PASSIO
Crucifixos, Figuras de Cristo
na Colecção da Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro
Passio Crucifixos, figuras de Cristo
na Colecção da Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro
O objeto de arte - hoje museológico - pode ser transformado pela ação da humanidade e da natureza, que lhe conferirá novos atributos estéticos e de funcionalidade. São estas metamorfoses que se operam nas coleções de arte. Mutações do objeto. Um crucifixo manterá o valor de culto, no entanto, ganha o valor de exposição. Permitindo, assim, o estudo entre a humanidade e a realidade. Sendo assim, os objectos comunicam, tal como outro bem cultural ou natural, estabelecendo relações díspares por entre o público que o admira, o examina, o ama, o deseja, o cultiva, o ignora. O objecto é também facto social, memória. Imagem e reflexo. Pertença de um património alegórico porque não tem valor intrínseco, porque não é apenas material. J. M. Vieira Duque
Este catálogo intitulado “Passio” (Paixão) reúne um conjunto de peças representativas de Jesus Cristo na temática da sua crucificação e morte. Ao longo destas páginas encontraremos, como complemento às obras, algumas passagens da fase final da Paixão de Cristo, presentes no Evangelho de João. A acompanhar a versão portuguesa dos textos, encontra-se o original grego para uma maior complementaridade e riqueza do conteúdo. Os temas religiosos foram, ao longo dos séculos, os mais representados pela arte. A Paixão de Cristo é, sem dúvida, um dos momentos históricos mais exaltados nessa representação e, por isso, a selecção de obras que encontraremos neste catálogo são exclusivamente relacionadas com a temática do calvário, da crucificação e morte de Jesus Cristo. Todas estas obras fazem parte da Colecção de Arte do nosso Museu. Este é, portanto, também um meio de divulgação de uma parte específica do espólio do casal Dionísio e Alice Pinheiro, que hoje se encontra visitável na nossa Fundação.
Crucifixo Cristo Cruxificado, Séc. XVII Origem Italiano Marfim c/ cruz em madeira 870x610x160 N. Inv. 0107
“Havia neste tempo Jesus, um homem sábio [se é lícito chamá-lo de homem, porque ele foi o autor de coisas admiráveis, um professor tal que fazia os homens receberem a verdade com prazer]. Ele fez seguidores tanto entre os judeus como entre os gentios.[Ele era o Cristo.] E quando Pôncio Pilatos, seguindo a sugestão dos principais entre nós, condenou-o à cruz, os que o amaram no princípio não o esqueceram; [porque ele apareceu a eles vivo novamente no terceiro dia; como os divinos profetas tinham previsto estas e milhares de outras coisas maravilhosas a respeito dele]. E a tribo dos cristãos, assim chamados por causa dele, não está extinta até hoje.” *(O indicado em itálico poderá ter possíveis interpolações.) Antiguidades Judaicas, Flávio Josefo
Imagem em marfim de de Cristo crucificado. A cruz é de madeira, supendendo o corpo (peça única, com excepção dos braços), com pregos de metal. Imagem excepcional pelo seu tamanho, detalhe e precisão anatómica, típica das obras escultóricas italianas.
Imagem de Vulto Cristo, Séc. XVI Indo-Português Marfim 375x372 N. Inv. 0079
JESUS É FLAGELADO, COROADO DE ESPINHOS E CONDENADO (Evangelho de São João, 19) (Mateus 27, 27–31; Marcos 15, 16–20)
Depois de fazer esta pergunta, Pilatos saiu outra vez do palácio para falar com os judeus: «Não encontro nenhum motivo para condenar este homem! 39 É vos-so costume que eu vos solte um preso todos os anos por altura da festa da Páscoa. Não querem que vos solte este ano o rei dos judeus?» 40 Eles gritaram: «Não, esse não! Solta-nos Barrabás!» Ora Barrabás era um criminoso.
19 1 Então Pilatos mandou prender e açoitar Jesus. 2 Os soldados entrelaçaram uma coroa de espinhos que puseram na cabeça de Jesus. Depois colocaram-lhe aos ombros um manto vermelho. 3 Aproximavam-se e faziam pouco dele: «Vi-va o rei dos judeus!» E davam-lhe bofetadas.
