Edição de Maio

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Editorial E a vida voltando ao normal...

Ilce Maria Silveira Diretora

Administrativo e Financeiro financeiro@revistafrigonews.com.br Jornalistas Sheila Prates Marcelo Rios jornalista@revistafrigonews.com.br Direção de arte Douglas Barros Assinatura assinatura@revistafrigonews.com.br Antônio Silva antonio@revistafrigonews.com.br Carla Carmello carla@revistafrigonews.com.br Luciano Graciano luciano@revistafrigonews.com.br Redação e Publicidade (19) 4101-9494

Após o momento mais agudo da pandemia, empresas do setor de refrigeração analisam o mercado, fazem planos e focam na preocupação com o meio ambiente. Após a longa pandemia que além de espalhar tanta dor pelo planeta, afetou dras camente o mundo dos negócios nos dois úl mos anos, o mercado da refrigeração começa a ganhar fôlego, mas ainda há muitos desafios pela frente. Novidades nas exportações, a Abiec par cipa da comi va do Ministério da Agricultura e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Inves mentos (ApexBrasil), para promover as exportações de produtos brasileiros na Coreia do Sul. A psicultura também está em vantagem, durante visita à Jordânia, uma comi va do Mapa dialogaram com representantes do país sobre a possibilidade de exportação de peixes de todas as espécies criados no Brasil. Para que as exportações não parem, o governo do México publicou um decreto que suspende as tarifas para a importação de carne de frango para nações que tenham estabelecimentos habilitados a exportar o produto para aquele país. A medida é válida para países que tenham cons tuído acordo sanitário com as autoridades mexicanas, assim como o Brasil, e terá validade de um ano. E muito mais novidades nessa edição que você poderá encontrar em nosso estande na Feira Tecnocarne 2022 – que acontecerá no São Paulo Expo de 21 a 24 de junho. Boa Leitura......

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Após o momento mais agudo da pandemia, empresas do setor de refrigeração analisam o mercado

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Fabricantes têm a missão con nua de aprimorar seus produtos e processos

BMS promove a ida de seis companhias ao evento

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Medida deve beneficiar exportações brasileiras

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ADITIVOS - CORANTE - CONDIMENTOS - INGREDIENTES

A EVOLUÇÃO CONSTANTE DOS ADITIVOS, CORANTES, CONDIMENTOS E INGREDIENTES No ramo alimen cio e de bebidas, todos reconhecem que adi vos, corantes, condimentos e ingredientes precisam ser de alta qualidade, por isso, os fabricantes têm a missão con nua de aprimorar seus produtos e processos, sob o risco de serem preteridos. Inegavelmente, o controle e a exigência das indústrias de alimentos e bebidas e do próprio consumidor final cresceram muito nas úl mas décadas, bem como a fiscalização. Felizmente, para que atua nesse segmento, os avanços tecnológicos também, o que propiciaram não um, mas diversos saltos de qualidade. Para saber mais sobre tudo ligado a esse setor, entrevistamos profissionais de duas empresas que são referências na área. O gerente de PD&I para América do Sul da ICL, Alfredo Walter, comenta sobre a empresa e o que ela oferece para o segmento. “A ICL tem mais de 75 anos de experiência para a indústria de alimentos e bebidas, onde somos líderes globais no fornecimento de sistemas de ingredientes-chave e baseados em fosfatos. O controle exclusivo da cadeia de suprimentos da ICL Food Special es, da mina ao cliente, faz da ICL a única fornecedora global de ingredientes de fosfato com uma cadeia totalmente integrada. Focada no mercado em rápido crescimento de proteínas alterna vas, a empresa

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também desenvolveu um por ólio de produtos que tornam a carne e os la cínios à base de plantas ainda mais atraentes para os consumidores”. O coordenador da área técnica da Corantec Corantes Naturais Ltda (fundada em 1987), Daniel Bonadia, conta o que a empresa produz: “São os corantes naturais carmim de cochonilha, urucum, cúrcuma, caramelo e os vegetais desidratados em pó beterraba, espinafre, cenoura e tomate”. No caso dos produtos cárneos, os produtos fabricados por essas duas empresas possuem grande relevância. “Considerando que diversos produtos cárneos estão dispostos em embalagens transparentes, a cor do produto cárneo é um importan ssimo atributo que está associado ao seu sabor e, por isso, influencia muito na decisão de compra do consumidor. Além de tornar estes alimentos mais atra vos, os corantes naturais são capazes de restaurar a cor natural que o produto nha antes de ser processado, de uniformizá-la e até de intensificá-la. Os corantes naturais possuem ainda a nobre função de preservar a tradição de uma marca cuja cor padronizada do seu produto pode ser prontamente reconhecida por diferentes gerações de consumidores', explica Bonadia. Walter também fala da relevância desses



ADITIVOS CORANTE - CONDIMENTOS - INGREDIENTES FIQUE-POR DENTRO

produtos “Os fosfatos são muito importantes para a indústria de carnes processadas principalmente pelo fato deles impactarem não somente na melhoria da qualidade sensorial dos alimentos como também na minimização de perdas durante o processamento dele. Eles atuam diretamente na dissociação do complexo actomiosina, através da qual é viabilizada a ligação de água. Consequentemente, eles são capazes de reduzir a perda do suco natural da carne, deixando o produto rico em sabor, e de aumentar o rendimento do processo, seja via o mização de absorção de salmoura durante o massageamento como redução de perda por cozimento. Tal habilidade impacta posi vamente na suculência e maciez dos produtos que chegam à mesa do consumidor. Além disso, juntamente com o cloreto de sódio, os fosfatos atuam na extração das proteínas miofibrilares e na capacidade de liga dos pedaços de carne, essenciais a vários produtos embu dos e reestruturados e assim, eles adquirem maior uniformidade e coesão, fatores essenciais para a boa aceitação dos clientes, bem como de produtos resistentes ao manuseamento durante o preparo. Outras importantes propriedades dos fosfatos benéficas à indústria de carnes estão relacionadas com sua capacidade de emulsificação e desenvolvimento e estabilidade da coloração de produtos curados”. Pesquisas e avanços Como já citado, grandes empresas desse 08

