Figueira 44

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Fim de semana com sol entre nuvens. Chove no fim de semana! www.climatempo.com.br

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35o 21o

MÁXIMA

ANO 2 NÚMERO 44

Não Conhecemos Assuntos Proibidos

MÍNIMA

FIM DE SEMANA DE 23 a 25 DE JANEIRO DE 2015

FIGUEIRA DO RIO DOCE / GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS

EXEMPLAR: R$ 1,00 Fábio Moura

Nível do Rio Doce continua baixo Um belo presente de aniversário

Governador Valadares vai comemorar 77 anos de emancipação político-administrativa e dentre os muitos presentes de aniversário, um se destaca pela sua beleza singular: o Parque Natural Municipal, que será inaugurado no dia 6 de fevereiro, às 9h. Espaço de preservação, conhecimento e lazer, o Parque será aberto oficialmente à comunidade valadarense logo após a inauguração, com atrações culturais. Página 4 FOTO: Pôr do sol visto do Mirante Norte, no Parque Natural Municipal

Divulgação

SAÚDE

NOTÍCIAS DO PODER

MPU investiga irregularidades na CAIXA

Sucos detox são uma ótima opção para a dieta saudável, que todos querem fazer no dia a dia

O Ministério Público Federal ampliou para mais um ano o prazo para concluir o inquérito que apura irregularidades em uma manobra bastante vantajosa para a Caixa Econômica Federal. É que no início de 2014 o banco resolveu, unilateralmente, fechar mais de meio milhão de contas da caderneta de poupança, sob a alegação de que elas estavam sem movimentação desde 2012. Saiba mais na coluna do jornalista José Marcelo, Notícias do Poder. Página 5

Página 6

Carnaval de rua já tem programação definida A Comissão de Monitoramento de Violência em Eventos Esportivos e Culturais, criada pelo governo do Estado e coordenada em Valadares pelo secretário municipal de cultura, esporte, lazer e juventude Fábio Brasileiro, já definiu a programação do carnaval de rua de Governador Valadares. Chegou a hora de tirar a fantasia do armário e se aprontar para os quatro dias mais esperados do ano. E desta vez a festa vai acontecer em vários bairros da cidade, confirmando que sim: nós temos Carnaval – e dos quentes e bons. Confira a programação na Página 4.

Você é contra ou a favor da pena de morte?

A execução do brasileiro Marco Archer, na Indonésia, acendeu o debate sobre a pena de morte. Esta condenação deveria ser adotada no Brasil? Conheça as opiniões antagônicas na seção Parlatório. Página 2

Democrata e América-TO jogam neste sábado em GV Rubens Júnior

O Democrata fará neste sábado o último amistoso antes do jogo contra Cruzeiro.

O adversário será o América de Teófilo Otoni. Na quarta-feira, a Pantera jogou contra o Nacional, em Muriaé, e empatou em 1 x 1. O torcedor democratense está confiante e espera que João Paulo, o artilheiro do time nesta pré-temporada, marque mais gols. Página 11.

TV Pantera entra no ar com o início do Campeonato Mineiro Imagine uma emissora de TV com uma programação completamente voltada para o seu time do coração. Com o olhar de torcedor e estrutura profissional, surge a TV Pantera, junção do profissionalismo e paixão de grandes torcedores do Esporte Clube Democrata. A TV faz parte do Projeto “Fechado com a Pantera”, criado pelo produtor audiovisual Rubens Rocha e o profissional de marketing Paulo Marcos. Página 9

João Paulo é a esperança de gols no amistoso deste sábado contra o América-TO, no Mamudão

OPINIÃO

Editorial

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FIGUEIRA - Fim de semana de 23 a 25 de Janeiro de 2015

Tim Filho

Mudanças no comando da PM: foco na violência e criminalidade Nossa cidade tem uma matriz cultural violenta. Em cem anos, o processo de ocupação deste Médio Rio Doce quase eliminou o povo originário da região, o Borum Watu, também conhecido como Krenak; levou-se a cabo uma degradação ambiental imensa; empurrou-se os mais pobres para bolsões de miséria em áreas de risco geológico que ainda persistem na cidade; inaugurou-se a prática do tráfico humano, com os cônsules e coiotes agindo à luz do dia e riquezas brotando dessa prática vil; impôs-se uma mentalidade de subserviência em vez de exercício cívico.

O antropólogo Roberto DaMatta usa definir por comparação sociedades como a brasileira e a americana. Para ele, o paradigma de valor pessoal que se desenvolveu no Brasil é resumido na arrogância dos que inquirem: “Sabe com quem está falando?”. O contraponto a isso seria a igualdade como valor entre os indivíduos nos Estados Unidos, que leva qualquer pessoa a reagir dizendo: “Quem você pensa que é?”. Na primeira atitude, a presunção de uma classificação social. Na segunda atitude, o critério da igualdade.

O princípio do “sabe com quem está falando?” faz mal à democracia e ao funcionamento da sociedade. Faz que alguns entendam que a polícia e a máquina do estado estão à disposição deles para agir contra os outros como eles definirem. Uma polícia serviçal, que lambe os de cima, bate e pisa os de baixo, é o sonho de consumo dessa parcela de brasileiros: a polícia que age por encomenda e não por planejamento contra o crime e a prevenção da violência.

Polícia não resolve tudo. Em 2009, Valadares apareceu no levantamento do Ministério da Justiça como a terceira cidade com maior índice de assassinatos de crianças e adolescentes em todo o país. A criação da escola de tempo integral gerou uma rede de proteção que fez a cidade mudar para a 67ª posição em 2012 e caminhar agora para ficar fora da lista das cem cidades de maior risco para a vida de crianças e adolescentes. Ou seja, a medida do governo municipal de universalizar a escola de tempo integral fez em curto prazo o que faltou ao planejamento e à inteligência das polícias.

Mas, polícia resolve muito. Quem teve a sorte de conhecer o major Jacques Gonçalves de Faria e a sua atuação nos bairros Carapina, Penha e agora no Turmalina sabe quantos jovens foram salvos da morte pela ação humana e enérgica dele e dos que com ele trabalham. Vale comemorar a chegada ao comando do Sexto Batalhão do tenente coronel Célio Menezes, considerado pelos índios Krenak o melhor mediador que já apareceu por lá, avaliação significativa por partir não de um grupo poderoso que espera da polícia agir como segurança de uma classe, como “pau mandado”, mas de quem anseia por uma polícia que assegure a atuação na perspectiva da ordem democrática. É de se comemorar a chegada do tenente coronel Fabrício Casotti ao 43º Batalhão, responsável pela região mais conflitiva, que estranhamente concentra mais de dois terços dos assassinatos da cidade em 2014. É a região de onde partem mais denúncias de abuso policial, de humilhação a jovens trabalhadores, de inação frente às ocorrências. Ao mesmo tempo, o tenente coronel Wagner Fabiano dos Santos, até agora à frente do 6º Batalhão, segue para estudos na Academia da PM e Fundação João Pinheiro, em Belo Horizonte, no Curso de Gestão Estratégica de Segurança Pública. Prepara-se, de fevereiro a julho, para servir melhor.

Valadares, com o seu registro cruel de violência e criminalidade, nunca deveria servir para nomeação de quem está em fim de carreira, preocupado com a aposentadoria. Precisamos de comando na RISP e nos Batalhões que tenham resposta para a aparente perda de controle na criminalidade na área do 43º, que orientem a tropa a uma abordagem respeitosa e humana com os jovens, que não tratem com rapapés adolescentes da Ilha e com revistas humilhantes os jovens do Santa Helena, que entendam honestamente que a “guerra contra as drogas” não será resolvida no marco atual da violência e com a capacidade que o tráfico tem de corromper as polícias, o judiciário e até as famílias, que assumam que os autos de resistência quase sempre são forjados por policiais fracos e cruéis que vestiram a farda para ganhar o direito de matar, que consigam discutir sem preconceitos a desmilitarização das polícias, pois sem ela tanto os que vestem a farda quanto os que dependem do serviço deles saem perdendo, se sacrificam.

A ação policial é essencial em uma democracia. Os comandantes têm de estar à altura desse desafio. Não vale repetir os vícios e os preconceitos de classe dos que os antecederam. A polícia do futuro tem pouco a ver com essa caricatura forjada na ditadura militar. Tem mais a ver com Tiradentes e seus sonhos de liberdade, tem mais a ver com os compromissos que os jovens e os brasileiros que agora libertam-se da miséria e da ignorância querem dos que vestem a farda.

Expediente Jornal Figueira, editado por Editora Figueira. CNPJ 20.228.693/0001-81 Av. Minas Gerais, 700/601 Centro - CEP 35.010-151 Governador Valadares MG - Telefone (33) 3022.1813 E-mail redacao.figueira@gmail.com São nossos compromissos: - a relação honesta com o leitor, oferecendo a notícia que lhe permita posicionar-se por si mesmo, sem tutela; - o entendimento da democracia como um valor em si, a ser cultivado e aperfeiçoado; - a consciência de que a liberdade de imprensa se perde quando não se usa; - a compreensão de que instituições funcionais e sólidas são o registro de confiança de um povo para a sua estabilidade e progresso assim como para a sua imagem externa; - a convicção de que a garantia dos direitos humanos, a pluralidade de ideias e comportamentos, são premissas para a atratividade econômica.

Diretor de Redação Alpiniano Silva Filho Conselho Administrativo Alpiniano Silva Filho MG 09324 JP Jaider Batista da Silva MTb ES 482 Ombudsman José Carlos Aragão Reg. 00005IL-ES Diretor de Assuntos Jurídicos Schinyder Exupéry Cardozo

Conselho Editorial Aroldo de Paula Andrade Enio Paulo Silva Jaider Batista da Silva João Bosco Pereira Alves Lúcia Alves Fraga Regina Cele Castro Alves Sander Justino Neves Sueli Siqueira

Responsável pelo Portal da Internet Enio Paulo Silva http://www.figueira.jor.br

Artigos assinados não refletem a opinião do jornal

Redação em louvor a Valadares

Parlatório A execução do brasileiro Marco Archer, na Indonésia, acendeu o debate sobre a pena de morte.

Você é contra ou favor desta pena?

Sou a favor da pena de morte e esta deveria valer no Brasil SIM

Mila Naves

Eu sou a favor da pena de morte e não tenho dó nenhuma deste traficante que foi executado na Indonésia, pois ele destruiu muitas vidas. Deixou muitas mães infelizes em ver seus filhos perderem suas vidas por causa destes produtos que implantam a dor nas famílias , nos lares e nos corações de muitas mães.

Eu sou mãe e sei que como uma mãe se sente em ver seus filhos em má situação. E as mães que tiveram o coração dilacerado com a perda de um filho, perda provocada por pessoas inconsequentes, que se julgam intocáveis, inatingíveis, sofrem em dobro.

Bom seria se no Brasil a lei valesse como vale na Indonésia. Eu, sentir pena, ter sentimento de dó? Nunca!

O Brasil está cheio de mães que ele (Marco Archer) prejudicou, com a destruição de seus filhos, por causa desta droga maldita. Esta sim, tráz a morte. Que bacana, né?

Quando ele foi pego, será que lembrou de Deus? Ficou pedindo misericórdia? Sei que meu Deus é misericor-

dioso, mas sei também que ele é justo e a justiça foi feita e esses sem títulos (não vale a pena menosprezar as prostitutas que são também enxotadas por todos que nomeiam quaquer pessoa do mal de coisas que nem podem ser escritas aqui, em respeito ao leitor), que vivem para acabar com o ser humano com estas drogas infelizes. Todos deveriam amargar o mesmo final.

“

Bom seria se no Brasil a lei valesse como vale na Indonésia. Eu, sentir pena, ter sentimento de dó? Nunca!

O Brasil está cheio de mães que ele (Marco Archer) prejudicou, com a destruição de seus filhos, por causa desta droga maldita. Esta sim, tráz a morte.

Mila Naves é valadarense e cantora

Sou contra a pena de morte, mas a Indonésia agiu certo NÃO

Dayane Cunha

Você já ouviu falar de Marcos Archer? Ele era um dos brasileiros condenado à pena de morte na Indonésia, e foi executado nas primeiras minutos do domingo, no horário local, às 15h30, de sábado, na hora do Brasil. Durante a semana passada, li diversas publicações defendendo o brasileiro, algumas colocando ele como só mais uma vítima do tráfico. O assunto ganhou destaque nas redes sociais e analisando os comentários percebi que a uma divisão de opinião entre os compatriotas, se seria certo ou não a execução.

Não sou a favor da pena de morte, tenho minhas convicções que não vem ao caso, porém estou enojada desses dois brasileiros. Uma reportagem publicada na “Revista Veja” em 2005, mostrou como o Archer e Rodrigo Muxfeldt, o outro brasileiro condenado, estavam vivendo dentro da cadeia. Cadeia que o Rodrigo comparou com uma pousada, cadeia esta que permitia visitas íntimas na sala do diretor, cadeia onde cada um era acomodado numa “cela” com TV, ventilador, geladeira, forno elétrico, e um jardim privativo onde eles criavam pássaros e podavam bonsais. Não pensem que todos os presos no país asiático vivem nessa situação, normalmente é uma média de 130 prisioneiros por celas, e estes últimos serviam de empregados para os presos de elite.

