Edição Especial
páginas, você encontrará histórias diversas sobre maternidades, que evidenciam o quanto questões socioculturais impactam nas preocupações das mães.
Moradia, lar e criança
É a partir de um lar que se cria uma criança Quando o Estado assina uma ordem de despejo de uma comunidade inteira, permite que famílias sobrevivam em território com conflitos, sem infraestrutura mínima, e sem uma política habitacional eficaz, há uma violência sendo perpetrada pelos Poderes Públicos - municipais, estaduais e federais - contra mães e crianças
Pelo direito de ser mãe
Parir uma filha negra, numa sociedade machista e racista, traz preocupações diferentes daquelas sentidas por uma mãe com filhos brancos Enquanto feministas brancas reivindicam pelo direito ao aborto, mulheres negras exigem o direito de serem mães, visto que o Estado tem matado e encarcerado seus filhos Reivindicações que não se anulam, mas que evidenciam a realidade distinta das mães negras e brancas brasileiras.
criar raízes, em busca de alugueis mais baratos e oportunidades de empregos Em muitas trajetórias, outras intersecções: ser mãe solo, negra, periférica e lésbica, aumenta as possibilidades de sofrer violências. Assim como ser mãe de uma criança com deficiência intelectual exige esforços diferentes daquelas que podem vivenciar uma maternidade típica
Sabedoria
Quando uma criança nasce, nasce também uma mãe Diante de tantos desafios multifacetados, Hilda Horta, de 107 anos, uma das entrevistadas desta edição, traz uma sabedoria importante para atenuar a culpa que muitas mães sentem: aprende-se na prática a ser mãe, é no erro e no acerto
Cuide de quem cuida
É do ventre da mulher que sai toda geração Para celebrar essa função tão importante, comemorada no próximo domingo (14), o Jornal A Banqueta traz uma Edição Especial às mães. Nas próximas
Ginga
A falta de políticas públicas pode fazer com que mães se desloquem de municípios e estados, sem
Toda agressão que atinge uma criança, atravessa também uma mãe Em uma sociedade onde é autorizado a dizer, sem que se espantem, “não gosto de crianças”, explicita quão extenuante será a caminhada para transformar a realidade desse grupo. Neste Dias das Mães, o Jornal A Banqueta deseja rede de apoio forte e sólida a todas as mulheres mães Que sejamos colo para àquelas que foram nossa primeira casa e abrigo para todas as outras que maternam, ainda que não tenhamos vínculo sanguíneo
Jornal A Banqueta de Notícias - 676ª Edição
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Para ser Odara
Questões
Francielle Fagundes tinha 26 anos quando renasceu, há três anos, a partir do nascimento de sua filha, Luana Odara. “Eu era uma pessoa e sou outra. Tive que morrer, para nascer outra. Tudo mudou: as responsabilidades, preocupações, principalmente sobre educação, letramento e consciência racial; a forma como vejo o mundo e também a minha mãe, hoje entendo melhor as coisas que ela fazia ou que deixou de fazer, na vida dela, por nós; como lido com as pessoas; as relações com a minha família; inclusive o conceito de amor, porque nós amamos os nossos pais, mas o amor de uma mãe para um filho é diferente, é muito mais profundo”, afirma
Preocupações distintas
Parir uma filha negra, numa sociedade machista e racista, traz preocupações e vivências muito distintas da realidade de uma família branca. A nova-limense ressalta que nem mesmo a sensação de segurança em estar num ambiente com agentes das forças de segurança necessariamente será sentida por uma família negra “Desde o ventre a Luana sofreu racismo, porque antes mesmo de nascer as pessoas se preocupavam com a textura do cabelo dela, se seria mais parecido com o meu ou com o do pai, que é mais crespo As pessoas pensam que a discriminação é sempre direta, ‘sua filha é preta’, mas não, a violência é sutil”
Fortaleza
A falta de políticas públicas destinada às mulheres mães fez com que Patrícia dos Santos ganhasse o apelido de cigana, visto que precisou morar em diversos municípios e estados diferentes, por causa do preço dos alugueis e da falta de oportunidades de empregabilidade Hoje ela mora em Nova Lima, no bairro Nossa Senhora de Fátima e nunca pode contar com os pais das crianças para que se responsabilizassem pela educação das filhas Batalhadora, enfrenta os desafios de cabeça erguida, com garra e amor.
Para ser livre
Aos 8 anos, a mãe adotiva de Patrícia dos Santos faleceu “Daí morei com meu pai até os 13 anos, só que a mulher dele me batia muito e então eu fui morar na casa de uma tia Fui fazer bicos para ajudar em casa, até que consegui meu primeiro emprego, como jovem aprendiz, e acabei me amigando cedo, em busca de ter minha liberdade”
Quando completou 17 anos, engravidou da sua primeira filha, Danieli. “Não tinha experiência de nada, não tinha amadurecimento e, para somar, também não tive orientações, já que quando perdi minha mãe eu era muito nova Aprendi a ser mãe sendo mãe, com o passar do tempo”
Mãe solo
Aos 20 anos, Patrícia recebeu de presente da vida mais uma filha, a Yasmim Vitória “Passei por muitas dificuldades já que criei as duas, sozinha Os pais das meninas nunca me ajudaram em nada, mas graças a Deus tive força e fui amadurecendo. Hoje me vejo como uma mãe guerreira, porque sempre batalhei e consegui pagar uma pessoa para cuidar das minhas filhas enquanto acordava cedo para trabalhar”
Vovó
Quando a caçula nasceu que Patrícia se entendeu enquanto uma mulher lésbica “Sofro muitos preconceitos, tentam me ofender me chamando de sapatão e outras coisas, mas graças a Deus minhas filhas nunca presenciaram as ofensas” Há três anos, quando tinha 34 anos, se tornou vovó “Pelas minhas filhas eu mato e morro Hoje a minha mais velha mora em São Paulo, com meu neto e família, mas se precisar não penso duas vezes e vou para lá defendê-la, assim como faria pela minha caçula”, finaliza.
Amor que nutre
É a partir do amor pela filha que Francielle se nutre “Eu quero que ela cresça numa sociedade que a veja como um ser humano incrível e cheio de potencialidades Mas caso a sociedade não se transforme, educo para que ela esteja preparada para meter o pé na porta e ocupar o que é dela Só quero que ela tenha uma vida menos sofrida do que das minhas ancestrais”. Luana nasceu pouco antes da pandemia da Covid-19 e vê-la curtir a vidasendo odara - é o maior presente para a mãe. “Acompanhar seu crescimento é lindo, vê-la falando igual papagaio, demonstrando afeto, admiração Coisas simples que fazemos, como um passeio no parque, para ela faz total diferença Ela é um ser incrível e é muito gratificante vê-la feliz, faz tudo valer a pena”, finaliza
“Quando me descobri lésbica, nunca escondi das minhas filhas. Não dizia ‘essa daqui é uma amiguinha da mamãe’. Sempre fui honesta e elas sempre conviveram muito bem com isso”
Mãe solo precisou mudar de diversas casas, em busca de alugueis mais acessíveis e emprego
raciais impactam as preocupações das mães negras
“É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança. Uma mãe hoje não tem confiança de deixar seu filho longe das suas vistas num parque. Enquanto a sociedade não entender que ela precisa acolher, educar e se responsabilizar pelas crianças, essa realidade não vai mudar”
Nova Lima - Raposos - Rio Acima - 11 a 17 de Maio de 2023 6 A Banqueta Edição Especial
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