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Fim de semana com sol entre nuvens. Não chove! www.climatempo.com.br

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31o 18o

MÁXIMA

Não Conhecemos Assuntos Proibidos

MÍNIMA

ANO 2 NÚMERO 56

FIM DE SEMANA DE 17 A 19 DE ABRIL DE 2015

FIGUEIRA DO RIO DOCE / GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS

EXEMPLAR: R$ 1,00

Todo dia deve ser Dia do Índio Esperamos que os índios não sejam lembrados apenas nesta semana, em que acontem muitas comemorações, mas sim, em todos os dias, quando são literalmente deixados no descaso, abandonados, e muitas vezes, enganados. Esta semana é uma semana onde podemos acolhê-los e ajudá-los em suas lutas, que não são poucas, pois a sociedade e o governo sempre fecham os olhos quando se trata da causa indígena. (Depoimento de Fellipe Mendes da Silva, amigo do Povo Krenak)

Caricatura feita pelo genial Afonso Carlos

Fala muito! O cantor Ed Motta atacou recentemente o público brasileiro, afirmando que a maioria não tem cultura musical e gosto musical de qualidade duvidosa. Você concorda? Músicos discutem o assunto no Parlatório - Pág. 3 Não li tudo que o Ed Motta escreveu. Não sei, além do que eu li, se ele escreveu algo mais grosseiro ou que eu discordaria... Mas do pouco que li, concordei plenamente com ele. As pessoas se melindram muito por qualquer opinião mais enfática, que não tenha “vaselina”! (Marlos Chambela)

O Ed Motta se desculpou de tudo que escreveu na sua fanpage, mas não deveria ter se desculpado. Deveria ter bancado tudo que escreveu, afinal, é o jeito dele, o pensamento dele. Uma pena. Foi grosseiro. (Edson Souza)

Os guerreiros Douglas e Geovani Krenak, com os pequenos guerreiros Krenak. São guerreiros porque não fogem à luta e estão sempre dispostos a defender o seu povo, reivindicando o reconhecimento e o respeito que todos merecem LEIA MAIS

F

FIM DE SEMANA

Saiba o que funciona no feriadão O Sindicato do Comércio de Governador Valadares (Sindicomércio) informa que em função do Feriado de Tiradentes, haverá alteração no horário de funcionamento no comércio, conforme Convenção Coletiva de Trabalho em vigor firmada entre o Sindicomércio e o Sindicado dos Empregados no Comércio de Governador Valadares (Secom). Na terça-feira (21), quando se comemora o Dia de Tiradentes, os únicos estabelecimentos autorizados a funcionar são: Supermercados, Hipermercados, Mercearias, Armazéns, Açougues e Hortifrutigranjeiros, sendo permitido o horário de 8h às 14h. Vale lembrar que as alterações citadas não se aplicam aos estabelecimentos de Farmácias e Drogarias, que funcionam em regime de plantão e obedecem a lei Federal nº 5.991/73, artigo 56, sendo autorizado a funcionar em domingos e feriados de 8h às 22h.O Sindicomércio lembra ainda que na segunda-feira (20), que antecede o feriado, os comerciantes abrirão as portas normalmente.

Fique ligado na programação cultural do fim de semana em Valadares lendo a coluna Fim de Semana, que nesta edição traz boas dicas para você se divertir. Página 7

Divulgação

Zona Azul e outras zonas Enquanto na área central ganha força um movimento para acabar com o estacionamento Zona Azul, com direito a abaixo-assinado e tudo mais, não muito longe dali, nas imediações do GV Shopping, motoristas estacionam seus carros no passeio público, sem serem importunados pelas autoridades.

Página 3

Conheça o combatente Zé Reis, no Brava Gente Página 5

Cia Katarriso leva Camelot ao Teatro Atiaia Camelot, uma Viagem à Era Medieval, é mais um espetáculo da Cia de Teatro Katarriso neste fim de semana em Valadares. A história se passa num momento em que Camelot estava no auge da sua prosperidade. Enquanto isso, a rainha Gwenevere (Ana Clara) aproveita a paz para visitar seus pais na floresta de Tablewood. Merlin (Marcelo Dominguito), o milenar mago, pressentindo que a paz do reino será ameaçada, acorda de madrugada para purificar o castelo para que o rei Arthur (Álisson Gonçalves) possa governar longe das forças do mal. Página 7

Lucimar Lizandro lança o Obituário 2015 Página 5

O artilheiro Ziquita é o destaque na coluna “Histórias que a bola não conta” Página 8


OPINIÃO 2

Opinião

FIGUEIRA - Fim de semana de 17 a 19 de abril de 2015

Charge

Feriadão de Tiradentes

Querem a reforma política? Flávio Fróes

Em dias de fogo intenso na Baixada Santista e de crise política interminável no Planalto Central costuma ser proveitoso repensar alguns conceitos. Quem viveu/sofreu a efervescência do período da Constituinte (1987-1988) acreditava que, uma vez reformada a estrutura da nau, os nautas que a viessem tripular levariam a travessia a bom termo. Foi esse um “ledo e cego engano” na expressão do épico português que celebrou as navegações dos lusitanos nos séculos XV e XVI. Aprestar a embarcação sem aferir as qualidades e intenções do comandante e da tripulação demonstrou ser uma decisão simplista e perigosa para a história da Nação recém-organizada. Facilitou a eleição de um presidente que renunciou antes de ter seu mandato impugnado e a ocorrência de inúmeros episódios de má administração dos recursos do erário com concomitante enriquecimento de políticos. Não foi para isso que lutaram tantos(as) brasileiros(as) daquela época. Lutaram por garantias dos direitos individuais, sociais e coletivos. Dessa luta resultaram os capítulos 5º, 6º e 7º da Constituição Federal, onde se especificam mais de cem direitos. Seguiram-se sensíveis mudanças em alguns conceitos políticos como, por exemplo, nas relações entre o Estado e o cidadão. Saiu-se de uma prática continuada de autoritarismo imune a qualquer crítica para o reconhecimento de que direito do cidadão era dever do Estado. Era algo inédito na relação do indivíduo com a União, entes federados e municípios. Decorrido um quarto de século, percebe-se no tecido da sociedade brasileira algo como a fadiga do material que ocorre na Física, com resultados danosos para o comportamento esperado. Ou, numa tradução livre, certos indivíduos e grupos organizam-se com vistas a auferir ganhos indevidos. A partir, pois, da ideia de que o coletivo está a serviço do indivíduo, pode-se despedir da ética. Vão-se embora a verdade, o respeito, a autolimitação e entram em ação o ganho indevido, a falcatrua, o conchavo com outros igualmente desonestos e o conluio com outros igualmente desrespeitosos da Lei e dos bons princípios. Com os sucessivos rompimentos de vínculos de lealdade dos servidores em relação ao Estado, suprime-se a ação da polícia e disso resultam garantias, não de direitos dos cidadãos mas de impunidade aos infratores. Quando, enfim, elevados agentes do Estado se acreditam senhores, não servos, da Lei Maior demonstra-se a supressão do Estado de Direito e a vigência da Anarquia. Acreditam algumas cabeças pensantes do País que para evitar provável ameaça de ruptura institucional torna-se urgente, como programa básico, a sempre lembrada Reforma Política. Seria esta, para muitos interessados no tema, a solução para se desfazer dos equívocos trazidos ao contexto político pela deseducação de uns e pelo oportunismo de outros. Os estudiosos mais rigorosos sugerem algo parecido com o moto de uma Igreja Reformada da Holanda, no século XVI: “Ecclesia Reformata semper reformanda.” (“A Igreja reformada deve estar sempre em processo de reforma”). A grande dúvida é saber se os políticos brasileiros suportariam a ideia de participarem de tal processo de restauração dos bons costumes.

Flávio Fróes Oliveira é teólogo, estudioso dos assuntos relacionados à crianças e adolescentes

Expediente Jornal Figueira, editado por Editora Figueira. CNPJ 20.228.693/0001-81 Av. Minas Gerais, 700/601 Centro - CEP 35.010-151 Governador Valadares MG - Telefone (33) 3022.1813 E-mail redacao.figueira@gmail.com São nossos compromissos: - a relação honesta com o leitor, oferecendo a notícia que lhe permita posicionar-se por si mesmo, sem tutela; - o entendimento da democracia como um valor em si, a ser cultivado e aperfeiçoado; - a consciência de que a liberdade de imprensa se perde quando não se usa; - a compreensão de que instituições funcionais e sólidas são o registro de confiança de um povo para a sua estabilidade e progresso assim como para a sua imagem externa; - a convicção de que a garantia dos direitos humanos, a pluralidade de ideias e comportamentos, são premissas para a atratividade econômica. Conselho Editorial Aroldo de Paula Andrade - Enio Paulo Silva - Moisés Alves de Oliveira - João Bosco Pereira Alves Lúcia Alves Fraga - Regina Cele Castro Alves - Sander Justino Neves - Sueli Siqueira Artigos assinados não refletem a opinião do jornal

Parlatório O cantor Ed Motta atacou recentemente o público brasileiro, afirmando que a maioria não tem cultura musical e gosto musical de qualidade duvidosa. Você concorda?

