Revista Fórum DRS - Edição 5

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FÓRUM DRS

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Revista Eletrônica Ano 2 | Edição5 | junho/2013

Bahía de Jiquilisco renace con ECADERT

REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013

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ABRIL/MAIO/JUN 2013 REVISTA FÓRUM DRS


EDITORIAL

EDITORIAL

En esta 5ª edición, la Revista del Fórum DRS tiene la oportunidad de presentar materias especiales con dos personalidades emblemáticas en el contexto de las iniciativas del desarrollo rural sostenible en el Continente Americano.

In its 5th edition, the DRS Forum Magazine has the opportunity to present a special issue on the work of two emblematic personalities in elaborating initiatives within the framework of sustainable rural development in the Americas.

Una de ellas, Dr. Sérgio Sepulveda, especialista en desarrollo económico y economía de los recursos naturales, cuyo perfil trazado en la publicación enriquece la galería del Fórum. Se trata de un protagonista reconocido tanto por su carácter humanístico como, profesionalmente, por su enorme capacidad de utilizar

One of them, Dr. Sergio Sepulveda, is a specialist in economic development and natural resource economics, whose profile is depicted in the publication enriching the Gallery Forum. He is a protagonist recognized both for his humane character and, professionally, for his tremendous ability to use his academic knowledge for the benefit of instituting efficient practices in the management of public policies. This ability marks his contribution in the various initiatives lead by him. The other personality, our

sus conocimientos académicos en beneficio de prácticas eficientes en la gestión de políticas públicas. Esa capacidad marca su contribución en las diversas iniciativas en que asume y lidera. La otra personalidad, nuestra entrevista del mes, es la Embajadora de México en el Brasil, socióloga de formación y con gran proximidad con la sociología rural, Beatriz Paredes Rangel, ha ejercido los cargos de vice Ministra de la Reforma Agraria del Gobierno Mexicano y de dirigente de la Confederación Nacional Campesina. La Embajadora nos habla en su entrevista de cuestiones centrales relacionadas a la emergencia de una nueva ruralidad en America Latina y sus implicaciones en las políticas públicas para el mundo rural. En la entrevista, Beatriz analiza con mucha acuidad y realismo los desafíos políticos y sociales inherentes a la sustentabilidad del desarrollo territorial en la región, combinando la experiencia en el sector público con su militancia en los movimientos sociales. Merecen destaque aún en esta quinta Edición, cuatro reportajes: una en el contexto de ECADERT, sobre el resurgimiento económico de la Cuenca de Bahia de Jiquilisco, en El Salvador, en la cual se integran las actividades pesqueras con la agricultura; la segunda, tras la experiencia del Departamento de Cerro Largo en Uruguay, como un territorio rural en expansión económica. La tercera, en la Región Andina, nos muestra los avances y las expectativas del bien estar rural, creadas por el Proyecto PIDERAL en el Ecuador. La cuarta materia trata de la ejecución del Programa SEMEAR – Gestión del Conocimiento en Zonas Semiáridas del Nordeste Brasileño, por medio de la presentación de una amplia reportaje sobre la implementación de sus Rutas Estratégicas de Aprendizaje, como instrumento que facilita el dialogo entre los saberes técnicos y los populares.

interviewee of the month, is the Mexican Ambassador to Brazil and sociologist Beatriz Paredes Rangel, who is familiar with rural sociology, having been the Deputy Minister of Agrarian Reform in the Mexican Government and a leader of the National Peasant Confederation. In her interview, the Ambassador speaks of the central issues related to the emergence of a new rurality in Latin America and its policy implications for rural areas. She also analyzes with great accuracy and realism the political and social challenges inherent in sustainable territorial development in the region, combining her expertise in the public sector with her militancy in social movements. Also noteworthy in this fifth edition are four articles: one in the context of ECADERT on the economic resurgence of the Jiquilisco Bay Basin in El Savador, where fishing activities are integrated with agriculture; the second describes the experience of the Cerro Largo Uruguay Department, as a rural area in economic expansion. The third, in the Andean region, shows us the progress and expectations of rural welfare, created by the PIDERAL Project in Ecuador. The fourth article discusses the implementation of the Semear Project - Knowledge Management in the Semi-arid Zones of Northeastern Brazil, by presenting an in-depth report on the implementation of its Strategic Learning Routes as a tool that facilitates dialogue between technical and popular knowledge. Finally, we highlight two articles: a territorial approach to family farming in Mexico and areas for peasant women as a tool for rural development in Colombia.

Finalmente, llamamos atención especial para los dos artículos publicados: agricultura familiar con enfoque territorial en México y las zonas campesinas como instrumento para el desarrollo rural en Colombia. REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013

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Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura - IICA

EDITORIAL

Diretor Geral: Víctor Villalobos Representante do IICA no Brasil: Manuel Rodolfo Otero

Fórum Permanente de Desenvolvimento Rural Sustentável

Nesta 5ª edição, a Revista do Fórum DRS tem a oportunidade de

Coordenador Executivo: Carlos Miranda

apresentar matérias especiais com duas personalidades emblemáti-

Assessor Técnico: Breno Tiburcio

cas no marco das iniciativas do desenvolvimento rural sustentável no

Assessor Técnico: Heithel Silva

Continente Americano. Uma delas, Drº Sérgio Sepulveda, especialista

Assistente Técnico: Renato Carvalho

em desenvolvimento econômico e economia dos recursos naturais, cujo perfil traçado na publicação enriquece a galeria do Fórum. Tratase de um protagonista reconhecido tanto por seu caráter humanísti-

Jornalista: André Kauric Publicitária: Patricia Porto Secretária Executiva: Tatiana Cassimiro

co como, profissionalmente, pela sua enorme capacidade de utilizar seus conhecimentos acadêmicos em benefício de práticas eficientes na gestão das políticas públicas. Essa capacidade marca sua contribuição nas diversas iniciativas em que assume a liderança. A outra personalidade, nossa entrevistada do mês, é a Embaixadora do México no Brasil, a socióloga de formação, Beatriz Paredes Rangel, com

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grande proximidade à sociologia rural, tendo exercido os cargos de

www.iicaforumdrs.org.br

vice ministra da Reforma Agrária do Governo Mexicano e de dirigente da Confederação Nacional Camponesa. A Embaixadora fala em sua entrevista das questões centrais relacionadas à emergência de uma

Conselho Editorial: Manuel Otero, Carlos Miranda, Breno Tiburcio,

nova ruralidade na América Latina e suas implicações nas políticas

Byron Miranda, Alberto Adib e João Torrens.

públicas para o mundo rural. Na entrevista, Beatriz analisa com muita acuidade e realismo os desafios políticos e sociais inerentes à sustentabilidade do desenvolvimento territorial na região, combinando a experiência no setor público com a sua militância nos movimentos sociais. Merecem ainda destaque, nesta quinta Edição, quatro reporta-

Redação Ditora de Arte e Editoração Patricia Porto Jornalista responsável André Kauric Foto de Capa Sigfredo Ramírez Quarta Capa Manuela Cavadas Fotos Arquivo IICA

gens: uma no contexto da ECADERT, sobre o resurgimento econômico da Bacia da Bahia de Jiquilisco, em El Salvador, nas quais se integram as atividades pesqueiras com a agricultura; a segunda, trás a expe-

Entre em contato com a redação

riência do Departamento de Cerro Largo no Uruguai, como um ter-

Representação do IICA no Brasil

ritório rural em expansão econômica. A terceira, na Região Andina,

SHIS QI 03, Lote A, Bloco F, Centro Empresarial Terracotta

nos mostra os avanços e as expectativas de bem estar rural, criadas pelo Projeto PIDERAL, no Equador. A quarta matéria trata da execução do Programa Semear - Gestão do Conhecimento em Zonas Semiáridas do Nordeste Brasileiro, por meio da apresentação de uma ampla repostagem sobre a implementação de suas Rotas Estratégicas de Aprendizagem, como instrumento que facilita o diálogo entre os saberes técnicos e os populares. Finalmente, chamamos atenção especial para os dois artigos pu-

CEP 71605-450, Brasília-DF, Brasil. Telefone: (55 61) 2106-5477 Fax: (55 61) 2106-5458 / 5459 comunicacao@iicaforumdrs.org.br A REVISTA FORUM DRS É UMA PUBLICAÇÃO ELETRÔNICA TRIMESTRAL. OS CONCEITOS EMITIDOS NOS ARTIGOS E MATÉRIAS ASSINADAS SÃO DE RESPONSABILIDADE DOS AUTORES, NÃO REFLETINDO, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO DO FÓRUM DRS. É PERMITIDA A REPRODUÇÃO DA REVISTA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

blicados: agricultura familiar com enfoque territorial no México e zonas de camponesas como instrumento para o desenvolvimento rural na Colômbia. Siga-nos: http://twitter.com/forumdrs


SUMÁRIO

Perfil Sergio Sepúlveda

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Bachiller y máster en Economía Agrícola de Washington State University y doctor en Desarrollo Económico y Economía de los Recursos Naturales de Cornell University.

Entrevista Beatriz Paredes Rangel

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Mexicana, Socióloga y Embajadora de México en Brasil

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Territorio de desarrollo rural en expansión

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Diálogos entre saberes técnicos e populares marcam Rota Estratégica de Aprendizagem

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SIAL: El territorio y sus actores en el Centro del Desarrollo

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Avances y Expectativas del Proyecto Pideral en el Ecuador

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Artigo Mario Alexander Moreno Ordóñez Zonas de Reserva Campesina Instrumento para el Desarrollo Rural en Colombia

Rafael Echeverri Perico La agricultura familiar en un enfoque territorial

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PERFIL

Sergio Sepúlveda “

Centrar el desarrollo en lo económico genera exclusión. Hay que integrar las dimensiones social, ambiental e institucional para transformar nuestras sociedades, de manera que se incluya a las personas y sus organizaciones como actores y gestores del desarrollo.

” Rayo X Bachiller y máster en Economía Agrícola de Washington State University y doctor en Desarrollo Económico y Economía de los Recursos Naturales de Cornell University. En el IICA, fue director de Desarrollo Rural Sostenible y hoy es consultor internacional de desarrollo Foto: Rafa Cartín

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sostenible territorial.


PERFIL

Sociedades inclusivas y justas: anhelo de un luchador por el desarrollo rural territorial Desde el IICA y otras trincheras, Sergio Sepúlveda ha impulsado una visión sistémica y multidimensional del desarrollo para América Latina y el Caribe, en la que es fundamental incluir tanto a los actores sociales como a su institucionalidad.

Por Randall Cordeiro

De niño, en las cercanías de Curicó, mientras su padre arrendaba un fundo pequeño en la zona central de Chile, Sergio Sepúlveda jugaba al fútbol y compartía su tiempo con los campesinos del lugar. Las costumbres de sus amigos le enseñaron la riqueza cultural y la solidaridad de los pueblos rurales, pero también le dejaron ver las necesidades de sus habitantes, producidas por la inequidad social y el campeo de la pobreza. “Esa experiencia fue sensibilizándome hacia el trabajo con el mundo rural”, apunta hoy, unos 60 años después, al visitar la sede central del Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura (IICA), en Costa Rica, donde desarrolló buena parte de su carrera. Chile lo vio emigrar a los 18 años, un viaje de tres semanas que le dio rumbo a su vida. Sus tíos vivían en Pasto, al sur de Colombia, adonde viajó por tierra

después de cursar el colegio. “Pude constatar, a la par de la belleza inconmensurable de los paisajes, la pobreza del norte de Chile, de la zona costera del Perú, de Ecuador y de Colombia. La belleza del paisaje andino escondía la tristeza de sus pueblos, sacrificados por centurias y la pobreza endémica que los acompañaba”, afirma. Inquieto, se propuso encontrar una salida a las desigualdades sociales. Luego de completar sus estudios de doctorado en Cornell University, en Estados Unidos, inició su carrera en el IICA, donde comenzó a dar forma al destino al que se amarró en aquel viaje. Ese trabajo fue en Brasil, en un proyecto de apoyo a la Secretaría de Planificación del Ministerio de Agricultura. Además de brasileños, otros latinoamericanos trabajaban en esa Oficina del IICA, un grupo con el que Sepúlveda desarrolló una profunda sintonía conceptual.

“Existe un factor fundamental que dirige los caminos no solo del desarrollo rural, sino del tipo de sociedad en la cual queremos vivir. Viene del pragmatismo que nace de ver una realidad que necesita ser modificada estructuralmente para que beneficie a la mayoría. Esa era la premisa compartida por todos”, expresa. Ese grupo de especialistas fue precursor de una visión distinta del desarrollo, un modelo al que hoy se aspira en varios países de América Latina y que tiene a Brasil como referente regional: “Hemos trabajado toda una vida en el tema del desarrollo rural, cuyo enfoque fue transitando desde su versión tradicional hacia el desarrollo rural de territorios, tal como se propone actualmente”, explica Sepúlveda. “Digamos que mi percepción de la realidad tendía a sesgarse hacia la dimensión económica hasta llegar a Brasil, pero ahí logré internalizar, en toda su mag-

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PERFIL

nitud, la importancia de las otras dimensiones del desarrollo y la importancia de la institucionalidad”, agrega mientras repasa,

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con la vista, varias de sus publicaciones reunidas en un mueble cercano.

Hemos trabajado toda una vida en el tema

del desarrollo rural, cuyo enfoque fue transitan-

do desde su versión tradicional hacia el desarrollo rural de territorios, tal como se propone actualmente.

Uno de esos libros es Gestión del desarrollo sostenible en territorios rurales: métodos para la planificación, publicado en el 2008. Sepúlveda recuerda: “Hace cinco años me contactó una investigadora de una universidad rumana que quería aplicar en su región la propuesta metodológica que plantea el libro. Es imposible imaginar el alcance que pueden tener tus propuestas, y aun más cuando el trabajo es producto de un equipo multidisciplinario caracterizado por una visión sistémica del desarrollo”.