segmento não podem parar de inves r em melhorias e para isso, pesquisas e testes são muito importantes. Recentemente, a ICL par cipou de uma pesquisa cien fica com uma universidade parceira para avaliar como os fosfatos atuariam na o mização da produção de salame, considerando os aspectos de maturação, sicoquímicos e sensoriais do produto final. “Fazemos parcerias com as mais renomadas universidades e ins tutos de pesquisa no mundo, sempre com o obje vo de aprofundar o conhecimento cien fico acerca das diferentes interações químicas dos fosfatos com as proteínas cárneas e demais componentes u lizados nas formulações dos alimentos. Nosso obje vo é desenvolver soluções que o mizem o processamento e tragam bene cios não somente aos produtos, mas também para os produtores e à saúde dos consumidores. As moléculas de fosfatos são múl plas e tal diversidade confere caracterís cas únicas a cada um de seus pos. Portanto, nos empenhamos em desvendar as melhores combinações para alcançar resultados além dos esperados, ainda que a uma baixa taxa de aplicação”, explica Walter. A Corantec segue na mesma linha de realizar pesquisas e testes, visando melhorias. “Nossa equipe de Pesquisa e Desenvolvimento vem trabalhando no desenvolvimento de uma alterna va natural para subs tuição do corante importado carmim de cochonilha aplicado em embu dos, obtendo resultados promissores no uso da antocianina nacional que, além de ser um corante natural, possui propriedades an oxidantes que podem subs tuir (mesmo que parcialmente) a quan dade de an oxidantes químicos no produto pronto para o consumo”, explica Bonadia. No tocante aos avanços, Walter comenta. “Sim, ocorreram e foram significa vos, basta analisarmos a imensa quan dade e a qualidade do material cien fico que vem sendo publicado nos úl mos anos, com novas descobertas que abrem espaço para evolução nas aplicações. Como uma consequência, o mercado de ingredientes evoluiu bastante no Brasil para atender essa evolução e ainda oferecer bene cios à saúde e conveniência para o consumidor final” Já Bonadia destaca que a principal evolução foi a subs tuição de corantes sinté cos por corantes naturais. Panorama atual no Brasil Cada segmento apresenta uma expecta va diferente nesse momento de pós-pandemia e para um



ADITIVOS CORANTE - CONDIMENTOS - INGREDIENTES FIQUE-POR DENTRO futuro próximo. O coordenador da área técnica da Corantec demonstra o mismo. “Considerando-se que os corantes naturais estão presentes na maioria dos produtos cárneos processados, o cenário é considerado posi vo, pois a demanda por corantes vem aumentando proporcionalmente à ampliação da capacidade produ va de pequenos e médios frigoríficos e à retomada das exportações antes enfraquecidas pelas barreiras comerciais”. O gerente de PD&I da ICL comenta o que espera do segmento no Brasil. “O mercado de ingredientes no Brasil é muito dinâmico e está em con nua evolução. Os grandes players neste negócio são majoritariamente empresas com notório conhecimento técnico, em áreas específicas para suprir demandas específicas e os clientes exigem aperfeiçoamento e inovação constante. Para os próximos meses, entendemos que as exigências do mercado permanecerão na busca de soluções cria vas e inovadoras para atender a evolução dos hábitos de consumo que estão intrinsecamente ligados às questões econômicas e novos hábitos adquiridos com a pandemia de COVID-19. Entendemos como uma tendência forte a busca pelos ingredientes voltados à redução de sódio, àqueles que remetem ao aumento do teor de proteínas e soluções que favoreçam rótulos mais limpos, Não podemos esquecer de citar a expansão do mercado de proteínas alterna vas, para aplicações que atendam ao público flexitariano, vegetariano e vegano”. Legislação e vigilância Quando o assunto envolve o cumprimento da legislação e a vigilância das autoridades no segmento, os dois profissionais ouvidos por nossa reportagem veem de maneira posi va. “Toda cadeia da carne brasileira é

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muito avançada e de classe internacional, são grandes empresas capazes de atender aos mais rigorosos padrões internacionais, tanto em legislação quanto em regulamentos sanitários e nossa credibilidade se deve ao fato de cumprirmos as normas da legislação à risca”, afirma Walter da ICL. “O uso de corantes naturais é uma tendência mundial que foi absorvida com muita força pelo setor frigorífico nos úl mos anos. Graças a regulamentação e ao poder de fiscalização da Anvisa, o uso indiscriminado de corantes sinté cos que podem fazer mal à saúde, deu lugar ao uso consciente e de corantes naturais permi dos em legislação”, destaca Bonadia da Corantec. Novidades O coordenador da área técnica da Corantec aproveitou para falar sobre as novidades que a empresa está trazendo. “Como resultado do nossa familiaridade com o mercado frigorífico e dos nossos esforços em solucionar as dificuldades de nossos clientes, lançamos novos blends de extratos naturais que possuem o diferencial de se dispersarem mais facilmente no meio de aplicação e possuírem vida de prateleira superior a dos corantes naturais convencionais”. O Gerente de PD&I da ICL também comentou sobre as novidades na empresa em que atua. “A ICL constantemente apresenta novidade e atualiza o seu por olio de produtos. Nesse momento estamos trabalhando fortemente com nossas soluções baixosódio para produtos emulsionados e injetados, produtos específicos para produção de hambúrgueres (prontos, crus ou congelados crus) e empanados, além de uma linha completa de alterna vos cárneos para todas as aplicações possíveis”.



IFFA - 2022

EMPRESAS BRASILEIRAS PROJETAM MAIS DE US$26 MILHÕES EM NEGÓCIOS PÓS IFFA 2022 BMS promoveu a ida de seis companhias ao evento; empresas brasileiras acumulam US$2,2 milhões em negócios realizados IFFA 2022

par cipação total de 13,1% de mercado, faturando US$4,68 milhões. Os Estados Unidos totalizaram US$4 milhões, um crescimento de 14,9% comparado a 2020. Já a Colômbia importou ao todo US$2,25 milhões no ano passado. Sobre as máquinas e aparelhos para preparação de carnes, o maior importador do Brasil é o Paraguai, com par cipação de 17,8%. O país importou US$2,12 milhões no úl mo ano, um aumento de 106% em relação a 2020. Os Estados Unidos foram responsáveis pela movimentação de US$1,36 milhões. Entre os maiores importadores surge ainda a Bolívia, com total de US$1,15 milhão, aumento de 13% no período. Ao todo, as exportações desses equipamentos alcançaram US$11,9 milhões em 2021, uma variação posi va de 21% em comparação ao ano anterior. EMPRESAS BRASILEIRAS NA IFFA 2022 Durante a feira, as empresas nacionais A cidade de Frankfurt, na Alemanha, sediou a IFFA 2022, feira líder mundial no setor de carnes. Entre os expositores, destacaram-se seis empresas par cipantes do projeto setorial de exportação Brazil Machinery Solu ons (BMS), fruto da parceria entre ApexBrasil e ABIMAQ, que juntas preveem US$2,2 milhões em negócios internacionais decorrentes do evento. Durante a feira, as companhias apresentaram maquinários e equipamentos voltados a dois ramos: empacotamento e embalagens de mercadorias e, também, para a preparação de carnes. As exportações brasileiras de máquinas e aparelhos para empacotar e embalar mercadorias movimentaram US$35,7 milhões em 2021, um aumento de 6,1% comparado ao ano anterior. O país que mais importa esses equipamentos é a Argen na, com 12

convidadas pelo Programa Brazil Machinery Solu ons (BMS), apresentaram seus lançamentos em um estande cole vo para fortalecer a imagem brasileira como fabricante de bens de capital mecânico com tecnologia e compe

vidade. As companhias selecionadas para a IFFA 2022



IFFA - 2022

foram a Equimatec, Farenzena, Hightech, Plasmetal,

para o próximo ano. A Hightech totalizou US$500 mil em

Torfresma e a Varpe Brasil. No decorrer do evento, elas

negócios durante a feira. Já a Torfresma possui uma

totalizaram uma arrecadação de US$2,22 milhões. Com

es ma va de US$18 milhões em negócios iniciados ao

base na par cipação na feira, as empresas es mam

longo do evento para os próximos 12 meses.