SIM

Quem impõe o estilo musical é o público Marlos Chambela

Não li tudo que o Ed Motta escreveu. Não sei, além do que eu li, se ele escreveu algo mais grosseiro ou que eu discordaria... Mas do pouco que li, concordei plenamente com ele. As pessoas se melindram muito por qualquer opinião mais enfática, que não tenha “vaselina”! Quanto à “ditadura dos meios de comunicação”, ao “Jabá”, ainda não formulei uma opinião muito certa, mas hoje em dia estou mais propenso a concordar com o ponto de vista do Guilherme Arantes, que afirmou que anos atrás, a “cultura” era imposta por uma certa elite. Daí o fato de que antigamente, numa favela, se ouvia Chico Buarque e Cia. Não que não houvessem pessoas com tal gosto musical, mas a maioria, era levada a consumir aquele estilo porque era o que estava em voga, nas rádios e na TV. Mas hoje, de certa forma, acontece o contrário. O público não é mais tão “receptor”, mas acaba sendo mais “emissor” de sua própria “cultura”, de suas próprias preferências. Por isso, vemos nas rádios o funk (que é emitido das favelas para a mídia), o pagode (que também é emi-

NÃO

tido do subúrbio para a mídia), o sertanejo (que é emitido do interior para a mídia) e até mesmo o sertanejo universitário (que é emitido de um público que tem tal comportamento, que sai pra beber e pegar geral). Tá certo que, em cima disso, as gravadoras investem pesado em dar uma “roupa” visual e de marketing em cima. Mas, de certa forma, realmente deve ter razão. O público (pro meu gosto musical, digo “infelizmente” pra isso) é que está impondo o seu (mal? depende de cada um) gosto musical.

O público não é mais tão “receptor”, mas acaba sendo mais “emissor” de sua própria “cultura”, de suas próprias preferências. Por isso, vemos nas rádios o funk, o pagode e o sertanejo.

Marlos Chambela é músico valadarense. Depoimento postado na rede social Facebook.

Ed Motta errou ao ser grosseiro Edson Souza

O Ed Motta se desculpou de tudo que escreveu na sua fanpage, mas não deveria ter se desculpado. Deveria ter bancado tudo que escreveu, afinal, é o jeito dele, o pensamento dele. Uma pena. Foi grosseiro. Um cara com o talento dele não deveria ter se nivelado às pessoas que “atrapalham” os seus shows. O Ed só toca com músico fera, só com a nata da música instrumental brasileira, músicos virtuosos, que conhecem música, estudam música, respiram música. Ele também conhece e entende, certo? Mas deveria cantar em português. É bacana. Deixa em paz o Cole Porter, o George Gershwin, o Stevie Wonder...rs Canta Manoel, Colombina, Fora da Lei... O público vai gostar do mesmo jeito. Bota a translation num telão...rs Voltando à raiva, em meio ao tanto de coisa raivosa que ele escreveu, li algumas coisas que rende um belo debate. Ed respondeu a um rapaz que comentou a sua postagem: “...no Brasil quem gosta de música é uma minoria e o resto sai pulando feito bicho atrás de um trio elétrico, micaretas, essas maravilhas...” Depois disse a outro internauta: “vai ver Egberto Gismonti, vai ver gente que realmente pensa em música”. Neste caso, o Ed tem razão, disse a verdade, mas de um jeito torto. A indústria cultural de massa (o rádio e TV fazem parte desta indústria) marginaliza grande parte da produção musical de qualidade e divulga majoritariamente aquilo que se convencionou a ser denominado como “axé-music” e “sertanejo universitário”. Quem vai para as micaretas e pula atrás do trio elétrico vai para se divertir, ficar, pegar... Nada contra, cada um se diverte como acha melhor, ficando, pegando... em um comportamento diferen-

te de quem vai a um teatro ver e ouvir o Egberto Gismonti. A propósito, grande parte dos brasileiros não conhece o Egberto, nem a sua obra. O Ed só foi infeliz ao ser grosseiro com as pessoas, mas levantou uma lebre, essa da indústria cultural de massa, da “ditadura dos meios de comunicação”, do “jabá”... Tenho muitos amigos e amigas que amam ir pular atrás do trio elétrico, mas isso não os faz menores ou menos qualificados que os outros amigos e amigas que vão em eventos de música, fechados, e também não são superiores a ninguém. O Ed errou ao generalizar e ser grosseiro.

O Ed só foi infeliz ao ser grosseiro com as pessoas, mas levantou uma lebre, essa da indústria cultural de massa, da “ditadura dos meios de comunicação”, do “jabá”... Tenho muitos amigos e amigas que amam ir pular atrás do trio elétrico, mas isso não os faz menores ou menos qualificados que os outros amigos e amigas que vão em eventos de música, fechados, e também não são superiores a ninguém.

Edson Souza Filho é músico e toca em bares de GV


POLÍTICA

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FIGUEIRA - Fim de semana de 17 a 19 de abril de 2015

Sacudindo a Figueira A figueira precipita na flor o próprio fruto Rainer Maria Rilke / Elegias de Duino

Fim do Zona Azul

BLOCO DE NOTAS

O incansável manifestante popular Ricardo Pedrosa está em campanha pelo fim do estacionamento Zona Azul. Colocou faixas na esquina da Rua Afonso Pena com Peçanha, a “esquina dos aflitos”, instalou uma mesa e, sobre ela, um catatau de folhas para coletar assinaturas das pessoas, pedindo o fim do Estacionamento Zona Azul. Muitos param e assinam o “abaixo-assinado”, afinal, poucos gostam ou aprovam o famigerado Zona Azul.

Que zona é essa?

Montanhas de terra

Elisa na FNP

Debaixo da ponte de São Raimundo, as montanhas de lixo e entulho foram removidas pela Prefeitura, e uma barreira de terra molhada foi colocada cercando toda a área que recebe os resíduos. Seria uma forma de intimidar o bota-fora?

A prefeita municipal de Governador Valadares, Elisa Costa, tomou posse na nova direção da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP). Na quarta-feira (8), Elisa foi eleita vice-presidente temática de resíduos sólidos da FNP. A votação aconteceu durante a 67ª reunião geral da entidade, durante o III Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável (III EMDS). A posse foi na quinta-feira (9), em Brasília (DF), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Marcio Lacerda, prefeito de Belo Horizonte (MG), foi eleito o novo presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP). A prefeita de Valadares ocupará o cargo de vice-presidente de Resíduos Sólidos da FNP para o biênio 2015/2016.

Mais rico, mais branco

Enquanto os guardas municipais multam durante o dia todos aqueles e aquelas que não estão com o talão do Zona Azul nas vagas destes estacionamentos, à noite, quando todos os gatos são pardos, tudo é permitido, especialmente neste trecho da Rua Sete de Setembro, próximo ao GV Shopping. Que zona é essa?

FRASE

É só fazer um raciocínio: Temos eleições a cada dois anos no Brasil. Tudo o que o governo fizer é campanha eleitoral.

A Revista Época revelou que quase metade dos manifestantes que foram às ruas no último domingo (12/04), pertenciam a classes de maior renda. Uma pesquisa conduzida por toda a extensão da Avenida Paulista durante o protesto mostrou que 48% das pessoas tinham renda superior a R$ 7.880. O levantamento, coordenado pela socióloga Esther Solano, da Unifesp, e pelo filósofo Pablo Ortellado, da USP, traçou o perfil dos brasileiros que se manifestavam contra o governo e a corrupção. A maioria era branca (77,4%) — 13,3% eram pardos e 4,9% negros. - O levantamento ouviu 571 entrevistados com mais de 16 anos. As entrevistas foram conduzidas entre 13h30 e 17h30 no domingo, dia 12 abril. A margem de erro é de até 2,1 %.

Feliciano em GV O pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) estará em Valadares no dia 20, segunda-feira, na Igreja Casa de Davi, que fica na Lagoa Santa, bairro vizinho ao Grã-Duquesa. O pastor tem muitos desafetos, principalmente nos grupos LGBT. Mas é muito amado também. Vixe!

