Figueira 40s

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Fim de semana com sol entre nuvens. Vai chover nos dias 30 e 31. www.climatempo.com.br

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37o 22o

MÁXIMA

ANO 1 NÚMERO 40

MÍNIMA

FIM DE SEMANA DE 26 a 28 DE DEZEMBRO DE 2014

Não Conhecemos Assuntos Proibidos FIGUEIRA DO RIO DOCE / GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS

EXEMPLAR: R$ 1,00 Leonardo Morais

Feliz 2015 2014 foi o ano deste Figueira. A cidade de Governador Valadares, que surgiu do distrito de Figueira, ganhou um jornal que se apresentou com uma nova proposta de jornalismo. Esta é a nossa edição número 40. Quando a edição 41 chegar até os nossos leitores e leitoras, já estaremos em 2015. E que o próximo ano seja melhor para todos. Feliz ano novo!

Brava Gente!

Diógenes Lessa

Conheça Josimar Gatto e Dona Chica, pessoas que fazem a diferença.

O disco vinil resiste a modernidade e ainda conquista quem curte uma boa música, como o colecionador Esmael Alves. Página 7 Gina Pagú

Página 6

Parlatório

O Natal foi comemorado nesta semana e durante as comemorações não faltaram presentes. Afinal, o Natal é apenas consumismo ou ainda existe aquele espírito natalino voltado ao nascimento de Jesus Cristo? Página 2

CULTURA

O Democrata volta às atividades no dia 2 de janeiro depois de quase 1 mês de treinamentos no Mamudão (foto). No dia 10 de janeiro, a Pantera vai à cidade de Águia Branca, noroeste do Espírito Santo, enfrentar o Real Noroeste Capixaba, que se prepara para disputar o Capixabão e a Copa do Brasil. Página 8


OPINIÃO

Editorial

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FIGUEIRA - Fim de semana de 26 a 28 de dezembro de 2014

Tim Filho

Adeus ano velho...

O sigilo de fonte é um direito constitucional dos jornalistas Durante o ano de 2014, este Figueira dedicou seu espaço de editoriais, para solidarizar com os jornalistas profissionais que tiveram seus direitos desrespeitados pelas instituições e empresas nas quais atuam. O apoio e solidariedade deste jornal se deu baseado na aplicação do Código de Ética Profissional e nas notas oficiais publicadas no site da Federação Nacional dos Jornalistas. Nesta edição, reproduzimos a nota oficial publicada no dia 22/12/2014, no site da FENAJ, que esclarece sobre o sigilo de fonte, direito constitucional dos jornalistas. A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), entidade máxima de representação da categoria no Brasil, torna público seu repúdio à decisão do juiz da 4ª Vara Federal, Dasser Lettiére Junior, que determinou a quebra de sigilo telefônico do jornalista Allan de Abreu e do Diário da Região. A FENAJ espera que a decisão seja revista em respeito ao estado democrático de direito. É imperioso para a liberdade de imprensa o sigilo da fonte, garantido pela Constituição Federal.

A FENAJ esclarece que o segredo de justiça, previsto na Lei 9.296/1996, não diz respeito aos jornalistas, mas aos servidores da Justiça e das polícias. O jornalista, ao ter acesso a informações relevantes e de interesse público, tem o dever ético de divulgá-las.

O jornalista Allan de Abreu foi indiciado pela Polícia Federal, a pedido do Ministério Público Federal, sob a acusação de quebra de sigilo judicial, por ter divulgado reportagem, em 2011, sobre a Operação Tamburutaca, que apurou irregularidades na Delegacia Regional do Trabalho de São José do Rio Preto (SP). Allan teve acesso a informações da operação e a trechos das escutas telefônicas feitas pela polícia e as tornou públicas em reportagem publicada pelo jornal. Em maio deste ano, o MPF negou pedido de arquivamento do processo e pediu à Polícia Federal para solicitar judicialmente a quebra do sigilo telefônico do jornalista e do jornal. A FENAJ esclarece que o segredo de justiça, previsto na Lei 9.296/1996, não diz respeito aos jornalistas, mas aos servidores da Justiça e das polícias. O jornalista, ao ter acesso a informações relevantes e de interesse público, tem o dever ético de divulgá-las. Portanto, jornalista não quebra segredo de justiça, porque não tem a responsabilidade profissional de assegurá-lo. Ao contrário, o dever profissional do jornalista é o de informar a sociedade. A decisão do juiz constitui-se, portanto, em um grave atentado contra a liberdade de imprensa e contra o direito ao sigilo da fonte, prerrogativa dos jornalistas para exercer a sua profissão livremente. Que seja imediatamente reformada. Brasília, 22 de dezembro de 2014. Diretoria da FENAJ.

Expediente Jornal Figueira, editado por Editora Figueira. CNPJ 20.228.693/0001-81 Av. Minas Gerais, 700/601 Centro - CEP 35.010-151 Governador Valadares MG - Telefone (33) 3022.1813 E-mail redacao.figueira@gmail.com São nossos compromissos: - a relação honesta com o leitor, oferecendo a notícia que lhe permita posicionar-se por si mesmo, sem tutela; - o entendimento da democracia como um valor em si, a ser cultivado e aperfeiçoado; - a consciência de que a liberdade de imprensa se perde quando não se usa; - a compreensão de que instituições funcionais e sólidas são o registro de confiança de um povo para a sua estabilidade e progresso assim como para a sua imagem externa; - a convicção de que a garantia dos direitos humanos, a pluralidade de ideias e comportamentos, são premissas para a atratividade econômica. Diretor de Redação Alpiniano Silva Filho Conselho Administrativo Alpiniano Silva Filho MG 09324 JP Jaider Batista da Silva MTb ES 482 Ombudsman José Carlos Aragão Reg. 00005IL-ES Diretor de Assuntos Jurídicos Schinyder Exupéry Cardozo

Conselho Editorial Aroldo de Paula Andrade Enio Paulo Silva Jaider Batista da Silva João Bosco Pereira Alves Lúcia Alves Fraga Regina Cele Castro Alves Sander Justino Neves Sueli Siqueira

Responsável pelo Portal da Internet Enio Paulo Silva http://www.figueira.jor.br

Artigos assinados não refletem a opinião do jornal

Parlatório O Natal é apenas uma data de consumismo desenfreado ou ainda existem pessoas que celebram a data como o nascimento de Jesus? Feliz Natal... em débito ou crédito? SIM

George Reiz

Muito se fala sobre a tradição natalina, com o clima de paz, religiosidade e família. É muito comum todos os anos as pessoas (algumas mais que as outras) bradando aos ventos que nós estamos esquecendo o espírito do Natal, do nascimento de Jesus, das tradições em família, pinheiros, e etc.. O que estas pessoas se esquecem, é que a data em si já foi concebida com esse intuito, pode parecer estranho, mas o Natal não é tradicionalmente uma data cristã, e nem tem nada a ver com o que se prega por aqui, mas isso é outra história. A questão é que estas mesmas pessoas, que tanto pedem a volta de um espírito natalino (que de fato nunca existiu plenamente) alimentam o monstro que criamos na data; basta observar que esta festa que prega a simplicidade peca logo no inicio, onde a maioria esmagadora deseja ensinar seus filhos humildade: comendo com todo exagero e desperdício que se possa imaginar; ou nos anúncios televisivos

que dizem: “Mostre como você se importa com sua família neste Natal dando a eles o que há melhor, por apenas R$ 129,99, ou mostre que ama menos por R$59,90”. A grande verdade é que todas as datas comemorativas que deveriam ser de valor familiar, se transformaram em uma alavanca comercial: Natal, Páscoa, Réveillon... Todas estas datas têm o seu valor, em números grandes na etiqueta vermelha das lojas.