movimentação em negócios de US$26,25 milhões para

NEGÓCIOS INTERNACIONAIS

os próximos 12 meses.

Os principais importadores de máquinas e equipamentos

A Equimatec a ngiu US$1,2 milhão em

brasileiros para preparo de carnes e embalagens são a

faturamento, sendo que há projeção de US$6 milhões

Argen na, os Estados Unidos, e o Paraguai. A Argen na

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IFFA - 2022 importa 11,8% dos maquinários brasileiros, em 2021, o total foi de US$5,6 milhões. Já os Estados Unidos aumentaram suas importações em 20% entre 2020 e 2021, a ngindo US$5,45 milhões. No mercado paraguaio o aumento chegou a 53%, totalizando US$3,97 milhões em 2021. Outros dois países sul-americanos se destacam em movimentações de maquinários: a Colômbia, com US$2,8 milhões e o Chile, que totaliza US$2,45 milhões. Em 2021, o Brasil exportou um total de US$47,6 milhões de dólares nesse setor. Sobre o Brazil Machinery Solu ons - Fruto da parceria entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Inves mentos (ApexBrasil) e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), o Programa Brazil Machinery Solu ons visa a promoção das exportações brasileiras de máquinas e equipamentos, assim como fortalecer a imagem do Brasil como fabricante de bens de capital mecânico com tecnologia e compe

vidade. O Programa BMS possui

atualmente mais de 200 membros, entre indústrias de diversos setores, como o agrícola, têx l, de mineração, plás co, embalagens, entre outros. Até outubro de 2021, as empresas associadas ao Programa BMS registraram exportações para 160 países. Mais informações: www.brazilmachinery.com Sobre a ABIMAQ - A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) foi fundada em 1 9 3 7 , co m o o b j e vo d e at u a r e m favo r d o fortalecimento da indústria nacional, mobilizando o setor, realizando ações junto às instâncias polí cas e econômicas, es mulando o comércio e a cooperação internacionais e contribuindo para aprimorar seu desempenho em termos de tecnologia, capacitação de recursos humanos e modernização gerencial. Mais informações: www.abimaq.org.br Sobre a ApexBrasil - A Agência Brasileira de Promoção de 16



IFFA - 2022 Exportações e Inves mentos (ApexBrasil) tem a missão de desenvolver a compe vidade das empresas brasileiras, promovendo a internacionalização dos seus negócios e a atração de inves mentos estrangeiros diretos. Em parceria com en dades setoriais, a Agência organiza ações de promoção comercial, como missões prospec vas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à par cipação de empresas brasileiras em feiras internacionais e visitas de compradores estrangeiros para conhecer a estrutura produ va brasileira. Também coordena os esforços de atração de inves mentos estrangeiros diretos (IED) para o País, trabalhando na iden ficação de oportunidades de negócios e na promoção de eventos estratégicos e garan ndo apoio ao inves dor estrangeiro durante todo o processo no Brasil. Mais informações: www.apexbrasil.com.br

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IFFA - 2022

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MERCADO INTERNACIONAL

EXPORTAÇÕES DE CARNE DE FRANGO TOTALIZARAM 418,2 MIL TON EM ABRIL Em quatro meses a China importou 1,5 milhão de toneladas Em abril as exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 418,2 mil toneladas, sendo 5,7% superior ao registrado no mesmo período de 2021, quando foram exportadas 395,7 mil toneladas. Segundo os dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), os principais importadores dos produtos brasileiros no quadrimestre foram a China, com 197,1 mil toneladas (-3%), Emirados Árabes Unidos, com 164,4 mil toneladas (+80,4%), Japão, com 132,4 mil toneladas (+0,3%), África do Sul, com 119,8 mil toneladas (+14,3%), Arábia Saudita, com 87,2 mil toneladas (45,4%), União Europeia, com 71,7 mil toneladas (+27,8%) e México, com 58,5 mil toneladas (+128,6%). Em quatro meses De janeiro a abril, as vendas internacionais de carne de frango alcançaram 1,560 milhão de toneladas, número 9% maior que o registrado nos quatro primeiros

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meses de 2021, com 1,432 milhão de toneladas. Em receita, o resultado do período cresceu 32,4%, com US$ 2,872 bilhões, contra US$ 2,169 bilhões no ano passado. Em receita, o resultado dos embarques do período totalizou US$ 821 milhões, número 34,6% maior que o desempenho alcançado em abril do ano passado, com US$ 610 milhões.


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MERCADO INTERNACIONAL

EXPORTAÇÕES DE CARNE SUÍNA EM ABRIL REDUZEM NA COMPARAÇÃO COM 2021 Em receita, houve retração de 16,3%, com US$ 692 milhões neste ano As exportações brasileiras de carne suína (incluindo todos os produtos, entre in natura e processados) alcançaram 89,7 mil toneladas em abril, número 8,8% inferior ao registrado no mesmo período em 2021, com 98,7 mil toneladas, de acordo com o levantamento da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) Entre janeiro a abril, as exportações de carne suína alcançaram 327,3 mil toneladas, número 7% menor que o registrado no primeiro quadrimestre de 2021, com 351,8 mil toneladas. Em receita, houve retração de 16,3%, com US$ 692 milhões neste ano, e US$ 826,4 milhões no ano passado. Já o resultado das vendas do mês alcançou US$ 193,4 milhões, número 16,7% menor que o registrado no mesmo mês de 2021, com US$ 232,3 milhões. A China é o principal des no das exportações realizadas entre janeiro e abril, com 118,6 mil toneladas (35% em relação ao mesmo período do ano passado),

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seguida por Hong Kong, com 33,8 mil toneladas (-34,8%), Filipinas, com 23,2 mil toneladas (+281,3%), Singapura, com 20,1 mil toneladas (+43,9%) e Argen na, com 18 mil toneladas (+83,1%), ainda segundo o levantamento da ABPA.