(Dilma Rousseff - Presidenta do Brasil)

Saúde Derli Batista da Silva

Educação Sanitária: uma via para a promoção da saúde (II) A criatividade, a arte, o conhecimento, a percepção da realidade, as políticas públicas, o comprometimento com a vida, o envolvimento social, a interdisciplinaridade e a participação popular, alentam, nutrem e sustentam uma boa prática educativa em saúde. A educação sanitária compõe a promoção da saúde, sendo um de seus aspectos mais relevantes, porque permeia o desenvolvimento de habilidades pessoais e o reforço à ação comunitária, pois ambos são processos que têm como centro a ampliação do poder do indivíduo. Para que este caminho seja trilhado na transformação das condições de vida para padrões mais saudáveis, cabe atenção a alguns aspectos que, por vezes, são despercebidos na prática educativa em saúde, tais como: emoção, desejos, afetividade, sonhos, respeito e consideração aos saberes adquiridos na vivência das pessoas. Quantas vezes as ações educativas são preparadas sem tempero, sem emoção, sem alegria, sem atenção às necessidades do paciente/educando e até sem considerar o conhecimento popular? Por que há trabalhos educativos que mesmo realizados com equipamentos sofisticados e em locais adequados não obtêm boa participação? É preciso muito mais que habilitação técnica e conhecimento acadêmico para que a educação em saúde seja um objeto capaz de compartilhar o saber visando o bem comum. Há que garantir espaços e temáticas condizentes com os anseios e necessidades das pessoas e cuidar melhor do preparo dos materiais didáticos e do discurso, tornando-os mais atrativos e interessantes. O caminho escolhido para se desenvolver qualquer programa educativo em saúde eficaz precisa envolver clientes/pacientes e familiares de maneira que realizem os seus cuidados com foco na prevenção de agravos e na promoção da saúde, e que esta seja importante para a sua vida. Educar é um processo, não é uma ação estagnante. Ocorre desde o início da vida, passando pelo seio familiar, comunitário, escolar e recebendo as influências culturais; sendo de uma amplitude que permeia toda a existência humana e que pode se especificar em áreas determinadas, como é o caso do processo educativo em saúde. A eficácia da educação sanitária depende, dentre outros fatores, da opção de enfoque, pois necessita de uma abordagem individual e de uma coletiva, incluindo orientação à/ao

cliente e, concomitantemente, mobilização comunitária para questões sociais e políticas que afetam diretamente as suas condições de saúde e de vida. O processo educativo em saúde é assim visto como um instrumento que capacita e estimula as pessoas a buscar e sustentar hábitos e estilos de vida saudáveis e provocar as transformações sociais necessárias à sua saúde, de sua família e de sua comunidade. A educação em saúde é um conjunto de ações que envolve processos didáticos, reflexões e orientações, desenvolvendo com as pessoas ou com a comunidade a consciência crítica das causas de problemas que afetam sua saúde, assim como o reconhecimento de suas necessidades e de seus direitos, visando provocar mudanças em seus sentimentos e comportamentos para alcançar e exigir melhor nível de saúde e qualidade de vida. A educação sanitária, tendo em vista a sua relação direta com a promoção da saúde, merece ser trabalhada num contexto interdisciplinar, acreditando que é possível alcançar condições adequadas de saúde desde que a participação no processo do cuidar conte com o cliente/paciente, a família, a comunidade, os profissionais da saúde, representantes do poder público e de outros segmentos da sociedade. A educação para a saúde pode ser considerada uma das diretrizes para alcançar a saúde coletiva e estimular o comprometimento de pessoas e de profissionais com as questões sociais e culturais que afetam diretamente a saúde, gerando um compartilhar de conhecimentos que construa instrumentos eficientes que possibilitem à população, de forma eficaz, promover as mudanças almejadas e necessárias à qualidade de vida. No momento em que a educação sanitária é vista como um instrumento para a promoção da saúde, o paciente/cliente é percebido numa posição de busca consciente das situações que a geram, tais como a informação sobre a saúde e as condições sociais de um ambiente saudável, que possam lhe proporcionar mais sentido e alegria na vida. Desta maneira, a educação sanitária ecoa no pensamento de Edgar Morin: “A educação pode ajudar a nos tornarmos melhores, senão mais felizes...”.

Derli Batista da Silva é enfermeiro, mestre em Corporeidade e Saúde, especialista em Gestão Pública da Saúde, professor universitário e superintendente Regional de Saúde.

Estudantes do IFMG campus Governador Valadares se destacam na Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas O Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), campus Governador Valadares, a cada ano, tem evoluído sua participação em olimpíadas de conhecimentos no Brasil e seus alunos veem se destacando e conquistando medalhas. Desde 2013, os estudantes participam, com êxito, de competições na área de física como a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), Olimpíada Brasileira de Física (OBF), Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) e Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP). Em todas elas, o campus conquistou premiações. Dessa vez, cinco estudantes tiveram ótimo desempenho na OBFEP 2014, eles conquistaram uma medalha de ouro, uma de prata e três de bronze. Esses estudantes são os únicos de Governador Valadares premiados. Importante destacar que o campus conquistou sua primeira medalha de ouro nesse tipo de olimpíada. O medalhista de ouro foi o estudante do 3º ano do ensino médio integrado, com formação técnica na área de segurança do trabalho, Wagner de Oliveira Filho. Ele considera que a grande conquista deve-se aos esforços e estudos. “Essa medalha é um reflexo de todo desenvolvimento pelo qual passei desde que entrei no IFMG e também, de certa forma, vai ser um incentivo para que eu continue aprimorando meus conhecimentos e participando de outras olimpíadas do conhecimento”, salienta. “O ensino de qualidade que o IFMG oferece, através dos seus professores, foi um grande diferencial. Eu não passei por nenhuma aula especial para a OBFEP, utilizei apenas os conhecimentos de Física obtidos em sala de aula”, completa. A OBFEP é realizada pela Sociedade Brasileira de Física (SBF) e, entre outros, tem os objetivos de contribuir para a melhoria da qualidade do ensino em ciências na educação básica; promover maior inclusão social por meio da difusão da ciência; e ampliar o uso das tecnologias da informação e da comunicação com fins educacionais.


METROPOLITANO 4

FIGUEIRA - Fim de semana de 17 a 19 de abril de 2015

Prefeitura apoia projeto de saúde da UFJF O Projeto Polo Institucional de Fortalecimento da Gestão Participativa do SUS é uma parceria entre o Ministério da Saúde (SGEP-MS) e UFJF Da Redação

Desde o dia 15, estam abertas as inscrições para a primeira etapa do projeto Polo Institucional de Fortalecimento da Gestão Participativa do Sistema Único de Saúde (SUS)”, - uma parceria entre a Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde (SGEP-MS) e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O evento, que conta, ainda, com o apoio da Prefeitura de Valadares, consiste na realização de diagnósticos participativos sobre o acesso e a gestão participativa da saúde em 280 municípios de Minas Gerais, na Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Campo das Vertentes. Além disso, os integrantes que atuam na área da saúde serão capacitados e, haverá, ainda, a criação de uma plataforma virtual do Polo. Neste primeiro momento, os participantes vão se preparar para os quatro módulos seguintes, que serão norteados pela capacitação e mobilização colaborativa, com ênfase nas populações do campo e da floresta, LGBT, cigana, negra e em situação de rua.