Marcos se orgulhava de algumas coisas no mínimo estranhas, pelo olhar de quem tenta levar a vida com seriedade. Ele dizia: “Nunca declarei imposto de renda, nem tive talão de cheque, não servi ao Exército. Só votei uma vez na vida. Foi no Collor, amigo da família”.

Ele começou como mula do tráfico aos 17 anos, e falava abertamente das diversas vezes transportou droga para o Hawaii, Nova York e toda a Europa. “Fazia viagens rentáveis, ficava meses sem trabalhar.”

Até então, ambos tinha plena convicção que seriam absolvidos, que os contatos de suas famílias influentes fariam a diferença. Quando perceberam que falaram muita besteira para o repórter da Veja, coroaram com esses dizeres: “Por favor, brother, quando você for escrever, dê uma força, passe uma imagem positiva

nossa, pra ajudar na campanha. Bota aí que eu quero trabalhar 10 anos pro governo dando palestras pra crianças sobre a roubada que é o tráfico”. Ele diz e saboreia o efeito das palavras. Traga seu Marlboro (...)

Quando solta tudo, o corpo já está se chacoalhando. É que ele não conseguiu conter o riso(...)”.

Ele não conteve o riso, para mim o difícil mesmo foi conter o vômito, diante de tamanha encenação de coitadismo, e por ver duas criaturas se vangloriar da carreira de sucesso no tráfico e por nunca terem trabalhado.

Lembro que a Constituição de um país é soberana e a Indonésia só cumpriu a lei. Não é uma lei que eu apoio, mas também não sou a favor de um impasse diplomático devido a isso. O Brasil já negou pedidos de outros países, há poucos anos negou o pedido da Itália pela extradição de Cesare Battisti. Certo que não foi pedido de clemência, mas também feriu a Constituição Italiana.

“

Não sou a favor da pena de morte, tenho minhas convicções que não vem ao caso, porém estou enojada desses dois brasileiros. Uma reportagem publicada na “Revista Veja” em 2005, mostrou como o Archer e Rodrigo Muxfeldt, o outro brasileiro condenado, estavam vivendo dentro da cadeia.

Cadeia que o Rodrigo comparou com uma pousada, cadeia esta que permitia visitas íntimas na sala do diretor, cadeia onde cada um era acomodado numa “cela” com TV, ventilador, geladeira, forno elétrico, e um jardim privativo onde eles criavam pássaros e podavam bonsais.

Dayane Cunha é jornalista, graduada na Univale.

POLÍTICA

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FIGUEIRA - Fim de semana de 23 a 25 de Janeiro de 2015

Da Redação

Sacudindo a Figueira A figueira precipita na flor o próprio fruto Rainer Maria Rilke / Elegias de Duino

Disque sossego O serviço “Disque sossego”, da Prefeitura Municipal de Governador Valadares, finalmente funcionou. A pessoa que denunciou ao Figueira o barulho na Igreja do Evangelho Quadrangular da Rua 18, Ilha dos Araújos, ligou para o Figueira agradecendo a nota dada nesta seção (Sacudindo...) e informando que fiscais da Prefeitura e policiais militares foram à igreja, na quarta-feira, à noite. Agora temos de aguardar o posicionamento da igreja, se vai ou não colocar isolamento acústico, ou diminuir o volume do som.

Corneteiros Durante os treinos do Democrata, a diretoria do clube tem permitido a entrada de toredores. Entre os muitos que vão ver e apoiar o time, existem os corneteiros. Na linguagem do futebol, corneteiro é aquele que só sabe falar mal de tudo e de todos.

E fazem previsões nada animadoras para o time. São aves de mau agouro.

Maledicentes

Morte aos terroristas

Recorde na Petrobrás

“Após os ataques, tenho escutado: “Temos que matar esses terroristas”. Vamos matar como eles mataram? É essa a solução?

Sou contra a pena de morte. Gostaria de conhecer as reivindicações deles. Por que se tornaram loucos assim? Por que caíram no extremismo? Para eles, talvez nós é que sejamos terroristas.

Quantas atrocidades foram cometidas nas ex-colônias? Pegaram argelinos, marroquinos, senegaleses para lutar pela França e defendê-la para ser um país livre. Aprendi na escola que eram voluntários. Hoje, documentários mostram que não tiveram escolha, as famílias eram ameaçadas. Há um lado da história da França muito obscuro, que ela não quer assumir. A pátria mãe francesa parece ter esquecido os 400 anos de escravidão e 300 de colonização. A França ainda não se desculpou pela dores imensas que causou na África. Precisa se aceitar como sociedade multicultural e multirracial. E hoje ela não quer assumir esses filhos. Eu me coloco entre eles. Nos sentimos rejeitados. E me refiro aos africanos, aos árabes, aos asiáticos e aos judeus também. A todas as minorias.” - Manifestação da consulesa francesa em São Paulo, Mme. Alexandra Baldeh Loras, uma francesa de origem muçulmana e judaica.

Apesar de toda a histeria da imprensa, a Petrobrás superou a Exxon Mobil e se tornou a maior empresa produtora de petróleo no mundo.

Indonésia e Timor Leste

Além dos corneteiros, existe um outro grupo que deixa de lado as questões de futebol e propagam as maledicências, principalmente nas redes sociais. A última delas foi uma notícia (boato) de que o presidente Edvaldo Soares dos Santos havia vendido o terreno onde está o Estádio Mammoud Abbas, por R$ 50 milhões. O presidente agiu com ironia à maledicência. “Vendi? Então tragam o comprador aqui. Quero conhecê-lo.

O sistema carcerário na Indonésia, conforme relatórios da ONU é mais corrompido que o do Brasil, por difícil que seja acreditar.

Não há nenhuma relação entre pena de morte e melhoria do sistema. A Indonésia, no mesmo dia em que executou o brasileiro Marco Archer, pediu clemência para uma cidadã sua condenada à morte na Arábia Saudita, demonstrando não ser uma questão de princípio. A única razão para o governo indonésio ter negado o pedido de clemência da presidenta Dilma foi o fato de o Brasil ter jogado pesadamente em favor da independência do Timor Leste, que esteve sob domínio da Indonésia, que massacrou mais de um terço da população daquele país.

Virada Cultural

A pena de morte

Aniversário de Governador Valadares já tem programação definida. Mas a ideia de fazer uma virada cultural ficou mesmo para 2016.

A sugestão foi apresentada à Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, pelo artista plástico Quirino Rosa.

A pena de morte a cada ano é abandonada por mais países.

Os países com menores taxas de criminalidade no mundo não adotam a pena de morte. A pena de morte tem sido sistematicamente usada por governos para eliminar quem os ameaça.

Ecos de Palmares Ana Afro

Com racismo não há democracia Racismo institucional I Ouve-se falar muito nesse termo, mas são poucos os que sabem o seu significado, principalmente entre os que sofrem mais por sua causa. Também muitos agentes públicos não o conhecem, porém o praticam como coisa natural até. Por isso, sinto a necessidade de falarmos um pouco sobre esse monstro que devora vidas.

O racismo institucional, também denominado racismo sistêmico, como mecanismo estrutural que garante a exclusão seletiva dos grupos racialmente subordinados – negras (os), indígenas, ciganas (os), para citar a realidade latino-americana e brasileira da diáspora africana - atuando como alavanca importante da exclusão diferenciada de diferentes sujeitos nestes grupos.

Trata-se da forma estratégica como o racismo garante a apropriação dos resultados positivos da produção de riquezas pelos segmentos raciais privilegiados na sociedade, ao mesmo tempo em que ajuda a manter a fragmentação da distribuição destes resultados no seu interior.

O racismo institucional ou sistêmico

opera de forma a induzir, manter e condicionar a organização e a ação do Estado, suas instituições e políticas públicas – atuando também nas instituições privadas, produzindo e reproduzindo a hierarquia racial. Ele foi definido pelos ativistas integrantes do grupo Panteras Negras, Stokely Carmichael e Charles Hamilton, em 1967, como capaz de produzir a falha coletiva de uma organização em prover um serviço apropriado e profissional às pessoas por causa de sua cor, cultura ou origem étnica. Para entender melhor essa questão, uma boa referência é Carmichael, S. e Hamilton, C. em Black power: the politics of liberation in America. New York, Vintage, 1967, p. 4.

Ana Aparecida Souza de Jesus, Ana Afro, é pedagoga, especialista em Gênero, Raça e Diversidade na Escola (UFMG), ativista do Movimento Negro e da Pastoral Afro Brasileira. É membro do Cicon- GV – Conselho de Integração da Comunidade Negra de Governador Valadares.

Recorde na queda da inflação Apesar de toda a histeria da imprensa e torcida contra o Brasil, pelo décimo ano em 2014, o governo petista manteve a inflação dentro da meta fiscal, sendo a inflação média do primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff a menor desde o Plano Real.

O dono dos votos O vereador Ricardo Assunção manda recado: “sou dono de 17 mil votos em Valadares”. Esquece-se o edil que eleitor não aceita mais cabresto e ninguém é dono de voto nenhum a não ser o seu próprio. Para melhor registro, a lista é longa de como o eleitorado confiou mais de 25 mil votos a Renato Fraga, a Geremias Brito e a Augusto Barbosa, que não foram eleitos nem conseguiram se tornar viáveis em pleitos seguintes.

Bicicletas no Big Mais

“

Uma pena os proprietários do Big Mais terem retirado o bicicletário. A alegação é de que ocorriam furtos.

Mas, eles são identificados como pessoas solidárias e promotores de eventos do ciclismo. Não tem outro jeito? A única solução é retirar o que é avanço, é moderno e é bom?

FRASE

O que estou dizendo é que a liberdade de expressão precisa levar em conta a natureza humana e isso significa que precisa ser prudente.

Papa Francisco

METROPOLITANO 4

FIGUEIRA - Fim de semana de 23 a 25 de Janeiro de 2015

Cidade ganha Parque Municipal nos seus 77 anos O Parque Natural Municipal de Governador Valadares será entregue à população no dia 6 de fevereiro. É um verdadeiro presente de aniversário Fábio Moura

Da Redação

Obras na lagoa do Pérola não param

No dia 30 deste mês, Valadares vai comemorar seu 77° aniversário de emancipação política do município de Peçanha – foi o decreto-lei nº 148, de 17 de dezembro de 1938, que transformou o distrito de Figueira no município de Governador Valadares. Como todos os anos, a programação será variada e cheia de eventos oficiais, culturais e esportivos, com destaque para a inauguração do Parque Natural Municipal (em 6/2) e para a 23ª Corrida Rústica de Aniversário da Cidade, que este ano acontecerá em 8 de fevereiro.

No dia do aniversário, tudo vai começar bem cedo, às cinco da manhã, com o cortejo da banda Lira 30 de Janeiro rumo à casa da prefeita para tradicional Alvorada. Às 8h, acontece a cerimônia de hasteamento das bandeiras. A partir daí, as atrações se concentrarão durante a tarde/noite na Praça dos Pioneiros, que sediará duas exposições: uma dos artistas plásticos locais e outra de fotografias históricas. Também vai ter teatro, apresentação de grupos folclóricos, escola de samba, roda de capoeira e varal de poesias. Às 20h, será cortado e distribuído o bolo de aniversário e, para agitar o resto da noite, shows de música sertaneja e axé.

Mais eventos

Acima, trilha do Parque Natural Municipal, será inaugurado no dia 6 de fevereiro. O parque é uma das grandes conquistas da cidade na área ambiental, de esportes e lazer. Está localizado no sopé da Ibituruna, no bairro Elvamar.

O segundo dia de comemorações (31) acontecerá em dois locais: na área da antiga Feira da Paz, onde vai rolar, a partir das 14h, um campeonato de skate com shows de bandas de rock da cidade; e na Praça dos Pioneiros, que receberá, a partir da 19h, shows de bandas valadarenses. No dia 1° de fevereiro, é o Horto Municipal que se transformará em palco para diversos shows de bandas de garagem, a partir das 14h.

Confira o que foi realizado: A corrida rústica de Governador Valadares é uma prova tradicional e ao longo dos anos trouxe a cidade corredores de ponta, como o mineiro João da Mata (foto), vencedor da São Silvestre de 1983.

Inauguração do Parque Municipal e corrida rústica No dia 6 de fevereiro, o Parque Municipal será o foco das atenções: é que, às 9h, aquele espaço de preservação, conhecimento e lazer, será aberto oficialmente à comunidade valadarense, com atrações culturais.

Depois da solenidade oficial, às 9h, até o domingo, quem for ao Parque poderá aproveitar para conhecer o local em visitas guiadas e ainda curtir uma programação especial com atividades culturais e esportivas.