CAPA

MERCADO DA CARNE 2022

O que esperar?

Feira IFFA


CAPA

OLHAR PARA FRENTE Após o momento mais agudo da pandemia, empresas do setor de refrigeração analisam o mercado, fazem planos e focam na preocupação com o meio ambiente

A

pós a longa pandemia que além de espalhar tanta dor pelo planeta, afetou dras camente o mundo dos negócios nos dois úl mos anos, o mercado da refrigeração começa a ganhar fôlego, mas ainda há muitos desafios pela frente. Nesta matéria, abordaremos como as principais empresas do segmento vêm lidando com o atual panorama. Os profissionais da área explicarão como é importante inves r em tecnologia e oferecer um sistema de refrigeração eficiente e seguro aos clientes. Além disso, eles destacam como a preocupação com o meio ambiente tem proporcionado mudanças no segmento em busca de tecnologias que cumpram com as legislações atuais e futuras. O mercado atual Profissionais de diferentes marcas opinaram sobre o atual momento do mercado e apesar de considerarem que com a redução dos efeitos da pandemia e a quase volta total à normalidade, um grande problema ficou para trás, ainda existem outros pontos a serem encarados. O coordenador comercial da Thermo Star (empresa que produz equipamentos de refrigeração para transporte), Raphael Kanzler, comenta sobre o tema. “Devido à alta demanda e ao efeito pós-pandemia, o mercado de refrigeração, assim como muitos outros, vem sofrendo com a falta de suprimentos. A dificuldade em conseguir componentes vem trazendo novos desafios às empresas que querem manter a qualidade de atendimento e produto junto a seus clientes. Empresas que inves ram em estoque e se programaram antecipadamente, como é o caso da Thermo Star, vão se sobressair sobre outras que ficaram à deriva e não mudaram sua forma de trabalho nestes úl mos dois anos. A perspec va para o mercado nos próximos meses é muito boa, apesar da tendência do desabastecimento aumentar devido ao aumento da demanda, que é comum que aconteça no segundo semestre de cada ano”.

Já para o diretor da Frigo King (empresa que oferece equipamentos de refrigeração para o controle de temperatura no transporte refrigerado), Marcos Augusto Pordeus de Paula, por este ser um ano de eleição no Brasil, os negócios poderão ser impactados. “Mantenho uma perspec va cautelosamente o mista”. O diretor comercial da Mayekawa do Brasil, Silvio Guglielmoni, opina e demonstra o mismo. “As transformações pelas quais o mundo vem passando, têm trazido reflexos diretos na economia, deixando este cenário vulnerável. A despeito da crise polí ca, que antecedeu a pandemia da Covid-19 e agora a Guerra da Ucrânia, o mercado de refrigeração industrial não estagnou; claro, sofreu os reflexos de todos estes acontecimentos, mas não parou. Muitas das obras que deveriam ser executadas em 2020 foram retomadas em 2021 com o ritmo man do neste 2022. Portanto e, contudo, a perspec va é mis favorável do que ao contrário”.

Jeferson Carara - Munters Brasil

O engenheiro de vendas sênior para a área de alimentos da Munters Brasil (empresa especializada em tratamento de ar com economia de energia), Jeferson Carara, prevê um outro cenário um pouco mais conservador. “O mercado de refrigeração industrial é muito sensível às


CAPA demandas dos mercados interno e externo, então acreditamos que teremos para os próximos meses somente projetos com muito estudo e critério”. O CEO Da Mipal (empresa que na área de refrigeração que possui uma linha de condensadores, evaporadores, serpen nas e clima zadores), Cláudio Palma, comenta sobre o atual momento do mercado e a expecta va para o restante do ano. “Em relação a 2021, o ritmo de crescimento desacelerou, mas as projeções con nuam posi vas, muito em função do agronegócio, incluindo a pecuária”.

Carlos Henrique - Parker

O gerente de contas da Parker (empresa especializada em equipamentos e serviços de engenharia industrial), Carlos Henrique, conta que no caso da Parker, a pandemia não afetou os negócios e prevê um segundo semestre bom. “Durante estes mais de dois anos, muitos negócios ficaram parados, porém para a Parker com este enorme por ólio de

produtos, novas portas se abriram e resultaram em quebra de recordes de vendas, com novos clientes e projetos, pois o mercado estava numa necessidade que precisava trabalhar, projetar em única vez sem erros de projeto, qualidade e principalmente de follow up. Para os próximos meses, acreditamos que haverá uma estabilidade até dezembro”. Já o gerente de engenharia da Eletrofio, Rogério Marson Rodrigues, foca em outro ponto do mercado para os próximos meses e anos. “O mercado de refrigeração está se preparando tecnicamente para atender às demandas de novas legislações que muito breve deverão entrar em vigor no Brasil, principalmente no que diz respeito à eliminação dos gases HCFCs e HFCs, mas também nas questões rela vas à segurança na operação de sistema que u lizam a amônia como fluido refrigerante”. Escolha do sistema de refrigeração Com tantas marcas no mercado, o setor de frigoríficos precisa saber escolher bem a empresa que lhe fornecerá um sistema de refrigeração impecável. Kanzler da Thermo Star explica os critérios que devem ser levados em conta: “É importante ter total domínio sobre a logís ca e o produto a ser transportado. Após isso, devem ser avaliados critérios em relação à empresa que irá fornecer o sistema, como por exemplo, sua rede de assistência, Feira Expomeat se a empresa tem know-how em refrigeração 28

