com o aumento das taxas de juro, uma vez que nem todas as subidas são iguais. Há alturas em que os bancos centrais aumentam as taxas

gradualmente porque a economia está a ir bem e os bancos beneficiam da subida e do baixo risco de incumprimento. Atualmente, não é claro que as subidas das taxas não vão provocar uma recessão e que a mesma possa ter um efeito negativo nos atrasos de pagamento da carteira de empréstimos da banca. Assim, não é claro se o fator bom será mais ou menos importante do que o fator mau.

Grande parte do resto do setor financeiro também beneficia da subida das taxas através do investimento do capital. Por exemplo, o dinheiro em prémios que se paga à seguradora de automóveis é frequentemente investido a curto prazo e uma subida das taxas significa que obtêm um maior retorno pelo mesmo risco. O mesmo se aplica ao capital depositado na conta de um broker, com o dinheiro que tem em circulação, as empresas de pagamento, ou no caso das gestoras de obrigações, que tiveram de reduzir as suas comissões nos últimos anos face às baixas rentabilidades dos seus produtos.

Menos claro é o efeito nas seguradoras do ramo vida. As subidas das taxas fazem com que tenham perdas nas obrigações a longo prazo em que investem, mas que vejam reduzido o presente valor dos passivos ao aumentar a taxa de desconto. O efeito, normalmente, é positivo e é por isso que tendem a ser um dos subsetores que melhor se comportaram com as subidas das taxas. Não podemos terminar sem destacar que muitas partes do setor combinam a opacidade no seu balanço com alavancagem. Um cocktail propenso a sustos que pode fazer com que a potencial rentabilidade não compense o risco assumido.

DESVENDANDO A COMPLEXIDADE DA DESCARBONIZAÇÃO

Estamos atualmente num processo de profunda mudança no funcionamento do nosso setor. A velocidade que esta transição energética necessita obriga as políticas climáticas a acelerar a marcha, gerando obrigações regulamentares com uma normativa que ganha complexidade. Sabemos muito bem isto na Robeco, e não nos surpreende, uma vez que integramos a sustentabilidade em tudo o que fazemos há mais de um quarto de século, está no nosso ADN.

Com este objetivo, e dentro do espírito académico da Robeco, reunimos no passado dia 20 de outubro, em colaboração com a IESE, os nossos principais clientes numa jornada de aprendizagem e reflexão intitulada Do compromisso à ação, visando discutir o progresso e as dificuldades deste processo de descarbonização da sociedade, das empresas, das carteiras e das gestoras.

Chris Berkouwer, gestor do fundo RobecoSAM NetZero2050

Climate Equities, afirmou que temos contado com os ventos favoráveis das políticas, das tecnologias e do capital para a descarbonização, mas temos de atuar agora, colaborando com as empresas que contribuem ativamente com soluções para as alterações climáticas, empresas que já mostrem uma menor pegada de carbono, que lideram a transição na economia real, e as empresas que as ajudam a fazê-lo, com uma abordagem mais ampla.

ANA CLAVER
Responsável de negócio para a Península Ibérica, América Latina e US Offshore, presidente do Comité de Sustentabilidade da CFA Society Spain, Robeco PAR T NER
A OPINIÃO DE RAP T REN
58 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO TENDÊNCIAS PLANIFICAÇÃO
É PERIGOSA A ANÁLISE DA CORRELAÇÃO HISTÓRICA DOS BANCOS COM O AUMENTO DAS TAXAS DE JURO, POIS AS SUBIDAS NÃO SÃO TODAS IGUAIS

O valor dos investimentos gerados podem subir ou descer, razão pela qual o investidor poderá não recuperar o montante investido Os investimentos devem ser efetuados tendo em conta a informação no prospeto vigente e no documento de informações fundamentais para o investidor (DFI) que estao disponiveis a titulo gratuito juntamente com os relatorios anuais e semestrais através dos nossos distribuidores e do nosso Centro Europeu de Atenção ao Cliente: FIL (Luxembourg) S.A. 2a, rue Albert Borscette BP 2174 L-1021 Luxemburgo, assim como em https:// www.fidelity.pt/fundos/documentos-legais. A Fidelity/FIL e a FIL LImited e as suas respetivas subsidiarias e empresas afiliadas. A Fidelity Funds é uma sociedade de investimento coletivo de capital variavel constituida no Luxemburgo. A comercialização em Portugal está autorizada pela CMVM. Fidelity, Fidelity International e o logotipo da Fidelity International e o simbolo F são marcas da FIL Limited. Emitido por FIL (Luxembourg) S. A. CS1053

Fidelity Funds America Fund
Um foco diferenciado no investimento de valor. Fidelity Funds America Fund Investir em companhias americanas de alta qualidade com valorizações atrativas. Toda a informação sobre este fundo disponível no QR code

DIZ-ME QUAIS SÃO AS TUAS PREFERÊNCIAS DE SUSTENTABILIDADE, DIR-TE-EI QUAIS OS PRODUTOS FINANCEIROS QUE TE SÃO ADEQUADOS…OU PELO MENOS

TENTAREI!

Previamente à prestação dos serviços de consultoria para investimento e de gestão de carteiras, as instituições terão agora de ser capazes de obter informações específicas sobre as preferências de sustentabilidade dos seus clientes. Parece simples, certo? Errado!

Este requisito está em vigor desde o passado dia 2 de agosto e inclui informações relevantes sobre os conhecimentos e experiência dos seus clientes sobre os serviços e os instrumentos financeiros/produtos de investimento com base em seguros (appropriateness assessment da MiFID II e da IDD) e sobre os objetivos de investimento e a situação financeira, incluindo a capacidade para fazer face às perda e a tolerância ao risco (suitability assessment da MiFID II e da IDD).

Nos termos e para os efeitos da legislação aplicável, apenas após a obtenção dessas informações as instituições estarão ca-

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
Roberto Bilro
60 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO TENDÊNCIAS ADVISORY
por
Mendes

Regulamento Delegado (UE) n.º 2021/1253

Diretiva Delegada (UE) n.º 2021/1269

Documento de consulta pública da ESMA: Orientações sobre certos aspetos dos requisitos de adequação da MiFID II

Regulamento Delegado (UE) n.º 2021/1257

Orientações sobre a integração das preferências de sustentabilidade na avaliação de adequação

bancos

Normas técnicas de implementação da EBA sobre divulgações prudenciais sobre riscos ESG

Artigo 449.º-A CRR sobre a divulgação de riscos ambientais, sociais e de governação

Circular n.º 12/552, alterada pela Circular n.º 20/759 sobre administração central, governo interna e gestão de risco

Circular n.º 21/773 sobre a Gestão de Riscos Climáticos e Ambientais

Regulamento Delegado (UE) n.º 2021/1256

Regulamento (UE) n.º 2019/2088

Normas Técnicas de Regulamentação que fornecem orientações adicionais sobre a implementação do SFDR

Regulamento (UE) n.º 2020/852

Regulamento Delegado (UE) n.º 2021/2178 que complementa o Regulamento (UE) n.º 2020/852

Proposta da Comissão para uma Diretiva de Reportes Empresariais Sustentáveis que altera a Diretiva n.º 2014/95/UE (Diretiva de Relatórios Não Financeiros)

pacitadas para fazer o matching entre o mercado alvo dos produtos e o perfil dos clientes, inclusive quanto às suas eventuais preferências de sustentabilidade.

Verifica-se, não obstante, que as instituições estão a sentir muitas dificuldades para dar cumprimento aos requisitos referidos acima, sobretudo devido ao seguinte:

1. Não existe coerência entre as datas de entrada em vigor dos requisitos previstos nos vários diplomas relevantes do pacote legislativo ESG (exemplo: as Normas Técnicas de Regulamentação que fornecem orientações adicionais sobre a implementação do Regulamento de reporte de informação sobre sustenta-

bilidade no setor dos serviços financeiros (SFDR) e do Regulamento da Taxonomia apenas entrarão em vigor no dia 1 de janeiro de 2023, o que não permite a existência, atualmente, de dados suficientes no mercado relativos aos produtos e ao seu alinhamento com a taxonomia ou a existência ou inexistência de principle adverse impacts nos produtos, o que leva, naturalmente, à incapacidade de executar um suitability assessment quanto a eventuais preferências declaradas pelos clientes relativos a esses elementos);

2. Não é possível, atualmente (e num futuro próximo), obter grande parte dos dados relevantes sobre as características de sustentabilidade dos produtos no âm-

Divulgação

Divulgação de KPI completos sobre alinhamento de taxonomia (art. 8.º)

bito do alinhamento com a taxonomia e quanto aos principle adverse impacts;

3. A maturidade dos produtores e dos distribuidores no cumprimento dos requisitos é ainda bastante distinta, com alguns produtores, especialmente dos produtos de seguros com base em instrumentos financeiros, a terem ainda um longo caminho a percorrer, o que dificulta a obtenção de dados relativos aos mercados-alvo dos produtos; e

4. Grande parte dos investidores não profissionais não apresenta uma literacia financeira e uma literacia de sustentabilidade suficientemente desenvolvidas, o que dificulta (muito) a compreensão por parte desses in-

GOVERNAÇÃO DE PRODUTOS E SUITABILITY
GESTÃO DE RISCO MiFID II SFDR CRR IDD TAXONOMIA NFRD/CSRD CSSF SOLVENCY II
de adoção Data de aplicação 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025
DIVULGAÇÃO
Data
BCE
21 abr 2021 27 nov 2019
27 nov 2020 2 ago 2022 10 mar 2021
Guia do
sobre riscos climáticos e ambientais para
18 jun 2020
21
6
21
24
22
1
abr 2021
abr 2022
abr 2021
jan 2022
nov 2022
jan 2023
da proporção de ativos expostos a atividades elegíveis/inelegíveis segundo a taxonomia (art. 8.º)
27 jan 2021 23
2022 1 jan 2022 1 jan 2024 28 jun 2022
set
21 abr 2021 7 dez 2020 2 ago 2022 1 jan 2021
20 jul 2021 21 abr 2021 2 ago 2022 21 jun 2021
NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 61

A ENTRADA EM VIGOR DOS REGULAMENTOS DIFICULTA A

IMPLEMENTAÇÃO DOS

REQUISITOS, DEIXANDO A BATATA QUENTE PARA OS INTERMEDIÁRIOS E DISTRIBUIDORES

vestidores das questões que lhes terão agora de ser colocadas pelas instituições (essa situação poderá levar a que os investidores declarem preferências erradamente, fundamentadas na incompreensão das diferenças entre as várias definições de sustentabilidade (Taxonomia e SFDR);

As dificuldades de cumprimento têm levado o mercado a reagir de formas distintas, tendo em conta os seus apetites ao risco e as suas estratégias de sustentabilidade declaradas:

1. A grande maioria das instituições ainda não procedeu às alterações relevantes aos normativos internos (especialmente no âmbito da governação de produtos e aos questionários de suitability (perspetiva de esperar para ver);

2. Algumas instituições já procederam às alterações relevantes a nível formal, mas optaram por não implementar as mesmas materialmente (perspetiva de cumprimento formal);

3. Algumas (muito poucas) instituições já procederam às alterações formais e materiais relevantes, mas optaram por informar os clientes, através de disclaimers, que algumas questões que estão a ser colocadas não irão ainda ser consideradas para o apuramento final das preferências de sustentabilidade dos clientes devido à impossibilidade de recolha de dados específicos para o efeito (perspetiva de cumprimento formal e material possível à data).

Em jeito de conclusão: os requisitos aditados pelo pacote legislativo de sustentabilidade (ver tabela para maior pormenor quanto aos seus diplomas fundamentais) ao pacote legislativo MiFID II e ao pacote legislativo IDD

parecem estar à frente do seu tempo, no sentido em que não é ainda possível cumprir totalmente, na prática, as regras que prescrevem.

IMPLEMENTAÇÃO DIFÍCIL

Apesar disso e apesar dos pedidos insistentes da indústria (inclusive formais) para a alteração da data de entrada em vigor dos Regulamentos referidos por seis meses ou um ano, a Comissão Europeia mostrou-se irredutível e os Regulamentos entraram mesmo em vigor, nos ordenamentos jurídicos dos vários estados-membros, no passado dia 2 de agosto.

Essa entrada em vigor dificulta sobremaneira a implementação dos requisitos, deixando a batata quente para os intermediários financeiros e para os distribuidores de seguros, que agora deverão envidar os seus maiores esforços para gerirem o risco de conformidade, sempre tendo em conta a ótica do cumprimento formal em conjunto com a ótica do cumprimento material dos requisitos, que, neste momento, passará, sem qualquer dúvida, pela colocação das questões certas e pela admissão clara, transparente e objetiva aos clientes de que não poderão, por razões que lhes são alheias, cumprir totalmente com todos os requisitos em vigor. Para além disso, responsabiliza ainda as instituições na aposta na criação de condições para a melhoria contínua da literacia de sustentabilidade dos seus clientes, através da criação de formações/workshops específicos para o efeito e da elaboração e disponibilização de conteúdos pedagógicos relativos ao tema.

BOM PARA OS INVESTIDORES, BOM PARA O PLANETA

A agitação geopolítica e a interrupção nas cadeias de abastecimento estão a prejudicar as empresas, a sufocar as famílias e a aumentar os preços do consumidor. Os investimentos em ativos reais – infraestruturas e imobiliário - sustentáveis são cruciais para posicionar a nossa carteira e abrir caminho para uma maior eficiência energética. Os seus fluxos de rendimentos estáveis oferecerem aos investidores proteção contra a inflação e a capacidade de enfrentar a crise energética. De facto, esta classe de ativos representa atualmente quase três quartos dos gastos de capital destinado à descarbonização, à melhoria da eficiência energética e à promoção do crescimento económico com menores emissões de carbono. Do mesmo modo, podem ajudar-nos a fortalecer significativamente a nossa resistência para enfrentar cortes energéticos. Desde a instalação dos campos solares à melhoria das linhas de transmissão, passando pela melhoria da eficiência energética dos edifícios, os ativos reais sustentáveis a nível global não só serão capazes de proteger o meio ambiente, como também vão exercer um tremendo impacto na sociedade. Com a estratégia Sustainable Listed Real Assets, a Nordea pretende conseguir o desenvolvimento sustentável que o mundo precisa. Assim, tal como o vemos, o que é bom para os investidores, também o é para o planeta.

LAURA DONZELLA Responsável de Institucional e Distribuição Wholesale para a Península Ibérica, América Latina e Ásia, Nordea AM
A OPINIÃO DE RAP T REN 62 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO PAR T NER TENDÊNCIAS ADVISORY

A GESTÃO ATIVA EM PPR

COMO COMPARAM OS GESTORES COM A TAXA DE RETORNO TEÓRICA?

Os benefícios fiscais significativos dos PPR fazem com que este seja o instrumento predileto dos portugueses quando o tema é a reforma. Na tese vencedora do prémio melhor dissertação APFIPP compara-se precisamente o retorno alcançado pelos gestores destes instrumentos face ao nível de retorno teórico esperado pelo modelo CAPM.

Adissertação de mestrado - Análise da rendibilidade dos Planos Poupança Reforma1 - teve como intuito analisar, comparar e dar a conhecer o desempenho de soluções alternativas ao sistema de pensões do estado, nos seguintes âmbitos:

• Promoção da poupança/investimento das famílias em Portugal;

• Analisar e aprofundar as principais características e especificidades do atual enquadramento regulatório e fiscal dos Planos de Poupança Reforma (PPR);

• Contribuir para o incremento dos níveis de literacia financeira;

• Disponibilizar a qualquer agente económico interessado nestas matérias um nível de informação adicional que permita a comparação e avaliação da rendibilidade deste produto financeiro, ao longo de diferentes ciclos de mercado, face a uma tendência cres -

cente da procura/oferta observada nos últimos anos.

AMOSTRA E RESULTADOS

A composição da amostra dos fundos PPR em análise teve por base a pesquisa pormenorizada de informação pública junto da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP) e da Thomson Reuters Eikon Students – Data Stream.

Após a recolha de dados, procurou-se decompor e avaliar o desempenho mensal de 27 fundos PPR (especificamente sob a forma de Fundo de Investimento Mobiliário e Fundo de Pensões), entre o período de janeiro de 2007 e dezembro de 2019. Pretendeu-se perceber se os gestores desses fundos evidenciam capacidades superiores, na previsão da evolução dos ativos financeiros e na antecipação dos movimentos do mercado, que possibilite superar a rendibilida -

de estimada/esperada nos termos de equilíbrio do modelo CAPM.

Dos resultados alcançados, verifica-se que a maior parte dos gestores de fundos PPR não evidenciam capacidades superiores, na previsão da evolução dos ativos financeiros e na antecipação dos movimentos do mercado, que possibilite superar a rendibilidade estimada/esperada nos termos de equilíbrio definido pelo CAPM. Seguindo o modelo econométrico de Jensen (1968), embora existam dois fundos da amostra em análise com Alfa de Jensen (αi) positivo, para nenhum deles é rejeitada a hipótese nula (αi = 0). Confere-se ainda que para os restantes, embora os resultados alcançados sejam na sua maioria estatisticamente significativos, não apresentam evidência de os gestores de fundos PPR em análise conseguirem obter rendibilidades superiores ao prémio de risco de mercado estimado via CAPM (indicando uma 1.

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21 TENDÊNCIAS I+D
64 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO
Realizada no âmbito do Mestrado em Economia Monetária, Bancária e Financeira da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho. por Joel Abelhas

QUOTA DE MERCADO DOS F.I.M. PPR (%)

EVOLUÇÃO DOS PPR SOB A FORMA DE F.I.M. E F.P.

adequação do modelo na explicação da rendibilidade esperada).

Por outro lado, os resultados encontrados após o cálculo e análise de alguns indicadores de avaliação do desempenho global ajustada ao risco dos fundos PPR em análise – Alfa de Jensen, Sharpe, Treynor, T2 e M2 –revelam, mais uma vez, que o risco implícito na globalidade dos fundos PPR em estudo não foi remunerado. Adicionalmente, a rendibilidade média mensal registada em alguns fundos PPR foi inferior (ou até negativa em alguns casos) à rendibilidade das obrigações de taxa fixa a 10 anos do

estado português (considerado neste estudo como o ativo sem risco).

Importa ainda realçar que a média do retorno geométrico anual dos 27 fundos PPR em estudo foi de 1,46%, durante um horizonte temporal de 13 anos, ficando abaixo da média do retorno geométrico anual de 1,80% e 4,64% obtido nos depósitos a prazo (com vencimento superior a 1 ano) e na dívida soberana portuguesa a 10 anos, respetivamente.

Uma das possíveis explicações para estes resultados prende-se com os custos (diretos/indiretos) de gestão e transação dos ativos, deduzidos

no valor da unidade de participação de cada fundo PPR. Estes são de maior/menor magnitude, consoante o perfil de gestão e rotação da carteira de ativos, e podem justificar uma parte da diferença entre a rendibilidade implícita da carteira e a rendibilidade esperada em equilíbrio definida pelo CAPM (que assume como um dos pressupostos a inexistência de custos de transação). Outras explicações podem ser invocadas como, por exemplo, a composição/diferenciação da alocação da carteira de ativos face ao benchmark, a dimensão dos fundos que possibilita economias

0,2 0,18 0,16 0,14 0,12 0,1 0,08 0,06 0,04 0,02 0 35 30 25 20 15 10 5 0 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Fonte: cálculos do autor com base nos dados recolhidos no site da APFIPP. Fonte:
pelo autor
FIM
gráfico elaborado
com base nos dados recolhidos no site da APFIPP.
FP LINEAL (FIM) LINEAL (FP)
10 15 10 18 12 18 12 19 14 18 16 18 16 18 18 19 15 22 16 21 16 21 15 21 15 23 15 23 14 23 19 24 16 25 17 26 21 23 NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 65
Número de fundos ativos

VOLATILIDADE E RETORNO GEOMÉTRICO DOS PPR POR NÍVEL DE RISCO

VOLATILIDADE (α ANUAL) RG ANUAL

NÍVEL DE RISCO 2

F.P. BBVA Estratégia Capital PPR 1,90% 1,03%

NÍVEL DE RISCO 3

F.I.M. Santander Poupança Prudente FPR 2,73% 1,14%

F.P. PPR Praemium S 2,09% -0,17%

F.P. PPR Garantia de Futuro (+) 2,34% 2,11%

F.P. PPR Vintage (+) 2,59% 3,50%

F.P. PPR 5 Estrelas 3,87% 2,78%

F.P. PPR SGF Poupança Conservadora 3,99% -0,15%

F.P. Vanguarda PPR 4,01% 1,10%

F.P. PPR BNU Vanguarda 4,28% 0,75%

F.I.M. Santander Poupança Valorização FPR 4,86% 0,70%

F.P. PPR Europa 4,52% 2,46%

F.P. BPI Vida - PPR 3,50% 0,55%

F.I.M. Bankinter Obrigações PPR/OICVM A 3,43% 1,14%

F.I.M. BPI Reforma Investimento PPR/OICVM 4,10% 0,68%

F.I.M. BPI Reforma Obrigações PPR/OICVM 2,20% 0,52%

F.I.M. IMGA Poupança PPR/OICVM 4,19% 1,93% NÍVEL DE RISCO 4

F.P. BBVA Estratégia Acumulação PPR 5,09% 0,95%

F.P. CVI PPR 5,17% 2,07%

F.P. PPR SGF Poupança Equilibrada 5,38% -1,10%

F.P. PPR Praemium V Ações 6,08% 1,35%

F.P. PPR SGF Poupança Ativa 7,10% -1,51%

F.I.M. Bankinter 25 PPR/OICVM A 7,06% -0,14%

F.I.M. Bankinter 75 PPR/OICVM 8,76% 0,60%

F.I.M. BPI Reforma Valorização PPR/OICVM 6,11% 2,07%

F.I.M. IMGA Investimento PPR/OICVM 6,40% 1,36%

F.I.M. NB PPR/OICVM 6,11% 5,88%

NÍVEL DE RISCO 5

Fonte: cálculos elaborados pelo autor com base nas observações da rendibilidade mensal entre janeiro de 2007 e dezembro de 2019.