As obras de dessassoreamento da Lagoa do Pérola foram retomadas e não param mais. Os animais foram removidos para que as máquinas possam seguir no trabalho de limpeza. Serão retirados da lagoa aproximadamente 40.000 m³ de material. Depois de concluída a obra, a lagoa, cuja lâmina d’água hoje não passa de 30 cm, ficará com 1,72 m de profundidade e será povoada novamente com os peixes. Além disso, o local ficará mais bonito, já que será feito um trabalho de paisagismo no entorno da lagoa.

Mas o dessassoreamento é apenas o toque final de um trabalho que não poderia se resumir apenas em limpar a lagoa, tirando as tábuas, mato ou mesmo o lixo. Para que o problema dos alagamentos fosse resolvido definitivamente, tiveram que ser realizadas grandes obras de drenagem até em outros locais porque a lagoa do Pérola faz parte de uma bacia interligada por redes pluviais e de esgoto a outros bairros como Vila Bretas, Nova Vila Bretas e São Cristóvão, onde as obras aconteceram.

A lagoa é como se fosse a calha de um prédio ou de uma casa que só poderia ser colocada depois da obra concluída.

Para todas essas obras, foram necessários gastos em torno de R$ 30 milhões, fora o custo do dessassoreamento, que será de R$ 1.510.000,00.

No encerramento da programação, no domingo (8), às 8h, na Praça dos Pioneiros, será dada a largada da 23ª Corrida Rústica de Aniversário da Cidade. A partir das 9h, de volta ao Parque Municipal, acontece o Piquenique da Família, com apresentação

de MPB. Os presentes também poderão utilizar a Biblioparque, uma iniciativa da Biblioteca Municipal Prof. Paulo Zappi e Centro Cultural Nelson Mandela. Haverá livros disponíveis para leitura e empréstimo, cadastro de novos usuários e roda de leitura.

Blocos se preparam para agitar o carnaval nos bairros da cidade Da Redação

Chegou a hora de tirar a fantasia do armário e se aprontar para os quatro dias mais esperados do ano. E desta vez a festa vai acontecer em vários bairros da cidade, confirmando que sim: nós temos Carnaval – e dos quentes e bons.

Em reunião na sexta-feira (16) com organizadores de blocos e festas no período, a Comissão de Monitoramento de Violência em Eventos Esportivos e Culturais, criada pelo governo do Estado e coordenada em Valadares pelo secretário municipal de cultura, esporte, lazer e juventude Fábio Brasileiro discutia questões relativas à segurança e logística dos eventos.

Brasileiro explica que “o carnaval vem crescendo a cada ano na cidade, o que inspira cuidados na avaliação da segurança, aspectos legais, ações conjuntas com os bombeiros, o SAMU e a polícia militar e de trânsito. A ideia é normatizar a realização de eventos em Valadares para, assim, garantirmos mais apoio aos organizadores e participantes das festas.”

Todos sabem, mas não custa lembrar: tome bastante líquido para evitar desidratação, alimente-se bem e proteja-

se contra doenças sexualmente transmissíveis. É tempo de festa... e de se cuidar para aguentar a maratona do Carnaval.

Confira abaixo a programação (que já começou): 31/1, 18h | Carnaval 2015 do Grã-Duquesa | Rua Marselha (entre ruas Vaticano e Suíça) - 24/1, 16h | Carnapina | Rua Itanhomi e Ipiranga – Carapina - 25/1, 15h | Carnabretas |Concentração no Bar do Serginho (rua Manoel Byrro, esquina com rua Juiz João Costa – Vila Bretas) - 31/1| Esquenta São Pedro | Concentração na rua José do Patrocínio a partir das 14h; saída da avenida Rio Doce às 18h - 7/2, 12h | Trupico do Lalá | Concentração a partir das 12h, em frente à academia Órbita (av. Rio Doce – Ilha) - 7/2, 13h | Bloco Os Imorais | Concentração no Bar Morais (av. Jequitinhonha – Ilha) - 1ª quinzena de fereiro (data a ser definida) | MicaRita | Bairro Santa Rita

- Drenagem pluvial e pavimentação da Avenida Moreira Caldas e ruas adjacentes; - Drenagem pluvial do bairro São Cristóvão; - Drenagem do Nova Vila Bretas, que consistiu na construção de galerias de 2,50 m de largura X 1,50 metros de altura, desde a lagoa até a av. JK; Abertura de uma nova lagoa de retenção próxima ao CAIC com a finalidade de receber toda a água que vem do bairro Mãe de Deus e do bairro Palmeiras, que antes retornava à lagoa do Pérola (para isso foi necessária a desapropriação de 19 lotes); - Implantação de rede de esgoto do Nova Vila Bretas.

EDUCAÇÃO SUPERIOR

IFMG abre vagas O Instituto Federal de Minas Gerais divulga o edital nº 005 de 2015 do processo seletivo Sisu/MEC 2015/1 para os cursos superiores.

A seleção dos candidatos às vagas dos cursos do IFMG disponibilizadas pelo Sistema de Seleção Unificada será efetuada exclusivamente com base nos resultados obtidos pelos estudantes no Enem 2014.

A primeira chamada para matrícula será de responsabilidade do Sisu. Os interessados devem se inscrever entre os dias 19 e 23 de janeiro. Os locais e horários podem ser consultados no edital do IFMG, por meio do quadro 1 (6.2). A matrícula é presencial.

Serão convocados, em 2ª chamada, a partir do dia 16 de fevereiro, para confirmação presencial de interesse para ocupação das vagas e possível matrícula, todos os candidatos da lista de espera que não foram convocados na chamada anterior.

Esgotados os candidatos que firmaram a confirmação presencial de interesse, caso ainda haja vagas ociosas, o IFMG utilizará a lista de candidatos excedentes do 1º Vestibular de 2015. Acesse o edital: http:// www.ifmg.edu.br/downloads/2014%20-%20Janeiro/ Edital%20do%20Sisu%20-%20MEC.pdf

NACIONAL

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FIGUEIRA - Fim de semana de 23 a 25 de Janeiro de 2015

Notícias do Poder

Os problemas

José Marcelo / De Brasília

Motivos de pânico

Caixa na Mira do MPU O Ministério Público Federal ampliou para mais um ano o prazo para concluir o inquérito que apura irregularidades em uma manobra bastante vantajosa para a Caixa Econômica Federal. É que no início de 2014 o banco resolveu, unilateralmente, fechar mais de meio milhão de contas da caderneta de poupança, sob a alegação de que elas estavam sem movimentação desde 2012. O problema é que o banco ficou com os R$ 719 milhões que estavam depositados nessas contas, sob a alegação de que não conseguiu contato com os titulares.

Caixa na Mira do MPU II

O motivo que leva Pânico aos membros da equipe econômica e às instituições financeiras é que se os ministros decidirem a favor dos poupadores, os bancos terão de desembolsar nada menos que R$ 23,3 bilhões para repor as perdas de quem fez depósitos nesse período. Se isso acontecer, há temor de quebra do sistema financeiros nacional.

Algo parecido com o que aconteceu nos Estados Unidos em 2009.

E agora?

Como o Ministério Público Federal não conseguiu concluir as investigações até esta sexta-feira, dia 23, foi preciso dilatar o prazo que agora se estende até janeiro de 2016.

Até lá os procuradores querem responder à principal dúvida que envolve o caso: se a Caixa tinha autonomia para adotar a medida e quais mecanismos podem ser usados para localizar esse meio milhão de poupadores. É muita gente para o governo e o banco não saberem onde estão.

A suspeita é que muitos deles nem sabem que tiveram o dinheiro incorporado pelo banco estatal.

O trocadilho é ruim, mas o apagão que deixou sete estados e do Distrito Federal sem energia esta semana acendeu a luz amarela no Palácio do Planalto. Como o fato provocou uma reflexão sobre abastecimentos e revelou que a situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas é pior do que na época do racionamento, no governo FHC, há quem defenda que o governo mobilize a população para que economize energia. Mas sem falar em racionamento, claro. É que o PT bateu feio no ex-presidente Fernando Henrique naquela época. Agora, seria necessário fazer o mesmo, mas com outro tom.

Fique de olho

O problema

Por falar em cadernetas de poupança, o assunto deve voltar à pauta do Supremo Tribunal Federal, a partir do dia 2 de fevereiro, quando os ministros retornam ao trabalho, depois do recesso. Eles terão de decidir se os bancos devem ressarcir os clientes por perdas na correção da caderneta durante os planos Bresser, Verão, Collor I e Collor II, nos anos 80 e 90. A ação se arrasta há anos e tira o sono até da equipe econômica do governo e do Banco Central.

O problema, segundo uma fonte do Planalto, é que o atual governo passa por um momento delicado. Se deixar para depois, pode soar como irresponsabilidade. Se fizer isso agora, passa recibo para o PSDB. O uso das termelétricas e a importação de energia da Argentina são uma solução cara. E a declaração do novo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, de que Deus é brasileiro, ao falar da crise energética, pegou mal dentro do próprio governo.

Ao ataque Parte do problema no Congresso estaria resolvida se o deputado federal e desafeto da presidente Dilma Rousseff, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não fosse eleito.

As denúncias divulgadas nos últimos dias, envolvendo o nome do deputado em uma investigação da Polícia Federal é vista com esperança por uma ala do governo. Mas entre os petistas pessimistas existe a certeza de que isso não deve abalar a candidatura de Cunha. É que os parlamentares que elegerão o novo presidente não são considerados tão volúveis ou emotivos quanto a opinião pública. Até a semana que vem, a previsão é de mais noites mal dormidas no palácio da Alvorada, residência oficial da presidente Dilma Rousseff.

José Marcelo dos Santos é comentarista de política e economia e apresentador da edição nacional do Jogo do Poder, pela Rede CNT. É professor universitário de Jornalismo, em Brasília.

Vitória à Minas

Educação

Vinícius Quintino / De Vitória

Daniel Rômulo

Brasil: Pátria Libertadora Vivemos em um país onde a liberdade de expressão, os preceitos religiosos e outras liberdades se afloram em todo o território nacional. A nossa liberdade está intrinsecamente ligada ao fato de termos uma posição a respeito de diversos assuntos. No entanto, em tempos modernos, onde a liberdade perpassa muros, o que realmente nos liberta é a Educação. Através deste processo mágico e construtivo do conhecimento, adquirimos verdadeiramente nossa Liberdade.

A educação faz que o cidadão, do mais simples ao mais rico, se liberte das opressões que a sociedade nos impõe. Ao mesmo tempo, que esta mesma educação pode aprisionar quando não aplicada de forma crítica e aberta. Ao longo da história da humanidade, vivenciamos diversos tipos de moralização do processo educativo, iniciando pelos padres jesuítas, pelos governos militares até chegarmos a um modelo ainda arcaico, mas repleto de utopias.

Em meio a essas utopias, nos presenteia a presidenta Dilma com seu/nosso slogan “Brasil – Pátria Educadora”. Muito confortou a este educador saber que os olhos, ouvidos e a mente da nossa presidenta estão voltados para a nossa educação que liberta seu povo da opressão, dos grandes latifundiários, do discurso mentiroso e enganador de muitos governantes. Muito agrada a este educador ver que a primeira secretária de Estado da Educação de Minas Gerais de um partido de esquerda, em 12 dias de governo, reuniu com os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação - SINDUTE, representantes dos diretores de escolas estaduais e do movimento negro.

Mas o risco de desabastecimento energético está longe de ser o principal problema deste início de segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. A decisão do Banco Central de elevar a taxa de juros para 12,25% ao ano e o consequente encarecimento do crédito foi mais uma medida impopular. Enquanto lida com o aspecto negativo, o governo ainda se preocupa com uma possível pauta bomba nessa abertura do ano legislativo no Congresso.

Muito emociona a este educador participar de processos democráticos na rede municipal de educação de Governador Valadares. Verdadeiramente, a Educação liberta. Não basta ter somente o slogan de Pátria Educadora, mas sim, de forma veemente, investir em educação. Investir não somente no acréscimo do piso salarial nacional do professor, de 13,01% neste ano, mas investir na formação docente que significa transpor as barreiras dos sonhos e apresentar o real, investir em infraestrutura escolar.

A cidade de Valadares tornou-se um polo educacional graças ao compromisso de governantes que pensam a cidade na sua devida importância, de liderança no Vale do Rio Doce, com instituições universitárias federais e particulares. Mas, precisamos de mais. Precisamos de mestrados e doutorados nas universidades federais, precisamos de mais incentivo para a implantação da universidade estadual e quem sabe, uma universidade municipal, quando as obrigações com as crianças e adolescentes estiverem atendidas. Sonho de educador que vive a educação como saboreia uma calda de mel.

Isto, sim, nos liberta. Viva a Educação, viva a Liberdade, viva a nossa Pátria!

Daniel Rômulo de Carvalho Rocha é inspetor escolar municipal, atual diretor do Departamento de Organização Escolar da SMED, graduado em Letras (UNIVALE) e Pedagogia (UNIUBE), e Pós-Graduado em Língua Portuguesa (PUC-MG), Gestão Educacional (Universidade Castelo Branco), Inspeção Escolar (IMES-GV) e Gestão Pública (UFOP).