e se conta com todos os requisitos necessários para fabricação de equipamentos, quais os pos de componentes que u liza, como é o atendimento de vendas e pós-vendas”. Palma da Mipal opina sobre a escolha do sistema de refrigeração. “Não existe um sistema melhor. Existe o sistema adequado. Ele se torna o melhor para uma determinada aplicação quando leva em conta vários fatores como dimensões, recursos, capacidade, entre outros. Mas tudo começa com a escolha de um bom profissional que projete o sistema levando em consideração todas as variáveis, e então a escolha dos equipamentos, que devem estar atualizados em relação à tecnologia e confiabilidade reconhecida”. Costa da Parker também comenta sobre o tema. “A refrigeração é uma profissão an ga, assim como seus conceitos, mesmo com toda tecnologia que temos hoje, o sistema mecânico con nua presente, porém trabalhando em paralelo com os mesmos componentes de forma automá ca e como backup, o melhor sistema é aquele funciona, na ambiguidade da palavra, quero dizer “uma marca forte, vence o tempo e mantém o nome do profissional no mercado, ou seja, qualidade é a base das grandes empresas, não se vê preço quando o projeto te coloca na ponta”. Vida ú l dos equipamentos Além de adquirir equipamentos de refrigeração de qualidade, as empresas do segmento sempre se interessam em saber se é possível aumentar a vida ú l dos mesmos. De Paula da Frigo King comenta. “Sim, sem dúvida. Na Frigo King adotamos a filosofia “Super Heavy Duty” no desenvolvimento de produtos, processos e seleção de componentes, tudo para entregar a maior vida ú l aos clientes. Aliado ao desenvolvimento técnico, lançamos a Universidade do Frio, com capacitação profissional a técnicos e operadores dos equipamentos de refrigeração, compreendendo que o conhecimento sobre o produto ajuda na sua adequada manutenção”. Jair Pavan, especialista em manutenção predi va na Mayekawa do Brasil, destaca a importância de manutenções periódicas para aumentar a vida ú l dos equipamentos. “Trata-se de uma questão chave para a preservação da vida ú l dos equipamentos que compõem o sistema. Ou seja, ela também é via importante de economia, mesmo considerando seu custo x bene cio. Além do mais, a manutenção ainda pode auxiliar na economia com insumos, como a conta de energia elétrica, uma vez que o sistema está rodando adequadamente. Mas há que se planejar. Não dá para realizá-la sem um procedimento definido para cada instalação e o conhecimento completo de seu sistema e


CAPA de suas atualizações”. Ainda no tema sobre aumentar a vida ú l dos equipamentos, Carara da Munters explica. “A maior vida ú l do equipamento, além da sua forma constru va, está diretamente ligada ao pós-venda. A Munters está inves ndo cada vez mais na estrutura de atendimento ao cliente, com o treinamento con nuo de nossos técnicos e um robusto estoque de peças de reposição, além da oferta de diversas modalidades de prestação de serviços, cada qual adequada ao perfil deste cliente”. “Além da qualidade do equipamento, a observância das orientações do fabricante na instalação, a adoção das melhores prá cas de operação e manutenção interferem muito na vida ú l. Isto é tão importante para nós, que nossos úl mos lançamentos veram uma grande preocupação em oferecer muita facilidade e segurança na manutenção”, explica o CEO da Mipal.

Eletrofrio

Normas e fiscalização para o setor Referente a normas e fiscalização para o setor de refrigeração, Rodrigues, da Eletrofio destaca que haverá novidades: “As legislações ambientais devem sofrer alterações muito em breve, restringindo o uso de HCFCs e HFCs, fluidos refrigerantes muito aplicados em projetos de pequeno e médio portes. Há de se ficar atento a estas mudanças, pois demandam ações que devem ser iniciadas muito antes da legislação entrar em vigor. Todo processo de mudança é mais seguro quando executado com o tempo necessário para que toda cadeia esteja preparada para os novos modus operandi”. “ C o m o a u m e nto d e ate n ç ã o d a d o a o aquecimento global e os esforços internacionais extraordinários feitos na úl ma década para reduzir o uso de refrigerantes prejudiciais ao meio ambiente, combinado com vantagens econômicas, a amônia é bem posicionada para ser o refrigerante do futuro, pois não destrói a camada de ozônio e não contribui para o efeito estufa ligado ao aquecimento global. De fato, a amônia é

um dos compostos mais comuns achados na natureza, e é essencial para o ciclo de nitrogênio da Terra e sua liberação na atmosfera é imediatamente reciclada”, explica o diretor comercial da Mayekawa do Brasil ao falar sobre o tema. O coordenador comercial da Thermo Star também comenta sobre normas e fiscalização. “A norma va para fabricação de equipamentos de refrigeração no Brasil teve algumas mudanças em relação aos pos de fluidos refrigerantes permi dos nos sistemas. A Thermo Star, porém, primeira e única empresa brasileira de refrigeração para transporte a contar com o selo ISO 9001, se atenta às normas gerais de qualidade e processos que garantem o produto entregue a seus clientes, juntamente a responsabilidade fiscal e compromisso socioeconômico e ambiental, pilares da missão e visão da companhia”. Mudanças no segmento Indagado se houve alguma alteração no segmento nos úl mos anos em termos de, normas, produtos ou tecnologia, o engenheiro de vendas sênior para a área de alimentos da Munters afirmou: “A aplicação da Tecnologia de desumidificação dessecante criada e fabricada pela Munters no Brasil é algo rela vamente novo para este mercado e está sendo cada vez mais usada na minimização da formação de gelo em Câmaras Frias, eliminação de mofo nas diversas áreas produ vas e demais onde o controle de umidade se faz necessário”. O gerente de engenharia da Eletrofio comenta sobre as mudanças no segmento. “Nestes úl mos anos, ocorreram ações de proje stas e instaladores que merecem destaque, principalmente quanto à busca de novos fluidos refrigerantes naturais além da tradicional amônia, como o dióxido de carbono e o propano. Cada qual com suas caracterís cas operacionais, são fluidos de baixíssimo ou nulos impactos ambientais, mo vo pelo qual fazem parte dos estudos para atendimento de qualquer norma va ambiental que venha a ser aplicada no futuro. Países com legislações mais severas, e já em curso, seguiram exatamente este caminho e colhem hoje bons resultados das decisões corretas tomadas há alguns anos” O coordenador comercial da Thermo Star destaca o que lhe chamou a atenção em termos de alterações. “O que mais modificou o segmento nos úl mos anos foi a mudança de cultura por parte dos embarcadores e transportadores. A necessidade em qualidade no processo logís co refrigerado fez com que 29


CAPA as empresas evoluíssem e melhorassem seus processos, t ra ze n d o c o m p o n e n t e s d e m a i o r q u a l i d a d e , equipamentos com maior desempenho e um maior controle da temperatura”. Meio ambiente A preocupação com o desenvolvimento de produtos e sistemas que não agridam ao meio ambiente é um dos nortes do segmento de refrigeração. Rodrigues da Eletrofio comenta: “Os fabricantes de equipamentos de refrigeração estão muito atentos a todas as legislações ambientais em vigor, tanto no Brasil quanto fora dele. Os países europeus vêm sendo o grande mote deste trabalho, dada a severidade com a qual as legislações foram definidas. Em função do tempo necessário para desenvolvimento de novas tecnologias, estes fabricantes já testam novos equipamentos e componentes há vários anos, o que dá tranquilidade ao processo de mudança, pois podemos afirmar que o Brasil está tecnicamente habilitado para o novo que muito em breve será parte deste mercado. O que nos falta é cumprir uma etapa fundamental dentro deste processo, que é a qualificação técnica dos instaladores, equipes de manutenção e assistentes técnicos, a qual está pendente em função da demanda que ainda não existe”. Costa da Parker comenta sobre a questão do meio ambiente: “Nossa empresa busca estar ecologicamente correta sempre, tanto na produção quanto no descarte de itens de produção, por isso já trabalhamos há alguns anos, com alguns testes de prédios com tecnologia de se auto sustentar como veículos também”. “O Grupo Mayekawa, no qual se insere a Mayekawa do Brasil criou a filosofia Natural Five, relacionada ao uso de cinco refrigerantes naturais, sendo amônia (NH3), dióxido de carbono (CO2), água (H2O), hidrocarbonetos (HC) e ar, os quais reforçam o compromisso ambiental do grupo com tecnologias que não agridem o meio ambiente, protegendo a camada de ozônio e, também, evitando o aquecimento global. Dentre eles, destaque para a amônia e o propano que têm muito mais recursos para aumentar d ra s ca m e nte a efi c i ê n c i a e n e rgé ca d e u m equipamento em comparação com os u litários convencionais, de acordo com as aplicações e faixas de temperatura. Já no caso do CO2, a mensuração da eficiência energé ca dependerá também de sua aplicação. Dessa forma, a Mayekawa, tem u lizado cada vez mais os refrigerantes que compõe o grupo Natural Five aplicados em equipamentos e sistemas de aquecimento, secagem, fornecimento de água quente, ar 30