Podem participar do evento, que tem por objetivo a promoção da saúde e o fortalecimento da gestão participativa no âmbito do SUS, gestores, lideranças das áreas da saúde, dos direitos humanos e da assistência social, e usuários do SUS dos municípios abrangidos pelas 17 microrregiões (Aimorés, Barbacena, Caratinga, Cataguases, Governador Valadares, Guanhães, Ipatinga, Juiz de Fora, Lavras, Manhuaçu, Mantena, Muriaé, Peçanha, Ponte Nova, São João Del Rei, Ubá e Viçosa). O diagnóstico participativo terá a duração de 8 horas e, deve ser realizado em um único dia sendo mediado por um facilitador, que vai debater os problemas e dificuldades no acesso à saúde em seus municípios e discutir os pontos positivos e negativos relacionados ao controle social e à gestão democrático-participativa das políticas do SUS juntamente com os usuários e demais participantes. Já a capacitação, será composta por quatro módulos de 8 horas cada e terá como objetivo produzir e disseminar conhecimentos e informações fundamentais para a promoção da saúde e da equidade em saúde e para o fortaleci-

mento da gestão participativa no contexto do SUS. Antes do início de cada módulo será realizada uma nova inscrição, na qual serão priorizadas as pessoas que já tenham participado do Diagnóstico e dos módulos anteriores da Capacitação. Serão emitidos certificados validados pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) aos participantes que cumprirem, no mínimo, 75% da carga-horária de atividades. As inscrições podem ser feitas através do site www.ufjf.br/polosus. Projeto O projeto Polo Institucional de Fortalecimento da Gestão Participativa do Sistema Único de Saúde (SUS) se baseia na Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa no SUS (ParticipaSUS), que orienta as ações do governo na promoção, qualificação e aperfeiçoamento da gestão estratégica e democrática das políticas públicas, no âmbito do SUS, nas respectivas esferas de gestão. Fanpage PMGV

As atividades do Nasf aconteceram na piscina do SESC, no bairro Grã-Duquesa e foram marcadas por um clima de alegria e descontração

Idosos do Nasf se divertem em atividades no SESC Da Redação Antigamente as mulheres envelheciam e ficavam em casa cuidando dos netos, do marido, fazendo crochê, tricot ou realizando afazeres domésticos. Os homens, por sua vez, aposentavam e ficavam sem ter muito o que fazer. Dessa forma, corpo e mente seguiam o mesmo caminho rumo à inoperância. Com o passar dos anos, os tempos mudaram e, hoje tanto homens quanto mulheres da melhor idade param de trabalhar fora; no entanto, não paralisam totalmente suas atividades. Eles buscam formas de ocupar o tempo, arejando a cabeça e exercitando o corpo, por meio da prática de ações prazeirosas e, gratuitas, em sua maioria oferecidas pelo Município, como as que aconteceram no dia 13, no Sesc. Durante a manhã, dezenas de idosos que participam dos grupos do Núcleo de Apoio à Saúde da Família V (Nasf) e também do Sesc deixaram o sedentarismo de lado e se divertiram muito com atividades em comemoração pelos dias mundiais da atividade física (6/4) e da saúde (7/4). Além de jogar boliche e lancebol, os idosos brincaram na piscina e se deliciaram com um farto lanche. No final, todas as pessoas receberam das mãos dos idosos do Sesc medalhas de participação, como forma de incentivar a prática de atividades físicas e, mostrar que cada um deles é vitorioso por está ali, mesmo com suas limitações. Maria das Graças dos Anjos Costa luta contra o câncer de mama há 15 anos e, nem mesmo a doença foi capaz de fazê-la desistir de viver. “Já retirei nódulos debaixo do braço, da mama e, ainda tive que tirar todo um seio; não foi fácil para mim passar por tantas cirurgias, mas recuperei minha saúde e, hoje tenho qualidade vida. Eu brinco, danço e me divirto. Atividades como essas são tudo para mim, graças a essas ações, a minha autoestima, que estava lá embaixo, agora está em cima. Acho essas brincadeiras Mara...”, falou com muito bom humor.

Maria do Rosário frequenta o grupo há apenas dois meses, mas já sente as mudanças. “Antes não tinha como participar, porque eu trabalhava. Agora encontrei esse grupo na unidade de saúde perto da minha casa e, resolvi participar. Estou amando”, contou. A educadora física do Nasf V, Nayara Ramos de Almeida, definiu o que sentem os profissionais ao verem os participantes realizando atividades como as de hoje. “A maioria deles fica muito tempo sentados, sozinhos e, esses exercícios trazem inúmeros benefícios, como a melhora da mobilidade, agilidade, força física, estrutura óssea e, ainda a questão da interação social. É gratificante ver nosso trabalho reconhecido na alegria deles”, declarou. Grupo Emagrecer e reeducação alimentar A tarde dia 13, foi de orientações para os participantes do Grupo Emagrecer e Reeducação Alimentar, que se reuniram na sala da unidade de saúde São Pedro I e II para aprenderem a se alimentarem corretamente e, de maneira saudável, perdendo ou ganhando peso e, principalmente, ganhando qualidade de vida. No decorrer do encontro são dadas dicas sobre higienização dos alimentos, ambiente e utensílios, tipos de cozimentos, hidratação, aliados e inimigos da dieta, desintoxicantes; alimentos específicos para portadores de algumas doenças e a importância da prática de atividades físicas, dentre outros temas. Assim que chegam, os integrantes passam pela avaliação antropométrica, na qual são verificados o peso, a altura, circunferência da cintura e o Índice de Massa Corporal (IMC). Estes dados são registrados na ficha de grupo para acompanhamento de possíveis oscilações de peso. Todo este trabalho é realizado uma vez por mês pela equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família VII (Nasf). Todas as Estratégias Saúde da Família (ESF) de Valadares contam com o Grupo Emagrecer. Quem quiser participar, basta comparecer ao local onde são realizados os encontros no dia e hora determinados.

SAÚDE

Bolsa Família beneficia também a saúde Muitas pessoas não sabem, mas o Programa Bolsa Família, do governo Federal, não tem por objetivo apenas oferecer às famílias de baixa renda, uma ajuda social por mês para que elas tenham melhores condições de vida e acesso à alimentação, saúde e educação. Ele também é responsável por assegurar que crianças e jovens sejam incluídos nas políticas de educação e saúde, evitando, assim, a evasão escolar. Mas, para receber o benefício, que varia de R$ 77 a R$ 336, é preciso que os pais ou responsáveis beneficiários do programa cumpram com suas obrigações de manter atualizados o calendário de vacinação das crianças menores de 7 anos e, ainda, levá-las para pesar e medir. Além disso, os pequenos precisam estar frequentes na escola. Gestantes também devem ser acompanhadas, apresentando vacinas e pré-natal em dia. A cada seis meses é necessário que os beneficiários compareçam à unidade de saúde mais perto de casa para acompanhamento da saúde de meninos, meninas e futuras mamães para que essas informações sejam lançadas no sistema do Ministério da Saúde. Para medir e pesar, é necessário apresentar a carteira de vacinação das crianças. Já para as mulheres, os documentos exigidos são o cartão magnético do Bolsa Família e o documento de identidade. É importante lembrar que .a pesagem deve ser feita duas vezes por ano, uma no 1º Semestre e outra no 2º. Portanto, quem ainda não realizou o procedimento, deve procurar a unidade de saúde mais próxima de casa de segunda à sexta-feira, das 7 às 17 horas. Lembrando que cada unidade seguirá seu próprio cronograma de pesagem. A família que não comparecer à pesagem, terá seu benefício bloqueado. “Precisamos fazer com que o benefício chegue realmente a quem necessita e para isso, precisamos da colaboração de todos os beneficiários. Para garantir a continuidade do benefício, é fundamental que os pais levem as crianças para a pesagem e medição nas unidades de saúde, e, que as gestantes também façam o acompanhamento. Caso contrário, o benefício será mesmo bloqueado”, explicou Larissa Soares da Rocha, assistente técnica do Departamento de Atenção à Saúde (DAS). Das 13.738 famílias inscritas no Programa em Valadares, 7.004 têm o perfil de acompanhamento da condicionalidade de saúde e recebem o benefício. O Programa O Bolsa Família é um programa federal de transferência de renda destinado às famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, com renda per capita inferior a R$ 140 mensais. Através dele, o governo concede mensalmente benefícios em dinheiro para famílias mais necessitadas.

Portaria do Pronto Socorro será reformada no HM Durante cerca de 30 dias, a triagem do Pronto Socorro do Hospital Municipal será feita na portaria de visitas. É que a portaria do Pronto Socorro começa a ser reformada, para proporcionar melhoria no atendimento. A reforma, realizada com recursos do Prohosp, inclui pintura, troca de piso e reestruturação física do atendimento. Segundo a diretora executiva do HM, Marla Souza Guimarães, para não tumultuar a portaria de visitas, a entrada dos visitantes do Hospital será pela portaria dos funcionários e a chegada das ambulâncias com urgência e emergência permanecem no Pronto Socorro. “Esperamos contar com a compreensão dos usuários porque a reforma visa melhorar a recepção e oferecer mais conforto para os pacientes”, informou.


NACIONAL

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FIGUEIRA - Fim de semana de 17 a 19 de abril de 2015

Notícias do Poder

Primeiros efeitos

José Marcelo / De Brasília

Principal crime

Dilma acuada

Durante a operação Choque, em parceria com a Polícia Federal, para apurar a existência de uma organização criminosa na Eletronorte, um membro do Ministério Público Federal confidenciou que a instituição está cada dia mais convencida de que o crime mais comum cometido em Brasília é o tráfico de influência. É por meio desse procedimento que contratos superfaturados são aprovados e a propina acaba sendo repassada aos que conseguem abrir os caminhos para as empresas junto ao governo por meio de “consultorias”. Muitas sequer chegam a ser simuladas.