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O sambão do povo Em 2015 completam 13 anos que as antigas “batucadas” voltaram a se reunir para relembrar uma das mais consagradas apresentações da cultura popular brasileira: o Carnaval Capixaba.

Com mais de 50 anos de tradição, o Carnaval do Espírito Santo possui origem na fervorosa periferia de Vitória da década de 30. Conta Mestre Ditão – presidente da Unidos de Jucutuquara e um dos mais respeitados Carnavalescos da Cidade – que o primeiro Carnaval do Estado foi realizado 1929, na região do Fonte Grande, onde duas comunidades tradicionais do bairro resolveram puxar a multidão ao som de tamborins, cavaquinhos e banjos. Segundo ele, já naquela época, enquanto o mundo sofria com a Grande Depressão, o povo brasileiro preferia mesmo é sair às ruas para de festejar a vida.

O momento mais esperado da festa acontecia na subida da na rua 7, quando os dois principais grupos se encontravam para disputar o título de melhor batucada da cidade. O fuzuê era generalizado, e, gostassem as autoridades ou não, a festa do acontecia nas ruas e em plena luz do dia.

Daí em diante, a folia ganhou notoriedade em toda a grande Vitória e, inclusive nos bairros mais nobres da cidade, já se ouvia as marchinhas do “Meu Chapéu do Lado” e do “Centenário”, as duas maiores batucadas da época.

De duas viraram doze: Santa Lúcia, Mocidade da Praia, Andaraí, Prazer das Morenas, Gurigica do Centro, Império da Vila, a São Torquato, Meu Chapéu do Lado e Centenário. Foi, então que os antigos batuqueiros resolveram profissionalizar os desfiles e fundaram a “União das Batucadas e Escolas de Samba”, muito embora as escolas como conhecemos hoje, tenham surgido apenas na década de 50, com o “Rominho da Fonte Grande” e a “Unidos da Piedade” (a primeira escola de samba de Vitória).

A ideia de uma estrutura administrativa mínima, trazida pela Unidos da Piedade, logo se es-

palhou e em pouco tempo o Carnaval de Vitória já contava com 40 Escolas de Samba e três ligas diferentes. A festa agora estava institucionalizada e não era mais necessário correr da polícia.

Pela primeira vez, a massa desceu do morro para ocupar o asfalto.

O precursor do Sambão do Povo – atual Sapucaí de Vitória – foi então a Praça 11, com suas alegorias bem humoradas e enredos que retratavam o dilema da vida cotidiana, o que, de certo, envolvia um toque de sátira às personalidades da políticas do país.

Desde então não faltaram tentativas de criminalizar o Carnaval. Em verdade, de Getúlio Vargas à redemocratização, todos aqueles que foram alvo dos carnavalescos tentaram boicotar o samba.

Ocorre que essa efêmera manifestação popular incomodou a tal ponto, que em 1990, por questões políticas, as escolas pararam de desfilar e o Carnaval capixaba perdeu o posto de segundo melhor do Brasil para o de São Paulo.

As escolas só retornariam ao Sambão do Povo em 2002, quando as comunidades espontaneamente perceberam que o samba não podia morrer.

Assim, desde o renascimento dos desfiles, a cada ano o Carnaval capixaba vem se consolidando com uma das maiores festas culturais do Brasil, além de ser grande alternativa para os foliões que buscam diversão na avenida e ao mesmo tempo querem fugir dos preços abusivos e do volume de turistas das capitais do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Atualmente no desfile participam 15 escolas de samba de toda Grande Vitória: 8 de bairros da capital, 3 de Vila Velha, 2 de Serra, 1 de Cariacica e 1 de Guarapari. Tem espaço para todo mundo, inclusive para os mineiros. As inscrições já estão abertas, quem quiser desfilar é só escolher a fantasia.

Vinícius Quintino é Servidor Público Federal

SAÚDE & COMPORTAMENTO 6

FIGUEIRA - Fim de semana de 23 a 25 de Janeiro de 2015

Sucos detox:

Estão na moda, mas fazem bem à saúde

Estes sucos são resultado da mistura de uma folha verde e uma fruta cítrica, verduras e outros ingredientes, e são ingeridos como forma de desintoxicar o organismo, potencializar as funções dos órgãos, principalmente do fígado.

Gina Pagú / Repórter

“

Na dieta entramos com a nutrição funcional, associando os nutrientes e formando o detox, que limpa o organismo e faz com que o corpo trabalhe melhor as substâncias dos alimentos. E isso tem me auxiliado de forma geral.

Estou muito feliz com o resultado.

Raquel Damini Nutricionista

Arquivo Pessoal

O suco detox é mais uma mania do verão, que está em alta, mas que ao contrário do que se pensa, faz bem à saúde. Se aliado a uma dieta balanceada e nas combinações adequadas dos nutrientes os benefícios são muito positivos. A nutricionista, Raquel Damini, explica que suco detox é aquele que desintoxica, desincha e nutri o organismo. “Esse suco é basicamente a mistura de uma folha verde e uma fruta cítrica, verduras e outros ingredientes que têm por finalidade desintoxicar o organismo. Com a intenção de potencializar as funções dos órgãos, principalmente do fígado. Mas tem que ser concomitante à dieta para ter eficácia.”

Para que todos os benefícios desse tipo de alimento sejam absorvidos pelo organismo, é preciso seguir as recomendações da nutricionista. “Esse suco deve ser preferencialmente consumido em jejum e todos os dias. O suco não deve ser coado, para manter a quantidade de fibras. Uma dica que eu costumo dar é liquidificar a mistura por alguns minutos, para triturar bem os ingredientes, dessa forma não se nota as fibras na hora do consumo. Também deve ser ingerido no mesmo momento em que for feito. Quantidades e medidas devem ser prescritas individualmente.”

E com a proposta de ganhar mais saúde, a nutricionista Cristiane Tecchio, aderiu aos sucos detox como paciente, com proposta de uma saúde mais equilibrada e para perder peso.

“Durante uma jornada de trabalho muito estressante engordei além do meu peso ideal. Com isso me coloquei no lugar de paciente, consultei outra colega de profissão e estou seguindo uma dieta balanceada para perder peso e ter uma vida mais saudável. Estou fazendo acompanhamento com uma nutricionista especialista em nutrição funcional. E já perdi 12 quilos em dois meses, com o uso também da alimentação detox. ” Benefícios Raquel diz que esse tipo de suco pode ajudar na diminuição da glicemia, do colesterol e também auxilia no emagrecimento. “Os sucos detox se usados dentro de uma dieta prescrita e na quantidade correta auxiliam o organismo, na regulação intestinal, no controle da oleosidade da pele, fortalece unha e cabelos, além de auxiliar o emagrecimento. Não há contra indicação para quem ainda não foi ao nutricionista, mas é preciso se orientar com relação as misturas feitas. Vale misturar folhas verdes como couve, salsinha, hortelã, bertalha, almeirão com frutas cítricas. Como limão e couve, espinafre e maracujá, beterraba com laranja. As possibilidades são muitas. O que não pode é tornar o suco de sabor desagradável.”

A nutricionista paciente, explica que ainda faltam oito quilos para voltar ao peso normal, mas que os sucos detox só tem feito bem. “Na dieta entramos com a nutrição funcional, associando os nutrientes e formando o detox, que limpa o organismo e faz com que o corpo trabalhe melhor as substâncias dos alimentos. E isso tem me auxiliado de forma geral. Estou muito feliz com o resultado.”

Raquel faz um alerta sobre os famosos sucos ‘seca barriga’, que prometem a perda de peso imediata. “É preciso ficar muito atento a esse tipo de alimento, essa mistura não é funcional e é mais uma invenção da moda. Deve haver muito cuidado com essas misturas, muitas vezes não são somente cereais, pode haver substâncias químicas e sintéticas. O melhor mesmo é buscar orientação de um profissional nutricionista para elaborar um cardápio.”

CRÔNICA

A nutricionista Raquel Damini com o seu suco detox. Saúde é o que interessa

G I N A PA G Ú

A idiotice da moda do pau de selfie Vai ser estúpido lá na China, aliás, na China deve ser mais barato do que no Brasil. Aliás, no Brasil virou uma febre sem fim, de uma bobagem também sem fim. E nossos artistas televisivos vão propagando essa mania de tirar fotos em todos os lugares possíveis com esse novo assessório tecnológico.

Muitas pessoas já perderam o senso na hora do uso do celular. Etiqueta e educação ninguém tem mais, atende-se o celular, em qualquer lugar, na igreja, no jantar, no restaurante. Virou status há muito tempo expor o telefone na mesa do bar, entre cervejas e amigos e maços de cigarros.

E vem o pau de selfie para completar o nível da futilidade. Vamos lá gente, todo mundo olhe para o meu braço mecânico de homem elástico. Espreme daqui e dali e vai caber todo mundo. E a foto tirada de cima para baixo vira um troféu nas redes sociais.

E fica tecnicamente muito mal tirada e feia.

Para os fotógrafos profissionais se torna uma ofensa.

E nessa piada que virou o pau de selfie, eu estava num almoço de casamento com umas 30 pessoas, num sítio, e todos estavam à vontade, de short, camiseta, chinelos. E claro que tem que aparecer alguém chiquérrimo, vestido com roupa de gala e salto muito alto para aquele momento tão singelo.

Um casamento no civil às 9 da manhã, e um almoço no sítio. Todos os convidados, poucos, iriam comer um almoço preparado com carinho e no fogão de lenha. E de repente, a convidada perua se senta numa das 4 mesas e eis o que tira de dentro da sua bolsa de oncinha? Um pau de selfie, claro!

Estica daqui e dali e coloca no celular em posição e grita: - Gente olha o pau de selfie!

Todo mundo olha e solta uma risada.

Não sei se foi do absurdo da falta de educação, ou se foi da estranheza do objeto no meio de gente que não tem ainda afinidade se quer com os celulares modernos.

Agora eu me pergunto, do que serve esse negócio de moda numa hora dessas? Para

todos ficarem inventando paus de selfies de cabo de vassoura ou bambu? E assim ficaram mais ridículos ainda? Ou para gente rir mesmo? Deve ser para ser piada.

“

Vamos lá gente, todo mundo olhe para o meu braço mecânico de homem elástico. Espreme daqui e dali e vai caber todo mundo. E a foto tirada de cima para baixo vira um troféu nas redes sociais.

Eu sei que muitas coisas que viram moda, viram notícia em canais respeitados da TV brasileira. Mas será que isso não é reflexo da futilidade que virou o noticiário? Não entrando no mérito do que virou o telejornalismo, mas vira a cabeça da gente com tanta bobagem que as fábricas inventam. Com tanta bobagem que gente compra, tanta que a gente bate palma para foto que vem da lonjura de um pau de selfie.

SAÚDE

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FIGUEIRA - Fim de semana de 23 a 25 de Janeiro de 2015

A importância dos farmacêuticos no dia a dia Dia do Farmacêutico foi comemorado no dia 20/01. Profissionais que buscam a cura e a melhoria da qualidade de vida da sociedade EBC

Da Redação Na terça-feira (20) foi comemorado o Dia do Farmacêutico. A data foi instituída com a criação da Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF), que, em 1916, era a maior instituição representativa da categoria no país. A fim de unificar a comemoração e dar mais visibilidade e reconhecimento a esses profissionais que buscam a cura e a melhoria da qualidade de vida da sociedade, o Conselho Federal de Farmácia, por meio da resolução nº 460, de 23 de março de 2007, reconheceu o dia 20 de Janeiro como o Dia do Farmacêutico.

Em Valadares, a Assistência Farmacêutica (AF) do sistema público de saúde atende a área urbana e os distritos do município e tem por objetivo promover, cuidar e recuperar a saúde da população por meio do fornecimento de medicamentos, que devem ser tomados de maneira consciente, seguindo sempre prescrição médica. “A cada dia que passa os profissionais da área estão mais focados no paciente e não necessariamente no medicamento e na doença, o que faz com que o papel do farmacêutico seja cada vez mais importante na sociedade, seja orientando sobre o uso racional dos medicamentos ou quanto aos hábitos de vida saudável que contribuem para uma melhor qualidade de vida e para a prevenção de doenças. Quero parabenizar a todos os farmacêuticos do município pelo seu dia”, declarou a coordenadora da AF Melise Rocha Ferreira Bragança.

Quem pensa que o trabalho nesse setor limita-se apenas à distribuição dos medicamentos está muito enganado. Antes que as pessoas tenham acesso a eles, há todo um processo: primeiro, os medicamentos previamente selecionados são adquiridos por meio de licitação; em seguida, armazenados; e, depois, tem a distribuição programada. Por fim, são dispensados aos destinatários finais, que são orientados quanto à posologia e demais orientações relacionadas à atenção farmacêutica – tudo isso para proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes.

Em 2012, a equipe da AF era formada por sete profissionais. Em 2014 este número subiu para 15, sem contar os farmacêuticos do Hospital Municipal e do Laboratório.

