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JORNAL DA UNIÃO OPERÁRIA DE GOVERNADOR VALADARES - SETEMBRO DE 2014

Ponto de Cultura a pleno vapor Os Pontos de Cultura chegaram a Governador Valadares ainda em maio de 2011. Cinco espaços foram contemplados na parceria entre o Ministério da Cultura, a Prefeitura Municipal e algumas entidades civis. A União Operária recebeu o Ponto Artesanato e Cultura, onde desenvolve atividades de capacitação e design com artesãos e outros interessados. Tudo começou com o Fazendo Arte, Gerando Renda, numa parceria entre a União Operária e a Fundação Banco do Brasil. Nele, mulheres eram capacitadas em diversas atividades a fim de construir possibilidades de geração de renda. “Aqui, as portas se abriram para que recebêssemos um dos Pontos de Cultura. E esse, seguiu a identidade que a União já havia desenvolvido”, conta a coordenadora Maria da Glória Fernandes. Hoje, 150 artesãs estão vinculadas ao Ponto de Cultura. Pautadas pela identidade cultural valadarense, produzem de tudo: bonecas de pano, almofadas, panos de prato bordados ou pintados, trabalhos em material MDF de decoração para casa, biscuit, além de artigos de bebê, bijuterias e mais uma imensidão de produtos. Hoje, os produtos são comercializados em uma loja situada na União Operária, na esquina das ruas João Pinheiro e São João. Além disso, na segunda sexta-feira de cada mês, as artesãs promovem uma feira na Praça Getúlio Vargas, no Bairro de Lourdes. Aberto a toda população, há ainda quatro cursos de capacitação profissional: pintura, bordado, crochê e corte/costura. Todos eles têm um custo mínimo para remunerar os monitores e para aquisição de materiais para as aulas. Confira a lista: CURSOS: Aulas de pintura: Quinta-feira, 14h às 17h Custo: R$25/mês Bordado: Sexta-feira, 14h às 17h Custo: R$15/aula Crochê: Quinta-feira, 14h às 17h Custo: R$15/aula Corte e Costura: Segunda e terça-feira, das 14h às 18h. Quarta e quinta-feira, das 18h30 às 21h30 Custo: R$180 por três meses de curso

Fábio Moura

A vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal. Machado de Assis

ANO 1 NÚMERO 1

União Operária O

J O R N A L

Eleições 2014

A responsabilidade da escolha As eleições de outubro se aproximam e as campanhas tomam conta de nossas ruas e do nosso cotidiano. Por outro lado, há, por parte significativa da população brasileira, uma apatia considerável em relação à política, sobretudo entre os mais jovens. Devido a essa apatia, alguns eleitores utilizam critérios de escolha que podem não ser os mais convenientes, como beleza ou como a opção por líderes das pesquisas eleitorais. O discurso é outra dificuldade que nos foi imposta, pois o de todos os candidatos se assemelha. Isso demonstra que para não perder votos, estes escondem muitas de suas intenções. O que fazer diante dessa realidade? Uma alternativa é a busca da informação, claro, qualificada. Essa busca deve ser constante e tem de perpassar os quatro anos que antecedem uma campanha eleitoral, pois essa faz parte da política e, não, é a política em si. Mas, ainda há tempo para o eleitor se informar e fazer a melhor escolha. Outra alternativa é comparar o discurso de um candidato com a sua prática. Por exemplo, o candidato Aécio Neves propaga que Minas Gerais tem a melhor educação do Brasil. Por outro lado o SindUTE/MG e parte significativa dos educadores mineiros denunciam que a realidade das escolas não é a mesma das propagandas oficiais do Governo Mineiro. Outro exemplo está no discurso da candidata Dilma Rousseff. Ela anuncia a ampliação das Universidades Federais e de programas como o PROUNI, o PRONATEC e o FIES, a fim de possibilitar o acesso dos mais pobres a um curso superior – utilizam-se, inclusive, do slogan: “filho de pobre pode ser doutor”. Esse discurso é real? Somos testemu-

nhas de que esses programas têm resultados efetivos ou são apenas marketing de governo? Precisamos analisar, também, se esse discurso é objetivo ou genérico, raso. Se um candidato pauta-se por agradar a todo mundo, é um bom motivo para não confiarmos nosso voto nele, pois, com certeza, seu governo priorizará alguns setores da sociedade. Essa análise comparativa se faz mais difícil nos candidatos que ainda não ocuparam cargos públicos. Assim, podemos observar quais apoios cada candidato recebeu e quais bandeiras seu partido defende. Essas informações têm fortes indícios de como será o seu futuro governo. Também temos de nos informar se a busca por apoio à candidatura se deu através de concessões de princípios que antes defendia. Caso isto ocorra, temos aqui um bom motivo para não votarmos nesse candidato. Um passo importante para o aperfeiçoamento de nossa democracia ocorrerá através de uma reforma política executada por uma constituinte soberana e exclusiva, conforme defendem movimentos sociais importantes de nosso país. A defesa dessa reforma - considerada a maior de todas as reformas que o país necessita - é um excelente critério para decidirmos quem receberá o nosso voto. Os candidatos que não apoiam essa iniciativa, não merecem a confiança do povo, pois não querem que o país faça mudanças estruturais que beneficiem a maioria de nosso povo. Antônio Carlos Mendes / Trabalhador em educação. Diretor do SINDUTE MG – Subsede de Governador Valadares.