SETORES SÓLIDOS NUMA ECONOMIA VOLÁTIL

O atual contexto de inflação e de maiores taxas de juro pode levar algumas empresas populares entre os investidores a reduzir as suas estimativas de lucro. Isto pode pôr em evidência outros setores menos sujeitos aos caprichos da economia.

A concentração no crescimento da bolsa norte-americana nos últimos dez anos levou a um excesso de oferta de serviços digitais, criando excessos de capacidade em muitas áreas do setor tecnológico.

Por outro lado, é importante relevar que o benefício fiscal através da taxa

NOTA: Fundos analisados

de imposto a incidir no momento do resgate de um fundo PPR, resultante da eficiência fiscal deste investimento face a outras alternativas de poupança/investimento, pode ser encarado pelo investidor como um ganho de capital relevante que não é considerado no modelo CAPM, nem na análise de desempenho ou no modelo econométrico em estudo.

Por outro lado, algumas áreas da velha economia irão receber um impulso de financiamento, já que muitos investidores lhes viraram as costas na década passada. As despesas de capital em ativos físicos (como o equipamento de extração de petróleo, por exemplo) têm vindo a diminuir, e a dinâmica da oferta e da procura é boa para o petróleo. Os preços devem permanecer mais altos durante mais tempo e mesmo numa recessão a procura permanecerá estável.

Fundo de Pensões (F.P.): BBVA Estratégia Acumulação PPR, BBVA Estratégia Capital PPR, BPI Vida - PPR,. CVI PPR, PPR 5 Estrelas, PPR BNU Vanguarda, PPR Europa, PPR Garantia de Futuro (+), PPR Praemium S, PPR Praemium V Ações, PPR SGF Poupança Ativa, PPR SGF Poupança Conservadora, PPR SGF Poupança Equilibrada, PPR Vintage (+) e Vanguarda PPR. (+) – Fundo com Garantida de Capital

66 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO

Entretanto, a idade média dos ativos fixos privados nos Estados Unidos aumentou. A lei de infraestruturas de um bilião de dólares deverá colmatar parte da falta de gastos e pode criar oportunidades interessantes. Estamos a recuar na globalização e queremos investir em empresas que beneficiem deste renascimento da procura.

TENDÊNCIAS I+D
PAR
A OPINIÃO DE NER
RAP T REN T
JOHN BAILER Gestor do BNY Mellon Global Equity Income Fund, BNY Mellon
de escala, restrições de ordem legal (nomeadamente, limitações de investimento nos diferentes tipos de ativos financeiros), a falta de liberdade de decisão por parte do gestor do fundo e o comportamento aleatório do mercado (que dificulta a previsão dos seus movimentos). Fundo de Investimento Mobiliário (F.I.M.): Santander Poupança Prudente FPR, Santander Poupança, Valorização FPR, Bankinter 25 PPR/OICVM, Bankinter 75 PPR/OICVM, Bankinter Obrigações PPR/OICVM, BPI Reforma Investimento PPR/OICVM, BPI Reforma Obrigações PPR/OICVM, BPI Reforma Valorização PPR/OICVM, Alves Ribeiro PPR, IMGA Investimento PPR/OICVM, IMGA Poupança PPR/OICVM e NB PPR/OICVM.
F.I.M. Alves Ribeiro PPR 10,09% 7,80%

Hidrógenio

Um grande passo para os seus investimentos e para a transição energética.

CPR Invest - Hydrogen, uma oportunidade para criar valor investindo em todo o ecossistema do hidrogénio: um mercado inovador com grande potencial; Estima-se que irá cobrir cerca de 17% de todas as necessidades energéticas até 2050**; Poderá ajudar a reduzir as emissões globais de gases com efeito de estufa. amundi.pt

*Fonte: IPE “Top 500 Asset Managers” publicado em Junho 2022 com dados de Dezembro de 2021. **ETC (Energy Transition Commission), “Making the Hydrogen Economy Possible”, Abril 2021. Esta é uma comunicação de marketing, sem valor contratual. Consulte o Prospecto e a KIID antes de tomar uma decisão final de investimento. A CPR Invest - Hidrogénio (doravante também “Fundo”) é um Subfundo da CPR Invest SICAV, gerido pela CPR Asset Management, uma empresa do grupo Amundi. A CPR Asset Management é autorizada em França e regulamentada pela Autorité des Marchés Financiers (AMF). O Subfundo é autorizado no Luxemburgo e supervisionado pela Commission de Surveillance du Secteur Financier (CSSF). Os potenciais investidores devem examinar se os riscos associados ao investimento no Fundo são adequados à sua situação, e devem também assegurar-se de que compreenderam plenamente este documento. Em caso de dúvida, recomenda-se que consulte um consultor financeiro. O valor do investimento pode diminuir ou aumentar. O Fundo não oferece qualquer garantia de retorno. O investimento envolve riscos. O desempenho passado não é uma garantia nem indicativo de resultados futuros e não existe qualquer garantia de que se obtenham retornos iguais no futuro. O presente documento não representa uma oferta de compra ou uma solicitação de venda. Não é dirigido a qualquer “Pessoa dos EUA”, tal como definido na Securities Act de 1933 e no prospecto. A KIID, que o proponente do investimento deve entregar antes de assinar, e o Prospecto estão disponíveis gratuitamente nos escritórios dos agentes de colocação, bem como no website https://www.amundi.com/globaldistributor/. Um resumo da informação sobre os direitos dos investidores e os mecanismos de recurso colectivo pode ser encontrado em inglês no seguinte link: https://about.amundi.com. A sociedade de gestão pode decidir retirar a notificação das disposições tomadas para a comercialização de unidades de participação, incluindo, quando apropriado, em relação a categorias de acções, num Estado-Membro ao qual tinha previamente notificado. - Setembro de 2022. |

Lider Europeu em Gestão de Activos*

Com o objetivo de eliminar as diferenças legislativas entre os vários estados-membros, a nova Diretiva UE 2019/1160 estabeleceu um regime harmonizado para a comercialização de OICVM na União Europeia. Mas quais foram as alterações mais significativas deste novo regime?

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
OICVM
68 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO TENDÊNCIAS LEGAL por Jorge Morais e Diogo Pimenta
NOVO REGIME COMERCIALIZAÇÃO
TRANSFRONTEIRIÇA

REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO OICVM TRANSFRONTEIRIÇA DE

ADiretiva UE 2019/1160 do Parlamento Europeu e do Conselho de 20 de junho de 2019 (a Diretiva) 1 ,transposta no nosso ordenamento pelo Decreto-Lei n.º 109-F/2021 de 9 de dezembro (o RGOIC), veio estabelecer um regime harmonizado para a comercialização de Organismos de

Investimento Coletivo em Valores Mobiliários (OICVM) na União Europeia, eliminando a assimetria legislativa existente entre os estados membros no que respeita às exigências impostas à comercialização dos respetivos OICVM, procurando assim garantir a igualdade de condições de concorrência entre os organismos de investimento coletivo.

NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 69

OS ESTADOS-MEMBROS NÃO PODEM EXIGIR UMA PRESENÇA FÍSICA AOS

OICVM QUE PRETENDAM NEGOCIAR NO SEU TERRITÓRIO

Uma das alterações mais significativas foi a de proibir que os estados-membros possam exigir uma presença física (através de infraestruturas próprias ou através da nomeação de um terceiro) de OICVM que pretendam comercializar as suas unidades de participação no seu território (artigo 92º da Diretiva). Uma vez que a prática demonstrou que o método preferencial de comunicação dos investidores é o contacto direto – por email ou telefone - com as gestoras de OICVM, a exigência por parte de alguns estados-membros da manutenção de uma infraestrutura local no seu território provou-se ser demasiado onerosa e ineficaz, razão pela qual se entendeu proceder agora à sua eliminação.

PORTUGAL

Em Portugal, o artigo 92º da Diretiva encontra-se espelhado no artigo 199º do RGOIC, aí se estabelecendo que as informações, e os meios de comercialização, a disponibilizar aos investidores locais pelas entidades gestoras de OICVM (previstas nesse artigo) possam, agora, ser feitos diretamente por via eletrónica, desde que em português, inglês, ou outro idioma aceite pela CMVM.

Será o caso, designadamente, do processamento das ordens de subscrição, de pagamento, de recompra e de resgate dos investidores, do tratamento de informações sobre o exercício dos direitos dos investidores, do acesso a mecanismos de tratamento de reclamações; e da disponibilização aos investidores, em suporte duradouro, do prospeto, relatório anual e relató-

rios semestrais, o documento com as informações fundamentais, bem como as informações relativas às tarefas executadas em Portugal nos termos do presente artigo.

Note-se, por fim, que embora o enquadramento regulatório, seja substancialmente distinto, a mesma solução foi adotada pela Diretiva, e pela nossa legislação, em relação aos Organismos de Investimento Alternativo (OIA), de modo a assegurar o tratamento coerente de investidores não profissionais, razão pela qual o legislador comunitário adicionou norma equivalente à do artigo 92º para os OIA (artigo 43º-A da Diretiva), proibindo que os Estados Membros possam exigir uma presença física para a sua comercialização no seu território.

As vantagens desta solução serão a diminuição de custos por parte das entidades gestoras, a maior eficiência no contacto com os investidores e a paridade entre investidores de diferentes Estados Membros. A eliminação desta exigência de ter uma infraestrutura local poderá revelar-se particularmente relevante para OICVM de menor dimensão que, deste modo, poderão competir mais facilmente com outros organismos de investimento coletivo dotados de maiores recursos, beneficiando os investidores que assim passam também a dispor de um maior leque de opções de investimento.

1. Que altera as Diretivas 2009/65/CE e 2011/61/UE no que diz respeito à distribuição transfronteiriça de organismos de investimento coletivo.

O POTENCIAL DAS AÇÕES

GLOBAIS

A inflação e as taxas de juro evoluem de forma diferente em todo o mundo. Mas as condições macroeconómicas específicas de cada país não devem determinar as alocações a ações globais. Os investidores devem olhar para além do domicílio de uma empresa para encontrar as fontes mais promissoras de crescimento a longo prazo. Na crise económica global deste ano, não há duas regiões a viver a mesma experiência. Os EUA estão a sofrer a dor do ciclo de taxas mais cedo e mais rapidamente do que outros países devido ao ajuste monetário agressivo. Na Europa, onde a inflação é ainda mais elevada, a crise energética complica a ação do banco central e amplifica os riscos de recessão.

Neste ambiente, os investidores em ações globais podem ser tentados a procurar exposições regionais. Porém, acreditamos que a abordagem top-down é mal orientada por três razões: as tendências macroeconómicas são notoriamente difíceis de prever; as tendências macro nem sempre se traduzem em retornos do mercado de ações; mesmo quando a desglobalização acelera, muitas empresas não dependem dos mercados domésticos para obter receitas.

Assim, ao avaliar o potencial de crescimento a longo prazo das empresas no ambiente atual, a exposição cambial deve ser um fator numa análise fundamental mais ampla. Mesmo com os desafios macroeconómicos atuais, acreditamos que podem ser encontradas fontes sólidas de potencial de crescimento.

MIGUEL LUZARRAGA Responsável de Negócio para a Península Ibérica, AllianceBernstein A OPINIÃO DE RAP T REN PAR T NER
70 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO TENDÊNCIAS LEGAL

Olhar para o future investindo em saúde

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AB International Health Care Portfolio

AS GESTORAS DE INVESTIMENTO ALTERNATIVO ESTÃO A GANHAR A BATALHA DO RECONHECIMENTO DA MARCA

As gestoras alternativas estão em condições para competir com os seus maiores e mais tradicionais rivais e estão no bom caminho para melhorar as suas estratégias de comunicação visando transmitir propósito, impacto e valores, segundo o último Alts

No seu relatório de 2022, intitulado Private markets rally to new heights, a McKinsey destaca que os ativos geridos nos mercados privados atingiram um máximo histórico de 9,8 biliões de dólares durante a primeira metade de 2021. Embora todas as classes de ativos tenham crescido, o capital de risco apresentou um aumento particularmente acentuado, atingindo os 6,3 biliões de dólares.

Os autores do relatório sublinham que, na última década, os mercados privados triplicaram de dimensão, impulsionados pelo crescente interesse nas estratégias alternativas demonstrado pelos investidores institucionais durante o prolongado período de baixas taxas de juro. Acrescentam que se espera que a procura por este tipo de ativos se mantenha ou até aumente, uma vez que outros investidores, como os de retalho, irão seguir o exemplo dos institucionais. Estes acu-

mulam um património de mais de 50 biliões de dólares, pelo que as maiores gestoras de investimento alternativo já estão a criar equipas comerciais para combater a guerra pelo mercado de retalho. Embora o capital de risco tenha atuado como motor do crescimento mundial dos mercados privados, o relatório sublinha que a dívida privada é uma classe de ativos todo-o-terreno, dado o impressionante ritmo de crescimento que as captações de fundos registaram desde 2011, inclusive durante a pandemia.

A situação é bastante diferente no caso dos hedge funds. Após o excelente comportamento de 2021, foram afetados por fatores geopolíticos e pelas turbulências do mercado, o que se traduziu em rentabilidades mais baixas até agora em 2022 em comparação com 2021, segundo o relatório da Preqin.

Independentemente do objetivo ser despertar o interesse de novos

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Report da Peregrine Communications.
por Guy Taylor
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É NECESSÁRIO

QUE TODOS OS PORTA-VOZES DA GESTORA ESTEJAM ALINHADOS COM O POSICIONAMENTO DA EMPRESA E DOMINEM AS MENSAGENS CHAVE

públicos, captar talento, destacar o impacto positivo do investimento ou comunicar uma proposta de investimento num ano complicado, as gestoras de investimentos alternativos começam a explorar o enorme potencial das campanhas de Comunicação Integrada de Marketing (CIM) para chegar à sua audiência (nova ou existente) e influenciar os comportamentos. Os resultados deste ano confirmam que várias destas empresas estão no bom caminho para disputar as alocações com os seus maiores e mais tradicionais concorrentes e para melhorar as suas estratégias de comunicação com o objetivo de transmitir propósito, impacto e valores.

LIDERANDO A OFENSIVA

Ao avaliar, no nosso relatório Alts Report 2022, o desempenho da CIM na indústria de gestão alternativa, descobrimos que o interesse por marcas

O PÓDIO DAS MARCAS MAIS BEM CLASSIFICADAS ENTRE AS GESTORAS DE INVESTIMENTO ALTERNATIVO

PONTUAÇÃO MÉDIA DE MARCA

A pontuação média da marca para as diferentes classes de ativos, tomando uma média entre o indicador de Perceção de Marca e Momento da Marca, comparado com as 20 primeiras empresas de 2021: as pontuações médias para private equity e crédito alternativo aumentaram, enquanto as dos hedge funds permaneceram estáveis.

Pontuação

Hedge funds

Crédito alternativo

Private equity Global 100 (Top 20) Classe de ativos

AS MARCAS MAIS FORTES

As marcas mais fortes dos últimos 12 meses, medidas através da pontuação média entre os indicadores de Perceção da Marca e Momento da Marca.

Gestora

COMUNICADORES MAIS EFICAZES

Pontuação

Gestora

Os comunicadores mais eficazes nos últimos 12 meses, medidos através da pontuação média dos indicadores de Visibilidade (Share of Voice) e Sentimento Mediático.

Pontuação

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte: Alts Report 2022 Peregrine Communications.

NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 73

TRÊS DADOS IMPORTANTES

40% 49

Menos de metade das gestoras estão presentes nas três plataformas sociais, a principal ferramenta para se manterem na primeira página de resultados de pesquisa do Google.

%

74

Apenas metade das empresas tem uma página web eficaz (com uma pontuação de 6/10 ou superior), uma peça crucial da infraestrutura digital.

Fonte: Alts Report 2022 Peregrine Communications.

%

Praticamente três em cada quatro empresas viram um aumento do reconhecimento da sua marca com o tempo, o que contrasta com a tendência geral negativa entre as gestoras de ativos.

de gestoras alternativas está a aumentar fortemente em 2022. De facto, o reconhecimento da marca melhorou nos últimos 12 meses em 74% dos casos, o que contrasta com a situação das 100 maiores gestoras de ativos do mundo, predominantemente long-only, que viram as suas marcas enfraquecer nos últimos quatro anos.

As empresas centradas nos mercados privados registaram as melhorias mais notáveis, com a TPG, a Fortress Investment Group e a CVC Capital Partners no topo da lista. O reconhecimento médio da marca das 20 sociedades de capital de risco incluídas no nosso estudo é agora semelhante ao das 20 maiores gestoras de ativos do mundo, apesar das enormes diferenças de dimensão.

É necessário que todos os porta-vozes da gestora estejam alinhados com o posicionamento da empresa e dominem as mensagens-chave.

A visibilidade (Share of Voice, SOV) nos earned media (aqueles meios, canais ou plataformas que não pertencem à empresa, nem são por ela pagos, mas onde a empresa ganhou uma grande influência de forma orgânica) pode ter um impacto enorme no reconhecimento da marca. De facto, de todos os parâmetros que avaliamos, é o mais influente: é responsável por metade da variação da sua medição no estudo.

No entanto, é importante ter em conta que ganhar visibilidade não está isento de risco. Ao avaliar a visibilidade e as opiniões, ou o sentimento nos meios de comunicação (media sentiment), observamos uma correlação negativa entre ambos os parâmetros. Em geral, à medida que a cobertura mediática de uma empresa aumenta, aumenta também a probabilidade de o sentimento piorar.

PRESENÇA MEDIÁTICA

Se uma empresa quer ganhar visibilidade para potenciar o reconhecimento da sua marca, será essencial aumentar a sua presença mediática de forma controlada. É o que chamamos lançar uma ofensiva controlada, e pode ser alcançado assegurando-nos de que todos os porta-vozes estão alinhados com o posicionamento da empresa e que dominam as mensagens-chave antes de interagir com

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PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
DESTACADOS
É ENCORAJADOR VER A ATENÇÃO QUE AS GESTORAS DE INVESTIMENTO ALTERNATIVO ESTÃO A RECEBER NO CONTEXTO MACROECONÓMICO ATUAL 74 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO TENDÊNCIAS FUNDS SERVICES

qualquer meio, além de avaliar a idoneidade de cada oportunidade.

Ainda assim, a quantidade não é o mais importante. A forma mais eficaz de diferenciar ou de comunicar a narrativa da empresa é com menos publicações, mas de maior impacto, sobre a empresa e os seus líderes. Este tipo de estratégia continua a ser uma área que oferece numerosas oportunidades para que as gestoras desenvolvam narrativas mais definidas e impactantes sobre as suas capacidades, dando-lhes uma vantagem sobre a sua concorrência.

O relatório Alts Report 2022 também revela que, tal como em 2021, as gestoras de investimento alternativo continuam a falhar ao nível da comunicação social, com apenas 40% a utilizar o LinkedIn, o Twitter e o YouTube, as principais ferramentas para garantir um posto permanente na primeira página dos resultados de pesquisa do Google. Além disso, apenas metade (49%) das empresas tem uma página web adequada, outro elemento crucial para melhorar a experiência do utilizador, tanto para os investidores como para potenciais empregados.