No âmbito do SUS, em Governador Valadares, a AF conta com as seguintes unidades de atendimento farmacêutico: Farmácia Central/Policlínica Municipal Quem circula pela região hospitalar comumente se depara com uma fila na porta da Farmácia Central. No local, são realizados aproximadamente mil atendimentos por dia, o que, em um mês, significa 20 mil pessoas em busca de medicamentos.

O que a maioria da população não sabe é que vários desses medicamentos encontram-se disponíveis nas unidades de saúde mais próximas de casa, na Farmácia Popular do Brasil e nas farmácias particulares conveniadas

Saúde

Derli Batista da Silva

O parto é natural, a prática é...

No rol de questões que exigem preocupação e requerem atenção cuidadosa dos governos e da sociedade, está a redução das mortalidades materna e infantil, que consta dos ODM - Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Sendo que, infelizmente, a redução da mortalidade materna aparece em relatório sobre a Saúde no Brasil (revista The Lancet) como o único ODM com “progresso insuficiente”. É importante lembrar que “no Brasil, a saúde da mulher só foi incorporada às políticas nacionais nas primeiras décadas do século XX, mantendo-se limitadas até a década de 1970 às demandas relativas à gravidez e ao parto.”, conforme afirma a enfermeira e doutora em Enfermagem Lourdes Bernardete dos Santos Pito Alexandre, no capítulo de livro intitulado Políticas Públicas de Saúde da Mulher. Ainda assim, o país segue com elevada mortalidade materna, sinalizando que precisa aperfeiçoar muito os serviços de assistência à mulher, especialmente, aqueles focados no atendimento ao pré-natal, à parturiente e à puérpera.

De acordo com o Ministério da Saúde no Brasil, são objetivos gerais da Política de Saúde da Mulher: promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres, mediante a garantia de direitos e ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde; contribuir para a redução da morbidade e da mortalidade feminina,

A Farmácia Popular do Brasil é um benefício do governo federal aos brasileiros de baixa renda, com distribuição em todo o Brasil

com o programa do governo federal Aqui tem Farmácia Popular. A busca pelos medicamentos nesses locais poderia evitar transtornos, idas desnecessárias ao centro da cidade e perda de tempo na fila. Para saber se há ou não o medicamento de que você precisa, basta ir à unidade de saúde mais perto de sua casa e consultar a lista de remédios disponíveis na farmácia de lá.

Tem direito aos medicamentos disponíveis na Farmácia Central os usuários da Atenção Básica e do Componente Estratégico que morem nas zonas rural e urbana de Valadares, mediante a apresentação da receita médica original, juntamente com a cópia, cartão SUS e comprovante de residência. A dispensação ocorre para tratamento de 30 dias e a validade da receita segue a prescrição dos medicamentos. Funcionamento: segunda a sexta-feira, 8 às18h | Rua São João, 344 –Centro.

Farmácia Popular do Brasil Criado pelo governo federal, o programa Farmácia Popular do Brasil amplia o acesso aos medicamentos para as doenças mais comuns entre os cidadãos, como diabetes, hipertensão arterial, entre outras. O programa possui uma rede própria de farmácias em vários municípios do Brasil – aqui, ele é vinculado à Prefeitura de Valadares. Nesse serviço são atendidas tanto receitas do SUS, quanto particulares. Apresentando a receita e o CPF do titular, o remédio sai de graça ou é vendido pelo seu valor de custo, repre-

especialmente por causas evitáveis; ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no SUS - Sistema Único de Saúde. Nesse conjunto de ações está o pré-natal que deve incluir no mínimo 6 consultas realizadas por enfermeiro ou por médico, e, no caso de gravidez de risco, apenas por médico especialista em obstetrícia.

Jornais brasileiros noticiaram que o número de cesarianas na rede privada é cinco vezes maior que o considerado aceitável (15%) pela OMS - Organização Mundial da Saúde. Os partos cesarianos na rede privada de serviços de saúde chegam ao absurdo de 84%, alcançando mais de 90% em algumas maternidades. Para o ministro da saúde, Ademar Arthur Chioro dos Reis, médico e doutor em Saúde Coletiva, “É inadmissível aceitar como normal a taxa de cesárea que nós encontramos, em particular em planos de saúde. Nós vivemos uma epidemia de cesárea. Ela não é normal...”. Isso só ocorre para favorecer o lucro financeiro de profissionais e instituições, colocando em risco a saúde e a vida da mulher.

O Ministério da Saúde alertou que a cesariana causa danos desnecessários à saúde da mulher e do bebê: aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recémnascido e triplica o risco de morte da mãe. Em contrapartida, entre as vantagens do parto normal estão a redução da morte materna, de doenças infecciosas e de dores pós-operatórias; nos bebês, diminui risco de morte intrauterina, complicações respiratórias e obesidade na infância.

Um estudo publicado na revista Archives of Disease in Chilhood / British Medical Journal reafirmou a teoria de que crianças nascidas por cesárea têm mais possibilidades de desenvolver obesidade. Os pesquisadores analisaram 1.255 crianças nascidas no hospital da Infância de Boston, nos Estados Unidos, e constataram que enquanto só 7,5% de bebês nascidos de maneira natural sofriam de obesidade aos três anos, esta

sentando um desconto de até 90% do valor de mercado.

Funcionamento: segunda a sexta, de 8 às 18h, e sábado, de 8 às 12h | Rua Marechal Deodoro, 368 – Centro.

Para que os medicamentos não fiquem centralizados em um único local e estejam acessíveis aos usuários, as unidades de saúde do município contam com dispensários onde os fármacos são armazenados. Para se ter direito ao medicamento, basta apresentar a receita original, cópia e o cartão SUS. As Unidades de Atenção Primária são apoiadas pelos farmacêuticos do Núcleo de Assistência a Saúde da Família (NASF), que, além de se responsabilizarem pelos pedidos, armazenamento e conservação dos medicamentos, ainda promovem práticas interativas como lian gong, auriculoterapia, entre outras. Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 7 às 17h.

O serviço conta ainda com a Central de Abastecimento Farmacêutico do Almoxarifado Central (responsável pelo recebimento, armazenamento, conservação e distribuição dos medicamentos padronizados na Secretaria Municipal de Saúde do município), a Farmácia da Saúde Mental (pacientes encaminhados das Unidades Básicas de Saúde e Estratégias de Saúde da Família que realizam acompanhamento psiquiátrico no CERSAM, CAPS-AD, CAPS-I e AMBULATÓRIO), Farmácia do CRASE (pacientes com DST/AIDS e hepatites virais) e Farmácia do CREDEN-PES (pacientes cadastrados no centro de referência para tratamento e acompanhamento da hanseníase, tuberculose e leishmaniose).

percentagem chegava a 15,7 nos casos onde houve intervenção cirúrgica no parto, procedimento de cesariana.

A ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar estabeleceu normas para o estímulo ao parto normal e a consequente diminuição das cesarianas desnecessárias na rede de planos de saúde privados. As mulheres têm o direito de solicitar nesses serviços os percentuais de cirurgias cesarianas e de partos normais por estabelecimento de saúde ou por profissional. Médicos obstetras têm a obrigação de utilizarem o partograma, documento gráfico em que são preenchidos registros de detalhes do trabalho de parto.

A política brasileira para a saúde da mulher prevê, dentre diversos serviços, os CPN que precisam ser mais conhecidos pelas famílias e considerados por governantes; são os Centros de Parto Normal. Conhecidos também como “Casas de Parto”, oferecem uma alternativa ao parto hospitalar e devolvem ao nascimento sua dimensão social, sendo opção para as mulheres que querem um parto natural, sem procedimentos traumatizantes de internação em hospital como a separação da família, o acesso limitado à alimentação, instalação de soro endovenoso e procedimento cirúrgico que ocorre em caso de cesárea.

Urge a implantação de Centros de Parto Normal, a séria mobilização da sociedade para o parto natural, além da ampliação e melhoria de serviços voltados à saúde da mulher. A situação está batendo à porta há tempos e a esperança é alentada com um novo governo, atento e sensível às demandas sociais, capaz de comprovar na sua condução política a consolidação dos princípios do SUS e sua competência em relação à qualidade e ética em defesa da saúde pública e da vida.

Derli Batista da Silva é enfermeiro, mestre, especialista em Bioética e em Gestão de Organização Pública da Saúde, professor universitário.

CIDADANIA

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BRAVA GENTE

Ombudsman

FIGUEIRA - Fim de semana de 23 a 25 de Janeiro de 2015

CARLOS ROBERTO TORRENTE

Rosi Santiago

José Carlos Aragão

Oui, nous sommes Figueira Frequento – cada vez menos - as redes sociais, na tentativa de me manter minimamente informado sobre o que se comenta à boca pequena sobre o que é (ir)relevante no país e no mundo. E foi surfando nessas ondas virtuais que pude perceber que sou mesmo um eterno incompreendido... É que tenho muito apreço pela minha língua e, em particular, pelo uso da palavra escrita, que uso para me expressar, expor meus pensamentos e ideias. Mas acho que me complico às vezes, por causa dessa minha obsessão em querer ser original, contundente, objetivo e – pecado dos pecados!

– metido a engraçadinho.

Como tal, quase não resisto a um trocadilho, uma ambiguidade vocabular, uma figura de linguagem, uma ironia, uma sutileza ou a intertextualidades e associações inéditas de ideias ou fatos que possam dar um toque mais pessoal e autoral ou texto. São algumas ferramentas (além de outras) que busco empregar regularmente em minha produção literária e jornalística – ou seja lá o que for que eu estiver escrevendo...

E – só pra ir direto ao ponto a que pretendo chegar – sou fiel ao meu estilo também quando escrevo minha coluna para o Figueira.

Dependendo do(s) assunto(s) abordado(s) a cada semana, divido – ou não – minha coluna em notas, separadas por breves entretítulos que, tanto podem servir para separar os temas, como para interligá-los, se for o caso.

E, quase sempre, a nota que abre a coluna é um pouco mais extensa e recebe um título mais genérico e abrangente, do tipo “guarda-chuva” do que virá abaixo.

Semana passada, dediquei toda a coluna a comentar o ataque ao Charlie Hebdo, que teve ampla e difusa cobertura do Figueira em sua edição anterior. Abri a coluna fazendo um paralelo entre o atentado de Paris e o ataque ao World Trade Center em Nova York, em 2001.

“Quatorze anos depois dos Estados Unidos, a França também teve o seu “11 de setembro” – escrevi, logo abaixo do título geral que dei à coluna: “07.jan.15”.

Contudo, acho que a minha associação de fatos e datas não foi percebida pelo jornal, que substituiu meu título por outro: “Sim, nós somos Charlie” – e que repetia, traduzido, o entretítulo que dei à última nota da mesma coluna (“Oui, nous sommes Charlie”).

Como o leitor não leu o título original, fica aqui o registro.

D’aprés 11.sep.01 Nos EUA, a simples grafia da expressão numérica 9/11 é diretamente relacionada ao atentado terrorista às Torres Gêmeas, ocorrido em 11 de setembro de 2001. Pelo padrão americano de registro de datas, lá se escreve o mês antes do dia. Daí, 9 (mês)/11 (dia).

Ao pretender relacionar o atentado de Paris com o de Nova York, usando a data como título da minha coluna, vivi um grande dilema: como escrever a data? Considerei que EUA e França adotam sistemas diferentes, falam línguas diferentes; e mais: que eu estaria escrevendo para um leitor que fala Português, e não Inglês ou Francês. Como grafar a data então, de forma que a associação de fatos e datas não se tornasse um enigma a ser decifrado por quem o lesse?

Depois de várias experimentações, optei pelo formato que associava algarismos e a abreviatura do nome do mês em questão: jan = janeiro. Reforçou minha convicção o fato de que a abreviatura também se aplicava ao nome do mês em Francês: janvier. Imaginei que, assim, todos compreenderiam e entenderiam minha intenção.

Só me esqueci de um detalhe: sou um eterno incompreendido.

Olho vivo “Olho”, no jargão jornalístico, é aquele trecho de uma entrevista, reportagem ou artigo que é copiado do corpo da matéria e reproduzido, em destaque, em corpo maior, na mesma página ou seção. É um recurso estético, usado para tornar a página mais leve; e, também, um recurso editorial, para fisgar a atenção do leitor e induzi-lo a ler o texto completo.

Uma matéria pode ter um ou mais olhos, dependendo de sua extensão e do espaço disponível para inseri-los. Em geral, quando há vários olhos, o editor costuma destacar trechos diferentes da matéria, para cumprir essa função.

Mas, em sua edição passada, o Figueira inovou: numa mesma página (06), usou dois olhos. Só que – embora diferentes na formatação - exatamente iguais em conteúdo.

José Carlos Aragão, ombudsman do Figueira, é escritor e jornalista. Escreva para o ombudsman: redacao.figueira@gmail.com

F

O matemático Carlos Roberto Torrente e o seu livro, que conquistou os concurseiros.