T R A B A L H A D O R

GOVERNADOR VALADARES - SETEMBRO DE 2014 - JORNAL DA UNIÃO OPERÁRIA

Editorial

O artesanato produzido no Ponto de Cultura na União Operária é inspirado na cultura e tradições de Valadares

D O

A chegada do primeiro jornal da União Operária às ruas de Governador Valadares coincide propositalmente com o Plebiscito Popular. Nele, os movimentos sociais se organizaram e centraram esforços na reforma do sistema político brasileiro, através de uma assembleia constituinte. Assim, teremos condições de mudar as regras do jogo e, também, de ampliar a participação popular nas decisões na nação. Desta forma avançaremos rumo às mudanças realmente profundas e necessárias. É aqui onde a luta dos movimentos sociais converge. Mas ela é muito mais ampla e começa ainda lá atrás. É publico e notório que as estruturas dominantes jogam contra os movimentos sociais, sobretudo o movimento sindical. Por quê? Porque envolve a manutenção do poder. Porque quando se tem uma estrutura consciente e organizada afrontamos os interesses da chamada elite branca. Porque as nossas demandas não os interessa. Esta análise faz-se necessária, pois os movimentos sociais e sindicais têm encontrado barreiras na socialização de suas bandeiras históricas. É de se destacar o avanço que assistimos nos últimos anos, em especial, pelas mãos de Lula e Dilma. Vimos setores outrora dominados assumirem patamares elevados, de melhores condições. Porém, por consequência destes avanços, alguns setores entraram numa zona de conforto, indiferente às demandas ora existentes. Como exemplo tem-se o Congresso Nacional e o Senado Federal atrelados a grupo corporativistas e legislando em detrimento dos anseios da grande massa de eleitores. Preocupa-nos não dispor de segurança pública, saúde e educação. Preocupa-nos, também, o debate sobre a moradia popular, o saneamento básico e a ocupação de terras. Preocupa-nos ainda mais ver o legislativo brasileiro deixar isso de lado. Há no Congresso um grupo de lobistas que dificulta votações de interesse popular, a fim de não abster de seus privilégios. São estes mesmos lobistas que estão a bancar as campanhas de deputados e senadores, pautando-os de acordo com o que lhes convém. Em resposta a isso, ativistas dos movimentos sociais voltam a fomentar uma importante bandeira histórica: um plebiscito para reformar o modelo de representatividade vigente, pois este nada mais é do que o reflexo fiel dos interesses de grupos corporativistas da classe dominante – que, por sua vez, fará de tudo para descredibilizar e desacreditar a nossa luta. Queremos debater o financiamento público de campanhas; o aumento compulsório no número de mulheres, índios e negros na esfera do poder; o voto em lista, pois assim fortaleceremos projetos partidários e não individuais; a extinção das coligações, a fim de garantir independência na gestão. Hoje, temos um Congresso atrelado a diversos interesses financeiros e distante da independência para debater temas de interesse nacional. A luta não para aqui. Há muitos questionamentos e bandeiras a se discutir. No momento oportuno, elas permearão estas páginas. Primordial era dar o primeiro passo. E ele está dado. Boa leitura!

em foco DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

População apoia plebiscito pela reforma política Urnas instaladas pela cidade recebem votos das pessoas que querem mudança já! PÁG 3/4 Fábio Moura

Ponto de votação localizado na área central de Valadares, na Rua Bárbara Heliodora, próxima à Kika Fábio Moura

PONTO DE CULTURA

Artesanato cidadão 150 artesãs estão vinculadas ao Ponto de Cultura do Artesanato, na União Operária. Pautadas pela identidade cultural valadarense, produzem de tudo: bonecas de pano, almofadas, panos de prato bordados ou pintados, trabalhos em material MDF de decoração para casa, biscuit, além de artigos de bebê, bijuterias e mais uma imensidão de produtos. PÁG. 4


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JORNAL DA UNIÃO OPERÁRIA DE GOVERNADOR VALADARES - SETEMBRO DE 2014

JORNAL DA UNIÃO OPERÁRIA DE GOVERNADOR VALADARES - SETEMBRO DE 2014

P L E B I S C I T O

Acontece nos sindicatos e movimentos populares

P O P U L A R

Vote aqui!