Καὶ τοῦτο εἰπὼν πάλιν ἐξῆλθεν πρὸς τοὺς Ἰουδαίους καὶ λέγει αὐτοῖς Ἐγὼ οὐδεμίαν εὑρίσκω ἐν αὐτῷ αἰτίαν 39 ἔστιν δὲ συνήθεια ὑμῖν ἵνα ἕνα ἀπολύσω ὑμῖν ἐν τῷ πάσχα βούλεσθε οὖν ἀπολύσω ὑμῖν τὸν Βασιλέα τῶν Ἰουδαίων 40 Ἐκραύγασαν οὖν πάλιν λέγοντες Μὴ τοῦτον ἀλλὰ τὸν Βαραββᾶν ἦν δὲ ὁ Βαραββᾶς λῃστής
19 1 Τότε οὖν ἔλαβεν ὁ Πιλᾶτος τὸν Ἰησοῦν καὶ ἐμαστίγωσεν 2 καὶ οἱ στρατιῶται πλέξαντες στέφανον ἐξ ἀκανθῶν ἐπέθηκαν αὐτοῦ τῇ κεφαλῇ καὶ ἱμάτιον πορφυροῦν περιέβαλον αὐτόν 3 καὶ ἤρχοντο πρὸς αὐτὸν καὶ ἔλεγον Χαῖρε ὁ Βασιλεὺς τῶν Ἰουδαίων καὶ ἐδίδοσαν αὐτῷ ῥαπίσματα
Imagem de Vulto Cristo, Séc. XVIII Indo-Português Marfim 230x159 N. Inv. 0080
4 Uma vez mais, Pilatos saiu do palácio e foi dizer aos judeus: «Eu vou trazê-lo cá fora, para que saibam que não encontro nenhuma razão para o mandar matar.» 5 Quando Jesus saiu do palácio, trazia a coroa de espinhos na cabeça e o manto vermelho pelos ombros. Pilatos disse aos judeus: «Aqui está o homem!» 6 Quando os chefes dos sacerdotes e os guardas do templo o viram, começaram a gritar: «Crucifica-o! Crucifica-o!» Disse-lhes Pilatos: «Levem-no e crucifiquem-no vocês. Eu não encontro nenhuma razão para o condenar.» 7 Os judeus responderam-lhe: «Nós temos uma lei, e segundo essa lei ele deve morrer, porque afirmou que era o Filho de Deus.» 8 Quando Pilatos ouviu estas palavras, ficou ainda com mais medo. 9 Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus: «Donde és tu?» Mas Jesus não respondeu. 10 Admirado, Pilatos insistiu: «Não me falas? Não sabes que tenho autoridade para te soltar ou para te mandar crucificar?»
4 Καὶ ἐξῆλθεν πάλιν ἔξω ὁ Πιλᾶτος καὶ λέγει αὐτοῖς Ἴδε ἄγω ὑμῖν αὐτὸν ἔξω ἵνα γνῶτε ὅτι οὐδεμίαν αἰτίαν εὑρίσκω ἐν αὐτῷ 5 ἐξῆλθεν οὖν ὁ Ἰησοῦς ἔξω φορῶν τὸν ἀκάνθινον στέφανον καὶ τὸ πορφυροῦν ἱμάτιον καὶ λέγει αὐτοῖς Ἰδοὺ ὁ ἄνθρωπος 6 Ὅτε οὖν εἶδον αὐτὸν οἱ ἀρχιερεῖς καὶ οἱ ὑπηρέται ἐκραύγασαν λέγοντες Σταύρωσον σταύρωσον Λέγει αὐτοῖς ὁ Πιλᾶτος Λάβετε αὐτὸν ὑμεῖς καὶ σταυρώσατε ἐγὼ γὰρ οὐχ εὑρίσκω ἐν αὐτῷ αἰτίαν 7 Ἀπεκρίθησαν αὐτῷ οἱ Ἰουδαῖοι Ἡμεῖς νόμον ἔχομεν καὶ κατὰ τὸν νόμον ὀφείλει ἀποθανεῖν ὅτι Υἱὸν Θεοῦ ἑαυτὸν ἐποίησεν 8 Ὅτε οὖν ἤκουσεν ὁ Πιλᾶτος τοῦτον τὸν λόγον μᾶλλον ἐφοβήθη 9 καὶ εἰσῆλθεν εἰς τὸ πραιτώριον πάλιν καὶ λέγει τῷ Ἰησοῦ Πόθεν εἶ σύ Ὁ δὲ Ἰησοῦς ἀπόκρισιν οὐκ ἔδωκεν αὐτῷ 10 Λέγει οὖν αὐτῷ ὁ Πιλᾶτος Ἐμοὶ οὐ λαλεῖς οὐκ οἶδας ὅτι ἐξουσίαν ἔχω ἀπολῦσαί σε καὶ ἐξουσίαν ἔχω σταυρῶσαί σε
Imagem de Vulto Cristo, Séc. XVI Indo-Português Marfim 329x219 N. Inv. 0081