Del Sur para toda América Latina Después de Brasil, el Centro Agronómico Tropical de Investigación y Enseñanza (CATIE), en Costa Rica, fue su siguiente estación. “Ahí di un vuelco a recursos naturales y manejo de cuencas, es decir, continuó primando una visión espacial y sistémica, que evolucionó con facilidad hacia lo que es el enfoque territorial”.

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Foto: Rafa Cartín

Esa evolución fue clave, dice, pues empezaron a tener sentido sus propios planteamientos, y los del IICA, acerca de la multidimensionalidad del desarrollo como solución efectiva a los problemas del subdesarrollo. “Centrar el desarrollo solo en la dimensión económica genera respuestas parciales y excluyentes.

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PERFIL

Por eso, es necesario incorporar la dimensión social –pues las personas son los actores del desarrollo y sus organizaciones son una pieza clave para el éxito– acompañada por una plataforma institucional pública y privada que tenga como norte la participación y el bien común”, sostiene. Para Sepúlveda, el desarrollo rural territorial es parte de un engranaje mayor. “Este esfuerzo es para contribuir en la transformación de las sociedades latinoamericanas; la innovación debe trascender el mundo rural, alcanzando todos los sectores de la sociedad para transitar hacia fórmulas políticas, institucionales y productivas más justas e incluyentes, que propugnen el bien común y la inclusión de las mayorías”, asegura. Al IICA volvió a mediados de los años ochenta, encargado primero de la formulación de proyectos de inversión y luego del Comité de Desarrollo Sostenible (CODES), creado después de la Cumbre de la Tierra de Río de Janeiro de 1992. Era un tema novedoso que abría un espacio para la reflexión y para poner en práctica la creatividad; se comenzaba a transitar por el camino de la sostenibilidad y Sepúlveda se rodeó de profesionales jóvenes. “Fueron años muy prolíficos gra-

cias a los muchachos, quienes con su mente joven y profesionalmente bien preparada, contribuyeron a complementar mi experiencia en el tema”, añade. Del 2002 al 2008, año de su jubilación, tuvo a su cargo la Dirección de Desarrollo Rural Sostenible del IICA (hoy Programa de Agricultura, Territorios y Bienestar Rural –PATBR–). Pero su inquietud perdura: “Mi labor institucionalizada terminó, pero continúo trabajando y espero prolongar mis actividades hasta el último día de la vida, porque mi impulso y energía provienen del convencimiento de que es necesario persistir para transformar las sociedades y cerrar las brechas entre los que tienen casi todo y los que tienen prácticamente nada. De hecho, estas continúan ampliándose, aun en los países que se autodenominan exitosos”. Byron Miranda es el actual gerente del PATBR. De hecho, estamos conversando en su oficina, pues Sergio Sepúlveda es su asiduo visitante y uno de sus principales consejeros. Miranda lo describe: “Sergio es tenaz, hizo de esto un proyecto de vida; una voz importante que procuró incorporar una perspectiva más amplia al enfoque tradicional y sectorial del desarrollo, para incluir a los territorios rurales. Junto a otros colegas,

mantuvo una llama encendida en una época oscura para el desarrollo rural en toda América Latina, en la última década del siglo XX”. Sepúlveda mantiene su humildad. “Posiblemente he realizado algunos aportes al tema del desarrollo rural con enfoque territorial, pero esa tarea se completó con la contribución de innumerables colegas y campesinos, por lo tanto, no fue solo el producto de mi esfuerzo. Además, aunque la propuesta nos parezca innovadora, en dos décadas probablemente será considerada conservadora, pues vendrán otras más avanzadas y con una visión apropiada al contexto de ese momento”. El libro que destacó de la biblioteca ahora está en sus manos, y él lee la dedicatoria: “A los que labran la tierra…” comienza diciendo el texto. Y termina: “A todos aquellos que anhelan un futuro equitativo y justo para el crisol de las Américas. Con pasión, Sergio”. Observe un video con fotografías de Sergio Sepúlveda en http://youtu.be/zJb8FJNU8kk. Fue producido por sus colegas de comunicación del IICA cuando estaba por dejar formalmente el Instituto. Saiba mais Informações, galeria de fotos e vídeos.

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ENTREVISTA

La Embajadora del Méjico - Beatriz Paredes Rangel - habla de la Nueva Ruralidad y a respecto de Politicas Publicas para el Rural Por André Kauric Foto: Patricia Porto

Beatriz Paredes Rangel Mexicana, Socióloga con grande acercamiento a la Sociología Rural. Fue Vice-ministra de Reforma Agraria y Dirigente de la Confederación Nacional Campesina. Es actualmente Embajadora de México en Brasil.

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La historia de las mujeres campesinas es la historia de aquellos seres humanos que no aprendieron a rendirse. Las mujeres del campo sobreviven, no obstante la resequedad de la tierra, no obstante una historia de atavismos, no obstante la insuficiencia de oportunidades, las mujeres campesinas no se saben rendir.”, este trecho del libro “Con la Cabeza Descubierta” de Beatriz Paredes, entrevistada de esta edición de la Revista del Fórum DRS, transmite la razón que le anima a comparecer entre las mujeres de su tiempo. Paredes fue reconocida, por parte del IICA, con el premio que otorga esta institución a la participación de la mujer en el desarrollo rural. Ha participado activamente en el movimiento campesino en la organización más grande de México, del mundo rural de los campesinos minifundistas, que fueron dotados por la reforma agraria, los campesinos mexicanos que fueron dotados por la Reforma Agraria, se llaman ejida-

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tarios, porque el proceso de dotación agrario constituyó ejidos, que es una forma de tenencia de tierra, propia del proceso agrario mexicano. Paredes fue dirigente de la Confederación Nacional Campesina, la primera mujer en la historia de la CNC que alcanzó la dirigencia nacional. La CNC es una organización que agrupa a más de tres millones y medio de campesinos mexicanos. Campesinos y campesinas, desde luego y también tuvo participación en las cuestiones de la institucionalidad agraria. Fue vice-ministra de Reforma Agraria y participó, por otro lado, en el Consejo de la Banca de Desarrollo Rural, fue miembro del Consejo. Así como en numerosas reuniones y encuentros para analizar las cuestiones agrarias, tanto en la FAO, como en otros organismos internacionales. Y como legisladora, pues siempre estuvo muy cerca de las comisiones de Agricultura y Reforma Agraria y de educación en lo relativo a la Educación en el mundo rural.


ENTREVISTA Cual es la importancia de una concepción actualizada del rural que traduzca de manera consistente la dinámica de sus transformaciones en America Latina? No es un tema sencillo, porque hablar de una nueva conceptualización de la ruralidad, se enfrenta a muchos preconceptos y a muchos prejuicios, especialmente en este espejismo de que ser desarrollado significa ser urbano. Y esta conceptualización deja atrás elementos básicos de calidad de vida. A mí me parece que ser desarrollado significa poder vivir con los satisfactores necesarios que te permitan desenvolver plenamente tu condición humana en el campo o en la ciudad. Pero hay una preconcepción generalizada, que equipara desarrollo con modernidad urbana y equipara la vida rural, la vida bucólica, la vida en el campo, con atraso. Y estas concepciones hay que sacudirlas, porque no corresponden ni a la verdad ni al bienestar. El problema es cuando hay pobreza. Y cuando hay pobreza, sea en el campo o hay pobreza en la ciudad, la gente no vive bien. Es un problema de la pobreza, no de la ruralidad o de la urbanidad. A mí me parece que la presentación que hizo la coordinadora del proyecto “La nueva Ruralidad”, la maestra Tania Bacelar, fue una presentación muy impresionante, muy seria. Es un estudio con un

gran rigor académico y para mí, esto ya garantiza que habrá la suficiente profundización sobre el tema. ¿Y en ese sentido, cuáles serían entonces los retos para las políticas públicas de enfrentamiento a la pobreza, pero también del desarrollo rural?

nivele básicos de bienestar social en cuanto acceso a la salud, a la infraestructura básica, a la alimentación en el medio rural. Pero no sólo es un tema de política social. A mí me parece que esencialmente es un tema de política económica.

Me parece que es necesario valorar adecuadamente el trabajo en el campo. Que el trabajo en el campo no reciba salarios inferiores que el trabajo urbano. Me parece que es necesario estimular políticas de arraigo en el medio rural, generando oportunidades de ingreso y de capacitación y de formación para los jóvenes en el medio rural. Me parece que es necesario valorar adecuadamente el trabajo en el campo. Que el trabajo en el campo no reciba salarios inferiores que el trabajo urbano. Me parece que es necesario estimular políticas de arraigo en el medio rural, generando oportunidades de ingreso y de capacitación y de formación para los jóvenes en el medio rural. Creo que es fundamental desarrollar las cadenas agroalimentarias de retención del valor, por parte de los productores y de agro industrialización en las propias regiones rurales, con una visión de desarrollo regional y de planeación y evidentemente, sin dispensarle, resolver los

Como son afrontados estos retos en Mexico? Cúales son las políticas de desarrollo utilizadas allí? Yo debo decirles que lo que pasa es que la realidad del campo mexicano no es comparable, de ninguna manera, con la realidad del campo brasileño. Estamos hablando de dos mundos muy distintos. Esencialmente porque el proceso de Reforma Agraria mejicana cambia las condiciones reales del campo mejicano, en el curso del Siglo XX. Entonces eso es difícil hacer un equiparamiento pero sin que haya posibilidades de comparar, insisto, entre Méjico y Brasil y entre Méjico y algunos otros países, el tema de generar

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ENTREVISTA

valor para el trabajo campesino y para los productos del medio rural de apoyar con financiamiento suficiente, con infraestructura suficiente y con transferencia de tecnología y tener las cadenas de producción hasta comercialización, es un tema vigente también para el campo mejicano.

territorio, un tercio de su territorio con condiciones de trópico, y sería extraordinariamente útil poder compartir experiencias con el desarrollo de alta tecnología, para mejorar la productividad y también intercambiar experiencias exitosas en materia de Medio Ambiente y preservación del Medio Ambiente, mejorando los

Creo que todo lo que se haga en favor de la mujer campesina es positivo para la alimentación, para la familia rural, para la estabilidad del campo. Me parece que las políticas públicas en favor de las mujeres campesinas, son estratégicas. ¿Y existen algunas iniciativas entre el gobierno brasileño y el mejicano, que se pueda decir que haya similitud? Un escenario muy importante de cooperación, es el que estamos planteando desde la Embajada de Méjico con acuerdo de nuestro gobierno, con Embrapa, con la empresa de transferencia de tecnología y de investigación brasileña. Para nosotros, el desarrollo científico de las ciencias agronómicas y de investigación, fitotécnica y sanitaria y de productividad que ha realizado Brasil en el trópico – en el trópico húmedo especialmente – es muy importante. Méjico tiene un tercio de su

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trabajos civilizados, civilizatorios, en la floristería, en la producción de flores, en el manejo adecuado de las zonas de manglares. Me parece que tenemos un gran horizonte de cooperación en lo que corresponde a áreas tropicales. Y posiblemente el trabajo estuviera relacionado con la Educación. Quería que usted comentase cuál es el rol de la Educación en el desarrollo rural. En Méjico hay una experiencia, que estoy convencida, puede ser útil conocerla para Brasil y para otros países de América Latina. Es la experiencia del Sistema de Educación Tecnológica Agrope-

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cuaria. Este Sistema de Educación Tecnológica, logró establecer decenas de Escuelas Secundarias y Preparatorias, o sea media básica y media superior – no sé si aquí le llaman secundaria y bachillerato – incluso universidades tecnológicas en el campo. Entonces hay decenas de secundarias y de preparatorios en el campo, para que los jóvenes de origen campesino puedan continuar sus estudios sin perder el arraigo. Y me parece que algo en donde podemos cooperar de manera muy interesante, es que toda esta infraestructura educativa mejicana y la experiencia que tenemos para que la Educación llegue a los lugares más remotos y abra la oportunidad del desarrollo a los jóvenes, pueda ser conocida por otros países. Durante su intervención en la “Sessão de Palestras” de la “Comissão de Reforma Agrária e Agricultura” del Senado Federal de Brasil a respecto del proyecto de Ruralidad, usted ha comentado a respecto de la creación de un Centro de Formación de Recursos Humanos, algo como una Escuela de Agricultura Tropical para el sur de Mejico. Cómo se daría eso? Nosotros pensamos que el sur de Méjico requiere tener agrónomos especializados en áreas


ENTREVISTA

tropicales. Zootecnistas especializados en ganadería tropical. Pensamos que es fundamental todo el desarrollo técnico, para el desenvolvimiento de áreas tropicales que existen en Brasil y otros países de América Latina, como Colombia, como Costa Rica, que se pueda sintetizar y formar docentes, formar maestros, para que algunas de las instituciones educativas del sur de Méjico, o una nueva institución, pueda dar el gran impulso a la agricultura tropical, con la formación de muy buenos profesionistas especializados. Eso es una meta. La otra pregunta también es con la perspectiva del la cuestión de genero en el campo

ro enormemente a las mujeres campesinas. Les tengo una gran admiración y un gran respeto porque son muy solidarias con la familia rural, muy solidarias con sus compañeros. Incluso muy sacrificadas. En los países que tenemos un gran número de migrantes varones, hay muchos pueblos campesinos habitados por mujeres y por niños, porque los hombres se fueron. Y ellas sostienen el hogar, la parcela, la familia. Creo que todo lo que se haga en favor de la mujer campesina es positivo para la alimentación, para la familia rural, para la estabilidad del campo. Me parece que las políticas públicas en favor de las mujeres campesinas, son estratégicas.

A mí me parece que las mujeres campesinas siempre han sido esenciales en el campo. Yo admi-

Bien, por fin, si le gustaría dejar un mensaje para nuestros lectores de toda América Latina.

