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Frotas Renting ESPECIAL
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ABRIL2021
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ESTE SUPLEMENTO É DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DA FLEET MAGAZINE
Fleet Magazine
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TRIBUTAÇÃO “VERDE” DAS VIATURAS
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
GREEN DEAL
Soluções para dar este passo com mais confiança
Como o compromisso da União Europeia está a mudar a mobilidade e a gestão de frota
Porque a Mobilidade Verde interessa às empresas
DES CA RBO N I Z A ÇÃ O D O S TRA NSP ORTES
Estabilidade fiscal é essencial Os incentivos à aquisição e uso de viaturas elétricas e híbridas plug-in são necessários, mas as empresas precisam também de legislação fiscal estável para apostar na transição energética. Até porque o seu contributo é fundamental para Portugal respeitar o compromisso assumido de redução gradual de emissões, rumo à neutralidade carbónica
E
ntre as medidas introduzidas com a Reforma da Fiscalidade Verde, com o objetivo de fomentar a eficiência na utilização de recursos e reduzir a dependência energética do exterior, os incentivos fiscais dirigidos aos automóveis elétricos e híbridos plug-in estão entre os que despertam mais interesse às empresas. Estes incentivos (os mais importantes estão mencionados na página 4 deste suplemento) explicam o crescimento contínuo das vendas destes dois tipos de automóveis em Portugal, uma vez que mais de 90% das matrículas de carros elétricos e de híbridos plug-in foram atribuídas a clientes profissionais, nomeadamente empresas privadas, organismos públicos e locadoras. O gráfico ao lado ilustra precisamente isso: desde 2015, ano em que entrou em vigor a Reforma da Fiscalidade Verde, que se constata uma descida contínua da quota de mercado dos automóveis ligeiros de passageiros com motor a gasóleo, predominante na frota de muitas empresas, e uma subida gradual da presença de veículos elétricos e, sobretudo, de modelos híbridos plug-in, nas tabelas elaboradas pela ACAP de
distribuição das matrículas de carros novos por tipo de motor. Os valores referentes a 2021 utilizados no gráfico incidem apenas sobre os números registados até ao
final de março. Por isso, a escassez de dados impede uma conclusão definitiva quanto à confirmação da tendência verificada nos últimos cinco anos. Por outro lado, a queda
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
2015
Gasóleo
2016
2017
2018
2019
67,5% 64,5% 60,8% 53,3% 39,9%
2020
2021
32,8% 26,3%
Híbridos 0,3% elétricos plug-in
0,5%
1,1%
1,7%
2,8%
8,2%
11,0%
Elétrico
0,4%
0,7%
1,8%
3,1%
5,4%
5,1%
0,4%
homóloga de 31,5% do comércio de automóveis ligeiros de passageiros, o facto de algumas marcas sentirem atrasos na entrega de alguns modelos novos e a redução expressiva das aquisições de empresas de rent-acar, por razões que são sobejamente conhecidas, podem contribuir para uma análise mais conclusiva da distribuição das matrículas por tipo de energia. Ainda assim, apesar de algumas reticências no horizonte, o resultado parece indicar que o interesse das empresas na mobilidade elétrica não terá sido afetado pelas medidas extemporâneas introduzidas no Orçamento do Estado para 2021, nomeadamente nas limitações impostas aos modelos híbridos e híbridos plug-in elegíveis para efeitos de benefícios fiscais. A explicação é simples, segundo Renato Carreira, partner da Delloite: “a existência de benefícios fiscais específicos e o ónus fiscal agravado que impende sobre a utilização por parte das empresas de veículos movidos exclusivamente a motores de combustão têm dinamizado de forma clara a mobilidade elétrica, tanto do lado da procura, como da oferta disponibilizada pela indústria automóvel.”
A contribuição das empresas “As organizações são parte da solução para o desafio de uma mobilidade mais eficiente, sustentável e descarbonizada”, lembra Nelson Lage, presidente da ADENE, Agência para a Energia, responsável pela avaliação das empresas concorrentes ao Prémio Fleet Magazine na categoria Frota Verde. Há várias explicações que sustentam esta avaliação: a mais visível porque, ao serem responsáveis pela maioria das matrículas anuais de carros novos, as frotas de empresas privadas, do Estado central, das autarquias e das locadoras, de forma muito concreta e objetiva, contribuem para a renovação do parque automóvel nacional, com a entrada de viaturas mais recentes e menos poluentes. Mas também, com a sua utilização, para a divulgação e conhecimento de carros 100% elétricos e para o modelo de funcionamento das viaturas híbridas eletrificadas. Se esta experimentação em condições de trabalho tem permitido que mais condutores descubram e se habituem às particularidades do uso de uma viatura eletrificada, a experiência que daqui advém está também a gerar informação essencial para a evolução de soluções capazes de responder, por