Torrente e o raciocínio lógico Rosi Santiago / Especial Carlos Roberto Torrente é licenciado em matemática pela UNEC, de Caratinga, pósgraduado em matemática e estatística pela UFLA (Universidade Federal de Lavras) e professor de matemática de escolas públicas e privadas. Prepara concursandos em matemática e raciocínio lógico em vários cursinhos preparatórios desde 1989. Atualmente é coordenador da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas - OBMEP. O breve currículo já dá uma ideia do seu talento com os números.

Além das atividades na sala de aula, Torrente participa, todos os domingos, do Programa Terceiro Tempo, na TV Rio Doce.

Conhecido no vídeo como “Matemático”, ele faz as projeções matemáticas dos clubes de futebol nos diversos campeonatos disputados durante o ano no futebol brasileiro e tira dúvidas dos telespectadores.

Nascido em Caratinga, vive em Governador Valadares há 35 anos e está lançando seu primeiro livro, Raciocínio Lógico para Concurso.

A obra é uma coletânea de questões de concursos recentes onde os candidatos apresentaram maior dificuldade. Cada questão é explicada detalhadamente, expandindo a compreensão sobre o raciocínio lógico. Também familiariza o leitor com palavras que não são do seu cotidiano, mas que fazem parte do conteúdo.

O livro foi lançado em 24 de dezembro de 2014 e já na primeira semana estava na lista dos mais vendidos, nos sites das livrarias brasileiras.

Torrente é apaixonado com matemática e defende a sua disciplina sempre que é necessário. Para aqueles que consideram o racio-

cínio lógico uma bobagem, ele diz: “Toda atividade que você vai fazer é necessário pensar.

Quando se atravessa a rua você cria uma estratégia para realiza-la da melhor maneira.

O raciocínio lógico é a lógica do pensamento”.

Seus grandes incentivadores foram os alunos dos cursos preparatórios para concursos públicos, que pediam um material que pudessem ter sempre à mão. Torrente tem como expectativa que o livro possa ajudar aos concursandos e alcançar àqueles que não têm uma oportunidade de realizar um curso preparatório. Ele conta que o primeiro livro é como um filho e que este foi feito com o máximo de carinho.

Raciocínio Lógico para Concurso é mais um fruto de sua dedicação à educação. De linguagem simples e com esquemas de fácil compreensão é uma leitura interessante para leitores a partir dos anos finais do ensino fundamental.

Para quem deseja adquirir um exemplar é só acessar o site: http://clubedeautores.com. br ou diretamente com o autor pelo telefone: (33) 88880500.

“

Toda atividade que você vai fazer é necessário pensar.

Quando se atravessa a rua você cria uma estratégia para realiza-la da melhor maneira.

O raciocínio lógico é a lógica do pensamento.

ASSINE ESTE FIGUEIRA ASSINATURA SEMESTRAL: R$ 30,00 ASSINATURA ANUAL: R$ 50,00 Ligue: 3022.1813

GERAL

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FIGUEIRA - Fim de semana de 23 a 25 de Janeiro de 2015

TV Pantera coloca o Democrata na mídia A emissora vai funcionar na web, com canal de rádio e exibição de imagens dos jogos do Democrata, entrevistas e programas especiais sobre a Pantera Natália Carvalho / Repórter

Já pensou em uma programação completamente voltada para o time do coração de Governador Valadares? Com o olhar de torcedor e estrutura profissional, a TV Pantera surgiu da junção do profissionalismo e paixão de grandes torcedores do Esporte Clube Democrata.

A TV faz parte do Projeto “Fechado com a Pantera”, criado pelo produtor audiovisual Rubens Rocha e o profissional de marketing Paulo Marcos. “Nós temos bastante conhecimento sobre este universo do Democrata, temos a paixão e também o potencial empreendedor. Então, por que não ganhar dinheiro fazendo algo que gostamos?”, conta Paulo.

Com o projeto em mãos, Rubens e Paulo formaram uma equipe com mais oito profissionais e sete câmeras, sendo uma delas um Drone, uma pequena aeronave controlada por controle remoto. Cedido pelo Alexandre Silva, um dos parceiros da TV, o aparelho estará presente no campo, registrando a emoção dos jogos e interação com a torcida.

Além da TV, o Projeto “Fechado com a Pantera” também vai contar com uma rádio, onde serão transmitidos todos os jogos do Democrata. Seis profissionais vão acompanhar o time em todos os jogos deste próximo campeonato, percorrendo cerca de 5 mil quilômetros, e farão a transmissão ao vivo. Esta será liberada para outros lugares aonde a rádio não chega via FM, como em Galiléia. “Vamos disponibilizar o link para a retransmissão dos jogos nas outras cidades”, conta Paulo. Para os Valadarenses, a transmissão será feita pela Oriente FM, onde o projeto também vai contar com um programa diário sobre o time.

Sobre a programação da TV, os fãs poderão assistir à cobertura completa de todos os treinos do Democrata, crônicas e o Raio X da Rodada, com a repórter Isa Belly. Ela que foi convidada também pelo amor ao time, conta que as expectativas são as melhores

Diórgenes Lessa

Drone fazendo imagens aéreas para a TV Pantera. Ao lado, a repórter Isa Belly Sena entrevista o técnico Gilmar

possíveis, tanto em relação ao projeto, como em relação ao Democrata: “O Democrata agora está na elite do campeonato mineiro, e o nível de dificuldade é muito maior, dentro e fora das quatro linhas. Por isso, estamos trabalhando para trazer a melhor cobertura e transmissão dos jogos, além de trazer informações e interagir com a torcida, que é tão exigente e apaixonada.”, comenta.

De acordo com Paulo tudo já está pronto para ser transmitido: “Já colhemos todos os materiais. Temos matérias sobre os preparativos do estádio, o que foi feito em termos de lauda, de corpo de bombeiros.

Temos também matérias sobre o preparativo físico dos jogadores. Ou seja, tudo que o

os fãs precisarem saber sobre o time estará disponível na TV Pantera”.

E todo este conteúdo tem previsão para estar no arantes dos próximos jogos. A TV Pantera poderá ser acessada por qualquer pessoa, e sem custo algum, no site: www. fechadocomapantera.com.br. No entanto, é por este mesmo motivo que o projeto conta com patrocínios. “Estamos sempre à procura de patrocinadores, caso alguém tenha interesse.”, diz Paulo. “Nosso objetivo é levar informações do universo do Democrata, mas de forma imparcial e profissional.

Porém, somos apaixonados mesmo! Eu sou Cruzeirense, mas antes, sou Democratense!”, finaliza.

Direitos Humanos Flávio Fróes

Dores do crescimento O crescimento das cidades brasileiras nas últimas décadas tem atraído a atenção de cidadãos (ãs) comuns e, quem sabe, com maior força, dos gestores de políticas públicas.

Dada a complexidade do tema, a ele se voltam técnicos e expoentes de variadas áreas da ciência. Fenômeno social resultante de numerosos fatores ainda mal equacionados, trabalha com conceitos díspares como situação geográfica, topografia, transporte, migração, saúde, segurança, lazer, um rol interminável... Interessa aos políticos, aos empresários e aos estudiosos dos direitos humanos.

Tudo isso para dizer da indesmentível fase de crescimento de Governador Valadares nesses últimos anos.

Mesmo o (a) cidadão (ã) que não acesse os indicadores do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística tem percepção imediata do que ocorre em seu redor. São famílias que mudam de endereço, são escolas que ampliam suas ofertas de matrículas, é o setor de serviços cada dia mais exigente com os candidatos às vagas de emprego e, finalmente, os numerosos lançamentos imobiliários cada vez mais distantes da área central a comprovar a suspeita de que a expansão física da urbe segue mesmo os quatro pontos cardeais.

Mas se, por um lado, o crescimento da cidade alvoroça empresários e os leva à euforia com a expectativa de ganhos financeiros, por outro lado setores governamentais se dão à frustrante obrigação de administrar recursos escassos e refazer os planos de aplicação definidos nos orçamentos anuais. Como a expansão do mapa físico da cidade implica em obras, compras, indenizações e desapropriações, tudo isso na mira dos Tribunais de Contas e à

luz da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000), pouco espaço resta à Administração Municipal.

Mas além do aperto orçamentário, o crescimento da cidade tem a ver com situações de conflitos sociais. Que não são poucas nem pequenas. No caso preciso do Município de Governador Valadares, a Administração Municipal tem efetuado a mudança de famílias de áreas de risco para os conjuntos habitacionais Figueira e Vitória, entre outros. Parece, contudo, que as boas intenções dos agentes políticos não têm sido suficientes para solucionar determinados conflitos. Os atritos vividos nos antigos endereços persistem nos novos, pois “a vida não mudava mudando só de lugar”, conforme cantava Geraldo Vandré em “Ventania”. Ocorre então que situações conflituosas e de desacordo com a Lei acompanham a expansão do mapa físico da cidade e evidenciam a carência de atendimento social a indivíduos e grupos em escala cada vez maior. Tais situações exemplificam a afirmação de estudiosos da área: a boa vontade política é necessária, porém insuficiente. Há que buscar cooperação dos diversos setores sociais – aí incluídos necessariamente o acadêmico, o religioso, o esportivo, e a ampla gama das associações que integram os conselhos municipais setoriais.

Fases já ocorridas de crescimento de cidades deixaram marcas na História. Resta aos (às) cidadãos (ãs) comprometidos (as) com o exercício da cidadania agir para minorar as dores desse crescimento.

Flávio Fróes Oliveira é filósofo e estudioso dos direitos das crianças e adolescentes.

Termina na semana que vem o prazo para matrículas do ProJovem Urbano e do EJA Vai até o próximo dia 30 o prazo de matrículas para o ProJovem Urbano que atende jovens na faixa etária entre 18-29 anos, e para quem tem 30 anos ou mais o Ensino de Jovens e Adultos (EJA).

As aulas serão ministradas nas escolas municipais, José Ângelo de Marco, Padre Eulálio Lafuente Erloz, Ivo de Tassis, João Dornelas, Laura Fabri e Pio XII-CAIC. As matrículas podem ser feitas no Espaço da Cidadania – Av. Brasil, 3021, Centro (atrás do Fórum) – e/ou nas próprias escolas onde serão ministradas as aulas. O candidato deverá levar os seguintes documentos: RG, CPF e comprovante de residência.

Outras informações pelo telefone: 3271.3233.

ProJovem Urbano O curso oferece formação no ensino fundamental, cursos de iniciação profissional, aulas de informática e auxílio de R$ 100,00 por mês. Tem duração de 18 meses, de segunda a sexta-feira das 19 às 22 horas. E para àqueles que possuem filhos e não tem com que deixar, é disponibilizada uma sala de acolhimento infantil na mesma escola em que o responsável estiver estudando.

EJA A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino que oferece oportunidade para pessoas que, por qualquer motivo, não concluíram o ensino fundamental e/ou o médio na idade apropriada.

CORRESPONDENTES

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FIGUEIRA - Fim de semana de 23 a 25 de Janeiro de 2015

D’outro lado do Atlântico José Peixe / De Lisboa

A liberdade de expressão e o jihadismo radical A União Europeia (UE) iniciou o ano de 2015, com um atentado à redação do jornal satírico “Charlie Hebdo”, levado a cabo por três jihadistas radicais que acabaram por fazer 12 vítimas e mais uma dezena de feridos. Durante vários dias, a cidade de Paris abriu os noticiários em todo o mundo, até a polícia francesa ter conseguido matar, ao vivo, os responsáveis pelo ataque ao “Charlie Hebdo”.

Durante várias semanas as redes sociais, principalmente o Facebook, estiveram super ativas, graças à discussão que se levantou em torno do ser a favor ou contra à linha editorial provocativa do “Charlie Ebdo”. E quem soube aproveitar muito bem o que se passou em Paris foram os grupos de extrema direita europeus, que ficaram mais ativos, contra os imigrantes, negros, ciganos e árabes.

Na Alemanha existe um grupo de jovens neonazistas que organizam manifestações todas as semanas, pedindo a expulsão dos cidadãos turcos e outros imigrantes que vivem há muitos anos na Alemanha e alguns deles até já têm a nacionalidade germânica.

O atentado de Paris serviu para demonstrar que, afinal de contas, existem grandes divisões entre os principais líderes europeus. E também ficou provado que na maioria dos países que fazem parte da União Europeia, não existem meios eficazes para combater estes gêneros de ataques preparados por grupos de jihadistas radicais que revelam muita prática militar. É verdade que a manifestação que se organizou em Paris juntou mais de três milhões de cidadãos. Quanto a fatos não existem argumentos. Mas o jornal diário “Le Monde” fez questão de esclarecer a opinião pública, que nem todos os europeus estavam a favor da política editorial satírica e humorista do “Charlie Hebdo”. E muito menos de acordo com a política do governo francês, liderada por François Holande. E como prova, aparece uma foto com a maioria

dos líderes políticos numa manifestação, alguns quilômetros afastados dos manifestantes populares, por razões de segurança.

