Folha do Bom Retiro | Abril 2014. Edição 21

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Edição 21 | Abril 2014

Foto: André Grochowicz

ENSAIO FOTOGRÁFICO

Nesta edição as fotos são do Mercado de Peixe de Tóquio Japão, um dos pontos turísticos mais visitados da região. Deste mercado partem todos os peixes que abastecem os restaurantes de Tóquio.

Pág. 8 GASTRONOMIA

Páscoa chegando e a coluna deste mês traz duas dicas para aproveitar o chocolate de maneiras diferentes. Confira. Pág. 5

Leitor

Língua Portuguesa

Esportes

O editorial deste mês está ocupado

Estrangeirismo na língua portuguesa.

Além das partidas oficiais, futebol de

por uma leitora. Confira o poema de

Quando e como usá-los? sábado com os amigos também é es-

Sônia Barboza. porte para nosso colunista.

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LEITOR

(Monólogo)

Evidência. Ele e eu

Por Sônia A. Barboza de Oliveira

Evidência, evidência, evidência! Eu preciso estar em evidência. Tenho que mostrar a todos o que sei fazer. Não posso ficar parada. Todos vão lá e tem algo para dizer, cantar ou transmitir. Eu também tenho muito o que dizer. Mas espere... Vejo um homem vindo em minha direção. Ele está ferido, muito machucado. O que fizeram com ele?

Está cambaleando! Tem uma coroa de espinhos cravada em sua cabeça. E aquele peso em seus ombros? Não, não, isto não está acontecendo. Preciso logo escolher uma roupa. Será que este sapato combina com minha bolsa? E meu cabelo? Será que vai arrasar? Deixe-me ver no espelho. Mas... De novo aquele homem! Seu rosto deformado. Os olhos quase fechados por tanto sofrimento. Suas mãos se erguem em minha direção. Meu Deus. O que será isto?

Mas eu nem me arrumei ainda. Meu coração está pulsando forte. Ouço este homem dizer “morri na cruz por ti. Que fazes tu por mim?” Volto ao meu próprio eu. Tudo o que penso é em me realizar, o importante é que saibam. Eu tenho um cargo, sou líder imbatível, sei falar muito bem. Imagine se eu nao for ou não fizer. O que vão pensar de mim? Mas outra vez a voz insistente. “Morri na crua por ti, que fazes tu por mim?” Agora eu sei. Eu me desperto e vejo. Eu não fiz nada.

Lá fora o mundo chorando, pessoas nos hospitais querem consolo, cura. Crianças descalças nas ruas. Gente dormindo nas calçadas. Então percebi. Jesus levou na cruz todos nossos pecados e enfermidades. Por isso ficou tão feio, tão triste, tão só. E eu querendo apenas ser notada. Meu Deus, me quebra. Estou em tuas mãos. Quero ser transformada. Quero carregar o peso dessa dor falando aos perdidos do teu amor. Seja minha evidência. Que os outros vejam.

EXPEDIENTE FOLHA DO BOM RETIRO Este jornal tem como objetivo informar a comunidade através de notícias, novidades e curiosidades sobre o bairro e sobre a cidade. Nasceu da intenção de membros da nossa comunidade em servir os moradores, comerciantes e visitantes do nosso bairro. A Folha do Bom Retiro tem como instituição mantenedora a Igreja Batista de Bom Retiro, uma igreja cristã de tradição histórica na região há mais de 30 anos. Apresentamos a proposta de promover o bem ao nosso bairro e as pessoas que aqui vivem ou frequentam. VOCÊ TAMBÉM PODE PARTICIPAR Convidamos todos os leitores a acompanharem cada edição e a participarem. Envie seu texto para o e-mail COMUNICACAO@IBBR.ORG.BR. Iremos analisar para publicarmos na Folha do Bom Retiro. Sede | Igreja Batista de Bom Retiro | Av. Des. Hugo Simas, 1772 Bom Retiro. Curitiba - Paraná. Tiragem | 2000 | Distribuição realizada toda primeira semana do mês em três pontos, contemplando os bairros: Bom Retiro, Pilarzinho e Vista Alegre. Edição, revisão e diagramação | Suelen Lorianny E-mail para contato | comunicacao@ibbr.org.br @ibbrCuritiba | www.ibbr.org.br

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PÁGINA LITERÁRIA

O quarto.