A grande verdade é que todas as datas comemorativas que deveriam ser de valor familiar, se transformaram em uma alavanca comercial: Natal, Páscoa, Réveillon...

George Reiz é estudante de Engenharia de Produção no Pitágoras

Natal é celebração de um ato de amor NÃO

Ana Paula de Oliveira

Acredito que o verdadeiro significado do Natal é a celebração do ato de amor incrível de Deus ao enviar seu Filho ao mundo, na forma do Emanuel, esse Deus conosco, que escolheu habitar entre nós, e celebrar a festa do nascimento do Menino-Deus. É comemorar em verdade a alegria de recebê-lo no mundo e tê-lo conosco até o fim dos dias como Ele prometeu. Simbolicamente, há uma tradição em torno do Natal: árvores, velas, estrelas e a troca de presentes entre entes queridos e amigos. Essa tradição se dá, como se deu naquela noite de alegria, em que os reis magos em sinal de bem querer oferece presentes ao Menino que veio para nos salvar. Simboliza também o amor ao próximo, porque é uma oferta de si ao outro através do ato de presentear, porém, estamos vivendo hoje um Natal em que penetra-se nos corações o desejo do ter, e esse presente consumado e sem moderação

tomou o sentido e lugar no verdadeiro dono da festa. Já não tem lugar pra ele na trama midiática, na pele do papai Noel que envolveu a trama com propaganda fácil e oferta sedutora e os consumidores que seriam participantes dessa festa anseiam cada vez mais por bens que não são imutáveis como os bens espirituais e que não há de trazer a alegria verdadeira ao coração do homem.

Acredito que o verdadeiro significado do Natal é a celebração do ato de amor incrível de Deus ao enviar seu Filho ao mundo, na forma do Emanuel, esse Deus conosco, que escolheu habitar entre nós, e celebrar a festa do nascimento do Menino-Deus.

Ana Paula de Oliveira é professora do Ensino Fundamental

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CIDADANIA & POLÍTICA

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FIGUEIRA - Fim de semana de 26 a 28 de dezembro de 2014

Lula desce o cacete

Da Redação

Sacudindo a Figueira

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, neste sábado (20), que sua sucessora, a presidente Dilma Rousseff, deve melhorar a qualidade do programa Minha Casa, Minha Vida. Ao participar da inauguração de um conjunto habitacional inaugurado em parceria com o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), Lula chegou a defender que as pequenas construtoras se organizem para erguer apartamentos maiores e de melhor qualidade do que os empreendimentos de grandes empreiteiras. “Nunca vou me esquecer de uma casa que eu fui visitar em Governador Valadares [MG]. Quando eu entrei, se eu não fosse o presidente da República e tivesse de respeitar uma certa liturgia, eu teria me pegado de cacete com os caras que cuidaram daquela casa”, disse Lula ao recordar sobre as primeiras visitas que fez a residências entregues pelo programa. Defensor da reaproximação do PT com os movimentos sociais, Lula afirmou que pretende “convencer” a presidente a participar da inauguração de projetos habitacionais do MTST, a exemplo do que visitou hoje em Taboão da Serra. (Cátia Seabra - Folha de S. Paulo)

Nunca vou me esquecer de uma casa que eu fui visitar em Governador Valadares [MG]. Quando eu entrei, se eu não fosse o presidente da República e tivesse de respeitar uma certa liturgia, eu teria me pegado de cacete com os caras que cuidaram daquela casa. Luis Inácio Lula da Silva

A figueira precipita na flor o próprio fruto Rainer Maria Rilke / Elegias de Duino

Aumento na taxa de água causa embate nas redes sociais

Iracy de Matos justificou voto

O reajuste na conta de água deixou muita gente cuspindo marimbondos. Os desabafos e as justificativas pipocaram nas redes sociais. Houve quem defendesse, escrevendo...

A vereadora Iracy de Matos, que votou contra o aumento, justificou o seu voto, postando a justificativa em seu perfil no Facebook:

O aumento na taxa da água foi de 18,81% já considerando a reposição inflacionária em torno de 7%. E foi necessário em função dos aumentos dos insumos como por exemplo, o aumento nos salários dos servidores em cerca de 38%, a energia elétrica 16%, produtos químicos em mais de 60% entre outros a saber combustíveis, lubrificantes, pneus, etc... Todos com aumentos muito superiores ao que foi aprovado. Além de tudo todas as grandes obras como a ETE Elvamar, ETE Santos Dumont e ETA Central (melhorias) que levará água a toda a região da Açucareira tem contrapartidas e reajustes de contratos em cerca de 12.000.000,00. Temos que ampliar a ETA do Santa Rita e Vila Isa. Temos que terminar a ETA e construir as redes do Recanto dos Sonhos. Temos que construir a ETA para atender a UFJF e bairros que lá estão se formando, etc... São muitos os recursos necessários e ainda continuaremos com a água mais barata se compararmos com a COPASA. Parabéns aos vereadores que pensam no futuro e nesse bem precioso que é a água e por isso votaram a favor sem medo de desgastes.

Sou contra porque não é uma correção inflacionária, é um aumento. Fui eleita para defender os interesses do povo valadarense e no meu entender a população não suporta mais esse aumento. Mesmo frustrada com essa decisão, quero informar a todos que sinto que honrei mais uma vez o cargo a que fui eleita. Votei contra o aumento na conta de água, assim como votei a favor da lei que fez justiça aos professores com correção do Plano de Cargos e Salários da educação, votei a favor da vinda de novas empresas para a cidade, contra o reajuste da taxa de iluminação pública, e votaria contra isenção de imposto para a empresa de transporte público do município, se o projeto não tivesse sido retirado.

Frase

Traidores do povo Quem ficou cuspindo marimbondos com o aumento publicou desabafos. Uma das postagens elegeu o grupo de vereadores que votou pelo reajuste como “traidores do povo”. E ainda publicou a foto de todos eles. Os vereadores Zangado, Levi, Milvinho, Padre Paulo, Ananias Camelô, Geovanne Honório, José Iderlan, Dr. Marcílio, Guetão, Sargento Ramalho, Pastora Eliane de Paiva e Cezinha Alvarenga, tiveram suas fotos ilustrando a postagem. Durma-se com o barulho!