Quem conhece bem a França, sabe perfeitamente bem que existem muitos milhões de cidadãos árabes (tunisinos, argelinos, marroquinos, líbios e turcos) e muitos negros que nasceram em território gaulês e gozam da dupla nacionalidade. Aliás, todos os que estiveram envolvidos diretamente no atentado ao “Charlie Hebdo” e no pequeno mercado judaico, tinham a nacionalidade francesa.

Nos últimos dias têm-se vivido momentos conturbados na Bélgica, Holanda, França, Alemanha e Dinamarca, porque as diversas comunidades islâmicas existentes nesses países já fizeram questão de se manifestar publicamente, dizendo que estão a ser marginalizados e humilhados. Na Síria e no Médio Oriente, os extremistas e radicais islâmicos já ameaçaram com mais atentados na União Europeia, o que de certa forma faz com que se viva num estado de alerta permanente.

Indiferente a todas estas situações parecem estar os profissionais que trabalham no jornal “Charlie Hebdo”. Continuam a utilizar a redação do jornal esquerdista “Liberation” para fazer as suas edições satíricas que têm esgotado. A primeira edição pós-atentado, o “Charlie Hebdo” surgiu com a charge do profeta Maomé na capa e conseguiu vender mais de três milhões de jornais.

Um dos cartunistas da publicação comparou a ministra da Justiça de França, Chistiane Taubira, com uma macaca e isso provocou algumas manifestações contra a política editorial do “Charlie Hebdo”. É que a liberdade de expressão e de imprensa é um direito fundamental, consagrado na Carta Universal dos Direitos do Homem, mas é bom que se saiba que as pessoas, independentemente de ocuparem cargos políticos ou não, também gozam de direitos fundamentais, como o direito à imagem, à honra e à privacidade.

Uma coisa é certa, depois do atentado de Paris e do sequestro que ocorreu num mini mercado judaico, o pânico instalou-se na sociedade francesa. Mas em toda a União Europeia se vive sobre a ameaça do terrorismo islâmico. E só para que se tenha uma ideia

Café com Leite Marcos Imbrizi / De São Paulo

ANCINE disponibiliza R$ 60 milhões para produções destinadas a TVs públicas brasileiras Estão abertas as inscrições para as chamadas públicas da Linha de Produção de Conteúdos destinados às TVs públicas do Programa Brasil de Todas as Telas. No total serão disponibilizados R$ 60 milhões, em recursos do Fundo Setorial do Audiovisual, destinados às cinco regiões brasileiras. De acordo com o sítio da Agência Nacional do Cinema (Ancine), os recursos serão destinados ao fomento de 103 obras audiovisuais brasileiras, num total de 260 horas de programação.

A iniciativa tem por objetivo a regionalização da produção de conteúdos audiovisuais independentes para destinação, a princípio, para o campo público e televisão (TVs universitárias, comunitárias, educativas e culturais).

Podem participar do processo empresas produtoras brasileiras independentes registradas na ANCINE com sede na região em que se inscreverem no mínimo há dois anos. Os interessados têm até 26 de fevereiro para se inscrever e enviar a documentação necessária.

Também estão abertas as inscrições para as oficinas de qualificação de projetos para produção de animações, ficções e documentários, que serão realizadas em 12 capitais brasileiras. A iniciativa visa capacitas os interessados em participar do edital. Mais informações estão disponíveis em: http://ancine.gov.br/.

‘O Sal da Terra’ é candidato ao Oscar – O documentário ‘O Sal da Terra’, que mostra a trajetória do fotógrafo Sebastião Salgado é candidato ao Oscar de melhor documentário. Com direção do alemão Win Wenders e Juliano Salgado, filho de Sebastião, a produção resgata também o projeto ‘Genesis’, através do qual o fotógrafo registrou civilizações e regiões ainda inexploradas de nosso planeta.

Fim da greve dos metalúrgicos – E a greve dos trabalhadores da Volkswagen em São Bernardo do Campo termi-

nou na última sexta-feira, depois de 10 dias de paralisação.

A empresa aceitou rever as 800 demissões e propôs um programa de demissão voluntária. Também foi acertado um novo cálculo de reajuste dos salários. Vale lembrar que a empresa e o Sindicato haviam firmado acordo em 2012, que previa, por um período de cinco anos, a garantia de emprego, investimento na fábrica de São Bernardo, entre outros pontos.

Movimento Passe livre – Nem mesmo o anúncio da gratuidade do transporte público para estudantes poupou o Movimento Passe Livre de realizar protestos contra o aumento das passagens. Na região doABC paulista algumas manifestações reuniram algumas centenas de manifestantes. Já na capital paulista nas duas últimas sextas-feiras manifestantes favoráveis à gratuidade do transporte público realizaram atos no centro da cidade que culminaram com a repressão da polícia frente a ataques de grupos de mascarados. Novas manifestações estão agendadas, sempre com a utilização da Internet.

Banho coletivo na casa do Alckmin – Passados 14 dias de sua posse, o governador Geraldo Alckmin admitiu, pela primeira vez, na semana passada, o racionamento de água em São Paulo. O governador teve de admitir o racionamento para que a justiça aprovasse a cobrança de uma multa de 100% na conta dos cidadãos que desperdiçam o cada vez mais precioso líquido. Em protesto contra tanta incompetência e descaso um grupo de paulistas criaram no Facebook o evento ‘Banho coletivo na casa do Alckmin’: nossa água está no fim, nossa paciência também. Será no dia 26 de janeiro, às 10h, na sede do Governo paulista, no Morumbi.

Marcos Luiz Imbrizi é jornalista e historiador, mestre em Comunicação Social, ativista em favor de rádios livres.

www.minasteconline.com.br

do que está acontecendo, em algumas cidades da Inglaterra e da Alemanha, alguns movimentos de extrema direita, durante a noite, fazem rondas com o objetivo de perseguir e intimidar cidadãos de origem árabe. Estas situações a manterem-se, podem originar conflitos intermináveis nos próximos meses. Começa a passar-se a mensagem de que a desgraça econômica e social que se instalou na Europa foi originada pelos imigrantes árabes e negros. O que não corresponde à realidade. A crise que vivemos hoje na Europa deve-se às más políticas praticadas pelos principais líderes europeus.

E enquanto a maioria dos cidadãos europeus anda distraída com o “Charlie Hebdo”, a invasão russa na Ucrânia não pára e os gregos preparam-se para votar, já no próximo domingo, num Governo de extrema esquerda que promete não pagar a dívida e abandonar a União Europeia. Para complicar ainda mais a situação, os russos estão à beira da banca rota (o preço do petróleo não pára de descer) e o rublo passa por momentos difíceis. Vamos aguardar com serenidade pela chegada da primavera, que no “velho” continente europeu, costuma ser propícia a revoluções.

José Valentim Peixe é jornalista profissional (C.P 1040) e doutor em Comunicação

Cotidiano Lucimar Lizandro

Liberdade de expressão e o respeito às diferenças No dia 7 de janeiro de 2015 o mundo se viu diante de um crime bárbaro, quando 12 pessoas foram brutalmente assassinadas nas dependências do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris na França.

Entre os mortos, oito eram ligados diretamente ao jornal francês, estando na relação, o editor principal, vários cartunistas, dois policiais, um funcionário de uma outra empresa do mesmo prédio do jornal, além de um convidado.

No dia 9 de janeiro, em um supermercado judeu, também em Paris, uma ação terrorista terminou com a morte de quatro funcionários do estabelecimento comercial. Nos dois episódios, os terroristas foram mortos pelos policiais franceses.

A motivação para a sequência de atentados terroristas na França seriam as polêmicas charges do jornal Charlie Hebdo retratando o Profeta Maomé, com a ridicularização e o insulto ao islamismo, segundo a ótica dos muçulmanos.

Em resposta aos atentados, vários manifestações foram realizadas em diversas partes do mundo, sendo a mais numerosa a marcha realizada na cidade de Paris, que além dos cidadãos franceses, contou ainda com a participação de vários chefes de estado e importantes líderes mundiais.

Na esteira dos trágicos acontecimentos, um intenso debate se colocou acerca dos limites da liberdade de expressão e do respeito à fé, aos valores e a tradição alheia. Dois posicionamentos chamaram a atenção. O primeiro ministro britânico David Cameron entende que numa sociedade livre deve haver o direito de ser ofensivo com a religião do outro. Por sua vez, o Papa Francisco refutou veemente qualquer tipo de violência em nome de Deus, mas, asseverou que a liberdade de expressão não pode ser algo absoluto, devendo respeitar a fé alheia.

A reação das entidades ligadas ao islamismo foi de moderação e condenação dos atos de violência, embora considerem que a caricatura de Maomé na capa da mais recente edição do Charlie Hebdo é intolerante, desrespeitosa e um sinal de ódio e de insensibilidade” para com os muçulmanos.

No Brasil, como não poderia deixar de ser,os grupos contrários a ideia de regulação da mídia aproveitaram o episódio dos atentados na França para reafirmar sua posição contrária ao projeto governamental.

A verdade é que não podemos,jamais transigir com a violência e a intolerância, sob pena de comprometermos irremediavelmente o convívio social. Por outro lado, questão que se coloca é a seguinte: Será possível um ambiente de paz e segurança, dentro de um conceito de liberdade de expressão ilimitada que não leve em conta as diferenças, os valores, as tradições e a fé alheia Aguardamos ansiosamente a resposta.

Lucimar Lizandro de Freitas é graduado em Administração e PósGraduado em Administração Pública.

CULTURA E ESPORTE 11

FIGUEIRA - Fim de semana de 23 a 25 de Janeiro de 2015

Histórias que a bola não conta Hadson Santiago

Batistote, o primeiro xodó das metálicas Arquivo Hadson Santiago

“Amílton doidão, terror do Mamudão!”. É assim que os torcedores democratenses presentes nas arquibancadas metálicas incentivam e demonstram identificação com o atacante Amílton, desde a sua primeira e brilhante passagem pelo EC Democrata, em 2007. Autor de gols decisivos em diversas temporadas, o apoio da torcida ao jogador, provavelmente, não será diferente em 2015. Entretanto, o primeiro xodó das metálicas, já no ano de inauguração das arquibancadas, em 1981, foi o ponta-direita Paulinho Batistote, um ícone da história democratense. Esta coluna é dedicada a ele.

Paulinho Batistote nasceu em 30/01/1959, em Campo Grande (MS). Começou a jogar futebol nas categorias de base do São Paulo FC. Quando “estourou a idade”, expressão muito utilizada no mundo da bola, não teve oportunidades no profissional do tricolor paulista e preferiu deixar o clube. Recebeu passe livre e foi cantar em outra freguesia. Atuou pelo Rio Preto, no interior paulista, e voltou à sua cidade natal para jogar pelo EC Comercial. Nessa época, Batistote era centroavante.

Em 1980, o Democrata estava montando sua equipe para a disputa do Campeonato Mineiro e contratou Paulinho Batistote, então um ilustre desconhecido por essas bandas. Lembro-me, como se fosse hoje, de que ao abrir o jornal, deparei-me com uma foto do recém-contratado fazendo embaixadas. A matéria Batistote (de barba) ao lado de Fausto Rosa, da Pantera trazia detalhes da curta carreira do jogador. Achei o sobrenome O Democrata fez um grande Campeonato Mineiro em 1980 diferente e, confesso, não pus muita fé. O técnico da Pantera era Hércules Brito Ruas, o Brito, campeão mundial no México, em e terminou a competição em 6º lugar, num total de 21 clubes.

1970, como jogador. Formava a zaga da Seleção Brasileira ao Batistote caiu nas graças da torcida por sua raça, dedicação e lado de Piazza. Certa vez, em abril de 1982, Batistote concedeu alegria em jogar. Tornou-se um ponta-direita driblador e fazia a uma longa entrevista à revista Placar e fez importantes revela- alegria da galera. O ano de 1981 foi ainda mais marcante. Em ções sobre sua vinda para Governador Valadares. Em primeiro maio foram inauguradas as arquibancadas metálicas do Estádio lugar, disse que veio atuar no Democrata por causa de um amigo José Mammoud Abbas, período em que foi disputado o Torneio que era jogador da Pantera. Infelizmente, não revelou o nome João Havelange, competição já abordada nesta coluna. Batistodesse companheiro. Como foi citado anteriormente, Batistote era te fez partidas memoráveis contra Flamengo e Vasco. A galera centroavante. Foi o técnico Brito que o colocou para jogar como das metálicas adorava quando o ponteiro partia para cima do ponta-direita, alegando que ele era baixinho, habilidoso e veloz, marcador e dava dribles desconcertantes. Depois vieram o Camcaracterísticas típicas de um ponteiro. Batistote foi humilde e acei- peonato Mineiro e a Taça Minas Gerais. O Democrata ficou em 8º tou a opinião do comandante. E, por último, como era dono do lugar na primeira competição e sagrou-se campeão da segunda, próprio passe, Batistote cedeu-o, gratuitamente, ao Democrata, numa épica final contra o Uberlândia. E para encerrar o ano, em mas com uma condição. Naquela época, todo jogador negociado 06/12/1981, na partida amistosa em que o Democrata recebeu as tinha direito a 15% do valor do passe. Ele exigiu o dobro, ou seja, faixas de campeão da Taça Minas Gerais, a Pantera venceu o Cru30% do valor de uma possível transação. Paulinho confiava em zeiro por 1x0. Gol de quem? Paulinho Batistote aos 12 minutos do primeiro tempo. Foi a primeira vez que o Democrata derrotou seu futebol e tinha visão de futuro.

o Cruzeiro na história do confronto entre as duas equipes.