Plebiscito Popular que luta por uma Assembleia Constituinte, exclusivamente eleita, e com poder soberano para mudar o sistema político brasileiro.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra continua na batalha pela reforma agrária pautada pela redistribuição das terras e pela otimização no uso de espaços rurais. Há poucos dias, mais de cem famílias ocuparam a improdutiva Fazenda Eldorado, com mais de 1000 hectares, próximo ao Córrego dos Borges. Os assentados têm contado com o apoio de quem já conquistou o seu espaço. Recebem todo o tipo de ajuda do assentamento de Jampruca, do Oziel e até do Boa Esperança, em Tumiritinga. Paralelo a isso, nos últimos meses, encontros com a juventude e com as mulheres trouxeram a luz demandas dos mais diversos grupos de assentados.

SindUTE A luta contra o governo neoliberal de Minas Gerais é e será incisiva até que abdiquem dessa política de desvalorização. Os profissionais da educação não recebem o piso salarial estabelecido e tiveram o plano de carreira, as progressões e os benefícios reunidos num vencimento único. O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais também está atento aos desdobramentos da Lei 100, que promete colocar 80 mil funcionários da educação na rua até o fim do ano. Mas já há frutos de outras lutas para se desfrutar. Depois de 112 de greve em 2011, professores tem 1/3 de sua jornada destinada ao planejamento de atividades, sem a presença de alunos.

Os movimentos sociais têm pautado os seus encaminhamentos em mudanças estruturais no sistema político brasileiro.

Trazer a pauta social novamente às ruas através do Plebiscito tem diversos objetivos. O primeiro deles é de caráter pedagógico, onde busca-se discutir com a população o sistema político e a estrutura e funções de uma Assembleia Constituinte. O outro é o da pressão, por assim dizer. Desta forma, movimentos sociais levarão ao Executivo nacional milhões de assinaturas – dez, como pretendem – e trarão, ao seu lado, 5% da população brasileira. “Quanto mais votos, melhor. A insatisfação comum com o sistema político irá apenas se materializar no Plebiscito”, relata Guilherme Camponês, um dos líderes do comitê valadarense. Os movimentos sociais têm pautado os seus encaminhamentos em mudanças estruturais no sistema político brasileiro. Estima-se, por exemplo, que campanhas milionárias financiadas por grandes empresas cheguem a ter o retorno de R$8,50 – através de contratos com o poder público - para cada R$1,00

MAB

MST

Fábio Moura

Desde o primeiro dia deste mês de setembro, as urnas tomaram conta das ruas. Entre cavaletes, panfletos e horários eleitorais, o Brasil para pra discutir se vale a pena continuar assistindo a um modelo político recheado de tendências corruptivas e de partidos que pouco tem a acrescentar, por se distanciarem de posturas ideológicas e contundentes. A insatisfação com o formato vigente era visível, mas não tão latente como se mostrou em junho do ano passado, nas ruas de todo o Brasil. Nem governos, nem partidos conseguiram responder à altura estas manifestações. Numa plenária, ao fim de setembro de 2013, os movimentos sociais decidiram por propor um caminho para que as demandas sejam atendidas. Entre os dias 1° e 7 de setembro, a opinião do povo será consultada através do Plebiscito Popular que luta por uma Assembleia Constituinte, exclusivamente eleita, e com poder soberano para mudar o sistema político brasileiro.

Sintina Exercício de cidadania é isso. Não basta apenas criticar, é preciso participar, exercer o seu direito de cidadão e cidadã. Nesse embalo, o povo vota nas urnas espalhadas pela cidade

investido no período eleitoral. Também a ausência de representatividade no legislativo nacional é algo que incomoda e fazer a roda do debate girar. Os 3% de empresários brasileiros compõem quase metade das cadeiras do congresso. Já as mulheres, maioria populacional, não chegam a 8% na mesma casa. Pra que tudo isso mude é necessário uma mudança brusca. E, na atual conjuntura, alterações só podem ser conquistadas através de uma Assembleia Constituinte, que pode ter a sua formação induzida por um Plebiscito Popular. Onde votar Aqui em Governador Valadares, há urnas disponíveis ao longo do horário comercial nos pontos da Kika e da Fadivale, na Policlínica e na sede