Pressionada pelas ruas e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff mais que baixou. Ela está um tanto acuada e se vendo obrigada a fazer concessões. A avaliação é de um parlamentar histórico do PT que esteve em recente reunião no Palácio do Planalto e revelou que a presidente sentiu o golpe da rejeição e do isolamento que vem sendo imposto pelo PT, mas sabe que a única saída é passar a negociar mais, em busca de apoio.

Para entender A Operação Choque é apenas a mais recente. Outras estão por vir. Mas uma coisa precisa ficar clara, em toda essa onda de escândalos: o trabalho de investigação está trazendo tudo à tona. É o preço a pagar pelo fim da inocência, pelo fim da sensação de que “estava tudo bem”. Opinião exclusivamente deste colunista e não necessariamente do veículo que publica a coluna.

Pânico

Não deram a real Apesar da pressão, um dos motivos que mais contribuíram para a retração da presidente Dilma Rousseff foi a constatação de uma situação quer havia sido tratada aqui nesta coluna há cerca de um ano: no ápice do primeiro mandato, ministros e assessores mais diretos da presidente se sentiam acuados e evitavam tratar de assuntos negativos com Dilma. Ao passar dados de projetos e de ministérios, muitos enfocavam apenas o lado positivo, temendo uma reação muito enérgica da chefe do Executivo federal. Os primeiros números mais reais teriam sido passados ainda durante a campanha, mas a presidente não imaginava aonde a coisa poderia chegar, segundo um assessor do Palácio.

Um dos primeiros efeitos da entrada de Michel Temer para cuidar das relações internacionais foi o anúncio extraoficial de uma recuada do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Também pressionado pela repercussão negativa do projeto da terceirização, Cunha sentiu o peso do desgaste. Com aguçado instinto de sobrevivência, vai aproveitar o momento para se mostrar um aliado do Palácio e um apoio importante para Temer. Mas o vice-presidente sabe que Cunha é fogo amigo.

Lula descontente O senador (ainda) petista Paulo Paim (RS) disse ter recebido o apoio do ex-presidente Lula, diante das reclamações de que não consegue ser recebido no Palácio do Planalto, que vem perdendo espaço no PT e que sente que o atual governo enganou os eleitores ao adotar as medidas de ajuste fiscal que ferem conquistas trabalhistas. Paim disse que o ex-presidente compartilha do mesmo sentimento e vem fazendo pressão para que o governo desista da ideia.

Fale com José Marcelo: noticiasdopoder@uol.com.br

Por isso o Temer

Causou pânico no PT e no governo a prisão do tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, na manhã da quarta-feira. Líderes do partido acreditavam que Vaccari sangraria até ser desligado das funções e da legenda. A avaliação é que o acontecimento leva ainda mais a crise para a rampa do Palácio.

Chamar o presidente Michel Temer para cuidar das relações institucionais, mais do que um pedido de socorro, foi uma forma de dar o braço a torcer, segundo o assessor, que pediu para ter a identidade preservada.

José Marcelo dos Santos é comentarista de política e economia e apresentador da edição nacional do Jogo do Poder, pela Rede CNT. É professor universitário de Jornalismo, em Brasília.

BRAVA GENTE

Política

Zé Reis, um combatente Rosi Santiago - Especial José Gonçalves dos Reis, o Zé Reis, é um dos personagens marcantes da história de Governador Valadares. Foi o primeiro candidato à prefeito, em Valadares, pelo PT (Partido dos Trabalhadores), em 1982. Seu vice era Leôncio dos Santos, um carpinteiro morador do bairro São Raimundo. Sua candidatura teve o apoio do ex-presidente Lula, que ainda não era candidato. Zé Reis também foi assessor político do deputado federal João Domingos Fassarella (PT) (já falecido) e participou de importantes transformações da cidade. Batalhou para que Valadares tivesse uma universidade estadual, nos primórdios da Univale, e hoje se sente feliz pela cidade ter uma universidade federal. Com os cabelos brancos sob um chapéu panamá da mesma cor, exibe um sorriso travesso e destila suas críticas à política brasileira, ao agronegócio, ao Movimento Sem-Terra, e ao próprio partido, o PT. Cita nomes e momentos importantes em nossa história. É um conhecedor da política e economia brasileira. Tem uma análise controversa sobre sua relação com o PT. Não poupa críticas, embora acredite que esta relação está melhor que antes. Segundo ele, agora ambos têm a mesma ideologia, que deixaram a esquerda e que são capitalistas. Mas ainda assim, há descontentamento por parte de Zé Reis. “O PT hoje é capitalista e está exercendo esse capitalismo muito bem, com rigor, até nos defeitos, como a corrupção”. Acredita que a vitória para o partido veio na hora certa, depois de um amadurecimento e posicionamento político. Crê que se Lula tivesse ganhado nos anos anteriores, hoje estaríamos vivendo uma ditadura socialista com uma concentração de renda, o que o colocaria contra o governo. “Toda revolução traz em seu bojo uma contra-revolução”. O que espera hoje é que o PT supere esse momento em que está vivendo e que a presidenta Dilma assine a lei anticorrupção, afim de que haja uma proteção do dinheiro público e que a punição seja para os corruptos, independente de partido. Com um livro publicado, se dedica a escrever outro. O primeiro, “Assembleia dos Santos” é uma ficção

Lucimar Lizandro

que conta uma assembleia realizada pelos santos para receber o primeiro padre brasileiro santificado pelo Papa. A reunião é marcada por discussões entre os santos sobre o agronegócio, a exploração dos países desenvolvidos sobre o Brasil e o governo brasileiro. “Se você ler este livro três vezes e não rir, pode procurar seu analista. O livro é ironia do princípio ao fim”. O segundo é uma obra sobre Valadares que conta a história dos prefeitos da cidade, dos crimes políticos que aconteceram na região e do rio Doce, e já tem nome “O Sal Amargo e o Rio Doce”. Zé Reis é um homem simpático, utópico e muito polêmico. Faz parte da história de GV, travou lutas para seu desenvolvimento e cultiva a utopia de vê-la em pleno crescimento econômico. Um crescimento sustentável e focado na educação. Arquivo Pessoal

Obituário Morreu neste domingo, 12 de abril, em decorrência de falência múltipla de órgãos o movimento anti democrático que até hoje não aceitou a derrota eleitoral para a presidenta Dilma Rousseff. O movimento ainda respirava por aparelhos, diga-se órgãos da grande mídia que fizeram todo o esforço a fim de vitaminar um movimento moribundo, postergando o seu inevitável desenlace. Um verdadeira multinha ocupou as ruas e avenidas do país levando a sua mensagem de indignação seletiva e farisaísmo. Fingindo não conhecer figuras carimbadas da política brasileira apanhadas em situação inexplicável. Inexplicável porque se portavam como paladinos da ética e da moralidade ( já não se fazem mais heróis como antigamente , que pena ). A gritaria contra a corrupção era o pretexto dos maus perdedores, que à falta de melhor pretexto, ergueram bandeira contra o mar de lama que varre o país. Ou melhor, varre Brasília, pois não se tem notícias de malfeitorias no restante do país, especialmente em São Paulo, Paraná e na gestão tucana passada em Minas Gerais. Como último recurso a um paciente terminal, um instituto de pesquisas divulgou dados ( científicos ) na véspera das manifestações. Em vão, o paciente já não mais pertencia a esse mundo. Portanto, descanse em paz, que fique bem longe da nação brasileira. Que seja enterrado todo farisaísmo, cinismo e falta de espírito democrático. A nação brasileira respira aliviada e deseja o sono eterno para esse amalucado movimento que pede a deposição da presidente democraticamente eleita e ainda implora pelo retorno da ditadura ( caso único na história recente da humanidade ).

Zé Reis com nariz de palhaço, protestando contra os maus políticos, que fazem o povo de palhaço e a transformam a política em um grande circo Lucimar Lizandro é formado em Administração e pós-graduado em Administração Pública pela UFOP.