Se 2014 não terminar logo, é capaz da gente acordar e ver que a Dilma indicou o Tiririca para alguma coisa. Leonardo Sakamoto, blogueiro do UOL

MEIO AMBIENTE

Prefeitura vai tratar 100% do esgoto de Valadares Carlos Freitas

Gina Pagú / Repórter Governador Valadares tem 97% das casas com rede de esgoto, que eram jogados diretamente no Rio Doce. A partir desse ano, com o início da construção de duas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE): a ETE Santos Dumont, que tratará de 75% do esgoto; e a ETE do Bairro Elvamar que será construída entre o Minas Clube e o Parque Municipal, e vai tratar outros 25% do esgoto da cidade. Elisa Costa, prefeita de Valadares, explica o andamento das obras. “A primeira etapa da ETE Santos Dumont está sendo executada com recursos de financiamento do BDMG, no montante de R$ 50 milhões. A segunda etapa vai custar R$ 70 milhões de recursos do Governo Federal a fundo perdido. A primeira etapa deve estar pronta até junho de 2015. A ETE do Elvamar, considerada a terceira etapa, já tem recursos garantidos de R$ 20 milhões, provenientes do FGTS, por meio da CEF.” A prefeita ressalta que essa é uma exigência do Ministério das Cidades e da Agência Nacional das Águas (ANA). “O projeto Rio Doce Limpo exige que todos os municípios tratem o esgoto antes de destiná-lo ao Rio Doce. Serão investidos nessa etapa cerca de R$ 52 milhões com recursos do Ministério das Cidades através de financiamento do BDMG. A construção de uma cidade saudável não é apenas um projeto, mas uma política de Estado. Investir na promoção da saúde implica também em garantir saneamento qualidade de vida.”

Ainda será feita a ampliação da Estação de Tratamento de Água Central (ETA), construída em 1969. A obra na ETA contribuirá para o abastecimento de novos bairros e cerca de 80% do abastecimento de água do município. “Com a ampliação, será construído mais um canal de captação de água bruta; mais um tanque de contato, que é onde a água fica com os produtos que a tratam; e um reservatório-pulmão com capacidade de 5.000 m³. Este reservatório é usado para guardar água tratada, o que, em tempos de seca, ajudará a evitar o desabastecimento. A energia elétrica terá que ser ampliada e, assim, a subestação primária de água da ETA Central e a de recalque serão trocadas por outras novas e mais modernas,” explica. O que é uma ETE? ETE são estações de tratamento de esgoto, que limpam o esgoto vindo das casas antes de ser jogado nos rios. Com tecnologia das mais modernas existentes no mercado. “A ETE não produzirá gases tóxicos porque, além de um procedimento de queima dos gases, ela garantirá um tratamento com filtros, reatores, leito de secagem e prensa, com dissipação muito pequena. Terá também, no entorno, um cinturão verde, não sendo possível assim que qualquer odor seja perceptível. Uma medida que ajuda a preservar o meio ambiente e cumpre uma exigência legal. As estações que estão sendo construídas em Valadares são uma demanda antiga da comunidade”, finaliza.

Quando as ETEs entrarem em operação, as águas dos córregos, como o Cardoso, serão despoluídas


METROPOLITANO 4

FIGUEIRA - Fim de semana de 26 a 28 de dezembro de 2014

TEMPO

Defesa Civil alerta para chuvas no fim do ano Chuvas fortes devem acontecer nos dias 30 e 31 de dezembro e preocupa moradores das áreas de risco, especialmente nas partes altas Diógenes Lessa

Gina Pagú / Repórter

O sol forte do Verão, que vai de 21 de dezembro a 21 de março, também traz períodos de chuvas intensas e as famosas enchentes em Governador Valadares. O coordenador da Defesa Civil, Wilde Nonato, alerta para a previsão de chuva moderada para os últimos dois dias de 2014. “A Defesa Civil do município trabalha o ano inteiro vistoriando e informando sobre riscos. Nesta época de chuva, o trabalho de prevenção se intensifica, alertando os moradores. Como deve chover nos dias 30 e 31 de dezembro. As pessoas precisam ficar atentas. Principalmente famílias que moram em áreas que tem maior frequência de ocorrências durante o período chuvoso como: Carapina, Altinópolis, Mãe de Deus, Querosene, Santa Efigênia, Palmeiras e Planalto. Nos distritos: Pontal, Brejaubinha, Xonin de Cima e de Baixo.” Nonato explica que foram instalados sete pluviômetros em áreas consideradas de risco para desastres naturais. “Nos dias 16 e 17 deste mês, os pluviômetros foram instalados para medir a quantidade de água, em caso de grande volume de chuvas. Afim de monitorar e para trabalharmos com a prevenção no caso de muita quantidade de água. Os equipamentos foram instalados por técnicos do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (CEMADEN) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Os pontos que receberam os equipamentos foram indicados pela Defesa Civil da cidade, que acompanhou os trabalhos.” Ainda segundo o Coordenador, 300 famílias já saíram dos locais de risco, graças a política de habitação da Prefeitura. “Estamos trabalhando juntamente com o Município na prevenção através da Política Habitacional desenvolvida desde 2009. O Programa Minha Casa Minha Vida já produziu em Valadares 2.008 moradias, 15% delas destinadas a população de área de risco geológico e/ou social.”

Na véspera de Natal, quando as chuvas são frequentes, o forte calor levou dois pescadores para dentro do rio. Na passagem de ano a previsão é de muita chuva

PASSE ESCOLAR

Cadastramento para a compra do passe escolar já tem data marcada: 5 de janeiro Da Redação

O cadastramento para passe escolar de 2015 começa em breve. O aluno deverá comparecer ao posto de venda de passagens na Rua Juiz de Paz José de Lemos, no bairro Vila Bretas, no período de 05/01/2015 a fevereiro de 2015, o atendimento será feito de segunda a sexta, de 8 às 17h, através de senhas distribuídas por dia. Para efetivar o validação/revalidação o aluno deverá apresentar os seguintes documentos: Declaração de matrícula emitida pela instituição de ensino legalmente constituída, reconhecida pelo MEC e instalada no município de Governador Valadares (original); Certidão de Nascimento ou carteira de Identidade do aluno (original e cópia); CPF, para alunos maiores de 18 anos (original e cópia); RG e CPF do responsável legal, para alunos menores de 18 anos (original e cópia); Comprovante de residência atualizado, em nome do aluno, dos pais ou do responsável, conta de água, luz ou telefone, em caso de imóvel alugado deverá ser apresentado o contrato de locação do imóvel (cópia); Caso seja residência de parentes, o mesmo deverá fazer declaração atestando que o aluno reside no local (acompanhado de xérox do CPF e RG); Contrato preenchido em nome do aluno (Retirado pessoalmente no posto de venda, ou pelo site http://www.empresavaladarense.com.br/cartoes/passe-escolar.html). Se menor de idade a assinatura deverá ser do responsável legal pelo mesmo; A presença do aluno é obrigatória, mesmo que este seja menor de 18 anos, pois o cadastramento só será efetuado mediante a atualização de foto do mesmo para identificação no cartão eletrônico. Nos casos de revalidação, é obrigatória a apresentação do Cartão Passe Escolar para reativação do mesmo. Caso o estudante não possua mais seu cartão eletrônico ou este não esteja

