Suplemento Especial Gestão de Frotas & Renting - Abril 2019

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P.6 EMISSÕES

P.8 GPL/GNC

As melhores propostas das marcas para empresas

As alterações que podemos esperar dos construtores automóveis

Viaturas com propulsão a gás fazem sentido para as empresas?

COM E RC IA I S L I G E I ROS

A gasolina? Porque não?

Os modelos comerciais derivados de veículos de turismo perderam parte da competitividade que tinham com o fim do desconto em sede de ISV. Mas o WLTP pode ter dado novo fôlego ao segmento

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erivados geralmente de modelos com carroçaria de três portas (mas não obrigatório) e quatro ou cinco lugares, os veículos comerciais derivados de versões de passageiros sofreram um rude golpe, em 2012, por via do agravamento do ISV. Pegando num exemplo do comercial ligeiro do género mais vendido em 2018, o Renault Clio 1.5 dCi, sobre a versão de passageiros incide um ISV de quase 2.600 euros (+ IVA), enquanto sobre a versão transformada em modelo de mercadorias, com dois lugares, a incidência desse mesmo imposto sobe para mais de 5.650 euros!

Em termos de valor final, isto resulta num diferencial de preço em redor dos 2.500 euros para modelos com a mesma base, já que é possível a dedução do IVA no segundo, uma vez que se trata de um veículo comercial. No entanto, o forte impacto gerado pelo WLTP sobre os motores a gasóleo, nomeadamente no que se relaciona com os limites impostos para o NOx, explica o desaparecimento de muitos pequenos motores a gasóleo, enquanto outros, de maior cilindrada, por via do acréscimo de tecnologia mais cara, perderam toda a competitividade em segmentos mais baixos.

Mas não só. Exactamente devido ao acréscimo dessa tecnologia, os motores a gasóleo ficaram ainda mais “avessos” a percursos curtos, necessitando com mais frequência de circular mais tempo em regimes constantes e mais elevados, para efectuar a regeneração dos sistemas de emissões. Face a isto, resta aos seus proprietários duas alternativas: fazem isto regularmente com custos de deslocação e ocupação de tempo ou ficam sujeitos a despesas imprevistas com paragens indesejadas nas oficinas e consequente imobilização da viatura. Este é precisamente o contexto que explica o surgimento de novas

propostas comerciais baseadas em motores a gasolina. À partida não tão eficientes quanto os motores a gasóleo, é um facto, e não podendo beneficiar da dedução de 50% do IVA do combustível mas, por outro lado, com um potencial de economia derivado da razão anterior e ainda por poder beneficiar de um ISV mais baixo, logo, com um custo de aquisição menos elevado. Senão vejamos. Voltando a pegar num caso concreto, que é a única oferta actualmente existente no mercado português, o diferencial de ISV, sem IVA, entre o Toyota Yaris 1.0 VVTi com motor a gasolina (998 cc) de

passageiros e respectivo modelo comercial é de 1.500 euros. Graças a isso e a um preço base mais baixo, a marca japonesa consegue propor um comercial ligeiro a gasolina por menos de 14 mil euros (o PVP de um Clio Societé começa nos 23.400 euros, nos dois casos valores sem IVA), o Yaris dotado de um motor que até não consome muito mais do que um motor a gasóleo, embora não esquecendo o facto de o preço da gasolina ser ainda mais elevado e a questão da dedução do IVA do gasóleo. Por falar em IVA, o legislador não descrimina a motorização no caso da dedução do valor de aquisição ou sequer no que se refere a manutenção, pneus, etc.. Ou seja, é permitido à empresa dedução deste imposto, uma vez que a viatura é, para todos os efeitos, um veículo de mercadorias, desde que seja efectivamente utilizada para o transporte de bens. Efectivamente, para a Autoridade Tributária, um prestador de serviços não pode deduzir o IVA da aquisição e da manutenção de qualquer viatura classificada como de mercadorias. No entanto, os custos ficam a salvo da Tributação Autónoma. Tão ou mais importante do que tudo isto, na realidade, os actuais motores a gasolina estão mais aptos para determinadas quilometragens e, principalmente, para operar em repetitivos trajectos curtos, uma vez que a tecnologia presente para controlo de emissões não está tão dependente da estrada para efectuar a necessária regeneração dos sistemas de controlo de emissões.


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