As redes sociais são uma área em que as gestoras com as pontuações mais altas adotaram uma abordagem multiplataforma para chegar à sua audiência, utilizando formatos inovadores para se conectarem com os investidores, sobretudo quando não podem conhecê-los pessoalmente. Aqui estão incluídos o uso de vídeos, podcasts,

webinars e animações, ao mesmo tempo que se abandona os comentários de especialistas. Destacam-se nesta categoria algumas das empresas mais respeitadas da gestão alternativa como a Blackstone, a Citadel, a Brookfield, a KKR e a Oaktree Capital.

AVANÇO ENCORAJADOR

Em termos de comunicação integrada de marketing (CIM), medida através de 10 parâmetros, incluindo o reconhecimento da marca, a visibilidade (SOV), o sentimento nos meios de comunicação e nas redes sociais, a Blackstone volta a ocupar o primeiro lugar da classificação. A capacidade da gestora para utilizar todos os canais de marketing e comunicação superou de longe a sua concorrência em 2021, mas a diferença está a diminuir e outras empresas como a Millennium Management (segundo lugar) e a Apollo Global Management (terceiro lugar) melhoraram substancialmente as suas capacidades nos últimos 12 meses.

A um nível mais geral, é encorajador ver a atenção que as gestoras de investimento alternativo estão a receber no contexto macroeconómico atual. Mas, ao mesmo tempo, o setor do investimento alternativo deve aproveitar ao máximo esta oportunidade para gerar reconhecimento da marca através de campanhas originais que consigam comunicar a identidade distinta de cada gestor e permitam-lhes destacarem-se da multidão, num contexto desafiante e competitivo.

A HORA DA VERDADE

Notámos sinais de fragilidade em várias das principais economias há alguns trimestres, os quais se vieram agora a generalizar. Os bancos centrais já atingiram níveis consideráveis de contração. Um crescimento muito mais lento, prolongamento do tightening (nomeadamente por tapering), uma inflação de médio prazo mais baixa e um aumento dos riscos, estão todos no horizonte. Estamos bastante convictos de que estes fatores vão acabar por forçar os bancos centrais a um pivot para preservar a estabilidade financeira e evitar resultados económicos ainda piores. Depois de vários anos com taxas de juro baixas e uma política monetária expansiva, receamos que poderá existir uma alavancagem escondida ou subvalorizada e que esta tenha crescido nalgumas partes do mercado, tornando o sistema vulnerável. Acidentes financeiros tendem a acontecer quando o dólar americano sobe substancialmente, os preços do petróleo aumentam ano após ano ou quando as taxas de juro a mais longo prazo atingem certos limiares. Este ano já vimos acontecer estas três situações. Portanto, vemos o resto de 2022 e o início de 2023 como a hora da verdade para os mercados financeiros e ficamos em alerta para mais sinais de surgimento de uma nova instabilidade. A dívida governamental de longoprazo australiana, americana e neozelandesa parecem-nos atrativas. A valorização da dívida investment grade e de partes do mercado de high yield também nos parecem interessantes.

A OPINIÃO DE
PAR
NER
RAP T REN
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ARIEL BEZALEL Responsável de Obrigações e gestor, Jupiter AM
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um gestor estrela não é fácil. Mas quando se foi membro da escola do antecessor e se partilha fielmente os seus princípios e filosofia de investimento, tomar as rédeas do antecessor é mais simples. É o que fez Thomas Moore, que substituindo Paul Read depois deste se reformar, converteu-se agora na cara visível de um fundo que, pelo seu elevado volume em Portugal, continua a ser referência a nível local dentro da categoria de multiativos.

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Substituir
GESTOR DO INVESCO PAN EUROPEAN HIGH INCOME, INVESCO 76 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO ENTREVISTAS GURU por Óscar R. Graña
RAP T
PAR T NER
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A NOVA CARA DO FUNDO

A 16 de junho de 2021, Paul Read anunciava a sua retirada. Houve um período de transição e a 31 de dezembro de 2021 Read passou o testemunho a Thomas Moore, que hoje é o responsável tanto do Invesco Pan European High Income como do Invesco Euro Corporate. O primeiro co-gere juntamente com Stephanie Butcher, responsável da parte de ações, e o segundo com Julien Eberhardt.

Desde o passado dia 1 de janeiro, Thomas Moore converteu-se no novo rosto do Invesco Pan European High Income, um dos fundos multiativos que mais êxito comercial têm no mercado português. Este produto, com Rating FundsPeople em 2022, costumava ser gerido por Paul Read. No entanto, depois da reforma deste último, a carteira passou para as mãos de um profissional com uma dilatada trajetória na indústria. Uma senioridade que, tal como o mesmo refere, é bastante vantajosa na hora de abordar o difícil contexto de mercado.

“Vivemos tempos muito conturbados. Neste contexto, a experiência é um posto. Na indústria pode-se encontrar profissionais sentados nas mesas de trading com 15 anos de trajetória que nunca antes tinham enfrentado um cenário tão complexo”, sublinha.

Às vezes, sobretudo quando os mercados estão numa má fase, é importante refletirmos e não esquecer nunca os princípios e filosofia do fundo, aquilo para que foi concebido na realidade e aquilo que se espera dele. “Ter sempre em mente que o principal objetivo é gerar rendimentos permite-nos clarificar a situação. Ajuda no trabalho. A parte crucial do nosso trabalho está em assegurar-nos que estamos sentados em obrigações de empresas que sabemos que nos vão pagar o cupão. E, se nos enganamos, o facto de estarmos diversificados em 600 emissões distintas deve proteger. Se soubermos o que há dentro da caixa, o mercado oferece atualmente muito boas oportunidades”, aponta.

De facto, Moore mostra-se convencido de que estamos no melhor contexto para a geração de income da última década. “A guerra na Ucrânia faz com que a incerteza seja total. Ninguém sabe como se vai resolver. Mas as oportunidades no mercado aparecem em momentos de crise. Historicamente, temos estado mais curtos em duração do

que o índice. Agora, por outro lado, temos subido algum risco na carteira, estando mais em linha com ele.

A ideia chave é ser construtivos quando todo o mercado vende. Temos uma inclinação natural para o keep going, para olhar mais para diante. As oportunidades não se apresentam com muita frequência e ter liquidez para poder aproveitá-las é fundamental”, revela.

SEMELHANÇAS COM O PASSADO

São muitos os que comparam a crise atual com a de 2008. No entanto, Moore observa importantes diferenças. Na sua opinião, a crise financeira tardou muito tempo a manifestar-se. Para solucioná-la, os bancos centrais inundiram o mercado de liquidez. Desta vez não vai ser assim, o que o leva a pensar que, nesta ocasião, não veremos o rally no preço dos ativos que vimos em 2009. Portanto, hoje há que ser muito mais seletivo.

“O problema não está no setor financeiro, mas sim na guerra, na inflação e na subida das taxas de juro. Atualmente, o setor financeiro está provavelmente na melhor situação dos últimos 10 anos. Isto reduz enormemente o risco de que se produza uma crise sistémica como a que sofremos em 2008. É uma área onde deteto muito boas oportunidades. Podes comprar emissões de entidades sólidas que pagam um cupão entre 6% e 7%”.

Como fonte de geração de rendimentos, Moore não tem nenhuma dúvida de que, nestes momentos, as obrigações são muito mais interessantes do que as ações. “Em média, a rentabilidade por dividendo que oferecem as ações é de 4,7%. O cupão das obrigações é de 6,5%. Isto diz-nos claramente que as segundas são mais atrativss do que as primeiras”, afirma.

A parte das ações continua nas mãos de Stephanie Butcher que, para além de co-gestora do fundo, é diretora do centro de investimentos de Henley. O sentimento entre ambos é muito bom. Com ela, Moore mantém uma jane-

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AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS
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la de comunicação que está permanentemente aberta. “A relação com Butcher é muito fluída. Discutimos as ideias em reuniões formais, mas também mantemos um contacto estreito para falar sobre as distintas oportunidades que oferece o mercado e evitar sobreposições”, explica.

Recentemente mantiveram conversas sobre qual deverá ser o peso das ações na carteira, concretamente sobre quanto se deverá reduzir taticamente a exposição ao mercado de ações. Historicamente, moveu-se num intervalo entre 15% e 25%. Hoje está em torno dos 20%. “Para o futuro espera uma maior descorrelação entre obrigações e ações”.

O gestor também espera que os mercados acabem por acalmar. Não antecipa um ciclo de defaults extremo. O high yield é precisamente a área de que mais gosta. “Pessoalmente, sinto que pode agregar maior valor a este nível quando se trata da seleção de títulos. Infelizmente, não nos faltam oportunidades neste segmento neste momento”.

Da casa só se lembram de uma vez em que os fluxos de dinheiro entraram no mercado precisamente no momento certo. Foi no final de 2008 e princípios de 2009. Agora, tem a esperança de que aconteça o mesmo no final deste ano e princípio do ano que vem. Não se esquece que os resultados obtidos num ano costumam ser resultado das decisões de investimento tomadas no ano anterior e, portanto, a ideia chave está em preparar bem a carteira.

Este ano, Moore sente-se satisfeito com os resultados gerados pelo fundo. “O comportamento relativo registado pela carteira está a ser bom. O resultado não é apenas fruto das duas pessoas que o gerem. Existe uma equipa de nove profissionais por detrás, que no fim de contas são os que tomam decisões. Asseguro-me muito de que existe sempre uma via de comunicação rápida e fluída entre todos os membros da equipa para trocar ideias. Aí está o cerne de tudo”, revela.

COM O MELHOR CONTEXTO PARA A GERAÇÃO DE RENDIMENTOS DA ÚLTIMA DÉCADA” Semelhanças e diferenças entre Thomas Moore e Paul Read https://bit.ly/3UXsxqb NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 79
“ESTAMOS
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GESTOR por
ENTREVISTA
Ana Garcez

FORA DO ESCRITÓRIO

A gestora é assertiva na resposta quando questionada sobre o que preenche os seus tempos livres: Família, amigos e aproveitar a vida!

Madalena Teixeira

“TEMOS ESTRATÉGIAS PASSIVAS E ATIVAS E VAMOS BALANCEANDO AS DUAS DE ACORDO COM O MERCADO”

Segundo a gestora da BPI Vida e Pensões, a aposta tem sido na simplificação das carteiras, acreditando que esta traz vantagens. Com uma inclinação para gestoras que cumpram os requisitos em termos de ESG, vão adotando uma seleção mais ativa ou passiva conforme o momento de mercado.

epois da aquisição do Grupo BPI pelo Grupo CaixaBank, a BPI Vida e Pensões, seguradora vida do grupo português, passou a trabalhar em conjunto com a VidaCaixa. E uma consequência importante deste movimento foi a criação de uma equipa de investimentos responsável pela gestão e acompanhamento de uma grande parte das soluções da entidade Sobre o que mudou - ou não - na abordagem de gestão, Madalena Teixeira, gestora sénior da BPI Vida e Pensões, começa por esclarecer a relação com a VidaCaixa. “A gestão de fundos de pensões é feita em grande proximidade com as equipas da VidaCaixa”, afirma, tomando assim partido das sinergias do grupo nas diferentes áreas de gestão. “Trabalhamos em conjunto, participando em diferentes fóruns”, diz. Desta forma, quando assumiram a gestão dos fundos de pensões não houve ajustes radicais, mas sim um alinhamento de estratégias de grupo, como,

por exemplo, o trabalho realizado em conjunto com a equipa de fundos terceiros, sendo Fábio Sequeira a pessoa que acompanha e analisa localmente esta área.

A abordagem atual tem ajudado, segundo a gestora, a simplificar as carteiras. “As decisões tomadas para umas, são idênticas para todas”, afirma. A simplificação em termos de alocação é, desta forma, fruto do trabalho que têm vindo a desenvolver, considerando que quanto mais simples for a abordagem, mais simples será para os clientes entenderem a performance.

Quanto aos instrumentos que utilizam, Madalena Teixeira esclarece que depende da dimensão dos fundos. Em média, no que diz respeito ao investimento em dívida, quer seja dívida de empresas ou dívida governamental, investem sempre diretamente. Em ações, privilegiam o investimento via ETF ou fundos de terceiros.

A ABORDAGEM EM 2022

Os ETF foram uma categoria de produto predominante nas carteiras neste último ano. “Utilizamos muitos ETF pela flexibilidade de atuação”, afirma a gestora. Assume ter uma componente estratégica em termos de ETF, mas também uma parte tática. “Podemos ter visões geográficas ou setoriais que são rapidamente implementadas através dos ETF”, acrescenta.

Quanto à gestão ativa, afirma que “é a filosofia de gestão”, sendo implementada através de diferentes estratégias, de acordo com o momento de mercado. Em 2020, na recuperação pós-COVID, com as injeções de liquidez e a recuperação de mercado, estiveram muito ativamente no mercado. No último ano, com as carteiras preparadas para a subida de taxas, que tinham antecipado, mantiveram-se mais passivos. “Depende do mercado, temos estratégias mais ativas ou mais passivas. Nas nossas decisões de gestão utilizamos uma mistura das duas coisas, temos uma parte passiva e uma parte ativa, e vamos balanceando as duas de acordo com o mercado. É isto que caracteriza a gestão ativa”, afirma.

Como destaca Madalena Teixeira, outro tema importante dentro do grupo é a integração de fatores ESG. Na BPI Vida e Pensões consideram necessário que os fundos que têm em carteira obedeçam a determinados requisitos. “Não temos obrigatoriamente de ter todos os fundos classificados em artigo 8.º ou artigo 9.º, mas privilegiamos fundos de gestoras cuja estratégia de sustentabilidade esteja alinhada com a nossa”, afirma.

GESTORA SÉNIOR, BPI VIDA E PENSÕES
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EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21 GESTORA DE OBRIGAÇÕES, AXA IM RAP T REN PAR T NER As estratégias de obrigações ligadas à inflação têm brilhado num 2022 em que se confirmou que as subidas de preços não serão tão passageiras como se pensava ao início. Estratégias como o AXA WF Global Inflation Short Duration e o AXA WF Euro Inflation Plus, que co-gere Ana Otalvaro, têm-se demarcado das fortes quedas generalizadas nas obrigações e, na opinião da especialista, 2023 continuará a ser um ano para confiar no seu potencial defensivo. 82 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO por Regina R. Webb ENTREVISTAS GURU
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TRÊS DÉCADAS DE EXPERIÊNCIA

A equipa especializada em obrigações ligadas à inflação da AXA IM é uma das mais veteranas da indústria, com mais de 30 anos de experiência na classe de ativos. Com 30.000 milhões sob gestão, as estratégias dentro do setor são lideradas por equipas dedicadas e especializadas especificamente neste tipo de ativo, como é o caso de Ana Otalvaro, e não por gestores de rendimento fixo genéricos.

ormalização da inflação, sim, mas não necessariamente um regresso aos níveis aos quais estávamos habituados. Na opinião de Ana Otalvaro, gestora de obrigações da AXA IM, nos países desenvolvidos a inflação não se situará abaixo do objetivo dos 2% dos bancos centrais no curto prazo. Pelo menos não em 2023.

No cenário base da profissional, a partir do ano que vem começaremos a ver uma normalização das subidas de preços. Para ser mais precisos, da AXA IM preveem uma inflação de 5,2% para 2023 nos EUA, e de 5,5% para a zona euro. O mesmo é dizer que os preços da energia, meramente por causa do efeito base, já não pesarão no cálculo interanual do IPC. Este efeito será substituído por subidas na inflação subjacente.

Esse efeito deve-se ao facto de, tipicamente, existir um atraso na cadeia de transmissão das subidas de preços, de seis a 12 meses. Por exemplo, as cadeias de supermercados tradicionalmente sobem os seus preços a princípios de cada ano. Para além disso, a inflação nos alimentos continuará pressionada ao longo de 2023. “Os preços das matérias-primas mantêm-se em níveis elevados porque os eventos climáticos (como as secas e as elevadas temperaturas de verão) estão a ter impacto na produção”, conta Oltalvaro.

Desse modo, ao longo de 2023 ainda sentiremos o impacto dos preços da energia de 2022. Isto é precisamente o que preocupa os bancos centrais e o que explica a agressividade no tom das medidas adotadas nas reuniões de setembro. Por agora o consumidor resiste. Mas os indicadores

adiantados, como os PMI, já estão a mostrar os sinais da desaceleração económica e destruição da procura.

“O passo de baixar de uma inflação de 10% para 5% será mais rápido do que de 5% para 2%”, reconhece Otalvaro. Por este motivo, a gestora continua a ver momentum para fundos que bebem das obrigações ligadas à inflação, produtos como o AXA WF Global Inflation Short Duration e o AXA WF Euro Inflation Plus que co-gere. “Tradicionalmente as estratégias de obrigações ligadas à inflação têm dado uma rentabilidade muito próxima à da subida dos preços. A yield histórica em dólares tem sido de 2%, em linha com a inflação média de 2%”, explica a especialista. Isto deve-se às caraterísticas intrínsecas deste tipo de título, no qual a indexação às subidas de preços está garantida. Para além disso, costumam ter incorporado um mínimo de deflação.

UM PAPEL DEFENSIVO

Embora seja nos cenários de inflação que este tipo de estratégias atraem maior atenção, Otalvaro também insiste no facto de não dependerem unicamente de um IPC elevado. “Não geramos rentabilidade apenas quando sobe a inflação”, sentencia. Dá como exemplo 2020, um ano em que os preços colapsaram (quem não se lembra dos futuros do petróleo a negociarem em negativo) e no qual, no entanto, conseguiram um retorno positivo.

Ambos os produtos puderam brilhar em 2022, cumprindo com o seu papel defensivo num contexto de subidas de taxas. Embora a visão da equipa de investimento seja

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA.
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FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES
ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES,
AM THOMAS MOORE,
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partilhada, há diferenças no processo de ambas as estratégias, o que explica a diferença de rentabilidade este ano.

O AXA WF Global Inflation Short, com Rating FundsPeople 2022, está centrado em vencimentos de entre um e cinco anos e tem como referência o universo global de obrigações ligadas à inflação.

O AXA WF Euro Inflation Plus, por seu lado, tem um mandato flexível, mais livre relativamente a um índice de referência clássico, pois o seu objetivo é bater o índice de preços da zona euro, embora só se mova no universo de dívida investment grade. Para além disso, não está limitado às obrigações ligadas à inflação como classe de ativos, já que pode ter até cerca de 20% da carteira em crédito não ligado à inflação, caso o contexto de mercado peça que os gestores sejam mais oportunísticos. Esta flexibilidade permite-lhes também, por exemplo, estar com durações muito baixas, próximas de

zero, inclusive, e é a razão pela qual se explica que o Euro Inflation Plus se mova em positivo em 2022.

Isto porque, sem dúvida, 2022 tem sido um ano para exprimir ao máximo a gestão ativa nas obrigações. Otalvaro reconhece que tem sido um exercício muito tático: saber quando rodar entre risk on e risk off. No início do ano levaram a duração ao máximo possível, prevendo bancos centrais mais agressivos. A seguir, no verão, aproveitaram as oportunidades mais técnicas geradas pela sazonalidade no mercado de obrigações ligadas à inflação. E em setembro, começaram a privilegiar os vencimentos mais longos da curva. Assim, agora as suas carteiras movem-se com um posicionamento mais barbell (equilibrado). Por um lado, estão a aproveitar as yields atrativas dos vencimentos longos, os que, na opinião da gestora, resistirão melhor quando começar a recessão; mas, por outro lado, também estão a proteger-se com vencimentos mais curtos.

“O PASSO DE BAIXAR DE UMA INFLAÇÃO DE 10% PARA 5% SERÁ MAIS RÁPIDO DO QUE DE 5% PARA 2%” NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 85
EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21 86 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO ENTREVISTA DISTRIBUIDOR por Margarida Pinto

MODELO HÍBRIDO

A plataforma Objectway, usada pelo novobanco, permite um modelo híbrido que combina os vários módulos da mesma e o fine-tuning da equipa.