funcionando, será devido o pagamento da taxa correspondente para emissão da 2ª via, no valor de 15 tarifas vigentes. Na compra de créditos do cartão passe escolar, o estudante deverá apresentar declaração de frequência atual, emitida pela instituição educacional ou comprovante de pagamento da mensalidade do mês vigente, devidamente quitado (original e cópia). Cartão do Idoso O Cartão do Idoso é o benefício destinado aos idosos – a partir dos 65 anos completos. Portanto não há época especifica para o cadastramento, todo idoso ao completar 65 anos pode dar início ao processo de cadastramento do cartão do Idoso. O Cartão do Idoso somente terá validade para utilização mediante apresentação conjunta do cartão passe fácil com um documento de identidade e dará direito à transposição da roleta nos veículos. Para obter o Cartão do Idoso, o beneficiário deve efetuar pessoalmente o seu cadastro, procurando primeiramente o CAAI (antiga Fusobras, na Pedro Lessa bairro de Lourdes) portando os seguintes documentos: CPF e Carteira de identidade (original e cópia); Comprovante de residência (original e cópia); Será emitido na CAAI a autorização para o cadastro e emissão do cartão na Empresa Valadarense, a mesma terá a validade de 3 dias a partir de sua emissão. De porte da autorização o Idoso deverá comparecer ao posto de venda na Empresa Valadarense, trazendo consigo os mesmo documentos exigidos na CAAI. Sua renovação deverá ser feita anualmente, na data de aniversário do usuário, junto à Valadarense, bastando apresentar o cartão, a identidade e um comprovante de residência. No caso de perda, roubo ou danificação do cartão do idoso, o usuário deverá comunicar imediatamente ao CAAI - Coordenadoria de Apoio e Assistência ao Idoso, que encaminhará o pedido de 2ª via à Valadarense.

EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Polo UAB/GV: UFJF lança edital para preenchimento de vagas ociosas do curso de Física O Polo de Educação a Distância de Governador Valadares (Polo UAB-GV) informa que estão abertas inscrições para preenchimento de dez vagas ociosas do curso de licenciatura em Física – curso oferecido pela Universidade Federal de Juiz de Fora na modalidade EAD – para início em 2015. O preenchimento das vagas disponíveis obedecerá a seguinte ordem de prioridade: Candidatos à mudança de um curso para outro na UFJF; Candidatos à transferência de outra instituição para a UFJF; Candidatos graduados em curso superior; Candidatos que tenham participado do ENEM nos anos de 2012 e 2013. A inscrição online poderá ser feita até às 23:59h do dia 02/01/2015. Acesse o edital em http://www. cead.ufjf.br/?p=7154. O Polo UAB/GV fica na rua Sete de Setembro, 2479 – Centro. Telefone: 3271.6716.

Ardoce reelege presidente A Associação dos Municípios da Microrregião do Rio Doce tem novo presidente. Roberto Balbino de Oliveira, prefeito de Conselheiro Pena, foi candidato a reeleição por indicação dos colegas associados. A eleição foi realizada por consenso, na 171ª Assembleia Geral, do 7 de dezembro, na sede da entidade. Na ocasião os associados também aprovaram as contas da entidade referente ao ano de 2014, que foram apresentadas pela secretaria executiva, Alvanir Cassia Vieira.


CORRESPONDENTES

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FIGUEIRA - Fim de semana de 26 a 28 de dezembro de 2014

Café com Leite Marcos Imbrizi / De São Paulo

Inhotim.org

Passe Livre para estudantes Uma reivindicação histórica do movimento estudantil em todo o Brasil, a gratuidade no transporte público, será implementada no Grande ABC a partir do próximo ano. A decisão foi aprovada pelos sete prefeitos em reunião do Consórcio Intermunicipal da região na manhã da última segunda-feira (22). De acordo com o presidente do Consórcio e prefeito e São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, adecisão beneficiará estudantes das redes pública e privada, que terão o direito ao deslocamento gratuito da casa para a escola. O critério será o mesmo adotado atualmente para a concessão do passe escolar e que dá direito ao pagamento de meia passagem. Estimam-se em cerca de 500 mil os estudantes atendidos pela medida. No último encontro do ano do Consórcio, no qual também foi discutido o aumento da tarifa do transporte público para o próximo ano, os prefeitos decidiram aguardar a definição do preço da tarifa a ser adotado pela Prefeitura da Capital paulista e pelo Governo do Estado, o que deve ocorrer nos próximos dias. Atualmente em seis cidades da região a tarifa de ônibus custa R$3. Em Rio Grande da Serra o valor é de R$ 2,90. (Com informações do Consórcio Intermunicipal). ‘O Segredo dos Diamantes’ – Este é o nome do novo trabalho do diretor mineiro Helvécio Ratton que entrou em cartaz no fim de semana nos cinemas do Brasil. Com um elenco que reúne jovens talentos e veteranos como Rui Rezende e Dira Paes o filme é uma aventura que promete agradar o público de todas as idades ao desvendar o mistério da lenda de um padre que teria deixado um tesouro em diamantes escondido numa cidade no interior de Minas Gerais. Segundo o diretor, a trama é baseada na história do padre Rolim, que participou da Inconfidência Mineira. Com cenas gravadas na região do Serro, trilha sonora de Samuel Rosa e o Grupo Skank, ‘O Segredo dos

Diamantes’ foi eleito o melhor filme pelo júri popular do Festival de Cinema de Gramado 2014. O trailer e outras informações do filme estão disponíveis no sítio: http://osegredodosdiamantes.com.br/. Belas Artes – A exposição ‘Não Está no Dicionário’, que reúne trabalhos do artista plástico mineiro Luiz Martins, está em cartaz no Museu de Belas Artes de São Paulo (Muba). São obras produzidas com páginas de dicionários e materiais como nanquim, cera derretida, madeira e metal. As visitas, gratuitas, podem ser feitas até fevereiro. O museu fica na Rua Dr. Álvaro Alvim, 76, na Vila Mariana. Instituto Inhotim – Como estamos chegando ao período de férias de janeiro, uma dica de passeio é o Instituto Inhotim, no município de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Instalado em uma antiga fazenda, o local abriga vários espaços com produções de artistas contemporâneos como Tunga, Cildo Meirelles, Adriana Varejão e Hélio Oiticica, entre outros. É possível conhecer também um Jardim Botânico que abriga a maior coleção em número de espécies de plantas vivas entre os jardins botânicos brasileiros. O Instituto conta ainda com uma loja, lanchonete e restaurante. De terça a sexta-feira está aberto das 9h30 às 16h30. Aos sábados, domingos e feriados, até 18h30. Às terças-feiras a entrada é franca. Quartas e quintas-feiras o visitante paga R$ 20. Nos demais dias o ingresso custa R$ 30. Mais informações em www.inhotim.orb.br.

Marcos Luiz Imbrizi é jornalista e historiador, mestre em Comunicação Social, ativista em favor das rádios livres.