Pues felicito de veras la creación y la existencia de esta revista. Una de las cuestiones por la que en el gran debate mundial, quienes creemos en el campo y en los productores y en los campesinos, hemos sido menos favorecidos, es porque no tenemos mucha presencia mediática. El debate mediático lo perdimos. Hay como un vacío. Entonces en las interpretaciones sobre la realidad del campo las hacen personas que nunca han vivido en el campo. Entonces este tipo de medios, como esta revista, es muy importante; darles voz a los expertos, a los técnicos, a los agrónomos, a los productores, a los campesinos, y que conozcan nuestro punto de vista los demás segmentos de la sociedad, considero que es clave y por eso los felicito por este esfuerzo.

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Disseminando conhecimentos de melhores práticas em desenvolvimento rural sustentável.

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ARTIGO ARTIGO

Mario Alexander Moreno Ordóñez es Especialista en Desarrollo Rural de la Oficina del IICA en Colombia

Zonas de Reserva Campesina Instrumento para el Desarrollo Rural en Colombia gestión racional de los recursos naturales y la prevención de la reconcentración de la tierra.

E

l Gobierno Colombiano estableció en 1994 el marco para su Reforma Agraria, por medio de la Ley 160. Esta previó dos instrumentos para lograr las metas: un programa de redistribución basado en el mercado de tierras y la creación de Zonas de Reserva Campesina (ZRC) en áreas de colonización. Las ZRC son áreas geográficas seleccionadas por la Junta Directiva del entonces Instituto Colombiano de Reforma Agraria, teniendo en cuenta las características agroecológicas y socioeconómicas regionales. En los reglamentos para su funcionamiento se indican las extensiones máximas a adjudicarse, y los requisitos que deberán cumplir los ocupantes de los terrenos. La Ley establece a las ZRC como el principal instrumento para regularizar las áreas de colonización buscando: acceso a la tierra, mejores servicios y oportunidades de desarrollo para los pobres; participación eficaz de las comunidades en la planeación e implementación del desarrollo;

Tres elementos las hacen novedosas: 1. La fijación de una extensión máxima de tierra que se puede poseer: En las ZRC nadie podrá adquirir más tierra de la que se definió de manera concertada con las comunidades. Así, se busca evitar la concentración de la propiedad en manos de particulares o empresas que acostumbran acumular tierras por su ubicación estratégica o por la existencia de recursos naturales valiosos en ellas. 2. La inversión preferencial que las instituciones rurales del Estado deberán tener en las ZRC. 3. La participación efectiva de las comunidades: Las inversiones en las ZRC están guiadas por un Plan de Desarrollo Sostenible que elaboran las organizaciones locales con la asesoría técnica de INCODER. En la medida en que se logre con las ZRC estabilizar las economías campesinas, la figura puede

ser utilizada como elemento protector de ecosistemas estratégicos, pues podría estabilizar poblaciones en zonas de colonización y evitar la ampliación de la frontera agropecuaria. Además de prevenir el deterioro ambiental, la figura quiebra la funcionalidad que presta la enconada violencia de estas zonas, al crecimiento especulativo de algunos sectores económicos, violencia que generalmente conlleva procesos de expulsión campesina: hacia el interior de la frontera agrícola, aumentando los desempleados urbanos y las empresas que aumentan su rentabilidad al decrecer sus costos en mano de obra por la sobreoferta, o, hacia afuera de la misma, ampliándola y destruyendo los recursos naturales, y en este caso es el terrateniente quien ocupa los terrenos abandonados. La anterior cadena de procesos positivos emprendida por las ZRC iniciaría un proceso de reforma agraria desde la periferia hacia el centro, revirtiendo las causas de la salida de los campesinos hacia los territorios selváticos y protegiendo a los ecosistemas estratégicos, permitiendo su aprovechamiento en pos de una inserción adecuada al mercado internacional de la biodiversidad. 

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DESAFIOS do DRS

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Foto: Sigfredo Ramírez

Bahía de Jiquilisco renace con ECADERT La cuenca de la bahía de Jiquilisco es una tierra de contrastes. Por una parte es un paraíso: su tierra es fértil y su mar es abundante en peces. Pero también es un sitio empobrecido: hay familias a las que les cuesta conseguir qué comer. Por muchos años, la bahía de Jiquilisco pasó ajena a cualquier cambio. Pero ahora, la Estrategia Centroamericana de Desarrollo Rural Territorial 2010-2030 (ECADERT) le ayuda a afrontar sus problemas. Es una nueva filosofía que plantea unir esfuerzos para sacar adelante las comunidades. Esta es la crónica del recorrido por un territorio que ya respira los aires de la ECADERT.

Vista panorámica de la bahía de Jiquilisco, desde las fincas donde se cosecha café de estricta altura en el municipio de Berlín, Usulután. REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013

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DESAFIOS do DRS

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l pueblo de Berlín está construido en la cima de un volcán extinto. Es un ínfimo poblado en la cumbre que parece tener una puerta al cielo: es un arco de cuatro columnas, pintado de blanco, al final de una calle que termina en barranco. El mirador luce como si fueran los vestigios de una antigua casa de la que solo queda su portal. Desde ahí se ven las pocas casas que salpican los cafetales, las montañas verdes, el espejo de una laguna y el cielo impoluto de esta mañana soleada. Luis Bonilla está de pie frente a la puerta de Berlín. El joven achina los ojos para evitar los rayos del sol. “Muchos viajan kilómetros solo para apreciar este paisaje”, dice. Él es miembro de la unidad de turismo de Berlín, grupo que se encarga de recopilar los atractivos turísticos de este poblado fundado por Serafín Brennen, un alemán cuya historia parece hundir sus raíces en las fábulas. Se dice que Brennen fue un comerciante que sobrevivió a un naufragio frente a la costa salvadoreña y parecía destinado a establecer Berlín. Marcado por su experiencia, Brennen se alejó lo más que pudo del mar y subió el lomo de este viejo volcán.

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Luis Bonilla se aleja del mirador y comienza a caminar por el pueblo. Las fachadas de lámina troquelada belga cuentan la historia de los europeos que alguna vez las habitaron. Pero hay un detalle de Berlín: el pueblo siempre estuvo de espaldas al mar. A pesar de la cercanía a la bahía, los berlineses se acostumbraron a ver el océano como algo inconexo de su realidad. Un pensamiento que está cambiando a 127 años de su fundación. Luis Bonilla tiene sus esperanzas puestas en la Plataforma Estratégica de Desarrollo Humano, una iniciativa que plantea unificar los esfuerzos de distintos actores sociales en 14 municipios de la cuenca de la bahía de Jiquilisco, desde los cortadores de café de la zona alta hasta los pescadores en el océano. “Esta visión de desarrollo difunde la importancia de estar unidos como pueblos de la cuenca de la bahía de Jiquilisco”, dice Bonilla, que es parte del Grupo de Acción Territorial (GAT) de la plataforma. Mientras camina por Berlín, Luis Bonilla habla del trabajo con las distintas organizaciones. Hace poco conoció la ECADERT, un instrumento del Sistema de la Integración Centroamericana. Esta iniciativa regional es impulsada por el Consejo Agropecuario Centroamericano (CAC) en conjunto

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con el Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura (IICA) y otras agencias de cooperación y entidades oficiales de cada país. Cuenta con un fondo regional, con recursos de la cooperación española y contrapartidas locales, para generar oportunidades y fortalecer capacidades de la población. Bonilla dice que en el marco del proceso ECADERT se pueden hacer proyectos de turismo como los que él trata de impulsar. Crear paquetes donde las familias caminen por las playas de Jiquilisco en la mañana, y después vengan hasta la cima de este viejo volcán, que almuercen un plato de la gallina en pinol y vean el atardecer desde el mirador que parece ser una puerta al cielo. Solo se trata de que todos los pueblos de la bahía aprendan a trabajar juntos. El territorio focal de Jiquilisco, priorizado para la fase inicial de la ECADERT, comienza aquí: en el corazón de Berlín. Un parque central donde tres ancianos platican distendidos y se escucha el ruido de los albañiles que reconstruyen la fachada blanca de la iglesia del pueblo. Después, el territorio baja hasta el mar y cruza un rosario de pueblos como San Agustín, Tecapán, San Francisco Javier, Ozatlán, Jiquilisco y San Dionisio. Todos son parte de la cuenca de la bahía.


DESAFIOS do DRS Foto: Sigfredo Ramírez

Iglesia colonial del pueblo de Alegría. El poblado usuluteco está entre los municipios de la cuenca alta de la bahía de Jiquilisco. Su principales ingresos económicos provienen del café y el turismo.

Luis Bonilla se despide y entra a la alcaldía donde trabaja. Las moto taxis avanzan desbocadas por las calles de Berlín. Los pequeños vehículos salen del pueblo y se dirigen a los poblados vecinos. Desde el camino asfaltado, se observan las estrechas veredas que llevan hasta los cafetales. Son prósperas fincas a 1.600 metros sobre el nivel del mar que exportan su café de estricta altura a Asia, Europa y Estados Unidos. La riqueza de estos pueblos siempre ha sido el café. Al inicio, los propietarios de las fincas intercambian sus cosechas por las láminas troqueladas de Europa. Por las veredas también se ve a los cortadores, familias enteras que trabajan en la temporada de corta del grano y subsisten con los salarios mínimos que se les pagan, no más de US$4 por arroba de café. Y en las montañas

no existen muchas más opciones laborales. Siguiendo el camino que baja de las montañas de Berlín se llega al pueblo de Tecapán, otra plaza cafetalera. Esta mañana, Tecapán parece engalanado para una fiesta. Una muchacha morena de vestido formal entra al centro educativo del poblado. Es el día de las graduaciones de bachillerato. Los jóvenes trajeados están listos para recibir sus diplomas junto a sus padrinos. Uno de los acompañantes es Gregorio Morales, alcalde del vecino municipio de California y antiguo administrador de una finca de 200 manzanas (140 hectáreas). Morales es un hombre moreno, taciturno y de bigote entrecano. El alcalde ha trabajado de cerca en la iniciativa ECADERT y conoce a todos los involucrados: organizaciones no gubernamentales, alcaldes de todas las banderas políticas,

organismos como el IICA e instancias del gobierno como la Sub Secretaría de Desarrollo Territorial y Descentralización. Antes de que empiece el acto de graduación, Morales se sienta en una banca del centro escolar y habla sobre el proyecto. “Nunca había trabajado en una iniciativa como esta en los 15 años que llevo como alcalde, con tanto énfasis en el desarrollo local de las comunidades rurales”, explica. –“¿No hay otras instancias donde dialogue con los demás alcaldes de la zona?”, le preguntamos. –“Sí, trabajamos juntos en la Corporación de Municipalidades de la República (COMURES), pero solo nos reunirnos para planear obras que no se dan porque no se han unificado esfuerzos como ECADERT”, añade.

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Gregorio Morales asegura que como parte del trabajo en el proceso ECADERT se les concientiza incluso en el tema ambiental, al explicárseles que todo lo que hagan los municipios altos de la cuenca tendrá un efecto en los manglares de la parte baja, un recurso vital si se considera que la bahía de Jiquilisco posee los manglares más importantes de todo el Pacífico mesoamericano. Tily Perdomo, especialista en gestión de riesgos y análisis de vulnerabilidad del Ministerio de Medio Ambiente y Recursos Naturales (MARN), respalda la opinión de Morales y menciona que la ECADERT representa un espacio de intercambio de información técnica y local, que fortalece la vinculación entre instituciones gubernamentales, municipalidades y otras organizaciones que procuran aumentar la calidad de vida en los territorios rurales. El alcalde ve a unos estudiantes que caminan apurados a la graduación. Cruzando las manos con un gesto que parece de profesor, él asegura que la próxima gran interrogante que sortearán estos jóvenes será qué hacer después de la graduación. Las familias de muchos de ellos no tienen dinero para que completen sus estudios, así que pronostica que la mayoría terminarán cortando café, como lo hicieron sus padres y antes sus abuelos. Un subem-

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pleo que frena el desarrollo de las comunidades. Pero Morales considera que el proceso ECADERT puede cambiar esa realidad. El alcalde de California sueña que articulando esfuerzos se pueda promover la edificación de nuevos centros de educación superior y graduar profesionales. Dice que solo se trata de proyectarse. El primer fruto del trabajo conjunto ya es una realidad. El Fondo Regional ECADERT otorgó US$355.000 para el fortalecimiento de las capacidades locales y el desarrollo socioeconómico de la cuenca de la bahía de Jiquilisco. Y con una contrapartida de US$514.755 del gobierno salvadoreño, se desarrollaron cinco planes de ordenamiento urbano y seis planes estratégicos participativos municipales; también se construyeron sistemas de riego para la producción agrícola en la temporada seca y se equipó un centro de acopio que beneficiará a decenas de agricultores. “Ya cambió la época donde el alcalde tenía que hacer todo en el pueblo, ahora las ideas tienen que nacer de todos para que el beneficio sea de todos”, dice Morales antes de ir a la graduación.