CORRESPONDENTES 6

FIGUEIRA - Fim de semana de 17 a 19 de abril de 2015

Café com Leite

Padre Paulo de Almeida Cidadania Cristã

Marcos Imbrizi / De São Paulo

Divulgação

O campo de futebol na Vila de Paranapiacaba seria o primeiro com as medidas oficiais em todo o Brasil

120 anos da paixão nacional Na última terça-feira celebrou-se os 120 anos da primeira partida do esporte que se tornaria a paixão nacional: o futebol. Foi num domingo, dia 14 de abril de 1895, que os times, formados por funcionários de duas empresas inglesas, a São Paulo Railway (a SPR, companhia ferroviária), e a The Gas Company, se enfrentaram num campo improvisado ao longo da Várzea Carmo, às margens do Rio Tamanduateí, na capital paulista. O resultado final: 4 a 2 para o time da SPR. Um dos jogadores do time vencedor era Charles Miller, conhecido como o pai do futebol nacional. Filho de pai escocês, quando jovem, passou uma temporada de estudos na Inglaterra, onde aprendeu as artes do esporte. De volta ao Brasil, trouxe na bagagem a bola, o apito, as chuteiras e o livro com as regras do jogo. Funcionário da SPR, ele trabalhava próximo ao local onde foi disputada a primeira partida em 1895. Essa é a versão oficial da história do futebol no Brasil, de acordo com o livro “Do fundo do baú”, de Laércio Becker (Curitiba, 2012). No entanto a mesma publicação afirma que a bola já rolava em terras brasileiras antes disso. O naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire relatou, em 1816, ter visto brasileiros “brincando com bola” na cidade de Sorocaba, no interior paulista. E os jesuítas

Incentivo à dança Artistas, bailarinas, produtoras culturais e professoras estiveram nesta terça-feira (14) na Assembleia de Minas para pedir o apoio do deputado estadual Roberto Andrade na aprovação de um Projeto de Lei que pretende instituir o Programa Estadual de Fomento à Dança para o Estado de Minas Gerais. A iniciativa é inspirada em um projeto similar, realizado em São Paulo, onde uma lei de fomento foi aprovada pela Câmara Municipal e impulsionou as produções artísticas e

teriam introduzido a prática esportiva no Colégio São Luís, em Itu (SP), e no Ginásio Nacional (o atual Colégio Dom Pedro II) por volta de 1872. Ainda de acordo com Becker, o “Atlas do esporte no Brasil”, afirma que os primeiros jogos de futebol no Brasil teriam sido disputados em 1892 no Colégio Granbery, da Igreja Metodista, em Juiz de Fora (MG). Há relatos ainda de disputas futebolísticas em território nacional nas cidades de Santana do Livramento (RS), em 1889, Belém (PA), em 1892, e Bangu (RJ), 1894. “Foot ball ground” – O livro “Do fundo do baú” cita ainda a Vila de Paranapiacaba, em Santo André, como um dos locais onde se praticaria o futebol antes da partida disputada na Várzea do Carmo. Como prova, cita o projeto de ampliação da Vila ferroviária inglesa, que era de propriedade da SPR Co., da década de 1890, no qual já constava uma área destinada ao “foot ball ground”. Verdade ou não, Paranapiacaba mantém até hoje com o Serrano Athletic Club, time de futebol fundado em 1903 por ferroviários que trabalhavam na Vila. Seu campo seria o primeiro do Brasil com as medidas oficiais. Marcos Luiz Imbrizi é jornalista e historiador, mestre em Comunicação Social, ativista em favor de rádios livres.

culturais voltadas para a área na capital paulista. Para as representantes do setor, Minas Gerais não dá o suporte necessário para que os artistas realizem os espetáculos de dança por todo o estado da maneira devida, ficando restritos a Belo Horizonte. Segundo o grupo, as leis de incentivo à cultura não são suficientes. É preciso que o governo reserve, no orçamento anual, uma verba para fomentar as atividades culturais. No encontro, ficou decidido que o deputado vai pedir à Comissão de Cultura da ALMG a realização de uma audiência para debater o tema.

Não podemos terceirizar os direitos dos trabalhadores A quem interessa a terceirização? Quais forças no Congresso à defendem? Responder a estas perguntas é fundamental para entender quais os impactos sociais e financeiros que a mudança na legislação irá provocar. Atualmente, somente atividades meio (aquelas que não constituem a atividade principal da empresa) podem ser terceirizadas. As atividades principais devem ser executadas pela própria empresa, por meio de empregados contratados e mantidos por ela, justificando a sua razão de existir, afinal, não faz sentido que uma Universidade terceirize, por exemplo, os professores, e a indústria terceirizar a linha de produção. Isto significa achatamento de direitos trabalhistas, além de distanciamento entre empresas e colaboradores e enfraquecimento dos sindicatos, vez que a empresa onde o empregado de fato trabalha não é responsável diretamente pelo cumprimento, valorização e motivação dos trabalhadores, apesar de responder solidariamente, em caso de ação judicial, em questões trabalhistas onde a terceirizada se omitir. Desta forma, o trabalhador passa do estado de ‘pessoa’ para o estado de ‘coisa’, que pode ser substituída ou “jogado fora”, afinal, pelos prováveis contratos, a empresa terceirizada deverá colocar outro colaborador no lugar daquele que não está “funcionando direito”, quando o correto seria implantar estratégias de motivação, capacitação e valorização profissional, auxiliando-os no desenvolvimento e crescimento profissional. A terceirização é outra faceta dos processos de alienação dos trabalhadores. Para piorar ainda mais este cenário, a transição enfraqueceria os sindicatos, que lutam e defendem os direitos trabalhistas dentro e fora da empresa. A rotina enfraquece os sindicatos pois o caminho entre quem de fato contrata (e paga) e quem trabalha (e recebe) terá um intermediário, que serve propositalmente para distanciar empresa e empregado, trabalhador e patrão, dificultando negociações e convenções. A propósito, a terceirização interessa aos grandes empresários (que reduzirão o custo de produção achatando direitos trabalhistas) e é defendida por partidos que possuem interesses ou forte representação e financiamento de empresários da linha de produção. Se aprovada, a proposta diminuiria o custo de produção das empresas, mas geraria grandes perdas trabalhistas, o que não podemos aceitar. Aliás, também precisamos colocar o dedo na ferida e admitir que a carga tributária sufoca as empresas, o que deve ser corrigido com medidas fiscais e não com achatamento de direitos sociais duramente conquistados. Toda a bancada do PT é contra o projeto já que nossa‘atividade fim’ é defender os direitos do trabalhador e da população menos favorecida. Padre Paulo Almeida é psicólogo, teólogo e vereador na cidade de Governador Valadares

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CULTURA E LAZER

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FIGUEIRA - Fim de semana de 17 a 19 de abril de 2015

FIM DE SEMANA Divulgue aqui o seu evento, bar ou restaurante. Ligue: 3022.1813

O humorista Saulo Laranjeiras se apresenta no Teatro Atiaia nesta sextafeira, às 20h.

Divulgação

TEATRO Teatro Atiaia

Dia 17, 18, 19 Show com Saulo Laranjeiras (sexta-feira) e o grupo Katarriso (sábado e domingo) são as atrações no Teatro Atiaia neste fim de semana. O Katarriso traz a peça Camelot: Uma Viagem à Era Medieval. A primeira apresentação será no sábado, 18, a outra será no domingo, 19, ambas às 20h. Os ingressos antecipados estão à venda e custam R$ 5. Já na bilheteria no dia do espetáculo o valor será R$ 8.

CINEMA - GV SHOPPING Vingadores: Era de Ultron Pré-estreia 22/04

Bailarinas no palco do Teatro Atiaia durante a Semana da Dança. Evento é feito com rigor estético e eleva o nível da dança em Valadares

Atiaia vai receber Semana da Dança O Teatro Atiaia vai receber entre os dias 25 de abril e 5 de maio, a Semana da Dança, evento que acontece anualmente, desde 2012. Com o objetivo de fomentar a Arte da Dança, o evento oportuniza à bailarinos, professores, coreógrafos e público em geral, momentos de fruição, conhecimento e troca, através de oficinas, debates, palestras e espetáculos de dança. O evento tem ainda o objetivo de promover uma ampla participação cultural e incentivar a prática da dança por todos os corpos, além de valorizar e incentivar a dança da cidade e região. Acreditando no grande potencial da cidade de Governador Valadares/MG e na possibilidade de expansão artística e cultural da Dança, o evento foi idealizado e é dirigido pela bailarina, coreógrafa e produtora cultural Tatiana Tassis, que busca sempre promover, valorizar e difundir a arte da Dança.

Cecília Kerche (Ballet Clássico e Técnica de Pontas) - Embaixatriz da Dança pela UNESCO, por reconhecimento às suas atuações internacionais. Primeira Bailarina do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Referência mundial de excelência, graciosidade e competência.

