01 a força do highlander

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— É claro que não — consolou sua babá, acariciando seu cabelo. — Se não quiser... — Não quero me casar com ele. Desprezo-o, é um Campbell. Como pôde pensar...? — Caitrina interrompeu a frase, ao ver o olhar sábio da anciã. — Caitrina Lamont, conheço você desde o dia em que nasceu. Vi como olha para esse homem... E como ele olha para você. Caitrina sentiu o calor do rubor nas bochechas, enxugou os olhos com a manga e ergueu o queixo. — Não sei o que acha ter visto, mas está enganada. — Ah, sim? — Mor moveu a cabeça. — Ai, Caiti, não podemos controlar o que desejamos, como não podemos ordenar que chova ou que pare o vento. Seus sentimentos por esse homem não devem te envergonhar. Caitrina notou que algo se retorcia em seu peito. Mor estava enganada; sua atração por Jamie Campbell era uma traição ao seu pai e a seus irmãos. E além do mais, isso não mudava as coisas. — Como pode dizer algo assim? Você sabe quem ele é e o que tem feito? Mor assentiu, compreendendo o conflito de suas emoções. — Os Campbell são desumanos ladrões de terras, e eu queria muito ver o homem que atacou seu pai enforcado, afogado e esquartejado. Mas não acredito que Jamie Campbell teve nada a ver com isso. É o homem de Argyll, o que é um ponto negativo, certamente, mas você importa para ele, e isso poderia ser uma vantagem. Não se pode negar que sua oferta é boa. Os Campbell são um clã muito poderoso, e talvez a melhor maneira de proteger os Lamont seja uma aliança com eles, através do casamento. E mais, sem estas bodas, talvez não volte a ter uma oportunidade de recuperar Ascog. Por mais que Caitrina odiasse ouvi-la dizer aquilo,de maneira tão direta, Mor dava voz a seus próprios pensamentos. Jamie a tinha encurralada, não lhe deixava nenhuma saída. Se o rejeitasse, estaria negando-se a cumprir seu dever para com o clã. 153


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