Por Patricia Cretti

Nada que respire no cubículo fechado, claustrofóbico de poucos metros. Janelas trancadas. Não há poros que deixem a luz entrar, apenas uma fresta no desgaste da cortina. O escuro revela aos poucos, no toque das mãos os pedaços pelo chão. O pé que tropeça encontra um sapato velho. Roupas amassadas com cheiro de ontem, e a perna escorrega numa caneta bic sem tampa. Tudo é poeira. Tudo é caos. As portas abertas do armário vazio revelam marcas, escritos; nada está no lugar certo, prateleiras retas e vazias, caixas sem conteúdo e no chão, o mundo. O caos grita pelo chão. Bota, bolsa, blusa, botão, brinco, brinquedo. Chão, chão, chão. Papel amassado, contas, colares, cobertor, cadeira, camisa, caneca. As coisas gritam, berram histórias, apodrecem, definham, choram memórias, se perdem em cavidades. Cachecol, casaco, fios, isqueiro, cds, fotografias, malhas, latas, quadros, molduras, uma bicicleta branca, escritos, estilhaços, discos, cadernos, lata de refrigerante, coisas, coisas, coisas, coisas. Ocas, mortas, lerdas. As coisas respiram e cospem verdades, manifestam segredos, declaram amores. O tudo de uma vida num só lugar. Não há espaço pra sentimentos ali. O caos grita pelo chão. Chão. Chão. Chão. Chão Fio, meia, pinça, pedras, penas, blusa azul, blusa amarela por cima da blusa vermelha, toalha bordada com nome, colcha de retalho, conchas, cigarros, aquário, caixas, música.Travesseiro, panos rasgados, tudo por cima de tudo, tudo em cima de tudo, agasalhando o chão, escondendo o piso, o mijo, sujeira e pó em forma de roupa, de louça, de coisas, coisas, coisas. Uma ilustração pisada, textos mal escritos rasgados, comida, plástico, casca, garrafa. Não há mais espaço. Azulejos riscados, pinças, lençóis, fios embolados, desligados, um par de chinelos roxos, telefone, máquina de escrever, televisão quebrada. Meia, pinça, fio, penas, pinças, pinças, pedras, penas, blusa laranja jogada embaixo do casaco roxo, calça, toalha molhada, cigarros, caixas, aquário vazio. Blusa azul, blusa amarela, blusa

amarela por cima da blusa vermelha, toalha bordada com nome, pinças, pinças, pinças. E as paredes finas, Frias. Nuas. Completamente lisas no quarto branco. Na cama feita de pilhas de roupas, cobertores coloridos de lã esquecidos no verão, luvas e jaquetas, almofadas e fronhas, bolsas, anotações, embalagens. O corpo dorme. S i l e n c i a d o. Sonha. Em cima de fronhas, em cima de aquários, de lanças, penas e pinças. R e

s p i r a.

O sono das 3 da tarde, hora do tédio, do depois do almoço, do antes do lanche, do agora, hora do barulho, do trabalho, do trânsito. R

e

s

p

i

r

a.

O corpo tombado respira por cima de tudo, na cama de agasalhos, de restos, de coisas. Aninhado, tranquilo, em cima do tudo, sobre o mundo. O corpo descansa.


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PERFIL

invés do tradicionais perfis. Jornalistas gostam de contar histórias e costumam não ter vergonha, porém, quando se trata de falar de nós mesmos é bem - BEM estranho. Eu decidi que seria jornalista por acaso, perto dos 19 anos. Me lembro muito bem do dia em que entrei pela primeira vez numa redação. Tec tec tec tec tec o barulho dos teclados e telefones e rádios e televisores tec tec tec tec... Nesse dia pensei: quero fazer isso para o resto da vida. E parece que tem dado certo até

agora. Atualmente estou com 24 - 25 no próximo dia 27 (quantos vintes!). Graduei-me na Universidade Positivo, em Curitiba, turma de 2012. Agora estudo sociologia na Universidade Norte do Paraná uma paixão que conheci por conta do jornalismo. Apesar de lidar com o imediatismo de um jornal diário além de colaboradora da Folha também sou repórter policial no jornal Umuarama Ilustrado IML, acidentes, assaltos - e não, não fico feliz por isso, acontece que somos contadores de histórias. E onde há uma boa história, há um repórter. Voltando ao apesar... aparentemente não tenho muita rotina, mas tenho - e adoro. Trabalho aproximadamente dez horas por dia. Estudo uma ou duas horas. Vejo telejornais, leio revistas e dedico um tempo para os livros (na cabeceira está Getúlio 1930 - 1945 - Do governo provisório à Ditadura do Estado Novo, de Lira Neto). Gosto de mma, The