Centro de acopio entre volcanes La cuenca de Jiquilisco es parte de la tierra que enamoró a Antoine de Saint-Exupéry, el autor

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francés que escribió El Principito. Saint-Exupéry tenía una esposa salvadoreña, Consuelo Suncín, quien le contaba todo sobre su país, narraciones que la imaginación del francés convirtió en el asteroide donde el principito vivía flanqueado de volcanes. Ahora, el volcán de Usulután se observa desde la carretera. La graduación quedó atrás pero no las palabras del alcalde Morales. Él mencionó la construcción del centro de acopio en las planicies que bordean la bahía. El centro está en la orilla de la calzada. Es un sitio en construcción donde varios obreros trabajan bajo un sol proverbial. Uno de los hombres es Lucio Rodríguez, presidente de la Asociación Coordinadora de Comunidades Unidas de Usulután (COMUS). Rodríguez inspecciona la obra de la que ha estado pendiente en los últimos meses. Con un cuaderno de contabilidad en la mano, asegura que el edificio estará en pleno funcionamiento desde 2013 y tendrá capacidad para procesar 10.000 quintales de granos básicos en cada lote tratado. La cosecha de 50 pequeños agricultores de los municipios aledaños a la bahía. “El centro de acopio ayudará a que los campesinos vendan su maíz y frijoles sin tener que acudir a un intermediario en el mercado


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de Jiquilisco, los famosos ‘coyotes’”, dice Rodríguez. El “coyote” personifica casi todos los abusos que enfrentan los agricultores. Él es quien vende el abono y el fertilizante con sobreprecio, el que compra la cosecha al precio que le conviene y el que se queda con la ganancia. El proyecto trata de romper ese despotismo, pues el centro brinda la posibilidad de que los agricultores puedan vender directamente sus cosechas y evitar intermediarios. Rodríguez asegura que entre los potenciales clientes están tanto las instituciones públicas como las privadas. Además, está el proyecto de articular una red de tiendas comunitarias en los municipios de la cuenca. Todas las ideas de comercialización están anotadas en el cuaderno que Rodríguez cuida celosamente bajo un brazo. “El proyecto tiene acompañamiento del Programa Mundial de Alimentos (PMA), el Ministerio de Agricultura y Ganadería (MAG) y los valiosos fondos de la ECADERT”, afirma Lucio, mientras busca la sombra de un árbol. Asegura que con los fondos de la ECADERT se financiará la compra de una envasadora de granos. El alcalde de San Francisco Javier llega a la construcción. Enan Gualberto Mejía Claros no es el típico líder municipal de esta zona. En lugar de ser un vaquero de bo-

tas y sombrero, es un joven muy delgado y bonachón. Un licenciado en sistemas informáticos de 35 años que recién ganó su primera elección municipal. Mejía se sienta debajo de un gran árbol y habla de la importancia de ECADERT. “La estrategia es útil para saber cómo apoyar a nuestros campesinos; ellos trabajan, trabajan y trabajan, y lo que obtienen es mísero a cambio de tanto esfuerzo”, señala. El centro de acopio está en una de las zonas más productivas de El Salvador, pero tiene una historia llena de paradojas. El historiador Jorge Lardé y Larín constató que municipios como San Francisco Javier fueron el hogar de ricos agricultores dueños de haciendas de cereales en 1932. Y hasta hace unas décadas, esta tierra todavía se conocía como el granero de la República, ya que sus cosechas de maíz suplían buena parte del mercado nacional. Después todo entró en decadencia. “La agricultura dejó de ser prioridad y sin apoyo los agricultores comenzaron a tener pérdidas; ahora ni siquiera podemos garantizar la seguridad alimentaria de nuestras comunidades, hay 1.200 familias que no tienen qué comer. Esa es la realidad que queremos cambiar, uniendo esfuerzos como propone ECADERT”, dice el

joven alcalde de San Francisco Javier.

Un pueblo bajo el sol ardiente La cosecha de maíz ha sido mala este año. En los terrenos adyacentes al centro de acopio se ve la tierra árida y las cosechas marchitas. El camino al cantón Cofradía San Juan Arriba es polvoriento. No es más que una trocha irregular que no parece ir a ningún sitio. Los pocos habitantes que viven aquí han construido casas de adobe como refugios del sol. Esta tierra es tan caliente que sería ideal para una granja de garrobos (pequeño reptil centroamericano que habita en zonas de clima caliente). Hace meses, una sequía de 45 días envolvió este valle y acabó con la mayoría de cosechas. El MAG contabilizó pérdidas por 2,1 millones de quintales. Los campesinos todavía resienten las cosechas que no lograron vender. Hay quienes asolean las mazorcas de la cosecha postrera en los solares de sus casas. A esta hora de la tarde, el agricultor Juan Ganuza saca agua de un pozo a pocos metros del camino. Ganuza es un hombre de rostro serio y piel tostada después de tantos días cultivando bajo el implacable sol. El campesino –que parece un espejismo entre el vapor de la tarde– es ayudado a sacar agua por su hijo adolescente y su esposa. Ganuza es

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uno de los agricultores que perdió todo por la sequía, aunque ya sembró una nueva milpa.

bueno es que va a ser administrado por campesinos como nosotros”, asegura Ganuza.

Mientras camina, Ganuza cuenta las vicisitudes que ha vivido durante los últimos meses. “La primera cosecha la perdimos por completo pero logré rescatar la segunda”, explica.

Es el sueño que conlleva la ECADERT. De acuerdo con Guillermo Galván, Subsecretario de Desarrollo Territorial y Descentralización de El Salvador, la estrategia ya cuenta con un segundo proyecto, que consistiría en articular redes de jóvenes y mujeres en los municipios de la parte alta de la cuenca.

La estrategia es útil para saber cómo apoyar a nuestros campesinos; ellos trabajan, trabajan y trabajan, y lo que obtienen es mísero a cambio de tanto esfuerzo. Foto: Sigfredo Ramírez

El agricultor usuluteco Juan Ganuza trabaja bajo el sol de la tarde en la milpa al lado de su casa, en el cantón Cofradía San Juan Arriba, Jiquilisco, Usulután.

La milpa que ha sembrado Juan Ganuza se alcanza a ver a pocos metros del camino. Es media manzana (aprox. 0,3 ha) de unas matas de maíz que ya están dobladas. El campesino usuluteco calcula que su producción será de unos 20 quintales y la venderá en el mercado de Jiquilisco, el sitio donde los “coyotes” esperan a agricultores desesperados como él. Este año, Juan Ganuza está en una situación complicada, pero confía en que la próxima temporada sea mejor. Ya escuchó sobre la edificación de un centro de acopio cerca de donde vive. “Dicen que van a tener una secadora para el maíz húmedo, esperemos que nos den la posibilidad de vender nuestra cosecha, lo

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“Lo que interesa es que el territorio esté organizado para generar y asumir una propuesta local, para apropiarse del proyecto, para darle sostenibilidad. Para ello, es necesario construir instancias y mecanismos para que la gente participe en la toma de decisiones de cómo mejorar su territorio. Lo que se busca al final de cuentas es una tierra productiva y ecológica”, dijo Galván. Juan Ganuza ama esta tierra. Nunca se ha ido a pesar de sequías o pérdidas. No dejó esta tierra ni siquiera en la guerra civil (19801992), cuando estos terrenos de vocación agrícola eran escenario de frecuentes escaramuzas y masacres. Junto a su familia soportó de todo. Dice que ya vivió demasiados momentos complicados, por eso le emociona sobremanera un proyecto como el del centro de acopio. Después de tantos años, por fin, es el tiempo de sembrar.


DESAFIOS do DRS Foto: Sigfredo Ramírez

Sí claro, hay entre 48 a 50 productores. La mayoría podría participar porque venden granos, y necesitan para pagarles a los mozos que les ayudan. A veces venden la mitad y dejan la mitad para el consumo. ¿Cuál es el beneficio que le ven al centro de acopio?

Entrevista con el agricultor José Adrián Castellón. Presidente de la Asociación de Desarrollo Comunitario (ADESCO) del cantón Cofradía San Juan Arriba, del municipio de Jiquilisco.

¿Cómo les fue en el ciclo agrícola de 2012? En términos generales estuvo mal, algunos agricultores hicieron un poquito, pero la mayoría no cosecharon nada en la primera siembra. Esto se debió a la cruel sequía que tuvimos, la temporada lluviosa se retrasó casi un mes y ese fue el motivo que las milpas se perdieron. Por ejemplo, la mía que era media manzana y solo saqué los sacos ya desgranados, unos cuatro quintales. ¿Aquí hay varios agricultores que estarían interesados en el proyecto del centro de acopio?

Bueno, el beneficio que le veo yo es lo económico: voy a vender este maíz al centro de acopio y ellos tienen un comprador de otro lugar. Venden mi producción ya ganándole $2 más por quintal. Ese es el beneficio. Que los agricultores nos podamos sostener y que el negocio en lugar de bajar pues que aumente. Que se mantenga un precio justo para todos los agricultores, porque hasta ahora los acaparadores son los que se mantienen a la necesidad que tenga el agricultor. ¿Consideran su situación tan crítica? Sí, es compleja. La agricultura no es rentable para nosotros. Hasta quisiéramos que el centro de acopio fuera más amplio y también vendiera productos químicos para el trabajo agrícola. Porque nuestro problema comienza desde la compra de los insumos. El abono lo estamos compramos a un precio entre $40 y $50. Y el sulfato a $22. Es una situación que cada vez es más complicado y asfixia nuestra economía familiar.

Sigfredo Ramirez, periodista colaborador de la Revista do Fórum DRS.

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Territorio de desarrollo rural en expansión

La planificación en desarrollo rural con enfoque en el territorio fue motivo de una capacitación en el departamento de Cerro Largo, Uruguay. Cerca de 40 productores agropecuarios de la zona, durante el pasado año y parte del corriente, discutieron la identidad de su territorio, generaron proyectos y esbozaron un plan estratégico de desarrollo rural. La experiencia, que fue realizada en el marco del acuerdo entre la Dirección General de Desarrollo Rural del Ministerio de Ganadería, Agricultura y Pesca (DGDR-MGAP) y la oficina del

Territorio de Cerro Largo, Uruguay

Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura (IICA) en Uruguay, está siendo sistematizada para poder ser replicada en otras zonas del país. REVISTA FÓRUM DRS ABRIL/MAIO/JUN 2013

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os años atrás fueron los técnicos uruguayos los que se formaron en desarrollo rural con enfoque territorial, en ese momento surgió la idea de extender la experiencia a los productores. El director de la DGDR, José Olascuaga, explicó que se pensó como “un proceso de capacitación en acción”. Esta idea, que tardó en prender entre los asistentes al curso luego se consolidó. “Al principio no habían agarrado muy bien la propuesta de que además de una capacitación ellos tenían que elaborar, que no era solamente ir a escuchar o a discutir a un taller (…) y se dieron cuenta de que se capacitaban para hacer el plan y se pusieron a trabajar en eso y ganó mucho la calidad” del curso, relató Olascuaga. El desarrollo rural con enfoque territorial es todavía incipiente en América Latina, explicó el especialista del Programa Agricultura, Territorios y Bienestar Rural del IICA y uno de los docentes del curso, Alberto Adib. “Empezó por Brasil y fue una política de Estado, inspirado en el Programa Líder de Europa”, señaló. El país norteño lleva diez años trabajando en la temática lo que en términos conceptuales y metodológicos significó que “estábamos más avanzados” afirmó el profesor, que agregó: “Uruguay quiso beber de esa

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agua”. Como consecuencia de la capacitación y del trabajo de planificación con enfoque territorial “después de Brasil, el que está más avanzado en el proceso [en el continente] es Uruguay”, aseguró Adib. En tanto, la experiencia realizada en Brasil fue adaptada tanto a la zona como a un público singular: los productores. El curso comenzó con la explicación del contexto normativo del territorio y las políticas sobre tierra en Uruguay. En este sentido “se personalizó” la propuesta y se “adecuaron” contenidos para que fueron útiles a los asistentes, consignó el especialista en Educación y Desarrollo Rural del IICA Uruguay, Nestor Eulacio. La reestructuración de contenidos, que incluso requirió de formar un comité académico, “se realizó con particular cuidado para adaptarla a la realidad del país, de los participantes y de los objetivos, lo que fue una de las claves del éxito”, adjudicó Eulacio.

La mesa está servida La elección del departamento como destino del curso no fue al azar. “Nosotros elegimos Cerro Largo porque el proceso de las MDR había tenido un inicio muy dinámico, el equipo de desarrollo rural y las organizaciones de la sociedad civil también acom-

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pañaban”, destacó el director de la DGDR. Por otro lado “había inquietud de la gente de participar del procesos de capacitación, hay bastante presencia de productores familiares y de productores en general”, es por eso que desde la DGDR se entendió que “era un terreno fértil”, aseguró Olascuaga. Cerro Largo, con 13.648 km2 es el cuarto departamento más extenso de Uruguay, de sus casi 85 mil habitantes el 7% -aproximadamente unos 6 mil- viven en el medio rural, según datos del Censo del Instituto Nacional de Estadística (INE) de 2011. El departamento caracterizado por grandes extensiones de territorio y una densidad de población media con respecto al resto del país, de 6 a 15 hab/km2 según datos del INE de 2012, supuso una primera dificultad para la participación que fue la distancia. “En el año 2007, había una mesa de desarrollo en Melo, a los pocos meses vimos que eso dificultaba la participación de los que estaban más alejados, nosotros tenemos lugares que están a 200 km de la capital departamental, era muy difícil de que vinieran más allá de que estuvieran organizados y mandaran un delegado”, narró la asesora en Promoción y Gestión del Desarrollo Territorial de Cerro Largo, Patricia Duarte.


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Foto: Presidencia de la República

[...] se dieron cuenta de que se capacitaban para hacer el plan y se pusieron a trabajar en eso y ganó mucho la calidad. Jose Olascuaga Director de Desarrollo Rural del MGAP de Uruguay

En 2009 se crearon las Mesas que abarcan, por un lado, las localidades de Noblia y Aceguá (5ta Sección Judicial), y por otro lado, Río Branco, que son las fronteras seca y húmeda, respectivamente, que tiene el departamento con el Estado brasilero de Río Grande del Sur. “En la 5ta Sección del departamento fue impresionante, había mucha necesidad, se sentía que ese espacio hacía falta e inmediatamente esa Mesa empezó a trabajar”, describió Duarte. En tanto, en la ciudad de Río Branco, localizada a 100 km de la capital departamental, “hicimos un trabajo de inducción con productores y organizaciones, y empezaron a funcionar naturalmente”, manifestó la asesora de la DGDR. A medida que se avanzó en el proceso de integración el desafió también creció. “Nos quedaba una gran zona para llegar en el departamento, es la zona de mayor dispersión, están centra-

lizadas las mayores extensiones de tierras, son 140 km desde la capital, abarca todo el eje de la Ruta 7”, detalló Duarte. En 2011, los técnicos de la DGDR lograron establecer la MDR de Ruta 7. “Necesitamos más tiempo, para tener más experiencia, para conocer mejor el funcionamiento de las mesas y con lo que uno puede encontrarse. Es muy difícil abrir muchos campos de batalla si uno no puede atenderlos”, explicó Duarte. Las MDR, integradas por organizaciones pero también por vecinos interesados en participar, seleccionaron un grupo de delegados que participó del curso. La propuesta académica abarcó cuestiones conceptuales como: desarrollo, territorio, ruralidad y nueva ruralidad. Además se capacitó en formulación de proyectos y se delineó un Plan Estratégico Territorial en base a las cuatro dimensiones que explican el de-

sarrollo: lo productivo, lo social, lo ambiental y lo económico.