Área do Instituto Inhotim, próximo a Belo Horizonte

Cotidiano Lucimar Lizandro

A reaproximação entre EUA e Cuba e o acerto da política externa brasileira 17 de dezembro de 2014, depois de mais de cinco décadas, os Estados Unidos anunciam a reaproximação com Cuba, surpreendendo a toda comunidade internacional. Os americanos romperam as relações comerciais com a ilha caribenha em 1960 e em 1961 retiraram os seus embaixadores do país. As negociações teriam começado no ano de 2013, tendo como interlocutores os governos do Canadá e o Vaticano, que desempenhou importante papel nas negociações. Antecedendo o anúncio de reaproximação foi feita uma troca de prisioneiros entre as duas nações. Os americanos imaginaram que, por meio do bloqueio econômico, poderiam derrubar o regime politico implantado por Fidel Castro. Mas, ao longo de cinco décadas o regime se manteve firme, superando dificuldades de toda ordem. Nem mesmo a derrocada do principal parceiro e apoiador, a União Soviética,foi suficiente, derrotar a revolução cubana. O anúncio da reaproximação entre os dois países traz consigo consequências de ordem econômica, política e social, com reflexos em todo o mundo. No Brasil, o gesto do governo norte americano em relação à ilha caribenha traz consequências imediatas. No campo político desnorteia a oposição políticomidiática que mirou em Cuba para bater no PT e no governo, impingindo-lhes a pecha de apoiadores de ditaduras e de virar as costas para os direitos humanos. A participação do Brasil na construção do porto cubano de Mariel, antes tão criticada pela oposição, deixa de ser um estorvo e se transforma num marco da nossa política externa. O Brasil que já era visto como impor-

tante nação, seja pela sua extensão territorial, seja pelo tamanho da sua economia, reforça, ainda mais, o seu papel de principal liderança política da América Latina e fator de estabilização de toda a região. Sob o ponto de vista econômico, o Porto de Mariel representa um enorme ganho para a economia brasileira, especialmente por sua estratégica localização, situado a duzentos quilômetros dos EUA, o que facilitará a chegada dos nossos produtos ao país que representa a maior economia do planeta, o que acontecerá com a iminente queda do embargo à ilha dos irmãos Castro.

A participação do Brasil na construção do porto cubano de Mariel, antes tão criticada pela oposição, deixa de ser um estorvo e se transforma num marco da nossa política externa.

Portanto, a decisão anunciada pelos EUA representa uma importante conquista para toda a região. Também, confirma o acerto da política externa brasileira para a América Latina que busca o desenvolvimento e o equilíbrio regional, respeitando as questões internas de cada país. No campo interno, a oposição brasileira viu ruir o seu discurso vazio e preconceituoso, calcado na demonização do regime cubano e na sua associação com o governo brasileiro. Lucimar Lizandro de Freitas é graduado em Administração de Empresas pela FAGV e especialista em Gestão Pública pela UFOP.


GERAL

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FIGUEIRA - Fim de semana de 26 a 28 de dezembro de 2014

BRAVA GENTE

Ombudsman José Carlos Aragão

Voltando ao tema Já falei desse tema aqui, faz algum tempo, e peço licença para voltar à questão: a dupla função do jornalista na apuração da notícia. Refiro-me, especificamente, ao repórter que também desempenha as funções de fotógrafo, ao ser escalado para cobrir um fato; e o prejuízo que isso causa à informação – e, por extensão, ao leitor, que a recebe na outra ponta desse percurso. Volto ao tema pela coincidência de me haver chegado, quase ao mesmo tempo, um post de um amigo jornalista, Marcelo Freitas, numa rede social, e o pdf da edição número 39 do nosso Figueira. O post traz críticas a essa duplicidade de atribuições delegadas ao repórter, que faço questão de reproduzir aqui: “Por experiência própria, posso afirmar que não é possível um repórter ser, ao mesmo tempo, o apurador de uma notícia e o fotógrafo. Se sua atenção for desviada para a procura do melhor ângulo para a foto, a apuração sai no prejuízo. O mesmo vale para a situação oposta. O que é pior: no fotojornalismo, não dá para pedir que os personagens repitam a cena. A convergência de mídias tem os seus limites. Hoje, em nome da redução de despesas e também do aumento do lucro, estes limites estão sendo rotineira e perigosamente ultrapassados, em detrimento da notícia.” Em outras palavras, sua opinião faz coro ao que eu já dizia aqui, meses atrás (v. http://www.figueira.jor.br/Materia_especifica/6819/Dois-emum). E que vem a pretexto de uma informação publicada por Carlos Cardoso no blog Meio Bit, dedicado à tecnologia e opinião (v. http://meiobit. com/305195/sindicato-dos-jornalistas-ingleses-nao-vai-aceitar-tarefasque-normalmente-seriam-dadas-a-fotografos-profissionais/) , que denuncia que “o fotojornalismo está morrendo”. A edição passada do Figueira traz mais um claro exemplo de como isso ocorre no dia a dia dos novos jornais. Um dos destaques da capa foi a eleição do vereador Adauto Carteiro para a presidência da Câmara Municipal de Governador Valadares. Escalada para cobrir a eleição, coube à repórter registrar todo o processo em texto e imagem, atuando simultaneamente como repórter e fotógrafa. Não poderia acabar bem. Após um início bem formal, o texto até que procurou se afastar do modelo de ata de reunião de condomínio ou de grêmio estudantil, que prioriza o registro protocolar dos fatos (dia, hora, local do evento, lista de presentes, pauta ou ordem do dia, deliberações aprovadas, encerramento). Talvez porque a repórter, sabendo que ainda teria que fotografar o evento, tenha feito apenas anotações breves em uma caderneta, que lhe serviriam para alinhavar um texto jornalístico futuro. Anunciado o vencedor do pleito, era hora de deixar de lado a caneta para sacar seu smartphone ou câmera de bolso e registrar, afinal, as imagens do que acontecia. Nesse momento, porém, só havia uma tumultuada comemoração de correligionários mais empolgados nas galerias do salão e a tradicional rodinha do beija-mão dos colegas votantes ao que acabaram de ungir com seus votos. Com um equipamento de recursos técnicos limitados e não-profissional (estou supondo, pelo resultado publicado), a repórter, então fotógrafa, não conseguiu captar um flagrante em que o protagonista da notícia – o presidente recém-eleito – ficasse, digamos assim, bem na foto. (Não seria, claro, o caso de convidar o presidente para uma foto posada – como, às vezes, fazem alguns -, o que incorreria em desastre ainda maior.) O resultado disso: nas duas fotos aproveitadas para a edição, as legendas tiveram que informar ao leitor que, naquele bolo de gente engravatada, o personagem da notícia era o sujeito (numa foto, de costas; na outra, semiencoberto) de colarinho amarelo – com toda conotação pejorativa implícita que possa haver nessa cor de colarinho de um político. O texto, por fim, retoma um viés mais jornalístico, ao incluir declarações de alguns outros vereadores participantes da votação sobre o processo eleitoral e perspectivas políticas futuras. Fotos dos entrevistados, que poderiam enriquecer a matéria e, até, o layout final da página, não puderam ser feitas porque, certamente, a fotógrafa precisou voltar ao seu papel de repórter, com caneta e bloquinho nas mãos. TRÊS CEREJAS Essa cobertura traz ainda três pecadilhos que são verdadeiras cerejas para o bolo. Pra começar, na capa, a matéria é chamada para a página 5, mas ocupa a página 4 do jornal. A legenda da foto do miolo diz que o vereador personagem da notícia foi cumprimentado por seus colegas logo depois da “votagem” (sic) que o elegeu para a presidência da casa. Por fim, ao transcrever declarações do vereador Dr. Marcílio, a redatora reproduz um erro crasso no emprego do verbo: “E embora houve (sic) uma derrota, (...)”. Além disso, seria bem-vinda uma vírgula antes de embora.