Walking Dead, The Simpsons, Futurama, Roda Viva, futebol, vinho seco, pão francês e café sem acúcar, entre outros. Mas nada, nada disso me deixa tão feliz quanto escrever histórias. Todas elas são especiais. Têm um pouco de alegria, um pouco de tristeza, um pouco de superação e sim - muito de humanidade. Uma vez fui ao MST junto com a amiga e colega de profissão Suelen Lorianny. Até agora não houve dias tão intensos na minha vida de repórter. Foram tantas histórias ouvidas, algumas contadas e muita coisa aprendida. Noutra oportunidade falei com o Socrátes - não o filósofo o jogador de futebol. E aí o bicho pegou porque além de repórter eu era (sou) fã do cara. Todo corinthiano que se preze é. Depois de fazer boas perguntas durante a coletiva não titubeei: camisa e livro (A democracia corinthiana) autografados pelo jogador e uma foto que fica no meu mural. O que eu gosto mesmo, todavia, é da arte de contar as histórias (dos outros). Por isso encerro aqui este autorretrato - que seria um três por quatro, pequeno, um recorte - e no próximo mês volto com histórias do povo paranaense. Era só.

O desafio de uma propaganda não clichê

idolatrando um cara que está bebendo uma cerveja gelada. Eu não sei o quanto o consumidor pode ser iludibriando por uma peça publicitária, mas o que os caras que fazem uma propaganda dessa querem, é que o sujeito que assiste tenha ideia de que com aquela bebida, ele vai ter as mulheres que ele quiser. Não vou entrar aqui no quanto isso pode ser perigoso, considerando os números de homens que ao beber, se acham no direito de dar em cima de qualquer mulher e assediá-la – o que é o mesmo cenário da propaganda, com a diferença de que as mulheres do bar não ficaram a fim do cara após ele dar o primeiro gole. Mas no quanto uma propaganda dessa é inútil. Os que justificam com números de que sim, são os homens que são os maiores consumidores de bebida alcoólica e por isso queremos falar com eles, eu digo “ok”, é uma questão de estratégia falar com o público consumidor, mas dá para

falar diretamente com esse público, sem reproduzir um discurso, criticar e de quebra atingir outro público, que não é nada pequeno e que representa – apenas- a metade da população, o público feminino. O exemplo que deixo é o da Bohemia, em que um grupo de velhinhos – tem até uma senhora ali no meio – bebe na cervejaria da marca que existe desde 1853. Quando um senhor diz ao publicitário – o único jovem da cena – que a ideia de abrir a cervejaria para o público visitar foi muito boa. O rapaz responde com “o próximo passo é colocar umas mulheres gostosas no nosso comercial”. Todos ficam indignados e o publicitário alega que a propaganda das outras cervejas está mais jovem, porém a resposta é arrebatadora “quem gosta de propaganda assiste a deles, quem gosta de cerveja, bebe a nossa”. Inteligente, crítica e marcante. É mais difícil, é. Mas bons profissionais fogem do clichê.

Autorretrato

A apaixonante arte de contar histórias

Foto Fábio Muniz

Por Aline Reis

Umuarama, noroeste do Paraná - Confesso que me assustei (e até rejeitei) a pauta deste impresso quando a recebi. A proposta dos editores era que eu escrevesse sobre mim mesma, ao

UM NOVO OLHAR

Por Priscila Schip

Nunca frequentei uma aula de publicidade, mas imagino que uma das primeiras lições a ser passadas aos iniciantes no assunto é empatia. De nada adianta produzir uma peça super bacana se ninguém se identificar. E é pensando nessa identificação, eu imagino, que tanto publicitário por ai cai no clichê. Pra que pensar em uma propaganda diferente para produtos de limpeza se a fórmula sempre foi colocar uma mulher cuidando da casa e preocupada com a família? Dá certo porque no mundo em que vivemos acaba sendo assim mesmo, são as mulheres que tem essa “responsabilidade”. Só que nessa de não fazer diferente, o publicitário reproduz um discurso, ajuda a alimentar a ideia machista de que a limpeza da