Cédula de identidad En primera instancia la capacitación apuntó a “establecer las diferencias entre el enfoque tradicional de política pública y el enfoque territorial”, señaló Abid. En este sentido, “la diferencia está fundamentalmente en que el enfoque tradicional es muy sectorial”, aclaró. En tanto, lo que busca el curso es que “la gente planifique el territorio para generar una demanda de lo que necesita, independientemente del sector que sea, y a partir de esa planificación demandar cosas ante el Estado”, puntualizó el profesor. La identidad del territorio en Cerro Largo fue lo primero a definir. “La identidad está dada por la actividad productiva y en la frontera está más relacionada con el espacio de vida de la frontera, eso

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se fue definiendo, y luego del curso es más claro”, indicó Adib. Si bien en Cerro Largo la ganadería es la actividad más importante, también se produce: arroz, soja, forestación y lechería. En tan-

A medida que vas estudiando el territorio te vas dando cuenta de un montón de cosas, que a veces ni te las imaginas: la población que hay en campaña, las escuelas rurales, represas, cuántos predios hay, cuántos productores y cuántos son familiares.

Foto: Arquivo/DGDR

Trabajo con INIA valoración de semilla

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to, los productores familiares son básicamente ganaderos, la DGDR trabaja también con grupos de horticultores y lecheros que producen para el circuito local. “Nosotros trabajamos, justamente, en fortalecer a aquellos que son más vulnerables a los cambios, a los más chicos”, definió Duarte. La frontera con Brasil tiene características propias en lo social y económico. “En la zona fronteriza de Aceguá-Aceguá hay horticultura. Fundamentalmente [la producción] se vende casi que en la localidad y venden en el marco legal porque vienen a comprarles a sus chacras, hay gente que viene de Brasil, a comprar por ejemplo: boniatos, zapallo y maní”, describió Duarte. Por otra parte,

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los grupos de productores de la zona trabajan, desde el 2006, en la validación de la semilla con el Instituto Nacional de Investigación Agropecuaria (INIA), lo que “le ha dado valor agregado a su producción, todo lo venden sin problemas”, destacó la asesora. La convertibilidad cambiaria, que favorece a Uruguay, también jugó un papel en el desarrollo de la zona de frontera. “Por suerte, para nuestros objetivos, en realidad la situación cambiaria nos ha favorecido, hemos podido trabajar en organización, grupos y cooperativas”, admitió Duarte. La coyuntura de la moneda podría revertirse pero desde la DGDR se enuncian otros logros: “nosotros confiamos en que hay algunos hábitos y rutinas, que están vinculados a cuestiones más culturales, más de reiteración, que con el trascurrir de este tiempo ya se han ido arraigando de manera que si mañana tenemos una reversión en la cuestión cambiaria, realmente la gente hoy tiene otra visión del trabajo y la producción de la que tenía siete años atrás”, explicitó.

El saber como oportunidad y responsabilidad El productor ganadero y directivo de la Liga de Fomento de Fraile Muerto, Jorge Machado,


Foto: Arquivo/DGDR

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explicó que fue una demanda de la MDR contar con capacitación, en un principio, para elaborar proyectos y acceder a financiación para cubrir las necesidades de la zona, aunque la formación fue más amplia en contenidos. “A medida que vas estudiando el territorio te vas dando cuenta de un montón de cosas, que a veces ni te las imaginas: la población que hay en campaña, las escuelas rurales, represas, cuántos predios hay, cuántos productores y cuántos son familiares”, visualizó. El saber “cuántos productores tienen ovejas o vacas y en qué proporción, te ayuda, cuando sale un proyecto a la cría vacuna o un proyecto ovino, a que sea mucho más acertado para gestionar”, ejemplificó. La Liga de Fomento de Fraile Muerto, de la que el productor fue presidente varios años, presentó un proyecto de Fortalecimiento Institucional, que siguió las pautas del curso. “Son proyectos concursables, donde cada institución presenta un proyecto y todo el curso que hicimos con el IICA y con Adib nos sirvió muy bien para formular el proyecto, esperemos que tengamos suerte”, anheló. Machado, nacido en la localidad de Quebracho (a 80 km de la capital departamental), describió algunas dificultades en la partici-

pación que se están superando. “Cerro Largo, es un departamento netamente ganadero, el ganadero de por sí ya era bastante individualista, costó un poco, el ganadero siempre trabajó solo, no es como un tambero que ya viene con otra experiencia de compartir muchas cosas”, señaló. La Liga de Fomento de Fraile muerto fue fundada en 1940, en la actualidad tiene 300 socios, un 90% de éstos son agricultores familiares. “Yo creo que las sociedades civiles bien encaradas y bien dirigidas son una herramienta fundamental para canalizar la demanda de los productores porque las cosas aisladas no tienen la fuerza suficiente, no son escuchadas y a través de estas instituciones civiles se pueden lograr muchas más cosas”, aseguró.

Del noreste al este La DGDR, evaluó como positiva la experiencia y planifica extenderla a otras zonas de Uruguay. “Nosotros planteamos esto porque lo que se ve en las MDR es que las demandas de la población siempre están orientadas a la resolución del problema más urgente, o sea, siempre están trabajando en el corto plazo, pero no había una visión global del territorio, ni una idea de largo plazo (…) entonces el planteo fue hagamos

Participantes del curso “Formulación y Negociación de Proyectos para Plan de Desarrollo Territorial”. Noviembre. Melo, Cerro Largo, Uruguay.

este proceso para poder levantar la vista, mirar un poco más lejos, y abarcar todo el territorio, no solamente la comarca o el problemita que tengo”, manifestó Olascuaga. En consecuencia, la formación sirvió para fortalecer el vínculo entre instituciones y personas lo cual “es un producto adicional al proceso de capacitación”, valoró el director de la DGDR. La evaluación positiva de la experiencia, es antecedente para que se traslade a los departamentos del este del país: Treinta y Tres, Rocha, Lavalleja y Maldonado. La réplica del curso tendrá sus particularidades “la diferencia es que queremos que sea la gente que fue capacitada que lo haga, la gente que se formó ahí, que se capacitó, sería la responsable para hacerlo, para que el Estado tenga autonomía para hacerlo, esa es la idea, formar capacidades para que siga, lo que hicimos es formar formadores”, evaluó Abid.

Malvina Galván, periodista colaboradora de la Revista do Fórum DRS.

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ARTIGO ARTIGO

Rafael Echeverri Perico Secretario Técnico del Programa Iberoamericano de Cooperación en Gestión Territorial, PROTERRITORIOS

La agricultura familiar en un enfoque territorial evidencian que un proceso real de reformas en las políticas públicas de desarrollo rural está haciendo curso en muchos países latinoamericanos.

M

éxico ha realizado una profunda transformación institucional en las estrategias de desarrollo agrícola y rural, iniciando con el marco de la Ley de Desarrollo Rural Sustentable en 2001, con un nítido sentido territorial, y llegando a la transformación de la tradicional Secretaría de Reforma Agraria en una Secretaría de Desarrollo Agrario, Territorial y Urbano. En la última década, Brasil creó una Secretaría de Desarrollo Territorial en el Ministerio de Desarrollo Agrario, responsable de las políticas para la agricultura familiar y puso en marcha la ambiciosa estrategia de Territorios de Identidad y Territorios de Ciudadanía para abordar el desarrollo rural y fortalecimiento de la agricultura familiar. Colombia ha formulado un proyecto de ley que hace curso en este momento, en el cual redefine el desarrollo rural bajo la estrategia explícita del enfoque territorial, al tiempo que avanza en las negociaciones de paz, con centro en el desarrollo agrario y rural en un marco territorial. Esto son apenas algunos ejemplos que

Sin embargo, muchas preguntas subyacen a estas reformas, luego de una década. La primera de ellas se relaciona con la consistencia y coherencia teórica y conceptual de la aplicación del enfoque territorial y su relación con aspectos fundamentales del desarrollo rural. En específico, una inquietud no resuelta aún, es la relación entre el enfoque territorial aplicado y la agricultura familiar, como una extensión de las preocupaciones consuetudinarias entre el desarrollo rural y la pequeña producción agrícola. No hay duda en que las concepciones de desarrollo integral, han calado hasta lo más profundo de las estrategias de desarrollo rural. Desde los legendarios programas de Desarrollo Rural Integral, DRI, que en la década de los 80 y 90 del siglo pasado, pusieron de manifiesto la necesidad de incluir los bienes públicos, como infraestructura, y el desarrollo de capacidades, como complementos obligados a una estrategia más tradicional exclusivamente centrada en la dotación de factores productivos a los campesinos. Los enfoques territoriales han dado un paso adi-

cional al aportar una visión más sistémica y holística del desarrollo, incorporando conceptos como la multidimensionalidad, que pone de manifiesta la importancia de considerar lo ambiental, económico, social, político y cultural, como esferas a ser abordadas en forma simultánea e integral. Igualmente, han puesto de manifiesta la importancia de conceptos como la multifuncionalidad, entendida como las externalidades sociales de las actividades económicas privadas, y la multisectorialidad económica, como reconocimiento de la profunda diversificación del empleo y los ingresos de las familias rurales. No obstante, persisten las contradicciones entre estas estrategias integrales y las visiones más sectorialistas de una política de desarrollo rural aferrada a la preocupación obsesiva en el productor individual. Las estrategias de los países se alternan pendularmente en intentos por asumir visiones integrales y el retorno a las estrategias sectoriales centradas en mecanismos de transferencias privadas por medio de subsidios a la tierra, insumos, crédito, asistencia técnica o ingreso.

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Foto: Manuela Cavadas

Diálogos entre saberes técnicos e populares marcam

Rota Estratégica de Aprendizagem

Em sua segunda edição, evento reuniu organizações com atuação em sete estados do nordeste do Brasil para debater Agroecologia e Acesso a Mercados. Conheça nesta reportagem um pouco mais sobre a metodologia, a Rota de Aprendizagem e sobre a experiência inovadora do Programa Semear.

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rganizações de sete estados nordestinos participaram da segunda edição da Rota Estratégica de Aprendizagem do Programa Semear – Gestão do Conhecimento em Zonas Semiáridas do Nordeste Brasileiro, que aconteceu entre os dias 8 e 15 de junho, no estado da Bahia. Com o tema Promoção da Agroecologia e Construção Social dos Mercados, as atividades reuniram cerca de 40 representantes de diversas organizações, entre grupos produtivos, instituições públicas, não governamentais, de pesquisa,extensão e assistência técnica, compartilhando experiências e saberes voltados para o desenvolvimento sustentável da região. Como parte das atividades de gestão do conhecimento do Programa Semear, aRota Estratégica teve o objetivo de discutir e aprofundar a compreensão da Agroecologia, como campo de prática e de conhecimento pautado nos saberes populares, e do processo de construção social de mercados, contemplando as formas de produção familiar agrícola e extrativista. Ao longo de oito dias, os participantes vivenciaram diversos espaços deaprendizagem, como apresentação temática, feira de experiências das organizações participantes, visitas a práticas desenvolvidas por agricultores familiares, além

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de oficinas de análise e de construção de planos conjuntos de gestão do conhecimento.

tando e estão sempre inovando. Isso é próprio da Agroecologia”, comenta.

Foram visitadas experiências nos municípios baianos de Várzea da Roça (Território da Bacia do Jacuípe), Uauá e Remanso (Território Sertão do São Francisco), nas áreas de produção agropecuária sustentável, captação e armazenamento de água, preservação e manejo da caatinga e acesso a mercados, discutindo também o protagonismo de mulheres e da juventude em processos socioprodutivos.

A metodologia da Rota de Aprendizagem foi desenvolvida pela Corporação Regional Procasur econsiste em viagens planejadas com objetivos formativos, incluindo a sistematização prévia de experiênciase a elaboração de um estudo temático especializado. Segundo Lorena Ardito, representante da organização chilena que presta assessoria técnicametodológica ao Semear, o forte componente da identidade na região do Semiárido nordestino foi o que mais chamou sua atenção. “É fundamental percebermos que essa identidade começa com um forte componente religioso, político e participativo. Aqui, as pessoas constroem suas parcerias, seus apoios, seus mercados, sua forma de implementar as ações. Isso é singular”, explica.