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da União Operária. Além disso, o comitê também disponibilizará urnas em Conselheiro Pena, Itueta, Resplendor, Aimorés e Jampruca. É apenas um dos 600 comitês espalhados por todos os estados brasileiros, formados por diversas organizações populares, como sindicatos, pastorais, movimentos sociais e estudantis. Quem não puder ir às urnas, pode ir ao site plebiscitoconstituinte.org.br e deixar lá a sua opinião. No popular, um Plebiscito é uma consulta na qual os cidadãos e cidadãs votam em aprovar ou não uma questão. De acordo com as leis brasileiras, somente o Congresso Nacional pode convocar um Plebiscito. Apesar disso, desde o ano 2000, os Movimentos Sociais brasileiros começaram a organizar Plebiscitos Populares sobre temas diversos, em que qualquer pessoa, independente do sexo, da idade ou da religião,

pode trabalhar para que ele seja realizado; organizando grupos em seus bairros, escolas, universidades, igrejas, sindicatos ou onde quer que seja. Isso, para dialogar com a população sobre um determinado tema e coletar votos. O Plebiscito Popular permite que milhões de brasileiros expressem a sua vontade política e pressionem os poderes públicos a seguir a vontade da maioria do povo. O objetivo deste ano é pressionar pela elaboração de uma Assembleia Constituinte que discuta e proponha mudanças no sistema político brasileiro. Em suma, trata-se de uma assembleia de deputados eleitos pelo povo para modificar a economia e a política do país, definir as regras e o funcionamento das instituições de um Estado como o Governo, o Congresso e o Judiciário, por exemplo. Suas decisões resultam em uma Constituição.

Dentro do ponto de referência dos trabalhadores, a União Operária, o Sintina tem se empenhado em enfrentar a resistência patronal no aceite das medidas impostas pelo Ministério do Trabalho. O mesmo quadro de funcionários que matava 200 bois num dia, agora chega a 500 em meio dia. Os 20 minutos de folga após 100 minutos de trabalho para irrigação dos tendões dos membros também tem uma vigília constante. Chegamos ao mês de setembro de um ano que contou com a formação de lideranças sindicais, torneios esportivos e com a assistência aos trabalhadores das Massas Periquito. A pauta do momento é o aumento de 2% acima da inflação para a categoria, a partir de 1° de novembro.

Expediente

União Operária O JORNAL

O Movimento dos Atingidos por Barragens crava seus principais enfretamentos no setor energético. A luta se inicia no trato com as famílias que tiveram suas casas ou terras inundadas pelo represamento de águas – é o caso de Aimorés, Itueta, Resplendor e Baixo Guandu, atingidas pela UHE Aimorés. A Hidrelétrica segue com irregularidades, dez anos depois de sua construção. O fechamento da linha férrea da Vale pelas famílias meses atrás não acelerou a discussão. A esses Grupos de Base somam-se as atividades que abarcam toda a população consumidora de energia no país. O Plebiscito Popular pela redução da tarifa de energia elétrica e a abertura de um debate sobre o modelo energético brasileiro estão na pauta do MAB.

Sintraf O Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro está no meio de uma rodada de negociações com banqueiros, a fim de garantir um aumento em torno de 12% para a categoria – o montante leva em conta a inflação dos últimos doze meses, além de um ganho real de 5%. O setor que já teve de recorrer a paralisações no serviço para colocar as suas pautas em discussão, agora encontra portas abertas para negociações. No entanto, ainda não chegaram a um acordo e a data-base de 1° de setembro já foi superada. Questões sociais também tomam a atenção do sindicato que luta por melhores condições trabalho e pelo fim de práticas como o assédio moral.

Sindeletro O Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais tem focado as suas atenções na discussão da política salarial que entrará em vigor na data-base de 1° de novembro. Reuniões na portaria da Cemig começam a se intensificar; dali será retirada uma proposta para enviar à empresa. Na outra ponta, o Sindeletro vem se esforçando em barrar a privatização da empresa, mediante desaprovação da Assembleia Legislativa. A luta contra o processo perverso de trabalho dos terceirizados, sem qualquer valorização ou direito trabalhista é outra das bandeiras do sindicato. Não se trata de ir contra os terceirizados, mas, sim, de defender condições dignas de trabalho ao setor elétrico.

União Operária de Governador Valadares em foco

DO TRABALHADOR

Jornalista responsável: Tim Filho MG 09324 JP Textos e fotos: Fábio Moura Editoração: Tim Filho Comunicação e Cultura Av. Europa, 317 - Grã-Duquesa - G.Valadares - MG

Coordenadora Geral - Maria da Gloria Fernandes do Nascimento Coordenadora Administrativa - Claudia Maria de Assis Coordenador Financeiro - Wellington Gonçalves Oliveira Coordenador de Projetos, Pesquisa e Informações - Edson Menezes Soares Coordenador de Cultura, Educação e Recreação - Vanilson Miranda Silva Presidente do Conselho Diretivo - José Geraldo Rocha Endereço - Rua São João, 558 - Centro - CEP 35.020-550 Contato - Telefone (33) 3225-2885 - E-mail: uniaooperariagv@hotmail.com


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