condicionado, resfriamento e congelamento em uma faixa de temperatura que vai dos de 200 ℃ aos -100 °C”, explica Guglielmoni. O segmento de refrigeração procura disponibilizar o que há de melhor aos seus clientes, mas como em qualquer segmento, evoluir e apresentar novidades é uma constante. O diretor da Frigo King revela o que a empresa em que atua lançou em 2022. “Neste ano, já trouxemos oficialmente o aplica vo Meu Frigo King, que permite controle remoto e informações completas na palma da mão pelo usuário, lançamos ao mercado e aos clientes a nova plataforma Universidade do Frio (que no primeiro ano foi mais direcionada aos assistentes técnicos da Frigo King). Em breve teremos a plataforma de acesso web ao Meu Frigo King, novos produtos direcionados a veículos elétricos e uma linha de produtos totalmente renovada”. Kanzler comenta sobre as inovações da Thermo Star. “Para atender este mercado, novidades devem ser constantes. A Thermo Star investe frequentemente em novas tecnologias e traz novidades ao mercado, porém muitas vezes, são su s, empregadas aos equipamentos existentes, para trazer melhorias aos mesmos e agregar um maior custo x bene cio para o cliente. Os principais lançamentos estão voltados para a linha de veículos elétricos, e também na linha de equipamentos diesel e elétrico. Com novas demandas, também lançaremos equipamentos acoplados e elétricos com maior capacidade de refrigeração, além de adequação dos equipamentos a normas internacionais”. O diretor comercial da Mayekawa do Brasil também comenta sobre as novidades. “Entre os lançamentos, destacamos para a indústria alimen cia, sistemas indiretos com uso de fluidos secundários ou mesmo com refrigerante natural, como o CO2. Neste caminho o sistema de resfriamento indireto, que u liza refrigerantes naturais no sistema primário em instalações de refrigeração industrial, tem sido uma ó ma solução para a redução do GWP e do ODP, agregando alta performance energé ca. Um dos bene cios é que o refrigerante primário, como a amônia, por exemplo, fica confinado à sala de máquinas, enquanto o fluido secundário, como água pura ou algum an congelante ou mesmo fluidos de alta performance, como o CO2, circula nas áreas de processo ou estocagem. Em caso de algum vazamento, o ambiente não será contaminado com o refrigerante. Outro destaque é que dessa forma, a indústria usuária de sistemas de refrigeração consegue adquirir sistemas para a sua produção, com alto desempenho, mesmo estando em áreas urbanas, sem infringir a legislação



CAPA (vigente Resolução Conama nº 237/1997, CETESB/2011 e FEPAM/2001”)”. “A Munters está neste momento trabalhando no d e s e nvo l v i m e nto d e u m p ro d u to to ta l m e nte exclusivamente projetado para a aplicação em áreas de frigoríficos, visando atender às necessidades deste cliente de uma forma mais específica e com uma boa relação custo x bene cio”, explica Carara. Palma da Mipal comenta sobre um lançamento da empresa em que atua. “No final do ano passado, lançamos o MI-GS², com um design totalmente inovador, excelente performance e uma inovação no sistema de manutenção do equipamento, com um produto basculante, permi ndo o acesso total ao interior do equipamento sem a necessidade de uso de ferramentas. A recep vidade do mercado a este po de inovação foi tão grande que agora em maio, lançamos o BV 250, com o mesmo conceito. O evaporador de ar forçado de baixa velocidade - dual, tem abertura total e fácil por basculamento, tampas basculantes laterais com retenção à mola para fácil acesso à válvula de expansão e

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conectores elétricos, entre outros bene cios”. O gerente de engenharia da Eletrofio também fala sobre as novidades. “Além de equipamentos que u lizam as tecnologias e fluidos refrigerantes atuais, a Eletrofrio tem um por fólio de produtos para todas as soluções de fluidos naturais que serão aplicadas no futuro próximo, atendendo às mais rígidas legislações que deverão entrar em vigor. Este trabalho vem sendo desenvolvido desde 2011, quando as primeiras instalações de dióxido de carbono foram montadas no Brasil. De lá para cá, muito se desenvolveu desta e outras tecnologias. Além dos equipamentos de refrigeração, inauguramos há um ano, nossa mais nova fábrica de painéis frigoríficos em PIR, oferecendo todo po de painéis e portas termoisolantes para aplicações em câmaras frigoríficas, áreas de processamento de alimentos e centrais de distribuição”. Costa da Parker comenta sobre as novidades na empresa em que atua. “Estamos trabalhando no Brasil com uma nova linha que se chama “HB Products”, que atua com sensores automa zados para amônia, gerando maior segurança e qualidade nos seus projetos”.



MERCADO INTERNACIONAL

MÉXICO SUSPENDE TARIFAS DE IMPORTAÇÃO PARA CARNE DE FRANGO Medida deve beneficiar exportações brasileiras tem ocorrido nos úl mos anos com as importações provenientes do Brasil.

O governo do México publicou um decreto que suspende as tarifas para a importação de carne de frango para nações que tenham estabelecimentos habilitados a exportar o produto para aquele país. A medida é válida para países que tenham cons tuído acordo sanitário com as autoridades mexicanas, assim como o Brasil, e terá validade de um ano. A abertura do mercado abrange diversos produtos de aves. Desta vez, não há o estabelecimento de cotas, como

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Segundo o presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Ricardo San n, os exportadores brasileiros de carne de frango têm aumentado sua relevância entre os parceiros pela segurança alimentar do México. Com o decreto, a expecta va é de que o país reforce essa posição. “O Brasil tem complementado a demanda mexicana por carne de frango, colaborando com a indústria local, como em outras oportunidades. Neste contexto, é esperado que nosso país possa aumentar os volumes para este des no”, analisa San n. Dados da Associação mostram que, atualmente, o México é o oitavo maior importador de carne de frango do Brasil. Entre janeiro e abril deste ano, por exemplo, o país importou 58,5 mil toneladas, índice 128,6% superior em relação ao mesmo período de 2021, que totalizou 25,6 mil toneladas.