Para a coordenadora do Programa Semear, Léa Vaz Cardoso, a Rota Estratégica se constituiem um momento de aprendizagem social e de construção de estratégias coletivas para o desenvolvimento rural do Semiárido nordestino. “As reflexões e aprendizagens geradas a partir das experiências analisadas e da troca de saberes contribuem para aproximar conhecimentos científicos e empíricos e estreitar relações entre diferentes atores e organizações sociais”, explica. Sobre a segunda edição da Rota, Léa destaca o caráter inovador da Agroecologia para a convivência com o Semiárido. “Não há uma solução tecnológica única e imediata. É um processo de aprendizagem em que agricultores e agricultoras vão incorporando, experimen-

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Os debatespromovidos no âmbito da segunda Rota Estratégica levantaram questões fundamentais para a Agroecologia como a importância das sementes; a crise dos alimentos e as alternativas para superá-la; o resgate e o fortalecimento da autoestima do sertanejo e a discussão sobre Terra e Território, além de uma abordagem social do mercado, em que grupos constroem seus espaços de comercialização a partir de


DESAFIOS do DRS Foto: Arquivo/Programa Semear

2ª Rota Estratégica do Programa Semear Visita ao Sítio Girau - Remanso

associações, cooperativas, feiras e redes. Segundo o consultor do Programa Semear e especialista temático, Carlos Eduardo Leite, as discussões sobre o conhecimento agroecológico e as experiências visitadas possibilitaram perceber a Agroecologia em sua abrangência, a partir da visão comunitária das iniciativas, das capacidades de criar dinâmicas organizativas, do envolvimento das famílias e das práticas de cultivo de alimentos e manejo da caatinga de forma conectada com a natureza. Dentre as lições aprendidas, o grupo de participantes apontou a organização e a gestão coletiva dos grupos, a participação das mulheres, a permanência das famílias na terra com qualidade de vida, o extrativismo sustentável, a identidade de comunidades de Fundo de Pastoe o recatingamento, permanecendo os desafios do acesso à terra e da regularização

das áreas de Fundo de Pasto, da participação mais ativa da juventude e da oferta de Assistência Técnica e Extensão Rural por parte do poder público. De acordo com Adelmo Santos, representante do Projeto Dom Helder Câmara/Ministério do Desenvolvimento Agrário, a dinâmica de trabalho possibilitou conhecer na prática o que as famílias têm desenvolvido pra conviver com a região Semiárida. “As experiências demonstraram a capacidade e a resiliência das famílias através de ações como estocar água e forragem para os animais, a preocupação com as sementes e a forma como interagem com organizações de apoio. Perceber esses resultados e disseminar para outros territórios do Semiárido brasileiro é o destaque disso tudo”, avalia.

expectativas para os participantes em relação ao Programa Semear. “Conhecemos experiências lideradas porfamílias agricultoras, nos aproximamos deoutras organizações que atuam no Semiárido e vamoscomeçar uma articulação de processos a partir das propostas elaboradas para gestão do conhecimento”, enfatiza. Paola destaca ainda os aprendizados vivenciados nas comunidades visitadas, como a capacidade de gestão dos agricultores, que conhecem bem o agrossistema de sua propriedade e planejam em longo prazo. “Outra observação que me marcou foi a possibilidade de construir socialmente os mercados. Apreendemosdiferentes estratégias que, se complementadas, promovem novas oportunidades de mercados com enfoque na Agroecologia”, conclui.

Para Paola Bianchini, daEMBRAPA Semiárido, a Rota deixou boas

A partir das aprendizagens e dos intercâmbios gerados na

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Rota Estratégica, os participantes elaboraram propostas de planos conjuntos de gestão do conhecimento, que serão finalizadas junto às suas organizações e encaminhadas ao Programa

As reflexões e aprendizagens geradas a partir das experiências analisadas e da troca de saberes contribuem para aproximar conhecimentos científicos e empíricos e estreitar relações entre diferentes atores e organizações sociais

Foto: Arquivo/Programa Semear

O agricultor João Cícero Justiniano de Souza, no Sítio Barra, em Remanso, foi o protagonista em visita da Rota Estratégica de Aprendizagem do Programa Semear. O grupo conheceu na propriedade do agricultor uma série de iniciativas estruturais para Convivência com o Semiárido.

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(Léa Vaz Cardoso).

Semear.“ Temos uma expectativa grande em continuar o diálogo para pactuar propostas de ação mais coletivas voltadas para o desenvolvimento rural”, explica Léa Vaz Cardoso. O Programa Semear é implementado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA e o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola – FIDA, com apoio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento – AECID. Para realização das Rotas Estratégicas de Aprendizagem conta com a parceria técnico-metodológica da Corporacão Regional Procasur e, na segunda edição do evento, contou também com o apoio do Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais - SASOP, do Instituto de Permacultura da Bahia – IPB e da Cooperativa

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Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá - Coopercuc. Da segunda Rota Estratégica de Aprendizagem participaram as organizações:Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá; Caatinga; AS-PTA – Agricultura Familiar e Agroecologia; Cáritas Regional Nordeste 3; Rede de Agricultores do ACRE; Associação da Cooperativas de Apoio a Economia Familiar – ASCOOB; Movimento de Organização Comunitária – MOC; Cooperativa da Agricultura Familiar de Apodi – COOAFAP; Coletivo Regional do Cariri, Seridó e Curimataú; Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador – CETRA; Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada – IRPAA; Comissão Pastoral da Terra – CPT; Cooperativa de Assistência à Agricultura Familiar Sustentável do Piemonte – COFASPI; Projeto Dom Helder Câmara/MDA; Obra Kolping Piauí; Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí – Emater Piauí; Superintendência da Agricultura Familiar do Estado da Bahia - SUAF/SEAGRI; Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional – CAR; Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Ceará; Sebrae Bahia; Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe - Emdagro; Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Semiárido e Embrapa Caprinos e Ovinos.


DESAFIOS do DRS CASOS DE APRENDIZAGEM A segunda edição da Rota Estratégica de Aprendizagem do Programa Semear contou com a participação de quatro experiências desenvolvidas no Semiárido baiano, tomadas como casos de aprendizagem, contribuindo para o debate e as reflexões sobre o tema Promoção da Agroecologia e Construção Social dos Mercados. No município de Várzea da Roça, Território da Bacia do Jacuípe, o grupo conheceu a experiência da Associação Comunitária de Lagoa da Preta e Capoeira do Milho, que que se divide em grupos produtivos – Casa de Farinha e Casa de Ração, Roça Comunitária e Grupo Produtivo de Mulheres – e ainda possui um Fundo Rotativo. A experiência tem como destaque a organização do grupo, a gestão participativa e o fortalecimento das mulheres, que beneficiam a mandioca e produzem sequilhos de diversos sabores, vendidos na feira da cidade e para o Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE. Em Uauá, Território do Sertão do São Francisco, a organização e as estratégias paraacesso aos mercados da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Curaçá e Uauá – Coopercuc foram ospontos observados durante a visita. Na comunidade de Serra da Besta, os participantes conhece-

ram as instalações da unidade de beneficiamento de frutas nativas da caatinga, onde são produzidos doces, compotas, sucos e polpas, a plantação de maracujá do mato, a casa do mel e as tecnologias de captação e armazenamento de água - barreiras de trincheira e as cisternas calçadão e de consumo humano. A experiência se destaca pela comercialização e o acesso a mercados locais, nacionais e institucionais, com acesso a grandes redes varejistas, ao Programa de Aquisição de Alimentos- PAA e ao Programa Nacional da Alimentação Escolar-PNAE, além do mercado internacional justo e solidário. Já no município de Remanso, também Território do Sertão do São Francisco, foram visitadas duas experiências com foco na gestão de sistemas agroecológicos no Semiárido. A primeira na propriedade do agricultor João Cícero Justiniano de Souza, no Sítio Barra, e a segunda na propriedade da agricultora Maria das Graças Gomes de Almeida, no Sítio Girau. Ambos são agricultores experimentadores e desenvolvemuma série de iniciativas estruturais para convivência com o Semiárido, que incluem estocagem de ração para os animais, produção de alimentos para a família por meio do uso de práticas agroecológicas, criação de pequenos animais (aves, caprinos e abelhas), além de infraestruturas

de captação e armazenamento de água. As experiências trouxeram como destaque a discussão sobre comunidades de Fundo de Pasto eum debate sobre a participação das mulheres no universo do trabalho e seu empoderamento no contexto familiar.

O PROGRAMA SEMEAR O Programa Semear é um programa de gestão do conhecimento em zonas Semiáridas do Nordeste Brasileiro, que visa contribuir para a melhoria da qualidade da vida da população rural e para o desenvolvimento sustentável da região. Dentre as atividades desenvolvidas peloPrograma, estão a sistematização de conhecimentos e boas práticas e a construção de banco de saberes e atores do Semiárido, que tenham desenvolvido tecnologias e práticas inovadoras, além da promoção de seminários e oficinas temáticas, visitas de intercâmbio, estágios individuais de aprendizagem e feiras de saberes. Uma das estratégias adotadas é o fortalecimento de redes de colaboração e aprendizagem entre os diversos atores do desenvolvimento do Nordeste Semiárido, favorecendo o diálogo e ação conjunta e reduzindo a distância entre os conhecimentos científicos e os saberes locais.

Luciana Rios, é jornalista colaboradora da Revista do Fórum DRS.

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Foto: Arquivo IICA

SIAL: El territorio y sus actores en el Centro del Desarrollo

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DESAFIOS do DRS INTRODUCCIÓN Frente a la creciente estandarización de productos impulsada por el modelo industrial, así como a la creciente concentración del poder económico entre los actores globales de las cadenas agroalimentarias, el enfoque de Sistemas Agroalimentarios Localizados (SIAL) ofrece una perspectiva atractiva e innovadora para la activación de recursos específicos de un territorio1, la revalorización de la escala territorial y el mejoramiento del bienestar rural. No obstante, hasta ahora el enfoque SIAL sólo se ha aplicado al análisis y activación de concentraciones geográficas específicas de agroindustrias rurales. Por lo anterior, se consideró importante llevar el enfoque SIAL a una etapa de gestión territorial para dar una repuesta eficiente en el combate a la pobreza rural y apoyar al desarrollo rural. Con este objetivo, el IICA, con el apoyo del CIRAD, inició en 2011 el proyecto “Desarrollo Territorial Aplicando el Enfoque SIAL”. El proyecto, llevado a cabo 1 El proceso de activación de recursos específicos de un territorio es definido como: “la capacidad para movilizar de manera colectiva recursos específicos en la perspectiva de mejorar la competitividad de las AIR” (Boucher, 2004)

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gracias al financiamiento del Fondo Concursable para la Cooperación Técnica del IICA, desarrolló sus actividades en territorios de Argentina, Costa Rica, Ecuador y México, logrando diseñar una herramienta metodológica de gestión territorial con enfoque SIAL.

METODOLOGÍA Para su realización, el Proyecto se dividió en siete grandes fases, cada una de las cuales incluyó diferentes actividades. El Cuadro 1 resume la metodología seguida para el desarrollo del Proyecto.

Cuadro 1 - Metodología del Proyecto SIAL del FonCT-IICA FASE

ACTIVIDAD Formación y capacitación de equipos de trabajo

Planificación del trabajo de campo

Identificación y selección de territorios y plan de trabajo

Caracterización de Diagnósticos de los territorios seleccionados los territorios Diagnóstico a profundidad

Talleres participativos con actores locales Análisis FODA Talleres de validación y evaluación de diagnósticos

Proceso de activación

Desarrollo participativo de un “plan de activación para cada territorio

Puesta en marcha

Acompañamiento del proceso de activación

Diseño de la guía metodológica de gestión territorial con enfoque SIAL

Taller Técnico en San José, Costa Rica

Difusión de los resultados y de la guía metodológica

Publicación de la Guía y otros documentos

Fuente: Elaboración propia

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DESAFIOS do DRS TERRITORIOS EN ESTUDIO A continuación se presenta un breve resumen de las características principales de cada uno de los territorios en donde se llevaron a cabo las actividades previstas en la metodología del proyecto:

Comarca Andina del Paralelo 42, Argentina El territorio se localiza al sur de la Argentina, tiene una extensión aproximada de 3,000 km2 y una población cercana a los 37,700 habitantes, es decir, una densidad poblacional de 13 hab/km2. El sector productivo primario constituye la principal actividad económica de la región, involucrando aproximadamente 550 establecimientos, los cuales suman 4,000 ha de superficie. Entre las principales actividades del sector agropecuario se encuentra la producción y transformación de fruta fina y la producción de lúpulo. Adicionalmente, en el territorio se desarrolla la elaboración de cerveza artesanal y artesanías, así como una creciente industria turística. Entre los activos y recursos específicos con que cuenta el territorio se encuentran sitios como el Parque Nacional Lago Puelo y el Centro de Esquí Cerro Perito Moreno, así como la celebración de diversos festivales, fiestas y ferias.

Para los participantes en los talleres del proyecto, los principales problemas enfrentados por el territorio son: bajo nivel de iniciativas organizacionales entre productores; políticas públicas sectoriales débiles; la venta de tierras productivas; así como altos costos de materia prima y mano de obra. Tras las actividades participativas se construyó colectivamente un plan estratégico de activación de los recursos del territorio, el cual se estructuró alrededor de los siguientes ejes: contribuir a la formulación de las políticas sectoriales con visión territorial; desarrollar y aplicar ordenamientos territoriales; aumentar la rentabilidad de las producciones agropecuarias; mantener y aumentar la calidad de los productos y servicios agroalimentarios, agroindustriales y sectores relacionados; e, impulsar el desarrollo del turismo, en particular, mediante su vinculación con la actividad agroalimentaria del territorio.

Sur Alto, Costa Rica El territorio se ubica en el Pacífico sur en la frontera con Panamá sobre una extensión de 3,318 Km2. En 2008, en Sur Alto habitaban 100,631 habitantes, lo que significaba una densidad poblacional de 30 hab/km2.