José Carlos Aragão, ombudsman do Figueira, é escritor e jornalista. Escreva para o ombudsman: redacao.figueira@gmail.com

Arquivo pessoal

Dona

Chica

O coração e a casa estão sempre de portas abertas a quem chega. Francisca Inácia Gonçalves, a dona Chica, é uma referência de aconchego no Assentamento Oziel. Nascida em São João Evangelista, vive em GV desde a época da ocupação, em 23 de agosto de 1994. Lutou pela conquista da terra e educou as três filhas com dignidade de mulher guerreira. Seu jeitinho mineiro, de sempre ter um prato de boa comida a oferecer e de sempre ser cedo para ir embora, acolhe a todos que chegam com bons sentimento. Hoje, ela faz parte do Núcleo de Organização Política do Movimento Sem Terra, participando de maneira ativa da vida da comunidade. Dona Chica entre a filha e netas. Dignidade! Arquivo pessoal

O professor Gatto com seus alunos e alunas da Escola Laura Fabri

Josimar Gatto

O professor da disciplina Jornal e Tecnologia Multimídia da Informação, Josimar Gatto , desenvolve há três anos, um trabalho voluntário com os alunos da Escola Municipal Laura Fabri, que inspira e desenvolve talentos. É o coral Jovens adolescentes. Professor, cantor e compositor, Josimar é um artista de grande importância em nossa cidade, e que usa seus talentos para transformar nossa realidade social, democratizando a arte.

Valadares dá mais um passo para a implantação do terminal intermodal de carga, do porto seco e da ZPE Cumprindo o seu papel como poder público, a Prefeitura tem agido pró-ativamente, preparando a cidade, abrindo espaços e dialogando com todos os setores na busca do desenvolvimento sustentável. O trabalho vem rendendo bons frutos. A Prefeitura já conseguiu o documento técnico indispensável para a implantação de uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) e de um EADI (porto seco). No último dia 17, em Belo Horizonte, em reunião com o presidente nacional da empresa VLI - Valor da Logística Integrada, Marcello Spinelli e com o Diretor de Relações institucionais, José Oswaldo Cruz, foi passado ao Secretário Municipal de Desenvolvimento, Darly Alves e à prefeita Elisa Costa o documento reafirmando a disposição da VLI para implantação do terminal intermodal de carga, conforme trecho a seguir: “... Nesse sentido, as cargas de exportação e importação, no eixo Belo Horizonte a Vitória, têm papel muito importante. Desta forma, em atendimento à indagação que nos foi formulada por esse Município, entendemos pertinentes os estudos que vêm sendo desenvolvidos para a implantação de uma Zona de Processamento de Exportação – ZPE e de uma Estação Aduaneira do Interior – EADI, no eixo Belo Horizonte e Vitória, em especial a ser localizada no município de Governador Valadares.”...

A proposta de implantação do terminal de cargas tem base na potencialidade produtiva e de consumo da cidade e região, já que Valadares é considerada polo comercial privilegiado por sua malha rodoferroviária cortada pelas BRs 381, 116, 451, 259 e pela estrada de ferro Vitória-Minas.

A proposta vem sendo trabalhada desde o início do ano pela Prefeitura de Valadares que, em maio, promoveu uma audiência pública que já contou com a presença do Diretor da VLI José Oswaldo Cruz. A proposta de implantação do terminal de cargas tem base na potencialidade produtiva e de consumo da cidade e região, já que Valadares é considerada polo comercial privilegiado por sua malha rodoferroviária cortada pelas BRs 381, 116, 451, 259 e pela estrada de ferro Vitória-Minas. São quatro os setores em foco: beneficiamento de granito para consumo interno brasileiro e para exportação; na produção de grãos (soja, feijão, milho); base petrolífera; e na construção civil, para recebimento de cimento e ferro, por exemplo.


CULTURA

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FIGUEIRA - Fim de semana de 26 a 28 de dezembro de 2014

Gina Pagú

Crônica Gina Pagú

Vida de gado, povo marcado, povo feliz

Esmael Alves é colecionador apaixonado pelos discos de vinil. Entre os 6 mil discos que possui, ele guarda com carinho a coleção dos Beatles

Vinil volta a tocar nas vitrolas Gina Pagú / Repórter

sonora. Os anos 90 foi a vez do CD (compact disc), e com a ascensão da internet a música no formato mp3 se espalhou Para os amantes do vinil, o famoso bolachão, a moda vol- pelo mundo. Nos anos 2000 a briga nas prateleiras começou, entou. O som da agulha, o chiado e o áudio mais apurado retorna com tudo no ano de 2014. Em Valadares ainda te- quanto a venda de LPs subia, os CDs caiam. Segundo a Asmos alguns colecionadores e vendedores dessas raridades. sociação da Indústria Fonográfica da América, de 2006 para Esmael Alves, 82, é dono de uma pequena loja próximo ao 2007 o consumo de CD caiu em 17,5%. Cerca de um milhão Mercado Municipal de Governador Valadares. “Eu tenho de LPs foram comprados, contra 858 mil em 2006. As venquase 6 mil discos, muitos estão à venda, mas a coleção das de vitrolas (toca-discos), que em 1989 despencaram em dos Beatles não. E nem esses sertanejos antigos da extinta 1,8 milhões, em 2007 cresceram para 275 milhões. Os preços subiram, assim como da lojinha do senhor Banda do Sertão.” E é esse o comportamento dos aficionados pelo som do Esmael, o título que há 10 anos custava 5 reais, hoje não sai vinil. Mesmo com a indústria fonográfica tendo passado por por menos de 20. Mas esse é um reflexo do que está aconmuitas mudanças nos últimos 40 anos, o vinil não vai em- tecendo na indústria fonográfica brasileira. Segundo o site bora. Alves explica que muita gente se desfez dos discos e “Tenho mais discos que amigos”, em 2013 foram vendidos depois se arrependeu. “Muitos até jogavam fora, ou ven- nos países da América do Norte, 6 milhões de LPs, e para diam muito barato. E hoje voltam para procurar os discos fechar 2014, a projeção será de 8,9 milhões, um aumento de quase 50% nas vendas. comigo. Mas alguns não tem preço.” Há mais de 25 anos comercializando os vinis, o senhor Brasil Esmael explica que tem de tudo, trilhas de novelas, rock, A Polysom é a única fábrica de vinis no Brasil, e também internacionais, as famosas baladas românticas da jovem guarda. Cantarolava entre uma pergunta e outra um trecho segue a tendência mundial. Artistas brasileiros como O Rade música, e destacava que as canções famosas como ‘Trem ppa, Pitty, Ana Carolina, Maria Rita, Zeca Baleiro lançaram em 2013, LPs, CDs e DVDs de uma mesma obra. Mas o que das Onze’, sempre tem o seu lugar nas coleções. muda é o preço, um LP lançamento da cantora Pitty não sai por menos de R$ 200 em lojas físicas ou virtuais. Vendas A briga direta com a era digital e as músicas quase graO disco de vinil surgiu na década de 40, como nome LP tuitas na internet não tira o lugar o bolachão. Alves afirma (long play), e se firmou na indústria da música, como princi- que o vinil não perderá seus fãs. “Podemos dizer que é um pal meio de divulgação artísticas. Em seguida, nos anos 60, jeito antigo de ouvir música, mas que é melhor é. A sensaa fita K7 (fita cassete) se apresenta como outra opção aos ção é outra de ouvir a música “Imagine” dos Beatles, por apreciadores da música, mas também perdia em qualidade exemplo.”

