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OS DESAFIOS DE UM EMPREENDEDOR JOINVILENSE NA ÁREA DA MECÂNICA

Fernando Will de 43 anos, é brasileiro, joinvilense e formado em mecânica industrial, empresário a 14 anos, dono, administrador e fundador da empresa Lotus Moldes e Matrizes, hoje é entrevistado a respeito do seu ramo de empreendimento e das dificuldades que ele enfrentou ao longo de sua carreira.

Por que iniciou na área de ferramentaria e o que o fez seguir essa área? Iniciei na área da indústria metal mecânica por influência do meu avô e de meu pai, tínhamos uma oficina com alguns equipamentos que eram utilizados para fabricação de peças de reposição para caminhões e para serviços em madeira; sempre me identifiquei com criação de produtos e ter aptidão para o ofício.

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Por que decidiu abrir uma empresa de moldes e matrizes? Trabalhei como funcionário nas mais diversas áreas da indústria até chegar a diretor industrial (primeiros 10 anos de carreira na área), para mim o caminho normal foi me tornar empresário e diretor de minha própria empresa, juntamente à ânsia de ser “remunerado” diretamente proporcional ao meu desempenho.

Qual a missão e quais os valores da sua empresa?

A missão da minha empresa é gerar resultados prósperos, assim atendendo as expectativas dos sócios, colaboradores, clientes e sociedade, prestando serviços e soluções de excelência nas áreas em que atuar, sempre visando crescimento de valores e melhoria contínua nos processos produtivos e na qualidade e relacionamento com o mercado e sociedade. E alguns dos nossos valores são comprometimento, lealdade, integridade; respeito e valorização do ser humano e meio ambiente.

Qual a principal dificuldade encarada no início do negócio? E como foi a solução?

O primeiro foi a concorrência com as empresas que tinham mais experiência e tempo de mercado, a solução para isto foi reduzir o preço e margem para literalmente “comprar o trabalho“ e a confiança do cliente e fazendo jus ao voto de confiança. Outro problema foi a capacidade financeira, vendi minha casa para aportar na empresa e fui morar de aluguel.

Qual foi o momento mais delicado que a empresa já passou? E Já correu riscos de encerrar as atividades?

No terceiro ano de “vida” um dos clientes principais entrou em recuperação judicial e comprometeu meus recebimentos/custos gravemente; vendi equipamentos e diminui estrutura para suportar; o risco de falência foi eminente! O aprendizado aplicado para a continuidade foi diminuir partição de clientes concentrados e aumentar o range de área de atuação.

Como foi o enfrentamento da pandemia por parte da gestão da empresa?

O período foi dramático, utilizamos de férias coletivas, programa de Lay off (diminuição de carga horária), demissão de 30% do quadro de empregados e renegociação de pagamentos com fornecedores. Atacamos mercados ligados a suporte na área que atuava no combate ao vírus (conseguimos novos clientes), passamos pelo período e de certa forma saímos mais fortes, logo após restituímos o quadro de colaboradores (principalmente com funcionários que haviam sido desligados).

Como você pensa em enfrentar as constantes mudanças tecnológicas do mercado?

Investindo forte no capital humano, gente nova, novas visões, treinamento intenso da equipe, equipamentos atualizados e novos mercados.

Como você vê o futuro da indústria de moldes e matrizes?

Extremamente modificada, as constantes variações em termos de processo de fabricação e de aplicação de componentes alternativos aos produtos finais faz com que cada dia tenhamos novas soluções em termos de tecnologias que não apliquem um custo imenso ao que se aplica hoje com construções de ferramentais, por exemplo micro fundição; impressão 3D, fibra de carbono, grafeno, etc...

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