La agricultura es la actividad económica más importante en el territorio. Esta actividad es realizada en pequeñas y medianas explotaciones dedicadas al cultivo de café, granos básicos, hortalizas y a la producción ganadera, entre otros, las cuales coexisten con plantaciones de piña para exportación. Entre los recursos y activos específicos con los que cuenta el territorio están el Parque Internacional “La Amistad” y una gran riqueza hídrica, cultural y étnica. Adicionalmente, desde 2008, en el territorio se ha puesto en marcha un Grupo de Acción Territorial (GAT) con el apoyo del Ministerio de Agricultura y Ganadería de Costa Rica (MAG) y de la Unión Europea. Actualmente, el GAT agremia a más de 120 organizaciones multisectoriales y financia 40 proyectos de sus socios. Para los participantes en los talleres los principales problemas enfrentados por el territorio son: inefectiva comercialización de los productos y servicios; poco valor agregado a la producción agropecuaria; baja capacidad de inversión; bajo posicionamiento de los productos y servicios del territorio; y, la existencia de sistemas de producción con alto impacto ambiental. Tras las actividades participativas se construyó colectivamente

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un plan estratégico de activación de los recursos del territorio, el cual se estructuró alrededor de los siguientes ejes: desarrollo de un sello de calidad territorial; crear un espacio de comercialización físico y virtual (Agro-tienda); llevar a cabo una feria anual de promoción de productos del territorio; impulsar la agregación de valor a los productos del territorio; y, promoción de los productos típicos del territorio a través de la creación de un programa radial y el establecimiento de la Agrotienda virtual.

Valle del Río Intag, Ecuador El Valle del Intag, ubicado al norte del Ecuador, tiene una población aproximada de 17 mil habitantes, sobre una extensión aproximada de 1,680 Km 2, lo cual significa una densidad poblacional de 10 hab/km2. La principal actividad económica es el cultivo de caña de azúcar, yuca, maíz, fréjol, frutas, café, hortalizas, pastizales, cabuya, entre otros, y la ganadería. En el territorio también se elaboran artesanías, y de desarrollar el turismo y el aprovechamiento maderero. Entre los recursos específicos de este territorio se destacan: paisajes y belleza natural, tierras

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fértiles, bosques, biodiversidad, recursos minerales y recursos hídricos. Adicionalmente, en el territorio existe gran diversidad de organizaciones de servicio, en particular de turismo, mujeres, culturales, juveniles y deportivas, así como una sólida organización social para la producción. Para los participantes en los talleres los principales problemas enfrentados por el territorio son: la pérdida de la fertilidad del suelo; que su producción no cumple con los requisitos del mercado, en cuanto a calidad, cantidad y continuidad; la pérdida de productos que sirven para la seguridad alimentaria; y la falta de capital de trabajo. Tras las actividades participativas se construyó colectivamente un plan estratégico de activación de los recursos del territorio, el cual se estructuró alrededor de los siguientes ejes: desarrollo de buenas prácticas agropecuarias; información nutricional sobre productos locales; e investigación de mercados. Adicionalmente, el trabajo desarrollado en el marco del Proyecto permitió el desarrollo de cuatro perfiles de proyectos que fueron presentando al fondo para pequeños proyectos del

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Fondo para el Medio Ambiente Mundial (Global Environment Facility, GEF)2.

Tenancingo, México El territorio se encuentra en el centro de México sobre una extensión de 164.30 km2 y tiene una población de 90,185 habitantes, lo cual significa una densidad poblacional de 548 hab/km2. En el territorio existen diversas actividades productivas como: elaboración de pan tradicional, artesanías, en particular, la elaboración de rebozos3 y muebles rústicos. También se desarrolla el turismo y un importante sector de servicios. Entre los recursos y activos específicos que existen en el territorio se encuentran: áreas naturales protegidas; monumentos y recintos religiosos; gastronomía típica; 2 Los perfiles de los proyectos aprobados por el fondo de pequeñas donaciones del GEF tienen como propósito: i) fomentar la producción agropecuaria a través de una red de fincas de aprendizaje; ii) apoyar el manejo comunitario de las microcuencas; iii) creación de una marca colectiva territorial extendida a productos o servicios. iv) aprovechamiento de organismos benéficos en la producción agropecuaria. 3 El rebozo es una prenda femenina de vestir de forma rectangular y de una sola pieza. Los rebozos pueden ser hechos de algodón, lana o seda y pueden ser usados como bufandas o a manera de chales.


DESAFIOS do DRS Módulo 1 - Painel 2 saber-hacer tradicional; reputación de sus artesanías y productos tradicionales; así como fiestas y ferias regionales. Para los participantes en los talleres los principales problemas enfrentados por el territorio son: deficiente difusión de programas y débil apoyo institucional; limitada organización entre artesanos; y, la falta de un centro municipal de comercialización de artesanías. Tras las actividades participativas se construyó colectivamente un plan estratégico de activación de los recursos del territorio, el cual se estructuró alrededor de los siguientes ejes: crear y consolidar la organización y el comité de artesanos de Tenancingo y la creación de un centro de promoción y comercialización de artesanías.

RESULTADOS Las actividades desarrolladas durante el Proyecto permitieron avanzar en la construcción de una metodología de activación de un territorio desde un enfoque participativo e incluyente. Los resultados obtenidos pueden ser divididos de acuerdo a la escala de acción; así, a nivel de los territorios, este enfoque se vio plasmado en el diagnóstico de cada territorio. En este documento se recogen las visiones de los diversos actores sociales, económicos,

políticos e institucionales que conviven al interior de un territorio. El Cuadro 2 muestra de forma sintética, las principales ventajas y problemáticas identificadas por los actores locales de los territorios estudiados. Cuadro 2 - Análisis FODA general de los territorios en estudio FORTALEZAS

OPORTUNIDADES

• Características edáficas y climatológicas que permiten productos de alta calidad

• Nuevos consumidores globalizados • Nuevos nichos de mercado específicos

• Actores empoderándose de su desarrollo

• Reconocimiento fuera del territorio

• Consumidores social y ambientalmente

• Paisaje y otros recursos potenciales para el

• responsables identificados con el desarrollo

(e. g. orgánico, comercio justo)

• Diversificación de actividades (e. g. turismo)

desarrollo del turismo • Flexibilidad de las AIR

• Mercado local de artesanías

• Actores organizados

• IG / DO / Marca colectiva

• Certificación de productos (e. g. café) • Productos con anclaje territorial • Saber – hacer tradicionales

DEBILIDADES

AMENAZAS

• Lejanía de grandes mercados

• Pérdida del saber-hacer

• Baja productividad

• Falta de continuidad en apoyos institucionales

• Deficiente organización

• Degradación de suelos

• Bajo nivel de capacidades en gestión

• Aislamiento

• empresarial

• Servicios públicos deficientes

• Calidad y presentación de los productos

• Baja provisión de bienes públicos y privados

Fuente: Elaboración propia

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Este proceso iniciado “desde la base” permite a los actores locales volverse agentes activos de su propio proceso de desarrollo a través de la construcción y desarrollo de sus capacidades, lo que a su vez impulsa procesos de innovación, tanto técnica como social, en el territorio. A nivel global del proyecto, el análisis y la discusión de resultados por territorio, permitieron la construcción de una herramienta para la gestión territorial basada en el enfoque SIAL. Esta metodología se presenta de manera esquemática en el Cuadro 3.

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Cuadro 3 - Etapas del proceso de Activación Territorial (AT) con enfoque SIAL FASE

ETAPA

SUB-ETAPA

PRODUCTOS ASOCIADOS

Gestación

• Definición de objetivos y alcances AT-SIAL Preparación

Ficha descriptiva del Proyecto • Formación de equipos AT-SIAL y del territorio (de activación y seguimiento) • Acercamiento

Diagnóstico

• Profundización • Validación del diagnóstico

Diálogo Activación

A partir de esta base, y luego de discusiones abiertas entre todos los participantes en los talleres, se desarrolló un Plan de Activación. Una de las principales virtudes de este documento es que fue generado a partir de las preocupaciones de los propios actores en el territorio, así como de su iniciativa para solucionar los problemas, en una jerarquización también realizada por ellos mismos. Este carácter participativo, de construcción de un plan “desde la base” o “bottomup planning”), constituye un elemento central para llevar a cabo un proceso de desarrollo territorial.

• Análisis estratégico • Plan de acción • Perfiles de proyecto

Implementación

• Puesta en marcha • Seguimiento • Evaluación

Documento de diagnóstico • Memoria de taller(es) • Árbol de problemas y líneas de acción • Plan con actividades y responsables • Cartera de proyectos • Bitácora del proyecto • Reportes de evaluación

Fuente: Boucher, F. y J.A Reyes-González. (2013) “Guía Metodológica para la Activación Territorial con enfoque Sistemas Agroalimentarios Localizados (AT-SIAL)”. IICA. México

La metodología con enfoque SIAL representa una herramienta operativa para la promoción del desarrollo territorial que permite articular, reforzar y potencializar las sinergias entre todos los actores locales de un territorio en torno a una estrategia común.

CONCLUSIONES La metodología desarrollada en este proyecto aporta elementos para contribuir hacia una nue-

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va visión de la gestión territorial que permitirá: • Acompañar la creación de organizaciones y la articulación de productores, instituciones, comerciantes y otros actores locales. • Impulsar la integración de las diferentes actividades económicas y grupos de actores dentro de un territorio como base de una dinámica de desarrollo territorial


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• Promover la cooperación horizontal y los encadenamientos entre los actores locales o de un mismo sector, para generar condiciones más competitivas para el ingreso de los productos de las AIR en los mercados globalizados. • Generar mecanismos de coordinación mixta (horizontal y vertical) y cooperación híbrida (pública, privada y social) entre los actores del territorio. • Empoderar a los actores como agentes de su propio desarrollo a través de la formación y desarrollo de capacidades en los actores locales. En particular, sobre cómo organizarse, cómo negociar, así como de capacidades técnicas y de administración de empresas. • Valorización de la identidad territorial por ejemplo, a través de la calificación territorial con una denominación de origen o con otras formas de identificación geográfica. • Diagnosticar, de forma incluyente y participativa, las principales problemáticas y oportunidades que enfrentan los territorios, así como alternativas y actividades concretas para lograr la activación de un territorio.

Sin embargo, las dificultades encontradas para la realización del proyecto también ha planteado la oportunidad de reflexionar en cuanto a las condiciones que impulsan, o bien obstaculizan, un proceso de desarrollo territorial. En particular, esta reflexión gira alrededor de los siguientes elementos: • Organización y Acciones colectivas. El proyecto logró generar y agrupar el interés de diversos actores locales en los territorios de intervención hacia la conformación o la consolidación de organizaciones enfocadas al desarrollo territorial. Sin embargo, es necesario contar con una base de organización y de experiencias previas de acciones colectivas que impulsen el proceso de activación del territorio. Sin este capital social mínimo, el proceso de activación dependerá en gran medida de la animación externa. • Anclaje territorial / identidad. Uno de los factores que condiciona la facilidad para llevar a cabo los procesos de activación territorial es el arraigo o identificación de los actores hacia su territorio. Este sentido de pertenencia favorece la cohesión alrededor de un proyecto común, aun cuando exista heterogeneidad entre los actores.

• Gobernanza. La identificación del territorio más allá de sus divisiones administrativas, permite a los actores locales crear representaciones propias. Estas representaciones se ven plasmadas en las ferias y festividades regionales, pero sobre todo, en instituciones propias del territorio. Estas instituciones favorecen el desarrollo territorial pues funcionan como espacios de diálogo que canalizan los múltiples intereses de los diversos actores en el territorio, al tiempo que actúan como foros para la resolución de conflictos. Esta reflexión abrirá nuevas líneas de investigación, pero sobre todo, permitirán aportar elementos para la definición de programas y políticas públicas con visión territorial que permitan trascender la visión bilateral prevaleciente en las relaciones de cooperación entre actores en el territorio, hacia una visión transversal en la que las relaciones se vuelvan multilaterales y “poli-céntricas”

François Boucher y José A. Fraire Cervantes Los autores desean expresar su agradecimiento a los técnicos y especialistas que participaron en los trabajos en los territorios seleccionados: Wienke Heinrichs, Hernando Riveros y Christine Danklmaier (Argentina); Marvin Blanco y Patricia Vargas (Costa Rica); Margarita Baquero y Adriana Lucio-Paredes (Ecuador); y, Jonathan López (México).

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Foto: Arquivo/IICA Ecuador

Avances y Expectativas del Proyecto Pideral en el Ecuador

Territorio Centro Sur, en la provincia de Manabí constituido por los cantones de Santa Ana, 24 de Mayo y Olmedo.

A pesar del crecimiento económico en varios países de América Latina y de la existencia de marcos jurídicos modernos que amparan la planificación estratégica y la participación ciudadana, las políticas públicas sectoriales destinadas a atender las demandas de los territorios rurales necesitan todavía de un mayor grado de articulación y coordinación para que puedan lograr impactos más profundos en la estructura social rural. Para contribuir en esta dirección, el Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura (IICA), con el apoyo de la Agencia Española de Cooperación Internacional para el Desarrollo (AECID), viene desarrollando en cuatro países (Costa Rica, República Dominicana, Perú y Ecuador) el proyecto Políticas Innovadoras para el Desarrollo de los Territorios Rurales de América Latina (PIDERAL) que tiene por finalidad mejorar la efectividad de los programas de desarrollo rural territorial, articulando las políticas sectoriales y fortaleciendo las capacidades de los actores sociales, para la formulación y ejecución de políticas públicas que promuevan la dinamización territorial en nuevas bases.

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utoridades del gobierno del Ecuador consideran el proyecto PIDERAL como una oportunidad para articular políticas que promuevan el desarrollo de los territorios rurales, contribuyendo así para la implementación del Plan Nacional para el Buen Vivir (PNBV). En este sentido, las acciones del proyecto pasaron a ser gestionadas por el Comité Intersectorial del Buen Vivir Rural, constituido por la Secretaria Nacional de Planificación y Desarrollo (SENPLADES), el Ministerio Coordinador de Desarrollo Social (MCDS), el Ministerio Coordinador de Producción, Empleo y Competitividad (MCPEC) y el Viceministerio de Desarrollo Rural del Ministerio de Agricultura, Ganadería, Acuacultura y Pesca (MAGAP) – responsable por la secretaría técnica del Comité. Así, las iniciativas generadas por PIDERAL en los diferentes niveles (nacional, provincial y territorial) deben aportar lecciones a la construcción de la estrategia territorial de desarrollo rural del país. Para desarrollar este proyectopiloto en Ecuador fueron seleccionados dos territorios: el territorio de Colta-Guamote, en la provincia de Chimborazo, ubicado en sierra central, y el territorio Centro Sur, en la provincia de Manabí, constituido por los cantones de Santa Ana, 24 de Mayo y Olmedo. Los

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actores de este territorio manabita nos dan su evaluación y sus expectativas sobre los avances del proyecto.