Elvis Presley, Sérgio Reis, Xuxa, Gilberto e Gilmar. A coleção de discos de vinil de Esmael é eclética e atende a todos os gostos musicais

No clima Natalino de festas e confraternizações não consigo me esquecer de uma característica do povo brasileiro. Em qualquer lugar do mundo nós somos nós, ninguém nos imita nos problemas ou nas qualidades. Não é falando mal dos outros povos, da famosa frieza dos europeus ou da disciplina dos japoneses. Estou falando da autenticidade dos brasileiros no quesito felicidade. Nós somos felizes, nascemos num país que ainda está em desenvolvimento político, econômico, tem pouco mais de 500 anos e vive sofrendo com os desastres naturais, mas mesmo assim somos quem somos. Pois bem, no final de semana presenciei a chegada de uma amiga da família. Ela mora nos USA há pelo menos 20 anos e não vinha ao Brasil há pelo menos 3. E ela representou naquele momento da chegada todos os brasileiros que trabalham, lutam, acordam muito cedo e o que querem de troco o sorriso e o abraço de um familiar. Representou um povo que vai para longe, muito longe para sonhar mais e tentar voltar para casa com a mesma alegria que foram. Quando morei na Itália, pouco menos de 2 anos, senti o que é ser marcado para lutar e para ser feliz. Num dia voltando de um dos trabalhos que vivi por lá, eu numa bicicleta, e minha amiga italiana em outra, ela me questionou sobre a razão dos brasileiros estarem sempre sorrindo. Eu disse a ela que nós nascemos felizes e por isso mesmo é que conseguíamos a resiliência para resistir a tudo que nos propomos a viver.

Nós somos felizes, nascemos num país que ainda está em desenvolvimento político e econômico, tem pouco mais de 500 anos e vive sofrendo com os desastres naturais, mas mesmo assim somos quem somos.

Parece que é o destino do brasileiro ser forte como os touros, ser marcado na pele como os animais, mas ser feliz como somos. A amiga que chegou do exterior pulava de alegria mesmo no aeroporto de Confins, e até a sua aterrisagem no Vale do Aço ainda havia longas 6 horas. Mas, tem valido a pena todos os sacrifícios, sem exceção segundo ela. Que veio para passar as festas natalinas com os familiares, para sentir o cheiro e o carinho da mãe que já tem mais de 80 anos, ver os sobrinhos que já não mais meninos, e os irmãos que tem orgulho da força dessa mulher. Pra mim, ela resume a gratidão que devemos ter pela vida, até para os ateus pode ser um exemplo, de que ser brasileiro é ser feliz. É reclamar dos salários, mas sempre dar um jeitinho de fazer um churrasco para os amigos. E nesse momento fraternal que tentamos viver a cada fim de ano. É a hora de pensar nisso tudo. De refletir o que fizemos até aqui, e principalmente, que temos a capacidade de ser.

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ESPORTES

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FIGUEIRA - Fim de semana de 26 a 28 de dezembro de 2014

DEMOCRATA

QUESTÕES DO FUTEBOL - JORGE MURTINHO

Primeiro amistoso do ano será contra o Real Noroeste Da Redação O Democrata já conhece o seu primeiro adversário na preparação para a disputa do Campeonato Mineiro 2015. É o Real Noroeste, time da primeira divisão do futebol capixaba. O jogo será no dia 10 de janeiro, às 16h, no Estádio José Olímpio da Rocha, o Rochão, na cidade de Águia Branca, noroeste do Espírito Santo. Esta será a primeira prova de fogo do elenco democratense, que está treinando desde os primeiros dias de dezembro. O técnico Gilmar Estevam tem à sua disposição a base que disputou o Campeonato Mineiro do Módulo II. Além destes jogadores, o Democrata foi reforçado com jogadores emprestados pelo Cruzeiro e outros que vieram do futebol do capixaba para a disputa do melhor campeonato estadual do Brasil. Na volta aos treinamentos, o técnico espera contar com mais reforços. O Cruzeiro acertou com o Demo-

crata o empréstimo de quatro ou cinco jogadores. Os nomes ainda não foram definidos. O Departamento de Futebol do Cruzeiro vai indicar estes reforços, mas a palavra final será do técnico Marcelo Oliveira. Os trabalhos na Rua Osvaldo Cruz têm sido produtivos. O preparador físico Fábio Duzzi disse que o time já tem condições de jogo. Lamentou apenas a parada para as festas de fim de ano, que vai comprometer o preparo físico dos atletas. Mas, se todos se cuidarem, voltam no dia 2 de janeiro na “ponta dos cascos”. Duzzi fez uma lista de procedimentos para os atletas cumprirem durante o recesso. “Se eles fizerem a metade do que eu pedi, tá bom demais”, disse. O técnico Gilmar confia nos seus jogadores. Segundo ele, o futebol mudou muito nos últimos anos e os jogadores estão se cuidando. “Ninguém quer perder uma oportunidade por causa de problemas físicos”, disse. Rubens Júnior