“UMA PLATAFORMA ROBUSTA QUE VISA A DEMOCRATIZAÇÃO DO INVESTIMENTO”

Desde 2019 que o novobanco usa um modelo híbrido no seu serviço de aconselhamento financeiro. A máquina juntou-se à componente humana, e o feedback da equipa não podia ser melhor.

oi em 2018 que a equipa de Desenvolvimento e Marketing do novobanco percebeu que queria expandir-se para lá da receção e transmissão de ordens. Uma ambição relacionada com a vontade de “alargar a oferta de fundos de investimento, tendo por base um modelo de seleção proprietário”, mas também de “democratizarem a consultoria de investimento”. Essa vontade deu o impulso para o nascimento do serviço de consultoria de investimento da entidade, mas também para outro processo: a escolha de uma plataforma tecnológica que pudesse oferecer a base de funcionamento para esse mesmo serviço e, em simultâneo, estar de acordo com o exigido pela DMIF II.

“Analisámos quatro fornecedores e escolhemos a Objectway por via da componente de adequação e compliance que ela oferece. O modelo de validação da plataforma é muito robusto”, começou por explicar Alexandra Tostões. A plataforma da Objectway é então, desde 2019, a base de funcionamento do aconselhamento feito aos clientes afluentes do banco, onde se inclui um segmento de património mais elevado, o singular. “Decidimos colocar em

prática um serviço híbrido, que utilizasse a tecnologia, mas também aquilo que temos de mais valioso, que é a proximidade com os clientes, através dos gestores de conta que servem ambos os segmentos”, referiu.

FUNCIONAMENTO

Da forma mais simples possível, pode dizer-se que esta plataforma proporciona propostas de investimento personalizadas aos clientes do novobanco. Mais concretamente, e como explica Alexandra Tostões, a área comercial e os clientes podem optar por duas vias: uma proposta relativamente standardizada, em que existe “um portefólio modelo definido em função do risco e do horizonte temporal”, ou uma proposta mais personalizada. Neste último caso, “existe por exemplo a possibilidade de selecionar ativos que o cliente já tenha previamente no banco e fazer uma realocação da sua carteira”.

O modelo da plataforma é construído por módulos com várias funções. O módulo do ADVICE acaba por ser o front da própria plataforma, e opera com a área comercial do banco. O módulo do SURE, explica a profissional, é aquele que assegura “que a adequação (suitability) entre o QPI (Questionário de Perfil de Investidor) dos clientes e os portefólios recomendados do processo é bem feita”, e que acaba por ser a parte referente ao compliance. Por fim, a montante, o módulo da própria alocação de ativos. Neste último o contributo da equipa de investimentos é fundamental. “A seleção de fundos é feita com uma base qualitativa e quantitativa, e é a partir daí que construímos os portefólios modelo. Nas carteiras existe um fine-tuning que é executado por nós próprios, de acordo com as regras estabelecidas”, conclui.

A plataforma recebe da equipa inputs na forma de ficheiros com dados referentes tanto aos produtos, como aos próprios clientes dos fundos de investimento, por exemplo, e recolhe as caraterísticas dos EMT (European MiFID Template) e do EET (European ESG Template) e também os dados de risco dos últimos cinco anos. “A plataforma faz as suas interações para ter a chamada curva ótima, com base no modelo de Black-Litterman, usando a maximização do retorno para uma mínima variância”, concluiu.

DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO E MARKETING, NOVOBANCO Alexandra Tostões
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EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21 88 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO ENTREVISTAS GURU
Miguel Rêgo

Para Huw Davies, o Jupiter Strategic Absolute Return Bond é, no seu núcleo, uma estratégia long-short de taxas soberanas com um elevado enfoque na gestão do risco. O contexto atual de volatilidade traz os seus desafios na componente do risco, mas também muitas oportunidades para entregar retorno.

RAP T REN PAR T
NER
RETURN BOND, JUPITER AM NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 89
GESTOR DO JUPITER STRATEGIC ABSOLUTE

VOLATILIDADE

Huw Davies vê na atual volatilidade uma faca de dois bicos. “Por um lado, cria um ambiente de mercado em que é muito mais difícil controlar o risco na carteira. Por outro lado, oferece muitas oportunidades. O reverso também é verdade. Baixa volatilidade torna a gestão do risco muito mais fácil, mas as oportunidades tornam-se escassas”.

“D

urante um extenso período, os investidores estiveram satisfeitos com a exposição a estratégias tradicionais de obrigações. Acreditamos, no entanto, que estamos a mover-nos de um período de asset ownership, em que os investidores apenas precisavam de ter os ativos, para um contexto em que precisamos de uma gestão muito mais ativa”, introduz Huw Davies, gestor da equipa de retorno absoluto em rendimento fixo na Jupiter Asset Management, numa conversa sobre o Jupiter Strategic Absolute Return Bond, um fundo com Rating FundsPeople 2022.

O fundo, que este ano se demarcou dos demais pelos retornos positivos, apresenta-se como uma solução alternativa para ocupar um espaço de descorrelação e adicionar diversificação nas carteiras de investimento. Surge como uma oferta complementar a todas as valências no segmento de obrigações pelas quais a Jupiter AM é sobejamente conhecida. “A reaçãodos bancos centrais e dos mercados ao problema da inflação tem representado uma oportunidade para a nossa estratégia se diferenciar. Um contexto em que fomos capazes de proporcionar um retorno positivo enquanto as taxas sobem e num ano em que grande parte das classes de ativos não o faz”, diz o gestor. Mas mais do que gestão ativa, Huw Davies deixa claro a importância de um outro fator: a flexibilidade. “Neste contexto, precisamos de gerir esses ativos de uma maneira flexível. E esta é uma característica central do que nós fazemos. Somos flexíveis o suficiente dentro da nossa estratégia para ser possível proporcionar performance em qualquer contexto de mercado”, explica. E para fechar o leque de caraterísticas centrais da estratégia, a gestão do risco. “Abordamos o mercado não só para proporcionar performance, mas também para o fazer de uma forma em que estamos em permanência a controlar o risco. O objetivo último é proporcionar retornos ajustados ao risco fortes”, complementa.

O que a equipa faz é procurar as geografias e os pontos da curva onde podem e conseguem expressar a sua visão em relação à duração e tirar partido dos movimentos de taxas, seja qual for a sua direção. “Somos, no nosso núcleo, um fundo long-short de taxas de juro soberanas com um risco muito controlado”, descreve. Já a volatilidade atual é, para Huw Davies, uma faca de dois bicos. “Por um lado

cria um ambiente de mercado em que é muito mais difícil controlar o risco na carteira. Por outro lado, oferece muitas oportunidades. O reverso também é verdade. Baixa volatilidade torna a gestão do risco muito mais fácil, mas as oportunidades tornam-se escassas”, explica.

É, contudo, um contexto onde a sua “estratégia encaixa, porque é equilibrada”. “A flexibilidade e as reduzidas restrições que enfrentamos providenciam a possibilidade de atingir bons resultados e proporcionar diversificação aos nossos clientes”, diz. Deixa também claro, contudo, que gostam de o definir como um produto muito simples. “Não transacionamos em ativos esotéricos, mas sim instrumentos muito tradicionais, como obrigações soberanas, forwards de taxas de câmbio, derivados de taxas de juro… com um recurso muito limitado ao investimento em crédito”. E de facto, o gestor realça um limite de 20% a este subsegmento da classe de ativos de obrigações, à qual recorrem apenas quando fica evidente um desajuste significativo das avaliações. “A razão pela qual limitamos a exposição é porque não queremos apoiar-nos no risco de crédito para chegar à performance. Se o fizéssemos, em situações de volatilidade iríamos correlacionar efetivamente com tudo o que queríamos descorrelacionar, em particular com as ações”, explica.

UM PROCESSO MACRO SIMPLES

O processo de investimento é, também, muito simples, segundo indica. “Começamos com uma análise macro simples. O que achamos da duration nas várias economias do mundo, o que achamos do dólar ou outras moedas, como interpretamos o risco, em geral… Daí construimos o nosso portefólio de uma forma controlada em torno do perfil de risco que queremos manter”. Em suma, procuram encontrar a resposta à questão: “Qual é a melhor expressão geográfica para as nossas expetativas de duration?”

E apesar da orientação macro controlar o destino da carteira, Huw Davies realça o quão ativos são na gestão. “Temos um turnover não muito elevado, mas elevado, não porque queremos espremer o máximo do mercado, mas como resultado do nosso objetivo constante de gerir o risco no portefólio. Não queremos em situação alguma apresentar um drawdown significativo aos nossos clientes. Temos os extremos muito bem controlados”, exclama.

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA.
PELOS
PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS
DAVIES, JUPITER
NEGÓCIO
BANCA
LEGISLAÇÃO NOVO REGIME
COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA
OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
FUNDOS DESTACADOS
SELECIONADORES
ENTREVISTAS HUW
AM THOMAS MOORE, INVESCO
DESAFIOS DE UMA
PRIVADA EM MUTAÇÃO
DE
DE
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O processo é muito humano. Embora a equipa utilize modelos e medidas quantitativas para avaliar o mercado e dimensionar as posições na carteira, “o humano decide o risco que se quer manter. Esse nível de risco é estabelecido não só em torno do quão convictos estamos das nossas opiniões, mas também do conjunto de oportunidades que o mercado nos apresenta”, aponta. No início do ano, por exemplo, estavam muito bearish em taxas de juro, mas veem agora o set de oportunidades como muito mais marginal e, em consequência, o nível do risco é inferior.

A FLEXIBILIDADE

Já no que se refere à flexibilidade, o gestor ilustra com um exemplo da abordagem às taxas nos EUA. Recentementefinal de outubro e início de novembro -, o gestor e a equipa tornaram-se muito mais otimistas em relação aos mercados de obrigações, mas, entretanto, voltaram a posicionar-se cur-

tos, principalmente na barriga da curva de yields nos EUA. “Acreditamos que as taxas na parte mais longa da curva estão próximas do nível no qual a Fed se sente confortável. O que o mercado não está a refletir nos preços é que esses níveis se vão manter por um período mais longo de tempo, como resultado de um período de inflação mais elevada”, explica.

Finalmente, e no que concerne o posicionamento do fundo em contexto SFDR, o gestor releva o trabalho que está a ser feito para elevar o fundo a artigo 8º. “Trabalhamos em grande proximidade com a equipa ESG da Jupiter nesse sentido. O ESG no mundo de obrigações soberanas é mais difícil de implementar. Contudo, a equipa estabeleceu um ranking de todos os países e o que procuraremos fazer é excluir os 25% que se posicionam pior. Evidentemente, pesamos mais o fator governance do que os restantes. Sem um bom governance a nível soberano, a evolução social e ambiental não pode acontecer”, atesta.

“NÃO QUEREMOS EM SITUAÇÃO ALGUMA APRESENTAR UM DRAWDOWN SIGNIFICATIVO AOS NOSSOS CLIENTES” NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 91

MODELO SOCIETÁRIO

Fernando Castro Solla e Pedro Silveira Assis

SÓCIO E SÓCIO-ADMINISTRADOR, BALUARTE WEALTH ADVISORS

“VI NA BALUARTE ESPAÇO DE GRANDE COMPLEMENTARIEDADE E

EMPATIA

Fernando Castro Solla juntou-se à equipa da Baluarte, e está convicto de que a sua experiência no lado da gestão será uma mais-valia para fazer face aos desafios que agora abraça na consultora de investimentos.

Otrack-record e expertise de Fernando Castro Solla são mais que conhecidos, tanto no mercado nacional como além-fronteiras. No entanto, e como o próprio confidenciou à FundsPeople, há alturas na vida em que a mudança é, como se costuma dizer, um “agora ou nunca”. Desse modo, decidiu aceitar entrar para a equipa de investimentos e estrutura acionista da sociedade de consultoria para investimento Baluarte Wealth Advisors.

Ao lado dos outros três sócios - Pedro Silveira Assis, Rita González e Miguel Cordovil - o profissional irá fazer parte do comité de investimentos da entidade, reforçar o campo do investimento em ações, bem como fortalecer e desenvolver relações com clientes. “A Baluarte tem uma estrutura muito leve e muito focada no essencial, e isso motiva-me, bem como a conjugação da componente de mercados com a de relação com clientes”, começou por explicar o novo sócio à FundsPeople

Deste modo, o novo profissional complementará o expertise já existente na casa, em particular com a sua experiência de investimento em ações, “O Fernando vem complementar muito bem a equipa, certamente com o seu know-how de investimento nesta classe de ativos mas, de forma mais abrangente, dará um contributo importante no comité de investimentos e no desenvolvimento de negócio”, adicionou Pedro Silveira Assis, sócio-administrador da entidade e fundador.

COMPLEMENTARIDADE DE KNOW-HOW

Nesta troca de know-how entre elementos de equipa, Fernando Castro Solla sente que também terá muito a aprender, pois o seu percurso foi feito do lado do produtor de investimentos. “O Pedro, por exemplo, é uma pessoa que conhece detrás para frente a construção de carteiras multiativos e a lógica da indústria de fundos, e eu acabo por não conhecer tão bem, mas a verdade é que já estou a aprender!”, diz entusiasticamente. E a verdade é que o inverso também se aplica. Na perspetiva do novo sócio, o facto de ter tido um papel ativo na gestão de veículos de investimento “pode também ser um complemento muito interessante para a equipa e para criar valor”. Definitivamente, essa é a sua missão. “Eu venho para criar valor”, confessa Fernando Castro Solla.

Como já referido, o investimento em ações é feito preferencialmente através de fundos internacionais de gestores especialistas na classe, e com a entrada de Fernando Castro Solla na equipa outras opções se abrem ao nível desta classe de ativos. “Agora vou estar numa posição em que vou perceber o que os outros gestores de ativos e de fundos fazem, e julgo ter essa capacidade de perceber mais a fundo esse trabalho”, confessa. Apesar de saber que pode acrescentar mais-valias ao nível das ações, a verdade é que para o profissional “o core das carteiras da consultora continuará a estar estruturado como estava até aqui” e, pontualmente, ter alguma seleção de ações individuais que faça sentido. “A ideia não é a partir de agora ter necessariamente um perfil de carteira só com stock picking”, revela.

Pedro Silveira Assis adicionou ainda que, como até então, as decisões de investimento serão “debatidas por toda a equipa”, pois “aprende-se muito com o exercício de discordar respeitosamente entre pares”. “Juntos, formamos a visão económica e de mercados da Baluarte e depois aplicamos essa visão ajustando-a ao perfil de cada um cliente. É preciso verter a análise global em cada uma das carteiras e adequá-la”, referiu.

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
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Fernando Castro Solla é o quarto sócio da Baluarte, juntando-se a Pedro Silveira Assis, Rita González e Miguel Cordovil.
ENTREVISTA 5 MINUTOS
por Margarida Pinto
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HIGH YIELD DEFAULTS À VISTA?

O rápido endurecimento da política monetária e a elevada inflação estão a ser um handicap para o mercado de obrigações, sobretudo para a dívida de elevado rendimento, onde o risco de incumprimento é elevado.

Se há algo que diferencia esta crise das anteriores é que, nesta ocasião, os bancos centrais não vão estimular a economia, nem baixando taxas de juro nem com programas de compras de ativos. O seu objetivo agora é controlar uma inflação desbocada e isso passa inexoravelmente por endurecer a sua política monetária. Neste cenário, a dúvida razoável que colocam os investidores de high yield é se isto dará lugar a um incremento dos defaults,

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EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21 Fonte: Morningstar Direct. Dados a 31 de outubro de 2022. Dados de património em milhões de euros. GESTORA: LANÇAMENTO: DIVISA: PATRIMÓNIO: ISIN: GESTORA: LANÇAMENTO: DIVISA: PATRIMÓNIO: ISIN: GESTORA: LANÇAMENTO: DIVISA: PATRIMÓNIO: ISIN: BLACKROCK BLUEBAY AM BNP PARIBAS 23/7/15 3/9/02 17/5/13 EURO EURO EURO 267,75 246,64 500,25 LU1191877965 LU0150855509 LU0823381016 -15,23% -11,57% -14,34% -2,10% -0,93% -1,39% -0,12% 0,39%
-0,14%
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22
BNP PARIBAS EURO HIGH YIELD BOND BLACKROCK EUROPEAN HIGH YIELD BOND
HIGH YIELD ESG FUND
por Óscar R. Graña 1 2 3 1 2 3 1 2 3 -14,74 -3,32 10,82 4,63 4,62 -15,55 -3,54 12,86 3,74 4,39 -11,95 -2,46 9,77 5,15 3,20

algo a ter muito em conta na hora de investir neste mercado.

Tal como recorda George Curtis, gestor da TwentyFour AM, boutique da Vontobel AM, os incumprimentos das empresas necessitam de um catalisador, que costuma estar motivado por um destes três fatores: a empresa fica sem liquidez, é incapaz de refinanciar um próximo vencimento de dívida ou incumpre um pacto. “A conversão das obrigações em dificuldades em default moveu-se historicamente entre 10% e 20%. No contexto atual é pouco prová-

vel que a taxa ultrapasse esses níveis”, afirma. Isto é algo em que coincidem quase todos os gestores consultados pela FundsPeople

Em geral, consideram que as empresas entraram em 2022 numa posição de força. O rácio que mede o nível de liquidez como percentagem da dívida estava em máximos históricos no final do primeiro trimestre e substancialmente acima da média a longo prazo (30% no primeiro trimestre de 2022 face a uma média de 19 anos de 19%). Embora a princípio se pudesse

esperar que grande parte desta reserva de liquidez se destinasse a dividendos, recompra de ações ou fusões e aquisições, o certo é que as empresas agora estão a utilizar esse colchão para proteger os seus balanços num incerto contexto macroeconómico atual.

Para além disso, dado o elevado nível de oferta observado em 2021 (aproximadamente 150.000 milhões de euros em obrigações europeias high yield), as empresas têm podido ampliar o prazo dos seus vencimentos de dívida, o que reduziu o risco de refinan-

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CANDRIAM FIDELITY INTERNATIONAL NORDEA AM 5/2/14 25/9/13 18/1/02 EURO EURO EURO 1.959,40 1.972,99 2.932,78 LU0942153742 LU0936577567 LU0141799097 -11,18% -14,69% -13,52% -1,47% -2,68% -2,90% 0,29% -0,71% -0,77%

RENTABILIDADE 1 ANO: RENTABILIDADE 3 ANOS: RENTABILIDADE 5 ANOS:

4 5 4 5 6 3 4 5
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NORDEA 1 EUROPEAN HIGH YIELD BOND FIDELITY FUNDS
EUROPEAN HIGH YIELD
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CANDRIAM BONDS EURO HIGH YIELD
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4 5 6 5 6 4 5 6 2,13 -2,39 10,76 4,40 -13,95 -3,18 10,67 1,87 2,63 -14,94 -5,26 13,21 2,05 4,26 -11,59

GESTOR JOSÉ AGUILAR

BOM RÁCIO DE SHARPE

O fundo destaca-se pelo seu bom rácio de Sharpe a três anos. Nas últimas décadas, a BlackRock tem realizado investimentos significativos para desenvolver as suas capacidades em high yield. “Como resultado, contamos com a maior equipa de investimento da Europa para este segmento, o que facilita uma seleção de crédito excecional através de uma análise bottomup independente”, explica José Aguilar. Segundo o gestor, a dimensão e a escala do negócio significa que os analistas têm um acesso privilegiado aos administradores das empresas, que aproveitam para verificar os pressupostos de gestão e fortalecer a sua análise. Uma vez tomada a decisão de investimento, aplicam a mesma disciplina a todas as posições. “A nossa capacidade para identificar oportunidades antes do mercado demonstrou ser a forma mais sustentável de gerar alfa para os nossos clientes e proteger o capital dos nossos investidores de perdas e incumprimentos”.

DESTAQUE PELOS RESULTADOS

A BlueBay é uma casa conhecida pela sua gestão de high yield europeu. Já têm duas décadas de experiência em investimentos em dívida high yield. O processo de investimento deste fundo baseia-se na capacidade de analisar o risco corporativo idiossincrático e identificar consistentemente créditos sobrevalorizados e subvalorizados. É apoiado por ferramentas de gestão e análise de carteira patenteadas. “Os aspetos-chave que nos diferenciam dos nossos concorrentes são três: um longo e excelente histórico de proteção contra perdas; um processo de geração alfa que nos permite descobrir oportunidades atrativas nos mercados europeus de high yield; e uma abordagem ágil na construção de posições individuais que, em média, têm um peso da ordem dos 0,53%”, explica Justin Jewell. Embora a acertada seleção de crédito tenha sido fundamental para o bom desempenho do fundo, igualmente importante tem sido a compreensão por parte da equipa de gestão do contexto político e das suas implicações para as empresas.