MERCADO INTERNACIONAL

EXPORTAÇÃO INICIAL DE CARNE DE FRANGO SINALIZA PARA 400 MIL/T EM MAIO Índice de envio do produto para fora do país é 4,6% superior ao do mesmo período do ano passado Os primeiros dados sobre o andamento das exportações brasileiras em maio, divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, vinculada ao Ministério da Economia, indicam que os embarques de carne de frango in natura, realizados nas duas primeiras semanas do mês, alcançaram volume intermediário comparado a média diária do mês passado e ao mesmo período do ano passado.

maio poderia levar à conclusão de que o total exportado no mês tende a ser inferior ao do mês anterior, porém não, pois, além de contar com um dia ú l a mais do que maio do ano passado, em 2022 o mês também tem 3 dias a mais que abril. Assim, novamente, pelo terceiro mês consecu vo, a tendência é a de se chegar ao final do período com um volume embarcado superior a 400 mil toneladas. Até agora, já foram exportadas cerca de 190.950 toneladas do produto. Se a média atual for man da, a expecta va é de que outras 229 mil toneladas sejam exportadas nos 14 dias úteis, compreendidos nesta segunda quinzena de maio, totalizando um volume próximo a 420 mil toneladas, número 10% a mais que o alcançado há um ano.

MERCADO DA CARNE 2022 A média diária dos embarques do período foi de 19.095 toneladas, um recuo de 6,30% em relação às 20.378 toneladas/dia registradas em abril, entretanto, foi 4,65% superior às 18.247 toneladas/dia de maio de 2021. Segundo o portal AviSite, a redução de abril para

O que esperar?

(19) 99147-1173 36



FIQUE SABENDO

CHINA SEGUE COMO PRINCIPAL DESTINO DA CARNE BOVINA BRASILEIRA De janeiro a abril de 2022, país já recebeu quase metade do volume da exportação brasileira As exportações brasileiras de carne bovina seguem registrando bom desempenho em 2022, principalmente para a China. De acordo com informações da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), vinculada ao Ministério da Economia, nos quatro primeiros deste ano, foram embarcadas 710,99 mil toneladas de produtos de origem bovina, in natura, industrializada, miúdos, entre outros.

341,39 mil toneladas, volume que indica um forte crescimento de 37% em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, segundo dados da Secex, a China foi des no de 48% do total de carne bovina exportada pelo Brasil em 2022, índice acima da parcela observada no primeiro quadrimestre de 2021, que foi de 44%, e também da que foi verificada em 2020, quando foi des nado 37% do produto brasileiro.

O volume é 27% maior que o do mesmo período de 2021.

Fonte: Cepea

Para a China, especificamente, entre janeiro e abril deste ano, os envios de carne bovina somaram

PEIXES BRASILEIROS DESPERTAM INTERESSE DA JORDÂNIA Discussões sobre exportação aconteceram durante visita do Mapa à região árabe Durante visita à Jordânia, uma comi va do Mapa (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento), liderada pelo ministro Marcos Pontes, empresários brasileiros e a Câmara de Comércio Árabe Brasileira dialogaram com representantes do país sobre a possibilidade de exportação de peixes de todas as espécies criados no Brasil. Segundo fontes da reunião, a Jordânia pode se transformar em um grande hub de exportação de peixes para o mundo árabe. Indica vos também demonstram que há vários importadores interessados e alguns deles devem par cipar de um grande evento des nado ao atacado e varejo, em São Paulo, em busca de produtores para fechar negócios lucra vos. No Brasil, a a vidade de cul vo é extremamente profissional, u lizando boas prá cas e modernas tecnologias em gené ca, sanidade, nutrição e equipamentos. S e g u n d o i n fo r m a ç õ e s d i v u l ga d a s p e l a Associação Brasileira da Psicultura, por meio do Anuário 38

PeixesBr de 2021, a a vidade envolve mais de 1 milhão de produtores e movimentou R$ 8 bilhões no mercado nacional somente no ano passado. De janeiro a março deste ano, as exportações somaram 2,5 mil toneladas e US$ 7 milhões em faturamento. A delegação do Mapa também par cipou de um compromisso na Jordânia para discu r o aumento da exportação de potássio para o Brasil.



INFORME PUBLICITÁRIO

RETROFIT EM EQUIPAMENTOS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL, UMA ALTERNATIVA INTELIGENTE, EFICIENTE E ECONÔMICA O retrofit industrial é o processo de atualização das máquinas, subs tuindo ou modernizando peças e equipamentos por modelos com versões mais recentes. O método implementa correções e novas funcionalidades a par r das caracterís cas básicas do produto

Por Marcos Fagundes, Mayekawa do Brasil A necessidade de um Retrofit surge quando um equipamento e ou instalação chega ao fim de sua vida ú l e/ou quando os custos de operação e manutenção se elevam consideravelmente, portanto, em vez de trocar todo o maquinário para atender a demanda, com o retrofit é possível aumentar a vida ú l dos aparelhos industriais, inves ndo apenas em algumas peças. Dessa fo r m a , a m a n u fa t u ra ga ra n te o a u m e n t o d a produ vidade com a modernização das máquinas no melhor custo-bene cio. Além disso, essa prá ca está alinhada à visão sustentável. Com equipamentos mais modernos, a empresa ganha inovação, eficiência energé ca, economia de água, normalização as regras de segurança vigentes pela legislação, melhores condições de trabalho para os colaboradores, reaproveitamento de peças e equipamentos. Para validar um processo de retrofit há que se analisar alguns pontos, como: Alta depreciação do equipamento; Nível de produ vidade das máquinas; Nível tecnológico; Robustez mecânica; Estado de conservação do sistema; Fluido Refrigerante. Dessa lista, vale destacar dois aspectos fundamentais: o grau de maturidade tecnológica da indústria e o quanto um processo de retrofit aumentaria a performance da produção. Primeiramente, o gestor deve fazer uma 40