casa é obrigação feminina e ainda produz um material insignificante. Insignificante? Sim. Pode até ser que uma propaganda televisiva dessa alavanque novas vendas, mas dificilmente você irá conseguir lembrar-se de um produto específico e de uma propaganda especifica dessa. As propagandas são iguais, os produtos acabam sendo também. Cai todo mundo no mesmo buraco. E se tem um buraco que tá bem fundo no mundo da publicidade é o de propaganda de cerveja, que há anos usa a mesma fórmula também. Mas diferente das propagandas de produto de limpeza, as de cerveja não reproduzem um dia a dia, tão machistas quanto, elas reproduzem algum tipo de sonho masculino, que não faz o menor sentido. Digo isso porque, não sei você, mas eu, quando vou a um bar, não vejo modelos seminuas servindo e


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GASTRONOMIA

Está aberta a temporada de muito amor e muito chocolate!

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Por Silvia Serpe

Passaocarnaval,entraooutonoetodomundosópensaemumacoisa:páscoa!Semdúvidaoferiadodapáscoaéomaisdeliciosodoano.Todomundoamachocolate.Ascriançasesperamansiosas achegadadocoelhinho.Nasescolascomeçamospreparativosparaascomemorações:cesta,cortaas orelhinhaseensaiamasmúsicasdeolhosvermelhos,depelobranquinho...eumovo,doisovos,três ovosassim...Oscasaiscomeçamavisitarossitesdefabricantesdechocolatesparaescolheropresente idealparaapessoaamada.Etodosnóssomosbombardeadoscompropagandasnatevêquejuntam água na boca. Chocólatrasdeplantãoconcordam:tudocomchocolateficamuuuuuitomaisgostoso.Euandei procurandoasvariedadesdeovosdepáscoa,e,olha,temparatodososgostos.Desdeosmaissimples, atéosmaiselaborados,comrecheiosdiversosealgunsexóticos,comcerveja,queijoeatébacon.Eu gostodochocolateconvencional,eamargo.Quantomaisamargo,melhor.Ecomcafépreto.Combina, é sério. Experimente! Penseiemfalaraquinabelezaqueéfazeroseupróprioovodechocolate,aproveitarumtempocom ascriançasecomoissouneafamíliaedeixaapáscoaaindamaisdivertida.Maseuconfesso,nuncafiz umovodechocolatesequer.Então,escolhipassarduasreceitinhaspráticas,rápidasemuitosaborosas quetêmessadelíciadecacaucomoprotagonista:chocolatequenteemoka-paraosamantesdechocolate e café - uma combinação perfeita!

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Para o moka você vai precisar...

Leva um pouco mais de tempo para o preparo, e alguns ingredientes a mais, mas vale o esforço. Aí vai: - 1 tablete de chocolate amargo - 1 xícara (chá) de água quente - 4 colheres (sopa) de açúcar - Uma pitada de sal - 1/4 de xícara (chá) de café solúvel - 1 litro de leite - 1/2 xícara (chá) de creme de leite - Pauzinhos de canela e noz-moscada à gosto

Como faz? 1) Derreta o chocolate em banho-maria 2) Acrescente o açúcar, o sal e o café solúvel 3)Retireapaneladaáguaquenteecozinhediretamentesobreofogopor5minutos, mexendo constantemente 4)Emseguida,coloquenovamenteembanho-mariaeadicionelentamenteoleite, mexendo sem parar. Aqueça bem 5) Bata o creme de leite até alcançar o ponto de chantili. 6)Coloqueumpauzinhodecanelaemcadacanecaeadicioneochocolatequente 7) Sirva com chantili e uma pitada de noz-moscada

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Para o chocolate você vai precisar...

quente

- 1 xícara (chá) de leite -1xícara(chá)dechocolatemeioamargo picado - 1/4 de xícara (chá) de cacau em pó - 6 marshmallows picados.

Como faz? Opreparoémuitosimples,emumapanela aqueça em fogo médio o chocolate e o leite, mexendosempre.Quandoochocolateestivertotalmentederretidoretiredofogoesirva com os marshmallows. Simples e com sabor intenso!

Vaiimpressionaroseuamor,seusamigos, as crianças e todo mundo que provar uma dessasbebidascheinhasdeamor.Quevenha a páscoa e as dezenas de chocolates!