GESTORES QUE ATUAM COMO ANALISTAS

A vantagem competitiva da equipa de dívida europeia de high yield reside na sua própria configuração. Os gestores também atuam como analistas com o objetivo de oferecer uma melhor rentabilidade ajustada ao risco e ter um maior conhecimento do setor e das empresas. “Isto é demonstrado pelo seu desempenho: 70% da rentabilidade do índice gerado nos últimos três anos provém da seleção de títulos”, explicam. Esta estrutura de equipa é possível pela trajetória dos gestores na análise de crédito e dos seus 24 anos de experiência média no setor da gestão de ativos.

“O fundo ofereceu uma sólida geração de alfa, com um perfil de rentabilidade/risco atrativo. De facto, tem tido resultados superiores e uma menor volatilidade do que outros fundos comparáveis”. Salientam que a abordagem baseada na convicção firme da equipa de gestão permite afastar-se do parecer consensual e, por vezes, investir contra a tendência do mercado.

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA.
PELOS
PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS
ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21 20 22 20 22 20 22 96 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO PRODUTOS COMPARAÇÃO
FUNDOS DESTACADOS
SELECIONADORES
FLEXÍVEIS
GESTOR OLIVIER MONNOYEUR BNP PARIBAS EURO HIGH YIELD BOND BLACKROCK EUROPEAN HIGH YIELD BOND BLUEBAY HIGH YIELD ESG FUND

POSICIONAMENTO DISTINTIVO

A carteira deste fundo é formada unicamente por obrigações corporativas puras, excluindo produtos financeiros. Os gestores realizam uma gestão flexível, incluindo uma parte core e uma parte de diversificação. O enfoque que aplicam é bottom-up, tanto na seleção ascendente como na gestão ativa do risco. Procuram essencialmente identificar boas oportunidades de crédito com valorizações atrativas, integrando no processo de análise os critérios ESG. Prestam uma atenção contínua ao risco e à liquidez, mantendo uma estrita disciplina de venda. “Esta filosofia permite-nos beneficiar da dispersão que existe entre créditos bons e maus”, sublinha. A equipa de gestão tem uma experiência média na indústria superior a 20 anos. Complementada por nove especialistas. Todos eles têm uma forte interação com a equipa de crédito de investment grade da Candriam, os analistas ESG, assim como o resto das equipas de rendimento fixo global da entidade.

GESTORES ANDREI

DURANCE

UM DOS FUNDOS MAIS ANTIGOS

Trata-se de uma das estratégias de high yield mais antigas da indústria. A equipa de gestão tem uma trajetória de 22 anos. Contam com especialistas setoriais que analisam empresas a nível mundial em Londres, Hong Kong, Xangai e Toronto. “Para uma classe de ativos como o high yield, onde a seleção de crédito é o motor chave da geração de alfa, poder aproveitar a plataforma de análise da Fidelity é uma vantagem chave. Particularmente neste contexto creditício volátil, quando a mitigação de risco de drawdown e evitar situações de dificuldade é crucial”, explicam. Cobrem a maioria dos emitentes europeus, o que permite detetar novas oportunidades. O grande tamanho do veículo facilita realizar alocações a novas emissões maiores e manter um compromisso ESG. “Sobre as empresas mais pequenas temos uma influência inclusive maior do que sobre as grandes em matéria de sustentabilidade, já que são mais dependentes de alguns investidores importantes para obter financiamento”.

GESTOR SANDRO NAEF

NATUREZA CONSERVADORA

Os principais rasgos distintivos deste fundo são um enfoque puro bottom-up e uma tendência para gerir a carteira com uma inclinação conservadora. No passado comportou-se especialmente bem naqueles contextos em que o risco de crédito está a aumentar. O produto tem registado historicamente uma taxa de perda por incumprimento inferior à do mercado, e atualmente estão a sobreponderar obrigações sénior com capital garantido que, segundo Sandro Naef, gestor do fundo, estão melhor posicionados para resistir num contexto de aumento de taxas de incumprimento. Também apresenta uma considerável subponderação na Europa periférica. “Para os investidores que continuam nesta classe de ativos com interesse considerando o nível atual de rendimento, o enfoque defensivo da estratégia pode resultar atrativo para aceder aos mercados de crédito enquanto a incerteza sobre a trajetória futura, tanto das taxas como dos incumprimentos, continua elevada”, destaca.

20 22 20 22 20 22 NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 97
GESTORES PHILIPPE NORDEA 1 EUROPEAN HIGH YIELD BOND FIDELITY FUNDS EUROPEAN HIGH YIELD CANDRIAM BONDS EURO HIGH YIELD

Fonte: Morningstar Direct. Dados de património em milhões de euros a 31 de outubro de 2022.

Fonte: Morningstar Direct. Dados a 31 de outubro de 2022. O alfa e o beta calcularam-se com base no índice Morningstar alocado à categoria. O rácio de sharpe é calculado com base nas métricas de rentabilidade e de desvio padrão da Morningstar e é considerado como ativo sem risco a Euribor a 12 meses no primeiro dia do mês posterior à data dos restantes dados.

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21 1 2 3 -3,0 -2,5 -2,0 -1,5 -1,0 -0,5 8 9 10 11 12 1 2 3 -3,0 -2,5 -2,0 -1,5 -1,0 -0,5 8 9 10 11 12 60 90 173 439 185 191 242 302 247 268 1 2 3 -3,0 -2,5 -2,0 -1,5 -1,0 -0,5 8 9 10 11 12 567 568 526 686 500 20 22 20 22 20 22 98 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO PRODUTOS COMPARAÇÃO BLACKROCK GLOBAL FUNDS EUROPEAN HIGH YIELD BOND FUND BLUEBAY FUNDS BLUEBAY HIGH YIELD ESG BOND FUND BNP PARIBAS FUNDS EURO HIGH YIELD BOND CANDRIAM BONDS EURO HIGH YIELD FIDELITY FUNDS EUROPEAN HIGH YIELD FUND NORDEA 1 EUROPEAN HIGH YIELD BOND FUND RENT. ANUAL A 3 ANOS -2,49 -1,52 -2,11 -2,35 -3,14 -3,64 VOLATILIDADE A 3 ANOS 10,82 9,80 10,62 8,47 11,38 11,07 MÁXIMO DRAWDOWN 3 ANOS -16,87 -13,70 -16,08 -14,22 -16,71 -16,01 RÁCIO SHARPE 3 ANOS -0,44 -0,40 -0,42 -0,52 -0,46 -0,52 ALFA 3 ANOS 0,34 0,86 0,66 -0,87 0,01 -0,85 BETA 3 ANOS 0,99 0,93 0,98 0,85 1,02 1,00
2018 2019 2020 2021 2022 2018 2019 2020 2021 2022 2018 2019 2020 2021 2022 1 2 3 4 5 BlackRock European High Yield Bond BlueBay High Yield ESG Fund BNP Paribas Euro High Yield Bond Candriam Bonds Euro High Yield Fidelity Funds European High Yield Nordea 1 European High Yield Bond 1 2 3 -3,0 -2,5 -2,0 -1,5 -1,0 -0,5 8 9 10 11 12
4 2 5 3 1 6 6 BNP PARIBAS EURO HIGH YIELD BOND BLACKROCK EUROPEAN HIGH YIELD BOND BLUEBAY HIGH YIELD ESG FUND MAPA risco/ rentAbilidAde Em euros Volatilidade 3 anos (%) Rentabilidade anualizada 3 anos (%)

CANDRIAM BONDS EURO HIGH YIELD

FIDELITY FUNDS EUROPEAN HIGH YIELD

NORDEA 1 EUROPEAN HIGH YIELD BOND

ciamento a curto prazo, já que a maior parte do muro de vencimento se situa entre 2025 e 2026.

“Em 2023 não haverá um problema massivo de restruturação de dívida, em 2024 começará a existir, e em 2025 será efetivo. Por agora, o maior risco concentra-se em empresas com um negócio vinculado direta ou indiretamente ao gás russo”, destaca Thomas Moore, gestor do Invesco e grande especialista neste segmento de mercado.

Coincide com Francesco Sandrini, responsável de Estratégias Multiativas na Amundi, que estima que o risco de default no mercado high yield está elevado mas, no cenário central, não haverá problemas de refinanciamento no curto prazo. “No passado recente, as empresas que não podiam manter o seu negócio emitiam dívida, absorvida rapidamente pelos mercados devido a taxas negativas dos governos. A abundante liquidez provocou taxas de incumprimento historicamente baixas. Esta fase terminou e o mercado corporativo de high yield alcançou quase um nível de zero emissões de novas obrigações desde há uns meses devido às elevadas taxas e spreads”, explica.

Além disso, o responsável de Estratégias Multiativos na Amundi

também não prevê um cenário de endurecimento de política monetária durante muito mais tempo. “Mais tarde ou mais cedo os bancos centrais terão que fazer face à montanha de dívida ainda pendente a nível global”.

Na sua opinião, se aceitamos a ideia de que estamos sentados sobre muita dívida pendente, também temos que aceitar a ideia de que a montanha se tornará ainda mais alta devido às políticas fiscais expansivas que muitos governos contemplam por causa do regime inflacionista atual. “Basta pensar no custo que representará para a Europa levar a cabo a transição energética para dar-se conta de que o nível de endividamento aumentará. Num cenário como este é difícil pensar num contexto em que o BCE vá continuar a endurecer as taxas de maneira prolongada”, comenta.

INCUMPRIMENTOS

Jim Leaviss, diretor de Investimentos de Rendimento Fixo Público da M&G Investments, também espera que os incumprimentos continuem a ser baixos na maior parte do mercado. “Muitas empresas têm aproveitado a oportunidade de refinanciar a sua dívida durante vários anos. Em geral, os

investidores estão a ser bem remunerados por assumir o risco de crédito que representa entrar em high yield”, assegura. No entanto, reconhece que há alguns segmentos nos quais convém ser prudentes, como as emissões com rating CCC, onde “os incumprimentos poderão aumentar substancialmente”. Leaviss também avisa sobre alguns setores que poderão sofrer tensões, especialmente os de retail e as empresas imobiliárias europeias.

No contexto atual, se há algo em que coincidem todos os especialistas é que, num cenário macroeconómico tão complexo e em mudança, convém extremar a prudência e fazer uma rigorosa análise de cada emissão. “Hoje a seleção de obrigações é crucial”, comenta Thomas Moore (Invesco).

A informação sobre Organismos de Investimento Coletivo ou outros instrumentos financeiros incluída na FundsPeople é apresentada apenas com fim informativo e ilustrativo e não deve ser interpretada como uma oferta de venda ou recomendação de investimento.

A informação não representa uma descrição completa dos OIC ou outros instrumentos financeiros e mercados a que faz referência.

2.104 2.892 3.051 2.911 3.921 5.072 5.136 4.364 2.710 3.028 3.015 2.933 1.959 2.856 1.973 20 22 20 22 20 22 NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 99
4 5 6 4 5 6 4 5 6
2018 2019 2020 2021 2022 2018 2019 2020 2021 2022 2018 2019 2020 2021 2022

EXPOSIÇÃO QUE SE OFERECE AOS INVESTIDORES.

Aideia de recuperação económica pós-pandemia não vingou de forma muito consistente no Japão. O escalar de preços nos mercados de energia e de matérias-primas, combinado com a pressão a que os parceiros comerciais japoneses foram submetidos, impulsionaram o valor das importações, colocando o défice comercial japonês na trajetória certa para bater todos os recordes previamente estabelecidos.

Também a impactar a balança comercial do Japão, o yen caiu para os níveis mais baixos dos últimos 20 anos. Mais recentemente, a queda intensificou-se de tal forma que o Banco Central do Japão foi forçado a intervir diretamente no mercado com cerca de 37 mil milhões de dólares. Neste complexo paradigma macroeconómico, o crescimento económico do país entre a pandemia e os dias de hoje não foi suficiente para acalmar o mercado acionista, dificultando a gestão dos fun-

dos de investimento focados neste segmento. Deste modo, importa perceber como os gestores direcionaram as suas carteiras ao longo da turbulência deste ano e como se preparam para 2023, num contexto de incerteza.

Assim, selecionamos os fundos da categoria global japan equity que obtiveram Rating FundsPeople 2022 em Portugal, Espanha e Itália, analisando a sua posição no mercado, as preferências setoriais e as perspetivas que oferecem aos investidores.

CINCO FUNDOS

Os cinco fundos selecionados são geridos por cinco entidades gestoras diferentes. Destaca-se o Invesco Japanese Equity Advantage Fund da Invesco e o Japan Equity Fund da J.P. Morgan AM como os fundos com maior património, gerindo mais de 2,2 e 1,9 mil milhões de euros, respetivamente. Por outro lado, o Jupi -

ter Japan Select gere apenas cerca de 230 milhões de euros.

No que concerne ao número de posições, existem diferenças muito significativas. O fundo da Jupiter AM sendo o de menor dimensão, é também o mais concentrado, com um total de 38 posições e com 10 das suas maiores posições a comporem 47,14% do portefólio. Já os fundos com maior número de posições, são os do meio da tabela em termos de património, o fundo da Goldman Sachs AM totaliza 78 e o fundo da Schroders gere 73 posições, sendo também aqueles que apresentam menor concentração nos seus 10 maiores ativos com uma proporção de 28,43% e 33,63%, respetivamente.

Olhando para a alocação setorial, o mercado japonês tem o setor industrial como o seu maior setor, ao contrário dos mercados europeu e americano, por exemplo, onde este setor não ocupa nenhum dos três primeiros lugares.

Analisando em detalhe, conseguimos observar que três dos cinco fundos em análise não têm o setor industrial como favorito. O fundo gerido pela J.P. Morgan AM é o que mais se afasta desta realidade, optando por concentrar quase 26% do seu portefólio ao setor da tecnologia, uma diferença perto de 6 pontos percentuais face à sua alocação no setor industrial que ficou perto dos 20%.

Por outro lado, os fundos da Jupiter AM e da Schroders apresentam uma distribuição por setores mais equilibrada, privilegiando o setor financeiro, com cerca de 18,55% do seu portefólio, no primeiro caso, e o setor de consumo cíclico, com 18,23% da sua carteira, no segundo.

O setor energético, das utilities e o setor imobiliário são os que geram menos interesse. Nenhum dos cinco fundos apresenta qualquer posição no setor energético, apenas o fundo da Goldman Sachs detém posições no setor das utilities e dos quatro fundos que apresentam posições em imobiliário todos registam uma alocação inferior a 5%.

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
E UMA
TAL COMO NO RESTO DO MUNDO, O MERCADO JAPONÊS VIU FORTES QUEDAS EM 2022. O PAÍS ENFRENTA UM ELEVADO DÉFICE COMERCIAL
QUEDA ACENTUADA
DO YEN, TORNANDO A GESTÃO DE FUNDOS DO MERCADO ACIONISTA JAPONÊS PARTICULARMENTE DESAFIANTE. VEREMOS ENTÃO
COMO
SE CARACTERIZA A
100 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO PRODUTOS CARTEIRAS
por André Lopes

Fonte: Morningstar Direct. Dados em euros, à data mais recente disponível, 7 de novembro de 2022. Fundos de Japan Equity, distinguidos com Rating FundsPeople 2022 em Portugal, Espanha e Itália com informação disponível na Morningstar Direct.

Olhando agora para as empresas escolhidas, verificamos que a Toyota e a Sony são as maiores empresas às quais estes fundos poderiam estar expostos e, verifica-se a presença de uma ou ambas na lista das 10 maiores posições dos cinco portefólios em questão. Ao comparar o peso destas duas empresas no total de cada carteira, podemos observar que apenas o fundo da Invesco e o fundo da Jupiter preferem a Toyota à Sony. No fundo da Jupiter esta é mesmo a maior posição, ocupando 5,73% do portefólio.

É também possível destacar que o fundo da J.P. Morgan AM não apresenta qualquer posição na Toyota, tendo a Tokio Marine Holdings, empresa multinacional no ramo dos seguros, como a sua maior posição ao ocupar 6,57% do seu portefólio. O fundo da Goldman Sachs tem na Sony a sua maior posição ao ocupar 4,71% da carteira, apesar de ter um valor muito semelhante em ações da Toyota: 4,7%.

Por último, o fundo da Invesco tem como sua favorita a Trend Micro, uma

empresa de cibersegurança que ocupa mais de 5% do seu portefólio, enquanto o fundo da Schroders prefere a empresa de telecomunicações, Nippon Telegraph and Telephone, como a sua maior posição, e esta representa cerca de 4,78% da sua carteira.

Facilmente reparamos que as posições de todos os cinco fundos estão concentradas em empresas com elevada capitalização bolsista. No entanto, em comparação com o índice de referência, estes fundos optam, em média, por empresas mais

Fonte: Morningstar
de 2022. Fundos de Japan Equity,
disponível
Morningstar
FUNDOS DE AÇÕES JAPONESAS COM RATING FUNDSPEOPLE 2022 FUNDO ISIN GESTORA PATRIMÓNIO (EUROS) NÚMERO DE POSIÇÕES EM CARTEIRA % DE ATIVOS NAS 10 PRINCIPAIS POSIÇÕES Goldman Sachs Japan Equity Portfolio LU0858289597 Goldman Sachs IM 1.505.651.191,00 78 28,43 Invesco Funds - Invesco Japanese Equity Advantage Fund LU1642786542 Invesco 2.726.899.423,62 42 41 JPMorgan Funds - Japan Equity Fund LU0053696224 J.P.Morgan AM 3.766.616.208,61 51 44,36 Jupiter Global Fund - Jupiter Japan Select LU0946219507 Jupiter AM 200.127.292,00 38 47,14 Schroder International Selection Fund Japanese Equity LU0236738869 Schroders 1.855.887.216,00 73 33,63 EMPRESAS COM ALTA CAPITALIZAÇÃO BOLSISTA E ALTO CRESCIMENTO REINAM NOS FUNDOS DE AÇÕES JAPONESAS MAPA DE ESTILO DE INVESTIMENTO 20 22 CORE VALUE DEEP VALUE PEQUENA MICRO CORE MÉDIA CORE GROWTH HIGH GROWTH GRANDE MEGA GOLDMAN SACHS JAPAN EQUITY PORTFOLIO INVESCO FUNDS - INVESCO JAPANESE EQUITY ADVANTAGE FUND JPMORGAN FUNDS - JAPAN EQUITY FUND JUPITER GLOBAL FUND - JUPITER JAPAN SELECT SCHRODER INTERNATIONAL SELECTION FUND JAPANESE EQUITY MSCI JAPAN GR USD CAPITALIZAÇÃO ESTILOS
Direct. Dados em euros, à data mais recente disponível, 7 de novembro distinguidos com Rating FundsPeople 2022 em Portugal, Espanha e Itália com informação na
Direct.
NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 101

ALOCAÇÃO SETORIAL LÍQUIDA

O POTENCIAL DO HIDROGÉNIO COMO UMA ENERGIA DO FUTURO

O hidrogénio é o elemento químico mais abundante no universo, produz três vezes mais energia do que petróleo para a mesma massa, pode ser utilizado como portador de energia e como solução de armazenamento para energias renováveis intermitentes, como solar ou eólica.

O hidrogénio verde é uma das poucas soluções viáveis para reduzir as emissões em setores difíceis de descarbonizar, como os transportes ou a indústria pesada; permite o desenvolvimento de energias renováveis descentralizadas e é muitas vezes apresentado como a energia do futuro

Prevemos que até 2050 o hidrogénio possa representar 17% da procura de energia e reduzir as emissões em 15%. [1] Até lá, estão previstos investimentos em infraestruturas no valor de 11 biliões de euros e cerca de 30 milhões de postos de trabalho [2]

Morningstar Direct. Dados em euros, à data mais recente disponível, 7 de novembro de 2022. Fundos de Japan Equity, distinguidos com Rating FundsPeople 2022 em Portugal, Espanha e Itália com informação disponível na Morningstar Direct.

pequenas. A composição do índice obtém uma pontuação categorizada como giant, enquanto os investimentos de todos os cinco fundos resultam numa pontuação que se enquadra na categoria large. Todos os fundos em análise mostram um estilo relativamente mais inclinado para o elevado crescimento do que a generalidade do mercado; no entanto, o estilo de investimento não é uniforme entre os cinco. Na escala que vai de deep-value a high-growth, dois fundos seguram a

mesma categoria do índice de referência, com os três restantes inseridos na categoria imediatamente acima.

Foi com esta exposição que os gestores atravessaram a turbulência sentida a nível mundial este ano, virando-se agora para a incerteza de 2023. Resta apenas saber que setores e empresas se mostrarão mais resilientes, bem como que estilo de investimento se mostrará mais rentável para os investidores, no próximo ano.