Além de grande jogador, Batistote era humilde e tratava bem os torcedores. Quem vivenciou essa época não se esquece de episódios hilariantes. Às vezes nervosos com a arbitragem, torcedores democratenses das metálicas arremessavam chinelos e radinhos de pilha no gramado. Quando a bola estava sendo disputada do lado da Rua Oswaldo Cruz, o pessoal gritava: “Batistote, devolva meu chinelo!”. Ele olhava para o torcedor, abria um sorriso, apanhava o pisante e o devolvia, arremessando-o na arquibancada. Aquilo levava a torcida ao delírio. E isso acontecia em quase todos os jogos. O torcedor também dava instruções, sugestões e Batistote levava tudo numa boa, sempre sorrindo.

Após dois anos de sucesso no Democrata, Batistote chamou a atenção de outros clubes e acabou se transferindo para o Santos FC, no início de 1982. Seu passe foi adquirido pelo Peixe por 20 milhões de cruzeiros. Teve boa atuação na equipe santista e, inclusive, foi vice-campeão brasileiro em 1983, final em que o Santos foi derrotado pelo Flamengo de Zico. Submeteu-se a uma cirurgia no joelho esquerdo enquanto atuava pelo Santos. No segundo semestre de 1983, foi emprestado ao Cruzeiro, conquistando sua segunda Taça Minas Gerais pela equipe celeste.

Voltou ao futebol paulista e foi jogar no Taquaritinga, equipe que disputava a Primeira Divisão em 1984. O joelho já dava sinais de que não aguentaria mais. Encerrou prematuramente a carreira e sumiu do mapa. Nunca mais se ouviu falar de Paulinho Batistote. Entretanto, ele jamais deixou de fazer parte da memória daqueles que o viram jogar com a camisa 7 do Esporte Clube Democrata. Batistote tinha até um sósia em Governador Valadares, o empresário Jorge Zambom. Jorge sorria e ficava todo orgulhoso quando o chamavam pelo nome do craque famoso.

Que o Democrata possa, num futuro próximo, homenagear seus ex-atletas que ajudaram a construir a linda história de um dos mais tradicionais clubes do interior mineiro. Receber uma placa, ganhar uma camisa oficial ou dar o pontapé inicial em uma partida da Pantera. O importante é o reconhecimento. E se Paulinho Batistote for um desses homenageados, não só as arquibancadas metálicas, mas todo o estádio irá reverenciar, mais uma vez, o seu xodó de décadas atrás.

Hadson Santiago Farias é cruzeirense da velha guarda e democratense desde o dia em que nasceu.

Pantera e Dragão duelam neste sábado às 19h Democrata e América-TO se enfrentam em jogo amistoso no Mamudão. Este será o último amistoso antes da estreia da Pantera no Mineiro 2015

Da Redação O último jogo amistoso do Democrata antes da estreia no Campeonato Mineiro 2015 será neste sábado, às 19h, contra o América de Teófilo Otoni, no Mamudão. Na quartafeira, o Democrata jogou contra o Nacional, em Muriaé, e empatou em 1 x 1. A Pantera abriu o placar na metade do segundo tempo, com um gol do atacante Rodrigão, mas no apagar das luzes tomou o gol de empate, de pênalti.

A notícia ruim nesta partida de Muriaé foi a contusão do zagueiro Jadson, que levou uma pancada no tornozelo e deixou o campo, no início do primeiro tempo. Em entrevista à TV Pantera, Jadson disse que o local onde tomou a pancada estava muito inchado, por isso preferiu deixar o gramado para fazer aplicação de gelo e reduzir o inchaço.

Mas o jogo teve boas notícias. O rendimento da equipe foi satisfatório, segundo o técnico Gilmar, que sempre ressalta o fato de seu time estar em preparação e precisando de muitos acertos. Lamentou a ausência de alguns titulares que ficaram em Valadares, em tratamento no Departamento Médico, mas gostou da pressão imposta pelo Nacional. Para ele, o Democrata tem de encontrar dificuldades e buscar os acertos nos sistemas táticos.

O jogo de Muriaé também marcou a estreia do meia Marcus Vinícius, que ainda não havia disputado nenhum amistoso, por estar em tratamento de uma lesão no tendão de Aquiles. O meia demonstrou habilidade na organização de jogadas no meio campo e foi ao ataque, sempre levando perigo ao gol adversário.

Para o jogo contra o América-TO, o técnico Gilmar poderá ter a volta de Ricardo Duarte na zaga e provavelmente o atacante Paulinho ganhe condições de entrar no time.

Os dois não viajaram para Muriaé e ficaram em tratamento médico em Valadares. Quem quiser ver o amistoso contra o América poderá comprar ingressos no sábado, por R$ 10,00. Estudantes e idosos pagam R$ 5,00. Já os ingressos para o jogo contra o Cruzeiro serão vendidos a partir de O atacante João Paulo, artilheiro da Pantera nesta fase de preparação, está pronto para enfrentar o América neste sábado no Mamudão quarta-feira. Preços não foram definidos.

Rubens Júnior

FUTEBOL

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FIGUEIRA - Fim de semana de 23 a 25 de Janeiro de 2015

Futebol pelo Brasil Marcos Imbrizi

O retorno à nova velha casa No fim do ano passado escrevemos aos editores do jornal e informamos que pretendíamos escrever sobre o jogo de estreia do Allianz Parque, a nova casa do Palmeiras, o Palestra Itália paulista. O jogo seria contra o Galo. Infelizmente não pudemos escrever o texto, pois o jogo foi transferido para o estádio do Pacaembu. Felizmente não escrevemos o texto, pois ao final o placar foi e 2 a 1 para o Galo. Felizmente também a temporada 2014 terminou e o Palmeiras conseguiu permanecer na divisão de elite do futebol brasileiro.

E em 2015 a história deverá ser diferente. Neste início de ano tivemos a oportunidade de conhecer o novo estádio, um dos mais bonitos e modernos do Brasil. Mais que um estádio, trata-se de uma arena multiuso onde, depois de Paul McCartney deverão se apresentar outras atrações nacionais e internacionais.

Se não pudemos acompanhar a estreia nacional, no último sábado vimos o primeiro jogo do Palmeiras contra um time internacional: o chinês Shandong Luneng que tem Cuca como técnico e alguns jogadores conhecidos da torcida brasileira como Vagner Love e o argentino Montillo.

No dia da partida, sob um sol de mais de 30 graus, chegamos ao estádio por volta das 15h30 e a fila, que já era grande, começou a se movimentar com a abertura dos portões. Depois da revista policial, a passagem pela catraca eletrônica foi facilitada pois o ingresso era o próprio cartão de crédito. Assim como eu, creio que muitos torcedores estavam no local pela primeira vez, e com chances de ver um novo time, depois do fiasco do ano passado.

Depois de uma pergunta ao pessoal da organização soubemos que para chegar à arquibancada deveríamos subir alguns lances de escada. Eram cinco lances de escadas rolantes que tivemos de subir a pé, pois as mesmas estavam desligadas. Ao chegarmos ao nosso setor nos deparamos com uma estrutura enorme e muito bonita que comporta um público de mais de 43 mil pessoas em área coberta.

Lembrei-me de algumas partidas que tinha assistido no antigo Palestra Itália, com o campo instalado como um jardim suspenso. Do antigo estádio restou só parte da estrutura das antigas arquibancadas, incorporadas ao novo projeto. Vi também o prédio onde morava um professor da época do ginásio.

Divulgação Palmeiras

O Palmeiras, de casa nova, se reforça e promete um ano diferente para a torcida

Palmeirense, ele levava os alunos para assistir aos jogos no topo do prédio. Com a nova arena isto não será mais possível.

Nestas arenas o espetáculo começa antes de o jogo começar.

Um telão imenso mostra o goleiro Fernando Prass felicitando a torcida pela adesão ao programa de fidelização do clube, o Avanti, que chegou aos 72 mil associados em 2014. ‘E que no final do ano cheguemos aos 100 mil’, comentou. Algumas das novas contratações participam da entrevista coletiva, transmitida ao vivo também pelo telão. O repórter Leitão Junior entrevista alguns dos sócio torcedores sorteados para assistir à

partida em poltronas instaladas ao lado do campo, com direito a champanhe e pipocas. Só esqueceram-se de providenciar uma cobertura e os sete coitados tiveram de assistir à partida confortavelmente instalados em suas poltronas, mas debaixo de um sol de verão.

Para a felicidade dos quase 30 mil torcedores alviverdes presentes, o jogo representou também a primeira vitória do time na nova velha casa. O Shandong saiu na frente aos 15 minutos do primeiro tempo numa cobrança de falta. Logo em seguida, o empate. Ao final, 3 a 1 para o Palmeiras.

Canto do Galo Rosalva Luciano

Fanpage do CAM

“Nem saí e já penso em voltar pro Galo” Diego Tardelli

“Os últimos momentos são complicados porque tenho uma relação de irmão, de família com os jogadores. Então, aproveitei esse tempinho para bater papo, ouvir as últimas piadas do Pierre”.

Abraços. A história do Tardelli chegou ao fim. Confesso que não era o final que eu desejava mas entendo perfeitamente este lado de uma profissão de tempo curto, e mesmo se não fosse, todos nós sempre almejamos prosperidade. Direito adquirido de melhor qualidade de vida. E nisto aí o dinheiro sempre manda.

Vê-lo vestido com a camisa do Shandong Luneng, da China, me fez sentir um ciuminho, característico de fã. E assim começa a despedida: Tardelli chegou à Cidade do Galo no início da noite do sábado 17/01, acompanhou um pouco a parte dos treinos dos amigos, depois veio o fatídico até logo, mas tudo com alegria e humor. “Selfies” foram a sensação, acompanhei pelos noticiários. Tardelli mostrou estar muito feliz com a nova situação de atleta, ir para o futebol do Oriente era o que queria, mas também não escondeu a tristeza por deixar o Atlético, sabemos que é um torcedor fanático do time. Diego Tardelli concedeu sua última entrevista coletiva no CT de Vespasiano, falou sobre a nova experiência na China, comentou sobre a passagem vitoriosa pelo Galo e elegeu o momento mais importante nesses 219 jogos: claro que foi o gol contra o Cruzeiro, que garantiu o título inédito da Copa do Brasil no final do ano passado.

Tardelli se despede da Massa:“Os últi-

mos momentos são complicados porque tenho uma relação de irmão, de família com os jogadores. Então, aproveitei esse tempinho para bater papo, ouvir as últimas piadas do Pierre. Por outro lado, fico feliz pelo novo contrato. É mais uma etapa na minha vida e saio feliz, de cabeça erguida e porque dei o meu melhor, assumi responsabilidades, sempre pensei no Atlético e hoje me dou o direito de pensar um pouco em mim e na minha família.

Vim me despedir de todos porque são todos amigos e eu tinha que passar por aqui hoje”, declarou o artilheiro. “Pretendo voltar para o Atlético, não me vejo voltando para o Brasil jogando em outro clube que não seja o Atlético, isso é certo. E se eu voltar para o Brasil, o Atlético será minha primeira opção. Pretendo encerrar minha carreira aqui, tenho tempo de pensar isso, mas penso sim. E olha, nem saí ainda e já penso em voltar para o Atlético”.

Vale por tudo o Tardelli figurar quase sozinho na coluna desta semana. Não existe um atleticano que não reconheça a sua importância em nossos gritos de Galo, nas lágrimas de alegria e no orgulho do nosso distintivo estar do lado esquerdo do coração. Obrigada por tudo, Diego Tardelli...

Ansiosa para chegar quarta-feira,

a saudade de gritar Galo no terreiro preferido faz parte do amor. Sentia falta já e muita. Saudade de ver o mar alvinegro pelas arquibancadas, saudade de enfeitar os olhos com o tremular das bandeiras da Força Jovem Atleticana, saudade de ver o Bernard com sua alegria nas pernas, saudade de ficar ainda mais feliz. Que tenhamos um bom momento.

“

Pretendo voltar para o Atlético, não me vejo voltando para o Brasil jogando em outro clube que não seja o Atlético, isso é certo. E se eu voltar para o Brasil, o Atlético será minha primeira opção.

E o Galinho tá que tá esporando em São Paulo. Jogamos para fora um grande rival, o Flamengo, e assim tendo que ultrapassar mais dois adversários quem sabe poderemos estar na final de domingo da Copa São Paulo. Aqui sempre será Tardelli porque Aqui É Galo!

Rosalva Campos Luciano é professora e apaixonadamente atleticana.