11 Respondeu-lhe Jesus: «Não terias qualquer autoridade contra mim, se não te tivesse sido dada do alto. Por isso mesmo, quem me entregou a ti tem mais culpa diante de Deus do que tu.» 12 Por causa destas palavras, Pilatos procurava todas as maneiras de o pôr em liberdade. Mas os judeus gritavam: «Se dás a liberdade a esse homem, não és amigo do imperador, pois todo aquele que se faz rei, é inimigo do imperador.» 13 Pilatos, ao ouvir isto, levou Jesus para fora do palácio e sentou-o na cadeira de juiz, num lugar pavimentado com pedras e que por isso se chama em hebraico Gabatá. 14 Era o dia da Preparação da Páscoa, por volta do meio-dia. Pilatos disse aos judeus: «Aqui está o vosso rei!» 15 Mas eles gritaram: «Fora com ele! Fora com ele! Crucifica-o!» Pilatos tornou a questioná-los: «Então hei de crucificar o vosso rei?» Desta vez os chefes dos sacerdotes responderam-lhe: «Nós não temos outro rei a não ser o imperador!»
11 Ἀπεκρίθη ‹αὐτῷ› Ἰησοῦς Οὐκ εἶχες ἐξουσίαν κατ’ ἐμοῦ οὐδεμίαν εἰ μὴ ἦν δεδομένον σοι ἄνωθεν διὰ τοῦτο ὁ παραδούς μέ σοι μείζονα ἁμαρτίαν ἔχει 12 Ἐκ τούτου ὁ Πιλᾶτος ἐζήτει ἀπολῦσαι αὐτόν οἱ δὲ Ἰουδαῖοι ἐκραύγασαν λέγοντες Ἐὰν τοῦτον ἀπολύσῃς οὐκ εἶ φίλος τοῦ Καίσαρος πᾶς ὁ βασιλέα ἑαυτὸν ποιῶν ἀντιλέγει τῷ Καίσαρι 13 Ὁ οὖν Πιλᾶτος ἀκούσας τῶν λόγων τούτων ἤγαγεν ἔξω τὸν Ἰησοῦν καὶ ἐκάθισεν ἐπὶ βήματος εἰς τόπον λεγόμενον Λιθόστρωτον Ἑβραϊστὶ δὲ Γαββαθα 14 ἦν δὲ Παρασκευὴ τοῦ πάσχα ὥρα ἦν ὡς ἕκτη καὶ λέγει τοῖς Ἰουδαίοις Ἴδε ὁ Βασιλεὺς ὑμῶν 15 Ἐκραύγασαν οὖν Ἐκεῖνοι Ἆρον ἆρον σταύρωσον αὐτόν Λέγει αὐτοῖς ὁ Πιλᾶτος Τὸν Βασιλέα ὑμῶν σταυρώσω Ἀπεκρίθησαν οἱ ἀρχιερεῖς Οὐκ ἔχομεν βασιλέα εἰ μὴ Καίσαρα
Imagem de Vulto Cristo Crucificado, Séc. XVI Indo-Português Marfim 235x190 N. Inv. 0083
JESUS CRUCIFICADO
Evangelho de S. João, 19 (Mateus 27,32–44; Marcos 15,21–32; Lucas 23,26–43)
16 Por fim, Pilatos entregou-lhes Jesus para ser crucificado. Eles levaram Jesus. 17 E ele, carregando ele próprio a cruz, saiu em direção a um lugar chamado Caveira, que em língua hebraica se diz Gólgota. 18 Foi ali que o pregaram na cruz. E crucificaram com ele outros dois homens, um à esquerda e outro à direita de Jesus. 19 Pilatos mandou escrever e colocar sobre a cruz um letreiro que dizia: Jesus o Nazareno, Rei dos judeus. 20 Muitos judeus puderam facilmente ler este letreiro, porque o lugar em que Jesus foi crucificado era perto da cidade e o letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego. 21 Os chefes dos sacerdotes disseram a Pilatos: «Não escrevas “Rei dos judeus”, mas sim: “Este homem disse: Eu sou o Rei dos judeus”.» 22 E Pilatos retorquiu: «O que escrevi, escrevi.»