O setor está a ganhar força em termos de estrutura e alcance, criando oportunidades. Cada vez mais governos apoiam esta causa, com projetos de atores públicos e privados a crescer em todo o mundo.

A implantação de hidrogénio verde inclui toda a cadeia; desde a exploração e produção a montante (com energias verdes), até ao refinamento e comercialização a jusante, (vários utilizadores, como os setores automóvel e ferroviário), passando pelo armazenamento e distribuição.

[1]

[2]

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS
PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
DESTACADOS
Fonte: ETC (Comissão de Transição Energética), 2021, Goldman Sachs Fontes: ETC (Comissão de Transição Energética), 2021; Bloomberg New Energy Finance (BNEF); Bank of America (BofA) Global Research, 2020 CRISTINA CARVALHO Gestora de vendas corporativas e institucionais, Amundi A OPINIÃO DE RAP T REN PAR T NER
20 22 GS
JUPITER
INVESCO
EQ ADV SCHRODER
JPM
SAÚDE UTILITIES MATERIAIS BÁSICOS SERVIÇOS FINANCEIROS 4,86 5,34 6,09 5,95 2,39 14,22 10,95 11,64 3,56 11,93 7,15 7,33 11,02 18,55 14,31 6,56 13,57 10,09 13,74 12,38 19,39 22,33 19,97 17,46 17,45 1,28 0 0 0 0 16,92 15 8,41 18,23 17,92 2,6 0 2,1 3,12 2,84 7,23 3,86 1,4 1,53 2,09 18,47 17,02 25,89 15,97 17,38 CONSUMO CÍCLICO SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO CONSUMO DEFENSIVO INDUSTRIAL TECNOLOGIA SETOR IMOBILIÁRIO 102 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO PRODUTOS CARTEIRAS
JAPAN EQUITY
JAPAN SELECT
JAPANESE
ISF JAPANESE EQ
JAPAN EQUITY Fonte:

ADEUS, JAIR

OLÁ, LULA!

Com a tomada de posse do presidente Lula da Silva, os olhos estão postos nas políticas que o novo presidente vai implementar. Espera-se uma transição progressiva que não assuste os mercados e olha-se atentamente para a política ambiental.

Durante o mês de outubro o Brasil juntou-se para decidir quem liderava o futuro do país. De um lado, a representar a ala esquerda, encontrava-se Luiz Inácio Lula da Silva e, do outro, a representar a ala direita e a tentar a própria reeleição, Jair Messias Bolsonaro. Foi decidido na segunda volta, a 30 de outubro de 2022, que a presidência brasileira

fosse entregue a Lula da Silva. O ex-presidente brasileiro reuniu 50,90% dos votos, uma vantagem mínima numas eleições marcadas pela divisão praticamente uniforme do povo brasileiro e por serem as primeiras eleições onde o presidente em funções não conseguiu a reeleição.

O Brasil é o quinto maior país do mundo e o 12º com maior produto interno bruto. O país, ainda em

desenvolvimento, é o quinto mais representado no índice acionista de mercados emergentes (apesar de uma tendência de diminuição) e atrai muitos interesse de investidores estrangeiros. Desta forma, não admira a atenção global e o mediatismo captado por estas eleições.

Para limpar a poeira que se seguiu a este confronto político, a FundsPeople reuniu a opinião dos gestores de três

NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 103
.
EMERGENTES
PRODUTOS
por Diogo Verde

RECAI GUNESDOGDU

Gestor do fundo Nomura Emerging Market Local Currency Debt Fund, Nomura

“Lula deve perceber os problemas que afetam o Brasil e ser prudente nas políticas que impõe”

PABLO RIVEROLL

Responsável de Ações Brasileiras e da América Latina, Schroders

“Um cenário provável é o aumento dos gastos públicos, parcialmente financiados pelo aumento de impostos”

JAQUIER E CHRISTINE REED

Membros da equipa de Dívida da América Latina, Ninety One

“A aceitação de derrota de Jair Bolsonaro põe fim ao maior risco social, associado a uma contestação dos resultados”

fundos de ações ou obrigações com maior exposição ao mercado brasileiro e com Rating FundsPeople 2022 em Portugal, Espanha e Itália.

CONTEXTO

O contexto mundial não é favorável e o Brasil não escapa, de todo, às complicações que enfrentamos. Assim pensa Recai Gunesdogdu, gestor do fundo Nomura Emerging Market Local Currency Debt Fund: “O Brasil encontra-se hoje numa situação de elevado desemprego e com uma enorme

disparidade social de rendimentos”. Uma parte importante do seu produto interno bruto é a exportação de produtos agrícolas e outras matérias-primas, no entanto, esta está vulnerável ao impacto das mudanças climáticas e a uma menor procura destes produtos por parte da China. Desta forma, o gestor acredita que Lula deve “perceber estes problemas e ser prudente nas políticas que impõe”. Pablo Riveroll, responsável de Ações Brasileiras e da América Latina da Schroders, espera que o presidente eleito utilize o poder

do estado para promover o crescimento, apesar de ainda não ter uma política fiscal definida. “Um cenário provável é o aumento dos gastos públicos, parcialmente financiados pelo aumento de impostos, o que pode levar a um aumento da inflação e, consequentemente, a uma pressão maior na economia”, explica o especialista.

No longo prazo, o foco passa por dois principais temas. Assim nos diz, Nicolas Jaquier e Christine Reed, membros da equipa de Dívida da América Latina da Ninety One, que esperam que de-

EXPOSIÇÃO AO BRASIL DOS FUNDOS ANALISADOS

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA.
PORTUGUESES: O
MULTIATIVOS
ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21 104 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO
FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES
ANO DOS
FLEXÍVEIS
NOME DO FUNDO
CATEGORIA EXPOSIÇÃO AO
GESTORA
BRASIL
64,91%
15,92%
One
Local
Ninety
Schroder International Selection Fund Latin American Schroders Latin America Equity
Nomura Funds Ireland plc - Emerging Market Local Currency Debt Fund Nomura Emerging Markets Fixed Income
Ninety
Global Strategy Fund - Emerging Markets
Currency Total Return Debt Fund
One Emerging Markets Fixed Income 13,26% Fonte: Morningstar Direct, dados disponíveis a 31 de outubro de 2022.
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20 22

DEVEMOS OLHAR COM ATENÇÃO PARA A POLÍTICA AMBIENTAL QUE LULA VAI TRAÇAR E SEU IMPACTO NO RESTO DO MUNDO

CRÉDITO EUROPEU OFERECE OPORTUNIDADES AOS INVESTIDORES

pois do impacto inicial da tomada de posse de Lula da Silva o Brasil continue a liderar o movimento de políticas monetárias da América Latina.

O segundo tema é a política ambiental que a nova administração implementará. Como sabemos, esta política foi fortemente marginalizada por Jair Bolsonaro e assistimos a um retrocesso nos esforços ambientais brasileiros. Os membros da equipa da Ninety One dizem ainda: “Bolsonaro enfraqueceu muitas instituições com um foco ambiental, especialmente no que diz respeito à batalha contra a desflorestação. Esta atingiu o seu pico dos últimos dez anos sobre a administração do ex-presidente. Adicionalmente, Bolsonaro ainda falhou o objetivo proposto de reduzir em 80% a desflorestação até 2020, face a 2005”. Posto isto, devemos olhar com muita atenção para a política ambiental que Lula da Silva vai traçar e o seu impacto no resto do mundo.

OPORTUNIDADES

Resta saber a opinião dos especialistas sobre o impacto das mudanças previstas nos mercados financeiros do Brasil. No segmento acionista, Pablo Riveroll encontra valorizações atrativas. O responsável diz ver “valorizações atrativas nos bancos e em empresas que operam no setor das matérias-primas”, muito embora acredi-

te “que empresas que operam no setor do consumo discricionário podem ser negativamente afetadas”.

No segmento obrigacionista, a equipa da Ninety One acredita que os riscos são reduzidos e que existem oportunidades. Os dois membros da equipa explicam: “Os dois principais riscos estão controlados. A confirmação que Geraldo Alckmin, vice presidente eleito brasileiro, foi nomeado para liderar a transição presidencial é um sinal que suporta o outlook que a nova administração vai preferir alterações cautelosas e não radicais. Do outro lado, a aceitação de derrota de Jair Bolsonaro (que tardou a chegar) põe fim ao maior risco social, associado a uma contestação dos resultados.

O real brasileiro reagiu positivamente à eleição, tendo subido cerca de 2% nos dias seguintes ao resultado (face ao dólar americano). Também aqui as gestoras concordam, a moeda deve seguir forte e não se espera uma desvalorização acentuada.

Resta aguardarmos para perceber se o presidente Lula da Silva vai conseguir utilizar todos os recursos que tem disponíveis para voltar a elevar o Brasil aos seus tempos áureos de crescimento económico e combater as desigualdades sociais que assolam o país. Importa mantermo-nos atentos também à política ambiental que vai ser aplicada e aos movimentos do Banco Central do Brasil.

Os vários obstáculos levantados pela inflação elevada, o endurecimento das políticas monetárias dos bancos centrais, o conflito na Ucrânia e a consequente desaceleração económica provocaram um mercado histórico de queda para as obrigações corporativas este ano e que começa a chegar à reta final.

As yields do crédito aumentaram mais de 400 pontos base graças ao aumento da yield das obrigações soberanas e ao aumento dos spreads de crédito. Os spreads das obrigações corporativas descontam agora uma recessão leve a moderada e prevê-se que as yields da dívida pública atinjam o seu nível máximo nos próximos meses. Acreditamos que já se observou 80% a 90% da revalorização e que, nos próximos meses, a desaceleração da economia, a queda dos preços da energia e o efeito base vão suavizar os números da inflação. Ao mesmo tempo, o BCE já terá levado a cabo a maior parte das subidas das taxas de juros que esperamos para este ciclo.

Neste ambiente de oportunidade para o crédito europeu, vemos interesse em setores como a saúde, os serviços públicos e a banca. No que diz respeito a esta última, deverá beneficiar da subida das taxas de juro e tem níveis de capital muito elevados e provisões para insolvências ainda elevadas como consequência da pandemia, que vão amortizar o aumento dos riscos de crédito.

ÁLVARO ANTÓN LUNA Responsável de Negócio na Península Ibérica, abrdn A OPINIÃO DE RAP T REN PAR T
NER
NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 105

ESG NO CAPITAL DE RISCO

Acomplexidade e a globalidade da crise financeira de 2007 fizeram surgir preocupações inerentes à forma como os especialistas financeiros faziam as suas escolhas ou sugestões de investimento.

Nasceu assim o conceito ESG - Environmental, Social e Governanceque define que um investimento para além do retorno financeiro, deve dar resposta a questões ambientais, sociais e de governação, o que pressupõe uma abordagem específica na sua análise, quantificação e controlo.

O conceito de Desenvolvimento Sustentável - “desenvolvimento que

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES: O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
A integração de fatores ESG nos investimentos de capital de risco está diretamente relacionado com a qualidade e a disponibilidade da informação e, como tal, enfrenta vários desafios.
PRODUTOS ISR 106 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO
por
Mónica Cameira de Mendonça

satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades” (Brundtland Report, 1987) - evoluiu para o conceito de Investimento Responsável, que é “uma abordagem ao investimento que visa incorporar fatores ambientais, sociais e de governação (ESG) nas decisões de investimento, gerir melhor o risco e gerar retornos sustentáveis e a longo prazo” (PRI 2019).

As tendências dos mercados financeiros referem que são cada vez mais os especialistas que conduzem as suas decisões tendo em conta a valia ESG das empresas. São também cada vez mais

os investidores que preferem empresas com bons ratings ESG verificando-se que têm menos volatilidade no mercado, são menos expostas a impactos adversos, sendo expectável que a médio prazo tenham maior rentabilidade.

POUCO TRABALHADO

Como integrar fatores ESG na análise de investimento no capital de risco é uma questão menos trabalhada, onde existe menos informação disponível e, portanto, mais incerteza.

É fundamental garantir que os decisores incorporam na análise de investimentos fatores ESG, atuando de forma organizada, metódica e

COMO INTEGRAR FATORES ESG NA ANÁLISE DE INVESTIMENTO NO CAPITAL DE RISCO É UMA QUESTÃO MENOS TRABALHADA ÁREAS DE ATUAÇÃO NO ESG 5 ESTRATÉGIA DE EXCLUSÃO ESTRATÉGIA DE INCLUSÃO INTEGRAR FATORES ESG NA ANÁLISE SISTEMA DE DUE-DILLIGENCE E CONTROLO DOS INVESTIMENTOS ESTRATÉGIA DE DESINVESTIMENTO 1 5 2 3 4 NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 107

sistemática e utilizando informação existente e validada. Assim consideramos fundamental que sejam definidas cinco grandes áreas de atuação:

1- Estratégia de exclusão: criação de regras que definam todo o processo de exclusão de investimentos (quer seja por normas existentes, quer seja por valores da própria sociedade ou da comunidade onde se insere);

2- Estratégia de inclusão: criação de regras sobre os setores ou áreas de atividade onde investir – a definição temática relacionada com fatores ESG é uma das abordagens possíveis de ESG. Sendo aparentemente uma das mais fáceis de cumprir, é também das mais limitativas na medida em que ao se determinar um setor ou área de atividade condiciona-se o investimento nos demais. (ex.: investir em tratamento de resíduos);

3- Integrar fatores ESG na análise: esta integração obriga a que o investidor defina um sistema de análise padronizado, com prévia definição de KPI e ponderadores e um sistema de atribuição de rating;

4- Sistema de due-dilligence e controlo dos investimentos: pressupõe a existência de um completo processo de due-dilligence prévio ao investimento que integre os fatores ESG previamente definidos no ponto anterior. Após efetivação do investimento é fundamental proceder à recolha e quantificação de dados de performance, e controlo de efetivo impacto (financeiro e ESG)

5- Estratégia de desinvestimento: a definição da estratégia de desinvestimento deve fazer parte integrante da avaliação da empresa e determinante na decisão de investimento.

O sucesso da integração de fatores ESG nos investimentos de capital de risco, está diretamente relacionado com a qualidade e a disponibilidade da informação. É um processo de aprendizagem lento, condicionado pelo desenvolvimento no mercado empresarial de novas ferramentas, de formação e de consciencialização empresarial da importância destas temáticas.

Apesar de um longo caminho a percorrer consideramos que a consciencialização da importância da integração de fatores ESG na análise de investimento nos processos de due-dilligence e na estratégia de desinvestimento são fundamentais para o sucesso das operações de capital de risco, gerando um valor adicional e diminuindo o risco.

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: UM PASSO ATRÁS PARA DAR DOIS À FRENTE

A transição energética perdeu destaque este ano face à segurança e à capacidade energética devido à guerra na Ucrânia. Os responsáveis políticos estão a reagir de formas diferentes à redução do fornecimento de energia à Europa pela Rússia, com respostas como a importação de gás natural liquefeito, a reativação de centrais elétricas e a retoma da exploração e produção dos combustíveis fósseis.

Há uma reação contra os critérios ESG em alguns setores e tem-se dado prioridade a fatores geopolíticos e económicos sobre a ação climática nos últimos meses. Porém, acreditamos que ainda é possível a transição energética. A situação atual pressupõe um retrocesso a curto prazo, mas o reconhecimento formal das deficiências do mix energético atual pode potenciar uma resposta que se assemelha a uma curva em forma de J em 2023.

Nas últimas décadas tem-se verificado um défice sustentado no investimento em infraestruturas energéticas. O IRENA World Energy Transitions Outlook 2022 prevê necessidades de investimento anuais de 5,7 biliões até 2030 e o aumento dos gastos com energias limpas pode criar possibilidades no potencial de crescimento, tanto dos beneficiários como das empresas que facilitam esta transição.

Uma das nossas prioridades é que as informações e os dados das empresas estejam em consonância com uma progressão rumo às zero emissões. Queremos ver provas de compromissos e ações para uma verdadeira descarbonização que cumpra a meta de 1,5 graus.

DESTACADOS
PORTUGUESES: O
EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS
DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA. FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES
ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS
NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS MATT CHRISTENSEN Diretor global de Investimentos Sustentáveis e de Impacto, Allianz Global Investors
RAP T REN PAR T NER O SUCESSO DE INTEGRAÇÃO DE FATORES ESG NO CAPITAL DE RISCO ESTÁ DIRETAMENTE RELACIONADO COM A QUALIDADE E A DISPONIBILIDADE DA INFORMAÇÃO PRODUTOS ISR 108 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO
A OPINIÃO DE

ENTRE OS 20 MAIORES ETF COM MELHOR PONTUAÇÃO ESG NA EUROPA, QUATRO SÃO ARTIGO 9.º

Estes quatro fundos cotados representam 20% do total de produtos de investimento selecionados, percentagem significativa se a compararmos com a análise de 2021, quando não havia nenhum classificado ao abrigo deste artigo.

Avolatilidade e as quedas nos mercados que estão a definir o ano de 2022 que está prestes a terminar, parecem não fazer mossa na indústria de gestão de ativos europeia, mas apenas se estivermos a falar do segmento dos ETF. No final de 2021, o setor dos fundos cotados na Europa estabeleceu um marco ao registar fluxos de entrada líquidos de 161.000 milhões

de euros, e este ano está a aguentar muito bem os desafios do mercado. Segundo os dados da Morningstar, nos cinco primeiros meses de 2022, os ETF europeus registaram entradas líquidas de 82.698 milhões de euros, enquanto os fundos ativos registaram 55.708 milhões em reembolsos líquidos. Os fundos cotados ganham terreno no velho continente e representam agora uma quota de mercado de mais de 23%.

No entanto, apenas 15% das subscrições líquidas estão a ser canalizadas através de produtos classificados como artigo 8.º do Regulamento de Divulgação de Finanças Sustentáveis (SFDR) e 8,3% via estratégias artigo 9.º.

É necessário colocar estas percentagens em perspetiva, uma vez que, segundo os dados da Morningstar, o seu crescimento é positivo. Sobretudo se olharmos para os produtos artigo

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NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 109 por Laura Rey PRODUTOS ETF

FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES

iShares

OS 20 MAIORES ETF EUROPEUS COM MELHOR PONTUAÇÃO ESG

Fixo EUA State Street Artigo 8º 20,61

iShares MSCI World SRI UCITS ETF 5.701 Ações Globais Grande Cap. iShares Artigo 8º 18,75

Xtrackers MSCI USA ESG UCITS ETF 4.813 Ações EUA Grande Cap. Blend DWS Xtrackers Artigo 8º 18,96

iShares Expanded Tech Software Sector ETF 4.688 Ações Setor Tecnologia iShares *N. D. 16,45

Amundi Index Solutions Amundi MSCI USA SRI PAB 4.252 Ações EUA Grande Cap. Blend Amundi ETF Artigo 9º 18,68

UBS (Lux) Fund Solutions MSCI World Socially Responsible UCITS ETF 3.569 Ações Global Grande Cap. UBS Artigo 8º 18,37

iShares MSCI Europe SRI UCITS ETF 3.503 Ações Europias Grande Cap. iShares Artigo 8º 17,23

iShares MSCI Taiwan ETF 3.025 Ações Gran China iShares *N. D. 19,16

Amundi Index Solutions Amundi Index MSCI World SRI PAB 2.988 Ações Global Grande Cap Amundi ETF Artigo 9º 18,65

BNP Paribas Easy MSCI USA SRI S-Series PAB 5% Capped 2.878 Ações EUA Grande Cap. Blend BNP Paribas Artigo 9º 18,59

Amundi Index Solutions Amundi MSCI Europe SRI PAB 2.800 Ações Europeias Grande Cap. Amundi ETF Artigo 9º 17,23

iShares V PLC iShares S&P 500 Information Technology Sector UCITS ETF 2.795 Ações Setor Tecnologia iShares *N. D. 15,84

UBS (Irl) ETF plc MSCI ACWI Socially Responsible UCITS ETF 2.643 Ações Global Grande Cap. UBS Artigo 8º 18,65

UBS (Lux) Fund Solutions Sustainable Develop. Bank Bonds UCITS ETF 1.806 Rendimento fixo EUA UBS Artigo 8º 8,73 UBS (Lux) Fund Solutions MSCI EMU Socially Responsible UCITS ETF 1.776 Ações Europeias Grande Cap. UBS Artigo 8º 16,38

UBS (Lux) Fund Solutions MSCI USA Socially Responsible UCITS ETF 1.748 Ações EUA Grande Cap. Blend UBS Artigo 8º 18,15

CS Index Fund (IE) ETF ICAV CSIF (IE) MSCI USA ESG Leaders Blue UCITS ETF 1.724 Ações EUA Grande Cap. Blend Credit Suisse Artigo 8º 19,27

Xtrackers MSCI World Information Technology UCITS ETF 1.631 Ações Setor Tecnologia DWS Xtrackers *N. D. 15,99

Xtrackers MSCI Japan ESG UCITS ETF 1.588 Ações Japão DWS Xtrackers Artigo 8º 21,65

Fonte: Morningstar. Nota: Fizemos a pesquisa entre os fundos cotados Cinco Globos Morningstar que estão disponíveis para venda em toda a Europa. Destes, selecionamos os que têm um rating de sustentabilidade da Morningstar elevado relativamente à média da sua categoria e deste grupo filtramos os 20 com maior património em euros no final de setembro de 2022. Os dados sobre a Pontuação Histórica de Sustentabilidade são a final de agosto, e esta pontuação é uma média ponderada dos últimos 12 meses das pontuações disponíveis de sustentabilidade das carteiras Morningstar. As pontuações históricas não se ponderam por igual. As carteiras mais recentes ponderam-de mais do que as antigas para ajudar os investidores a analisar as participações atuais. *N.D. Não disponível.