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ESPORTES

Nos jogos de fim de semana Por Jeferson Nunes

Hoje pensei em escrever tanta coisa. Mas sempre as tantas coisas acabam em nada. Pensei em começar uma série com a história dos esportes mais conhecidos e aclamados no Brasil e no mundo (o que ainda farei); pensei em escrever sobre a Taça Libertadores da América, de futebol, e que mexe com a emoção dos brasileiros; pensei e continuei pensando. Quando parei, decidi. Conhecem a palavra insight? Ela vem da língua inglesa e quer dizer algo como ter uma ideia do nada, um ‘click’ que te leva a fazer algo repentinamente. Pois bem, resolvi que falarei um pouco sobre os campeonatos de futebol amador, aqueles de várzea mesmo, que reúnem os peladeiros de fim de semana, os que trabalham, estudam e não tiveram a sorte de ganhar rios de dinheiro jogando bola. Pra começar, acho que tenho que dizer que um dos sentimentos que mais mo-

vem o futebol é o da disputa. Não a paixão. A paixão move a torcida, mas os jogadores querem mesmo é vencer. Querem olhar para o adversário cabisbaixo e sorrir, querem comemorar o gol da vitória, querem proferir palavras que levantem a autoestima do time e que detonem a dos que estão do outro lado da quadra. Querem cantar a vitória ao fim do jogo, querem dar um drible que faz a torcida chiar e gritar, sem se preocuparem se vão ou não causar uma jogada adversária que resulte em um empate, ou na virada. São os famosos campeonatos ou simples jogos de fim de semana. Quando homens e mulheres deixam os afazeres domésticos e reservam a data e horário para dedicarem seu tempo ao lazer, a um dos prazeres que move milhares de pessoas no Brasil e no mundo. Muitas mulheres vão só mesmo para assistir aos seus amigos, namorados, maridos, irmãos, primos jogarem, mas é cada vez mais crescente a parcela delas exibindo as pernas torneadas e correndo também atrás da-

quele objeto redondo, capaz da pele. Tudo pela honra de de despertar tanto amor (e vencer e sair como campeão, ódio) de todos. não interessa o prêmio físico, Atualmente, estou jogando o principal é o moral. a 5ª Copa SinLogo codijor de Futsal, meço outro “...tenho que dizer que que reúne atleum dos sentimentos que campeonato. tas jornalistas, A Copa Entre mais movem o futebol Amigos, joestudantes de jornalismo e gada aos sáé o da disputa. Não a até não jornabados. Logo, listas, desde paixão. A paixão move a meus fins de que trabalhem semana estatorcida, mas os em empresas rão parcialjogadores querem ligadas à comente communicação. prometidos. mesmo é vencer.” Os jogos Assim como acontecem soeu, muitos mente aos domingos. Temos amam essa rotina. É isso que 13 times masculinos e quatro dá forças para a outra rotina, femininos. Até o fechamen- a puxada da semana. E não to dessa edição da Folha do só com o futebol, que uso Bom retiro, duas rodadas se como exemplo pelas minhas passaram, uma delas dupla participações. Mas no vôlei, (dois jogos no mesmo dia) no basquete, no Handebol e para o meu time, o Clube Re- em qualquer outro esporte, o levo. Estamos com 6 pontos e sentimento é o mesmo. 25 gols de saldo. Perdemos a Sentimento de estar livre primeira, mas ganhamos as das preocupações mundanas duas da segunda rodada, por que nos atormentam no coplacares expressivos. O cam- tidiano, livre das cobranças peonato ainda tem mais uma que os setores da vida nos rodada da fase de classifica- proporcionam, livre para serção e depois os ‘mata-matas’. mos e agirmos como simples Aí é que o bicho pega. Âni- “crianças”, que só querem se mos exaltados, nervos à flor divertir.

Curtas Foram definidos os confrontos das quartas de final da Liga dos Campeões de Europa: Barcelona x Atlético de Madrid; Real Madrid x Borussia Dortmund; PSG x Chelsea e Manchester United x Bayern de Munique.

Morreu por parada cardíaca, no último dia 20 de março, o capitão da seleção brasileira de futebol, campeã do mundo em 1958, Hideraldo Luis Bellini.

Comitê Olímpico Brasileiro fará 'vaquinha' para pagar tratamento da esquiadora Laís Souza, que sofreu um acidente no dia 27 de janeiro, durante treino para as Olimpíadas de Inverno de Sochi (Rússia), e teve os movimentos das pernas prejudicados.

do

esporte

Começou o mundial de Fórmula 1 de 2014. Na primeira corrida do ano, Nico Rosberg levou a vitória. Felipe Massa bateu e saiu da corrida na primeira curva do circuito.