avaliação profunda sobre a realidade da empresa para classificar o seu nível tecnológico – lembrando que a manufatura já está na Quarta Revolução Industrial. A par r de um diagnós co detalhado, é possível conhecer os gargalos do processo, as dificuldades da equipe na operação das máquinas, iden ficar as ferramentas com defeito, itens que funcionam corretamente e quanto de inovação será preciso inves r. Refrigerantes - É certo de que esta relação enfoca os aspectos mais determinantes quando se opta por um processo de retrofit. No entanto, no que se refere à troca do fluido refrigerante vale algumas considerações a mais. Vamos a elas: Existem no mercado algumas formas de se realizar a subs tuição dos fluidos refrigerantes, o retrofit é a que garante de forma única a eliminação dos refrigerantes a serem subs tuídos no sistema. O seu procedimento é fácil e simples dentro do que observamos nas boas prá cas de refrigeração. No entanto, a sua execução deve ser realizada com alguns cuidados para que, realmente, não haja erros que possam vir a prejudicar nem os equipamentos nem o meio ambiente. Por isso o retrofit de refrigerantes deve ser feito por profissionais capacitados e experientes que possam entregar o serviço com a melhor qualidade, pois além de subs tuir o refrigerante no sistema, o profissional também deve realizar o devido descarte para os gases re rados dos sistemas de refrigeração. Uma das principais recomendações do retrofit de gases é a eliminação de 100% sobre qualquer po de



INFORME PUBLICITÁRIO fluído refrigerante e também, a eliminação de qualquer po de acidez que possa exis r no sistema. Seja para atender normas nacionais ou internacionais, seja por consciência ambiental ou até por questões financeiras, o retrofit de fluidos refrigerantes se tornou uma tendência mundial, num caminho sem volta, pois é também com ele que se diminui a eliminação dos gases nocivos na atmosfera que prejudicam a camada de ozônio e traduz a necessidade atual de renovarmos a todo custo o nosso compromisso com o meio ambiente. Além do mais, a opção pelo uso do retrofit de fluidos refrigerantes impacta muito fortemente na redução do consumo energé co e dos ganhos de produ vidade. O tema é tão importante que merece um ar go só para esta questão. Mas, dada a sua importância, estes pontos já são suficientes para se levar em conta a importância de um processo de retrofit. Etapas - Para que tudo ocorra conforme o planejado é fundamental organizar o projeto de acordo com as etapas de implantação do retrofit industrial, como avaliação de desempenho e desenvolvimento do projeto, em que a par r do original do equipamento, é elaborada uma nova proposta com as melhorias necessárias. Para isso é necessário uma engenharia comprome da e com experiência no processo, pois troca por troca não significa que se chegou a um resultado excelente. O estudo e a viabilidade do projeto, mais a devida implementação de acordo com a real demanda é que irão garan r o resultado esperado. O importante é seguir à risca o projeto durante a implantação e conferir após o término. À medida que o processo de implantação é concluído, são realizados pequenos testes para conferir se tudo está funcionando perfeitamente. Ao final, é feito um teste completo para ajustar os úl mos detalhes. Automação - Quando falamos retrofit não tem como ignorar a automação. A indústria caminha para o avanço da autonomia de máquinas em seus processos p ro d u v o s . S e a l g u m a p e ç a d a fá b r i c a e s t á desatualizada, é porque falta nela conec vidade com o

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restante da manufatura. O processo de retrofit é a melhor oportunidade para modernizar esses equipamentos. Em outras palavras, significa automa zar. A automação integra os pilares da Manufatura Avançada. A tecnologia permite que máquinas realizem suas tarefas sem precisar de intervenção humana em processos manuais, além de interligar as ferramentas de todas as etapas da cadeia produ va. Entre os bene cios dessa evolução, está o aumento da produ vidade, redução de custos, o mização de recursos e materiais, maior segurança para os colaboradores. Atualizar o parque industrial é um assunto que deve ser incluído no checklist de prioridades da empresa, principalmente em se tratando de processos. Um tema relevante e que põem em xeque a compe vidade de qualquer negócio, por isso é certo que o retrofit de equipamentos de refrigeração industrial é uma alterna va eficiente e econômica. Diferença entre Retrofit, Reformar e Manutenção É comum que haja certa confusão entre estes três termos. Para começar Retrofit ou retrofi ng, do inglês, significa modernizar, melhorar, aperfeiçoar. Como mencionado, na indústria, tem a função de atualizar peças e equipamentos específicas para potencializar máquinas ultrapassadas. Já o termo reformar significa reparar, restaurar, consertar. Em resumo, trata de fazer a máquina voltar às condições originais de forma geral. Por exemplo, consertar o compressor , a bomba de óleo , componentes eletrônicos ou acessórios que apresentam defeito para que eles voltem a desempenhar normalmente suas funções. Em relação à manutenção, é a realização de ações com o obje vo de manter ou conservar o maquinário. São cuidados e medidas preven vas para que o equipamento con nue executando suas tarefas com máximo potencial. Deve-se valorizar a manutenção preven va, que é uma série de prá cas con nuas na fábrica visando a inspeção, limpeza, subs tuição programada de peças com curto tempo de vida ú l, entre outras ações de preservação do equipamento.


FIQUE SABENDO


MERCADO INTERNACIONAL

ABIEC PROMOVE CARNE BOVINA BRASILEIRA NA COREIA DO SUL Representantes da en dade par cipam de comi va do Ministério da Agricultura e ApexBrasil A A s s o c i a çã o B ra s i l e i ra d a s i n d ú st r i a s Exportadoras de Carnes (Abiec) par cipa da comi va do Ministério da Agricultura e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Inves mentos (ApexBrasil), para promover as exportações de produtos brasileiros na Coreia do Sul. O obje vo da missão da Abiec é trabalhar na abertura do mercado daquele país para a compra de carne bovina brasileira. Somente em 2021, os sulcoreanos consumiram 900 mil toneladas da proteína vindas de outros países e produzidas internamente. Entre os compromissos agendados, o presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli e a diretora-técnica da en dade, Cinthia Torres, se reuniram o embaixador do Brasil na Coreia do Sul, Luís Henrique Sobreira e com o

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adido agrícola do Brasil em Seul, Ricardo Zana a Machado, para apresentar dados e informações atualizadas sobre o produto brasileiro, a fim de que esses materiais possam auxiliá-los nas negociações. “A Coreia do Sul é um importante mercado consumidor de proteína animal e a exemplo de outros mercados para onde já exportamos, queremos atuar como parceiros, fornecendo carne bovina com a qualidade brasileira que outros países já conhecem”, declara Camardelli. Além dos encontros com autoridades, Camardelli e Cinthia também aproveitaram para se reunir com importadores coreanos e par ciparam da Feira Seoul Food, que começou no dia 7 de junho e terminou dia 10, em Seul. Após a agenda na Coreia do Sul, a comi va parte para o Irã.



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- O Senhor é também alto refúgio para o oprimido, refúgio nas horas de tribulação Salmos 9.9




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