16 Τότε οὖν παρέδωκεν αὐτὸν αὐτοῖς ἵνα σταυρωθῇ Παρέλαβον οὖν τὸν Ἰησοῦν 17 Καὶ βαστάζων ἑαυτῷ τὸν σταυρὸν ἐξῆλθεν εἰς τὸν λεγόμενον Κρανίου τόπον ὃ λέγεται Ἑβραϊστὶ Γολγοθᾶ 18 ὅπου αὐτὸν ἐσταύρωσαν καὶ μετ’ αὐτοῦ ἄλλους δύο ἐντεῦθεν καὶ ἐντεῦθεν μέσον δὲ τὸν Ἰησοῦν 19 Ἔγραψεν δὲ καὶ τίτλον ὁ Πιλᾶτος καὶ ἔθηκεν ἐπὶ τοῦ σταυροῦ ἦν δὲ γεγραμμένον ΙΗΣΟΥΣ Ο* ΝΑΖΩΡΑΙΟΣ Ο* ΒΑΣΙΛΕΥΣ ΤΩΝ ΙΟΥΔΑΙΩΝ 20 Τοῦτον οὖν τὸν τίτλον πολλοὶ ἀνέγνωσαν τῶν Ἰουδαίων ὅτι ἐγγὺς ἦν ὁ τόπος τῆς πόλεως ὅπου ἐσταυρώθη ὁ Ἰησοῦς καὶ ἦν γεγραμμένον Ἑβραϊστί Ῥωμαϊστί Ἑλληνιστί 21 ἔλεγον οὖν τῷ Πιλάτῳ οἱ ἀρχιερεῖς τῶν Ἰουδαίων Μὴ γράφε Ὁ Βασιλεὺς τῶν Ἰουδαίων ἀλλ’ ὅτι ἐκεῖνος εἶπεν Βασιλεύς εἰμι «τῶν Ἰουδαίων» 22 Ἀπεκρίθη ὁ Πιλᾶτος Ὃ γέγραφα γέγραφα
Imagem de Vulto Cristo, Séc. XVI Indo-Português Marfim 310x187 N. Inv. 0084
23 Os soldados, depois de terem crucificado Jesus, pegaram na roupa dele e dividiram-na em quatro partes, ficando cada um com uma parte. E havia também a túnica, feita de uma só peça de pano, sem costura. 24 Os soldados disseram uns aos outros: «Não a vamos rasgar, mas tiremos à sorte para ver quem fica com ela.» Assim se cumpriu a passagem da Sagrada Escritura: Repartiram as minhas roupas entre si e tiraram sortes sobre a minha túnica. Foi isto o que os soldados fizeram. 25 Junto da cruz de Jesus estavam a sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26 Jesus viu a sua mãe e junto dela o discípulo que ele amava. E disse à sua mãe: «Mulher, aí tens o teu filho.» 27 Depois disse ao discípulo: «Aí tens a tua mãe.» E, desde esse momento, aquele discípulo recebeu-a em sua casa.
