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Em decisão inédita, governo proíbe pesca industrial da tainha

Nesta segunda parte da reportagem sobre a safra da tainha, confira as mudanças anunciadas pelo governo federal para a temporada de pesca

Neste ano uma decisão inédita no Brasil está proibindo a pesca industrial da tainha na temporada atual. A medida veio à tona com a divulgação das regras para a safra da tainha em 2023, em portaria conjunta entre MPA (Ministério da Pesca e Aquicultura) e MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas) publicada em março.

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O regramento veta a pesca industrial feita com cerco ou traineira e permite somente a pesca artesanal com emalhe anilhado, com cota total de até 460 toneladas de pei- xe. No Estado, a medida divide opiniões. No final do mês passado a Alesc promoveu uma audiência pública para debater o assunto. Um grupo pede a revisão da portaria quanto ao estabelecimento do valor da cota, fixando-o no mesmo patamar da safra de 2022. Não está descartada também a possibilidade de o Estado adotar medidas jurídicas para tentar reverter a decisão.

Para quem vive da pesca artesanal, no entanto, cuja capacidade de captura do pescado é menor, a restrição imposta à pesca industrial é vista como benéfica à preservação da tainha. “Se deixar eles pescarem, pescam tudo, não sobra nada, porque a rede deles é com ma- lha 2 ou 3. A nossa é com malha 12, só pega tainha grande, de 1,5 kg para ci- ma. Peixe que criou este ano a gente não pega. Já a deles não. Se liberar trai- neira com sonar, não escapa nada”, preocupa-se Zé Guede. (Fim.)

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