Tempo de vagabundagem Embora descrente, este humilde escriba também é filho de Deus. E se até o Valdívia tem direito a trinta dias de férias, nada mais justo que eu tire a metade disso. Mas vamos lá. Enquanto não pinta o apito final de 2014, vamos ao último texto da temporada, em que recorro à ironia e ao talento do maior – e provavelmente o único – craque irlandês de toda a história do futebol. Lembrei de George Best há dois ou três anos, quando circulou o boato de que o ex-jogador Müller passava por dificuldades financeiras e vinha morando de favor na casa de Pavão, um antigo companheiro dos tempos de São Paulo. O miserê de Müller não foi confirmado, ele mesmo negou, Pavão não disse nem que sim nem que não, mas é fato que Müller gastou bem mais do que devia em seu período pré-evangélico, levando uma vida luxuosa e, digamos, pouco sustentável. O mesmo fizera, cerca de vinte anos antes e a nove mil quilômetros de distância, George Best – boêmio, bon vivant, mulherengo, perdulário e o melhor de todos os atacantes que passaram pelo Manchester United nas décadas de sessenta e setenta. Há pelo menos duas frases de Best que, muito mais que um artigo, dariam um livro: “Em 1969, abandonei as mulheres e o álcool. Foram os vinte piores minutos da minha vida.” “Gastei muito dinheiro com bebidas, carros e mulheres. O resto eu desperdicei.” George Best nasceu em Belfast, o que, além de ser uma pista para os excessos em relação à bebida, o impediu de brilhar em competições entre seleções. E como o futebol de clubes estava longe de proporcionar o prestígio internacional de que hoje desfrutam Messi, Cristiano Ronaldo, Ibrahimovic e muitos mais, Best nunca foi tão conhecido entre os brasileiros. Mas era o diabo dentro de campo, tanto quanto fora dele. Virou nome de aeroporto em sua cidade natal, deu origem à frase “Maradona good. Pelé better. George Best.” e morreu aos 59 anos, em Londres. No criado mudo ao lado da cama hospitalar, repousava uma carta assinada da seguinte maneira: “Do segundo melhor jogador de todos os tempos, Pelé”. Vale a pena acessar o link abaixo e passar alguns minutos na agradável companhia de George Best, enquanto saio para quinze dias de bem-bom. Feliz Ano Novo. Em janeiro de 2015 estou de volta. Link para o vídeo com George Best em ação: https://www.youtube.com/watch?v=qs6WTt7atic Jorge Murtinho é redator de agência de propaganda e, na própria definição, faz bloguismo. Nessa arte, foi encontrado pela Revista piauí, que adotou o seu blog e autoriza a sua contribuição a este Figueira.

Rodrigão e Marcel (colete verde) disputaram o Módulo II, enquanto Willian Leandro (colete laranja) veio do futebol capixaba

Histórias que a bola não conta Hadson Santiago

Nacional, o errante O Nacional Esporte Clube enviou à Federação Mineira de Futebol (FMF), há poucos dias, uma carta oficial comunicando a desistência da equipe em disputar o Campeonato Mineiro do Módulo II em 2015. Rebaixado este ano, ao lado do Minas Boca, o Nacional encerra, pelo menos por enquanto, sua aventura no futebol profissional. Mas, afinal de contas, de onde é esse tal de Nacional? Ora, caro leitor, pergunta de concurso público não vale, é muito difícil... Fundado em 2008 com o nome de Fabriciano Futebol Clube, na simpática Coronel Fabriciano, o clube logo se caracterizou como um time de empresários, cujo objetivo precípuo era revelar e vender jogadores de futebol para o Brasil e, se possível, para o exterior. Em 2009 começou a disputar o Campeonato Mineiro da Terceira Divisão, competição que a FMF insiste em chamar de Segunda Divisão. No ano seguinte, recebeu uma proposta da Prefeitura Municipal de Nova Serrana e transferiu-se para o centro-oeste mineiro, mudando também de nome e de escudo. Passou a chamar-se Nacional Esporte Clube, numa alusão a um tradicional time amador da cidade do calçado. A nova casa fez bem ao clube e o Nacional sagrou-se campeão mineiro da Terceirona, subindo para o Módulo II (Segunda Divisão). Em 2011, disputando pela primeira vez o Módulo II, o Nacional conseguiu o acesso à elite do futebol mineiro graças ao vice-campeonato da competição. Os olhos dos amantes do futebol voltaram-se para aquela equipe promissora que despontava no interior de Minas

Gerais. Empolgada com a nova atração da cidade, a Prefeitura de Nova Serrana ergueu um simpático e moderno estádio, conhecido pela alcunha de Arena do Calçado. A equipe fez uma boa campanha no Campeonato Mineiro de 2012, terminando a competição em quinto lugar e conseguindo uma vaga para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série D. Participou da competição e foi eliminada nas oitavas-de-final. Quando tudo parecia um mar de rosas, vieram as eleições municipais de 2012 e a consequente troca de poder no município de Nova Serrana. Por motivos que somente os dirigentes conhecem, o Nacional arrumou as malas e se mudou para Patos de Minas. Com os dois times tradicionais da cidade, URT e Mamoré, disputando o Módulo II, o Nacional EC foi seduzido, mais uma vez, por promessas de ajuda financeira e disputou o Campeonato Mineiro de 2013 em Patos de Minas, cidade conhecida pelo seu tradicional Festival do Milho. O namoro com a cidade do Alto Paranaíba durou pouco, principalmente devido ao acesso da URT (União Recreativa dos Trabalhadores), e o Nacional rumou para Muriaé, que acabara de construir um belo estádio, o Soares de Azevedo. Muriaé é a cidade do tradicional Nacional Atlético Clube, o NAC, equipe que já disputou diversas competições profissionais, tendo sido, inclusive, campeão do Torneio Incentivo Mineiro em 1977. O Nacional de Muriaé, como era carinhosamente chamado,

Reprodução FMF

A carta de desistência do NEC

foi durante alguns anos um ferrenho rival do EC Democrata. Lembro-me de um confronto realizado no Estádio José Mammoud Abbas em que o Democrata venceu por 4x1, numa exibição de gala do ponta-direita Paulinho Batistote, xodó da torcida democratense. Essa partida, válida pela Taça Minas Gerais de 1980, nunca saiu da minha memória, pois foi um jogaço, um verdadeiro clássico regional, apesar do placar elástico em favor da Pantera. Ah, Batistote, quantas alegrias você proporcionou à maior torcida do interior... Bem, após uma breve divagação, voltemos ao assunto da coluna. Ao chegar a Muriaé, o errante Nacional EC mudou suas cores para vermelho, preto e branco, ou seja, as mesmas cores do time local, o Nacional AC. Isso não agradou a uma boa parte dos

torcedores. Mesmo atuando em um bom estádio, o Nacional EC não conseguiu montar uma boa equipe. Na preparação para o Campeonato Mineiro de 2014, foi derrotado em casa pelo Democrata por 3x1, em partida amistosa, acarretando a queda do treinador. A campanha na competição foi pífia e o Nacional acabou rebaixado à Segunda Divisão ao lado do Minas Boca. Para não perder o costume, o Nacional anunciou uma nova mudança, desta vez para a cidade de Esmeraldas, próximo a Belo Horizonte. Como a cidade não possui estádio em condições de receber partidas profissionais, mandaria seus jogos, em 2015, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. A tabela do Módulo II já havia sido publicada quando, em 15/12/2014, o Nacional EC enviou carta à FMF desistindo de disputar a competição. A tendência é que o clube seja extinto. De 2008 a 2014, com tantas idas e vindas, o Nacional EC, outrora Fabriciano FC, não conseguiu criar raízes nem cativar os torcedores. Estava escrito nas estrelas, como diria Tetê Espíndola, que a vida cigana e a falta de identificação com alguma cidade levariam o clube ao mais completo fracasso. Times criados por empresários apenas para gerar lucro ceifam a paixão do torcedor e roubam a magia da relação cidade/ time/torcida. Por isso, Governador Valadares deve se orgulhar do seu time, o EC Democrata, pois mesmo com todas as dificuldades inerentes ao futebol, há 82 anos a Pantera honra, com todas as suas garras, a paixão e a devoção de toda uma cidade e região. Hadson Santiago Farias é cruzeirense da velha guarda e democratense desde o dia em que nasceu.


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