23 Οἱ οὖν στρατιῶται ὅτε ἐσταύρωσαν τὸν Ἰησοῦν ἔλαβον τὰ ἱμάτια αὐτοῦ καὶ ἐποίησαν τέσσαρα μέρη ἑκάστῳ στρατιώτῃ μέρος καὶ τὸν χιτῶνα ἦν δὲ ὁ χιτὼν ἄραφος ἐκ τῶν ἄνωθεν ὑφαντὸς δι’ ὅλου 24 εἶπαν οὖν πρὸς ἀλλήλους Μὴ σχίσωμεν αὐτόν ἀλλὰ λάχωμεν περὶ αὐτοῦ τίνος ἔσται ἵνα ἡ γραφὴ πληρωθῇ ‹ἡ λέγουσα› Διεμερίσαντο τὰ ἱμάτιά μου ἑαυτοῖς καὶ ἐπὶ τὸν ἱματισμόν μου ἔβαλον κλῆρον Οἱ μὲν οὖν στρατιῶται ταῦτα ἐποίησαν 25 Εἱστήκεισαν δὲ παρὰ τῷ σταυρῷ τοῦ Ἰησοῦ ἡ μήτηρ αὐτοῦ καὶ ἡ ἀδελφὴ τῆς μητρὸς αὐτοῦ Μαρία ἡ τοῦ Κλωπᾶ καὶ Μαρία ἡ Μαγδαληνή 26 Ἰησοῦς οὖν ἰδὼν τὴν μητέρα καὶ τὸν μαθητὴν παρεστῶτα ὃν ἠγάπα λέγει τῇ μητρί Γύναι ἴδε ὁ υἱός σου 27 εἶτα λέγει τῷ μαθητῇ Ἴδε ἡ μήτηρ σου καὶ ἀπ’ ἐκείνης τῆς ὥρας ἔλαβεν ὁ μαθητὴς αὐτὴν εἰς τὰ ἴδια
Imagem de Vulto Cristo, Séc. XVI Indo-Português Marfim 415x285 N. Inv. 0085
MORTE DE JESUS
Evangelho de S. João, 19 (Mateus 27,45–56; Marcos 15,33–41; Lucas 23,44–49)
28 Depois disto, como Jesus sabia que a sua obra agora tinha chegado ao fim, exclamou para se cumprir o que diz a Sagrada Escritura: «Tenho sede.» 29 Havia ali uma vasilha cheia de vinagre. Molharam uma esponja no vinagre, ataram-na a uma cana, e chegaram-na à boca de Jesus. 30 Ele provou o vinagre e disse então: «Tudo está cumprido.» Depois inclinou a cabeça e morreu.
28 Μετὰ τοῦτο εἰδὼς ὁ Ἰησοῦς ὅτι ἤδη πάντα τετέλεσται ἵνα τελειωθῇ ἡ γραφὴ λέγει Διψῶ 29 σκεῦος ἔκειτο ὄξους μεστόν σπόγγον οὖν μεστὸν τοῦ ὄξους ὑσσώπῳ περιθέντες προσήνεγκαν αὐτοῦ τῷ στόματι 30 ὅτε οὖν ἔλαβεν τὸ ὄξος ὁ Ἰησοῦς εἶπεν Τετέλεσται καὶ κλίνας τὴν κεφαλὴν παρέδωκεν τὸ πνεῦμα
Escultura/Arte Sacra Imagem de Vulto Cristo na Cruz, Séc. XVII Indo-Português Marfim 177x81 N. Inv. 0082
31 Como era a Preparação da Páscoa, e também o início do sábado — porque aquele sábado era muito solene — os corpos dos condenados não deviam ficar na cruz. Por isso os chefes dos judeus pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e retirar os corpos. 32 De facto, os soldados foram e quebraram as pernas aos dois homens que tinham sido crucificados ao mesmo tempo que Jesus. 33 Mas quando chegaram a Jesus, vendo que ele já tinha morrido não lhe quebraram as pernas. 34 No entanto, um dos soldados espetoulhe a lança no peito e imediatamente saiu sangue e água. 35 Quem viu estas coisas dá testemunho e o seu testemunho é verdadeiro — e ele sabe que diz a verdade — para que também vocês acreditem. 36 Estas coisas aconteceram para se cumprir a Sagrada Escritura que diz: Não lhe hão de quebrar nenhum osso. 37 E há ainda outra passagem da Escritura que diz: hão de contemplar aquele que trespassaram com uma lança.