Una mirada desde la planificación Según Katiuska Miranda, Subsecretaria Zonal de la SENPLADES, resulta vital fortalecer la articulación multisectorial de las políticas públicas en los territorios, ya que el diseño de políticas y la adopción de estrategias desde la realidad rural permitirán asumir los planteamientos del PNBV 2013-2017, donde confluyen instituciones gubernamentales, en sus distintos niveles de gobierno, y actores locales. Para Miranda, la selección de la microrregión Centro Sur, obedece a que estos tres municipios tienen un gran componente rural, un privilegiado potencial de desarrollo e incluso una forma de organización mancomunal. Cree que el trabajo realizado desde la conformación de los comités de gestión, a nivel parroquial, hasta la conformación de los consejos cantonales y provincial de planificación garantizará la ejecución continua de las políticas públicas. Por otro lado, Miranda sostiene que a través de este proyecto se puede consolidar las propuestas sectoriales y priorizar la inversión social. Desde la visión del MCDS, en Manabí, la coordinadora zonal Katherine Viteri indica que la ini-

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ciativa de PIDERAL obliga a los gobiernos autónomos y a otras instituciones estatales a rediseñar las políticas sectoriales, con la inclusión de las demandas planteadas desde los territorios. Afirma que muchos servicios sociales no llegan al campo porque las inversiones están dirigidas bajo el criterio urbano. Cree que los mecanismos de diálogo que fueron creados, como las jornadas de planificación y coordinación interinstitucional y multisectorial, se han enriquecido con la participación directa de la ciudadanía. Señala que por primera vez en la provincia se ha conformado un equipo provincial -conformado por SENPLADES, MCDS, MCPEC, MAGAP y Gobierno Autónomo Descentralizado Provincial de Manabí– que pretende buscar mediante el dialogo y acuerdos la generación de espacios de coordinación y articulación de las políticas entre los distintos niveles de gobierno. Este espacio de integración interinstitucional es considerado importante para aterrizar en el territorio las políticas definidas en el PNBV, en especial las acciones para promover el cambio de la matriz productiva, para operativizar los demás ejes propuestos en este Plan y para facilitar el acceso a los servicios públicos sociales que buscan elevar la calidad de vida de los sectores más vulnerables. Los resultados


DESAFIOS do DRS Foto: Arquivo/IICA Ecuador

[...] es importante el estar en constante comunicación y dialogo con los niveles de gobierno cantonales y parroquiales y que esto ha permitido orientar la acción provincial en base a la participación directa de las comunidades. Mariano Zambrano ,Prefecto de la Provincia de Manabí.

de esta iniciativa articuladora servirán no solamente como una oportunidad para unir fuerzas y consolidar procesos territoriales que benefician a la población rural, sino generarán una enseñanza y lecciones aprendidas para todos los niveles de gobierno. Si se llega a consolidar este modelo de gestión institucional que se viene implementando en Manabí, la provincia será un ejemplo para el país y para América Latina.

La visión provincial En el marco de las estrategias de desarrollo nacional, el rol de la provincia es fundamental en la implementación de las políticas sectoriales en los territorios. Desde esta visión, Ignacio Mendoza, director de Fomento Productivo del GAD de Manabí, afirma que PIDERAL aparece justamente cuando las nuevas propuestas de gobierno requieren de procesos articulados para garantizar su

efectividad en el territorio. Manifiesta que el PNBV se tornaría en un tema lírico si no se dan los consensos y si no se cumplen los compromisos por parte de todos los sectores involucrados. Al hablar sobre los problemas de coordinación entre el gobierno central y el provincial, dice que existen programas que se desarrollan unilateralmente, donde se generan conflictos que impiden obtener los resultados programados. El funcionario provincial espera que con el proyecto se direccionen mejor las inversiones, y le apuesta al éxito de la propuesta porque se sustenta en la inclusión de la comunidad a través de su participación. Afirma que es el momento oportuno de bajar las competencias nacionales al ámbito territorial y que las demandas desde el territorio lleguen a los espacios nacionales. Concluye diciendo que la metodología de

PIDERAL facilita que los niveles de gobierno se pongan de acuerdo en el ejercicio de sus competencias, apoyando la construcción del Buen Vivir. El prefecto de la provincia de Manabí, Mariano Zambrano, señala que es importante el estar en constante comunicación y dialogo con los niveles de gobierno cantonales y parroquiales y que esto ha permitido orientar la acción provincial en base a la participación directa de las comunidades. La generación de espacios participativos permite el empoderamiento de los actores locales en la toma de decisiones que beneficien las demandas de los territorios. Sostiene que PIDERAL es la herramienta que servirá como mecanismo de coordinación de políticas de carácter permanente que garanticen la dinamización y sostenibilidad de los procesos territoriales.

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Desde la percepción de los alcaldes Los niveles de gobierno cantonal y parroquial juegan un rol decisivo en los procesos de planificación y control social, especialmente cuando buscan una articulación con los niveles superiores de gobierno (central y provincial). El trabajo coordinado entre los niveles de gobierno se hace fundamental para solucionar los problemas y demandas desde lo local. En este aspecto, la Micro Región Centro Sur de Manabí es un territorio donde se ha logrado consolidar procesos mancomunados que han permitido generar espacios de intervención multinivel con participación ciudadana en el desarrollo territorial. De entre estas iniciativas mancomunadas, se pueden destacar: la empresa pública de desechos sólidos, las medidas de protección y adaptación al cambio climático en las cuencas y micro cuencas, y la implementación del sistema de micro finanzas rurales por medio de Cajas Rurales de Aporte y Crédito. En este escenario, PIDERAL se presenta como el espacio de fortalecimiento de la integración territorial. Desde la percepción de los alcaldes, las políticas sectoriales deben contribuir a la consolidación del desarrollo territorial y del bienestar de sus poblaciones. Tanto Fernando Cedeño –alcalde de Santa Ana, cuanto Arturo Tóa-

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la - alcalde de 24 de Mayo coinciden en la necesidad de articular un marco nacional de políticas públicas para los territorios rurales, siempre que este responda a las demandas locales, donde se focalizan los problemas. Rescatan la interacción permanente, el flujo de comunicación y la capacidad para superar los conflictos por competencias y alcances de cada cantón, en el marco de la mancomunidad. Ven la necesidad de incorporar en estos procesos al sector privado que es un actor relevante en las etapas del desarrollo territorial. Señalan que en las diferentes dimensiones del desarrollo las instituciones se ven truncadas debido a la falta de articulación entre los diferentes niveles de gobierno. Frente a ello, técnicos de los cantones, como Boanerjen Suarez, aseguran que gran parte de los problemas de la desarticulación se ha generado por el individualismo a la hora de buscar soluciones. En este sentido, esperan que PIDERAL contribuya para revertir esta dinámica. Fernando Cedeño menciona: “los avances de PIDERAL demuestran cambios en la forma de asumir los desafíos por parte de la institucionalidad y en la actitud propositiva de la comunidad”. Para el alcalde del cantón Olmedo, Jacinto Zamora, las políticas territoriales deben proponer respuestas inmediatas a la baja

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productividad, al uso y ocupación del suelo, al acceso a los servicios básicos y sociales, etc. - problemas que deterioran la calidad de vida de la población rural. Zamora cree que el proyecto es una respuesta práctica a estas necesidades, más aún porque se sostiene en la participación social. Por tanto, existen grandes expectativas en referencia a los beneficios que podrá traer los procesos de coordinación y articulación entre niveles y que mediante esta dinámica se logren generar beneficios al territorio, con el fin de mejorar la calidad de vida de las poblaciones locales. Además, perciben que procesos de capacitación en gestión territorial y su ejercicio práctico favorecerán el fortalecimiento de las capacidades de los actores involucrados.

La participación de la ciudadanía Según las percepciones de diversos actores territoriales, es fundamental el poder intervenir y opinar en cuanto a sus necesidades locales. Mariano García y Mercedes Mendoza son representantes de la parroquia rural Bellavista del cantón 24 de Mayo. A ellos les resulta difícil creer que hoy pueden intervenir, en igualdad de condiciones, en los espacios donde se analiza y planifica el futuro de su territorio. García nos cuenta que asiste a todas las reuniones que se convocan, porque el trabajar


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Reunión del Equipo Técnico Provincial junto a las demás comunidades garantiza una mayor atención por parte del Estado. García le apuesta a la efectividad de las políticas para el sector rural, porque ya conoce como se está generando esa articulación. Afirma que no ha sido fácil plantear, en el seno de las mesas de diálogo, las necesidades y las propuestas para satisfacerlas, pero que cada vez la mayor información y el involucramiento comunitario en el proceso, refuerzan la decisión de seguir adelante. Mercedes Mendoza manifiesta que su participación en las reuniones del proyecto le ha permitido llevar la realidad de su territorio a las entidades de gobierno, pero que además ha podido conocer cómo se puede trabajar coordinadamente. La representante local señala que la implementación del proyecto PIDERAL le permitirá a la micro región dinamizar su economía y mejorar las condiciones de vida de las comunidades.

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Mercedes Mendoza - Representante de Bellavista Canton 24 de Mayo

Retos Se debe tomar en cuenta que autoridades seccionales, técnicos institucionales y líderes comunitarios ven la necesidad de buscar mecanismos que articulen la gestión de las políticas, que propicien acuerdos entre los niveles de gobierno y que construyan espacios de diálogo con la comunidad. Esas instancias las encuentran en la propuesta PIDERAL, gracias al trabajo de socialización que se ha realizado en los territorios seleccionados de Chimborazo y Manabí. Varios de los entrevistados coinciden en que la formulación de políticas sectoriales es una construcción de doble vía: por un lado, están las necesidades específicas de los territorios y, por otro, los intereses de carácter nacional. Esto demanda la generación de espacios de articulación de los requerimientos comunitarios con las propuestas de estas políticas sectoriales.

Estas experiencias piloto tienen la gran posibilidad de demostrar que una propuesta macro, como es el Plan Nacional del Buen Vivir, puede encontrar mecanismos operativos para integrar los esfuerzos técnicos, que desde distintos espacios confluyen para construir y ejecutar las políticas públicas que esta nueva visión de gestión requiere. El reto inmediato es el articular los actores locales para establecer una agenda territorial que priorice acciones estratégicas que permitan la solución de problemas concretos de los territorios. Así, el proyecto PIDERAL se presenta como una oportunidad para fortalecer procesos de desarrollo territorial que beneficien a la población rural, a partir de la articulación de las políticas públicas sectoriales y de la integración de los actores sociales en los espacios legítimos de participación ciudadana.

Santiago Arguello con la cooperación de Soledad Naranjo, para la Revista do Fórum DRS.

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Frases DRS especial

Estancia en Pekín Fui a mirar,

y se van a recorrer las negras cabelleras

A maravillarme con el mundo de color,

convertidas en sofisticados tocados

a sorprenderme por el tamaño y la fuerz

de rizos infinitos,

a imaginar las texturas de las telas,

ojos,

sedas,

que aplicaban en el reconocimiento de la trenza

algodones,

que enmarca el cráneo perfecto.

linos,

Fui a mirar,

mariposas hechas lienzos para envolver

sólo a eso.

los largos músculos,

La cadencia de los pasos al recorrer el salón,

los generosos contornos,

ese modo de gacelas

los espacios que se habitan.

de cervatillos,

Fui a mirar,

ese modo de marejada que cubre riscos…

A ver,

a mirar los rostros resueltos de las que

El asombro sacudia mi mirada tímida,

tienen más de medio siglo,

ojos timoratos apagados por las sombras eclesiásticas,

y a fuerza de enfrentarse les ha cambiado el gesto;

a los que la cultura moralizadora evitó aprender

las canas escrupulosamente peinadas,

a gozar la belleza de las otras,

en un tono plateado – azuloso

ojos,

para darle vetusta elegancia a la coquetería.

que como pájaros-golondrinas

Empecé a imaginar los aromas,

escapan,

néctar de las especias de cada continente,

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aroma de axila oscura, caoba, cetrina, jade, resquicio de concha nácar, o de perlas… Aromas,

ah! El concepto en la voz de las mujeres, siglos para que la voz se levantara, eras, aún, para que las ideas se respeten. Fui a mirar, a oír, a oler, a sentir,

coco, cacao, clavo, canela,

a saberme mujer,

sándalo, miel, ámbar, sal.

a disfrutarme mujer,

Olor de mujer.

a cantar, con la cabeza descubierta,

De mujeres.

por todas las mujeres.

Fui a mirar, Sólo a eso. Es más que suficiente. Requerí más de los sentidos que del talento. El oído se conmovió por los tonos, por los timbres, espacios musicales de las voz y de las lenguas, ah! La palabra en la voz de las mujeres, ah! El lenguaje en la voz de las mujeres,

Por La Conferencia Mundial de La Mujer, 1995 (Beatriz Paredes)

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Informações:

www.iicaforumdrs.org.br

VIII FÓ DE

DESE

Tipolog e impl

Porto Al

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ÓRUM INTERNACIONAL

ENVOLVIMENTO TERRITORIAL

gias dos espaços rurais brasileiros licações nas políticas públicas

legre - Rio Grande do Sul

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Momento DRS 56

Rota Estratégica Sistemas integrais de Convivência com o Semiárido Territórios do Cariri (PB) e Apodi (RN) ABRIL/MAIO/JUN 2013 REVISTA FÓRUM DRS


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