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LÍNGUA PORTUGUESA

Currículo x Curriculum Quais estrangeirismos você costuma usar? Por Alan de Macedo Simões

Quando alguém vai enviar um Currículo (ou curriculum?) ou procurar um emprego, ou até uma nova oportunidade, o currículo é um detalhe importante. Inclusive existem palestras e treinamentos que mostram a regra dos seis segundos (ela basicamente consiste em expor suas principais qualidades e dados importantes de modo a que o seletor leia-os em apenas seis segundos). Uma segunda regra é não apresentar erros de ortografia, de escrita. E aí já surge a primeira dúvida, é currículo, curriculum ou CV? Bom, os três são possíveis. CV é a abreviação do termo em latim curriculum vitae, quem quando vindo ao português, foi sedimentado como sendo currículo. Nada mais é que uma apresentação por escrito onde constam dados pessoais, formação acadêmica e experiências profissionais de uma pessoa. É o resumo das qualificações e aptidões da vida profissional e intelectual de uma pessoa. E esse é um tema muito interessante, por que é comum uma discussão a respeito de estrangeirismos e influência de outros idiomas na língua portuguesa. Quando surgem novos termos e, em especial, termos vindos do inglês, esse medo

e esse tema entram em voga. Como lidar com essa questão muda dentro de cada cultura. A França, por exemplo, assumiu uma posição radical, cortou todo termo em língua estrangeira e traduz absolutamente tudo. No Brasil, alguns termos em inglês nos são mais claros, por que nossa língua, assim como currículo, tem origem no latim e praticamente todas as nossas palavras são, de certa forma, originárias de outro idioma. É lógico que, na progressão e na adaptação de uma língua para outra, algumas questões curiosas acontecem, por exemplo, quando você sofre um corte no dedo, por exemplo, sairá um líquido vermelho chamado... isso mesmo, sangue. Em latim, sanguis. Não precisa pensar muito para perceber que, em português, alterou-se a terminação, até por que a

maioria das palavras em português que terminam com “s” é por que estão no plural. Então, sanguis passa a ser sangue. Mas, voltando à situação exemplo, se fossemos usar um verbo diríamos que estamos sangRando. De onde vêm esse “R”? Latim possui uma sistemática diferente, chamada declinação, não faziam verbos a partir do substantivo, como nós. Por isso, o português utilizou o espanhol para sanar essa falta, sangue, em espanhol, é sangre. Daí vem o “R” do verbo sangrar. Precisamos entender que esse fenômeno de utilizar palavras oriundas de outro idioma é normal. Aliás, recebemos palavras de várias línguas e algumas chegam a manter suas variações da língua de origem, sendo bastante curiosas, um exemplo é campus, o local de uma universidade, o plural é campi.

Ou da ação policial rápida, que vem do alemão, a Blitz, cujo plural é Blitzen. Se isso é normal de ocorrer e ocorre desde que a língua começa a surgir, por que a polêmica? Qual o prejuízo que a língua sofreria? O problema surge no empobrecimento da língua, no empobrecimento dos vocábulos que já existem. Então, precisamos fazer um exame cada vez que vamos utilizar uma palavra estrangeira. Essa palavra possui um equivalente, com correspondente em português? Então, é um estrangeirismo desnecessário, um vício de linguagem. Qual o termo em português para tablet? Já vi pessoas traduzindo como tablete, mas tablete se refere a bloco, conjunto. O termo que poderia corresponder seria tabuleta, espaço de anotação e informação.

Uma questão... O correto é dizer “a pen-drive” ou “o pen-drive”? Bom, pen-drive, um dispositivo de armazenamento de arquivos eletrônicos portátil, é uma palavra em inglês e em inglês só há um artigo “the”, que é usado para o masculino e para o feminino. Então, recorremos à tradução das palavras: drive, embora seja comum o uso, não é português. Pen é caneta, substantivo feminino. Portanto o correto seria “a pen-drive” .


ENSAIO

Fotos: André Grochowicz

O mercado de peixes em Tóquio

O mercado de peixes é um dos pontos turísticos mais visitado de Tóquio. Pela manhã acontece o leilão (foto abaixo) e nas demais fotos, o restante do dia.

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