31 Οἱ οὖν Ἰουδαῖοι ἐπεὶ Παρασκευὴ ἦν ἵνα μὴ μείνῃ ἐπὶ τοῦ σταυροῦ τὰ σώματα ἐν τῷ σαββάτῳ ἦν γὰρ μεγάλη ἡ ἡμέρα ἐκείνου τοῦ σαββάτου ἠρώτησαν τὸν Πιλᾶτον ἵνα κατεαγῶσιν αὐτῶν τὰ σκέλη καὶ ἀρθῶσιν 32 ἦλθον οὖν οἱ στρατιῶται καὶ τοῦ μὲν πρώτου κατέαξαν τὰ σκέλη καὶ τοῦ ἄλλου τοῦ συσταυρωθέντος αὐτῷ 33 ἐπὶ δὲ τὸν Ἰησοῦν ἐλθόντες ὡς εἶδον ἤδη αὐτὸν τεθνηκότα οὐ κατέαξαν αὐτοῦ τὰ σκέλη 34 ἀλλ’ εἷς τῶν στρατιωτῶν λόγχῃ αὐτοῦ τὴν πλευρὰν ἔνυξεν καὶ ἐξῆλθεν εὐθὺς αἷμα καὶ ὕδωρ 35 καὶ ὁ ἑωρακὼς μεμαρτύρηκεν καὶ ἀληθινὴ αὐτοῦ ἐστιν ἡ μαρτυρία καὶ ἐκεῖνος οἶδεν ὅτι ἀληθῆ λέγει ἵνα καὶ ὑμεῖς πιστεύητε 36 Ἐγένετο γὰρ ταῦτα ἵνα ἡ γραφὴ πληρωθῇ Ὀστοῦν οὐ συντριβήσεται αὐτοῦ 37 καὶ πάλιν ἑτέρα γραφὴ λέγει Ὄψονται εἰς ὃν ἐξεκέντησαν
Crucifixo Cristo, Séc. XIX Origem Francesa Marfim, madeira, amtistas 402x190 N. Inv. 0104
SEPULTURA DE JESUS
Evangelho de S. João, 19 (Mateus 27,57–61; Marcos 15,42–47; Lucas 23,50–56)
38 Depois disto, um homem chamado José, da cidade de Arimateia, pediu licença a Pilatos para retirar da cruz o corpo de Jesus. José era um discípulo de Jesus, mas às escondidas, porque tinha medo das autoridades judaicas. Pilatos deu-lhe licença. José foi então ao lugar da cruz e retirou o corpo. 39 Nicodemos, aquele homem que tinha ido ter com Jesus pela calada da noite, apareceu também com uma mistura de perto de cem libras de mirra e aloés. 40 Levaram então o corpo de Jesus e envolveram-no com ligaduras de linho, perfumadas com os produtos que tinham preparado, como era costume entre os judeus ao sepultarem os mortos. 41 No lugar onde Jesus foi crucificado havia uma propriedade com um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. 42 Foi ali que puseram o corpo de Jesus, por causa do dia — a Preparação da Páscoa dos judeus — e porque o túmulo ficava perto e o dia do descanso dos judeus ia começar.
38 Μετὰ δὲ ταῦτα ἠρώτησεν τὸν Πιλᾶτον Ἰωσὴφ [ὁ] ἀπὸ Ἁριμαθαίας ὢν μαθητὴς τοῦ Ἰησοῦ κεκρυμμένος δὲ διὰ τὸν φόβον τῶν Ἰουδαίων ἵνα ἄρῃ τὸ σῶμα τοῦ Ἰησοῦ καὶ ἐπέτρεψεν ὁ Πιλᾶτος ἦλθεν οὖν καὶ ἦρεν τὸ σῶμα αὐτοῦ 39 ἦλθεν δὲ καὶ Νικόδημος ὁ ἐλθὼν πρὸς αὐτὸν νυκτὸς τὸ πρῶτον φέρων μίγμα σμύρνης καὶ ἀλόης ὡς λίτρας ἑκατόν 40 ἔλαβον οὖν τὸ σῶμα τοῦ Ἰησοῦ καὶ ἔδησαν αὐτὸ ὀθονίοις μετὰ τῶν ἀρωμάτων καθὼς ἔθος ἐστὶν τοῖς Ἰουδαίοις ἐνταφιάζειν 41 Ἦν δὲ ἐν τῷ τόπῳ ὅπου ἐσταυρώθη κῆπος καὶ ἐν τῷ κήπῳ μνημεῖον καινόν ἐν ᾧ οὐδέπω οὐδεὶς ἦν τεθειμένος 42 ἐκεῖ οὖν διὰ τὴν Παρασκευὴν τῶν Ἰουδαίων ὅτι ἐγγὺς ἦν τὸ μνημεῖον ἔθηκαν τὸν Ἰησοῦν
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