9.º. Com dados de final de maio, o crescimento na oferta de fundos cotados artigo 9º era de 4,17%. Nos produtos classificados como artigo 8.º, o avanço anual permanece relativamente plano (regista uma pequena queda de 0,36%).

Na FundsPeople analisamos os 20 maiores ETF com melhor pontuação ESG na Europa, dos quais quatro já são artigo 9.º. Concretamente, os três da Amundi ETF e o fundo cotado da BNP Paribas AM (ver a tabela). Embora o número seja pequeno, é preciso

olhar para trás para ver de onde viemos. Se compararmos os dados com os do ano passado, o avanço é relevante. Em 2021 não havia nenhum produto artigo 9.º. Por sua vez, em 2022, representam 20% do total de fundos selecionados.

Os veículos artigo 8.º são os claros vencedores desta seleção dos 20 maiores ETF com melhor pontuação ESG: 12 estão classificados sob esta denominação, ou seja, 60% do total. Na análise anterior, estas estratégias artigo 8.º representavam 90%

da amostra, uma percentagem maior precisamente porque os artigos 9.º brilharam na sua ausência. Não há informação disponível sobre os restantes quatro ETF deste ranking.

GANHAM AS AÇÕES

Por classe de ativo, predominam as ações. 18 dos 20 maiores fundos cotados da Europa com melhor pontuação ESG replicam índices de ações. Seis desses seguem índices da bolsa norte-americana, quatro seguem índices

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE
FUNDOS DESTACADOS
SÃO VÁRIAS
TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE,
OS
DO ANO,
AS
A LIDERANÇA.
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ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21 9
O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS
NOME DO ETF PATRIMÓNIO CATEGORIA GLOBAL GESTORA
SFDR PONTUAÇÃO HISTÓRICA DE SUSTENT. MORNINGSTAR
MSCI USA SRI UCITS ETF
EUA Grande Cap.
Bloomberg SASB U.S. Corporate ESG UCITS ETF
8.425 Ações
Blend iShares Artigo 8º 18,92 SPDR®
6.311 Rendimento
110 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO PRODUTOS ETF

globais e três estão centrados em ações europeias. Também há dois ETF de mercados de nicho: um reproduz o MSCI Japan, da DWS Xtrackers; e outro, o MSCI Taiwan, da iShares, que entra novamente na lista. Existem também ETF temáticos. Três dos cinco ETF que se estreiam este ano no ranking global focam-se em tecnologia. Dois são da iShares e o outro da DWS Xtrackers.

Uma mudança em relação a 2021 é que este ano são já dois os veículos que seguem índices de obrigações. Juntamente com o SPDR Bloomberg SASB U.S. Corp ESG, que se repete no ranking, entra pela primeira vez o UBS (Lux) Fund Solutions Sustainable Development Bank Bonds UCITS ETF. O primeiro, da State Street Global Advisor (SSGA), cobre dívida corporativa norte-americana; e o segundo, da UBS ETF, segue um índice de obrigações de instituições criadas com o objetivo de desenvolver a economia.

Quanto ao património que gerem, o de maior dimensão continua a ser, tal como em 2021, o iShares MSCI USA SRI ETF, que possui ativos sob gestão no valor de 8.425 milhões de euros. O fundo de obrigações da SSGA mantém a segunda posição com 6.311 milhões de euros em património. No terceiro lugar há alterações. Este ano, o lugar pertence ao iShares MSCI World SRI ETF, com ativos sob gestão de 5.701 milhões, tirando do pódio o iShares MSCI Europe SRI ETF, que cai para a oitava posição em relação à análise de 2021 e perde, nesse período, cerca de 1000 milhões de euros em património até ficar nos 3.503 milhões.

Todos estes ETF têm um valor em ativos sob gestão superior aos 1.000 milhões de euros. No total, estes 20 ETF sustentáveis gerem um patrimó-

nio de mais de 68.600 milhões de euros, sendo o volume sob gestão médio de 3.433 milhões. Números que superam os registados na análise anterior, quando o total de ativos geridos estava em cerca de 59.000 milhões de euros, com uma média de 2.909 milhões.

Por gestoras, a iShares é que mais fundos cotados tem no ranking, seis, a UBS ETF tem cinco e a Amundi ETF e a DWS Xtrackers, três cada uma.

Quanto ao volume de ativos por empresa, entre os 20 ETF, a iShares lidera o ranking, uma vez que soma um património de mais de 28.100 milhões de euros; seguida pela UBS ETF, com mais de 11.500 milhões, e a Amundi ETF, com ativos de mais de 10.000 milhões de euros. As três gestoras mantêm a sua posição em relação à análise anterior. No entanto, a UBS ETF é a única das três que perde património neste período (cerca de 2.500 milhões de euros). A percentagem que estas três gestoras detêm com os seus fundos cotados é de 72,3% do volume total de ativos.

Por último, no que diz respeito à Pontuação Histórica de Sustentabilidade Morningstar (em que uma pontuação inferior significa que a carteira está exposta a menos risco ESG), o ETF da lista com melhor pontuação ESG é um recém-incorporado, o UBS (Lux) Fund Solutions Sustainable Development Bank Bonds UCITS ETF, que obtém uma pontuação de 8,73. Uma pontuação realmente baixa em comparação com os outros fundos cotados, uma vez que o segundo com melhor nota é o iShares V PLC iShares S&P 500 Information Technology UCITS ETF, que tem uma pontuação de 15,99. Nestes dois últimos casos, não há mais informação disponível sobre o produto quanto à sua classificação como artigo 8.º ou 9.º.

PORQUE É QUE O INVESTIMENTO TEMÁTICO SE ESTÁ A TORNAR POPULAR?

Num mundo pós-pandémico com crescente volatilidade no mercado e novas abordagens inovadoras para investir, o investimento temático tem visto uma procura crescente. O investimento temático está em alta. Num mundo cada vez mais globalizado, onde indústrias e cadeias de fornecimento são perturbadas pela geopolítica, digitalização e sustentabilidade, investir num grupo de ações com foco nas crenças dos investidores está a ganhar popularidade. Uma das barreiras tradicionais ao investimento temático tem sido o custo adicional associado à seleção manual de valores sob gestão ativa, mas isso está a mudar. À medida que os conjuntos de dados melhoram e as empresas divulgam mais informações, as gestoras de ativos têm a liberdade de desenvolver soluções para preencher a lacuna entre o investimento ativo e as abordagens de indexação. Metodologias sistemáticas foram desenvolvidas para encontrar empresas expostas a determinados problemas. Outra vantagem do crescimento do investimento temático é sua acessibilidade. Os ETF temáticos são acessíveis aos investidores porque a oportunidade de mercado percebida é clara e direta. Se os investidores puderem aceder com mais facilidade e entender melhor a oportunidade, é mais provável que permaneçam investidos no longo prazo.

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OMAR MOUFTI Estratega principal de Investimentos Temáticos para a EMEA, iShares (BlackRock) A OPINIÃO DE
RAP T REN NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 111
PAR T NER

por Regina R. Webb

CRONOLOGIA DE UMA INTERVENÇÃO

As datas chave na atuação do Banco de Inglaterra

Fonte: Bank of England.

O Banco de Inglaterra confirma que está a supervisionar os mercados financeiros muito de perto à luz da significativa revalorização dos ativos financeiros.

O Banco de Inglaterra anuncia que levará a cabo compras temporárias de obrigações governamentais britânicas a longo prazo, com fins de estabilidade financeira e para restabelecer condições de mercado ordenadas.

O Banco de Inglaterra dá os detalhes dos leilões diários para comprar até 5.000 milhões de libras de gilts, de 28 de setembro a 14 de outubro.

LDI AS SIGLAS DE UMA CRISE EVITADA

A 23 de setembro deste ano, um mercado de 1,5 biliões de libras rebentou no Reino Unido. Nesse dia tombou a primeira peça de uma crise no setor de pensões britânico, que culminou com a ativação urgente e imediata por parte do Banco de Inglaterra de um plano de compras de ativos para estabilizar as obrigações governamentais.

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PELOS
PORTUGUESES: O
DOS MULTIATIVOS
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FUNDOS DESTACADOS
SELECIONADORES
ANO
FLEXÍVEIS
2 3
26 DE SETEMBRO 1
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112 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO PRODUTOS INSTITUCIONAL
DE SETEMBRO
LDI

O Banco de Inglaterra anuncia que estará disposto a aumentar o tamanho dos seus leilões diários no último trecho das operações. O tamanho máximo do leilão aumentou para 10.000 milhões de libras no leilão celebrado a 10 de outubro.

O Banco de Inglaterra coloca em marcha o seu mecanismo de garantia temporário ampliado para que os bancos possam ajudar a aliviar as pressões de liquidez que enfrentam os fundos LDI dos seus clientes. O mecanismo ampliado aceitará obrigações corporativas não financeiras de qualidade creditícia equivalente a Baa3/BBBou superior, para além das habituais garantias.

Comecemos pelo princípio; como se acendeu o rastilho. Na sexta-feira, dia 23 de setembro, o Partido Conservador do Reino Unido apresentou o Plano de Crescimento (chamado mini-budget por não pertencer aos orçamentos gerais não oficiais) sob a nova liderança da agora ex-primeira-ministra Liz Truss. Em linhas gerais, o Plano de Crescimento apresentado contemplava uma redução substancial dos impostos para empresas e particulares. Um plano fiscal expansionista num contexto de alta inflação que não condizia com as políticas restritivas de seu banco central.

A reação do mercado foi de rejeição imediata, manifestada num duplo movimento negativo nas obrigações soberanas britânicas (gilts) e na libra esterlina. O aumento foi forte. A yield do gilt a dois anos disparou 1% numa questão de dois dias. Mas a das emissões a 10 e a 30 anos também aumentou mais de 100 pontos base entre 22 e 27 de setembro.

MARGIN CALL

O que fez com que este movimento tenha sido tão desestabilizador, explica Frederik Repton, gestor da Neuberger Berman, foi a especial estrutura do mercado de pensões do Reino Unido,

Para além de aumentar o tamanho dos leilões diários e de introduzir o mecanismo de colateral repo temporário expandido, o Banco de Inglaterra anuncia que apoiará uma maior flexibilização da pressão de liquidez que enfrentam os fundos LDI através das suas operações regulares de repo a longo prazo indexadas a cada terça-feira e do novo mecanismo permanente de repo a curto prazo, que oferecerá uma quantidade ilimitada de reservas para as taxas de juro bancárias, a cada quinta-feira.

com uma parte significativa baseada no investimento em estratégias de passivo (LDI, sigla de Liability Driven Investments). Estas estratégias estão destinadas a obter suficientes ativos para cobrir todos os passivos atuais e futuros. Este setor é um grande utilizador de derivados de taxas de juro a longo prazo, ou de repos de gilts para obter uma exposição alavancada às taxas de juro de longo prazo, com o objetivo de igualar a duração dos seus ativos e passivos.

No sistema britânico, os fundos de pensões defined benefit (de benefício definido) pagam ao reformado uma prestação em função dos anos cotados ou da quantidade investida. Ou seja, a responsabilidade do pagamento (o passivo) está garantida independentemente da rentabilidade que obtenha o fundo (o ativo). “Dado que o valor dos futuros pagamentos de pensões está diretamente vinculado às taxas de juro, à inflação e à longevidade dos participantes, estes planos de pensões têm implantado estratégias de LDI pra reduzir a volatilidade e cortar os défices de financiamento crónicos”, explica a equipa da DBRS Morningstar. Os planos de pensões do Reino Unido têm adotado ampliamente estratégias de LDI

O Banco de Inglaterra anuncia que ampliará o alcance das suas compras de gilts para incluir as obrigações ligadas à inflação, para além das convencionais, com efeito a partir de 11 de outubro até 14 de outubro. Destinar-se-iam até 5.000 milhões de libras aos primeiros e até 5.000 milhões aos segundos.

ESTE SETOR É UM GRANDE UTILIZADOR DE DERIVADOS DE TAXAS DE JURO A LONGO PRAZO OU DE REPOS DE

GILTS

LDI
11
DE OUTUBRO
4 5 6 7 10 DE OUTUBRO NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 113

DESTACADOS

SELECIONADORES

PRIMEIROS MOVIMENTOS DEPOIS DA APRESENTAÇÃO DO MINI-BUDGET

Yield do gilt a 2 anos

4,5% 4,0% 3,5% 3,0% 2,5% 2,0% 1,5% 1,0% 0,5%

Fonte: Bondvigilantes.com (M&G Investments).

Valor de uma libra esterlina em dólares norte-americanos

A DÍVIDA DO GOVERNO A LONGO PRAZO TAMBÉM NOTOU O IMPACTO

6,0% 5,0% 4,0% 3,0% 2,0% 1,0% 0,0%

Fonte: Haver

nas últimas duas décadas. Segundo dados do regulador recolhidos pela Morningstar, calcula-se que mais de 1,5 biliões de libras dos seus ativos investidos sejam geridos com LDI.

“Em condições normais de mercado, a gestão das garantias destas posições é simples”, reconhece Stephen Snowden, responsável de Obrigações

da Artemis. No entanto, este rápido movimento dos preços dos gilt desencadeou um forte aumento das exigências de garantias de muitos fundos LDI, já que os contratos de derivados que protegem contra a queda das taxas de juro se afastaram consideravelmente do seu valor intrínseco (o que na indústria se denomina de Out of

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FUNDOS
PELOS
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AM
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$1,40 $1,35 $1,30 $1,25 $1,20 $1,15 $1,10 $1,05 $1,00 DEZ 2021 MAR 2022 JUN 2022 SET 2022 DIC 2021 MAR 2022 JUN 2022 SEP 2022
114 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO PRODUTOS INSTITUCIONAL
Analytics via Morningstar. Yield das emissões de gilt a 10 e 30 anos. 10-ANOS 30-ANOS 03-JAN22 11-JAN 22 19-JAN 22 27-JAN 22 04-FEV 22 14-FEV 22 22-FEV-22 02-MAR-2 10-MAR-22 18-MAR-22 28-MAR-22 05-ABR-22 13-ABR-22 21-ABR-22 29-ABR-22 09-MAI-22 17-MAI-22 25-MAI-22 02-JUN-22 10-JUN-22 20-JUN-22 28-JUN-22 06-JUL-22 14-JUL-22 22-JUL-22 01-AGO-22 09-AGO-22 17-AGO-22 25-AGO-22 02-SET-22 12-SET-22 20-SET-22 28-SET-22 06-OUT-22

Mas os derivados por si só não são problema. A verdadeira crise desencadeou-se por causa de tensões de liquidez. “Os fundos de pensões têm investido uma boa parte das suas carteiras em ativos ilíquidos que não se podem vender rapidamente, pelo que os requisitos de margem se pagam vendendo o que se pode”, conta Snowden. Isto é, a parte mais líquida, as obrigações governamentais.

“Para os fundos LDI que não dispunham de suficiente liquidez, isto significou uma rápida liquidação de ativos como gilts e obrigações corporativas. Ao mesmo tempo, outros planos de pensões de maior envergadura que gerem os seus próprios programas procuravam cumprir com as margens de garantia pela mesma razão. Assim, a comunidade de LDI acabou por realizar ajustes similares ao mesmo tempo com o mesmo conjunto de contrapartes”, explica Repton.

Desta forma criou-se um círculo vicioso: a correção nos gilts ativou as margin calls; para enfrentar a situação os fundos de pensões venderam os seus gilts: os gilts caem ainda mais por causa da venda massiva. O Banco de Inglaterra interveio rapidamente com um plano de compras de ativos para tentar travar a escalada das yields dos gilt.

Tal foi a magnitude da necessidade de liquidez, que este evento técnico também afetou mercados fora do britânico. “A maioria dos investidores com sede no Reino Unido, e especialmente os de obrigações, compram ativos no estrangeiro e cobrem o risco de divisas. O mercado de obrigações corporativas em libras esterlinas reduziu-se drasticamente face a outros mercados de capitais mundiais devido, sobretudo, ao contínuo crescimento dos mercados de crédito denominados em euros nos últimos anos. Muitos emissores já não se endividam em libras”, conta Jim Leaviss, diretor de Investimentos de Obrigações da M&G Investments.

FUTURO NO AR

E agora? A nível de produto surgem dúvidas sobre o futuro dos fundos LDI. Na opinião da Fitch Ratings, a procura por estruturas alavancadas LDI recebeu um duro golpe. Quiçá até mortal. “A crise destacou os riscos dos fundos LDI que fazem uso substancial dos derivados. Como resultado, o apetite dos planos de pensões pelas soluções LDI poderá reduzir-se em grande medida”, afirmam.

A repentina necessidade dos fundos de pensões de aportar significativas garantias adicionais, devido à queda dos preços das obrigações, fará com que mais fundos de pensões de benefício definido do Reino Unido favoreçam acordos de transferência de risco com seguradoras, em detrimento dos LDI que oferecem as gestoras de ativos.

QUEDAS CRIAM OPORTUNIDADES PARA INVESTIDORES QUE PERMANECEM CALMOS

As bolsas de valores de todo o mundo entraram em território de queda. O MSCI ACWI desceu mais de 20% durante os seis meses que terminaram a 30 de junho de 2022. Hoje, muitos investidores estão focados na probabilidade de uma recessão e de mais dor. Ninguém sabe quando esta queda vai acabar, mas estou confiante que acabará, por isso encorajo-vos a não se deixarem levar pelo pessimismo. Se tomarmos boas decisões em tempos de stress, podemos potencialmente estabelecer os próximos anos para obter fortes retornos. Atualmente, há economistas ponderados e experientes e investidores profissionais que lhe podem dar argumentos bem fundamentados sobre a razão deste bear market, dos problemas económicos serem diferentes, e porque é que desta vez as coisas podem piorar. Mas enquanto alguns poderão dizer: “Desta vez é diferente”, a nossa mensagem é: “Já vimos isto antes”.

Não sei se a atual queda terá lugar no panteão dos antigos bear markets. Mas o que sei é que todos os períodos de queda acabaram e o mercado recomeça.

Com o tempo, os mercados financeiros têm demonstrado uma capacidade notável de antecipar um amanhã melhor, mesmo quando as notícias de hoje são negativas. Embora ninguém possa prever o futuro e nenhum declínio do mercado seja igual, já experienciámos isto antes e aprendemos a sobreviver e a prosperar quando os mercados começam a recuperar.

NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 115

DON O’NEAL Gestor de carteiras, Capital Group
A PAR
OPINIÃO DE
Money). “Como ocorre com todos os derivados, há que pagar uma margem à contraparte dos mesmos para compensar as perdas que se acumulam. À medida que as yields aumentam é necessário entregar uma margem maior”, explica o gestor.
O BANCO DE INGLATERRA INTERVEIO RAPIDAMENTE PARA TENTAR TRAVAR A ESCALADA DAS YIELDS DOS GILT

ILÍQUIDOS

A HETEROGENEIDADE DOS OFERECE SOLUÇÕES PARA CADA TIPO DE INVESTIDOR

O universo de ativos privados é notavelmente diverso. Cada segmento responde a múltiplas dinâmicas de rentabilidade, risco e liquidez, o que determina se se adapta ao perfil e necessidades do investidor.

Os ativos privados, não cotados ou ilíquidos representam um universo que representa cerca de 10% da capitalização dos mercados globais cotados. Segundo dados da Prequin, no final de 2021 o volume de ativos nos mercados privados ascendia a 10,6 biliões de dólares, o que representa, tal como vemos no gráfico, que multiplicou por 15 o seu tamanho nas últimas duas décadas.