Letícia Oliveira (Composição Coreográfica e Metodologia Aplicada a Dança) - Letícia Oliveira é Bacharel em Dança pela Universidade Federal de Viçosa e pela Universidade Técnica de Lisboa. Pós-graduada pela Faculdade Angel Vianna, atua como bailarina-intérprete, coreógrafa, pesquisadora e professora de dança. Desenvolve Escola do Teatro Bolshoi (Ballet Clás- atualmente trabalhos na área da Dança e sico e Dança Contemporânea) - A Escola Tecnologia, Performance, Metodologia e do Teatro Bolshoi no Brasil em Joinville/SC Composição Coreográfica. é a única Escola do Bolshoi fora da Rússia. Seu ideal é o mesmo da Escola CoreográfiWesley Negão (Danças Urbanas) - Dica de Moscou, criada em 1773: proporcio- retor do Projeto Anjos d Rua, ministra aunar formação e cultura por meio do ensino las e coordena o setor de Danças Urbanas da dança, para que seus alunos tornem-se do Núcleo (Belo Horizonte/MG). Sempre em protagonistas da sociedade. constante atualização com grandes nomes do nomes do Hip Hop mundial. Recebeu imJhean Allex (Jazz Dance) - Ator, bailari- portantes premiações no Festival de Dança no, professor e coreógrafo, conhecimento e de Joinville, Passo de Arte, Passo de Arte Midomínio das modalidades de Jazz, Contem- nas, Festival Internacional de Cabo Frio enporâneo, Moderno e Ballet Clássico, minis- tre outros, sendo indicado como coreografo trando aulas e participando dos principais revelação. Em 2013, seu grupo foi o único Workshops congressos e festivais de dança do país, Amé- de Minas Gerais a ser selecionado para o Durante a Semana da Dança haverá a rica Latina e Europa, tendo vivência na área a Festival de Dança de Joinville na modalidarealização de workshops com professores mais de 25 anos. Atualmente professor e co- de de Danças Urbanas, recebendo 2 lugar e reógrafo da Raça Cia de Dança de São Paulo. indicação para coreografo revelação. de dança renomados. Confira:

GEVÊ FOLIA 20 ANOS O Gevê Folia completa 20 anos em 2015 e traz em sua história um legado de micareteiros de várias gerações, são duas décadas da “micareta mais tradicional” de Minas Gerais. Todos os anos a folia arrasta milhares de pessoas de todas as idades. Tudo começou em 1993 com uma brincadeira entre amigos. Em 1995 o evento foi abraçado por um grupo de estudantes e recebeu o nome de “Carna GV”. O Bloco É o Bicho surge em 1996 com atrações de nível nacional. Ara Ketu e Zé Paulo comandaram a folia em 1997. O evento passa a se chamar “Gevê Folia” em 1998 e traz atrações como a Banda Ara ketu, Asa de Águia e Zé Paulo. Em 1999 Asa de Águia, Ara ketu e Cheiro de Amor comandam a festa. Com a consagração do Gevê Folia em 2000 dois blocos foram or-

ganizados: “Bloco Azulzinha - É o Bicho” e “Bloco Azulzinha - É o Bicho Doido”. Desde então o Gevê Folia se consagrou ganhando seguidores fiéis, se solidificando como um dos eventos mais respeitados do meio, grandes nomes da música brasileira já passaram por aqui: Cláudia Leitte, Tomate, Ivete Sangalo, Asa de Águia, Banda Eva, Chiclete com Banana, Jorge e Mateus, entre outros. Mary Baggetto, secretária executiva, participa do Gevê Folia desde o primeiro, e tem muita história para contar, sua coleção conta com mais de 20 abadás, inclusive possui o primeiro. Sandra Joyce, secretária, participou de várias edições do Gevê Folia e tem muitas histórias para contar, especialmente as que aconteceram com ela e o seu melhor amigo Gzeter Rezende.

Luiza Almeida, estudante, começou a participar do Gevê Folia quando tinha por volta de seis anos no bloco É o Bichinho! Hoje com dezessete anos, participa do bloco É o Bicho e está super ansiosa para a folia deste ano “O bom é ir atrás do trio, o contato e a interação maior com a banda.”, declara. Gevê Folia 2015 Em 2015, o Gevê Folia acontece nos dias 1 e 2 de maio, no Parque de Exposições José Tavares Pereira, em Governador Valadares. As atrações confirmadas são: Ivete Sangalo, Henrique e Juliano, Psirico, Tuca Fernandes e Durval Lelys. O Circuito da Folia tem na sua estrutura: Bloco é o Bicho, Camarote Empresarial, Camarote 360º e Camarote Real.

Sinopse: Sequência do sucesso “Os Vingadores”, que reúne mais uma vez a equipe de super-heróis formada por Capitão América (Chris Evans), Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Thor (Chris Hemsworth), Hulk (Mark Ruffalo), Viúva Negra (Scarlett Johansson) e Gavião Arqueiro (Jeremy Renner). Elenco: Chris Evans, Robert Downey Jr., Mark Ruffalo Direção: Joss Whedon Duração: 2h30min Gênero: Ação Classificação: 12 anos

GASTRONOMIA Divino Bistrô

Um novo conceito gastronômico em um ambiente climatizado e aconchegante. Almoço executivo e a la cart, crepes e deliciosas sobremesas. Rua Israel Pinheiro, 1910 - Centro Telefone: 3276.6080 Pratos sugeridos: Bacalhau com batatas ao murro e crepe de bacalhau.

Restaurante Concept

Sair para jantar é viver um momento único com pessoas especiais. O Concept é especializado em bons momentos. Drinks, pratos contemporâneos, cervejas gourmet e o charme de um ambiente aconchegante para você viver uma deliciosa experiência gastronômica. Avenida Piracicaba, 257 - Ilha. Reservas: 3021-1667

CURSO Desafios da edição jornalística O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas, em parceria com a Vale, abriu inscrições gratuitas para o curso “Desafios da edição jornalística” que será realizado em Governador Valadares no dia 25 de abril. A atividade ocorrerá de 13h30 as 17h30, no auditório da Estação Ferroviária (Praça João Paulo Pinheiro, s/n – Centro) O curso será ministrado pela jornalista Patrícia Aranha, professora de jornalismo da UFMG e ex-repórter dos principais veículos de comunicação de Belo Horizonte. O evento integra as ações do Qualificar – Programa de Qualificação Profissional do Sindicato dos Jornalistas e objetiva qualificar jornalistas para o exercício da edição, detalhando as principais ferramentas utilizadas desde o planejamento, o acompanhamento da apuração e o fechamento de uma matéria. O conteúdo também inclui a reflexão sobre a prática do jornalismo diante de uma nova realidade hipermidiática. As inscrições, exclusivas para estudantes e jornalistas, são feitas pelo e-mail gerencia@sjpmg.org.br (informações:31- 3224- 5011).

Informações para o público: (33) 2102-9800


FUTEBOL 8

FIGUEIRA - Fim de semana de 17 a 19 de abril de 2015

Histórias que a bola não conta Hadson Santiago

Ziquita, a máquina de fazer gols Gilberto de Souza Costa é mineiro de Caratinga e teve onze irmãos. Oriundo de berço simples, buscou no futebol a oportunidade de dar uma boa condição de vida à família. Alto, forte, trombador, decidiu que queria ficar conhecido fazendo aquilo que o torcedor mais gosta: gols! Virou centroavante e imortalizou-se no planeta bola com o epíteto de Ziquita, a máquina de fazer gols. Ziquita chegou ao Democrata de Governador Valadares em 1975. Após alguns anos disputando apenas competições amadoras, a equipe valadarense reativou seu departamento de futebol profissional e aceitou o convite da Federação Mineira de Futebol (FMF) para disputar a Taça Minas Gerais, torneio criado em 1973. Sem ter sido disputada no ano anterior, a edição de 1975, além do título propriamente dito, daria algumas poucas vagas para se disputar o Campeonato Mineiro da Primeira Divisão. Como o Democrata não tinha lugar assegurado na competição de elite do futebol mineiro, a Taça Minas Gerais surgia como um trampolim de acesso. A Pantera montou uma boa equipe e realizou uma campanha satisfatória, mas problemas extracampo, como a inscrição irregular de jogadores, levaram a equipe a perder muitos pontos no tapetão. Era o amadorismo e a incompetência dos dirigentes democratenses. Entretanto, apesar das trapalhadas dos cartolas, dois jogadores se destacaram muito na competição: o goleiro Juvenal e o artilheiro Ziquita. Toda vez que aquele time é lembrado, os nomes desses dois atletas são citados, além de outros que também compuseram o grande Democrata de 1975. Os gols de Ziquita na Taça Minas Gerais despertaram a cobiça de outros clubes. Ele teve o passe vendido ao Comercial FC de Ribeirão Preto (SP), onde também deixou sua marca de artilheiro e o respeito dos torcedores do Bafo, como a equipe é conhecida em terras paulistas. Foi emprestado ao Atlético Mineiro e por lá teve rápida passagem, sem muito brilho. Sua vida, entretanto, iria mudar para sempre quando chegou ao Atlético-PR, em 1978. Com praticamente um mês morando em Curitiba, Ziquita protagonizou um dos maiores feitos do futebol mundial. Sim senhor, caro leitor, do futebol mundial! Em 05/11/1978, Atlético e Colorado jogavam pelo Campeonato Paranaense no estádio atleticano, a antiga e acanhada Baixada. O Colorado, clube que não existe mais, tinha como um de seus grandes jogadores o zagueiro Levir Culpi, na época conhecido apenas pelo primeiro nome. E o Colorado dominou completamente a partida, chegando a fazer, com tranquilidade, 4x0. Foi a partir daí que Ziquita começou a entrar para a história. Aos 30 minutos do segundo tempo, Ziquita mete a cabeça na bola e diminui o placar. Não festeja. Aos 34, recebe a bola, dribla dois zagueiros e faz o segundo gol atleticano. A torcida começa a acreditar. Dois minutos depois, aos 36, cruzamento na área e

