Folha gaúcha ed 120

Page 19

18

FOLHA GAUCHA RIO GRANDE, de 13 a 19 de julho de 2013

Empresários apresentarão sugestões para minimizar problemas no lote 4 POR IQUE DE LA ROCHA

O

Foto: Divulgação

presidente Renan Lopes, juntamente com os diretores Antônio Carlos Bacchieri Duarte e Wilson Rackow, reuniu-se, na Câmara de Comércio, com representantes da Petrobrás, Tecon e o secretário municipal de Segurança, dos Transportes e do Trânsito para levantar sugestões de melhoramentos no trecho do lote 4 da BR-392, que vai da Honório Bicalho até o entroncamento da Termasa/Tergrasa, enquanto não acontece a obra de duplicação, que poderá levar até quatro anos. Uma das possibilidades é a ligação da Valporto diretamente com a BR-392 para minimizar o problema existente no entroncamento com o bairro Santa Tereza e acesso à refinaria. Também foram sugeridas passarelas frente ao Polo Naval e definição de horários para passagem do trem, entre outras. A Câmara de Comércio marcará em breve uma reunião com a participação da Ecosul, América Latina Logística, ANTT, DNIT, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e SMSTT, quando um documento com as reivindicações será entregue aos representantes desses órgãos e empresas.

Educação em

Destaque Por Marisa Cleff

Quando e por que os professores devem usar L1 na sala de aula?

V

ários são os fatores que deveriam levar o professor a recorrer à L1 em sala de aula, especialmente com crianças; pois quanto menor o nível linguístico do aluno, maior a recorrência à L1. Butzkamm (2003) defende que: “Using mother tongue, we have (1) learnt to think, (2) learnt to communicate and (3) acquired an intuitive understanding of grammar. The mother tongue opens the door, not only to its own grammar, but to all grammars, in as much as it awakens the potential for universal grammar that lies within all us. This foreknowledge is the result of interactions between a first language and our fundamental linguistic endowment, and is the foundation on which we build our Selves. It is the greatest asset people bring to the task of foreign language learning. For this reason, the mother tongue is the master key to foreign languages, the tool which gives us the fastest, surest, most precise, and most complete means of accessing a foreign language.” O ponto crucial neste uso é a quantidade de L1 usada. A L1 deve ser usada de forma comedida, sistemática e seletiva, e nunca de forma preguiçosa, comodista e ilimitada. Uma vez que o uso da L1 pelo professor é recorrente e ele traduz sempre em L1 o

que diz em L2, corre-se grande risco de que as crianças entendam que não precisam escutar em L2, pois a versão em L1 vem logo depois e, consequentemente, não necessitam atenção ou esforço para compreenderem o que está sendo comunicado em L2. Entre os motivos citados pelos teóricos e os que encontramos na relação com nossas salas de aula, achamos importante usar a L1 como recurso para: • Esclarecer o significado de conceitos difíceis de serem ilustrados por outros recursos, termos abstratos e palavras de difícil compreensão; • Garantir e verificar a compreensão dos alunos (checking questions); • Algumas questões de organização da sala de aula e do grupo, como negociações e acordos para as aulas; • Manter o fluxo de ideias e discurso; • Construir laços entre as crianças e professor; • Permitir que o aluno diga o que quer dizer, mesmo que tenha que recorrer à L1 para isso; • Explicar atividades a serem realizadas em L2. [Simone Sarmento (Org.) 163]. As crianças se sentem muito mais seguras quando entendem o que o professor pede, elevando a autoes-

tima e autoconfiança para desenvolver a tarefa em L2. Quando se usa L1, a probabilidade de se alcançar uma atmosfera mais favorável para a aprendizagem é maior. Para que as crianças possam reproduzir algo, elas precisam estar familiarizadas com o que se pretende que ela reproduza. Como irão dizer algo que nunca ouviram? Quando e por que os professores devem usar L2 em sala de aula? O objetivo do professor de L2 é justamente que a criança aprenda L2. Como ela irá aprender a se comunicar na L2, uma vez que ela e o professor não utilizam L2 na maior parte do tempo possível em aula? Os alunos precisam ser expostos à L2. Papa (1997), coloca que: “A aprendizagem de língua ocorre quando o aprendiz encontra oportunidades para se comunicar em situações sociais significativas para ele, tais que, as situações comunicativas vivenciadas fora de sala de aula. Se a negociação de sentido ocorrer em LE, o aprendiz estará tendo oportunidade de aprender como negociar e interagir com seu interlocutor naquela língua, estará vivenciando um momento comunicativo espontâneo de contextos fora de sala de aula.”


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.