Os motivos principais do avanço destes mercados são o facto de atuarem como fonte de diversificação e descorrelação face aos ativos tradicionais e ajudarem a potenciar e complementar os retornos, ou por via de apreciação de capital ou via cupão ou dividendo.

Os avanços tecnológicos e a inovação dentro da própria indústria também contribuem para impulsionar este segmento de mercado, sem esquecer o papel do regulador, que flexibilizou o acesso dos investidores de retalho a veículos fechados.

Perante este cenário, convém parar e recordar que o universo de ativos privados é muito heterogéneo. O grosso do mercado (64%) continua concentrado em estratégias de private equity, sendo as de buyout e venture capital, por esta ordem, as de maior volume. No entanto, o crescimento que têm experimentado os segmentos de real estate, dívida privada, infraestruturas e recursos naturais tem sido muito significativo.

“Ao conjugar diferentes classes de ativos privados, os investidores não

EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS DESTACADOS DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS RELEVANTE, A LIDERANÇA.
PORTUGUESES: O
MULTIATIVOS
HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS
UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES
ANO DOS
FLEXÍVEIS ENTREVISTAS
DE
116 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO PRODUTOS ALTERNATIVOS por Montserrat Formoso

EVOLUÇÃO DO PATRIMÓNIO GLOBAL NOS MERCADOS PRIVADOS

só podem combinar distintos perfis de rentabilidade, risco, sustentabilidade/impacto e liquidez, mas também podem diversificar a exposição segundo fatores de risco e rentabilidade subjacentes”, assinala Leonardo Fernández, diretor do Canal Intermediário da Schroders. “Na hora de criar uma carteira de ativos privados devemos ter claro qual o nosso objetivo de investimento. Não é o mesmo querer maximizar a rentabilidade, ter fluxos de receitas constantes, maximizar a diversificação com a nossa carteira tradicional ou ter uma fiscalidade mais vantajosa”, explica.

TIPOS DE INVESTIDORES

Da Goldman Sachs AM diferenciam dois grandes tipos de investidores: aqueles impulsionados pelo passivo

ou liability driven (seguradoras ou fundos de pensões) e os investidores não orientados para o passivo, ou non liability driven (family office, bancas privadas ou particulares).

No caso dos primeiros, as estratégias de investimento nos mercados privados dependem de fatores muito específicos, como é o caso das necessidades de capital e os passivos. Por exemplo, se um plano de pensões

DOIS TIPOS DE INVESTIDORES. POR UM LADO, SEGURADORAS E PENSÕES E, POR OUTRO, FAMILY OFFICES E BANCAS PRIVADAS
PRIVADA, INFRAESTRUTURAS, REAL ESTATE E RECURSOS NATURAIS PRIVATE EQUITY (PE) 2000 2004 2008 2012 2016 2018 2020 2021 12 10 8 6 4 2 0 2000-2021 ∆ %CAGR
Fonte: Prequin. Dados em biliões de dólares. DÍVIDA
11,9%
17,8%
13,8% NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 117
Priv.Eq. 11,9x
Non-PE 31,2x
Total 15,2x

DIFERENTES PERFIS DE RENTABILIDADE-RISCO DENTRO DE CADA UNIVERSO

está ainda nas suas primeiras etapas, o objetivo principal costuma ser a revalorização do capital, pelo que o private equity teria uma maior alocação. Por outro lado, num plano de pensões mais maduro, espererar-se-ia uma diminuição do risco com um enfoque para ativos geradores de rendimentos (infraestruturas core, por exemplo).

Na Península Ibérica, o perfil destes investidores (pensões e segura -

doras) tem sido historicamente mais conservador, pelo que têm investido em ativos privados através de fundos de fundos, que oferecem uma grande diversificação e uma rentabilidade interessante, mas moderada. É o que afirma Borja de Luis, diretor executivo da UBS AM, e acrescenta que os investidores se têm movido pelos distintos ativos privados à medida que têm vindo a ganhar confiança e so -

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O
ENTREVISTAS HUW DAVIES, JUPITER AM THOMAS MOORE, INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS DE UMA BANCA PRIVADA EM MUTAÇÃO LEGISLAÇÃO NOVO REGIME DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE OICVM ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES PORTUGUESES:
ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS
1. Em private equity 2. Em
3. Em infraestruturas 4. Em real estate
Diaphanum e Preqin. Dados 2001-2017. O tamanho dos círculos corresponde ao volume relativo de ativos globais em cada uma das subclasses de investimento. BUYOUT EARLY STAGE GROWTH VENTURE DIRECT LENDING MEZZANINE SITUAÇÕES ESPECIAIS DÍVIDA DISTRESSED CO-INVEST. MULTIMANAGER FUNDOS DE FUNDOS SECUNDÁRIOS 10% 15% 20% 25% 30% 35% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% 18% 19% 18% 17% 16% 15% 14% 14% 13% 12% 11% 10% 9% 8% 7% 6% Desvio padrão da yield líquida Desvio padrão da yield líquida Risco Risco Rentabilidade Rentabilidade Yield líquida (mediana) Yield líquida (mediana) Core Core Core-plus Core-plus Value add Value add
Opportunistic Ativos regulados e infraestruturas sociais Fluxos de caixa Fluxos de caixa Incremento de capital Incremento
capital Ativos parcialmente regulados com risco de procura Ativos com risco de procura
concorrência
dívida privada
Fonte:
Opportunistic
de
ou de
A ampla diversidade de estratégias existentes nos mercados privados proporciona aos investidores uma variedade de impulsionadores da rentabilidade. A exposição a estes ativos permite que se ajustem a carteiras com perfis de retorno, risco e liquidez muito diferentes.
118 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO PRODUTOS ALTERNATIVOS

fisticação técnica. “Têm passado de fundos de fundos para investimentos através de dívida, em infraestruturas, private equity ou inclusive opções de coinvestimento direto”.

“Os investidores mais sofisticados já têm um apartado para cada tipo de rentabilidade que queiram alcançar, se é mais de dividendo ou mais via apreciação do capital”, assinala Paloma Ybarra, sócia e responsável de Institucionais na AltamarCAM. “Estamos a ver investidores institucionais que substituem a parte de dívida tradicional não por dívida privada ou infraestruturas, mas sim por private equity”.

No caso do segundo tipo de investidores, family offices ou bancas privadas, os objetivos de investimento são mais diversos, pelo que da Goldman Sachs AM veem no private equity e nos veículos multiestratégia as opções mais interessantes. Os ativos reais também podem desempenhar um papel relevante, em particular o setor imobiliário e as infraestruturas, que oferecem proteção num regime inflacionista. Por último, a dívida privada também pode ser útil pela sua capacidade para beneficiar de um contexto de subida de taxas de juro, já que a maioria é de taxa variável (face aos mercados tradicionais de crédito, nos quais os cupões costumam ser fixos).

INÉRCIA DE LONGO PRAZO

Embora os ativos como a dívida privada e as infraestruturas sejam duas estratégias que poderão cobrir certas necessidades dos investidores no contexto atual de inflação e taxas de juro em subida, os especialistas recomendam uma carteira diversificada investindo sistematicamente com um horizonte de médio e longo prazo. “Não é possível fazer market timing em mercados privados”, explica Pa -

loma Ybarra (AltamarCAM). “É um ativo que tem muita inércia, tanto para o bom como para o mau. O risco de nos equivocarmos é elevado”.

William Nicoll, responsável de Investimentos de Ativos Privados e Alternativos da M&G Investments, aponta que é importante que os investidores entendam em que ativos estão a investir, as suas implicações de liquidez e condições operacionais de entrada e de saída, e que estejam acompanhados de parceiros sólidos. Na sua opinião, isto é importante porque “as equipas de investimento nos mercados privados não podem formar-se da noite para o dia. Para investir com êxito nesta classe de ativos, é necessária uma longa trajetória no mercado e relações profundas capazes de aportar as oportunidades adequadas”. Sem esquecer, como assinala Rafael Calvo, sócio-gerente da MV Credit (afiliada da Natixis IM), a experiência do gestor “através dos ciclos económicos”.

Olhando para o futuro, os analistas da Morgan Stanley IM estimam que os ativos privados crescerão a um ritmo anual de 12% nos próximos anos, até aos 17 biliões de dólares. Os fatores chave serão a democratização dos mercados, o crescimento do crédito privado e dos investimentos em infraestruturas, o incremento das opções de liquidez alternativas e o enfoque nos investimentos ESG.

O processo de inovação será chave, e implica “não só a identificação de novos tipos de ativos nos diferentes mercados, mas também o desenvolvimento de modelos operacionais ad hoc para cada uma das novas estratégias que facilitem a sua gestão e de estruturas fiscais que maximizem o seu retorno”, assinala Javier Muñoz Neira, sócio responsável de Asset Management da KPMG.

OS INVESTIDORES TÊM QUE ENTENDER AS IMPLICAÇÕES DE LIQUIDEZ, A DINÂMICA DE ENTRADA E SAÍDA E FAZER-SE ACOMPANHAR DE PARCEIROS SÓLIDOS
NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 119

FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES

AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS CHURROS QUE PINGAM ÓLEO

DO MOTOR

O encanto dos clássicos não vem das inacreditáveis qualidades fora de estrada ou pela maior ou menor rapidez de aceleração. O sentimento e o valor emocional de um clássico são o que o tornam especial.

Sou o Zé. Sou casado. Tenho três filhos, o António, o Frederico e o Domingos. E desde que me lembro que gosto exatamente do mesmo que os meus filhos: carros. Com olhar especial sobre os ingleses de rodas altas. Não será coincidência certamente.

O meu fascínio por carros nasceu cedo. Não sei exatamente quando ou porquê. Mas sei que vi inúmeras vezes o África Minha, Os Deuses devem estar loucos, o Paris-Dakar ou os Camel Trophy’s. E sei também que à noite conseguia identificar qualquer modelo de carro pelos faróis enquanto esperava que a minha mãe me fosse buscar à escola.

Este entusiasmo, que lá em casa só não é partilhado pela minha mulher, vive de malas de ferramentas, manuais e peças minúsculas, grandes e enormes amontoadas na garagem onde vivem dois clássicos e um outro que para lá caminha. Não são raros os sábados em que, com ajuda de vizinhos e amigos

igualmente entusiasmados, mas sem fato macaco, nos dedicamos horas a fio a pormenores nos dois mais séniores. Dois clássicos very British, verdes de capota bege: um Land Rover série 3 88’ de 1979 ao lado do seu parceiro de garagem, um Morgan 4/4. O outro é um Defender de 1998.

Ao contrário de muitos, o encanto não vem das inacreditáveis qualidades fora de estrada ou pela maior ou menor rapidez de aceleração. Mas por serem clássicos. E um clássico por definição, nunca passa de moda, mas antes de geração em geração. Com um valor que ultrapassa o do próprio ativo e se transforma num sentimento que contagia todos.

Mas como é que isto me aconteceu? Num verão, mais ou menos por acaso, pesquisava os Land Rover S3 à venda. E dei de caras com o CV, the first. Decidi que o tinha de comprar. E depois pensei, perguntei, procurei outros e arranjei uma desculpa para me convencer de que era a altura certa para gastar

aquele dinheiro. Não dormi e até me esqueci de ver se cabia na garagem. E depois comprei-o. E coube.

O Land Rover tinha sido restaurado e estava bem de mecânica, mas bem não era o objetivo. O objetivo era voltar ao original. Fiz uma revisão geral com ajuda profissional. Revi travões e transmissão, filtros e óleos. Devolvi-lhe as jantes em Limestone e uma boa proteção do chassi.

A beleza de cuidar de um LR de ’79 é termos uma tarefa que está sempre inacabada. Enquanto as alterações se cingiram a puxadores novos e ao fantástico para-choques galvanizado foi tudo muito simples, mais difícil foram a bomba de água e a mudança de um alternador, de telefone na mão e youtube a dar. A partir daí começou a melhor parte. Usá-lo, claro, mas sobretudo cuidá-lo para a geração seguinte.

A condução, como alguns sabem, não tem um único defeito. A folga da direção é enorme e a da caixa de velocidades não lhe fica atrás. As costas ficam ab-

DESTACADOS
RELEVANTE,
EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS
DO ANO, SÃO VÁRIAS AS TENDÊNCIAS QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS
A LIDERANÇA.
PORTUGUESES:
HUW
THOMAS
INVESCO NEGÓCIO DESAFIOS
BANCA PRIVADA
LEGISLAÇÃO NOVO REGIME
COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA
ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
O ANO DOS MULTIATIVOS FLEXÍVEIS ENTREVISTAS
DAVIES, JUPITER AM
MOORE,
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EM MUTAÇÃO
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120 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO
ESTILO DE VIDA AUTOMÓVEIS
por José Gavino

solutamente a 90 graus. Não há encostos de cabeça e as pernas de quem tem mais que 1,80m sentem algum desconforto. Os retrovisores são um espanto. Diria o avô da minha mulher, rematando com um, “mas não mostram nada”.

CLASSE DE ATIVOS

Há 10 ou 15 anos este era apenas um hobby de miúdos que não cresceram, diriam alguns. Hoje, é uma classe de ativos. Descorrelacionado do mercado de ações e obrigações, tal como o imobiliário dos fundos Corum (tinha que deixar esta nota). Existem muitíssimos

familly offices que foram para além dos mercados tradicionais, para além dos alternativos conhecidos e chegaram aos carros e relógios clássicos.

Fico contente por já não ter um centro de custos chamado carro antigo, mas sim uma carteira de investimentos ainda mais diversificada.

Tenho dificuldade em expressar-me melhor: adoro sair no meu Land Rover Série 3 na loucura dos seus 60km/h, com o cotovelo de fora daquela janela esdrúxula na esperança de encontrar outro LR para acenar e sentir o mesmo no outro condutor.

E isto vale tudo a pena para chegar à geração seguinte ou pelo menos ao verão seguinte. Despido de capota e vidros é a alegria dos mais pequenos. Mal há sol suficiente, sair para a praia num amontoado de chapéus, lancheiras, miúdos e adultos entusiasmados e barulhentos. E ao fim do dia regressar com farturas e churros com chocolate a pingar por todo o lado. Ou será óleo? E começar tudo outra vez.

Nota: os Land Rover são conhecidos por pingar óleo. Diz-se que é bom sinal, é sinal que tem óleo.

Dois clássicos very british, verdes de capota bege: um Land Rover Série 3 88’ de 1979 (à esq.) e um Morgan 4/4 (ao centro). Um Defender de 1998, azul, à direita.
NOVEMBRO E DEZEMBRO I FUNDSPEOPLE 121

FUNDOS DESTACADOS PELOS SELECIONADORES

COSTA RICA O PARAÍSO DA BIODIVERSIDADE

Pura Vida. É esta a filosofia que se respira e se sente na Costa Rica. Uma forma descontraída de apreciar a vida. Um estilo de vida positivo e em sintonia com a Natureza.

A

Costa Rica não podia ter outro nome. Vulcões, praias no Caribe e praias banhadas pelo Oceano Pacífico, paisagens de florestas e selvas tropicais. É de facto uma terra rica em fauna e flora. Apesar de ser um país mais pequeno do que Portugal, abriga 5% da biodiversidade terrestre e 3,5% da vinha marinha mundial.

Aqui a Natureza é quem mais ordena e a sustentabilidade é vivida de forma muito intensa nestas paragens. Aliás, a Costa Rica é uma referência mundial na preservação da biodiversidade, com políticas ambientais bastante progressistas. Note-se que já na década de 1940, este país decidiu abolir o exército e desviar as despesas de guerras para aumentar os níveis de literacia, assim como preservar os seus ecossistemas naturais.

Atualmente, tem mais de 25 parques naturais e outras tantas de reservas naturais (cerca de 30% do território é protegido) e mais de 90% da eletricidade consumida no país tem origem a partir de fontes renováveis.

Foi na mini-amazónia da Costa Rica, o Parque Nacional Tortuguero, que a minha incursão na selva come-

çou. Situado no caribe, na zona norte do país, este parque foi criado com o propósito de proteger a desova das tartarugas marinhas que todos os anos chegam àquelas praias de areia negra.

É igualmente a casa de jaguares, manatins, crocodilos, caimões, macacos, iguanas, tucanos, rãs-de-olhos-vermelhos e de tantos outros animais exóticos. O parque é, na verdade, um emaranhado de canais, lagoas e rios, apenas acessíveis e explorados através de botes, canoas e caiaques.

A NÃO PERDER

A imensidão da selva e a exuberância da natureza são aqui avassaladoras. As cores e os sons que pautam a paz deste lugar são um manjar para os sentidos, um convite a um abrandar o ritmo e a desfrutar a vida.

Uma experiência a não perder neste parque é, sem dúvida, assistir à desova das tartarugas, nas praias de areia negra do Caribe. Acontece durante a noite, no mais absoluto silêncio, para não perturbar as estrelas deste espetáculo. Olhos que se habituam à escuridão e ouvidos atentos, que assistem a uma marcha lenta de tartarugas que procuram um porto seguro para nidificar ou o caminho de volta ao mar.

A viagem prossegue, desta vez, com destino à zona central do país, o Parque Natural Arenal. O vulcão de 1670 metros de altura que dá nome ao mesmo, é incontornável no cenário verde. Apesar de tranquilo, não está inativo (ainda que adormecido), o que faz com que a aquela paisagem arrebatadora imponha ainda mais respeito.

No parque, sobretudo na área de La Fortuna, não faltam trilhos e caminhos para percorrer. Alguns deles estão mesmo a várias dezenas de metros de altura, através de uma cordilheira de pontes pedonais suspensas, que permitem caminhar sobre a copa das árvores e ter uma perspetiva única sobre aquela selva ímpar, com o lago, que partilha o nome com o vulcão ao fundo.

E no final de um dia de caminhada, não há melhor forma de recuperar corpo e mente das aventuras do dia, do que mergulhar nas águas quentes que descem pelas encostas do vulcão Arenal. São um sinal de vida deste gigante adormecido. Há imensas estâncias turísticas na zona onde piscinas naturais e cascatas fazem as delícias dos ecoturistas que visitam a zona.

De novo na estrada, repleta de curvas, e com o lago Arenal como com-

DESTACADOS
SÃO
TENDÊNCIAS
RELEVANTE,
EM MAIS UMA SONDAGEM SOBRE OS FUNDOS
DO ANO,
VÁRIAS AS
QUE FICAM EVIDENTES. A MAIS
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PORTUGUESES: O
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NEGÓCIO DESAFIOS
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LEGISLAÇÃO NOVO
TRANSFRONTEIRIÇA
ESTILO COSTA RICA AUTOMÓVEIS
NÚMERO 47 NOVEMBRO E DEZEMBRO 2022 27/09/2022 12:21
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DE UMA BANCA
EM MUTAÇÃO
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CLÁSSICOS
122 FUNDSPEOPLE I NOVEMBRO E DEZEMBRO
ESTILO DE VIDA VIAGEM
por Ana Gomes

panheiro de viagem durante boa parte do percurso, Monteverde, a floresta das nuvens, espera-nos. Embora a distância seja relativamente pequena (aproximadamente 150km), leva o seu tempo e justifica o jipe.

A viagem de carro é por si só uma experiência. Por um lado, temos imponência da paisagem que convida a parar e aproveitara para apreciar o chocolate e café da Costa Rica, nos vários restaurantes e cafés ao longo do caminho. Por outro, os vários kms de estrada mal pavimentados, ou mesmo não pavimentados, servem de antecâmara para o que nos aguarda: o parque da floresta nublosa de Monteverde. Os difíceis acessos fazem parte do seu charme de floresta quase inacessível e intocável.

Localizado a uma elevada altitude, para além da toda a sua biodiversidade, Monteverde tem uma particularidade. Num dos seus montes, as águas das chuvas escoam num lado da encosta para o mar do Caribe e no outro para o Oceano Pacífico.

Aqui, na Costa Rica, este sentimento de que tudo está ligado está sempre presente. É intrínseco à cultura de respeito pela natureza e ao seu lema de pura vida.

Na área de La Fortuna não faltam trilhos e caminhos para percorrer, alguns deles a muitos metros de altura.
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Investir num mundo melhor

Foco nos fatores ambientais, sociais e de governação corporativa (ESG) para melhorar os resultados dos clientes e impulsionar mudanças positivas.

Agimos de acordo com o princípio de que onde investimos hoje vai determinar o mundo no qual viveremos amanhã.

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