Tributo a Fausto Sampaio

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Tributo a

FAUSTO SAMPAIO


Tributo a

FAUSTO SAMPAIO


Fausto Sampaio nasceu em Alféolas, Anadia, em 1893. A incapacidade auditiva que o atingiu aos 22 meses de idade tornou-o surdo-mudo mas isso não o impediu de ter uma grande sensibilidade para se exprimir através da pintura.

Atinge o auge da sua carreira artística nas décadas de 30 e 40 do século XX, época em que realizou grande parte das suas obras nas províncias ultramarinas e que lhe valeram o título de Pintor do Império. Em algumas províncias esteve só de passagem, em Macau e Tomé, demorou-se mais tempo e tornou-se residente.



Rio Vouga no Poço de S. Tiago, 1946 Fausto Sampaio (1893 – 1956) Óleo s/ Cartão Prensado 470 x 610 N. Inv. 0015

Fausto Sampaio distinguiu-se como grande paisagista. Exprimia profundos sentimentos pela natureza, brilhou pelo uso apurado da cor e pela predominância das atmosferas embaciadas ou luminosas. Foi inexcedível na representação das terras do Vale do Vouga.



Os palheiros da Costa Nova, 1942 Fausto Sampaio (1893 – 1956) Óleo s/ Madeira 360 x 245 N. Inv. 0458

Esta composição manifesta através de crostas subtis, passagens de tonalidades de difícil execução, de uma riqueza na policromia, um resultado de sensibilidade incrível, de grande mestria e experiência onde o decorativismo assume as cores portuguesas e especificamente nesta obra a praia da Costa Nova: Os Palheiros da Costa Nova. Executada em 1942, óleo sobre madeira. Esta praia com uma ligação muito forte à sua terra, Anadia, e a toda a região da Bairrada como destino de veraneio.



Vista do Forte de Diu, 1944 Fausto Sampaio (1893 – 1956) Óleo s/ Tela 460 x 600 N. Inv. 0014

Fausto Sampaio foi o Pintor do Império, pintando todas as ex-colónias portuguesas, demonstrando que essa presença nacional era palpável e concreta nessas distantes paragens, estabelecendo um elo cultural do Portugal Continental e das Antigas Colónias numa linguagem nacionalista, socorrendo-se do Naturalismo como corrente artística que, à época, assumia o espelho da Pátria. Um diálogo Ocidente-Oriente com cores de uma Globalidade de séculos, aderindo assim ao Orientalismo.



Goa, 1944 Fausto Sampaio (1893 – 1956) Óleo s/ Tela 456 x 604 N. Inv. 0341

Fausto Sampaio, artista singular do período naturalista de transição para o modernismo. Possuidor de grande mestria técnica e de uma enorme sensibilidade, tendo sido um impressionista de grande versatilidade e um paisagista nato, com obras únicas em que a rápida pincelada e a extrema facilidade de manejar a espátula, lhe permitiram captar a impressão dos momentos, instantes quase palpáveis, fazendo-os perdurar para sempre. Discípulo de Jules Renard, brilhou pelo uso apurado da cor e pela predominância das atmosferas embaciadas ou luminosas.



Lourenço Marques, 1944 Fausto Sampaio (1893 – 1956) Óleo s/ Tela 460 x 600 N. Inv. 0016

Artista singular do período naturalista, de transição para o modernismo, a sua obra revela o conhecimento e admiração pelo Oriente, o que o levou também a aderir ao Orientalismo característico da pintura da sua época. As suas obras, fruto da vivência nas terras por onde viajou, como Goa, Diu, Damão ou Timor, mas também daquelas em que viveu, como Macau, exprimem a atmosfera, os contrastes, a paisagem, a luz, as figuras e as formas próprias de cada uma.


Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro Praça Dr. António Breda, 4 3750-106 Águeda Tel. +351 234 623 720 Email: conservador.museu@ fundacaodionisiopinheiro.pt www.fundacaodionisiopinheiro.pt


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