Câmara.gv

O artilheiro Ziquita, herói da torcida democratense e da torcida do Atlético Paranaense, nesta foto com a camisa do Furacão, durante homenagem na Arena da Baixada

Ziquita, como um deus do ébano, sobe imponente e faz o terceiro, de cabeça. Os torcedores vão à loucura. A torcida do Colorado não acredita no que está presenciando. Impossível o empate? Aos 43 minutos, Ziquita dribla Levir e faz, pasmem, o quarto gol do Atlético-PR. Ele ainda teve outra chance, mas aí já é demais, né, Ziquita? Entrou para a história e é reverenciado até hoje no Paraná pelos quatro gols que fez em menos de 15 minutos. Merecido. Depois da façanha, Ziquita rodou por vários clubes. Esteve no Noroeste de Bauru (SP), voltou ao Comercial e esteve até no exterior, atuando pelo Coquimbo, do Chile, dentre outros clubes. Não poderia deixar de voltar onde tudo começou. Em 1981 e 1982, Ziquita atuou novamente pelo Democrata, sagrando-se campeão da Taça Minas Gerais em 1981 e fazendo parte do grande time da Pantera de 1982. É inesquecível esse time de 1982, que teve várias boas formações, dentre elas a seguinte: Zé Maurício, Marreta, Cedenir, Pagani e Carlos Alberto; Naves, Antônio Carlos e Jairo; Edevaldo, Ziquita e Faísca. Ao lado do saudoso e também artilheiro Jairo, fez uma dupla fantástica. Mais habilidoso, o também centroavante Jairo foi recuado para o meio-campo para que Ziquita pudesse atuar. Fizeram muitos gols e distribuíram felicidade ao

Rosalva Luciano

Valeu, Guilherme!

A madrugada desta sexta seria mais romântica e ganharia até alguns apaixonados suspiros de alívio, mas vamos achar a direção certa deste caminho que pelo menos conseguimos chegar. A parte técnica e tática do jogo não foi para a vitrine do encantamento, mesmo porque as oportunidades de gols foram muito poucas para o Atlético fazer e para o Santa Fé muito menos que poucas, duas de perigo em cada tempo mas sem assustar muito. Houve sim uma garra digna de nossas histórias, luta e coração. Jogamos como gente que sabe o que quer e onde quer chegar. Precisamos de gols, a equipe que representa a nossa sombra está levando vantagens em números, marcou mais. O México praticamente define se teremos sucesso pelo caminho. E a emoção rolou pelo Independência, lágrimas foram vistas, sabem porquê? O Guilherme voltou! Voltou em estilo de craque. Voltou com seu estilo de gols mágicos. Ao finalzinho do segundo tempo foi coroado o seu esforço para estar pronto para acrescentar ao time. Parabéns Guilherme, a cada vez que joga, esta camisa preta e branca fica honrada com este número 17.

Hadson Santiago Farias é democratense desde o dia em que nasceu.

Notas esportivas

Canto do Galo

Entramos firmes na busca do caminho para as oitavas de final da Copa ibertadores da América. Uma vitória convincente e para não sair muito fora da regra, tivemos um gol aos 45 minutos do segundo tempo, incrível, mas o passe foi dado por São Victor. Ele estica um lançamento espetacular para Guilherme, que sai na cara de Castellanos. O atacante chuta duas vezes para marcar o segundo do Galo. Mais um golzinho mesmo que pequenininho poderia ter vindo, poderíamos ter o somatório final de três.

torcedor democratense. Ah, bons tempos que não voltam mais... Ziquita encerrou a carreira de jogador, mas nunca deixou de ter contato com o futebol. Morador há anos do Conjunto Sir, em Governador Valadares, Ziquita comanda uma escolinha de futebol no bairro e faz um trabalho voluntário com as crianças digno das mais justas homenagens. Por isso, em agosto de 2014, recebeu da Câmara de Vereadores de Governador Valadares o título de Cidadão Valadarense, numa iniciativa do vereador Leonardo Glória. Ziquita é casado com D. Maria das Graças e é sogro do também ex-atacante Tico Mineiro, que tanto sucesso fez no Democrata e no Botafogo-RJ. Dois irmãos de Ziquita também atuaram pelo Democrata. Um apenas nas categorias de base e o outro, Norberto, foi um grande jogador de meio-campo. Os filhos de Ziquita, Farley e Flay, também demonstraram habilidade com a bola, mas não seguiram a carreira do pai famoso. Parabéns, Ziquita, por tudo o que você fez pelo futebol e, principalmente, pelo Democrata e por Governador Valadares. A cidade tem orgulho de ter você como um morador ilustre. Grande artilheiro!

Fala, Guilherme: “Depois de um período fora é até difícil falar, porque lesão é pior coisa que o atleta pode viver no esporte. Poder voltar e marcar é demais. Um dos grandes motivos de eu ter ficado é o torcedor, dando força em casa, apoiando, quando você entra e mostra valor, ainda mais com a torcida pedindo.” É um atleta iluminado. Vitória justa e incontentável. Jogo duro, difícil, complicado, marcação cerrada dos colombianos. Antes do jogo Marcos Rocha disse que ganharia quem tivesse maior paciência, e ele disse tudo. Chegaram a ser maldosos, pelo menos dois lances entraram para quebrar. Confirma isto o final do jogo tumultuado, mas faz parte. O clima teve conotação de decisão. A expulsão do Leandro Donizete pesa para mim. Ele é voluntarioso e sério nas jogadas, acaba sendo penalizado com cartões amarelo e vermelho. Faz muita falta. Vale aqui uma nota sobre a arbitragem, horrível.

A madrugada desta sexta seria mais romântica e ganharia até alguns apaixonados suspiros de alívio, mas vamos achar a direção certa deste caminho que pelo menos conseguimos chegar.

Rosalva Campos Luciano é professora e apaixonadamente atleticana.

Meninas de ouro vencem amistoso Como preparação para as competições que estão por vir, os times realizam jogos amistosos com equipes de outras cidades. Foi isso que fez o “time de ouro de futsal” feminino de Valadares. Na tarde do último sábado (11), as meninas enfrentaram a equipe de Manhuaçu. A equipe está entre as 10 melhores do estado e conseguiu chegar na última fase dos Jogos de Minas, nos últimos quatro anos. Sábado não foi um bom dia para as equipes do Manhuaçu, que perderam os dois jogos contra as valadarenses. Na disputa da categoria sub 17 o placar ficou em 3 a 0. Os gols foram das atletas: Daniele Barbosa (2) e Ana Caroline Elias (1). Na adulta, outra vitória do time da casa, desta vez por 6 a 1. Destaque para as atletas que marcaram para o time de Valadares: Rosilene Pereira (3), Michaelen Gonçalves, Ianni dos Reis e Poliana Rodrigues marcaram um gol cada. Os confrontos foram realizados na Praça de Esportes.

Valadares no JEMG Na próxima segunda-feira (20) começa a etapa microrregional dos Jogos Escolares de Minas Gerais (JEMG), que serão realizados de 20 a 26 de abril, em Mantena (MG). Vinte três municípios e 39 escolas de toda a região vão participar; entre elas, cinco são de Valadares. Mais de 2.500 escolas e 813 municípios mineiros participarão da competição. A competição tem 53 sedes em várias regiões do estado. Os jogos acontecem em quatro etapas: municipal, microrregional, regional e estadual. Adolescentes de ambos os sexos, na faixa etária de 12 a 14 anos (Módulo I) e de 15 a 17 anos (Módulo II).


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